Laudo médico favorável, datado de

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1 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE... ESTADO DE SÃO PAULO URGENTE PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA INAUDITA ALTERA PARTE restabelecimento de auxíliodoença Laudo médico favorável, datado de 18/06/13, assim como do médico do trabalho. QUALIFICAÇÃO E ENDEREÇO ELETRONICO, vem, muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seus advogados infra-assinados (procuração ad judicia em anexo e endereço eletronico:...), propor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ c.c. PEDIDO LIMINAR DE RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO DOENÇA pelo rito comum, com base no artigo 201, inciso I, da Constituição Federal, e artigos 59 e seguintes da Lei 8.213/91, pelo rito ordinário, em face do INSS

2 2 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, na pessoa de seu representante legal, com sede regional à..., pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: ESTADUAL: DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 1. Primeiramente, é de se esclarecer que, segundo o artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, a competência material para a presente ação é da justiça comum estadual, em razão de se discutir beneficio incapacitante de natureza acidentária. Comarca de Atibaia, por ser o domicilio do autor. 1.1 Já a competência estadual é desta DA JUSTIÇA GRATUITA: 2. Nos termos do artigo 129, parágrafo único, da lei 8.213/91, referida demanda é isenta de custas e despesas processuais, requerendo, desde já, sejam tarjados os autos. DO NECESSÁRIO RECONHECIMENTO DA NATUREZA ACIDENTÁRIA DO BENEFICIO PLEITEADO: 3. O requerente contribui há muitos anos para o órgão requerido, na função de empregado, sendo que seu último contrato de trabalho data de 01/08/1996, e perdura até os dias de hoje, na função de padeiro, realizada na empresa Pitta Bread Indústria de Panificação Ltda. 4. Durante o contrato de trabalho, o autor fui submetido à condições adversas de trabalho, sendo obrigado a carregar e manusear sacos de farinha de 50Kg, peso além do permitido, segundo a NR 17, e ainda descarregar a maceira (local apropriado para fazer a massa dos pães), ficando completamente arcado, debruçado, pois era muito baixa.

3 3 4.1 Assim, no início do ano de 2.006, o autor começou a apresentar fortes dores na coluna, sendo oficialmente diagnosticado com as seguintes patologias: -CID 10 M51.2=outros deslocamentos discais intervertebrais especificados; -CID 10 M48= outras espondilopatias; -CID 10 M43.1= espondilolistese; -CID 10 M51.1= transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia; -CID 10 M19= outras artroses; -CID 10 M54.5= dor lombar baixa. 4.2 Tal fato levou o autor ao afastamento de seu trabalho habitual, entrando em gozo de auxíliodoença (NB n....) em 02/03/2006, sendo certo que, desde então, não mais recuperou sua capacidade laborativa Cumpre ressaltar, ainda, que, pelo fato da empresa não ter emitido a CAT, tal como deveria, o autor não se afastou por auxílio-doença de natureza acidentária. 4.3 Observa-se que, desde então, não mais retornou efetivamente ao trabalho, mantendo-se ora em benefício previdenciário, diante de negativas, reconsiderações e prorrogações, ora na empresa, embora com muita dificuldade Em 25/04/12, em razão de manter-se incapaz para o trabalho, novamente ingressou com pedido de auxíliodoença (NB...), o qual foi negado, sob o fundamento de ausência de incapacidade laborativa, bem como seu pedido de reconsideração, conforme se verifica em anexo. Pleiteou novamente o benefício, em data de 22/04/2013 (NB...), em razão da manutenção da incapacidade laborativa, o qual também foi negado, sob o fundamento de ausência de incapacidade

