SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTI: UMA REVISÃO DA LITERATURA PATIENT SAFETY IN THE ICU: A REVIEW OF THE LITERATURE
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- Leandro Aldeia Penha
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1 Artigo SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTI: UMA REVISÃO DA LITERATURA PATIENT SAFETY IN THE ICU: A REVIEW OF THE LITERATURE Frnciele Ferreir d Cruz 1 Rosimeir Pereir Gonçlves 2 Simone Ros Rimundo 3 Mônic Sntos Amrl 4 Resumo A UTI é um mbiente que tem por objetivo mnutenção d vid e recuperção d súde, e pr isso, utiliz se de intervenções cd vez mis complexs, umentndo s chnces de erros e eventos dversos que colocm em risco segurnç do pciente. Objetivo: Apontr os principis eventos dversos/erros que são cometidos n UTI e s medids recomendds pr os profissionis d enfermgem que vism grntir segurnç do pciente em UTI. Mteriis e métodos: Trt-se de um revisão descritiv e qulittiv d litertur, utilizndo como técnic revisão integrtiv. Resultdos: Percebeu-se que os principis erros e flhs que ocorrem dentro ds Uniddes de Terpis Intensivs, estão relciondos três ctegoris: os medicmentos; os registros nos prontuários e seguimento d SAE e os eventos dversos observdos form ulcer por pressão, infecções d corrente snguíne, flebites, hipotensão rteril, em su miori de competênci d enfermgem. A principl recomendção consiste n comunicção, n cpcitção e n conscientizção dos profissionis sobre os erros e eventos dversos. Considerções finis: Os profissionis d enfermgem devido à ssistênci diret o pciente são responsáveis pel mnutenção de su segurnç. No entnto, o desprepro e flt de conhecimento dos profissionis fzem com que grntir ess segurnç sej um grnde desfio. Dinte disso, conclui-se que existem inúmers flhs n ssistênci de enfermgem, e nesse sentido, esper-se que este trblho poss contribuir pr melhorr qulidde dess ssistênci e que os profissionis d enfermgem possm grntir segurnç dos pcientes n UTI. Plvrs-chves: Assistênci. Segurnç. Eventos dversos. Abstrct The ICU is n environment tht hs the objective of mintining life nd recovering helth, nd for this, uses of incresingly complex interventions, incresing the chnces of errors nd dverse events tht endnger ptient sfety. Objective: To identify the min dverse events / errors tht re committed in the ICU nd the recommended mesures for the nursing professionls tht im to gurntee the sfety of the ptient in the ICU. Mterils nd methods: This is descriptive nd qulittive review of the literture, using integrtive revision s technique. Results: It ws noticed tht the 1 Enfermeir, pós grdud em Urgênci e emergênci e UTI. E mil: Frnciele.mnd@outlook.com 2 Enfermeir, pós grdud em Urgênci e emergênci e UTI. E mil: Enfrosimeir@hotmil.com 3 Enfermeir, pós grdud em Urgênci e emergênci e UTI. E mil: Simone.ros.ri@hotmil.com 4 Enfermeir, Especilist em UTI, Urgênci e Emergênci, Enfermgem do Trblho, Mestrnd pelo Progrm de Pós Grdução em Atenção á Súde PUC GO. Docente do CGESP. E mil: coordenco.ed@cgespensino.com Artigo recebido di 12 de dezembro de 2017 e provdo di 21 de jneiro de 2018.
2 168 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. min errors nd filures tht occur within the Units of Intensive Therpies, re relted to three ctegories: to the medicines; the records in the medicl chrts nd follow-up of SAE nd the dverse events observed were pressure ulcer, bloodstrem infections, phlebitis, hypotension, most of which were nursing competence. The min recommendtion is the communiction, trining nd wreness of professionls bout errors nd dverse events. Finl considertions: Nursing professionls due to direct ptient cre re responsible for mintining their sfety. However, the unprepredness nd the lck of knowledge of the professionls mke gurnteeing this sfety gret chllenge. Therefore, it is concluded tht there re numerous filures in nursing cre, nd in this sense, it is expected tht this work cn contribute to improve the qulity of this ssistnce nd tht nursing professionls cn gurntee the sfety of ptients in the ICU. Keywords: Assistnce. Sfety. Adverse events. 1 INTRODUÇÃO Atulmente expressão segurnç do pciente, tem sido muito utilizd n áre d súde e se torndo um ds temátics mis inovdors e prioritáris ns últims décds. El é definid como to de evitr, prevenir e melhorr os possíveis eventos dversos e erros cometidos pelos profissionis n prátic ssistencil e que possm colocr em risco vid dos pcientes, principlmente pelos profissionis d enfermgem, fim de ssegurr um ssistênci de qulidde (VINCENT, 2010; CAPUCHO; CASSIANI, 2013; CAVALCANTE et l., 2015). Ess preocupção em não cusr nenhum dno o pciente é dtd desde o começo d medicin, e mnifestd por Hipócrtes e por Florence Nigthingle, que em su obr Nots sobre Hospitis, já retrtv sobre s condições de trblho e sobre s estrtégis de prevenção de erros durnte o desempenho d ssistênci de súde, um vez que, segurnç do pciente lém de refletir qulidde d ssistênci, constitui-se um direito ds pessos. Dí necessidde e preocupção que se têm sobre ess temátic (CARVALHO, 2009; FREITAS et l., 2014). Com o surgimento de novs tecnologis se tornou possível observr ocorrênci de eventos indesejdos e flhs n qulidde e segurnç d ssistênci. Isso porque ntes os trtmentos erm simples e seguro, porém ineficzes. Com modernidde, s terpis se tornrm cd vez mis complexs e eficzes, no entnto, mis perigoss, o que requer muit hbilidde dos profissionis, principlmente os tuntes n UTI (TAVARES, 2013; VINCENT, 2010).
