Atividade física e Demência
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- Daniel Bandeira
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1 Atividade física e Demência Clarissa Biehl Printes Educadora Física, Faculdade de Ciências da Saúde IPA/RS, Brasil Especialista em Ciências Morfológicas, Faculdade de Medicina, UCO, Espanha Doutora em Ciências Aplicadas a Atividade Física e Desporto, Faculdade de Medicina, UCO, Espanha Docente nos cursos de Especialização e Extensão do Instituto de Geriatria e Gerontologia, UNATI, PUCRS.
2 Nossos objetivos para hoje Conteúdo - Alterações fisiológicas no envelhecimento e implicações na resposta adaptativa funcional -Alterações motoras e funcionais em diferentes estágios da doença de Alzheimer e implicações na atividade física - Prevenção, tratamento e benefícios da atividade física na doença de Alzheimer - Considerações sobre o exercício físico na doença de Alzheimer
3 A fase da Senescência Alterações Fisiológicas Com o envelhecimento ocorrem danos ao nível celular, que aceleram o processo de envelhecimento e afetam todas as estruturas que intervêm neste processo (ex.orgãos,tecidos,etc). Manter a saúde celular,e proteger as células de danos comum a boa nutrição e exercício físico assume-se como um fator fundamental para retardar o processo de envelhecimento. Organismo Sistemas Fisiológicos Orgãos Tecidos Células
4 Alterações Funcionais
5 Alterações Funcionais F.C. Repouso = Tempo de Reação F.C. Máxima D.C. Máximo P.A. Exercício P.A. Repouso VO2 Máx. Volume Residual Capacidade Vital Força Muscular Massa Óssea Flexibilidade Massa Magra % Massa Gorda Tolerância à Glicose Tempo de Recuperação Envelhecimento e Perca da Adaptabilidade Funcional ACSM, 2011
6 Capacidade Funcional Somente 30% das características do envelhecimento tem bases na genética; o restante - 70% - não. (Rowe apud Brody, 1999) Idade Moraes (2008). Formas de envelhecimento Com o envelhecimento, aumenta a prevalência de demências, chegando a 20% na América Latina e, especificamente no Brasil, a 38,9% de idosos com mais de 85 anos. Nitrini R. Dementia in the developing world. Dement Neuropsychol. 2009;3:1. Herrera, et al. / Brazilian population. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2002;16:103-8.
7 Alterações Fisiológicas O processo de envelhecimento dos diferentes sistemas orgânicos ocorre de forma irregular, dependendo da relação do indivíduo com o envolvimento, do seu modo e qualidade de vida (Godinho, Melo, Mendes & Chiviakowski; 2006)
8 Demência A prática de atividade física e uma intervenção eficaz na prevenção desta doença e dos fatores de risco associados aos seus declínios cognitivos.
9 A doença de Alzheimer (DA) é a demência de maior prevalência e está associada a alterações cognitivas, comportamentais e funcionais. Entretanto,faz-se necessário esclarecer a in uência do agravamento da doença no declínio dessas funções. Zidan M, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(5):161-5 Contribuição da atividade física no portador da Doença de Alzheimer
10 Além disso, exercício está associado com menor prevalência e incidência de demência (32%), bem como de declínio cognitivo PREVENÇÃO Larson EB, Wang L, Bowen JD. Exercise is associated with reduced risk for incident dementia among persons 65 years of age and older. Ann Intern Med. 2006;144:73-81.
11 A função motora (força, flexibilidade, capacidade aeróbia e equilíbrio) e a função cognitiva (função executiva, atenção e memória) in fluenciam na autonomia para desempenhar as atividades de vida diária (AVD). As anormalidades motoras podem ser observadas em pacientes com DA. Distúrbios de marcha (diminuição da velocidade da marcha, redução no comprimento do passo e redução na largura do passo), diminuição da força de membros superiores e inferiores e alterações no controle postural podem estar presentes em fases iniciais da demência ou mesmo em estágios pré-clínicos da DA. Zidan M, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(5):161-5
12 Funções cognitivas especíˆficas (memória, atenção, função executiva, velocidade de processamento), funções motoras (equilíbrio dinâmico, marcha, condicionamento físico, exibilidade) e AVD (Atividades da Vida Diária) de pacientes com DA nos diferentes estágios da doença. Estágio I Fase Leve Estágio II Fase Moderado Estágio III Fase Grave Cognitivo* Cognitivo** Cognitivo*** Motor * Motor *** Motor*** AVDs (AVDI** e AVDB) AVDs (AVDI***e AVDB*) AVDs (AVDI*** e AVDB***) * Leve ** Moderado *** Alto... 60% dos pacientes idosos com declínio cognitivo sofrem duas vezes mais quedas do que idosos sem comprometimento. Zidan M, et al. / Rev Psiq Clín. 2012;39(5):161-5 TRATAMENTO
13 Dimenção dos benefícios por Wannen Spirduso Um aumento de 5% na força muscular pode não ser considerado uma melhoria detectável na velocidade de um atleta, mas pode significar para uma pessoa de 85 anos a diferença entre andar de forma autônoma ou necessitar de auxilio. Uma melhoria de 5% na velocidade de processamento informacional numa pessoa idosa pode ser o suficiente para que esta pessoa possa se desviar de um carro enquanto atravessa um rua.
