Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior Construindo o Brasil do Futuro
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- João Batista Peralta do Amaral
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1 Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior Construindo o Brasil do Futuro Mario Sergio Salerno Diretor de Estudos Setoriais do IPEA 1 de julho de 2005
2 Uma nova trajetória de desenvolvimento requer políticas públicas que aumentem a eficiência produtiva, diminuam a vulnerabilidade externa e estimulem a taxa de investimento e da poupança como fração do PIB Para dinamizar a estrutura produtiva, a política industrial deve integrar a busca da eficiência econômica com a inovação tecnológica e a ampliação do comércio exterior Política Industrial e Tecnológica e de Comércio Exterior
3 Construção das Diretrizes e dos Programas Câmara de Política Econômica Casa Civil; Secret. Geral da PR; MF; MPOG; MDIC; MCT; BACEN Grupo Coordenador Executivo (GCE) MDIC, MF, MCT, MPOG, Casa Civil, BNDES, FINEP, IPEA Secretariado do GCE MDIC, MF, IPEA Grupos de trabalho específicos (GTs) composição variável conforme tema
4 Compromisso pela Produção Objetivo Aumento da eficiência produtiva e da eficiência do negócio Desenvolvimento da base produtiva do futuro Foco Desenvolvimento de novos produtos, processos e formas de uso (inovação e diferenciação) Estímulo ao aumento da capacitação para inovação na indústria Inserção externa / expansão das exportações Valorização de recursos brasileiros Projetos voltados para o consumo de massas
5 Desafios Recuperar a prática de formular e gerenciar política industrial integrada Integrar instrumentos e órgãos MDIC, MF, MPOG, MCT, MAPA, MRE, MIN, BNDES, FINEP, APEX, SEBRAE, CNPq/CAPES/FAPes... Aumentar o porte das empresas brasileiras Aumentar investimento privado em P&D Aumentar a inovatividade das empresas brasileiras
6 Oportunidades Base científica que pode ser acionada para desenvolvimento tecnológico e inovação Fundos setoriais Base industrial com razoável escala para padrões de países emergentes Compras governamentais Tecnologias e oportunidades emergentes biotecnologia / nanotecnologia / software / protocolo de Kyoto (biocombustíveis, seqüestro de carbono etc)...
7 Definições básicas Nem o dirigismo estatista dos anos 60/70, nem a fragmentação dos anos 90 Perseguir padrões de competitividade internacional Tratar de cadeias, setores, arranjos produtivos, redes ou grupos de empresas Extrapolar muros das fábricas; considerar a eficiência de toda a atividade envolvida negócio é mais do que produção física Aumentar a capacidade de inovação das empresas Respeitar acordos internacionais
8 Eixos da PITCE Modernização industrial Inovação e desenvolvimento tecnológico Alvo Crescimento econômico, aumento da eficiência e da competitividade
9 Coordenação e execução da PITCE Câmara de Política Econômica Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Ações, Instrumentos e Recursos
10 A PITCE se articula em três planos Linhas de ação horizontais Inovação e desenvolvimento tecnológico Inserção externa Modernização industrial Ambiente institucional / capacidade e escala produtiva Opções estratégicas Semicondutores, software, bens de capital, fármacos e medicamentos Atividades portadoras de futuro Biotecnologia, nanotecnologia, biomassa
11 Inovação e desenvolvimento tecnológico Estruturação de sistema nacional de inovação Lei de inovação Apoio a gastos de P&D, registro de patentes e certificação decreto de 23/12/2003 FUNTEC / BNDES redução do risco para inovação Fortalecimento da infra-estrutura para TIB (tecnologia industrial básica) programa nacional de revigoramento da rede brasileira de metrologia criação de laboratórios de metrologia química e de novos materiais Reestruturação do INPI Incentivo ao empreendedorismo (apoio à geração de empresas de base tecnológica) Modernização e articulação dos centros de pesquisa Programas p/ desenvolvimento de áreas portadoras de futuro biotecnologia, nanotecnologia, biomassa
12 Inserção externa / exportações Programa Brasil Exportador financiamento, seguro, simplificação, desoneração tributária, novo Recof centros de distribuição no exterior Melhoria da imagem externa do Brasil Promoção comercial e prospecção de mercados Internacionalização de empresas brasileiras criação de 38 unidades de comércio e atração de investimentos nas agências do BB no exterior pólo de hardware e software financeiro em Portugal (Cobra) Apoio à inserção mais dinâmica aumentar a intensidade tecnológica dos produtos, certificação de origem, design, marca, diferenciação etc.
