Dr. Carlos Alexandre Geyer. Diretor Presidente da ALANAC

Transcrição

1 Dr. Carlos Alexandre Geyer Diretor Presidente da ALANAC São Paulo, 01 de março de 2010

2 Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais Desde 1983 Laboratórios de Capital Nacional 36 FABRICANTES: Similar Genérico Novo Fitoterápico Específico Biológico - Farmoquímico 32 FABRICANTES: Produtos Farmacêuticos de uso Veterinário MISSÃO: Lutar pela conquista de espaço no mercado, participação nas decisões estratégicas do governo federal, melhor capacitação técnica e tecnológica, e pelo fortalecimento e estruturação da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos nacionais.

3 1. A indústria de Fármacos e Biotecnologia: componentes 1.1. Cadeia de produção farmacêutica: Intermediários químicos e produtos naturais farmoquímicos e adjuvantes terapêuticos medicamentos para uso humano e outros produtos correlatos voltados para a saúde humana A cadeia farmacêutica transforma, em um primeiro passo, intermediários químicos ou extratos vegetais em princípios ativos, denominados farmoquímicos, os quais, em seguida, são convertidos em medicamentos finais para o tratamento e prevenção de doenças no ser humano. Também é possível a obtenção de medicamentos pela rota biotecnológica, alternativa que ganha destaque no mercado farmacêutico mundial e, aos poucos, substitui o método já consolidado de desenvolvimento de novos processos de síntese química de farmoquímicos. Segundo Bonduelle e Pisani (2003), mais de 30% dos medicamentos em desenvolvimento vêm de base biológica. (BNDES)

4 A CADEIA PRODUTIVA ORGÂNICOS Petroquímica ou Biomassa INORGÂNICOS Sintéticos ou Minerais Extrativos AGROQUÍMICOS MEDICAMENTOS INTERMEDIÁRIOS DE SÍNTESE INTERMEDIÁRIOS DE USO OU DE PERFOMANCE Fármacos ou Produtos Técnicos ADITIVOS CATALISADORES

5 1.2. Histórico Na década de 80 o Brasil chegou a ser o 5º maior produtor de Insumos Farmoquímicos do planeta. (fonte: MDIC) Em 1990, a abertura do mercado nacional ao exterior, como decorrência de acordos internacionais firmados pelo Brasil na década passada e que não levaram em conta assimetrias estruturais entre países, apresentou resultados extremamente penosos ao País. CONSEQUÊNCIAS: Entre 1989 e 1999: Paralisadas 407 linhas de fabricação de IFAs. (fonte: MDIC) 110 projetos nessa área não foram implementados. (fonte: MDIC) Quase um bilhão de dólares ao ano deixam de ser faturados pelo parque farmoquímico nacional, (fonte: ABIFINA) Grande redução de empregos altamente qualificados. (fonte: ABIFINA)

6 CONSEQUENCIAS ECONÔMICAS: Aumento avassalador das importações de IFA s resultando elevado déficit na balança comercial do segmento. (fonte: ABIFINA) Déficit da balança comercial: em 2009 teve um aumento de 1% em relação a 2008 (US$ 4,771 bilhões em 2009 e US$ 4,724 bilhões em 2008). (fonte: ABIQUIF)

7 Fonte: Abiquif

8 Os 10 principais produtos exportados e importados por códigos específicos da TEC Fonte: Abiquif

9 2. Oportunidades para a produção brasileira: 2.1. PITCE - Política industr. Tecnológica e de Comércio Exterior Diretrizes: aumentar a eficiência produtiva, diminuir a vulnerabilidade externa e estimular a taxa de investimento e de poupança; dinamizar a estrutura produtiva por meio da inovação tecnológica e da ampliação do comércio exterior

10 A PITCE Opções Estratégicas Semicondutores Software Bens de capital FÁRMACOS E MEDICAMENTOS Portadores de Futuro Biotecnologia Nanotecnologia Biomassa

11 2.2. A PITCE: Diretrizes para Fármacos e Medicamentos Aumentar a Produção e a P&D no Brasil Fomentar a biotecnologia e a fitoquímica Aumentar a produção de farmoquímicos Integrar as ações de tecnologia em saúde às prioridades da PITCE Implantação planta de rádio fármacos (flexibilidade e gestão) Profarma - Programa de aumento da produção de medicamentos; - Programa para ampliar a P&D; - Programa de fortalecimento de empresas nacionais.

12 2.3. Regulação e esforços já realizados 1988 Constituição/ Lei Orgânica da Saúde 2001 Aprovação da Política Nacional de Medicamentos PNM. Criação do Fórum de Competitividade da Cadeias Produtiva Farmacêutica e Farmoquímica Criação do PROFARMA/BNDES 2005 Aprovação da Lei de Inovação e do Regulamento para BPF de IFA 1999 Criação da Anvisa Lei de Genéricos 2003 PITCE Criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE) Aprovação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica 2009 Aprovação do Regulamento de registro de IFA

13 2.4. Na área da propriedade intelectual: Apoiar a reestruturação e a reorientação do INPI objetivando resultados mais efetivos desse órgão na análise de processos e no apoio à transferência e absorção de tecnologias por empresas nacionais, bem como na área judiciária tornar mais eficaz sua ação visando impedir a prorrogação de patentes vencidas no período , como vem sendo alcançada no âmbito do Poder Judiciário. Trazer para o âmbito do Poder Legislativo os debates de alto nível sobre o significado da propriedade intelectual na sociedade brasileira, em especial para definir o grau de concessões da soberania do País que os interesses nacionais permitem sejam feitos no âmbito de acordos internacionais, levando em consideração o atual estágio de desenvolvimento do nosso país (mais inovação incremental e timidamente na radical).

14 3. Impactos em ter um Parque Farmoquímico Desenvolvido: Impacto em saúde pública: aumentar o acesso, esperança e qualidade de vida, vidas salvas, hospitalizações evitadas... Impacto econômico: balança comercial, crescimento econômico, distribuição de renda, investimentos produtivos, emprego qualificado... Impactos científico e tecnológico: ensino, pesquisa, desenvolvimento cientifico e tecnológico, novos produtos, aparelhamento do INPI...

15 Por mais bonita que seja a sua estratégia, ocasionalmente dê uma olhada nos resultados. Winston Churchill OBRIGADO! ALANAC Tel/fax: (11) alanac@alanac.org.br