Fernando Pinto compra paz social na TAP com aumento salarial

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1 PUB mobile.economico.pt SEXTA-FEIRA, 19DEFEVEREIRO2010 Nº4822 PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA DIRECTORA-ADJUNTA CATARINA CARVALHO SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA E PEDRO SOUSA CARVALHO Desporto Benfica é o preferido nasbolsasdeapostaspara campeão nacional. P44 Banca Apesar da quebra nos lucros, Caixa vai entregar 250 milhões de euros ao Estado. P40 20 anos do Diário Económico Amanhã estará nas bancas o livro com a história do Económico Descubra 20 conselhos para poupar mais de 15 mil euros Os efeitos da crise ainda não desapareceram, obrigando as famílias a esticar o dinheiro. Saiba como pode aumentar o seu orçamento. Fernando Pinto compra paz social na TAP com aumento salarial O presidente da TAP escreve aos trabalhadores para anunciar aumento de 1,8% a partir de Março. Medida custa 4,3 milhões aos cofres da companhia. Fernando Pinto está a comprar a paz social na TAP ao acordar com sete sindicatos, que representam cerca de funcionários, um aumento salarial de 1,8%. De fora ficam, para já, os trabalhadores da Groundforce e os pilotos, cujo sindicato afirma que está a meio de um processo negocial com a administração. A decisão de aumentar salários acontece, segundo a carta do presidente da companhia, porque é graças ao empenho dos trabalhadores que a TAP está a dar sinais de recuperação. P30 Fazer uma apólice para animais domésticos custa mais de 60 euros. A DECO explica-lhe qual é o melhor regime para declarar os rendimentos no IRS. PROCESSOFACEOCULTA Sócrates diz que nãosedemite por causa do caso TVI PSI 20 IBEX 35 FTSE 100 Dow Jones Euro Brent CONSULTÓRIO FISCAL 0,93% 0,72% 0,92% 0,82% 0,03% 1,99% 7.653, , , , ,76 Coloque as suas questões em As respostas aos leitores na página 16 PUB O primeiro-ministro falou ontem ao País às oito da noite para reafirmar que não tem um plano para controlar a comunicação social e que não se vai demitir. Mas no Parlamento continuam as audições. 4A6 Na Portugal Telecom Comissão de Auditoria pode propor suspensão do administrador Soares Carneiro. Sindicatos prometem parar Saúde e Educação nagrevede4demarço A greve geral da função pública promete afectar essencialmente os sectores da Educação e Saúde. P14

2 2 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 A NÃO PERDER SOCIEDADE ABERTA Marta Rebelo Jurista Daniel Amaral Economista Famílias monoparentais também vão ter subsídio de desemprego reforçado, de acordo com propostas de alteração do PS e do PCP ao projecto do CDS, a votar hoje, que majora em 20% o subsídio devido a casais desempregados. P10/11 Os governos de Portugal e Espanha anunciaram a criação de um grupo de cooperação policial para combater a actividade da ETA. A equipa arranca já na próxima semana, e passará a reunir-se periodicamente. P20 Merkel ataca Goldman Sachs no caso grego. A chanceler alemã diz que seria um escândalo o envolvimento da banca na manipulação das finanças da Grécia, uma acusação de que o Goldman Sachs tem vindo a ser alvo. P24 Parque Expo entra na corrida à reconversão da Baixa do Cairo a convite da respectiva Câmara e do Governo egípcio. A proposta deverá ser entregue até 31 de Março e poderá valer dezenas de milhões de euros. P34/35 A Optimus avançou com saldos nos preços dos smartphones topo de gama iphone, HTC Hero, Blackberry Bold a fim de aumentar o tráfego de dados. A meta da operadora é que as receitas de dados representem em 2010 um terço do total. P36 El Corte Inglés reforça rede de supermercados no Norte de Portugal. Duas novas lojas Supercor serão abertas ainda este ano no Porto e Aveiro. Em 2011 será a vez de Braga e Coimbra. O grupo já explora um grande armazém em Gaia P38 Cinco maiores bancos descem lucros em Portugal. Com um total de milhões de euros em 2009, Santander, BES, CGD, BCP e BPI registaram uma leve descida dos lucros de 0,35% face aos milhões alcançados em P42 Ainda na Babilónia Por extraordinário que me pareça os registos de interesse parecem ser parcos, no actual estado das coisas, Ao fazer o meu, na passada semana, julguei-o completo apenas para perceber, no dia seguinte, a sua incompletude. Por estes dias, o tácito não vale. Venha, então, o expresso. Sou contra a realização de eleições antecipadas. A minha contrariedade é ainda maior no que toca à peregrina teoria da substituição régia: José Sócrates sairia para dar lugar a um proeminente socialista que fizesse as vezes de primeiro-ministro. Parece que já ninguém se lembra dos resultados da regência de Ou que mais uma vez alguns desvalorizam essa pérola que é a eleição. O nosso país precisa de uma coisa, e uma coisa só: estabilidade. Também aquela que aparece na designação do Pacto de Crescimento. Mas dessa só teremos quando pararmos de brincar a uma espécie de batalha naval em que alguns se divertem a tentar deitar o portaaviões abaixo. E apesar da crise económica, apesar das dificuldades dos portugueses, ainda são muitos os que alimentam esta letargia em que mergulhámos, esperando todos não seibemoquê.poiseuesperogoverno.eoposição. O país precisa que a oposição directa deixe a quadricula da batalha naval e passe ao exel do país real. A eleição de Victor Constâncio para o BCE vem para lá dos jogos de bastidores credibilizar o nosso sistema financeiro. Teixeira dos Santos tem demonstrado ser imbatível nas suas certezas e fintou parcialmente a ditadura das agênciasde rating,queanteadurezadeclamatóriadoministro das Finanças se apressaram a explicar que Portugal não é a Gréciaeanossadívidanãofalagrego.Ocaminhodaordem tem socalcos em todo o seu cumprimento, mas é trilhável. Se colocarmos de parte, seja de vez, seja por agora, esta pandemia de acusações que crescem como cogumelos venenosos para dominar as primeiras páginas. José Sócrates tem um metabolismo resistente. E, apesar do silêncio de Belém, poderá sugerir-se a apropriação do slogan : deixem-me trabalhar. Tendo governo, precisamos também de ter oposição. Não sou militante do PSD, mas não me sinto inibida de produzir opinião. Desagradam-me aqueles que, com demasiados amperes em redor da operação, deixam o pé preso ao chão para a rasteira, e apressam anúncios antes mesmo da queda alheia. Volto a Paulo Rangel, que de cristão-novo vestiu as sebastiânicas vestes da seriedade impoluta, vindo do nevoeiro de Bruxelas. Aguiar Branco viu-se a fazer de fiscal de linha. E só o liberal Passos Coelho parece capaz de derrotar um PSD que jaz já derrotado há tanto tempo, e nem no último fôlego percebe a morte lenta. O país precisa que a oposição directa deixe a quadricula da batalha naval e passe ao exel do país real. Ainda com o caso PT pendente, nova prova da nossa amnésia selectiva. Há cerca de um ano a UE parou de questionar as golden shares, seu prolongado alvo, e que pessoalmente defendo. Os privados falhavam e iludiam, e fomos todos keynesianos. Mas, como este afirmou antes do último suspiro: eu devia ter bebido mais champagne. E sim, eu milito no partido socialista. A saída do euro A crise económica recente, associada a políticas erradas do passado, está a deixar vários países à beira de um ataque de nervos. Portugal é um deles. Não é fácil gerir uma economia onde a produtividade é uma lástima, o endividamentosufocaeodesempregoédeumatalgravidadeque pode redundar em tragédia. Nesta busca desesperada por soluções o tema é incontornável: abandonar o euro poderá ser uma saída? Que consequências poderiam daí advir? Ponto prévio: quando Portugal aderiu ao euro, fê-lo porque em consciência estava interessado nisso e porque respeitou os critérios de convergência exigidos em termos de finanças públicas e de estabilidade de preços. Não vislumbro a mínima razão para que seja expulso. Aliás, nem sequer imagino que entidade poderia fazê-lo: a Comissão Europeia? O Banco Central Europeu? É impossível. Mas nada impede que o faça por vontade própria. Admitamos um cenário de saída, com um euro a valer 200$00 mas objecto de uma desvalorização de 30% logo a seguir. Assumamos ainda para o PIB um valor de 165 mil milhões e uma dívida externa de valor equivalente. Neste caso, o PIB passava a medir-se por 33 mil milhões de contos. Mas, como os 200$00 valiam apenas 0,7 euros, a dívida externa pulava para 47 mil milhões, 43% mais. A primeira consequência era negativa. Mas é no plano social que as comparações devem ser feitas. Do lado das empresas, e uma vez que o preço das exportações baixava, passaríamos a vender mais e a criar mais postos de trabalho: seria óptimo. Mas em termos de poder de compra, e uma vez que o preço das importações subia, os mesmos escudos compravam agora menos coisas e o nível de vida regredia: seria péssimo. Estaremos disponíveis para trocar menos salários por