PRESTAÇÃO DE CONTAS JUNHO/2014

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1 PRESTAÇÃO DE CONTAS HO/ /07/2014 HOSPITAL ESTADUAL ROCHA FARIA CAMPO GRANDE / RJ V. Relatório referente ao Contrato de Gestão 30/2012 sobre os serviços assistenciais da Maternidade, Odontologia para usuários com necessidades especiais, UTI Neonatal, Ortopedia e Traumatologia, Endoscopia Digestiva e Anestesiologia do Hospital Estadual Rocha Faria no Estado do Rio de Janeiro, pela entidade de direito privado sem fins lucrativos, qualificada como organização social.

2 PRESTAÇÃO DE CONTAS RELATÓRI O DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2014 CONTRATANTE: SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE DO RIO DE JANEIRO GOVERNADOR: SÉRGIO DE OLIVEIRA CABRAL SANTOS FILHO SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE: SÉRGIO LUIZ CÔRTES DA SILVEIRA CONTRATADA: PRÓ SAUDE ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E HOSPITALAR ENTIDADE GERENCIADA: HOSPITAL ESTADUAL ROCHA FARIA CNPJ: / ENDEREÇO: AV CESARIO DE MELO Nº CAMPO GRANDE RIO JANEIRO/RJ RESPONSÁVEIS PELA ORGANIZAÇÃO SOCIAL: JEFERSON MACHADO PEREIRA / JULIO GONÇALVES MEN- DES PRESTAÇÃO DE CONTAS ORDINÁRIA MENSAL Relatório referente ao Contrato de Gestão 30/2012 sobre os serviços assistenciais da Maternidade, Odontologia para usuários com necessidades especiais, UTI Neonatal, Ortopedia e Traumatologia, Endoscopia Digestiva e Anestesiologia do Hospital Estadual Rocha Faria no Estado do Rio de Janeiro, pela entidade de direito privado sem fins lucrativos, qualificada como organização social. RIO DE JANEIRO, HO/201 /2014 Página 1

3 1 INTRODUÇÃO A PRÓ-SAÚDE - Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, entidade sem fins lucrativos, denominada como Organização Social vem através deste, demonstrar o resultado de ABRIL de 2014, referente ao contrato de gestão nº 30/2012 celebrado junto a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, tendo como por objeto operacionalizar a gestão dos serviços de obstetrícia, neonatologia, odontologia especial, ortopedia e traumatologia, endoscopia digestiva e anestesiologia do Hospital Estadual Rocha Faria. Este documento vem a demonstrar a atuação da PRÓ-SAÚDE nas atividades desenvolvidas de gerenciamento na Unidade referida, onde o foco foi dado para implantação de modernos métodos de gerenciamento e novos modelos de atuação, voltados à gestão hospitalar, baseado no desenvolvimento de atividades administrativas, técnico assistencial e financeiras que otimizem o gerenciamento e promovam a captação de recursos. Desta forma a PRÓ-SAUDE acredita que atingiu a expectativa de viabilização e fortalecimento da relação entre o ente público e a sociedade, possibilitando o avanço e o desenvolvimento da Unidade e aprimorando a qualidade da prestação de serviços e na humanização do atendimento. Página 2

4 Atuando desta forma a PRÓ-SAÚDE, têm cumprido um papel fundamental para o desenvolvimento da ciência, tecnologia, cultura e desenvolvimento institucional voltados para área da saúde, valorizando o capital humano de seus profissionais, e investindo no atendimento diferenciado aos pacientes, demonstrando assim que a saúde pública pode ser bem administrada, e gerida por uma Organização Social. 2 METAS ESTRATÉGICAS Em 19 de setembro de foi publicada no Estado do Rio de Janeiro a lei que dispôs sobre a qualificação das organizações Sociais e definiu, entre outras, as regras de acompanhamento, avaliação e fiscalização dos contratos de gestão. De acordo com tal lei, nos itens 3 e 7 do contrato de gestão firmado entre a SES-RJ e a Pró-Saúde ABASH, foram estabelecidas as metas quantitativas e qualitativas, bem como a metodologia de apuração dicotômica de seu cumprimento, ou não, pela Organização Social e dos valores a que teria direito a receber, de acordo com a pontuação alcançada. Entendemos que o objetivo do contrato de gestão seja o de firmar uma parceria vencedora visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários e que a aplicação à Organização Social de multas ou descontos pelo não cumprimento de quaisquer metas nada mais seja senão a triste constatação de um fracasso de ambas Página 3

