Treinamento concorrente

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEPARTAMENTO DE ESPORTES MARCELO VIDIGAL COSCARELLI Treinamento concorrente Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Treinamento Esportivo/Musculação do Departamento de Esportes da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito para obtenção do título de especialista. Área de Concentração: Musculação Orientador: Prof. Luciano Prado, Dr. Belo Horizonte 2008

2 RESUMO O treinamento concorrente, treino simultâneo de força e capacidade aeróbia, tornou-se uma das formas mais conhecidas de exercício nas ultimas décadas. Foi observado em alguns estudos, a interferências do desenvolvimento de força pelo grupo de indivíduos que realizou o treinamento concorrente quando comparados com sujeitos que realizavam o treinamento de força isoladamente. Os exercícios aeróbios combinado com exercícios de força podem prejudicar o desempenho dos indivíduos que pretendem atingirem níveis máximo de força. Esse estudo consiste em uma revisão de literatura a respeito do tema relacionado ao treinamento concorrente. A metodologia baseou-se em uma pesquisa em sites de busca especializados (PubMed, a partir de 1980) com objetivo de selecionar os artigos que se enquadrassem no tema inerente ao treinamento concorrente. As palavras-chave usadas na pesquisa foram: strength training, resistence training, endurance training, concurrent training e simultaneous training. Observou-se que os indivíduos tiveram prejuízo na força, na maioria dos estudos em que foi detectado a interferência. Contudo, poucos estudos sobre treinamento concorrente demonstraram uma perda na capacidade aeróbia. Na conclusão, faz-se recomendações ao profissional responsável pela prescrição de atividade física, devendo o mesmo estar atento em relação à freqüência, volume, intensidade e nível de condicionamento dos indivíduos, a fim de minimizar ou anular fenômenos de interferência e obter o rendimento máximo das duas modalidades.

3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Mudança da força em respostas a três treinamentos...23 Figura 2 Aumento de Força...34

4 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Mudança no percentual de força no salto vertical...27 Gráfico 02 Mudança percentual de força no supino...28 Gráfico 03 Mudança no percentual de força do agachamento...28 Gráfico 04 Teste de 1RM, no leg press, nos grupos A e B...32 Gráfico 05 Teste no Agachamento de 1RM Gráfico 06 Teste Salto Vertical Gráfico 07 Mudança no Peso Corporal com o Treinamento Gráfico 08 Mudança no percentual da força no exercício de Leg Press...42 Gráfico 09 Mudança no Supino com o treinamento Gráfico 10 Estado de Treinamento...47 Gráfico 11 Contrações Musculares...48 Gráfico 12 Desenvolvimento do VO 2 max em treinamentos concorrentes...49 Gráfico 13 Desenvolvimento da força em treinamentos concorrentes...50 Gráfico 14 Influência do treinamento concorrente no salto vertical...51 Gráfico 15 Influência do treinamento concorrente na área da secção transversa 52

5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Alterações dos tipos de fibras...20 Tabela 2 Composição corporal dos indivíduos...24 Tabela 3 Variação nas performances pré e pós teste nos exercícios...27 Tabela 4 Valores de 1RM nos exercícios...37 Tabela 5 Composição Corporal e Capacidade Aeróbia...40 Tabela 6 Treinamento de força e de resistência aeróbia Tabela 7 Treinamento de força e de resistência aeróbia....58

6 LISTA DE SIGLAS 1RM Uma repetição máxima ADP Adenosina Difosfato ASCM American College of Sports Medicine ATP Adenosina trifosfato ATP-CP Adenosina trifosfato- creatina fosfato EMG Sinal Eletromiográfico GH Hormônio do crescimento VO 2 máx Capacidade máxima de consumo de oxigênio TA Treinamento de Resistência Aeróbia TF Treinamento de Força TES Treinados em Resistência Aeróbia e Acrescentou Treinamento de Força TFMS Treinamento de Força Para Membros Superiores

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA REFERENCIAL TEÓRICO Treinamento concorrente Adaptações ao treinamento simultâneo de força e capacidade aeróbia Metabolismo energético Adaptações neuromusculares Adaptações endócrinas A influência do treinamento concorrente no ganho de força A influência do treinamento concorrente na capacidade aeróbia ANÁLISE DOS RESULTADOS CONCLUSÃO...53 REFERÊNCIAS...55 APÊNDICE A...58

8 8 1 INTRODUÇÃO O treinamento concorrente, ou seja, treino simultâneo de força e capacidade aeróbia tornou-se uma das formas mais conhecidas de exercício. Esse tipo de treinamento é comumente utilizado para melhorar a performance em algumas atividades esportivas e militares, para reabilitação em casos de injúria cardiovascular e para melhora da forma física de não atletas (BELL et al., 2000). Embora essa modalidade de treinamento esteja sendo amplamente prescrita, não existe um consenso a respeito das possíveis interferências ou melhoras dessas habilidades quando elas são treinadas concorrentemente (HÄKKINEM et al., 2002). Inicialmente os pesquisadores acreditavam que um alto desenvolvimento da capacidade de resistência aeróbia, bem como o desenvolvimento de força, não ocorreriam simultaneamente (DUDLEY; FLECK, 1987; HICKSON et al., 1988). No entanto, posteriormente, outros estudos demonstraram que ao serem treinadas combinadamente, essas modalidades podem gerar melhores desempenhos em ambas (HAKKINEM et al., 2002) ou apenas em uma delas (GLOWACKI et al., 2004). A maior parte dos estudiosos sugere que os treinamentos de força e resistência aeróbia geram adaptações fisiológicas extremamente diferentes e algumas vezes opostas (TANAKA; SWENSEN, 1998) embora, os mecanismos que podem mediar tais respostas adaptacionais ainda não estejam claros (HÄKKINEM; KRAEMER, 2004). Outros autores, no entanto, sugerem que a interferência pode ocorrer como conseqüência de um sobretreinamento (HUNTER et al., 1987) ou fadiga aguda (LEVERRITT et al., 1999). Por isso, nas ultimas décadas, houve um nítido interesse da comunidade científica sobre o fenômeno de interferência no desempenho e as possíveis medidas para minimizá-lo na prescrição de um treinamento concorrente (LEVERRITT et al., 2000). Devido à evidente relevância do fenômeno de interferência, quando este existe, e para que os melhores desempenhos sejam obtidos, o treinamento concorrente e as adaptações por eles geradas devem ser continuamente estudados. Conhecer tal fenômeno é indispensável para o profissional de educação física que objetive prescrever tal tipo de treinamento.