3 169 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Vle ressltr que flt de conhecimento e segurnç dos profissionis de súde, fzem com que cbem relizndo procedimentos errdos, colocndo em risco vid do pciente. Por esse motivo grntir um cuiddo seguro tem sido um desfio constnte pr s orgnizções de súde (TAVARES, 2013; FREITAS et l., 2014). Sobre ess questão, o reltório do Instituto Americno de Medicin pontm ddos importntes em relção à segurnç do pciente, onde os erros de medicção form responsáveis pel morte de mericnos. Sbe-se que os profissionis d enfermgem são responsáveis pel segurnç do pciente, e tmbém d qulidde e eficáci d ssistênci qul está sendo prestd, um vez que, eles pssm mior prte do tempo em contto com os pcientes (DIAS et l., 2014; CAVALCANTE et l., 2015). De cordo com Toffoletto (2008), qunto mis complex s terpis, mior será o vnço e utilizção de tecnologis, e ssocidos isso, tem-se sobrecrg de trblho e flt de conhecimento e hbiliddes, levndo o erro durnte ssistênci de enfermgem, e consequentemente dnos o pciente, principlmente d UTI. Sbe-se que UTI consiste num mbiente que tem por finlidde mnutenção d vid e recuperção d súde, e por isso, possui um lto gru de complexidde, onde o pciente em estdo crítico necessit de tendimento especilizdo e eficz. Em virtude dess complexidde e d utilizção de vários procedimentos e intervenções terpêutics, s chnces de ocorrer eventos dversos e erros são ind miores, colocndo em risco segurnç e vid do pciente (SILVA; CUNHA; MOREIRA, 2011; ALVES et l., 2016; BECCARIA et l., 2009). Segundo Reson (2009), existem dus bordgens cerc do erro: primeir refere-se o próprio sujeito, ou sej, o profissionl, e consistem nos tos inseguros, como destenção, descuido, negligênci, imprudênci; e segund bordgem refere-se o sistem, ou sej, s instlções, orgnizção, entre outros, que levm s flhs tivs, e consequentemente ocorrênci de eventos dversos e/ou incidentes. Nesse sentido, por entender e reconhecer que qulidde do cuiddo de enfermgem está ligd diretmente segurnç do pciente e que os profissionis d enfermgem são mis propensos eventos dversos e erros durnte prestção de ssistênci, pretende-se com o presente estudo responder o seguinte
4 170 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. questionmento: Quis os eventos dversos/erros que ocorrem n UTI e colocm em risco segurnç do pciente? Quis s medids recomendds pr prevenção/ redução desses eventos? Esse estudo é de sum importânci, um vez que se entende necessidde de grntir qulidde e segurnç dos pcientes d UTI, já que os mesmos presentm estdo de súde crítico. 2 OBJETIVO Descrever os principis eventos dversos/erros que são cometidos n UTI que coloc em risco segurnç do pciente e s medids recomendds pr os profissionis d enfermgem que vism grntir segurnç do pciente em UTI. 3 METODOLOGIA Trt-se de um pesquis descritiv e de bordgem qulittiv d litertur, utilizndo como técnic revisão integrtiv, pois el permite descobrir o que já foi produzido cientificmente em um determind áre do conhecimento, impulsionndo ssim, o prendizdo (SOARES et l., 2014). A revisão integrtiv possibilit resumir o pssdo d litertur sejm eles empíric ou teóric, com o intuito de fornecer um compreensão mis mpl de um determindo evento, lém de permitir inclusão de estudos com diferentes metodologis, conceitos, ideis, entre outrs coiss (WHITEMORE; KNAFL, 2005; BROOME, 2006). A pesquis foi elbord em seis etps: primeir refere-se à identificção do tem e elborção do questionmento; segundo, o estbelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; terceiro, ctegorizção dos estudos; qurto, vlição dos estudos serem incluídos n revisão; quinto, interpretção dos resultdos e, por último síntese do conhecimento (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). A pesquis foi relizd entre os meses de julho e gosto de 2017, ns bses de ddos do Scientific Electrônic Librry Online (SCIELO), Bibliotec Virtul de Súde (BVS) e Google cdêmico, utilizndo os seguintes descritores: segurnç do pciente e Unidde de Terpi Intensiv.