4 4 laborativa, sendo indeferido igualmente o pedido de reconsideração, conforme se verifica em anexo. 4.4 Neste diapasão, mantendo-se incapaz até a presente data, segundo os inúmeros laudos médicos em anexo, o autor socorre-se à justiça, para satisfação de seu direito Frise-se, culto magistrado, que as patologias adquiridas pelo reclamante TRATAM-SE DE PATOLOGIAS DO TRABALHO, visto que o mesmo não as possuía antes de seu ingresso à reclamada, bem como guarda relação de causalidade direta com a sua função habitual (padeiro) realizada, por desrespeito às regras de ergonomia, previstas na NR 17. A aquisição das patologias lombares ocorreram por culpa exclusiva da reclamada, a qual, não observando as regras de segurança do trabalho, obrigou o reclamante a laborar em condições adversas, fazendo com que o mesmo carregasse e manuseasse sacos de farinha de 50kg, peso além do permitido, segundo a NR 17. Referido quadro patológico lhe causa graves dores e restrições de movimentos até a presente data, impossibilitando por completo seu trabalho de padeiro, o qual exercia há mais de 10 anos Ademais, as doenças do trabalho, no caso em tela, estão legalmente tipificadas, não pairando dúvidas a respeito da sua ocorrência, uma vez que a patologia inscrita no CID 10 M 19 (que o reclamante possui) é considerada como tal para CNAE 1091 código da reclamada, segundo a lista C, do anexo 3.048/99, caracterizando-se o NTEP nexo técnico epidemiológico, nos termos do artigo 21-A, da Lei 8.213/91. O nexo técnico epidemiológico previdenciário NTEP - é um conjunto de regras e componentes criados pelo requerido para identificar as doenças que estão ligadas à determinada atividade profissional. Nesse tocante, deduz-se que, sempre que o trabalhador contrair uma enfermidade, que esteja ligada diretamente a

5 5 atividade profissional que realiza, resta caracterizada a doença do trabalho, não sendo necessário que o trabalhador realize a prova do fato, pois esta se encontra prevista legalmente. O NTEP permite o reconhecimento, de ofício, da incapacidade como derivada do trabalho, por meio de correlação entre a atividade econômica da empresa e da doença ocupacional, ou seja, entre o CNAE e a tabela CID Assim, no caso em tela, por haver o NTEP, o requerido já deveria ter reconhecido o beneficio do autor como acidentário, todavia, isto não ocorreu, necessitando da intervenção judicial, sendo o que se requer. Ademais, ainda que não houvesse o NTEP no caso sub judice, ainda assim o beneficio deveria ser considerado sob a forma acidentária, visto que as patologias do autor são profissionais, uma vez adquiridas em razão do seu trabalho, o que restará devidamente comprovada pela prova pericial médica e no meio ambiente do trabalho, a ser produzida. DOS FATOS: 5. Conforme já mencionado, o autor contribui há muitos anos para o órgão requerido, na função de empregado, sendo que seu último contrato de trabalho data de 01/08/1996, e perdura até os dias de hoje, na função de padeiro, realizada na empresa Pitta Bread Indústria de Panificação Ltda. 5.1 Assim, é considerado segurado obrigatório do regime geral da previdência social - RGPS, nos termos do artigo 11, inciso I, da Lei 8.213/ Devido às patologias a linhas altas mencionadas, o autor encontra-se em tratamento ambulatorial constante, sem qualquer melhora até a presente data, e com evolução negativa, fatos estes devidamente documentos médicos em anexo, bem como utiliza diversos medicamentos, inclusivo de uso controlado, os quais acarretam efeitos colaterais, tais como sonolência.

6 6 5.3 O autor apresenta dores intensas na coluna e na perna direita, durante o dia todo e inclusive durante a noite, sendo que, por muitas vezes, sequer consegue dormir, circunstâncias estas decorrentes da patologia. Atualmente está utilizando colete tipo putti, consoante demonstra o relatório médico anexo, emitido pelo Dr...., médico ortopedista, CRM..., no qual inclusive solicitou o afastamento do autor de suas atividades laborativas Veja-se ainda que, no relatório médico em anexo, datado de..., o Dr...., médico do trabalho, solicitou reconsideração da alta médica dada ao autor, explicando que este encontrase inapto para a função, juntando inclusive laudo de médico assistente, qual seja, Dr...., coordenador do PCMSO e inscrito no CRM-SP sob o n...., no Atestado de Saúde Ocupacional, no qual o autor foi considerado INAPTO, consoante comprovam os documentos anexos Entretanto, cumpre salientar que já no ano de 2008, a Dra...., Médica do Trabalho, inscrita no CRM sob o n...., havia relatado que o autor apresentava quadro de lombocratalgia intensa devido hérnias discais com estenose do canal raquiano e não tem condições de laborar como padeiro em indústria de panificação, sugerindo benefício previdenciário, consoante se verifica no relatório médico anexo, datado de 06/02/2009. (doc.) Em 2009, igualmente a incapacidade persistia, sendo que o Dr...., CREMESP..., havia atestado que o autor tem quadro crônico de doença da coluna lombar, sendo que não há prognóstico de cura e ainda que o exercício de atividades laborais que exijam esforços físicos está contraindicado, consoante se verifica no relatório médico em anexo, datado de 28/10/2008.