5 as partes num processo onde o maior penalizado tenham sido os próprios usuários do SUS. Assim, visando o sucesso da parceria firmada entre a Pró-Saúde e a SES-RJ na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS, relatamos abaixo os resultados e nossas considerações sobre as metas quantitativas e qualitativas. Considerando que a gestão dos serviços de Endoscopia Digestiva e Traumatologia-Ortopedia, por decisão ad SES/RJ, ainda não foram transferidos à Pró-Saúde, retiramos as metas vinculadas a eles do relatório INDICADORES QUANTITATIVOS Sorriso Especial METAS JAN ABR MAI CIRURGIA DO SORRISO ESPECIAL ATENDIMENTO AMBULATORIAL DO SORRISO ESPECIAL Cumprida a meta de cirurgias do Sorriso Especial prevista no contrato. A de atendimentos ambulatoriais está comprometida pela falta de condições mínimas de Página 4

6 trabalho. Assim que forem concluídas as obras do novo ambulatório, conseguiremos atender um excedente que compensará com folga esta diferença. Maternidade ERRATA: Nos relatórios de janeiro a março havíamos lançado como saídas obs- tétricas, número inferior ao realmente realizado. Seguem dados corretos, os quais podem ser comprovados pela listagem de pacientes internadas. META JAN ABR MAI 1º SEM SAÍDAS OBSTÉTRICAS Durante todos os meses reiteramos que o quantitativo de saídas obstétricas precisava ser revisto, pois nas condições atuais não haveria espaço para atender devidamente uma demanda a ser criada e regulada sem comprometer a ampliação da Unidade Intermediária, montagem do serviço de Mãe Canguru (obrigação Contratual) e manutenção das mães ocupando leitos destinados às parturientes no terceiro andar. Surpreendentemente, iniciamos o ano de com um expressivo aumento no número de saídas obstétricas, basicamente por livre demanda. Na busca para tal fenômeno, encontramos na melhoria da qualidade prestada a principal justificativa. Isto ficou evidenciado após conversarmos com a responsável pela CAPS 5.2, que nos relatou o significativo aumento do interesse das parturientes da região em terem seus filhos no HERF. Página 5

7 Acreditamos que isto seja reflexo direto de ações importantes de qualificação técnica e humanização dos serviços prestados ao longo dos 15 meses de administração da Maternidade do HERF pela Pró-Saúde. Confirmando-se esta análise, o prognóstico para é de cumprimento de, no mínimo, 85% da meta. Nos preocupa, entretanto, estarmos constantemente mantendo a maternidade com ocupação acima de sua capacidade instalada, o que poderá comprometer a qualidade dos serviços prestados segundo a percepção das próprias parturientes. INDICADORES DE QUALIDADE Conforme previsto no item 7 do edital 8, foram definidos indicadores qualitativos de desempenho a serem cumpridos, avaliados de forma dicotômica e pontuados conforme quadro a seguir: Média de Pontos Semestral Conceito Semestral C B A Página 6

8 Maternidade Média de Permanência de Puérperas INDICA- DOR JAN ABR MAI PACIENTES-DIA PUÉRPERAS PUÉRPERAS SAÍDAS DE PERM. DE PUÉRPERAS < = 4,0 dias 3, ,3 3,2 3,4 3,5 3,3 PONTUAÇÃO NO PERÍODO Cumprida a meta, ficando abaixo dos 4 (quatro) dias de permanência previstos no contrato. Maternidade Taxa de Infecção Puerperal Relacionada a Partos Cesáreos METAS JAN ABR MAI CASOS DE INFECÇÃO ,8 TOTAL DE PARTOS CESÁREOS TAXA INFECÇÃO PUERPERAL RELAC. A PARTOS CESÁRIOS < 8 3% 0% 0% 0% 3% 1% 1% PONTUAÇÃO NO PERÍODO Cumprida a meta, ficando dentro da taxa de 8% previstos no contrato. Página 7