5 171 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Os critérios de inclusão estbelecidos pr seleção ds publicções form: publicções disponíveis n íntegr de form grtuit no bnco de ddos, nos idioms português e inglês, publicdos no período de e que bordssem o objetivo desejdo. A seleção dos estudos foi bsed n leitur do seu título e resumo, e qundo necessário, o texto completo. Os critérios de exclusão utilizdos form: publicções indisponíveis n íntegr n form grtuit, publicdos em nos nteriores 2011, for dos idioms português e inglês e que não bordvm os objetivos desejdos. Utilizndo os descritores Segurnç do pciente AND Unidde de Terpi Intensiv, form encontrdos 78 publicções n BVS, sendo que pens 67 estvm disponíveis n íntegr. Ao selecionr no filtro os idioms português e inglês e os nos de , esse número reduziu-se 35 publicções. N Scielo form encontrds 29 publicções, que o selecionr no filtro os critérios de inclusão, chegou-se 11 publicções. No Google cdêmico form encontrds 19 publicções pós plicção dos critérios de inclusão. Pr nálise e síntese do mteril form observdos os seguintes procedimentos: 1) Leitur informtiv ou explortóri, que constituiu n leitur do mteril pr sber do que se trtvm s publicções; 2) Leitur seletiv, que se preocupou com descrição e seleção do mteril qunto su relevânci pr o estudo, excluindo-se s publicções que não erm pertinentes o tem de interesse; e 3) Leitur crític ou reflexiv que buscou s definições conceituis sobre importânci d fmíli n recuperção do pciente com depressão. Após nálise ds 65 publicções encontrds, form selecionds e incluíds n revisão 14 publicções e inseridos em dus ctegoris conforme os objetivos: os principis eventos dversos/erros que são cometidos n UTI que colocm em risco segurnç do pciente e s medids recomendds pr os profissionis d enfermgem que vism grntir segurnç do pciente em UTI. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Form incluíds 8 publicções do Google cdêmico, 3 d Scielo e 3 d Lilcs. Ao nlisr os métodos de pesquis, observou-se um vriedde como observcionl, prospectivo, explortório, descritivo, quntittivo, qulittivo, epidemiológico e
6 172 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. vlitivo, sendo que os mis prevlentes form os métodos quntittivo, presente em 5 publicções, seguid d explortóri (n=4) e observcionl (n=3). Em relção o no de publicção, miori form publicds no no de O qudro 1, present síntese dos estudos nlisdos, conforme o no de publicção, título, objetivo, metodologi, e fonte. Qudro 1. Distribuição ds publicções incluíds qunto o titulo, objetivos, métodos, no e bse. Goiâni-GO, AUTOR TÍTULO OBJETIVO MÉTODOS ANO BASE GONÇALVES, L. A. Segurnç do pciente em UTI: crg de trblho de enfermgem e su relção com ocorrênci de eventos dversos e incidentes Anlisr crg de trblho de enfermgem de cordo com s hors de ssistênci e su relção com ocorrênci de eventos dversos e incidentes Estudo observcionl prospetivo, bordgem quntittiv de 2011 Google cd. GONÇALVES, L. A. et l. SILVA, T.; WEGNER, W.; PEDRO, E.N. R. Alocção d equipe de enfermgem e ocorrênci de eventos dversos/incidente s em unidde de terpi intensiv Segurnç d crinç hospitlizd n UTI: compreendendo os eventos dversos sob ótic do compnhnte Verificr dequção entre locção d equipe de enfermgem e s hors de cuiddo requerids pelos pcientes, bem como identificr relção entre ess locção com eventos dversos/incidentes (EA/I). descrever os eventos dversos identificdos pelo fmilir/cuiddor em um Unidde de Trtmento Intensivo Pediátrico (UTIP) Pesquis observcionl, descritiv e prospectiv, 2012 SCIELO Pesquis qulittiv explortóriodescritiv 2012 LILACS MELLO, J. F. de; BARBOSA, S. de F. F. TAVARES, V.H. Cultur de segurnç do pciente em Terpi Intensiv: Recomendções d enfermgem. Segurnç do pciente em Terpi Intensiv: nálise do uso d restrição físic Sistemtizr s recomendções dos profissionis de enfermgem cerc trnsversl d segurnç do comprtivo pciente em dus Uniddes de Terpi Intensiv dulto Estudo explortóriodescritivo, Anlisr o uso d restrição físic em pcientes de UTI. Estudo quntittivo, tipo survey, bordgem quntittiv e com 2013 Google cd Google cd.
7 173 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. TOFFOLETTO, M. C.; RUIZ, Z. R. Melhorndo segurnç dos pcientes: estudo dos incidentes nos cuiddos de enfermgem nlisr incidentes relciondos cuiddos enfermgem os os de Investigção quntittiv do tipo trnsversl 2013 LILACS BARBOSA, T. P.; et l. Prátics ssistenciis pr segurnç do pciente em unidde de terpi intensiv Verificr s bos prátics ssistenciis de enfermgem pr segurnç do pciente em unidde de terpi intensiv. Pesquis descritiv 2014 Google cd. NOVARETTI, M. C. Z.; et l. Sobrecrg de trblho d Enfermgem e incidentes e eventos dversos em pcientes interndos em UTI Identificr influênci d sobrecrg de trblho d Enfermgem n ocorrênci de incidentes sem lesão e eventos dversos em pcientes interndos em UTI. Estudo prospectivo, tipo coorte 2014 SCIELO ZAMBON, L. S. Segurnç do pciente em terpi intensiv: Identificr e crcterizção de crcterizr eventos dversos ocorrênci de eventos em pcientes dversos em UTIs do críticos, vlição Hospitl ds Clínics de su relção d Fculdde de com mortlidde e Medicin d identificção de Universidde de SP. ftores de risco pr su ocorrênci Estudo observcionl do tipo coorte 2014 Google cd. COSTA, T. D. d. Avlição do cuiddo de enfermgem n Avlir o cuiddo de perspectiv d enfermgem n segurnç do perspectiv d pciente em segurnç do Uniddes de pciente em Uniddes Terpi Intensiv: de Terpi Intensiv n visão de profissionis, pcientes e fmilires Pesquis vlitiv 2015 Google cd.