7 Verifica-se pelos inúmeros documentos médicos em anexos, que a incapacidade laborativa do autor perdura até os dias atuais, principalmente por estar impossibilitado de exercer qualquer esforço físico Cumpre esclarecer, ainda, Culto Magistrado, que o autor está sendo impedido de retomar seu posto de trabalho, uma vez que seu empregador não permite seu retorno às funções, diante do parecer do médico do trabalho em anexo. Trata-se do chamado, em direito previdenciário, de emparedamento, diante da alta do INSS e da negativa do empregador quanto ao retorno ao trabalho. Sendo assim, o autor está totalmente desprovido de meios de subsistência, para si e para sua família, pois se encontra sem remuneração e sem beneficio. 5.4 O autor possui os seguintes diagnósticos, segundo consta dos 26 (vinte e seis) relatórios médicos em anexos, datados dos anos de 2008 até 2013, respectivamente: -CID 10 M51.2=outros deslocamentos discais intervertebrais especificados; -CID 10 M48= outras espondilopatias; -CID 10 M43.1= espondilolistese; -CID 10 M51.1= transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia; -CID 10 M19= outras artroses; -CID 10 M54.5= dor lombar baixa. 6. Em razão destas patologias, o autor encontra-se sem mínimas condições laborativas, consoante demonstram os relatórios médicos anexos. 6.1 Cumpre ressaltar que, desde o início do ano de 2006, quando do primeiro afastamento previdenciário, o autor apresentava os mesmos diagnósticos, tanto é verdade que a incapacidade foi

8 8 reconhecida pelo instituto réu, entrando o autor em gozo de benefício previdenciário de auxílio-ddoença em 10/02/ Entretanto, mesmo diante da manutenção da incapacidade laborativa até os dias atuais, devidamente comprovados pelos documentos médicos em anexos do médico do trabalho e do médico pessoal do autor, o requerido deu alta à este, deixando-o à mercê da própria sorte. Frise-se que a alta ocorreu com data certa, sendo que os pedidos posteriores de prorrogação foram negados. Assim, imperioso se faz o restabelecimento judicial do benefício de auxílio-doença ao autor, uma vez que sua incapacidade para o trabalho é total, ante o histórico que se apresenta nos autos. DO DIREITO: 7. DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA: IMEDIATO RESTABELECIMENTO DO BENEFICIO DO AUTOR: 7.1 Em razão das provas documentais acostadas a presente, principalmente o relatório médico datado de 18/06/13, fornecido pelo Dr...., MÉDICO DO TRABALHO, provas estas que atestam a continuidade da incapacidade laborativa do requerente, de forma cabal e, portanto, a cessação ilegal do benefício, comprovando, assim, o preenchimento dos requisitos do artigo 300, do Código de Processo Civil, requer seja concedida tutela de urgência, de forma inaudita altera parte, para o imediato restabelecimento do benefício de auxílio-doença (NB nº...), independentemente de citação do instituto requerido. 7.2 Destarte, tem-se que a prova documental em anexo, é incontroversa acerca da total incapacidade laborativa da parte autora, preenchendo, desta forma, o requisito da probabilidade do direito; já o risco de dano, vem consubstanciado no caráter alimentar do benefício e na

