História da Arte III Profª Denise Nachif Flávio Sobreira Paulo Canavaro Thiago Klafke

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1 História da Arte III Profª Denise Nachif Flávio Sobreira Paulo Canavaro Thiago Klafke Design - UCDB

2 Revolução Industrial A Revolução Industrial tem início na Inglaterra, devido a diversos fatores: Fartura de carvão mineral e minério de ferro, que eram respectivamente a principal fonte de energia e matéria prima da época; disponibilidade de mão de obra; Mercado consumidor em abundância; Classe dominante (burguesia) capital de sobra, capaz de financiar projetos, contratar mão de obra e comprar máquinas; Este período marca o surgimento do design de produtos como conhecemos hoje. Com ela veio a mecanização do trabalho e gradativamente a necessidade do design ficou mais evidente. Através de um bom design era possível reduzir custos e oferecer produtos diferenciados e atraentes. O lado negativo da revolução foi a queda da qualidade de vida das classes inferiores: Jornadas de trabalho irreais, inexistência de direitos trabalhistas, condições de trabalho desumanas, além de castigos físicos dos patrões. Outros problemas sociais acarratedos pela revolução foi o aumento da poluição, criminalidade e pobreza, crescimento desordenado das cidades (devido ao êxodo rural) e claro, desemprego. Crianças trabalhando em fábrica da inglaterra. Um dos problemas sociais da Revolução Industrial. Fábrica funcionando a todo vapor. Protestos por melhores condições de trabalho eram frequentes. Prédio industrial abandonado. O que restou da revolução industrial.

3 Neoclassicismo Em meio à tantas mudanças ocorridas no século XVIII (iluminismo e revolução francesa, entre elas), os homens simplesmente não conseguiram gerar um estilo artístico novo, que representasse esses novos ideais. Resolveram recorrer à antiguidade c l á s s i c a. E s t e m o v i m e n t o a r t í s t i c o, predominantemente arquitetônico e decorativo, teve seu apogeu em meados de Buscou resgatar os valores de democracia e filosofia, porém discutindo-os e adaptando-os à nova realidade, ao contrário do "Classiscismo Renascentista". A arquitetura neoclassica foi uma reação aos padrões do rococó e do barroco, vigentes na época. Destaca-se o uso de formas regulares e simétricas, abóbodas e cúpulas, fachadas monumentais, além de altas colunas de sustentação. Na escultura destaca-se a valorização da figura humana, representada por figuras idealizadas e perfeitas. A pintura se baseou fortemente no renascimento, já que a pintura clássica se perdeu através dos tempos. Novamente se opôs aos excessos do barroco e rococó e preferiu por temas históricos, mitológicos e do cotidiano. Destacam-se Francisco Goya, Jacques-Louis David e Dominique Ingres. Prédio com arquitetura neo clássica, na Inglaterra. Napoleão em Seu Trono Imperial - Óleo sobre tela Jean Auguste Dominique Ingres Prédio da Academia Real Escocesa. Representação de um cenário no estilo neoclássico usado em um jogo eletrônico de guerra.

4 Romantismo O Romantismo surgiu no final do século XVIII, num ambiente marcado por revoltas e revoluções. Ele foi uma reação ao Neoclassicismo. Ao contrário do anterior, o romantismo ia contra o racionalismo, valorizando temas subjetivos e emotivos. A obra máxima do romantismo é "A Liberdade Guiando o Povo", de Eugène Delacroix. Ela representa todo o sentimento nacionalista, muito presente nas obras românticas. As pinturas do romantismo eram marcadas por cores fortes e pela valorização dos cenários, que em muitas telas interagiam com os personagens, ao invés de serem apenas elementos de composição. De Eugène Delacroix, A Liberdade guiando o povo; vigor e ideais românticos. A Revolução Belga, por Egide C. G. Wappers. Johann H. W. Tischbein, Poeta Goethe na Itália. Extra oficialmente um Pré -Romântico. Identidade EMO, apreciação pelo sofrimento de amor e depressão romântica. Novo gótico.