9 9 2 OBJETIVO Apesar de ser um tema de suma importância, o conhecimento sobre treinamento concorrente é restrito e controverso. O presente trabalho, a partir de revisão da literatura corrente, descreve as adaptações antagônicas promovidas pelo treinamento isolado de força e resistência aeróbia com intuito de elucidar uma das mais relevantes questões acerca deste assunto: as interferências geradas no desempenho máximo de cada uma dessas modalidades, quando as mesmas são treinadas simultaneamente. Além disso, tentou-se estabelecer, a partir dos estudos citados, parâmetros a serem considerados para a prescrição mais adequada deste tipo de treinamento.

10 10 3 METODOLOGIA Devido às diferentes abordagens sobre o presente estudo, optou-se por enfatizar as possíveis interferências do treinamento concorrente no desempenho de força e capacidade aeróbia. Para isso, foi realizado uma pesquisa em sites de busca especializados (PubMed, a partir de 1980) afim de selecionar os artigos que se enquadrassem no tema contemplado. As palavras chaves usadas na pesquisa foram: strength training, resistence training, endurance training, concurrent training e simultaneous training. A partir das referências escolhidas, procedeu-se busca dos artigos na sessão de periódicos das bibliotecas da Escola de Educação Física e Central da Universidade Federal de Minas Gerais. As referências não encontradas nesses estabelecimentos foram adquiridas pelo COMUT.

11 11 4 REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 Treinamento concorrente A terminologia treinamento concorrente refere-se aos programas que combinam treinamento de força (TF) e treinamento de resistência aeróbia (TA) num mesmo período de tempo ou em uma mesma sessão de treino (MCCARTHY et al., 2002). Atletas de diversas modalidades recorrem a esse tipo de treinamento para obterem adaptações específicas e um bom rendimento em ambas as capacidades (LEVERITT et al., 1999), uma vez que, a combinação do desempenho de força e resistência aeróbia é necessária em diferentes momentos de jogos e, ou competições (WEINECK, 1999). A força é uma característica física essencial à sobrevivência humana. (HÄKKINEM; KRAEMER, 2004). De maneira geral, o treinamento com pesos é uma das formas mais populares de exercício para melhorar a aptidão física individual. A maior parte dos participantes desse tipo de treino objetiva aumentar o desempenho em atividades esportivas ou diárias em virtude de fatores como: maior coordenação entre músculos, melhora das capacidades neuromusculares e possível hipertrofia muscular (KRAEMER; FLECK, 2006). Assim, o principal objetivo do TF isolado é gerar a maior força possível durante um determinado movimento (SALE 2006). Para o desenvolvimento e melhor desempenho físico dessa capacidade, recomenda-se a utilização de altos pesos entre 4 e 6 repetições com intensidades elevadas (SCHMIDTBLEICHER, 1985 apud DOCHERTY; SPORER, 2000). Para que a capacidade máxima de manifestação de força, ou seja, uma repetição máxima (1RM) seja alcançada é necessário o recrutamento de todas as unidades motoras por meio de uma alta freqüência de disparo (KRAEMER; FLECK, 2006). Diferentemente, o condicionamento aeróbio visa aumentar o consumo de oxigênio de pico e associar as funções cardiovasculares para suportar o

12 12 desempenho da resistência aeróbia. Os exercícios de natureza aeróbia também são utilizados para promover um aumento da capilarização, da densidade mitocôndrial e da atividade de enzimas oxidativas (HICKSON, 1980; DUDLEY; DJAMIL, 1985; DOCHERTY; SPORER, 2000). A capacidade aeróbia pode ser desenvolvida por meio de atividades cíclicas ou acíclicas, contínuas ou intervalada. As recomendações do American College of Sports Medicine (ASCM), 2002, para um aprimoramento dessa capacidade, é que esta seja realizada três a cinco vezes por semana com intensidade de 55 a 90% da freqüência cardíaca máxima entre 20 e 60 minutos. A capacidade máxima de produção de energia por vias do metabolismo aeróbio é comumente medida em VO 2 máximo, capacidade máxima de consumo de oxigênio (VO 2 max) (DOCHERTY; SPORER, 2000). Estudos comparando diferentes intensidades e métodos de realizações de exercícios aeróbios demonstraram não haver diferenças significativas nos aumentos do VO 2 máximo quando os indivíduos são submetidos a diferentes intensidades (80 e 100%) com duração de 20 minutos. Nesse estudo os participantes realizavam a atividade de resistência aeróbia de maneira continua com 80% do VO 2 max e de maneira intervalada com 100% do VO 2 max (CUNNINGHAM et. al., 1979 apud DOCHERTY; SPORER, 2000). Os TF e de TA são, portanto, específicos e geram, por isso, respostas fisiológicas adaptativas diferentes (KRAEMER; FLECK, 2006). Existem adaptações antagônicas nesses treinamentos no que diz respeito a alterações no metabolismo, adaptações neuromusculares e endócrina. Prescrever treinos simultâneos dessas modalidades é, portanto, extremamente difícil. O volume, intensidade e freqüência com que o treinamento concorrente é realizado parecem influir no desenvolvimento das habilidades isoladas das capacidades treinadas (HICKSON 1980, DUDLEY; DJAMIL 1985, HUNTER et al., 1987). A literatura acerca da eficiência desse tipo de treinamento, cujo objetivo é induzir máximos desempenhos de força e resistência aeróbia é controversa. Alguns estudos mostraram que o treino simultâneo de força e capacidade aeróbia inibe o desenvolvimento de força e potência embora, não afete o ganho aeróbio quando comparado ao treinamento isolado dessas capacidades (HICKSON 1980, DUDLEY;