9 9 necessidade de seu recebimento para a sobrevivência e de sua família, os quais estarão fadados à própria sorte, caso não lhe seja restabelecido de imediato, afrontando cristalinamente o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. 7.3 O benefício deverá ser restabelecido e mantido até a produção da prova pericial, a qual determinará se a incapacidade é permanente ou temporária, bem como a data de seu início, para fins do pedido principal de aposentadoria por invalidez. 8. DO PEDIDO PRINCIPAL: CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - DA INCAPACIDADE LABORATIVA TOTAL E PERMANENTE: 8.1 A incapacidade laborativa total e permanente do autor encontra-se devidamente reconhecida pelos laudos médicos em anexos, todos atestando os as seguintes patologias: -CID 10 M51.2=outros deslocamentos discais intervertebrais especificados; -CID 10 M48= outras espondilopatias; -CID 10 M43.1= espondilolistese; -CID 10 M51.1= transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia; -CID 10 M19= outras artroses; -CID 10 M54.5= dor lombar baixa. 8.2 Ademais, os inúmeros laudos médicos, em anexo, atestam esta incapacidade, da mesma forma, desde fevereiro de Por esta razão, entende-se que a incapacidade do autor, mantida sem qualquer evolução positiva, há mais de 7 (sete) anos, deve ser entendida como definitiva.

10 Nesta seara, a perícia médica deverá observar se há, ou não, possibilidade de reabilitação para outra função, de forma a nortear o julgamento desta demanda quanto ao pedido principal de aposentadoria por invalidez, nos termos da lei vigente Neste tocante, cumpre esclarecer que a incapacidade total e permanente deve ser observada dentro do contexto fático-social-econômico que norteia o segurado. A jurisprudência é no mesmo sentido, senão veja-se pela recente decisão da TNU: PREVIDENCIÁRIO - AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE TOTAL - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - POSSIBILIDADE - CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO CONCRETO. I Arestos paradigmas do STJ que entendem não ser possível a relativização dos requisitos impostos pela Lei n. 8213/91 para a concessão de aposentadoria por invalidez. Segurado incapaz, mas não totalmente. Peculiaridades fáticas que indicam a impossibilidade de reabilitação do autor. II A análise dos requisitos para a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez deve considerar o conjunto de circunstâncias do caso concreto, não se restringindo à mera constatação da existência ou não de incapacidade laborativa total. III Incidente conhecido e improvido. (TNU Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF , Relator: Juiz Federal Hermes Siedler da Conceição Junior, DJ: 12/12/2005). (grifos nossos) No caso dos autos, tem-se que o requerente labora há muitos anos (desde 1.991) na função de PADEIRO, sendo que suas patologias provocam dificuldades/limitações, tais como ficar em pé durante muito tempo e esforços físicos Assim, entende o autor que, pela natureza de suas patologias e pela piora constante de seu quadro evolutivo, não poderá voltar desempenhar sua profissão habitual e nem qualquer outra profissão que demande tais esforços, uma vez que, por toda sua vida, exerceu trabalhos braçais, tais como: servente de pedreiro e copeiro, consoante se verifica na CTPS anexa. Neste sentido:

11 11 "PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. BASE DE INCIDÊNCIA DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 111/STJ. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO PELA INCAPACIDADE PARCIAL DO SEGURADO. NÃO VINCULAÇÃO. CIRCUNSTÂNCIA SÓCIO-ECONÔMICA, PROFISSIONAL E CULTURAL FAVORÁVEL À CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. AGRAVO REGIMENTAL DO INSS PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Os honorários advocatícios, nas ações previdenciárias, devem incidir somente sobre as prestações vencidas até a data da sentença de procedência do pedido (Súm. 111/STJ). 2. Os pleitos previdenciários possuem relevante valor social de proteção ao Trabalhador Segurado da Previdência Social, devendo ser, portanto, julgados sob tal orientação exegética. 3. Para a concessão de aposentadoria por invalidez devem ser considerados outros aspectos relevantes, além dos elencados no art. 42 da Lei 8.213/91, tais como, a condição sócioeconômica, profissional e cultural do segurado. 4. Embora tenha o laudo pericial concluído pela incapacidade parcial do segurado, o Magistrado não fica vinculado à prova pericial, podendo decidir contrário a ela quando houver nos autos outros elementos que assim o convençam, como no presente caso. 5. Em face das limitações impostas pela moléstia incapacitante, avançada idade e baixo grau de escolaridade, seria utopia defender a inserção da segurada no concorrido mercado de trabalho, para iniciar uma nova atividade profissional, motivo pelo qual faz jus à concessão de aposentadoria por invalidez. 6. Agravo Regimental do INSS parcialmente provido para determinar que o percentual relativo aos honorários advocatícios de sucumbência incidam somente sobre as prestações vencidas até a data da sentença de procedência do pedido." (STJ, AgRg no REsp /MG, 5ª Turma, Relator: Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, j. 21/9/10, vu, Dje 18/10/10). (grifos nossos).