14 Cérebro: apenas 2% do peso total do corpo Mais utiliza: 20% do oxigênio 25% da glicose (Friedland, 1990)
15 Existe uma relação dose-resposta entre a quantidade de exercício realizado (a partir das kcal/sem) e a mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular na população geriátrica.
16 Exercitar-se 150min/sem é o mínimo recomendável para a promoção e prevenção da saúde
17 Neuroplasticidade e Idosos Colcombe, S. J., Erickson, K. I., Raz, N., Webb, A. G., Cohen, N. J., McAuley, E., et al. (2003). Aerobic fitness reduces brain tissue loss in aging humans. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 58(2), Colcombe, S. J., Erickson, K. I., Scalf, P. E., Kim, J. S., Prakash, R., McAuley, E., et al. (2006). Aerobic exercise training increases brain volume in aging humans. J Gerontol A Biol Sci Med Sci, 61 (11), Ravaglia G, Forti P, Maioli F, et al. Conversion of mild cognitive impairment to dementia. Predictive role of mild cognitive impairment subtypes and vascular risk factors. Dement Geriatr Cogn Disord. 2006; 21,
18 Erickson et al. (2011). Exercise training increases size of hippocampus and improves memory. Proc Natl Acad Sci USA 108: Após 12 meses de participação num programa de exercício aeróbico (marcha): Aumento significativo do volume do hipocampo e melhores resultados em testes de memória espacial!
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20 Evidências mostram que o aumento na massa muscular decorrente de aproximadamente três meses de treinamento de força em idosos gira em torno de 5 a 17%, o que é comparável com os achados em jovens adultos submetidos a períodos similares de treinamento.
21 Treino de força As investigações científicas são consistentes em demonstrar que há mais de 20 anos que para contrariar a sarcopenia e evitar quedas nos idosos, se deve implementar um programa de força, especialmente nos indivíduos com mais de 50 anos. Baptista RR, Vaz MA. Muscle architecture and aging: functional adaptation and clinical aspects; a literature review. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.4, p , out./dez
22 Neuroplasticidade e Idosos Lachman ME, Neupert SD, Bertrand R, et al. The Effects of Strength Training on Memory in Older Adults. J. Aging and Phy. Act. 2006;14(1): Levinger I, Goodman C, Matthews V, et al. BDNF, Metabolic Risk Factors, and Resistence Trainning in Middle-Aged Individuals. Med Sci. Sports Exerc. 2008; 40(3); Rolland Y, Pillard F, Klapouszczak A, et al. Exercise program for nursing home residents with Alzheimer s Disease: 1-year randomizes, controlled trial. J Am Geriatric Soc. 2007;55(2): Também devem ser integradas outras práticas de cariz neuromotor como: equilíbrio, coordenação, flexibilidade, agilidade.
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24 O que deverá se considerar em relação à atividade física regular no doente com Alzheimer 1º Que seja estimulada constantemente e regularmente; 2º Adequada as características, necessidades e estágio da doença; 3º Que seja realizada todos os dias minutos buscando atingir 150min por semana. No inicio poderá fracionar; 4º Não sendo um profissional especializado em motricidade humana e se acompanhar um idoso com Alzheimer e este for acompanhado por um profissional de educação física e/ou fisioterapeuta convém buscar informações de segurança sobre a saúde dele bem como recomendações para estimular atividade física; 5º É imperioso conservar e prolongar a locomoção, para tal deve-se estimular a marcha, a flexibilidade da passada, deslocamentos com curvas, e a resistência dos membros inferiores, o equilíbrio e a mobilidade; 6º Também faz parte da independência funcional as transferências funcionais: vestir, despir, abaixar, levantar, alcançar, puxar, etc.
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26 O que considerar em relação à atividade física aeróbica Atividades aeróbicas
27 O que deverá considerar em relação à atividade física de força Atividades de força - resistência
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29 O que deverá considerar em relação à atividade física de elementos neuromotor Atividades de flexibilidade e mobilidade
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32 Monitorar a caminhada Alinhamento postural. As Costas direitas estiular a atenção para procurar manter o Abdominal ativo; Preocupar-se com o Padrão Locomotor. Como se dá a colocação do apoio do pé no chão. Colocar o calcanhar e depois o terço anterior do pé, uso do hállux; Preocupar-se com a intensidade. Estimular uma passada no modo ativo. Deve sentir mudança no padrão ventilatório e poderá utilizar uma escala psico-fisiológica de esforço para avaliar o nível de esforço de 0-10 considerando 5-6 o ideal; ACSM,2011
33 Monitorar a caminhada Poderá utilizar um podômetro e controlar passos/dia; Também controlar a zona alvo de treino cardiovascular pela FC: 220-idade: leve 57-63%; moderado 64-76%; vigoroso 77-95% desse valor a ser verificado através do uso de um frequencímetro. Ex: =150 logo, 150x70% = 105 FCT= 105 ACSM,2011
34 Qual a dose certa? A recomendação será pelo menos incorporar 150min/sem de caminhada. A intensidade deverá ser moderada/ativa. Recomenda-se passos por dia
35 TREINO CARDIOVASCULAR EM IDOSOS Sem Stress Ortopédico Caminhada, cicloergômetro, meio aquático O indivíduo Estabelecimento de um grupo Moderado a Vigoroso e contínuo 30 min./dia Definicção de intervalo da FC Consideração aos medicamentos Progredir gradualmente na intensidade Equilíbrio oferta-demanda
36 Bibliografias e Cursos Sugeridos e-book: Livraria Cultura
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