mais emprego? A questão de fundo está aqui. É óbvio que o endividamento tem de ser travado. Mas não consigo imaginar como é que, sem uma ruptura social, vamos alterar os hábitos consumistas a que os portugueses há muito se habituaram. Pois bem, a desvalorização teria esse mérito: através do fenómeno da ilusão monetária, os hábitos seriam mesmo alterados sem que no essencial as pessoas se apercebessem disso. Para um Governo em apuros isto é uma tentação Será que o euro está a mais? OESTADODANAÇÃO Baixa produtividade Produtividade, UE= Zona euro Portugal 04 * Estimativas * d.amaral@netcabo.pt consumismo louco B.T.Correntes, % do PIB Zona euro Portugal Há dez anos, a nossa produtividade por pessoa ocupada era de 61% da média da zona euro. Hoje, após tantos milhões de apoios comunitários recebidos, aquela relação passou para 64%: praticamente não evoluimos nada. Mas soubemos consumir, gastando o que tínhamos e o que não tínhamos. A Europa aguentou-se sem dívidas; nós afogámo-nos em endividamento Fonte: Eurostat * Apostadores online em Portugal contam-seentreos150mileos200mil. Em 2009 terão feito apostas avaliadas em 600 milhões de euros, mais 50% do que em É uma realidade que carece de regulação. P44/45 Pista da Morte em Vancouver faz nova vítima nas Olimpíadas de Inverno. O australiano Duncan Harvey teve de ser hospitalizado após um grave acidente na pista de Whistler Sliding, onde o georgiano Kumaritashvili encontrou a morte. P47 AFRASE Nem o Governo nem eu temos outivemosumplanopara controlar a comunicação social. José Sócrates, primeiro-ministro O primeiro-ministro veio, ontem, esclarecer o país sobre as notícias que dão conta de que o Governo tentou criar um grupo de comunicação social que lhe fosse favorável. A curta declaração política foi feita a partir de S. Bento. P4/5 O NÚMERO 5,3% Esta foi a percentagem da queda do euro face ao dólar desde o início do ano. Os investidores internacionais estão a perder o interesse pela moeda europeia e a maioria dos analistas consideram que esta tendência vai continuar. O que também não deixa de ser uma ajuda para as exportações europeias. P43

3 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 3 A FACE VISÍVEL EDITORIAL Paulo Figueiredo Miguel Coutinho miguel.coutinho@economico.pt A POLÍTICA UM FAIT DIVERS CHAMADO BUSTO Um amigo meu costuma dizer que a política destrói valor. O escritor brasileiro Carlos Heitor Cony di-lo de outra forma: Não fosse a política, todos poderíamos ser melhores. Não partilho deste radicalismo sobre a política, mas, os últimos dias confirmam que ela é uma das mais poderosas armas de extermínio de amizades. O que sucedeu entre Paulo Rangel e José Pedro Aguiar Branco não parece ter regresso. E o que aconteceu entre Mário Soares e Manuel Alegre já deu frutos que estão longe de exprimir os melhores sentimentos. O patrocínio da ala soarista à candidatura de Fernando Nobre independentemente das suas evidentes qualidades, é, sobretudo, a expressão de uma inimizade. A política não se faz de boas maneiras. É, sim, um trilho acidentado e impróprio para ingénuos. Entre escutas, buscas e audições, os portugueses inventaram um novo passatempo quem é a mulher dos nossos dias que poderia inspirar o busto da República? A carga no país é, de facto, muito negativa: os Ídolos acabaram, o desemprego continua a aumentar e até o Luís Figo está a ser investigado. Ora, o tema do busto da República é bem capaz de trazer algumas alegrias ao bom povo macambúzio em última análise, estamos a falar de uma mulher em topless Num programa matinal de rádio, o debate está aceso. Um ouvinte avança com o nome de Lili Caneças. Risada geral. Chego ao escritório e leio uma entrevista da comentadora de TV (claramente uma profissão de futuro) no Correio da Manhã. Lili conta que o avô, para a adormecer, lhe lia livros doguerrajunqueiroescritosdoalém.nãoseisetemosbustomasqueestamulher é um extraordinário fait divers, lá isso é Mais vale viver uma crise política do que viver em crise todos os dias, Pedro Passos Coelho, no Público Não podemos fazer a política de consensos moles, Paulo Rangel, no i No PSD, os candidatos sobem a parada. A provar que, ao contrário do que dizia Getúlio Vargas, a política não se limita a esperar ocavalopassar. Combater as baixas fraudulentas Ocombateàfraudeeevasão fiscais é para continuar, mas já não dá os resultados espectaculares dos últimos anos. Por isso, o Governo decidiu apostar noutra área. Ontem foi apresentado o plano de combateàfraudeeevasãoda Segurança Social. A meta apontadaparaesteanoéde recuperar 705,7 milhões de euros, 630,7 milhões provenientes da fiscalização às empresas e aos beneficiários e 75 milhões resultantes de acordos extraordinários com grandes devedores. Neste plano enquadram-se algumas medidas que podem ser consideradas da mais elementar justiça, como sejam a fiscalização dos beneficiários do rendimento social de inserção, subsídio de desemprego e baixas por doença, onde são frequentemente apontadas irregularidades grosseiras. Ainda assim, é nas dívidas das empresas que deverá ser recuperada a maior parte da verba anunciada, cerca de 400 milhões de euros. O combate à fraude é sempre importante, por melhorar a equidade social, mas também por canalizar mais dinheiro para os cofres do Estado, o que é particularmente significativo num momento difícil como o actual, em que o número de desempregados já ultrapassa os 560 mil. A fiscalização de fraudes nas baixas por doença, no subsídio de desemprego enorendimentosocial de inserção é da mais elementar justiça. PUB

4 4 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 DESTAQUE ESCUTAS DO PROCESSO FACE OCULTA Sócrates firme no Governo e sem nada a temer Numa declaração ao país, o primeiro-ministro desmentiu conhecer negócio da TVI e acusou a oposição de insulto. Márcia Galrão e Lígia Simões marcia.galrao@economico.pt Não tenho nada a temer, disse ontem José Sócrates numa declaração ao país, em que garantiu que não será agora, como não foi no passado, que uma sucessão de rumores o fará desviar da responsabilidade que o povo lhe confiou. Qualquer hipótese de demissão ficou assim totalmente afastada, com o primeiro-ministro a aproveitar ainda para desmentir, uma a uma, todas as acusações de que tem sido alvo. A oposição ergueu-se em coro a dizer que as explicações não foram suficientes e nada acrescentam ao que Sócrates já tinha dito. Numa curta declaração, em São Bento, sem direito a perguntas, o primeiro-ministro negou alguma vez ter dado qualquer indicação à PT ou administradores da PT para adquirirem a TVI ou qualquer outra empresa de comunicação social. E disse ainda que não passa de uma falsidade a ideia dequeogovernotenhaoutivesse um plano para controlar os media, acreditando que os portugueses são testemunhas de que, em Portugal, há uma comunicação social livre. Aos que têm usado a violação do segredo de justiça como arma de arremesso pessoal deixou a acusação: São aqueles que parecem ter-se desinteressado do país para se concentrarem no insulto. Ao primeiroministro, o que o move, garantiu, é contribuir para a estabilidade, assegurar governação e conduzir o país para a recuperação económica. Pinto Monteiro convoca reunião O Conselho Superior do Ministério Público vai realizar uma reunião no dia 2 de Março, para esclarecer várias questões jurídicas. Este é o teor da convocatória que o procurador geral da República. Fonte do Conselho, disse ao Diário Económico, que aquele é o único ponto de agenda para a reunião marcada por Pinto Monteiro, no âmbito da sessão plenária extraordinária do órgão a que Nunca, nem eu próprio, nem o Governo, demos qualquer indicação à PT para adquirir a TVI. Nem o Governo, nem eu próprio temos outivemosumplano para controlar a comunicação social. Condeno as violações do segredo de justiça e a divulgação ilegal de escutas. Faço-o não por causa do seu conteúdo, não tenho nada a temer, masporqueécontra a privacidade e funcionamento da Justiça. Nãoseráagora,como não foi no passado, que uma sucessão de rumores, me fará desviar da responsabilidade que o povo me confiou. José Socrates Primeiro-ministro preside. A mesma fonte afasta, no entanto, que seja abordado o tema das escutas da Face Oculta. E justifica com o facto de se tratar de um órgão sem competência jurisdicional. É um órgão de gestão e disciplina dos juízes, afirma, descartando que o tema seja o das decisões no caso das escutas do processo Face Oculta que interceptaram conversas do primeiro-ministro, José Sócrates. PGR diz que Sócrates desconhecia plano As explicações de Sócrates surgem no mesmo dia em que a Lusa garante que o procuradorgeral da República considerou no seu despacho sobre as escutas do caso Face Oculta que, nas referências feitas ao primeiro-ministro, não existe uma só menção de que Sócrates