8 174 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. DUARTE, S. d C. M. et l. Eventos dversos e segurnç n ssistênci de enfermgem Identificr s publicções Revisão científics sobre os integrtiv eventos dversos n bordgem ssistênci de qulittiv enfermgem em pcientes dultos hospitlizdos e discutir os principis eventos dversos n ssistênci de enfermgem com 2015 SCIELO SANTIAGO, T. H. R.; TURRINI, R. N. T. SARAIVA, C. O. P. de O. Cultur e clim orgnizcionl pr segurnç do pciente em Uniddes de Terpi Intensiv Segurnç do pciente em Terpi Intensiv Neontl: identificção e nálise de eventos dversos vlir percepção dos profissionis de súde sobre o clim e cultur de segurnç do pciente em uniddes de terpi intensiv (UTI) e relção entre os instrumentos HSOPSC e o SAQ. Identificr e nlis os eventos dversos ocorridos em um UTIN Estudo explortório trnsversl Estudo epidemiológico do tipo trnsversl, explortório, retrospectivo, com bordgem quntittiv, descritivo e nlítico SCIELO 2015 Google cdêmico ROQUE, K. E.; TONINI, T.; MELO, E. C. P. Eventos dversos n unidde de terpi intensiv: impcto n mortlidde e no tempo de internção em um estudo prospectivo Avlir ocorrênci de eventos dversos e o impcto deles sobre o tempo de permnênci e mortlidde n unidde de terpi intensiv (UTI). Estudo prospectivo 2016 LILACS Fonte: As utors, Ao nlisr s publicções os ddos form divididos qunto os principis eventos dversos e incidentes/erros que ocorrem n UTI e ns medids recomendds pr os profissionis d enfermgem que vism grntir segurnç do pciente em UTI. 4.1 Principis eventos dversos/incidentes e erros que ocorrem n UTI
9 175 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Antes de bordr sobre os principis eventos dversos/ incidentes e erros encontrdos n litertur, é necessário estbelecer primeirmente diferenç entre erro e evento dverso. Entende-se por erro como um flh d ssistênci pelo seu plnejmento indequdo ou pel su execução de mneir errd. Qundo esses erros cbm gerndo dnos pr o pciente, pss ser crcterizdo como eventos dversos, sendo estes responsáveis pel morbimortlidde, crretndo ônus econômico e socil, lém do sofrimento pr os próprios pcientes e seus fmilires. Vle mencionr que esses eventos podem ser evitdos, um vez que são decorrentes de flhs n própri ssistênci (SARAIVA, 2015; SILVA; CUNHA; MOREIRA, 2011). Ao nlisr litertur percebeu-se que os principis erros e flhs que ocorrem dentro ds Uniddes de Terpis Intensivs, sejm els dulto, pediátric ou neontl estão relciondos três ctegoris: os medicmentos; os registros nos prontuários e seguimento d Sistemtizção d Assistênci de Enfermgem, enfermgem; e à relizção dos procedimentos, como o mnejo indequdo de cteteres. E os eventos dversos, são resultdos desses erros, como por exemplo, s ulcer por pressão, s infecções d corrente snguíne, flebites, hipotensão rteril, entre outros, conforme mostr o qudro 2. Qudro 2: Eventos dversos e incidentes/erros/flhs que ocorrem n UTI. Goiâni- GO, 2017 Eventos Adversos Incidentes/Erros/flhs Publicções Dermtites, Assdurs, Úlcer por pressão, Problems n contenção físic de pcientes, Flebite, Queds. Infecção hospitlr: Hipotensão rteril, Hipoglicemi, Náuses Vômitos Hipotermi Infecção relciond à ssistênci à súde Infecção primári de corrente snguíne, pneumoni, Flhs no seguimento d prescrição de enfermgem; Flhs n SAE; Flhs no seguimento d prescrição médic. Flhs no registro de ddos no prontuário pel enfermgem; Flh no processo de comunicção; Não relizção de mudnç de decúbito; Flhs no prepro e dministrção de medicções; Dose perdid, medicção errd e dosgem incorret; Mnejo indequdo de cteteres vsculres, ventiltório, cteter gástrico e urinário; Flhs d enfermgem n mnipulção de cteteres e sonds; GONÇALVES, 2011; GONÇALVES et l., 2012; SILVA; WEGNER; PEDRO, 2012; TAVARES, 2013; TOFFOLETTO; RUIZ, 2013; NOVARETTI et l., 2014; ZAMBON, 2014; COSTA, 2015; DUARTE et l., 2015; SANTIAGO; TURRINI, 2015; SARAIVA, 2015; ROQUE; TONINI; MELO,2016
10 176 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Infecção de cesso vsculr centrl Hipertermi Terpi respirtóri Complicções relcionds o cteter centrl Lesões de pele Sngrmento Equimose Infrestrutur/instl ções Fonte: As utors, Flhs n dministrção de diets enteris; Frgilidde n pssgem de plntão; Incidentes relciondos à uto-retird e perd de rteftos terpêuticos: utodrengem, tubo nsogástrico e tubos endotrqueis; Erro relciondo à colet e/ou encminhmento dos exmes o lbortório; Erro relciondo os procedimentos médicos Incidentes do tipo dministrtivo, documentção, infrestrutur, hemoderivdos, nutrição, procedimento e gestão orgnizcionl Flh no ventildor mecânico Silencir o lrme do monitor Gonçlves et l. (2012), no seu estudo procurrm vlir os eventos dversos e incidentes n UTI do 4º e 6º ndr do Hospitl Universitário de São Pulo, e perceberm que os erros mis prevlentes consistim n preprção e n dministrção dos medicmentos e tmbém nos registros de enfermgem nos prontuários. Nesse sentido, Novretti et l. (2014), trzem um ddo muito importnte sobre os eventos dversos e incidentes (EA/I). Eles registrrm EA/I no período estuddo, e destes , estvm ligdos à competênci d enfermgem. D mesm form form observdos por Gonçlves (2011), que registrou 1082 eventos dversos e erros dentro d UTI, todos ligdos à enfermgem. Dess