13 13 DJAMIL 1985). Outros demonstraram não haver efeito inibitório no ganho de força e no de capacidade aeróbia (HUNTER et al., 1987, SALE et al., 1990, HÄKKINEM, et al., 2002). Existem, ainda, estudos cujos resultados não apontam melhora no desempenho da capacidade aeróbia quando essa era treinada simultaneamente com força (GLOWACKI et al., 2004). Segundo Leveritt et al. (1999), essa discrepância de resultados reflete a variedade de protocolos (indivíduos a serem selecionados, tipo de exercício aeróbio, tipo de exercício de força, ordem de treinamento, volume, intensidade, velocidade, etc.) empregados na pesquisa sobre treinamento concorrente. Embora seja difícil estabelecer uma correlação entre os vários estudos, foram levantadas hipóteses (crônica, aguda e overtraining) para explicar o fenômeno de interferência promovido pelo treinamento simultâneo de força e capacidade aeróbia. A hipótese crônica sugere que as adaptações conflituosas e, até mesmo, antagônicas, ocasionadas na musculatura esquelética submetida ao treinamento concorrente, causariam uma diminuição no desenvolvimento da força e ou do rendimento aeróbio no treino simultâneo dessas habilidades. As evidências que suportam a hipótese crônica são, no entanto, limitadas uma vez que um pequeno número de estudos mensurou as mudanças fisiológicas ocorridas no treinamento concorrente (LEVERITT et al., 1999). A hipótese aguda preconiza que uma fadiga residual do treino de resistência aeróbia prejudicaria o grau de tensão desenvolvido durante o treino de força. Conseqüentemente, o estímulo para o treino de força seria menor quando comparado à sessão de força não precedida por atividade de caráter aeróbio. Portanto, a ordem de treinamento seria o principal fator que desencadearia a interferência no desempenho de força em um treinamento combinado (LEVERITT et al., 1999). A maioria dos trabalhos sobre treinamento concorrente envolve pelo menos três grupos experimentais que são destinados a praticar uma das seguintes modalidades: treinamento isolado de força, treinamento isolado de capacidade aeróbia ou treinamento simultâneo destas capacidades (HICKSON, 1980; DUDLEY;

14 14 DJAMIL, 1985). Como, geralmente, o grupo treinamento concorrente recebe um volume dobrado de exercício, pois, desempenha a mesma atividade dos grupos que treinam as capacidades isoladas isso contribuiria para uma sobrecarga de treinamento, ou seja, excesso de treinamento (overtraining) em comparação aos demais grupos (LEVERITT et al., 1999). Define-se como overtraining, ou sobretreinamento, qualquer volume de treinamento de alta intensidade e/ ou manutenção deste volume, ou ainda aumento no volume e/ ou intensidade do exercício que resulte em diminuição do desempenho em longo prazo. Quando o estresse de uma única sessão de treino é alcançado, o indivíduo fica fadigado, e o desempenho diminui. Recuperações ótimas permitem que o organismo supercompense o estresse gerado e que o indivíduo tenha novos níveis de desempenho (HÄKKINEN; KRAEMER, 2004). Se o treinamento for excessivamente estressante, a recuperação tenderá a ser prejudicada e o indivíduo será incapaz de responder ao treinamento devido à exaustão. O treinamento combinado mal delineado poderia levar ao sobretreinamento justificando a queda de desempenho quando comparado aos demais grupos (LEVERITT et al., 1999). Embora essas hipóteses justifiquem alguns dos resultados encontrados nos estudos sobre treinamento concorrente, nenhuma delas é capaz de abranger todos os estudos. Isso indica que os resultados são intimamente dependentes dos protocolos adotados. Ou seja, é eminente a necessidade de se compreender melhor os mecanismos envolvidos no fenômeno de interferência para preveni-los e tornar o treinamento concorrente efetivo em produzir os ganhos desejados. 4.2 Adaptações ao treinamento simultâneo de força e capacidade aeróbia Os tecidos musculares são responsáveis pelos movimentos corporais. Cerca de 50% do corpo humano é formado por músculos esqueléticos. O grau em que uma pessoa pode, voluntariamente, ativar os músculos, fluxo neural voluntário máximo, depende da ativação do músculo em questão, do tipo e velocidade desta ativação e, principalmente, do estado de treinamento do indivíduo (HAKKINEM; KRAEMER, 2004).

15 15 Os músculos esqueléticos são constituídos de aproximadamente 75% de água e 20% de proteínas e requerem quase 50% do metabolismo corporal. Esse tipo de músculo, o mais abundante no organismo humano, é formado por células cilíndricas longas, multinucleadas com estriações transversais que sofrem alterações fisiológicas agudas e crônicas mediante a prática de exercício físico (KRAEMER; FLECK, 2006). A reação aguda resulta em mudança imediata de uma variável enquanto a crônica relaciona-se à reação do corpo ao estímulo repetido. Ambas as reações são processos fisiológicos através dos quais o corpo se adapta ao exercício. Um estímulo agudo iniciará uma adaptação no corpo (KRAEMER; FLECK, 2006). As repostas agudas podem ser definidas pela seleção e ordem dos exercícios, tipo de ação muscular, intensidade, volume, velocidade de execução do movimento, período de recuperação entre série e exercícios, freqüência e grupos musculares treinados (corpo inteiro, membros superiores ou inferiores ou programa de treinamento divido por grupo muscular) (KRAEMER; RATAMESS, 2005). A reação crônica, no entanto, somente ocorre após a exposição repetida ao estímulo e acarreta em mudança celular, tecidual ou sistêmica. As respostas adaptativas seguem um padrão temporal específico que são diferentes para cada variável (KRAEMER; FLECK, 2006). O aumento na capacidade de força ou ganho cardiovascular, resultados esperados quando treina-se força e resistência aeróbia respectivamente, acontecem como conseqüência de uma série de adaptações que ocorrem no sistema energético, neuromuscular e endócrino da musculatura esquelética (KRAEMER; RATAMESS, 2005) Metabolismo energético As células musculares armazenam quantidades limitadas de adenosina trifosfato (ATP) composto de fosfato, fonte imediata de energia para a contração muscular. Por isso, essas células necessitam de suprimento constante dessa molécula de energia que é fornecida pela atuação isolada ou combinada de duas vias metabólicas: aeróbia e anaeróbia. A produção aeróbia de ATP ocorre no interior das mitocôndrias e está sujeito a regulação enzimática. A produção anaeróbia de