5 Realismo O mundo artístico realista apresenta a pureza da vida. Digo pureza, por que não há representações, atuações falsas procurando aparentar-se de forma dissimulada. Pessoas que se reúnem em frente a uma máquina fotográfica procuram passar felicidade com sorrisos, tema totalmente averso ao realismo. A arte do Realismo se dispõe a mostrar a verdadeira imagem, sem poses, sem preparações sem falsidades. Esse conceito de arte surge em reação ao Romantismo, sai da paixão e parte para a razão. Realidade versus Ilusão. Surge na França no século XIX e denota a mudança do belo e ideal para o real e objetivo. A Infância de nosso Passado. Autor: Ana Pérez Moreno; A verdadeira sinestesia é a capacidade de ver as cores em imagens P/B. De Cecília Cécy Castro, No outro lado da rua. Registro de um momento inesperado. Os Quebradores de Pedras, de Gustave Coubert, 1849 (Staatliche Kunstsammlungen, Dresden). Este quadro pode ser considerado um manifesto político-social. O Realismo retrata cenas inesperadas, onde muitas o privado pode ser revelado. Luana Piovanni e o namorado trocando beijos no mar. Foto capturada por um paparazzi.

6 Impressionismo Derivado da obra Impressão, nascer do sol (1872) de Claude Monet, a técnica não seguia preceitos do Realismo ou da academia. A arte impressionista buscava a liberdade de traços com luz e movimento. Em sua maioria eram feitas ao livre para que o o artista pudesse sentir a sua pintura. Fotografia com composição da mesma imagem em exposições diferentes. Foto HDR. Resaltando cores e trazendo luzes à tona. Mostravam nessas obras a aparência da luz em determinado momento em relação a reflexão em um objeto. Não existem contornos, pois não seguem a idéia de voltar o foco para um elemento central. A natureza morta era o principal tema em sua categoria. Natureza morta, prato de queijo e cerejas (1885), Cézanne. Pintura que representa o pósimpressionismo. "Impression, soleil levant", pintura de Claude Monet. Auto retrato de Renoir (esquerda) e de Van Gogh. Semelhança nas idéias com técnicas diferentes.

7 Simbolismo Em 1881, artistas franceses refletiram sobre a suas obras procurando uma nova forma de ver o mundo e demonstrar sentimento. Movimento totalmente individualista, foi primeiramente apelidado de decadentismo (em alusão a decadência aos valores da época). Adota que, o conceito seguido pela sociedade não mais tem valor, mas e sim o pensamento e a visão de um indivíduo. Buscam o encontro mais profundo do eu, o sonho e o ilúcido. Paul Gauguin, seguido influências da artes japonesas. A Esfinge Vencedora. Pintura de Gustave Moreau. Impulsionador da arte impressionista. Excelente representação da visão diferenciada em a obra O Beijo de Gustav Klimt. Símbolos bem estruturados dizem muita coisa sem palavras. Usando apenas silhuetas e cores conseguimos definir uma linguagem ou objetivo.

8 Correntes de Vanguarda As correntes de vanguarda foram diversos movimentos artísticos nascidos na Europa, no final do século XIX que se auto-intitulavam os guiadores da cultura de seu tempo. Em muitos aspectos chegavam a se assemelhar com partidos políticos, com militantes e manifestos. Muitos destes artistas estavam ligados com o movimento realista, portanto essas correntes possuíam forte cunho social. Cronologicamente, essas correntes antecedem ao Impressionismo e precedem a pós-modernidade. Entre estas correntes podemos citar: "O Grito", de Edvard Munch. Considerada a obra máxima do expressionismo. - Fauvismo ( ) - Expressionismo ( ) - Futurismo ( ) - Cubismo ( ) - Dadaísmo ( ) - Surrealismo (1924) No Brasil temos o "Manifesto Antropofágico", escrito por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. "O Sonho", obra Surrealista de Salvador Dalí. Decoração de um apartamento moderno usando características surrealistas e dadaístas Obra de Marcel Duchamp, maior nome do Dadaísmo.

9 Fotografia Com a tecnologia as pinturas que eram feitas para os nobres foram sendo substituídas por imagens fotográficas. As primeiras máquinas não apresentavam cores, mas por sua capacidade de r e g i s t r a r u m m o m e n t o q u a s e q u e instantaneamente essa técnica se tornou popular rapidamente. A imagem era divida em 3 planos, objeto em foco, plano de apoio e fundo. Com o passar do tempo a fotografia passou a ser considerada uma forma de arte, a passou a englobar vários segmentos das escolas; realismo e impressionismo são uma delas. Registro fotográfico de um carro de bombeiro. Foto estática e morta. Alguns fotógrafos conseguem representar imagem que aparentemente parecem com defeitos, mas a verdade é que são aplicadas conceitos de efeitos que passam sensações além do que o real apresenta. Com a chegada da foto, o registro da imagem de uma família deixou de ser uma regalia de nobres. Com a chegada das câmeras coloridas o grande salto para a a captura de imagens foi dado. O cinema foi o grande aproveitador dessa tecnologia levando a o aproveitamento da tecnologia de imagem ao ápice, capturando a seqüência de um evento e não a mais só o momento.