mneir, podese entender que os enfermeiros e técnicos de enfermgem são os miores responsáveis pel mnutenção d segurnç do pciente n UTI, porém, n relidde isso não vem contecendo. A primeir ctegori de erros e flhs consiste n preprção e dministrção de medicmentos que incluem perd de doses, omissão de dose, dosgem errd e dministrção de medicmento errdo, entre outros. Convém mencionr que, miori desses erros ocorre pelo desprepro do profissionl, pel flt de registro nos prontuários, um vez que, muits medicções são suspenss e não são reltds, e tmbém pel flt de compreensão dos registros por se presentrem com letrs ilegíveis (TOFFOLETTO; RUIZ, 2013; GONÇALVES, 2011). Segundo Silv (2011), os erros de medicmentos podem estr ligdos à flh n implementção dos cinco certos: pciente certo, medicmento certo, vi cert,
11 177 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. dose cert e hor cert. Além disso, pode ser decorrente de flhs no plnejmento do przmento d prescrição médic, não relizção ds medicções, erros no horário de dministrção, flt de monitorizção, erros n preprção d medicção, erros n vi de dministrção e erros n técnic de dministrção (TAVARES, 2013; DUARTE et l., 2015). Sbe-se que o número de medicmento sempre esteve ssocido à ocorrênci de eventos dversos, principlmente dentro ds UTI, pois conforme Roque, Tonini e Melo (2016), pr grntir sobrevid do pciente se utiliz de 5 ou mis medicmentos, e consequentemente ument-se o risco de erros, representndo 98,3% dos eventos dversos. Vle mencionr que miori desss ocorrêncis é tribuíd enfermgem, um vez que consiste num tividde rotineir e que fz prte do trblho ssistencil desses profissionis (TAVARES, 2013). Outr ctegori refere-se os registros nos prontuários, prescrição de enfermgem e SAE, e que são determinntes pr um prátic ssistencil segur n UTI. No entnto, o que se percebe é que os registros d enfermgem presentm-se com letrs ilegíveis, e com informções insuficientes e incomplets, pontndo pr um ssistênci negligencid, pois ml elborção dos registros põem em risco fidedignidde ds informções e impede de ter noção do rel qudro do pciente (COSTA, 2015). Outr ctegori refere-se os procedimentos, que corresponde mior proporção eventos dversos ligdos diretmente à ssistênci e que inclui como erros: contminção de produtos, mnejo indequdo de sonds e cteteres, sonds ml posicionds, flt de fixção de dispositivos terpêuticos, como tubos endotrqueis e sonds, punção venos indequd, retird indevid de drenos, entre outros (TAVARES, 2013; TOFFOLETTO; RUIZ, 2013; BARBOSA et l., 2014; ROQUE; TONINI; MELO; 2016). No estudo relizdo por Tvres (2013), prevlênci dos eventos dversos estv ligd os procedimentos, sendo 51,7% proveniente de retirds de dispositivos terpêuticos e extubções não plnejd, 13,8% oriundos de contminção de mteriis, flt de fixção, entre outros, e 11,7% decorrentes d obstrução de sonds e cteteres venosos. D mesm mneir Zmbon (2014) que identificou em seu estudo eventos dversos, destes 54% estvm relciondos procedimentos, e que 44,2%
12 178 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. cusrm dnos e lesões n pele, como: dermtites e ulcer por pressão, relciondos curtivos, utilizção de frlds e usênci de mudnç de decúbito, hemotoms, soroms e flebites, ssocidos os cessos vsculres. Sbe- se que uto-retird e retird indequd dos rteftos terpêuticos, colocm em risco segurnç e vid do pciente. Nos csos de drenos podem ocsionr complicções como pneumotórx, hemorrgis, choque hipovolêmico; retird indevid de cteteres venosos e rteriis lém do surgimento de hemtoms, predispõem infecções relcionds à ssistênci (TAVARES, 2013; TOFFOLETTO; RUIZ, 2013; ZAMBON, 2014; ROQUE; TONINI; MELO, 2016). Dentro dos processos e procedimentos, Durte et l. (2015), trz outrs ctegoris de eventos dversos, lém ds citds nteriormente, que tmbém estão ligds ssistênci de enfermgem: 1) Vigilânci do pciente; 2) mnutenção d integridde cutâne e 3) relciondos os recursos mteriis. 1) Vigilânci do pciente: englob qued do pciente do leito e d própri ltur, lém de perd de cteteres, sonds e drenos. A flt de vigilânci sobre o pciente e d mnutenção dos equipmentos colocm em risco segurnç do pciente, um vez que os mesmos devem estr em constnte vigíli, lém de estrem seddos e com cms com grdes lteris pr su proteção (DUARTE et l., 2015; TAVARES, 2013). 2) Mnutenção d integridde cutâne: Ess ctegori está relciond higiene e o conforto do pciente, e um dos principis eventos são s úlcers por pressão, proveniente d flt de mudnç de decúbito e tmbém do posicionmento indequdo do pciente no leito, e por isso, é pontdo com resultdo de erros n ssistênci dos profissionis d súde, principlmente d enfermgem (TAVARES, 2013; BARBOSA et l., 2014; DUARTE et l., 2015; ROQUE; TONINI; MELO, 2016). 3) Relciondo os recursos mteriis: Ness ctegori englob flt de equipmentos e presenç de prelhos com defeitos e de péssim qulidde (DUARTE et l., 2015). Além desss, o utor Cost (2015) pontm s instlções d UTI for dos pdrões e flt de cpcitção dos profissionis como situções que colocm em risco segurnç do pciente, e os utores Silv, Wegner e Pedro (2012) destcm o hábito que muitos profissionis possuem de silencir o monitor, contribuindo pr que s lterções ocorrids nos pcientes pssem despercebids.