16 16 ATP, método mais rápido e simples de formação do composto, pode acontecer pela doação de um grupo fosfato pela creatina fosfato (ATP-CP) à adenosina difosfato (ADP), armazenada em pequenas quantidades nas células musculares, ou pela glicólise não oxidativa. A via anaeróbia sofre regulação por disponibilidade de substrato e atividade enzimática. (HOWLEY; POWERS, 2000). A energia utilizada para realizar a maioria dos tipos de exercícios é originária de uma combinação de fontes aeróbias e anaeróbias. A contribuição de ATP proveniente de vias aeróbias é maior em atividades de longa duração enquanto o metabolismo anaeróbio predomina em atividades curtas e de alta intensidade. As vias energéticas mais utilizadas em um treino de força ou em um exercício que obtenha o aprimoramento da capacidade aeróbia vão depender, portanto, da intensidade e duração da ação muscular executada (HOWLEY; POWERS, 2000). Durante o exercício mais intenso, os processos anaeróbios devem suprir parte da energia. A via anaeróbia, embora também importante na produção de energia, fornece uma baixa oferta para a manutenção de níveis prolongados de esforços musculares, principalmente aqueles que envolvem o sistema ATP-CP. Sendo assim, o processo de glicólise apresenta importante papel para suportar os processos aeróbios de mais longa duração fornecendo uma quantidade maior de ATP (ASTRAND et al., 2006). Por isso, para o desempenho de força, até 10 segundos o sistema ATP-CP é, normalmente, a principal fornecedora de energia. A partir desse momento a glicólise passa a ter um papel mais significante no suprimento de energia necessária à contração muscular. A via oxidativa também fornece grandes quantidades de ATP, mas não é a principal nos exercícios de força de intensidades altas e durações abaixo de três minutos (HOWLEY; POWERS, 2000). De acordo com o princípio da especificidade do treinamento, os treinos de força e resistência aeróbia induzem adaptações metabólicas distintas. O TA, por exemplo, diminui a atividade de enzimas glicolíticas, mas por outro lado, aumenta a atividade das enzimas oxidativas, da capilarização e também da densidade

17 17 mitocôndrial. Já no TF existe uma diminuição na densidade mitocôndrial bem um marginal impacto na densidade capilar (TANAKA; SWENSEN, 1998) Adaptações neuromusculares Um estímulo muscular é desenvolvido na parte superior do cérebro e é transmitido ao córtex motor, onde o estímulo para a ativação muscular é enviado ao controlador de nível mais baixo (medula espinhal ou tronco cerebral). A mensagem é, então, passada para unidade motora para que seja ativada a musculatura solicitada em um determinado exercício. As unidades motoras ativadas satisfazem uma quantidade de força que necessita ser superada. O cérebro, por meio de feedback, ajusta a quantidade e tipos de unidades motoras a serem mobilizadas para a execução ou superação de uma determinada força (KRAEMER; FLECK, 2006). O desempenho da força representa um ato motor que estimula o sistema nervoso central e periférico. O objetivo maior dessa capacidade é a ativação completa dos músculos motores primários (agonistas) realizadores de determinado movimento. Embora a ativação das musculaturas auxiliares (sinergistas) e dos músculos que se opõem ao movimento (antagonistas) sejam igualmente importantes no processo da manifestação de força (SALE, 2006). Portanto, a adaptação neural mais óbvia, mediante TF, é o aumento da ativação dos músculos agonistas. Esse aumento pode ocorrer de duas maneiras. A primeira permitiria o recrutamento de unidades motoras de um limiar mais elevado promovendo um aumento da força. Outra forma de adaptação neural é mediante o aumento da freqüência de disparo das unidades motoras: uma alta freqüência de disparo como, por exemplo, 60 hertz, seria capaz de recrutar uma elevada quantidade de unidades motoras em uma determinada ação muscular podendo gerar, assim, elevados níveis de força (SALE, 2006). Em um estudo, Häikkinem et al. (2002) observaram um aumento da ativação das unidades motoras agonistas participantes do movimento de extensão de joelhos, confirmada pelo aumento do sinal eletromiográfico (EMG), em indivíduos que

18 18 realizavam o TF isoladamente e nos que realizavam o treinamento concorrente. Os autores sugeriram que o aumento do EMG poderia ser resultado de um aumento do número de unidades motoras recrutadas e/ ou um aumento da freqüência de disparo o que resultaria nos ganhos de força observados nesses grupos. As fibras musculares, envolvidas na contração muscular, podem ser divididas em tipo I (contração lenta) ou do tipo II (contração rápida). Estas, por sua vez, são subdivididas em fibras IIa (intermediárias) e IIb (contrações rápidas) (KRAEMER; FLECK, 2006). Segundo Bell et al. (2000), as fibras também apresentam diferença de tamanho sendo as do tipo II mais espessas que as do tipo I. O desenvolvimento de um ou de outro tipo de fibra muscular é determinado pelo tipo de treinamento. Desse modo, o tipo de treinamento empregado favorece a adaptação específica (WEINECK, 2003), o padrão de recrutamento neural e a quantidade de tecido muscular recrutado determinam se ocorrem mudanças apenas celulares ou no tecido muscular como um todo (KRAEMER; FLECK, 2006). Em uma contração muscular os neurônios que inervam as fibras do tipo I são os primeiros a serem acionados e caso seja necessário uma geração maior de força as fibras do tipo II passam, então, a ter um papel na produção de força (KRAEMER; FLECK, 2006). Devido às diferenças existentes nas proteínas que fazem parte do mecanismo contrátil, as fibras de contração rápidas (IIa e IIb) podem produzir mais força e potência do que fibras de contração lenta (I). As fibras do tipo I, por serem requisitadas em qualquer atividade física, apresentam característica de resistência sendo, por isso, mais difícil de serem fadigadas (HÄKKINEM; KRAEMER, 2004). Portanto, um atleta com uma maior proporção de fibras rápidas em sua musculatura, será conseqüentemente mais forte, mais rápido, mais potente do que uma pessoa que possua predominantemente fibras lentas. Isso pode ser observado com corredores de diferentes modalidades como, por exemplo, os maratonistas que possuem um alto percentual de fibras lentas. Na outra extremidade, pode-se citar os corredores de 100 metros rasos que possuem um alto percentual de fibras de contração rápida (HÄKKINEM; KRAEMER, 2004).