tenha proposto, sugerido ou apoiado qualquer plano de interferência na comunicação social. No mesmo despacho, segundo fonte conhecedora do processo, Pinto Monteiro refere que dessas escutas não resulta sequer que o primeiro-ministro tenha proposto, sugerido ou apoiado a compra pela PT de parte do capital da PRISA [que detém a TVI], tal como não se mostram claras as circunstâncias em que teve conhecimento do alegado negócio. Pelo contrário, o PGR considera que há informação de descontentamento do primeiro-ministro por não saber da alegada operação. Pinto Monteiro não decidiu sozinho, salientou, por outro lado, ao Diário Económico um magistrado, acrescentando que a decisão de arquivar estas escutas foi suportada por uma equipa de magistrados. Ainda assim, garante, o PGR está atento e a acompanhar a situação, ou seja, desenvolvimentos face à divulgação das escutas no Sol. Numa entrevista à revista Visão, é o próprio Pinto Monteiro que diz ter uma leitura oposta à do magistrado de Aveiro encarregue do processo Face Oculta, que sustenta que há indícios muito fortes da existência de um plano do Governo visando o controlo da TVI. Tenho muita consideração pelo senhor procurador de Aveiro, que é um bom magistrado, mas, obviamente, como PGR, não estou obrigado a concordar com as suas opiniões jurídicas, afirmou Pinto Monteiro. Reitera, ainda, que não encontrou bem como os magistrados que com ele trabalham indícios que apontem para o crime de atentado ao Estado de Direito. Um crime, diz, que não foi certamente previsto para casos como este. Para Pinto Monteiro toda a polémica em torno deste caso é meramente política. Numa curta declaração, em São Bento, sem direito a perguntas, o primeiro-ministro negou alguma vez ter dado qualquer indicação à PT ou administradores da PT para adquirirem a TVI ou qualquer outra empresa de comunicação social. Luís Figo está re Futebolista apresentou queixa contraautoresdanotíciaqueo envolve no caso Face Oculta. Filipe Alves filipe.alves@economico.pt O futebolista Luís Figo voltou ontem a garantir que não recebeu 750 mil euros da Portugal Telecom ou da TagusPark, por intermédio do antigo administrador Rui Pedro Soares, em troca do seu apoio ao PS nas últimas eleições legislativas. Sou acusado de uma coisa que não tem qualquer sentido. Para mim é estranho. Fiquei surpreendido ao ver o meu nome envolvido em toda esta situação, porque a única coisa que tenho é um contrato de imagem com uma empresa, afirmou Figo, confirmando que tem um contrato pessoal, a nível de imagem, com a Tagus- Park. Uma coisa é o meu apoio como cidadão a uma campanha eaoutraéavertenteprofissional em que tenho diversos contratos,comosempretiveaolongo dos últimos dez anos. Não sei oporquêdequereremenvolver as duas situações, afirmou ainda, acrescentando que já apresentou queixa contra a imprensa responsável pela publicação da notícia em questão. Fonte próxima ao jogador

5 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 5 PONTOS-CHAVE José Sócrates, numa declaração ao país, afastou qualquer hipótese de demissão e aproveitou para desmentir todas as acusações de que tem sido alvo. A Comissão de Auditoria da PT poderá suspender o administrador Fernando Soares Carneiro, se concluir que este actuou de forma desleal ou pôs em causa o bom nome da empresa. As audições prosseguiram ontem na comissão de Ética, no Parlamento, com Arons de Carvalho e António Costa. Hoje será a vez de Felícia Cabrita e Armando Vara. António Cotrim/Lusa Soares Carneiro arrisca suspensão pela comissão deauditoriadapt voltado com suspeitas disse, ao Diário Económico, que Figo tem um contrato com a TagusPark, a nível de imagem, masnãocomapt,aocontrário do que foi noticiado. A mesma fonte disse ainda que se trata de um contrato com duração de um ano, renovável por outros dois, mediante o qual o jogador receberá 350 mil euros. O contrato foi aprovado e finalizado em Junho e assinado em Agosto de 2009, iniciando os seus efeitos nessa altura. Prevê que a TagusPark possa utilizar o nome e imagem do Luís Figo em anúncios em televisão e rádio, publicidade exterior, anúncios na imprensa escrita, materiais promocionais e informativos de Luís Figo Futebolista e empresário Uma coisa é o meu apoio como cidadão a uma campanha e a outra é a vertente profissional, afirmou ontem o antigo internacional, à Lusa. apoio aos pontos de venda, como expositores, cartazes, brochuras e prospectos ou folhetos informativos e Internet, disse o responsável. Noâmbitodopatrocínio, Luís Figo tem ainda de uma vez por ano disponibilizar um dia completo para a gravação de anúncios e sessões fotográficas. Um destes anúncios já está terminado e foi ontem divulgado na Internet O Diário Económico voltou a tentar ontem contactar Américo Thometi e João Carlos Silva administradores não executivos da TagusPark, mas não obteve respostaatéàhoradefecho desta edição. Granadeiro e Zeinal também serão ouvidos pelo órgão de fiscalização, que tem poder para suspender administradores. Filipe Alves fiilipe.alves@economico.pt A Comissão de Auditoria da Portugal Telecom (PT) poderá suspender o administrador Fernando Soares Carneiro, se concluir que o responsável actuou de forma desleal para com a operadora ou pôs em causa o seu bom nome, no âmbito do escândalo à volta da tentativadecompradatvi. Desta forma, se Soares Carneiro - que não dá sinais de querer seguir o exemplo do demissionário Rui Pedro Soares - permanecer em funções, poderá acabar suspenso pela comissão de auditoria, se esta entender que violou o código de ética da PT, que estipula que todos os colaboradores do grupo devem empenhar-se em salvaguardar a credibilidade e boa imagem [da PT] em todas as situações, bem como em garantir o seu prestígio. E após a suspensão, que terá efeitos imediatos, os accionistas da empresa poderão pedir a sua destituição em assembleia-geral ou em tribunal. Fontes contactadas pelo Diário Económico afirmam que a comissão deverá avaliar, antes de mais, se Rui Pedro Soares e Fernando Soares Carneiro prejudicaram o bom nome da PT ao tentarem travar a publicação das alegadas escutas pelo Sol com recurso a providências cautelares. No entanto, sendo o órgão de auditoria dotado de um mandato mais amplo, deverá investigar também o comportamento de outros gestores referidos nas alegadas escutas divulgadas pelo Sol, como Zeinal Bava e o próprio chairman Henrique Granadeiro. A comissão pode decidir ouvir quem entender. É um órgão completamente autónomo, salientou uma das fontes contactadas. Os dois gestores deram a cara pelo negócio em várias ocasiões ao longo do último ano e, em todo o caso, a decisão formal de compra da TVI seria da sua responsabilidade. Em teoria, a comissão de auditoria poderá igualmente suspender-lhes os mandatos, se concluir que houve violação do código de ética da empresa. Não há dúvidas que a comissão de auditoria tem competências para decidir a suspensão de administradores, disse, ao Diário Económico, Paulo Olavo Cunha, professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica. O especialista em direito societário afirma que esta competência está prevista no Código das Sociedades Comerciais (CSC), realçando que será a comissão de auditoria, depois do inquérito interno, que irá concluir se é do interesse da sociedade a suspensão de determinado administrador. A intervenção da comissão de auditoria, composta por João Mello Franco (presidente), Xavier Basto e Mário Gomes, foi solicitada por Henrique Granadeiro ezeinalbava, chairman epresidente-executivo da PT, respectivamente. Em declarações à Lusa, os dois responsáveis afirmaram que a operadora vai desencadear mecanismos internos para apurar factos relevantes relacionados com as escutas do caso Face Oculta. Certo é que Soares Carneiro continua debaixo de fogo. Ontem, a comissão de trabalhadores da PT pediu a renúncia do gestor, a menos que desminta as notícias sobre o seu alegado envolvimento num plano para controlar a TVI. Já o presidente da Caixa, Faria de Oliveira, que controla cerca de 7,28% da PT, defendeu ontem que a eventual renúncia de Soares Carneiro é uma opção pessoal. O responsável garantiu ainda que o banco público não tem conhecimento suficiente para falar sobre a compra da TVI pela PT. Não foi possível obter esclarecimentos de Soares Carneiro até ao fecho da edição. Também o chairman da PT, Henrique Granadeiro, e o presidente da comissão de auditoria, João Mello Franco, não estiveram disponíveis para prestar qualquer comentário. com L.S. PODERES DA COMISSÃO Decidir a eventual suspensão de administradores que actuem de forma desleal para com a empresa, ou ponham em causa a sua boa imagem e credibilidade. Fiscalizar o processo de preparação e divulgação de informação financeira. Verificar a exactidão dos documentos de prestação de contas.

