Pressuposição Antecedentes históricos

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1 A suposta natureza pressuposicional dos performativos Pressuposição Antecedentes históricos Luiz Arthur Pagani 1

2 1 Frege sentido sem referência (acomodação) [1, p. 137]: A sentença Ulisses profundamente adormecido foi desembarcado em Ítaca tem, obviamente, um sentido. Mas, assim como é duvidoso que o nome Ulisses, que aí ocorre, tenha uma referência, assim também é duvidoso que a sentença inteira tenha uma referência. Entretanto, é certo que se alguém tomasse seriamente essa sentença como verdadeira ou falsa, também atribuiria ao nome Ulisses uma referência e não somente um sentido; pois é da referência deste nome que o predicado é afirmado ou negado. Todo aquele que não admite que um nome tenha uma referência não lhe pode atribuir nem negar um predicado. 2

3 nome próprio (argumento com lei de Morgan: (A B) A B) [2, p. 146]: Se algo é asserido, pressupõe-se obviamente que os nomes próprios usados, simples ou compostos, têm referência. Assim, ao se asserir Kepler morreu na miséria, pressupõe-se que o nome Kepler designa algo. Contudo, disso não se segue que o sentido da sentença Kepler morreu na miséria encerre o pensamento de que o nome Kepler designa alguma coisa. Se esse fosse o caso, a negação dessa sentença não seria mas Kepler não morreu na miséria Kepler não morreu na miséria, ou o nome Kepler carece de referência Aliás, que o nome Kepler designa algo é uma pressuposição tanto da asserção da sentença Kepler morreu na miséria como da asserção de sua negação. 3

4 subordinadas adverbiais temporais [2, ps , nota]: O sentido da sentença Depois que o Schleswig-Holstein se separou da Dinamarca, a Prússia e a Áustria se desentenderam pode ser expresso sob a forma Depois da separação do Schleswig-Holstein da Dinamarca, a Prússia e a Áustria se desentenderam. Segundo essa interpretação, é suficientemente claro que não deve ser tomado como parte desse sentido o pensamento de que o Schleswig-Holstein se separou um dia da Dinamarca, mas pelo contrário, que esse pensamento é a pressuposição necessária para que a expressão depois da separação do Schleswig-Holstein da Dinamarca tenha uma referência. 4

5 sem pressuposição nem V nem F [2, p. 149, nota]: imaginemo-nos na mente de um chinês que, tendo pouco conhecimento da história européia, acredita ser falso que o Schleswig-Holstein tenha alguma vez se separado Dinamarca. Ele irá tomar nossa sentença, em sua primeira versão, como não sendo nem verdadeira nem falsa, e negará que ela tenha qualquer referência, baseado na ausência de referência para a subordinada. 5

6 2 Russell contraposição à análise de Frege uma proposição não pode não ter valor de verdade (bivalência) forma gramatical forma lógica [6, p. 10]: uma expressão denotativa é essencialmente parte de uma sentença, e não tem, como muitas palavras simples, qualquer significação por conta própria. Se digo Scott foi um homem, este é um enunciado da forma x foi um homem, e tem Scott como seu sujeito. Mas se digo o autor de Waverley foi um homem, este não é um enunciado da forma x foi um homem e não tem o autor de Waverley como seu sujeito. 6

7 interpretação de o rei da França é careca (notação de [4]): x((rx y(ry x y)) Cx) ou x((rx y(ry x = y)) Cx). propostas de Russell para o rei da França não é careca : x((rx y(ry x y)) Cx) x((rx y(ry x y)) Cx) 7

8 mas: x((rx y(ry x y)) Cx) x ((Rx y(ry x y)) Cx) x... x... x( (Rx y(ry x y)) Cx) lei de Morgan x(( Rx y(ry x y)) Cx) lei de Morgan para todo indivíduo, ele não é rei da França ou existe um outro indivíduo que é rei da França ou ele não é careca ou seja, a primeira representação da negação já era suficiente; a segunda era desnecessária (não consigo lembrar de ninguém que tenha dito isso antes) 8