13 179 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Convém mencionr que existem lguns ftores que corroborm pr ocorrênci desses erros e eventos observdos ns publicções, colocndo em risco segurnç do pciente n UTI, como: complexidde dos csos, necessidde de decisões urgentes, flt de informção e comunicção entre os membros d equipe, flt de prepro e cpcitção tnto dos profissionis médicos e enfermeiros, sobrecrg de trblho, flt de lidernç e o déficit de pessol (SILVA; WEGNER; PEDRO, 2012; NOVARETTI et l., 2014; DUARTE et l., 2015; SANTIAGO; TURRINI, 2015). 4.2 Medids recomendds pr os profissionis d enfermgem que vism grntir segurnç do pciente em UTI As medids recomendds possuem relção diret s flhs e erros cometidos pelos profissionis durnte prátic diári. N relidde são n verdde um serie de intervenções que tem como finlidde redução e prevenção de risco, grntindo o pciente um cuiddo seguro. O qudro 3, mostr lgums ds estrtégis recomendds conforme encontrd ns publicções. Qudro 3: Medids recomendds pr grntir segurnç do pciente n UTI encontrds ns publicções. Goiâni-GO, 2017 Recomendções Publicções Socilizção ds norms existentes no que se refere à instlção e mnejo d vei SILVA; centrl e dministrção venos centrl e periféric; Conceber e implementr um progrm de treinmento contínuo no gerencimento WEGNER; PEDRO, 2012; de pcientes que requer cuiddos especilizdos Implementr protocolo de sedção pr pcientes com gitção psicomotriz MELLO; Socilizr e treinr em relção o protocolo existente de contenção físic do pciente com gitção psicomotriz BARBOSA, 2013; Sedção e contenção mecânic (nos csos de pcientes gitdos, fim de evitr uto-retird de dispositivos terpêuticos, como tubo endotrquel e drenos) TAVARES Estbelecer um comunicção efetiv entre os profissionis, pcientes e fmilires, 2013; Restrições de membros dos pcientes Identificção do circuito o ventildor mecânico TOFFOLE Plnejmento e implementção de protocolos ou Bundles destindos à prevenção TTO; RUIZ, de ulcer por pressão 2013; Sensibilizção d equipe e do próprio pciente qunto à necessidde d relizção d mudnç de decúbito BARBOS Utilizção de protetores pr s proeminêncis ósses A et l., 2014; Inspeção e proteção d pele Identificção dos pcientes sob o risco de desenvolver úlcer COSTA, 2015 Elevção de grdes ns cms Adequção d infrestrutur hospitlr Sensibilizção dos profissionis qunto à vigilânci dequd
14 180 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Aplicção de técnics de contenção de movimento Restrição no leito (desde que relizd corretmente e de form monitord e não trg prejuízos o pciente) Orientr os pcientes e fmilires qunto à mnutenção dos dispositivos terpêuticos Orientr equipe qunto técnic corret de inserção e mnuseio dos dispositivos, como os cteteres e sonds. Explorr possibiliddes o fornecimento de mteril de melhor qulidde Cpcitção dequd de recursos humnos Promover melhoris n estrutur físic Trblho em equipe dentro ds uniddes Expecttivs e ções de promoção de segurnç do pciente do supervisor/ gerente Aprendizdo orgnizcionl e melhori contínu; Feedbck e comunicção respeito de erros Resposts não punitivs os erros Apoio de gestão hospitlr pr segurnç do pciente; Trblho em equipe entre s uniddes do hospitl; Trnsferêncis interns e pssgens de plntão Fonte: As utors, Pode-se observr que s mioris ds recomendções prtem primeirmente d cpcitção dos profissionis, pr o mnuseio dos dispositivos, prevenção ds ulcers por pressão, utilizção de sedtivos, restrição mecânic, entre outros, presente em quse todos os estudos (MELLO; BARBOSA, 2013; TAVARES, 2013; TOFFOLETTO; RUIZ, 2013; COSTA, 2015). Silv, Wegner e Pedro (2012), destcm comunicção efetiv, como um ds recomendções primordiis que ser plicd n UTI visndo à segurnç do pciente, comunicção efetiv, pontd por eles como lgo que deve está inserido no processo de ssistênci, pois é impossível prestr um cuiddo seguro sem que comunicção com os demis profissionis, pcientes e fmilires. Convém mencionr que os pcientes hospitlizdos n UTI já estão vulneráveis diverss situções, e qundo não há ess interção, ger insegurnç e temor dinte dos cuiddos dos profissionis. Ess comunicção deve ser feit n pssgem de plntão e tmbém pelos registros nos prontuários e form coesiv, coerente e complet, pois um dos grndes erros cometidos consiste n deficiênci dos registros d enfermgem. Vle ressltr que de tods s medids recomendds pr prevenção e redução de risco n UTI, s que menos são desempenhds e que form observds por Brbos et l. (2014) incluem mudnç de decúbito, ocsionndo eventos dversos referentes mnutenção d integridde cutâne; restrição de membros dos pcientes; correndo de risco d uto-retird do tubo endotrquel e drenos; e por fim identificção do circuito do ventildor mecânico.