6 6 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 DESTAQUE DESTAQUE ESCUTASDOPROCESSOFACEOCULTA Arons nega interesse do Governo na compra da TVI António Costa rejeitou as acusações de que a notícia do Diário Económico sobre o interesse na Telefónica na Prisa teria sido plantada para servir o interesse da PT. Fotos : Paula Nunes O socialista e António Costa rejeitaram a existência pressões políticas nas redações. Catarina Madeira catarina.madeira@economico.pt Arons de Carvalho manifestou dúvidas sobre a legalidade da forma como o Jornal Nacional de sexta-feira foi retirado do ar. A ideia de que era necessário que a PT comprasse a TVI para acabar com o Jornal Nacional é falsa. Afinal, o noticiário de sexta-feira acabou sem que o negócio se concretizasse. Foi este o argumento que Arons de Carvalho usou para desmontar as notícias sobre um alegado plano do Governo para controlar a estação de televisão. O ex-secretário de Estado de António Guterres falava na Comissão de Ética, no Parlamento, onde foi ouvido a seguir ao director do Diário Económico, António Costa. Arons de Carvalho recuperou as críticas ao jornal apresentado por Manuela Moura Guedes, acusando-o de ter como objectivo a perseguição directa ao primeiroministro e de ser o exemplo de: Um tipo de jornalismo que nunca pensei ser possível num país como o nosso. O socialista que chegou a ter a tutela da RTP manifestou, porém, dúvidas sobre a legalidade da forma como o noticiário foi retirado do ar, já que, ao contrário do que deveria ter acontecido, a decisão foi tomada pela administração e não pela direcção de informação. Confrontado pelo deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, com as acusações que Sócrates lançou sobre a TVI e o jornal Público no último congresso do PS, Arons de Carvalho respondeu: Isto chegou a um ponto tal de pouca vergonha e falta de limites que é natural que uma pessoa não se contenha. Antes, na mesma sala, António Costa tinha criticado a atitude do primeiro-ministro deitou-se na cama que fez, elegendo a comunicação social como alvoquandoessenãoéoalvo e garantiu perante os deputados que recordaram as acusações de José Manuel Fernandes quanto a uma alteração da orientação editorial do Diário Económico depois de ter sido comprado pela Ongoing que em nenhum momento, o presidente da Ongoing condicionou a linha editorial da publicação. Questionado, pelos vários grupos parlamentares, sobre a veracidade eaintençãodanotícia que dava conta do interesse da Telefónica na Prisa, António Costa defendeu que a notícia não pretendia servir os interesses da PT e sublinhou que o melhor barómetro da independência do jornaléomercado.emresposta à pergunta, várias vezes repetida por Mário Crespo e José Manuel Fernandes, sobre a origem da Ongoing, o director defendeu que o grupo não é um páraquedista no sector da comunicação social. Críticas a Mário Crespo A intervenção de Mário Crespo no primeiro dia das audições mereceu várias críticas. Arons de Carvalho acusou o jornalista de ter solicitado a sua intervenção no canal público de televisão, na altura em que a RTP estava sob a sua tutela. À margem das audições, também o ex-dirigente do CDS- PP, António Lobo Xavier criticou o espectáculo de Mário Crespo, que acusou de ter dado uma triste imagem e de ter sido um desrespeito ao Parlamento, quando no dia anterior distribuiu fotocópias e exibiu uma t-shirt perante os deputados. Ainda na sequência das primeira audições, a Carat Portugal, uma das agências de meios que trabalha com o Turismo de Portugal, negou ontem ter em algum momento prejudicado ou beneficiado algum órgão de comunicação social a pedido do Turismo de Portugal, rejeitando as acusações do antigo director do Público, sobre uma campanha publicitária em que a instituição teria tentado excluir o jornal. Hoje são ouvidos Felícia Cabrita, a jornalista do Sol autora dos artigos sobre as escutas do processo Face Oculta, e Armando Vara, arguído no processo. Arons de Carvalho defendeu que há uma insuficiência de auto-regulação e de reflexão sobre os limites do jornalismo.

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8 8 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 ECONOMIA Novo leilão de mil milhões de euros de OT O Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) vai realizar, no dia 24 de Fevereiro, um leilão de Obrigações do Tesouro, no montante de mil milhões de euros. A taxa de juro será de 3,35% e o prazo de maturidade é de Outubro de A última operação realizada, na quarta-feira desta semana, foi de mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro, com maturidade de 12 meses. De acordo com dados do instituto de Alberto Soares, a operação foi bem sucedida, com uma procura de 2,19 mil milhões de euros. Segurança Social fiscaliza 90 mil desempregados este ano Aumento do desemprego e alargamento das condições de acesso ao subsídio ajudam a explicar a necessidade de apertar o cerco aos infractores. Paula Cravina de Sousa e Cristina Oliveira da Silva paula.cravina@economico.pt A aposta na inspecção aos desempregados pode ser explicada pelo cenário de crise, que fez aumentar o número de pessoas sem trabalho e logo a necessidade de perceber se há ou não um uso abusivo desta prestação. Helena André Ministra do Trabalho Helena André sublinhou ontem na apresentação do plano de combate à fraude e evasão da Segurança Social a necessidade de haver confiança no sistema público de Segurança Social. São 90 mil os desempregados que vão ser fiscalizados este ano pelos serviços da Segurança Social, segundo o plano de combate à fraude e evasão apresentado ontem no Ministério do Trabalho. O organismo, liderado por Helena André, não forneceu o número de fiscalizações feitas aos beneficiários do subsídio de desemprego no ano passado, não permitindo por isso fazer uma comparação. Os últimos dados disponíveis, referentes a 2007, mostram que mais de 85 mil beneficiários viram o seu subsídio de desemprego interrompido, por via tanto das fiscalizações como também do cruzamento de dados, o que equivalia a um montante de 62,1 milhões de euros pago indevidamente pela Segurança Social. Estas 90 mil acções de controlo a fazer este ano serão feitas através do cruzamento de dados com o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), estando previstas mais sete mil fiscalizações domiciliárias (a serem feitas a desempregados e a pessoas que recebam subsídio de doença). A aposta na inspecção aos desempregados pode ser explicada pelo cenário de crise, que fez aumentaronúmerodepessoassem trabalho e logo a necessidade de perceber se há ou não um uso abusivo desta prestação. Além disso, houve um alargamento do subsídiosocialdedesemprego-para famílias com baixos rendimentos - em seis meses e este ano o tempo exigido para ter acesso a subsídio de desemprego vai descer em três meses. O organismo liderado por Helena André também não explicou o motivo desta aposta na fiscalização do subsídio de desemprego. Segundo os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego situou-se nos 9,5%noanopassado,omaiorvalordesdeo25deAbril.Easperspectivas para este ano continuam a não ser animadoras: de acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, mais de 560 mil pessoas estavam à procura de emprego em Janeiro, o que confirma que a tendência de subida de desemprego ainda não acabou. Com o apertar do cerco aos desempregados, o Governo prevê apurar 60,5 milhões de euros pagos indevidamente, isto é, o uso abusivo do subsídio de desemprego custa aquele montante aos cofres do Estado. O secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, explicou ontem em conferência de imprensa que o objectivo deste controlo é, não só, apanhar o abuso das prestações, mastambémintroduzirumamoralização no sistema. Rendimento de inserção e baixas fraudulentas Além dos desempregados, também os beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) vão seralvodeumaatençãoespecial por parte dos inspectores do Ministério do Trabalho, que planeiam fiscalizar 40 mil beneficiários este ano, face aos inspeccionados no ano passado. Os beneficiários do RSI vão ter mais mecanismos de controlo a partir deste ano. Serão notificados uma vez por ano para declararem às autoridades todos os rendimentos ganhos e que não sejam detectados automaticamente pelos sistemas,comoéocasoderendimentos patrimoniais. Além disso, vão ter também uma avaliação semestral para recalcular o valor da prestação a receber. No que respeita às baixas por doença fraudulentas foram convocadas quase 295 mil pessoas no ano passado, o que corresponde a 99% das chamadas baixas convocáveis, isto é, superiores a 30 dias. Por esta via, deixaram de se pagar 16,4 milhões de euros indevidamente. O objectivo para este ano é convocar todos. Além dos beneficiários, a Segurança Social prevê inspeccionar 11 mil contribuintes, entre empresas e trabalhadores independentes e instaurar processos-crime, com o que deverá arrecadar mais de 630 milhões de euros. DÍVIDAS 1. Segurança Social cobra 371,1 milhões de dívida O Ministério do Trabalho e da Segurança Social conseguiu cobrar 371,1 milhões de euros que estavam em dívida no ano passado. Para este ano o objectivo é de 400 milhões. A este montante somam-se ainda os 53,9 milhões de euros encontrados em falta através da fiscalização a contribuintes, 81 milhões conseguidos com acordos prestacionais e 87,7 milhões apurados através da investigação criminal. 2. Contribuintes deviam 3,7 mil milhões de euros em 2008 A dívida total da Segurança Social era de 3,7 mil milhões de euros em 2008, sendo que 3,3 mil milhões correspondem a empresas e trabalhadores independentes e 432 milhões que correspondem a prestações indevidamente pagas aos beneficiários. O valor de 2009 não foi avançado pelo secretário de Estado, Pedro Marques, remetendo a resposta para a Conta da Segurança Social de 2009, que deverá sair em breve. 3. Pagamento de dívidas mais fácil para 60 mil contribuintes As empresas em dificuldades terão a partir deste ano novos mecanismos que facilitam o pagamento das dívidas. Haverá um alargamento dos prazos de pagamento a prestações, para 120 prestações e haverá um regime excepcional de redução da taxa de juro de mora. Com este regime o ministério espera conseguir celebrar este ano 60 mil acordos de pagamento a prestações com as empresas. Em Janeiro eram 560 mil os desempregados inscritos nos centros de emprego do IEFP. TRÊS PERGUNTAS A... LUÍS PAIS ANTUNES Ex-secretário de Estado do Trabalho do Governo de Durão Barroso A fiscalização é positiva se não criar entraves