9 3 Strawson contra Russell e a favor de Frege não usa pressuposição no artigo [7], só no livro [8] referência significado [9, p. 157]: A origem do erro cometido por Russell encontra-se em que ele pensou que fazer referência ou mencionar a supor que isso tenha de fato ocorrido deve ser significar (must be meaning). exemplo imbatível [9, p. 157]: Se eu falo a respeito do meu lenço, posso, talvez, tirar do meu bolso o objeto a que estou fazendo referência. Mas não posso tirar do bolso a significação da expressão o meu lenço. 9

10 sem pressuposição nem V nem F [9, ps ]: Já apresentei algumas razões que fazem pensar que esses enunciados (statements) são incorretos. Suponhamos, agora, que alguém de fato nos dissesse, com um ar de perfeita seriedade: O rei da França é sábio. Responderíamos: Isso não é verdade? Estou certo que não. Mas suponhamos que essa pessoa prosseguisse e nos perguntasse se pensamos que aquilo que ela acaba de dizer é verdadeiro ou falso; se concordamos ou se discordamos com o que ela acaba de dizer. Creio que estaríamos inclinados a responder, com alguma hesitação, que nem uma coisa nem outra; que a questão de saber se o seu enunciado é verdadeiro ou falso simplesmente não se põe, visto não haver uma pessoa tal como o rei da França. 10

11 sentido atípico de implicar [9, p. 158]: Dizer O rei da França é sábio significa implicar (imply) (em algum sentido de implicar ) que existe um rei da França. Mas esse constitui um sentido muito especial e atípico (odd) de implicar. Implica, nesse sentido, não é certamente equivalente a implica logicamente (entails or logically implies ). pressuposição [8, p. 176; tradução minha]: a existência de membros da classe dos sujeitos é considerada como pressuposição (no sentido especial descrito aqui) das asseverações (statements) produzidas através do uso destas sentenças; ela é considerada como uma condição necessária não apenas da verdade, mas da verdade ou falsidade destas asseverações. 11

12 pré-condição para valor de verdade [9, p. 158]: ela será utilizada para fazer uma asserção verdadeira ou falsa somente se a pessoa que a utiliza está falando acerca de algo. Se, quando a pessoa a profere (utters), ela não está falando acerca de nada, então a sua utilização não é genuína, mas apenas uma utilização espúria ou uma pseudo-utilização: essa pessoa não está fazendo uma asserção verdadeira ou uma asserção falsa, embora possa pensar que esteja. 12

13 Referências [1] Gottlob Frege. Lógica e Filosofia da Linguagem. Edusp, São Paulo, 2a. edition, Traduzido por Paulo Alcoforado. [2] Gottlob Frege. Sobre o sentido e a referência. In Lógica e Filosofia da Linguagem [1], page Traduzido por Paulo Alcoforado. [3] Cezar A. Mortari. Introdução à Lógica. Editora UNESP & Imprensa Oficial do Estado, São Paulo, [4] Cezar A. Mortari. Introdução à Lógica. Editora UNESP, São Paulo, 2a. edition, (de [3], revista e ampliada). [5] Bertrand Russell. On denoting. Mind, 14: , [6] Bertrand Russell. Da denotação. In Os Pensadores Russell, page Nova Cultural, São Paulo, Traduzido por Pablo Rubén Mariconda, de [5]. [7] Peter F. Strawson. On referring. Mind, 59(235): , [8] Peter F. Strawson. Introduction to Logical Theory. Methuen, London, [9] Peter F. Strawson. Sobre referir. In Os Pensadores Ryle, Austin, Quine, Strawson, page Nova Cultural, São Paulo, Traduzido por Balthazar Barbosa Filho, de [7]. 13

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