15 181 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Ao nlisr litertur foi possível observr dus divisões bem interessntes cerc ds medids serem desempenhds n UTI pr segurnç do pciente. A primeir foi estbelecid por Tvres (2013), dividindo conforme os eventos dversos: Úlcer por pressão: Plnejmento e implementção de protocolos destindos à prevenção de ulcer por pressão, sensibilizção d equipe qunto necessidde d relizção d mudnç de decúbito, utilizção de protetores pr s proeminêncis ósses, inspeção e proteção d pele e Identificção dos pcientes que possuem risco de desenvolver úlcer; Queds: Elevção de grdes ns cms; dequção d infrestrutur hospitlr; treinmento e cpcitção do pessol e sensibilizção dos profissionis qunto à vigilânci dequd; Medids Restritivs: plicção de técnics de contenção de movimento e restrição no leito de form corret e monitord, com o intuito de não trzer prejuízos pr o pciente; Retird dos dispositivos terpêuticos: Orientção dos pcientes e fmilires qunto à mnutenção dos dispositivos terpêuticos e d equipe de profissionis qunto à técnic corret de inserção e mnuseio dos dispositivos, como os cteteres e sonds. E segund, foi propost por Mello e Brbos (2013), cuj divisão consiste no âmbito d unidde e no âmbito hospitlr. No quesito d unidde, é compost por sete dimensões: Trblho em equipe dentro ds uniddes: promover um relcionmento com equipe, união, respeito e motivção; Expecttivs e ções de promoção de segurnç do pciente do supervisor/ gerente: relizr supervisão de funcionários novos; promover supervisão, compnhmento e cobrnç em relção os cuiddos; Aprendizdo orgnizcionl e melhori contínu: relizr pesquiss, treinmento, cpcitções no mbiente de trblho, extensivo todos os profissionis, sobre técnics, mnuseio de mteriis, entre outros. dotr postur crític, construtiv e ssumir os erros; entre outrs;
16 182 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Feedbck e comunicção respeito de erros: informr os profissionis de todos os turnos sobre mudnçs e sus justifictivs; discutir sobre os prováveis erros pr su prevenção; Abertur pr comunicções: relizr reuniões periódics com tod equipe de enfermgem pr identificção dos principis problems que possm interferir n segurnç do pciente; promover comunicção diret e clr, melhorndo comunicção entre enfermeiros e técnicos, entre outros; Pessol: melhorr o quntittivo de profissionis; reduzir sobrecrg de trblho; melhorr distribuição d crg horári; crir estrtégis pr reduzir bsenteísmo; promover melhores slários e exclusividde. Resposts não punitivs os erros: Relizr vlições de cráter não punitivo; dotr estrtégis pr que o profissionl comunique o erro, entre outros. No âmbito d orgnizção hospitlr segundo Mello e Brbos (2013), é compost por três dimensões: primeir refere-se o poio de gestão hospitlr pr segurnç do pciente que incluem recomendções como: disponibilizr mteriis e equipmentos em quntidde e qulidde; reliz vistoris frequentes e mnutenção ds cms e grdes; melhorr os utensilio pr restrição físic dos pcientes. A segund dimensão pontd pelo utor trt-se do trblho em equipe entre s uniddes do hospitl, cujs medids consistem em mnter bom relcionmento entre s uniddes d instituição, reliz trblho conjunto com frmáci pr diminuir os erros com medicmentos; e últim dimensão, refere-se trnsferêncis interns e pssgens de plntão, que englob tividdes como mnter mis tenção n pssgem de plntão e trnsmitir s informções dequds sobre s ocorrêncis com o pciente. Com bse n nálise d litertur, pode-se firmr que s recomendções que devem ser utilizds dentro d UTI pr grntir segurnç do pciente se resumem em três elementos: Instlções d UTI e recursos mteriis, Terpi Medicmentos e Cpcitção de Recursos Humnos, pontdos por Cost (2015), como necessáris pr combter eventos indesejáveis, e impedir que sucessivos erros possm chegr o pciente e cus-lhes lgum dno.
17 183 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A ocorrênci de eventos dversos n represent um sério problem n ssistênci à súde, nesse sentido o estudo identificou s publicções científics sobre os principis eventos dversos ocorridos n UTI e s medids que devem ser desempenhds pr prevenir e/ou reduzir ocorrênci de erros e que vism grntir segurnç do pciente. Pode-se observr que de tods s ocorrêncis de erros e eventos dversos dentro d UTI, à miori são de competênci d enfermgem e estão ligds medicmentos, registros nos prontuários e principlmente relizção de procedimentos. Os profissionis d enfermgem devido à ssistênci diret o pciente são responsáveis pel mnutenção de su segurnç. No entnto, o desprepro e flt de conhecimento dos profissionis fzem com que grntir ess segurnç sej um grnde desfio. Por esse motivo, s recomendções mis importntes observdos consistem n comunicção, n cpcitção e n conscientizção dos profissionis sobre os erros e eventos dversos, com finlidde de preveni-los e/ou reduzi-los. Dinte disso, conclui-se que existem inúmers flhs n ssistênci de enfermgem que colocm em risco segurnç do pciente, e nesse sentido, esperse que este trblho poss contribuir pr identificr esses erros, e ssim, melhorr qulidde d ssistênci, e que de fto, os profissionis d enfermgem possm grntir um cuiddo seguro os pcientes hospitlizdos n UTI. REFERÊNCIAS ALVES, K. Y. A. et l. Segurnç do pciente n terpi intrvenos n unidde de terpi intensiv. Revist de Pesquis: Cuiddo é Fundmentl Online, [S.l.], v. 8, n. 1, p , jn Disponível em < Acesso em: 12 jul BARBOSA, T. P.; OLIVEIRA, G. A.; LOPES, M. N.; POLETTI, N. A.; BECCARIA, L. M. Prátics ssistenciis pr segurnç do pciente em unidde de terpi intensiv. Act Pul Enferm., v. 27, n. 3, p , Disponível em < Acesso em: 15 jul 2017.