10 Pós-Modernismo Também chamada de Arte Contemporânea, envolve diversos movimentos surgidos na segunda metade do século XX, que não se correspondiam à arte modernista do século anterior. A maior característica da arte contemporânea é a englobação de diversas mídias. Devido à massificação do consumo, hoje é possível se criar arte em qualquer meio de comunicação: Televisão, Computador, Histórias em Quadrinhos e até mesmo no próprio corpo (Body Art). A arte pós-moderna reflete a complexidade de nosso tempo. Ela não propõe nenhuma solução aos problemas existentes, e nem mesmo críticas. Ela busca celebrar a perplexidade, ironia e sarcasmo, e em muitos casos até mesmo a desmaterialização da arte. Lata de Sopa Campbell, obra "pop" de Andy Warhol. Este período de transição, também é considerado como a ponte para algo que está por vir, que não sabemos ao certo o que é ainda. Dentre os diversos movimentos de arte pósmodernos podemos citar: - Pop Art - Op Art - Arte Urbana (graffiti, hip hop e por que não pichações?) - Minimalismo - Arte Conceptual E s c u l t u r a s p ó s - m o d e r n a s. A u t o r desconhecido. Exemplo de Arte Urbana: A popularização definitiva da arte. Autor desconhecido. Body Art: O corpo acaba virando uma nova ferramenta artística

11 Conclusão Vivemos um período de transição, como dito anteriormente. Ele precede algo novo que está por vir, porém não temos a mínima idéia do que seja. A perplexidade é geral, pois os avanços científicos estão ocorrendo numa velocidade nunca antes vista. Essa confusão é totalmente compreensível. A humanidade já passou por situações semelhantes (pós-guerras por exemplo), mas claro, em escala menor. Uma das maravilhas da chamada 3ª Revolução Industrial (a informática) é o estreitamento entre as relações humanas. Hoje é possível fazer amizades e trocar experiências com pessoas de qualquer lugar do mundo. A pós-modernidade aceita a convivência de idéias, pontos de vistas, hábitos e crenças diferentes e propõe convívio pacífico entre eles. A grande prova disso são as massivas comunidades na internet. O impacto desta revolução, na arte, acreditamos será visível à longo prazo. Esta revolução está proporcionando maior acesso à cultura. Hoje para ser um artista basta ter vontade, pois todo o conhecimento humano está disponível gratuitamente na internet. Outro fator positivo destas mudanças é o aparecimento de novas ferramentas artísticas. Hoje é possível desenhar e pintar direto na tela do computador, proporcionando muito mais controle criativo, além de barateamento de custos e melhor utilização de espaços. A pós-modernidade porém tem seu lado negativo. No campo das artes chamadas "tradicionais", temos a completa banalização da arte, com obras sem conteúdo e sem nexo. Entre outras bizarrices da pós-modernidade podemos citar o exemplo de uma pop star japonesa criada digitalmente por cientistas. Seus discos são vendidos no mundo inteiro, porém ela nem existe no mundo físico. Devido à rápida evolução fica cada dia mais difícil se manter atualizado. Os grandes grupos capitalistas já planejam quando seus lançamentos vão ficar "obsoletos", antes mesmo deles chegarem ao mercado. A sensação geral de ceticismo tem explicação: As gerações anteriores, que se apegaram à ideologias e romantizações da realidade, simplesmente "quebraram a cara". Muito do que foi prometido não aconteceu. Como podemos garantir o que vai acontecer no futuro se não conseguimos ao menos entender nosso tempo? Outro movimento interessante é o fato das pessoas estarem indo contra a lógica e se apegando novamente à religiões "arcaicas", como o Evangelismo. É fácil crer nestas religiões, pois elas existem há um bom tempo e são vistas como "seguras". Mesmo com explicações científicas para tudo que nos cerca, as pessoas preferem acreditar em "fábulas" e "contos de fada" simplesmente por comodismo. Elas precisam crer em algo e acabam crendo no que tem maior apelo ou são mais acessíveis. A sociedade pós-moderna perdeu o medo dos avanços tecnológicos e propõe a humanização dos mesmos. Percebemos também que o nosso modo de vida é insustentável, e a consciência para com o meio-ambiente é cada vez mais difundida. Enfim, este é um momento indubitavelmente confuso e complexo, porém ele provavelmente nos prepara para uma nova era, onde a tecnologia, cada vez mais humana, poderá resolver nossos problemas sociais, além de oferecer maior acesso às artes e ao conhecimento.