9 Maternidade Percentual de Cesarianas META JAN ABR MAI TOTAL DE PARTOS TOTAL DE CESÁREAS TAXA DE CESÁREA < = 35% 36% 35% 34% 33% 38% 32% 34% PONTUAÇÃO ,7 Cumprida a meta, ficando dentro do percentual previsto no contrato. UTI-Neonatal Taxa de Mortalidade Ajustada por Escore de Gravidade METAS JAN ABR MAI TAXA DE MORTALIDADE AJUSTADA POR ESCORE DE GRAVIDADE NA UTI NEONATAL 1 0,7 0,0 0,99 1, PONTUAÇÃO NO PERÍODO Dados lançados parciais. Prontuários sendo revisados e auditados no EPIMED retrocedendo a janeiro/14. Página 8

10 UTI-Neonatal Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce dos Nas- cidos na Unidade METAS JAN ABR MAI TOTAL DE ÓBITOS PRECOCES ,5 NA UNIDADE TOTAL DE NASCIDOS NA UNI DADE TAXA MORTALID. NEONATAL PRECOCE NASCIDOS NA UNID. < 10 4,9 10 8,6 10,3 6 11,1 8 PONTUAÇÃO NO PERÍODO Dados lançados parciais. Prontuários sendo revisados e auditados no EPIMED retrocedendo a janeiro/14. UTI-Neonatal Tempo Médio de Permanência na UTI-Neo Neonatal META JAN ABR MAI PACIENTES-DIA UTI- NEONATAL RN SAÍDOS DA UTI- NEONATAL TEMPO MÉDIO DE PERMA- NÊNCIA NA UTI-NEO < 15 dias 12,4 14,0 16,1 13,3 11,3 11,5 13,1 PONTUAÇÃO NO PERÍODO ,3 Dados lançados parciais. Prontuários sendo revisados e auditados no EPIMED retrocedendo a janeiro/14. Página 9

11 Sorriso Especial Taxa Infecção Pós-Cirúrgica Odontológica METAS JAN ABR MAI TOTAL DE CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS TOTAL DE INFECÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS TAXA DE INFECÇÃO PÓS CIRURGICA ODONTOLÓGICA < 2% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0,0% PONTUAÇÃO Cumprida a meta, ficando dentro da taxa de 2% prevista no contrato. Centro Cirúrgico - Taxa de Suspensão de Cirurgias Eletivas META JAN ABR MAI CIRURGIAS AGENDADAS DO SORRISO ESPECIAL CIRURGIAS CANCELADAS DO SORRISO ESPECIAL CESÁREAS CESÁREAS CANCELADAS TOTAL CIRURGIAS AGENDADAS (SORRISO+OBST) TOTAL CIRURGIAS CANCELADAS (SORRISO+OBST) TAXA DE SUSPENSÃO DE CIRURGIA ELETIVA < 10% 0% 0% 0% 1% 1% 1% 1% PONTUAÇÃO NO PERÍODO Cumprida a meta, ficando dentro da taxa prevista no contrato de <10%. Taxa de Satisfação dos Usuários Página 10

12 META JAN ABR MAI Taxa de Satisfação dos Usuários >90% 92% 87% 87% 75% 93% 93% 88% PONTUAÇÃO NO PERÍODO ,5 Conforme citado em relatórios de prestações de contas de 2.013, a partir de março implantamos um modelo de pesquisa que prejudicava bastante a pontuação no quesito cumprimento da meta de satisfação dos usuários, pois utilizava um formulário único questionando a satisfação dos usuários (pacientes/parturientes) no momento em que estavam fazendo as reclamações, ou seja, no momento em que estavam evidentemente insatisfeitos, em vez do momento da alta, quando já teriam uma visão do conjunto do atendimento prestado e com suas reclamações já atendidas. Utilizamos esta estratégia durante 3 meses (março, abril e maio) e em junho adotamos a pesquisa no momento da alta, separando-a do serviço de ouvidoria. A grande diferença no resultado das pesquisas do trimestre março-maio (85% em média) para o mês de junho (97%), evidencia o óbvio de que a metodologia adotada anteriormente prejudicava o indicador de qualidade satisfação do Usuário. Segundo a metodologia que adotamos, as pesquisas de satisfação são conduzidas pelas nossas assistentes sociais, que são responsáveis não só por ouvir as parturientes, mas encaminhar solução às suas demandas, interagindo com o restante da equipe multiprofissional. Visando a melhoria da qualidade dos serviços, desde abril de vínhamos buscando a certificação de Hospital Amigo da Criança e recebemos a primeira visita dos auditores da IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) em fevereiro deste ano. Um dos passos, o de número 10, estava diretamente ligado ao trabalho das assistentes sociais. Priorizamos muito esta visita e, talvez por conta disto, a equipe tenha relegado a segundo plano ações consideradas não prioritárias, como as pesquisas de satisfação. Consequência direta foi a redução de 25% para 11% no percentual de pesquisas realizadas, sobre o total de parturientes atendidas (ver tabela abaixo). Jan Fev Internações Página 11