18 184 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. BECCARIA, L. M. et l. Eventos dversos n ssistênci de enfermgem. Revist Brs. Ter. Intensiv, v. 21, n. 3, p , Disponível em < Acesso em: 03 gost BROOME, M. E. Integrtive literture reviews for the development of concepts. In: RODGERS, B. L.; CASTRO, A. A. Revisão sistemátic e met-nálise. 2006, p.24. CAPUCHO, H. C.; CASSIANI, S. H. B. Necessidde de implntr progrm ncionl de segurnç do pciente no Brsil. Rev. Súde Públic, v. 47, n. 4, p , Disponível em < Acesso em: 14 gost CARVALHO, V. D enfermgem hospitlr um ponto de vist. Esc Ann Nery Rev Enferm, v. 13, n. 3, p , Disponível em < Acesso em: 01 gost CAVALCANTE, A. K.C. B.; ROCHA, R. C.; NOGUEIRA, L. T.; AVELINO, F. V. S. D.; ROCHA, S. S. Cuiddo seguro o pciente: contribuições d enfermgem. Revist Cubn de Enfermerí, v. 31, n. 4, p. 1-7, Disponível em < Acesso em: 20 gost COSTA, T. D. d. Avlição do cuiddo de enfermgem n perspectiv d segurnç do pciente em Unidde de Terpi Intensiv: n visão de profissionis, pcientes e fmilires, 157f, Tese doutordo em enfermgem. Universidde Federl do Rio Grnde do Norte. Centro de Ciêncis d Súde. Progrm de Pós-Grdução em Enfermgem. Ntl, RN, Disponível em: < Acesso em: 15 gost DIAS, J. D.; MEKAARO, K. S.; TIBES, C. M. dos S.; ZEM-MASCARENHAS, S. H. Compreensão de enfermeiros sobre segurnç do pciente e erros de medicção. REME-Rev Min Enferm., v. 18, n. 4, p , out-dez Disponível em: &nextaction=lnk&exprserch=26745&indexserch=id>. Acesso em: 25 gost de DUARTE, S. d C. M. et l. Eventos dversos e segurnç n ssistênci de enfermgem. Rev. Brs. Enferm., Brsíli, v. 68, n. 1, p , Feb, Disponível em: < lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 gost FREITAS, J. S.; SILVA, A. E. B. C.; MINAMISAVA, R.; BEZERRA, A. L. Q.; SOUSA, M. R. G. Qulidde dos cuiddos de enfermgem e stisfção do pciente tendido em um hospitl de ensino. Rev. Lt.-Am. Enferm., v. 22, n. 3, p , 2014.
19 185 Frnciele Ferreir d Cruz, et l. Segurnç do pciente n UTI: um revisão d litertur. Disponível em: pdf>. Acesso em: 18 gost GONÇALVES, L. A. Segurnç do pciente em unidde de terpi intensiv: crg de trblho de enfermgem e su relção com ocorrênci de eventos dversos e incidentes, 163f, Tese doutordo. Escol de enfermgem d Universidde de São Pulo, São Pulo, Disponível em < Acesso em: 16 gost GONÇALVES, L. A.; ANDOLHE, R.; OLIVEIRA, E. M.; BARBOSA, R. L.; FARO, A. C. M.; GALLOTTI, R.M.D.; PADILHA, K. G. Alocção d equipe de enfermgem e ocorrênci de eventos dversos/incidentes em unidde de terpi intensiv. Rev Esc Enferm, USP, v. 46, p. 71-7, Disponível em: < Acesso em: 17 gost MELLO, J. F. de; BARBOSA, S. de F. F. Cultur de segurnç do pciente em Terpi Intensiv: Recomendções d Enfermgem. Texto Contexto Enferm, Florinópolis, v. 22, n. 4, p , out-dez Disponível em: < Acesso em: 16 julh MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrtiv: método de pesquis pr incorporção de evidêncis n súde e n enfermgem. Texto Contexto Enfermgem, Florinópolis, v. 17, n. 4, p , out./dez Disponível em: < Acesso em: 28 julh NOVARETTI, M. C. Z.; SANTOS, E. de V.; QUITÉRIO, L. M.; DAUD-GALLOTTI, R. M. Sobrecrg de trblho d Enfermgem e incidentes e eventos dversos em pcientes interndos em UTI. Rev Brs Enferm., v. 67, n. 5, p.692-9, set-out Disponível em < Acesso em: 19 jul REASON, J. T. Humn error. 20 ed. New York: Cmbridge University Press, p. ROQUE, K. E.; TONINI, T.; MELO, E. C. P. Eventos dversos n unidde de terpi intensiv: impcto n mortlidde e no tempo de internção em um estudo prospectivo. Cd. Súde Públic, Rio de Jneiro, v. 32, n. 10, p. 1-15, out Disponível em: e pdf>. Acesso em: 16 gost SANTIAGO, T. H. R.; TURRINI, R. N.T. Cultur e clim orgnizcionl pr segurnç do pciente em Uniddes de Terpi Intensiv. Rev Esc Enferm USP, v. 49, p , Disponível em < Acesso em: 14 julh SARAIVA, C. O. P.O. Segurnç do pciente em terpi intensiv neontl: identificção e nálise de eventos dversos, 72f, Dissertção Mestrdo.
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