9 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 9 EURO face ao dólar PETRÓLEO valor em dólares TAXA EURIBOR a seis meses AGENDA DO DIA O Banco de Portugal divulga hoje os indicadores de conjuntura. 1, ,71 0,963 O ministro da Agricultura, António Serrano, e a ministra da Saúde, Ana Jorge, são hoje ouvidos no Parlamento no âmbito da proposta de Orçamento do Estado. Paulo Alexandre Coelho Gestores de empresas na mira da Previdência Ministério do Trabalho vai responsabilizar administradores pelas dívidas da empresa. Paula Cravina de Sousa e Cristina Oliveira Silva paula.cravina@economico.pt Este ano 13 mil gestores e administradores de empresas deverão ser notificados pelas dívidas que as empresas pelas quais são responsáveis têm à Segurança Social. O valor avançado pelo secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, mais do que duplica face aos seis mil avisos feitos no ano passado. O responsável explicou que este será mais um mecanismo para tentar cobrar as dívidas o mais rapidamente possível, a par de outros instrumentos como a penhora do património da empresa. A reversão está prevista na lei e pressupõe a possibilidade de os administradores e gestores serem responsabilizados pelas dívidas que as suas empresas têm. A dívida reverte para o administrador quando as empresas não têm bens penhoráveis suficientes para pagar o valor da dívida. Este mecanismo tem sido muito utilizado pela Administração Fiscal. Em Agosto de 2008, o Fisco lançou a Operação Resgate Fiscal com o objectivo de detectar os impostos desviados por empresas infractoras como as retenções feitas a trabalhadores em sede de IRS e IVA não entregue ao estado. Neste âmbito, estão abrangidos cerca de 16 mil gerentes e administradores de empresas devedoras. Com esta operação o organismo de Azevedo Pereira conseguiu arrecadar 507,7 milhões de euros. de produção. A ministra do Trabalho, Helena André, frisou que se vive uma crise económica aguda e é fundamental que se verifiquem os fundamentos do lay-off. Este controlo deverá ser feito tendo em atenção o sector em que trabalha a empresa, a dimensão da mesma e a região, explicou a responsável. Os grandes devedores também estão previstos no plano de combateàfraudeeosacordos com aquelas empresas deverão render este ano 75 milhões de euros aos cofres do Estado. ADMINISTRADORES 13 mil Haverá um reforço da utilização do mecanismo de responsabilização dos gestores pelas dívidas das empresas. Serão notificados 13 mil administradores. GRANDES DEVEDORES 75 milhões Os acordos com os grandes devedores deverão render à Segurança Social 75 milhões de euros este ano. O ex-secretário de Estado do Trabalho defende o reforço da fiscalização mas diz que esta não pode servir para criar entraves burocráticos no acesso e manutenção das prestações. O Governo vai reforçar a fiscalização do subsídio de desemprego. Faz sentido apostar mais nesta área? Fiscalização é sempre boa e nós temos aqui, tradicionalmente, um défice. Mas não podemos tapar o sol com a peneira. Grande parte dos incumprimentos devem-se à situação económica das empresas e das pessoas. A fiscalização é boa desde que não seja uma formadecriarmaisentraves burocráticos ao acesso e à manutenção desse benefício. Há pouco tempo, multiplicou-se o número de obrigações de apresentação dos beneficiários como forma de facilitar a eliminação das pessoas do registo... Nesse caso, o que é quesepodefazeralém da fiscalização? Fiscalização, sim, mas acompanhada de medidas de estímulo à actividade económica, como, por exemplo, não aumentar taxas contributivas ou não aplicar o Código Contributivo tal como está previsto. O Orçamento do Estado facilita o pagamento de dívida em prestações. É o suficiente para regularizar a situação? Facilita mas estamos a empurrar o problema. Em alguns casos, o incumprimento deve-se ao aproveitamento da situação, noutros é uma questão de impossibilidade. Na maioria dos casos, essa possibilidade de alargamento vai beneficiar um grupo relativamente limitado de devedores. Empresasem lay-off debaixo de olho Outro dos grupos a fiscalizar são as empresas em lay-off. A meta para 2010 prevê o controlo de 20% dos processos em curso e que vai incidir na verificação do fundamento para o lay-off além da verificação do pagamento das prestações para a Segurança Social e o pagamento da compensação aos trabalhadores. O mecanismo de redução ou suspensão de horário tem sido muito utilizado nesta altura de crise e afecta sobretudo empresasdemão-de-obraintensiva, que se confrontam com quebras

10 10 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 ECONOMIA CONJUNTURA Indicador de actividade económica melhorou em Dezembro, apesar da confiança cair De acordo com os indicadores de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística, o indicador de actividade da economia portuguesa melhorou em Dezembro para -1,7%, mantendo a tendência positiva. Contudo, os dados disponíveis para o clima económico mostram uma degradação em Janeiro, à semelhança do que já tinha acontecido em Dezembro do ano passado. A confiança dos consumidores também piorou, pelo terceiro mês consecutivo, com o medo de perder o emprego a aumentar. Lisboa é a única região do país com riqueza acima da média da UE. RIQUEZA Região de Lisboa é a única portuguesa com PIB por habitante acima da média europeia A região de Lisboa tem um produto interno bruto (PIB) por habitante de 104,7%, ligeiramente acima da média europeia (100%). Todas as outras regiões portuguesas têm um PIB abaixo da média, mostram os dados divulgados ontem pelo Eurostat, referentes a O PIB per capita português corresponde a 75,6% da média da UE e a região com um nível de riqueza por habitante mais baixo é o Norte, com 60,3% da média. Londres é a região da UE com PIB per capita mais elevado: 334% da média. Os socialistas querem alargar a majoração do subsídio de desemprego às famílias monoparentais. Famílias monoparentais também vão ter subsídio de desemprego reforçado Projecto do CDS-PP que pretende alargar a protecção no desemprego recebe luz verde hoje. Cristina Oliveira da Silva cristina.silva@economico.pt O PS quer que as famílias monoparentais com filhos também possam ter direito à majoração do subsídio de desemprego. O PCP, aliás, também avançou a mesma proposta de alteração ao projecto dos democratas-cristãos, que deverá ser votado favoravelmente hoje, mas com alterações. O projecto do CDS pretende majorar em 20% o subsídio recebido por casais desempregados e por beneficiários com filhos com deficiência ou doença crónica. Os socialistas deram luz verde ao projecto na generalidade, mas avisaram que iriam exigir mudanças. E ontem avançaram com um projecto de substituição integral do texto, onde excluem a parte final (dedicada aos filhos com deficiência ou doença crónica). Mas acrescentam outro ponto: o PS quer alargar a majoração da prestação de desemprego a famílias monoparentais com filhos que não recebam apoio do outro progenitor. Seria injusto que uma família com acesso apenas a um subsídio de desemprego não tivesse direito à majoração, disse o Jorge Strecht Deputado socialista Para Jorge Strecht, seria injusto que uma família com acesso apenas a um subsídio de desemprego não tivesse direito à majoração da protecção, desde que a criança não receba apoio do outro progenitor. deputado socialista acrescentando que, no entanto a criança não pode estar a receber pensão de alimentos do outro elemento. Em caso de família monoparental, o beneficiário terá então direito a uma majoraçãode10%.istoporqueopseo CDS também querem clarificar omontantedonovoapoio:os 20% de majoração propostos pelo CDS só serão atribuídos em caso de casal. No caso de família monoparental, explicou o deputado socialista Jorge Strecht, estará em causa, assim, um aumento de 10% no valor do subsídio. Por outro lado, o PS só aceita a majoração no caso de famílias com filhos. Alterações que não levantam objecções ao CDS: o deputado Pedro Mota Soares explica que a proposta dos socialistas não altera o sentido do projecto original. Aliás, salientou o deputado, o essencial é conseguir que a partir do próximo Orçamento do Estado seja possível dar uma resposta acrescida a quem precisa mais. PS não aceita alterações ao regime jurídico do desemprego O partido que suporta o Governo também não vai dar luz verde a qualquer alteração à lei do subsídio de desemprego e por isso deixa claro que este apoio deve ter um carácter complementar e ser atribuído apenas em Ontem, também deu entrada no Parlamento uma proposta de alteração do PCP, que queria ir mais longe. Além de defender, igualmente, o alargamento da protecção para famílias monoparentais, os comunistas propõem que a majoração seja mais elevada (25%). As regras que vierem a ser aprovadas só entrarão em vigor com o Orçamento do Estado. Estas propostas surgem numa altura em que as consequências da crise continuam a ter consequências nefastas no mercado de trabalho: no quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego subiu para 10,1% (contra 7,8% no período homólogo), diz o INE. Já o Instituto do EmpregoedaFormaçãoProfissional (IEFP) aponta para mais de 560 mil desempregados inscritos nos centros de emprego em Janeiro, o que representa uma subida de 25% em comparação com o mesmo mês de Apesar de esta ser o crescimento mais baixo desde Março, não deixa de ser um sinal de que o desemprego ainda sobe. CASAIS SEM EMPREGO 341,5 mil Em 2008, existiam 341,5 mil pessoas (5,5%), entre os 18 e os 59 anos, a integrar famílias sem empregados, avançam os dados facultados pelo INE. A média anual de 2007 era superior: 352,9 mil (5,7%). TAXA DE DESEMPREGO 10,1% É a taxa de desemprego registada no quarto trimestre. O valor representa uma subida de 2,3 pontos percentuais em comparação homóloga. Em 2009, a taxa cifrou-se em 9,5% (contra 7,6% em 2008), diz o INE.