19 19 Em um programa de TF, quando uma quantidade suficiente de fibras musculares é estimulada, a composição corpórea, a quantidade de massa muscular obtida e a transformação de fibra serão alteradas no indivíduo que treine essa capacidade. O potencial genético do indivíduo pode favorecer ou não essas alterações (KRAEMER; FLECK, 2006). Segundo McDougall (2006), esse tipo de treinamento, normalmente, eleva a porcentagem das fibras do tipo IIa e reduz proporcionalmente a porcentagem das fibras do tipo IIb. Estas fibras parecem não serem acionadas em determinados treinamentos de força. Em humanos, parece que essas conversões estão restritas aos subtipos do tipo II, sendo improvável que o treinamento de força afete a proporção de fibras do tipo I. O aumento dos músculos é outra adaptação muito importante de um TF adequadamente planejado e executado (KRAEMER; FLECK, 2006). O aumento do tamanho muscular pode ser causado por hipertrofia, aumento do tamanho, e/ ou hiperplasia, aumento do número, das fibras musculares. A hipertrofia depende de vários fatores como a capacidade de resposta do indivíduo ao treinamento, a intensidade e duração do programa de treinamento (MACDOUGALL, 2006) e está relacionada a uma série de mudanças, dentro as quais o aumento dos filamentos de miosina, do número de miofibrilas e de capilares sanguíneos na fibra (PLATONOV, 2004) Embora os mecanismos de hipertrofia já estejam relativamente esclarecidos pouco se sabe sobre hiperplasia e a real participação deste fenômeno no treinamento de força (KRAEMER; FLECK, 2006). O treinamento isolado de força aumenta a área da secção transversa de todos os tipos de fibras (KRAEMER; FLECK, 2006). No entanto, muitos estudos indicam que uma maior hipertrofia relativa ocorre nas unidades tipo II (tabela 1) (BELL et al. 2000, McCARTHY et al. 2002, HÄKKINEM et al., 2002). Quando todos os tipos de fibra parecem ser ativados durante o desempenho de contrações máximas ou próximas do máximo, a maior hipertrofia das fibras do tipo II em relação às do tipo I pode refletir maior envolvimento relativo dessas unidades de limiar elevado, o que normalmente não ocorreria nas atividades da vida diária (McDOUGALL, 2006).

20 20 Grupo Força Grupo Concorrente Pré Teste Pós Teste Pré Teste Pós Teste Tipo I Tipo IIa Tipo IIb Tabela 1 Alterações dos tipos de fibras Fonte: Adaptado de Hakkinen et al., (2002 p 49). Obs.: Valores médios da área das fibras do vasto lateral da coxa, antes e após o período de 21 semanas de treinamento de força e treinamento concorrente. Diferença significativa pré e pós treino (*p<0.05; **p<0.001). Outra diferença adaptativa entre o treinamento de força e capacidade aeróbia está relacionada ao tipo de fibra hipertrofiada. Bell et al. (2000) observaram que, após doze semanas de treinamento simultâneo de força e resistência aeróbia, houve um aumento significativo na sessão transversa apenas nas fibras tipo II. Corroborando com esta informação, outros estudos demonstraram haver um aumento significativo das fibras do tipo II tanto em indivíduos que realizavam o treinamento de força isoladamente, quanto nos que praticavam o treinamento concorrente (KRAEMER et al., 1995; McCARTHY et al., 2002). Quando comparado com o treinamento concorrente, o treino isolado de força parece ser mais efetivo em hipertrofiar as fibras do tipo I (KRAEMER et al., 1995; McCARTHY et al., 2002), IIc e IIa (KRAEMER et al., 1995). No treinamento combinado, ao contrário, a hipertrofia parece restringiu-se apenas as fibras IIa (KRAEMER et al., 1995). A área da secção transversa da fibra, hipertrofia, representa uma maneira precisa de predizer a força que determinada fibra é capaz de desenvolver. O que se pode afirmar é que o aumento da área da secção transversa da musculatura resulta em um músculo mais forte (HARRIDGE; GOLDSPINK 2006). Um estudo com jovens em idade escolar demonstrou que após nove semanas de treinamento de força em diferentes exercícios realizados três vezes por semana utilizando dez a doze repetições, houve um aumento significativo de capilares nas fibras tanto do tipo I quanto nas do tipo II. Foi observado também, com este mesmo treinamento, um aumento na área da secção transversa de ambos os tipos de fibra, porém o aumento das fibras do tipo II foi significativamente maior em comparação com as fibras do tipo I. Nesse mesmo estudo houve também um aumento da força máxima de maneira significativa em relação ao pré-teste. (McCALL et al., 1996).

21 Adaptações endócrinas Durante as atividades esportivas observa-se inúmeras alterações nas concentrações de hormônios anabólicos e catabólicos dependendo da modalidade esportiva, da maneira como essas são organizadas, da natureza dessa e de inúmeros outros fatores (KRAEMER et al., 1995). A mensuração das alterações nas concentrações hormonais nas diferentes atividades físicas é de fundamental importância, uma vez que, estas podem nortear a reestruturação e/ ou planificação de um treinamento otimizando os resultados e benefícios de determinadas modalidades (KRAEMER; RATAMESS, 2005). As alterações endócrinas em resposta aos exercícios ocorrem como mecanismo de adaptação tecidual e são ativadas como parte do processo de remodelação no período de recuperação aos estresses mecânicos e químicos da modalidade esportiva praticada. Alguns mecanismos endócrinos influenciam o crescimento e remodelação tecidual como os ossos, músculos e outros tecidos conjuntivos. As respostas hormonais são de extrema importância para o bom desempenho de atletas e praticantes de atividades físicas. (KRAEMER; RATAMESS, 2005). Os hormônios anabólicos, por exemplo, testosterona, insulina e hormônio do crescimento (GH), apresentam diversas funções no desempenho de um indivíduo bem como no desenvolvimento muscular. Eles promovem alteração no metabolismo e nos mecanismos moleculares podendo aumentar a síntese ou diminuir a degradação protéica gerando hipertrofia ou aumento de força (KRAEMER; FLECK, 2006). A testosterona tem efeito direto no tecido muscular, afeta indiretamente o conteúdo protéico da fibra muscular e age no sistema nervoso central auxiliando no desenvolvimento de força e hipertrofia muscular (KRAEMER; FLECK, 2006). O GH aumenta durante o exercício para mobilizar ácidos graxos do tecido adiposo e colabora com a manutenção da glicemia, além de, agir diretamente sobre os tecidos