13 Modernização industrial Modernização de equipamentos modermaq, programa bens de capital por encomenda / prestadores de serviço Programas de certificação de produto software, florestal, 55 produtos Fortalecimento da pequena e média empresa / APL sinergia entre os programas promoção comercial no mercado interno; inovação tecnológica em APLs certificação de consórcio e bônus de metrologia Modernização de organização / gestão / design PEIEX - programa extensão industrial exportadora 6 localidades no piloto; objetivo empresas atendidas
14 Ambiente institucional / capacidade Apoio ao investimento /desoneração desoneração IPI, nova sistemática de recolhimento de IPI; sistemática Cofins, redução imposto de importação p/ eqtos sem similar nacional Simplificação da abertura e fechamento de empresas Financiamento para aumento de capacidade Simplificação aduaneira Melhoria de infra-estrutura (inv. portos, estradas etc.) Facilitar financiamento a consórcios de empresas Instalação de sala de atração de investimento (PR) agenda de atração de investimentos em áreas-chave ABDI / CNDI
15 Valorização dos setores tradicionais Ampliar a competitividade via Linhas de ação horizontais Integração com as opções estratégicas microeletrônica, software, bens de capital Integração com atividades portadoras de futuro biotecnologia, nanotecnologia, biomassa Articulação na ABDI e nos Fóruns de Competitividade
16 Opções estratégicas baseadas em atividades: Portadoras de dinamismo crescente e sustentável Responsáveis por parcelas expressivas do investimento internacional em P&D Promotoras de novas oportunidades de negócios Envolvidas diretamente com a inovação de processos, produtos e formas de uso Capazes de adensar o tecido produtivo Importantes para o futuro do País Com potencial para o desenvolvimento de vantagens comparativas dinâmicas
17 Opções estratégicas Semicondutores Software Bens de capital Fármacos e medicamentos Portadores de futuro Biotecnologia Nanotecnologia Biomassa
18 Semicondutores Segmento cresce mais do que os PIBs nacionais Permeiam inúmeros segmentos de atividades, da agropecuária a aplicações militares Importações atuais de US$ 6 bilhões/ano (U$1,3 bi de informática, U$1,4 bi de telecomunicações, U$2,4 bilhões de componentes) Prioridade: componentes de aplicação específica, com maior crescimento potencial (ASICs/ SOCs) Pilares do Programa Atração de investimento direto externo condições iniciais: aduana rápida (novo Recof), lei topografia de CI centro de desenvolvimento, fabricação Capacitação local laboratório nacional de tecnologia industrial (micro e nanofabricação) formação de recursos humanos
19 Software Segmento que mais cresce no setor de tecnologia da informação Brasil tem o sétimo maior mercado mundial (vendas de US$ 7,7 bi em 2001) Importações US$ 1 bi; exportações US$ 100 mi Mercado mundial está sendo ocupado por nossos competidores diretos Pilares do programa exportação fortalecimento da indústria brasileira financiamento (novo Prosoft) melhoria de processos, qualificação pessoal, certificação, biblioteca de componentes incentivo ao software livre áreas de futuro
20 Bens de capital Setor irradiador de progresso técnico Brasil bem colocado em vários mercados (bens menos sofisticados) Pilares do programa facilitar a aquisição de máquinas e equipamentos por todos os segmentos da economia (Modermaq) sinergia com modernização industrial geral incentivar aumento de conteúdo tecnológico financiamento para projeto, produção e compra de bens por encomenda turn key, main contractor, serviços de engenharia Esforços de comercialização internacional
21 Fármacos e medicamentos Medicamento como bem social e estratégico Desindustrialização nos anos 90 levou a aumento de preços e forte desnacionalização / vulnerabilidade preço médio em US$ mais do que dobrou (1990 / 1995) déficits ao redor de US$ 2,5 bilhões /ano fármacos: importações de +/- US$ 2 bilhões / ano Pilares do programa Estimular a produção doméstica de fármacos e medicamentos genéricos, alto impacto na saúde pública (doenças negligenciadas, DST/AIDS, alto custo), vacinas, radiofármacos e hemoderivados Incentivar atividades de P&D realizadas no País Incentivar biotecnologia e exploração da biodiversidade Modernizar laboratórios públicos
22 Portadores de Futuro Política industrial de biotecnologia Política industrial de nanotecnologia Instalação do Centro de Biotecnologia da Amazônia Criação do fórum de competitividade da indústria de base biotecnológica
23 Síntese A PITCE baseia-se num conjunto articulado de medidas que buscam o aumento da eficiência e da competitividade foco na inovação Voltada para o futuro o que queremos desse País? Integração das ações governamentais e interação com o setor privado, comunidade cientifica e tecnológica e trabalhadores Fazendo escolhas, incorporando riscos Avaliando o desempenho dos programas e da política como um todo
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