12 Assim sendo, requer-se, em pedido principal, a concessão de aposentadoria por invalidez acidentária ao autor. DO VALOR DO BENEFÍCIO: 9. Já quanto ao valor da aposentadoria por invalidez, deverá esta corresponder a 100% (cem por cento) do salário-debenefício do autor, sendo este a média aritmética dos maiores salários de contribuição, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo (artigo 29, inciso II, LB), mas não inferior ao salário mínimo nacionalmente previsto, considerando-se, como salário de contribuição, todo o período em que a autora esteve em gozo de auxílio-doença, nos termos do 5º, do artigo 29, da LB. DA DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO: 10. A data do início do benefício DIB da aposentadoria por invalidez - deverá corresponder àquela do primeiro afastamento previdenciário, ocorrido em 10/02/06 (NB n....), posto que já naquele momento o requerente preenchia os requisitos necessários (incapacidade permanente e total, bem como cumprimento da carência), haja vista que sua incapacidade é a mesma desde então, tendo sido ilegalmente desconsiderado pelo instituto requerido, pedido este a ser ratificado pela prova pericial a ser produzida As parcelas vencidas deverão ser quitadas desde então, descontando-se o valor recebido a título de auxílio-doença nos períodos (este corresponde a 91% do salário-de-benefício, o que implica haver diferenças em favor do autor). AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO: DO PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE

13 No caso da perícia médica judicial atestar pela incapacidade laborativa da requerente de forma total, mas temporária, requer, de forma subsidiária, seja restabelecido e mantido, ao mesmo, o benefício de auxílio-doença, devido desde a data da primeira cessação administrativa, ocorrida em 16/04/2006, referente ao NB n...., visto que a incapacidade é a mesma desde então As parcelas vencidas deverão ser quitadas de uma única vez, com os acréscimos legais, desde a data da cessação do citado NB n , eventualmente compensadas com beneficio concedido posteriormente, a ser devidamente informado nos autos pelo requerido. DA FORMA DE CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO: AÇÃO REVISIONAL INCONSTITUCIONALIDADE DA MP 739/16: 12. Por se tratar de pedido de restabelecimento/concessão de benefício de caráter precário, o qual demanda a manutenção da incapacidade laborativa como seu fato gerador, possuindo o requerido o poder-dever de fiscalização desta manutenção, mas, também em razão da segurança jurídica que um provimento judicial deve ocasionar, em respeito à nossa Magna Carta, requer, seja fixado em sentença, que a cessação do benefício, se cabível, a qualquer tempo, deverá ser realizada na forma do artigo 505, I, do CPC c.c. artigo 71, da Lei 8.212/91, por possuir natureza de trato continuativo Neste diapasão, observa-se que a MP 739/16, em seu artigo 1º, tendo alterado a lei 8.213/91, em seu artigo 43, 4º, quando determina a possibilidade de revisão administrativa de benefícios por incapacidade concedidos judicialmente é inconstitucional, eis que ofende os institutos constitucionais da coisa julgada e da segurança jurídica, de forma que