11 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 11 INDÚSTRIA Preços na produção industrial sobem 1,5% em Janeiro face ao ano passado O índice de preços na produção industrial aumentou 1,5% em Janeiro face ao mesmo período de 2009, influenciado pelo grupo da fabricação de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis, segundo dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. O agrupamento energia registou uma variação homóloga de 8,9%, enquanto a secção de indústrias transformadoras aumentou 1,2%. Em termos mensais, a variação dos preços da indústria foi de 1,3%. O FMI, liderado por Strauss Kahn, separouagréciadocasoportuguês. CRISE FMI diz que Portugal e Espanha têm situações económicas diferentes da Grécia O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou ontem a robustez das instituiçõeseacredibilidade da política de Espanha e de Portugal, que fazem com que estes dois países tenham situações económicas diferentes da Grécia. No que diz respeito a Portugal e Espanha, vemos diferenças em comparação com as outras partes da Zona Euro, afirmou ontem David Hawley, porta-voz do FMI, sobre as possibilidades de contágio dos problemas da Grécia a estes dois países. Mario Anzuoni / Reuters Em que consiste o novo apoio? Apoio entra em vigor com o Orçamento do Estado. O alargamento da protecção no desemprego sempre foi um dos cavalos de batalha da generalidade dos partidos da oposição. Ate porque todos os grupos parlamentares acreditam que a previsão do Governo para a taxa de desemprego (9,8%) é demasiado optimista. Este ano, haverá um novo apoio. Conheça as regras. 1 EM QUE CONSISTE ESTA ALTERAÇÃO? A proposta do CDS hoje votada implica o aumento, em 20%, do subsídio de desemprego para casais desempregados. Hoje, o diploma é votado na comissão do Trabalho e vai integrar algumas alterações propostas pelos socialistas. 2 QUEM TEM ACESSO AO APOIO? Os casais em que ambos os elementos estão desempregados, e por sugestão do PS e PCP as famílias monoparentais em que os filhos não tenham pensão de alimentos do outro progenitor. A proposta inicial do CDS também incluía agregados com filhos com deficiência ou doença crónica, desde que o agregado não tenha outros rendimentos de trabalho. No entanto, a proposta do PS não inclui esta parte. Tudo depende da votação de hoje. 3 QUAL O VALOR DA PRESTAÇÃO DE DESEMPREGO? A majoração é de 20% no caso de casal. Individualmente, cada elemento tem direito a um alargamento do subsídio em 10% (o valor que se aplica no caso de família monoparental). 4 QUANDO PODE O BENEFICIÁRIO COMEÇAR A RECEBER A MAJORAÇÃO? O apoio entra em vigor com o Orçamento do Estado e apenas vigora em 2010 por isso, de acordo com a proposta do PS, não é uma alteração à lei do subsídio de desemprego mas antes um apoio de carácter complementar. A medida vai ser aplicável a quem já recebe prestações de desemprego, mas também abrange futuros beneficiários e desempregados cujo pedido de subsídio esteja em fase de decisão. 5 HÁ MAIS PROPOSTAS EM DISCUSSÃO? Sim, a proposta do CDS também prevê que, sempre que haja concursos públicos para recrutamento, os centros de emprego tenham de contactar os desempregados inscritos com qualificações compatíveis. Mas o PS não vai aceitar esta proposta que diz ser inconstitucional, alegando que os concursos públicos têm regras específicas. PUB

12 12 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 ECONOMIA DESEMPREGO Ministro da Economia defende que é preciso investir mais para combater o desemprego O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse ontem em Aveiro que é preciso mais investimento para combater o aumento do desemprego. O governante falava na cerimónia de assinatura do contrato entre a Douroazul e a Navalria para a construção de um navio-hotel. Apesar de já termos saído da recessão, vivemos ainda uma fase de crescimento muito lento e só a recuperação desse crescimento poderá dar uma resposta sólida e sustentável às dificuldades de emprego, disse à Lusa. Governo quer facilitar o acesso aosapoiosparaapesca. PESCAS Governo aprovou ontem decreto para simplificar acesso a fundos comunitários O Governo aprovou ontem um decreto que pretende simplificar o acesso dos pescadores a fundos comunitários, adiantou a Lusa. Segundo o Executivo, o decreto irá permitir que transitem para o PROMAR as candidaturas aprovadas na sequência da publicação da portaria que reabriu o prazo para apresentação de projectos ao Regime de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e que não puderam ser objecto de decisão final de concessão de apoio por insuficiência de dotação financeira. Paulo Guerrinha O CONSELHEIRO DE FRANÇOIS FILLON QUE É CONTRA A RIGIDEZ ORÇAMENTAL Membro do Conselho de análise económica do primeiro-ministro francês, o economista Jean-Paul Fitoussi, francês de origem tunisina, é também presidente do Observatório das Conjunturas Económicas e professor no Instituto de Estudos Políticos de Paris. É conhecido pela sua posição crítica face à rigidez orçamental e monetária devido aos efeitos negativos sobre o crescimento eemprego. ENTREVISTA JEAN-PAUL FITOUSSI Economista Se a Europa tentar reduzir os défices existe o risco de uma nova recessão O desemprego vai continuar a subir e se os Estados retirarem os apoios haverá uma nova recessão. Mónica Silvares, em Paris monica.silvares@economico.pt Não podemos esperar por uma retoma espontânea da economia, alerta o economista Jean- Paul Fitoussi. Defensor do papel do Estado para evitar uma nova recessão, desaconselha uma subida de impostos e critica a actuação da Comissão Europeia (CE) e das agências de rating. Este é um ano de retoma ou espera-nos uma recessão em W? A Europa está num nível de PIB quatro pontos inferiores ao de E há sinais de crescimento positivos. Esperamos uma taxa de crescimento de um ponto em 2010, isso significará que no final de 2010 a Europa será três pontos acimadonívelde2008.seráque podemos dizer que isso é sair da crise? A expressão sair da crise não deveria ser aplicada a uma situação em que ultrapassemos o nível que tínhamos atingido na véspera da crise? E isso colocanos em 2012, 2013, Enquantonãotivermosapanhadooantigo níveldecrescimentoodesemprego vai continuar a aumentar. Mas há risco da nova recessão? As probabilidades são fracas. Esse risco existiria apenas na hipótese, de os países europeus levarem a sério as recomendações da CE de tentar reduzir os défices. Aí sim existe o risco de nova queda, porque se temos um crescimento positivo é unicamente devido à acção dos Estados. Se os Estados retirarem as suas despesas, os balões de oxigénio, então voltamos a cair. Como podem os Estados equilibrar as recomendações da CE, as agências de rating e evitar uma nova recessão? O que mais me espanta é os Estados continuarem a levar a sério as agências de rating, as responsáveis pela crise. O problema é que as agências de rating não pagaram pela sua responsabilidade na crise e agora estão apostadas em recuperar o seu volume de negócios vigiando os Estados. Os Estadosdeveriamreformarasagências de rating, calá-las e até mesmo apresentar queixa na Justiça. Mas continuamos a levá-las a sério Isso porque somos estúpidos. É necessário que os Estados regulem as agências de rating. Mas há também a pressão da CE. A Comissão depois de ter estado totalmente silenciosa durante a Se retirarmos o apoio público, haverá uma nova recessão. Este não é o momento de aumentar impostos nem de reduzir as despesas. Veja o vídeo da entrevista em crise, presentemente, retoma a voz para 20, dos 27 países da UE. É um problema democrático. O Pacto de Estabilidade e Crescimento deveria ser reavaliado? Não se trata disso. Saímos de um mundo onde compreendemos que a política que vínhamos a seguir era má foi por isso que tivemos uma crise. Depois da crise retomamos as mesmas políticas Foi não ter percebido nada. Qual é o caminho? Os governos devem continuar as obras públicas ou ajudar o sector privado a impulsionar a economia? Os caminhos são vários e dependem da inspiração dos governos. Um governo de direita preferirá ajudarasempresasprivadasem vez de optar pelas grandes obras públicas, um de esquerda dará maior ênfase ao bem público. O essencial é sustentar o sector privado. Não podemos esperar por umaretomaespontâneadaeconomia, porque o aumento do desempregofarádaretomadoconsumo uma ficção. Se retirarmos o apoio público, haverá uma nova recessão. E como a crise é mundial, também não podemos contar com as exportações. Optar por não aumentar os funcionários públicos, para cortar a despesa é uma má decisão? Presentemente temos, em geral, um problema salarial, tanto privado como público. Os salários são relativamente baixos e estão estagnados há cerca de 25 anos. Portanto, tentar resolver problemas pesando ainda mais sobre os salários é garantido que também por aí vamos caminhar para a catástrofe, porque afectará o consumo. Com tanta ajuda do Estado não será forçoso subir impostos? A quebra das receitas fiscais explicaoaumentododéficeenãoos planos anti-crise. Os planos de recuperação foram bastante fracos. Menos de um ponto percentualporano.nãoénada.odéfice reduzir-se-á cerca de metade até 2013/2014, espontaneamente, simplesmente devido ao aumento das receitas. Mas este não é o momento de aumentar impostos nem de reduzir as despesas.