13 Pesquisas % Pesquisado 25% 11% Satisfação 92,5% 87,4% A diminuição no universo de pesquisas, associado à concentração nos casos de reclamações piorou a nossa avaliação geral que voltou a ficar abaixo de 90% pela primeira vez em 8 meses. Como resultado da visita, fomos aprovados em 18 passos, mas reprovados nos passos 4 e 10 da IHAC. Solicitamos nova visita que veio a ocorrer em maio deste ano, sendo finalmente conseguida a certificação. Infelizmente, como consequência direta, as pesquisas foram reduzidas e passaram a concentrar-se principalmente nas reclamações, especialmente em abril, quando tivemos somente 10% de parturientes pesquisadas (ver tabela abaixo). Jan Fev Mar Abr Mai Internações Pesquisas % Pesquisado 25% 11% 11% 10% 15% Satisfação 92,5% 87,4% 87,2% 75,4% 92,8% A partir de maio, após a obtenção da certificação da IHAC, retomamos a pesquisa e a partir de julho devemos ampliar significativamente o percentual de parturientes entrevistadas. Pontuação (Resumo dos Resultados Obtidos no Cumprimento das Metas). METAS QUANTITATIVAS Página 12

14 METAS JAN MA R ABR MAI % CIRURGIAS DO SORRISO ESPECIAL % ATEND. AMBULAT. SORRISO ESPECIAL % SAÍDAS OBSTÉTRICAS % METAS QUALITATIVAS ATIVIDADES HOPITALA- A- RES METAS PTOS JAN ABR MAI PTOS DE PERMANÊNCIA DE < = ,2 3,1 3,1 3,2 3,4 3,5 PUÉRPERAS dias 3,3 10,0 TAXA MORTALIDADE AJUS- TADA POR ESCORE DE <1 15 0,7 0,0 0,99 1, GRAVIDADE NA UTI NEO- 0,5 15 NATAL TEMPO MÉDIO DE PERM. NA < 15 UTI NEONATAL dias 10 12,36 14,02 16,07 13, , TAXA DE CESÁREAS <35% 10 36% 35% 34% 33% 38% 32% 34% 6,6 TAXA DE MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE DOS NASCIDOS NA UNIDADE TAXA DE INFECÇÃO PUER- PERAL RELACIONADA A PARTOS CESÁRIOS TAXA INFECÇÃO PÓS CI- RURGICA ODONTOLÓGICA TAXA DE SUSPENÇÃO DE CIRURGIA ELETIVA TAXA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS < , < 8% 10 3% 0% 0% 0% 3% 1% 1% 10,0 < 2% 10 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0,00% 10,0 < 10% 10 0% 0% 0% 1% 1% 1% 0,5% 10,0 >90% 15 92% 87% 87% 75% 93% 93% 88% 7,5 TOTAL DE PONTOS - x Página 13

15 Média de Pontos Semestral Conceito Semestral B 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerando o resultado da licitação para gestão integral do HERF, decidimos abandonar, provisoriamente, os projetos Casa da Mãe e Casa de Parto, nos moldes preconizados pela Rede Cegonha, pois não teríamos tempo hábil para executá-los. Em contrapartida, optamos por nos dedicar a implantação de novos projetos que não demandem tanto investimento e que possam trazer retorno prático e imediato na melhoria da qualidade dos serviços prestados, como é o caso do Projeto Ambiência da UTI-Neonatal. Página 14