14 14 deve ser declarada como tal, de forma incidenter tantum, afastando-se tal possibilidade e determinando-se a revisão judicial, consoante acima narrado. DO PEDIDO: Excelência: 13. Diante do exposto requer a Vossa a) primeiramente, que seja concedido os benefícios de justiça ao requerente, nos termos da lei 8.213/91, por se tratar de demanda acidentária; b) que seja concedida TUTELA DE URGÊNCIA, de forma inaudita altera parte, para o imediato restabelecimento do auxíliodoença em favor do autor, em razão do preenchimento dos requisitos do artigo 300 do CPC, quais sejam: probabilidade do direito (incapacidade total ante a documentação médica apresentada), e risco de dano, uma vez que a requerente necessita urgentemente do restabelecimento de seu benefício, que possui natureza alimentar, para a sua sobrevivência e de sua família; ademais, encontrando-se sem receber salário e sem benefício, não tem qualquer condição de sustento próprio e de sua família; c) que seja o instituto requerido citado, conforme artigo 247, III, do CPC (por mandado, em razão de ser pessoa jurídica de direito público), para apresentar defesa, dentro do prazo legal, se assim desejar, sob pena de confissão e revelia quanto à matéria de fato; d) para efetivação da citação, que seja concedido ao Sr. Oficial de Justiça os benefícios dos artigos 212 e seguintes do Código de Processo Civil; e) a dispensa da audiência de tentativa de conciliação, nos termos do artigo 334, parágrafo 5º, do CPC;

15 15 f) que seja observado o disposto no artigo 489, parágrafo 1º, incisos IV e VI, do CPC, acerca de todos os precedentes e jurisprudência colacionados em inicial, sob pena de nulidade da r. sentença; g) que, ao final, seja a presente ação julgada inteiramente procedente, para: - primeiramente, em razão da caracterização do NTEP e dos demais fatos narrados na presente, os quais comprovam o nexo causal das patologias com o trabalho do autor, que seja reconhecida a natureza acidentária do beneficio por incapacidade pleiteado na presente demanda, determinando-se sua conversão junto ao CNIS, bem como oficiando-se a empresa empregadora acerca desta decisão, em razão da estabilidade acidentária e demais reflexos; - confirmar a tutela antecipada concedida, condenando o instituto requerido ao restabelecimento do benefício de auxílio-doença em favor do requerente; - ao final, que seja concedido o benefício de aposentadoria por invalidez, por preenchimento dos requisitos legais, a ser calculado na forma da Lei 8.213/91, em seu artigo 29, inciso II e 5º; - que, em sentença, seja concedida a TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO, por se tratar de ação de obrigação de fazer, com espeque no artigo 497 e 536, 1º, do CPC, para a imediata implantação a partir da sentença, sob pena de astreinte; - que a DIB da aposentadoria por invalidez seja fixada em 15/04/2006, data da cessação do NB n...., diante da prova documental em anexo (incapacidade total e permanente atestada desde então), a ser ratificada pela prova pericial a ser produzida, que comprovam ser a incapacidade, total e permanente, desde referida data;

16 16 - que as parcelas vencidas sejam quitadas de uma única vez, compreendidas do período de 15/04/06 até a efetiva implantação da aposentadoria, descontandose os valores recebidos a título de auxílio-doença no período, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de mora, nos termos da legislação civil vigente, bem como que também sejam quitadas as parcelas em atraso do auxílio-doença, se houverem, devidas em razão da cessação administrativa e pedido de restabelecimento; - requer, ainda, subsidiariamente, na remota e improvável hipótese de restar comprovada que a incapacidade do autor é temporária, com fundamento na prova pericial a ser produzida, que seja concedido o benefício de auxílio-doença acidentário ao mesmo, este devido também desde a data da cessação administrativa do primeiro beneficio concedido - NB n...., ocorrido em 15/04/2006, e por prazo indeterminado, com pagamento das parcelas em atraso desde então, com as devidas compensações necessárias; - em qualquer um dos casos de concessão, requer-se seja fixada também, a forma de cessação do benefício deverá ser por ação revisional, nos termos da lei 8.212/91, declarando-se a inconstitucionalidade da MP 739/16, neste tocante; h) e, ainda, que seja o instituto requerido condenado ao pagamento de honorários sucumbenciais a serem arbitrados por Vossa Excelência no percentual de 20% (vinte por cento), calculado sobre as parcelas vencidas (compreendidas estas desde a concessão do benefício até a data da sentença de primeira instância), caso este valor não seja inferior à R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), para não apresentar caráter irrisório e nos termos da súmula 111 do STJ. DAS PROVAS: 14. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelas seguintes provas, as quais desde já requer: a) documental (documentos acostados à presente e outros que possam surgir ao longo da demanda, nos termos do artigo 435, do CPC);