22 22 estimulando a captação tecidual de aminoácidos, a síntese de novas proteínas e hipertrofia. A insulina, por sua vez, estimula os tecidos a captar moléculas nutrientes e estocá-las permitindo, assim, aporte adequado de nutrientes para a elaboração e aumento da massa de proteínas (HOWLEY; POWERS, 2000). O hormônio catabólico mais importante relacionado a prática de atividades físicas é o cortisol. Embora os mecanismos específicos do catabolismo não estejam completamente entendidos, as numerosas ações desse hormônio são reguladas por integrações complexas de permissividade, supressão, estimulação e ações preparatórias. Tudo isso, com o intuito de ajudar na manutenção e restabelecimento da homeostase celular prevenindo, desta maneira, possíveis efeitos deletérios causados por um estresse agudo (KRAEMER; FLECK, 2006). Esse glicorticóide promove a degradação de proteínas teciduais pela inibição da síntese protéica para formar aminoácidos, que são utilizados pelo fígado para formar glicose (HOWLEY; POWERS, 2000). O aumento agudo nas concentrações hormonais, após a prática de exercícios de força, é fruto de vários mecanismos que incluem ajuste no volume de fluido, alteração nas taxas de depuração extra hepática e na depuração hepática secundária ao fluxo sanguíneo hepático, degradação hormonal e conjunto venoso de interações sangue e receptor (KRAEMER; RATAMESS, 2005). Kraemer et al. (1995), realizaram um estudo no qual foi observado um maior aumento nas concentrações de cortisol após doze semanas de treinamento em homens que realizavam o TF para o corpo inteiro combinado simultaneamente ao TA. Bell et al. (2000), também, demonstraram haver um aumento significativo de cortisol urinário em mulheres, que realizavam treinamento concorrente, sugerindo um maior desgaste metabólico na prática deste tipo de treino. 4.3 A influência do treinamento concorrente no ganho de força O tema compatibilidade de treinamento concorrente e possíveis interferências na capacidade de força, desde a década de 80, despertaram a atenção de cientistas e profissionais relacionados ao esporte (LEVERITT et al., 1999). A curiosidade

23 23 acerca de tal fenômeno surgiu a partir de um estudo elaborado por Hickson (1980) que demonstrou que o desenvolvimento da força dinâmica poderia ser comprometido pelo treino simultâneo de força e o treinamento da capacidade aeróbia (figura 1). TF Kg TA Concorrente TA Semanas Figura 1 Mudança da força em respostas a três treinamentos Fonte: Adaptado de Hickson (1980 p. 259). O estudo de Hickson (1980) propôs um volume de seis vezes por semana para os grupos TA e cinco vezes por semana para aqueles indivíduos que realizavam o TF. O grupo treinamento concorrente realizava os dois treinamentos. O TF foi desenhado para que os participantes pudessem exclusivamente aumentar o desempenho de força dos membros inferiores, por isso, os exercícios eram sempre realizados na máxima intensidade (peso) possível, com isso foram realizadas cinco repetições máximas (5RM) nos diferentes exercícios. A partir do momento em que os participantes ganharam força, com o decorrer do estudo, a intensidade era reajustada para manter as repetições máximas pré-determinadas. Para a comparação dos resultados foram realizadas medidas pré e pós testes de uma repetição máxima 1RM no agachamento, teste para a determinação do VO 2 max dos indivíduos nos exercícios na esteira e bicicleta e composição corporal

24 24 aferindo dobras cutâneas, peso corporal dos sujeitos, e a circunferência da coxa, conforme tabela 2. Ao final do estudo, foram observados resultados marcadamente diferentes entre as modalidades isoladamente treinadas. Constatou-se um aumento significativo no peso dos sujeitos que realizavam o TF isolado e uma diminuição do peso corporal e do percentual de gordura daqueles que realizavam o TA isoladamente. Além disso, também foi observado aumento significativo na circunferência da coxa dos indivíduos que participaram tanto do TF quanto do treinamento concorrente, indicando adaptações similares entre esses tipos de treino. Uma diminuição significativa do percentual de gordura nos grupos TA e concorrente também foi resultado encontrado desse estudo. Os indivíduos que realizavam o treinamento concorrente tiveram um comprometimento no desenvolvimento da força no agachamento. Porém não foi observado prejuízo no desenvolvimento da capacidade aeróbia nesses indivíduos (HICKSON, 1980). Grupos Antes do treinamento Peso (kg) Após o treinamento Circunferência da Coxa a (cm) Antes do treinamento Após o treinamento Percentual de Gordura (%) Antes do treinamento Após o treinamento Força (8) 75,8 ± 3,4 77,7 ± 3,3 b 53,3 ± 1,2 55,6 ± 1,1 b 14,5 ± 1,4 13,7 ± 1,1 Resistência (8) 77,0 ± 4,9 74,8 ± 4,2 c 54,4 ± 1,5 54,3 ± 1,1 17,8 ± 2,5 14,2 ± 1,6 c Força e 82,2 ± 7,3 81,4 ± 6,9 54,7 ± 1,4 56,4 ± 1,7 c 15,3 ± 2,8 13,0 ± 2,2 c Resistência (7) Tabela 2 Composição corporal dos indivíduos Fonte: Hickson (1980 p. 258). Obs.: Valores apresentados são as médias ± erro padrão. Os números dos indivíduos que compõem cada grupo estão entre parênteses. A média do percentual de gordura no grupo de Força e Resistência considerou apenas 6 indivíduos. a Média da medida da coxa para as duas pernas b Antes e após o treinamento, p<0,01 c Antes e após o treinamento, p<0,05 Dudley e Djamil (1985), cinco anos mais tarde, investigaram a influência do treinamento concorrente na realização do exercício isocinético, normalmente utilizado com o objetivo de avaliar força, potência, velocidade e resistência. Nesse estudo as avaliações restringiram-se a manifestação da força do extensor de joelho com velocidades angulares controladas. Foi observado que os indivíduos submetidos ao treinamento concorrente apresentaram um desempenho de força pior ao realizarem exercícios de alta velocidade angular quando esse foi comparado ao do grupo de treino isolado. No entanto, o desempenho de força não foi alterado em exercícios de baixa velocidade angular quando comparado com grupo que treinou