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14 14 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 ECONOMIA FUNDOS EUROPEUS Galiza e Norte de Portugal esperam captar mais fundos europeus comuns Os presidentes da Junta da Galiza, Alberto Nuñez Feijóo, e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage, manifestaram ontem, em Vigo, confiança no aumento da captação de fundos europeus conjuntos através da nova figura institucional da euro-região, de acordo com a Lusa. Os dois responsáveis falavam na cerimónia de instalação e tomada de posse da direcção do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Galiza-Norte de Portugal. Os combustíveis foram os produtos cujos preços mais subiram. PREÇOS Índicedepreçosnoprodutor nos Estados Unidos sobe 1,4% em Janeiro O índice de preços no produtor nos Estados Unidos subiu 1,4% em Janeiro, face a Dezembro, impulsionado por aumentos de dois dígitos nos preços dos combustíveis, anunciou ontem o Departamento do Trabalho norte-americano. Este aumento superou as estimativas dos analistas, que tinham previsto uma subida de 0,9%. Excluindo os preços dos alimentos e da energia, os preços subiram 0,3% em Janeiro, um valor também acima das previsões dos analistas, que estimavam uma subida de 0,1%. Sindicatos prometem parar Saúde e Educação PCP QUER TRIBUTAR EM 50% OS PRÉMIOS DOS GESTORES DAS GRANDES EMPRESAS Reuniões com o Governo não deram em nada. Sindicatos avançam com greve geral dia 4. Luís Reis Pires luis.pires@economico.pt Desde 2007 que não havia uma greve geral da função pública em Portugal. O Diário Económico já tinha noticiado no passado dia 12 que os sindicatos da função pública se iriam juntar na greve. Opróximodia4deMarçovaiser daqueles dias impossíveis para todos os milhares de portugueses que precisarem dos serviços públicos. É que os sindicatos dos trabalhadores da função pública convocaram ontem uma greve geral para dia 4 - a primeira desde , em protesto contra a congelação dos salários este ano e o agravamento da penalização das reformas antecipadas. Uma paralisação que acaba sempre por afectar mais a educação, a saúde e as autarquias locais, diz Ana Avoila, da Frente Comum, que já fez saber que, aconteça o que acontecer, a greve não vai ser desconvocada. O Sindicato dos Trabalhadores do Estado (STE) reuniu ontem com o Governo, tal como tinha acontecido no dia anterior com a FrenteComumeaFrenteSindical da Administração Pública (FESAP). E tal como também tinhaacontecidonaprimeiraronda de negociações, a de ontem terminou sem qualquer tipo de entendimento entre os sindicatos e o Executivo. A reunião com o secretário de Estado Adjunto e do Orçamento correu mal, afirmou ontem Bettencourt Picanço, líder do STE, na medida em que o Governo não deu qualquer passo em frente. O Governo, por seu lado, diz que os sindicatos é que não quiseram negociar. O secretário de Estado do Orçamento, Emanuel Santos, diz que as frentes sindicais só falaram nos que lhes convinha e avança que, apesar dos aumentos nulos, o Executivo tem disponibilizados 100 milhões de euros para prémios e progressões de carreira (ver entrevista ao lado). Bettencourt Picanço classificou o encontro de ontem como uma reunião negocial entre aspas, porque o Executivo não mostrou qualquer tipo de disponibilidade para negociar com os sindicatos. O STE vai, por isso, partir para a greve. Uma greve que envolve também a Frente Comum e a FESAP. As três frentes sindicais ainda vão ter audiências com os vários grupos parlamentares para tentarem, através da Assembleia da República, conseguir algumas alterações ao que está previsto no Orçamento do Estado para 2010, em termos de função pública - sobretudo o congelamento dos salários e o agravamento das penalizações por reforma antecipada. Mas mesmo que se consiga alguma alteração, por via da Assembleia, não há razão para desconvocar a greve, garante Ana Avoila, da Frente Comum, porque esta não é uma greve contra a Assembleia, mas sim contra as políticas do Governo. A Frente Comum adiantou ao Diário Económico que praticamente todos os serviços vão aderir à paralisação. Com certeza que quase todos [os sindicatos vão aderir]. Dos sindicatos que temos, todos vão aderir, garantiu Ana Avoila. Durante o dia de ontem, os funcionários dos serviços externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) confirmaram que também vão aderir à greve. Nesse sentido, a líder da Frente Comum avança que os consulados vão parar no mundo todo, não só na Europa. Ana Avoila garante também que só as forças de segurança não vão fazer greve, porque não podem. Mesmo assim, diz, vão fazer um comunicado público para se solidarizar com o protesto. Além das escolas, hospitais e autarquias, também o sector fiscal vai ser dos mais afectados, com muitas repartições de finanças a fechar nesse dia. ENTREVISTA EMANUEL DOS SANTOS Secretário do Estado do Orçamento Progressões e prémios com m Governo critica postura dos sindicatos da função pública nas rondas negociais. Luís Reis Pires luis.pires@economico.pt O secretário de Estado do Orçamento acusa os sindicatos de falarem apenas no que lhes convém, esquecendo medidas positivas para os funcionários públicos, previstas no Orçamento de Estado (OE) para Emanuel dos Santos avança também que o OE tem uma dotação de 100 milhões de euros para prémios e progressões de carreira. Emanuel Santos secretário de Estado do Orçamento Embora uma das alterações [ao regime de aposentações] favoreça claramente os trabalhadores em funções públicas, os sindicatos recusaram pronunciar-se sobre a mesma, apenas criticando a outra medida. Os sindicatos são unânimes em afirmar que as negociações correram muito mal, devido à pouca abertura do Governo para negociar. Aceitou negociar alguma alteração proposta pelos sindicatos? De acordo com o calendário de reuniões agendadas com os sindicatos, apenas foram realizadas duas reuniões, prevendo-se a sua extensão até 10 de Março. Nas primeiras duas rondas foram apresentadas e discutidas as propostas salarial e de pensões. Os sindicatos mantiveram inalteradas as suas posições, a saber: Frente Comum, aumento de4,5%,afesapde3%eoste de 2,5%. Sobre as alterações ao regime de aposentação, embora uma das alterações favoreça claramente os trabalhadores em funções públicas a bonificação das carreiras mais longas os sindicatos recusaram pronunciar-sesobreamesma,apenas criticando a outra medida de passagem da penalização anual e indizível de 4,5% para a penalização mensal de 0,5%, já em vigor no regime da Segurança Social. O Governo mantém a disponibilidade para continuar as negociações, continuando, todavia, a defender os fundamentos das suas propostas, quer

15 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 15 ESTADOS UNIDOS Número de pedidos de subsídio de desemprego aumentou nos EUA O número semanal de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentou em 31 mil na semana passada, atingindo os 473 mil pedidos, anunciou ontem o Departamento do Trabalho. O valor ficou acima das expectativas dos analistas (que esperavam um aumento para os 447 mil), sinalizando que o mercado laboral continua débil. Já o número total de pessoas a beneficiarem de subsídio de desemprego nos Estados Unidos manteve-se inalterado nos 4,56 milhões. Nunca tinham sido criados tantos empregos no Brasil, num único mês. BRASIL Economia regista recorde de criação de empregos em Janeiro A economia brasileira criou empregos em Janeiro deste ano, o maior número de vagas para o período desde 1992, informaram ontem fontes oficiais. No mesmo mês do ano passado, o Ministério do Trabalho tinha registado o fecho de postos de trabalho, resultado da crise económica global. O resultado deste ano fica, ainda assim, 27% acima do período homólogo de 2008, quando tinha sido registado um recorde de criação de empregos no Brasil. Arquivo Económico PUB O PCP defende que a tributação de 50% dos prémios a administradores da banca seja alargada aos grupos económicos. A medida foi apresentada ontem pelo deputado comunista Honório Novo e faz parte das propostas de alteração ao Orçamento do Estado para O objectivo é introduzir alguma ética. O PCP quer ainda que até 2011 o Governo