17 17 b) pericial, caso Vossa Excelência entenda necessária, em consonância com o disposto no artigo 472 do CPC, diante dos documentos elucidativos já apresentados em inicial, consistente em exame médico, a ser realizado por perito habilitado por este juízo e com especialidade e conhecimento técnico suficiente (art. 156, p. 5, CPC) nas enfermidades do requerente NEUROCIRURGIÃO - a fim de atestar pela sua incapacidade laborativa. Os quesitos apresentam-se ao final da presente demanda, protestando pela apresentação de quesitos complementares, em inteligência ao super-princípio do devido processo legal. -Quanto a esta prova, caso Vossa Excelência entenda necessária, requer seja determinada sua produção antecipada, ou seja, antes da determinação da citação do requerido, de forma a não ocasionar o perecimento do direito do autor e facilitar a comprovação dos fatos, uma vez que se trata de pedido de benefício de cunho alimentar, com aplicação analógica do artigo 381, I, do CPC; c) prova oral, também para comprovação da incapacidade do requerente, caso seja necessário, cujo rol de testemunhas oportunamente apresentará. DO VALOR DA CAUSA: 14. Dá-se a causa o valor de R$... (...), nos termos do artigo 292, 1º e 2º, do Código de Processo Civil. Termos em que, Pede e Espera Deferimento. Data e local... Assinatura e OAB

18 18 QUESITOS PROVA PERICIAL: a) O periciando possui as patologias alegadas em inicial e comprovadas pelos relatórios médicos em anexos? Quais os sintomas destas patologias? Descrever minuciosamente, principalmente considerando a função laborativa de padeiro do autor. b) As patologias guardam relação de causalidade com a atividade de padeiro desenvolvida na empresa empregadora do periciando, segundo suas informações? Por quê? Em caso negativo, poderia a atividade laborativa ter agravado as patologias do periciando? Por quê? Ainda em caso negativo, qual a origem das patologias? c) Podem as patologias ser consideradas incapacitantes para o trabalho de padeiro? Por quê? Em caso negativo, estariam errados os relatórios médicos em anexos, com especial atenção à determinação dos artigos 52, 94 e 97 do Código de Ética Médica? Por quê? d) O autor faz uso de quais medicamentos? Quais os efeitos colaterais dos mesmos? Estes efeitos colaterais podem ser considerados incapacitantes para seu trabalho habitual de padeiro? e) O periciando encontra-se atualmente incapacitado para a atividade laboral de padeiro, sua atividade habitual, considerando-se os demais elementos sócio-econômicos-culturais do caso em tela, diante do conceito de saúde estabelecido pela OMS (organização mundial de saúde)? Por quê? f) Qual a origem da incapacidade? Por quê? g) Qual a data do início da incapacidade (dia/mês/ano)? Qual o fundamento utilizado para esta conclusão? h) Os documentos médicos, em anexos, comprovam a incapacidade laborativa do periciando desde 2.006, assim, poderiam ser considerados como comprovação da manutenção da incapacidade da mesma forma desde a

19 19 concessão do primeiro beneficio, em 10/02/2006? Em caso negativo, qual seria a data do início da incapacidade, segundo os documentos em anexos? i) A incapacidade é total ou parcial? Por quê? Em caso de ser parcial, seria total para sua atividade habitual de padeiro? Poderia ele desenvolver outras funções, principalmente segundo o conceito de saúde da OMS e do Manual de pericia médica do INSS? Seria uni, multi ou omniprofissional a incapacidade da parte autora? Por quê? j) Ainda em caso de ser a incapacidade parcial, quais atividades laborativas poderia o periciando desenvolver de forma satisfatória (favor descrevê-las)? k) Pode-se afirmar que a incapacidade, para a função habitual do periciando, de forma total e permanente, está caracterizada desde 10/02/2006, com base nos laudos médicos acostados à inicial? Em caso negativo, por quê? Ainda em caso negativo, desde quando se pode atestar pela incapacidade total e permanente do periciando? l) A incapacidade é temporária ou permanente? Por quê? m) Em caso de ser temporária, qual a data provável de cura? Por quê? n) Ainda em caso de ser temporária, haverá sequelas que diminuirão sua capacidade laborativa? Em qual grau?