25 25 força isoladamente, indicando que o treino combinado nem sempre pode ser responsabilizado por diminuir ganhos de força em baixas velocidades angulares. Segundo os autores, esses resultados podem ter ocorrido devido a diferenças nas adaptações neurais que, no grupo que realizou o treinamento concorrente, não favoreceram o ganho de força em altas velocidades angulares. Esses estudos pioneiros fizeram com que a comunidade científica do esporte acreditasse nos indícios que protocolos baseados em um volume alto de exercícios, como os realizados por Dudley e Djamil (1985) e Hickson (1980), poderiam gerar quedas no rendimento de força em indivíduos sedentários em função de um sobretreinamento (McCARTHY et al.; 1995). Hunter et al. (1987) tiveram, então, a idéia de investigar se o incremento do TF promoveria um desenvolvimento dessa capacidade em participantes treinados em atividades de resistência aeróbia (corrida), ou seja, indivíduos não sedentários. Participaram desse estudo trinta e quatro indivíduos, vinte e sete deles destreinados em treinamento de força e de resistência aeróbia e sete treinados em resistência aeróbia. Os sujeitos foram divididos em quatro grupos: treinamento isolado de força; treinamento concorrente; treinamento isolado de resistência aeróbia e grupo que já era treinado em resistência aeróbia que passou a realizar o treinamento de força em sua rotina de treinamento. Esse estudo perdurou doze semanas e os treinamentos eram realizados quatro vezes por semana. O programa de força preconizado por Hunter et al. (1987) objetivava o aumento de força dos membros inferiores e superiores dos indivíduos. Todos os exercícios foram realizados com máximo de peso possível em três séries de sete a dez repetições. Para a avaliação de força dos indivíduos, foram realizados pré e pós testes de 1 RM nos exercícios de supino reto e agachamento. O salto vertical foi outro quesito avaliado. Todos os grupos, nesse estudo, aumentaram a força no supino reto, porém houve uma diferença significativa, desses aumentos, entre o grupo treinados em resistência aeróbia que realizou treinamento concorrente em relação aos demais grupos. Foi observado, também, aumento de força no agachamento e da impulsão

26 26 no salto vertical (gráfico 01) em todos os grupos ao final do estudo (tabela 3). No entanto, valores significativamente maiores foram encontrados no grupo treinado em resistência aeróbia que realizou treinamento concorrente em relação ao grupo concorrente (HUNTER et al., 1987).

27 27 Supino (kg) Agachamento (kg) Salto Vertical (cm) VO 2 max (litro/minuto) PréTeste Pós Teste Variação Obs. TF 41,80 ± 6,00 53,40 ± 6,10 11,60 Concorrente 52,80 ± 8,30 64,20 ± 9,30 11,40 TES 47,50 ± 8,40 61,90 ± 9,30 14,40 * RA 42,50 ± 6,30 44,50 ± 6,30 2,00 TF 79,50 ± 8,50 110,20 ± 9,30 30,70 Concorrente 102,50 ± 13,50 126,90 ± 14,20 24,40 TES 80,90 ± 9,80 113,70 ± 12,40 32,80 X RA 89,60 ± 10,20 96,00 ± 11,00 6,40 TF 39,00 ± 3,70 44,70 ± 3,30 5,70 X Concorrente 44,00 ± 3,70 46,50 ± 3,40 2,50 TES 37,20 ± 2,70 42,90 ± 2,90 5,70 X RA 44,30 ± 2,50 44,80 ± 2,30 0,50 TF 3,18 ± 0,24 3,21 ± 0,21 0,03 Concorrente 3,19 ± 0,24 3,52 ± 0,30 0,33 XX TES 3,67 ± 0,29 3,83 ± 0,28 0,07 RA 3,40 ± 0,44 3,73 ± 0,49 0,33 XX Tabela 3 Variação nas performances pré e pós teste nos exercícios Fonte: Hunter (1987 p. 271). Obs.: * Teve um aumento significativamente maior com relação aos grupos TF e RA < 0,05. X Teve um aumento significativamente maior com relação ao grupo RA < 0,05. XX Teve um aumento significativamente maior com relação aos grupos TF e TES % Concorrente TES TF Semanas Gráfico 01 Mudança no percentual de força no salto vertical Fonte: Adaptado de Hunter (1987 p. 272). Houve aumento de força no supino e no agachamento até a décima para todos os grupos que realizaram treinamento de força. Dessa semana em diante houve, no entanto, uma redução do percentual de ganho de força apenas no grupo

28 28 que realizou o treinamento concorrente (gráfico 02 e gráfico 03) (HUNTER et al., 1987) % Concorrente TES TF Semanas Gráfico 02 Mudança percentual de força no supino Fonte: Adaptado de Hunter (1987 p. 272) % Concorrente TES TF Semanas Gráfico 03 Mudança no percentual de força do agachamento Fonte: Adaptado de Hunter (1987 p. 272).

29 29 Os autores acreditam que os melhores desempenhos do grupo treinado em resistência aeróbia que realizou treinamento concorrente podem ser correlacionados ao fato desses participantes terem uma capacidade de remoção de lactato mais eficiente, em comparação aos demais. Isso poderia ter favorecido o rápido aumento na capacidade de levantar peso nos exercícios selecionados proporcionando, portanto, maiores ganhos de força em função de processos adaptativos, também, mais rápidos (HUNTER et al., 1987). Outro aspecto observado neste estudo, foi que o grupo iniciante em treinamento concorrente, teve uma desvantagem no desenvolvimento de força em relação aos demais grupos, após o período proposto. Esses indivíduos apresentaram queda no desempenho de força como pode ser observado nos gráficos anteriormente apresentados. Contudo, o grupo previamente treinado em resistência aeróbia demonstrou ser menos susceptível a qualquer efeito negativo do treinamento concorrente no desempenho de força (HUNTER et al., 1987). Com intuito de comprovar que o estado de treinamento do atleta participante era uma das variáveis que explicavam o fenômeno de interferência, como o sugerido por Hunter et al. (1987), Hickson et al., em 1988, investigaram o impacto no rendimento e no desempenho de força de atletas previamente treinados em resistência aeróbia nas modalidades de corrida e ciclismo. Para isso, os participantes desse estudo passaram a realizar, três vezes por semana, em um período de dez semanas, o treinamento de força junto com treinamento de resistência aeróbia que já era adotado. O treinamento de força proposto objetivava aumentar a força nos membros inferiores. Os sujeitos realizaram cinco séries de cinco repetições máximas no agachamento, três séries, também de cinco repetições máxima, nos extensores e flexores do joelho e três séries de vinte e cinco repetições no exercício de panturrilha com aproximadamente 80% de 1RM. Os treinamentos de força ocorriam com um intervalo de um ou dois dias de descanso entre as sessões de treino (HICKSON et al., 1988).

30 30 Foi demonstrado, que os indivíduos treinados, tiveram um aumento médio de 30% na força dos membros inferiores. Além disso, um melhor rendimento na resistência aeróbia de longa duração, nos ciclistas, foi observado após o treinamento concorrente. O tempo até a exaustão, dos atletas dessa modalidade, aumentou (20%) comparando-se ao pré-teste. Por outro lado, os sujeitos, ao praticarem corrida de dez quilômetros, não tiveram melhoras significativas após o treinamento concorrente. O rendimento na resistência aeróbia de curta duração também foi destacado tanto nos testes na bicicleta quanto nos de esteira, os tempos até a exaustão aumentaram em 13% e 11% respectivamente. Os pesquisadores justificaram o aumento no desempenho dos ciclistas como conseqüência das adaptações neurais desenvolvidas com o treinamento de força em questão. O aumento de força, por sua vez, pode ter gerado uma economia de energia (ATP) devido a uma menor participação de fibras rápidas, principal utilizadora deste substrato, durante esta atividade favorecendo o melhor rendimento observado. Com isso a alteração do tempo até a exaustão nos participantes desse estudo não foi em função do aumento da capacidade aeróbia, mas sim de adaptações periféricas geradas nos treinamentos de força (HICKSON et al., 1988). Com esse estudo, nasceu a hipótese que o fenômeno de interferência no desempenho de força, em indivíduos previamente treinados em resistência aeróbia que fossem submetidos a um treinamento concorrente, varia conforme a modalidade de resistência aeróbia. Além disso, esse trabalho confirmou que o treinamento de força realizado como complemento ao treinamento de resistência aeróbia pode apresentar efeitos positivos em algumas modalidades de longa ou de curta duração (HICKSON et al., 1988) corroborando Hunter et al., (1987). Sale et al., (1990) investigaram os efeitos da realização do treinamento concorrente de força e resistência aeróbia realizado em uma das pernas, em relação ao treinamento de força ou de resistência aeróbia realizada na outra perna. Para isso, os sujeitos foram divididos em grupos A e B. Os oito indivíduos participantes do grupo A realizavam o treinamento de força em uma das pernas e na outra perna era realizado o treinamento simultâneo de força e de resistência aeróbia. O grupo B, também composto por oito indivíduos, realizava em uma das pernas o treinamento de resistência aeróbia e na outra perna o treinamento concorrente. O estudo foi

31 31 realizado por um período de vinte e duas semanas, com um volume de três vezes por semana. O objetivo desses pesquisadores era verificar as possíveis interferências do treinamento concorrente no desenvolvimento das modalidades isoladas em um mesmo indivíduo. O treinamento de força consistia em seis séries de quinze a vinte repetições máximas realizadas no exercício leg press. Nos indivíduos do grupo A, as séries eram alternadas entre as pernas, uma vez que, ambas realizavam o treinamento de força com um descanso de um minuto entre as séries até completarem seis. Na outra perna o descanso era de dois minutos, uma vez, que as séries eram realizadas sucessivamente apenas em uma das pernas. No treinamento de resistência aeróbia os participantes realizavam cinco séries de cinco minutos com intensidades entre 90 e 100% do VO 2 max em uma bicicleta ergométrica (Monark). No grupo A apenas uma das pernas realizava o treinamento de resistência aeróbia para isso, o intervalo de descanso entre as séries era de três minutos. Já no grupo B o intervalo de descanso entre as séries foi de um minuto uma vez que as duas pernas realizavam o treinamento de resistência de maneira alternada (SALE et al., 1990). Os resultados demonstraram o aumento de 1RM (gráfico 04) tanto nas pernas que foram submetidas ao treinamento de força quanto nas que faziam treinamento concorrente (grupo A e grupo B). Um aumento semelhante na área da secção transversa dos extensores foi observado em todas as pernas. Esses dois resultados sugerem que o desenvolvimento da força muscular não é inibido quando há aumentos similares na área da secção transversa entre grupos que treinem força isolada ou combinadamente. Por outro lado, não houve grandes diferenças no aumento do número de repetições realizadas com 1RM do pré-teste entre os grupos que treinaram força (resistência de força absoluta) (SALE et al., 1990).

32 32 Grupo A Grupo B Kg TF - Pré TF - Pós Concorrente - Pré Concorrente - Pós RA - Pré RA - Pós Concorrente - Pré Concorrente - Pós Treinamentos Gráfico 04 Teste de 1RM, no leg press, nos grupos A e B Fonte: adaptado de Sale (1990 p. 263). Obs.: * Aumento significativo em relação ao pré teste p= 0,006; Aumento significativo em relação ao pré teste p<0,001; Aumento significativo em relação ao pré teste e concorrente>ra. No grupo B constatou-se melhora na resistência de força ao serem realizadas repetições com 80% de 1RM. Esse aumento, conforme o esperado foi significativamente maior na perna que realizou o treinamento concorrente (157%) quando comparado com a perna que realizava o treinamento de resistência aeróbia (60%). Nesse estudo, também, foi observado aumento na área da secção transversa dos flexores nos sujeitos, do grupo B, diferentemente do grupo A, que não apresentaram alterações. O aumento da circunferência em ambas as coxas, após o período de treinamento, foi significativo no grupo B, além disso, os ganhos entre as coxas foram diferentes e significativos sendo que na perna que realizou as duas modalidades tiveram maiores ganhos. Indicando ter havido uma maior hipertrofia nos indivíduos do grupo B quando comparados com os indivíduos do grupo A (SALE et al., 1990). Contudo, no grupo A, os aumentos foram similares nos quesitos repetições com 1RM realizado no pré-teste e no aumento percentual de fibras de contração lenta. As pernas apresentaram, também, um aumento da resistência de força relativa realizadas com 80% de 1RM, porém. Os sujeitos, após o período de vinte e duas semanas, realizaram 26,8 repetições na perna que treinava força e 24,4 repetições, na perna que realizava o treinamento combinado, diferença não significativa. Com relação ao grupo B, houveram ganhos similares da área da secção transversa nas duas coxas. Estes resultados permitiram, aos elaboradores

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