contrate 393 novos inspectores tributários. ais de 100 milhões as já apresentadas quer das restantes, que estão incluídas na agenda, tais como, formação profissional, contratação colectiva, regulamento dos prémios de dirigentes superiores e mobilidade especial Já foi marcada uma greve geral, para o dia 4 de Março. Teme que seja o início de uma situação semelhante, por exemplo, à da Grécia, onde os primeiros indícios de medidas austeras provocaram grande agitação social? A comparação não faz sentido. A tabela salarial da função pública foi actualizada no ano passado em 2,9%, o que corresponde a um aumento do poder de compra em cerca de 3,7%. Para 2010, a inflação prevista é inferior a 1%, recorde-se que o crescimento dos preços em Janeiro deste ano foi de apenas 0,1%, portanto, em linha com a previsão do Governo. Assim, não me parece razoávelqueamanutençãodo valor nominal do salário sem contar com a dotação para progressões e prémios, que em 2010 ascende a mais de 100 milhões de euros na Administração Central, dê origem a uma agitação social comparável com outras situações onde o desequilíbrio das contas públicas é mais grave e as medidas de austeridade mais gravosas. Os números da adesão às greves são sempre muito díspares entre Governo e sindicatos. Por isso foi criado um mecanismo online de contabilização que acabou por gerar polémica. O sistema ainda se mantém? Atransparênciaeoapuramento da verdade dos factos continuarão sempre a presidir à actuação do Governo. Foi assim no passado,seráassimnofuturo.oconhecimento objectivo da realidade é uma condição indispensável para todos os que prosseguem a defesa do interesse geral edobemcomum.

16 16 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 ECONOMIA OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS Nova Declaração Modelo 10 foi publicada Foi recentemente publicada em Diário da República a nova Declaração Modelo 10, a vigorar a partir de 1 de Janeiro de Esta declaração destinase a reportar os rendimentos auferidos de IRS ou de IRC residentes no território nacional, bem como as retenções na fonte, dando cumprimento às obrigações declarativas a que se referem as alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo 119.º do Código do IRS e o artigo 128.º do Código do IRC. A Declaração Modelo 10 deverá ser entregue à DGCI até ao final mês de Fevereiro. A declaração do Modelo 10 deverá ser entregue à DGCI até final de Fevereiro. REGIME SIMPLIFICADO Foi divulgada decisão do Supremo Tribunal Administrativo Foi divulgada uma decisão do STA relativa à aplicação do regime simplificado quando esteja em causa a não obtenção de rendimentos por parte do sujeito passivo. O STA concluiu que, incidindo o IRC sobre os rendimentos obtidos, é necessário que se verifique o facto constitutivo da relação jurídica do IRC, i.e., a obtenção de rendimentos. Ora, não tendo a empresa obtido proveito, não se verifica o pressuposto do imposto nem a respectiva relação jurídica, o que significa que não é devido qualquer montante em sede de IRC. A prestação de serviços médicos está isenta de IVA e por isso também não pode deduzir este imposto. Jean-Paul Pelissier/Reuters Simplex nos regimes de cisão e fusão de sociedades Consultório fiscal Saiba se pode deduzir o IVA pago com despesas de publicidade da actividade médica. Tendo em vista a promoção do meu consultório médico, através do qual exerço a actividade de dentista, solicitei a elaboração de um conjunto de panfletos, cartazes, brochuras e cartões de visita. Poderei deduzir o IVA que incorri com a aquisição destes serviços? OCódigodoIVApermiteadedução do imposto incorrido com a aquisição de bens ou serviços utilizados para a realização de operações tributáveis. Neste contexto, o imposto suportado pelo sujeito passivo será passíveldededução,namedida em que constitua uma despesa afecta à actividade tributável do empresário. Contudo, as prestações de serviçosefectuadaspelosprofissionais de saúde dentária, por se tratarem de serviços médicos, estão isentas de IVA, ao abrigo alínea b), n.º 1, do artigo 9.º do Código deste imposto. Face ao exposto, estando a prestação de serviços médicos isenta de IVA, o sujeito passivo não poderá beneficiar do direito à dedução das despesas incorridas com a aquisição de serviços publicitários afectos à promoção da sua actividade. Sou proprietário de um imóvel destinado à actividade comercial. Recentemente, este sofreu obras de remodelação tendo em vista uma futura locação. Estando a prestação de serviços médicos isenta de IVA, o sujeito passivo não poderá beneficiar do direito à dedução das despesas incorridas com a aquisição de serviços publicitários afectos à promoção da sua actividade. Às sextas-feiras, as respostas da KPMG aos leitores do Diário Económico. Como poderei deduzir o IVA que incorri na realização destas obras? O Código do IVA isenta de imposto a locação de bens imóveis, o que impede os sujeitos passivos de deduziremoivaemqueincorrem na aquisição, construção ou obras realizadas nos imóveis que se destinam a locação. Não obstante, uma vez reunidas certas condições subjectivas e objectivas, é possível renunciar à referida isenção, quando os locatários sejam sujeitos passivos que utilizem os imóveis total ou predominantemente em actividades que conferem o direito à dedução. Assim, uma vez exercida a renúncia à isenção de IVA, as rendas da locação passam a ser tributadas, em IVA, assistindo aos sujeitos passivos o direito a deduzir o IVA incorrido nas obras relacionadas com o imóvel em causa. Neste contexto, para que o sujeito passivo possa deduzir o IVA que incorreu nas obras do imóvel deverá solicitar, prévia e obrigatoriamente, um certificado de renúncia à isenção. Para o efeito, deve aceder ao site das declarações electrónicas ( seleccionar a funcionalidade Obter, a opção Certidões, de seguida a opção efectuar pedido, escolher o tipo de certidão Renúncia Isenção de IVA Imóveis, e confirmar. O Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto, transpôs para a ordem jurídica portuguesa a Directiva n.º 2006/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, através da qual foram criadas medidas destinadas a modernizar o direito das sociedades, a aumentar a comparabilidade financeira a nível comunitário e a reforçar as políticas de corporate governance das sociedades europeias. Este diploma veio ainda adoptar medidas de simplificação para as sociedades comerciais e civis sob a forma comercial, alterando, entre outros regimes, o artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), inserido no capítulo dos benefícios fiscais à reestruturação empresarial e respeitando aos benefícios aplicáveis à reorganização de empresas em resultado de actos de concentração ou de acordos de cooperação. Este normativo consagra a possibilidade de as empresas em processo de reorganização poderem obter, desde que cumpridos determinados requisitos, alguns benefícios fiscais, nomeadamente isenções em sede de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), de Imposto do Selo (IS), e de emolumentos e outros encargos legais. Ora, o referido diploma não trouxe alterações no leque de benefícios fiscais aplicáveis às empresas em processo de reorganização nem ao nível dos actos ou operações de reorganização abrangidas, mas veio tão-só contribuir para uma diminuição do prazo de decisão. As alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto, sendo fundamentalmente procedimentais, vêm simplificar os processos de reorganização empresarial. Nesse sentido, foi eliminada a necessidade de solicitar e obter pareceres junto da Autoridade da Concorrência e da Direcção- Geral dos Registos e Notariado. Comefeito,nostermosdanovaredacçãodon.º8doartigo 60.º do EBF, as empresas interessadas apenas deverão obter, junto do ministério da tutela da actividade da empresa, parecer sobre a substância da operação de reorganização, que terá de ser emitido no prazo de dez dias, sob pena de deferimento tácito. Este pedido deverá ser apresentado, preferencialmente, por via electrónica, de acordo com as regras da Portaria n.º 1255/2009, de 14 de Outubro. Adicionalmente, este diploma veio ainda possibilitar a antecipação da entrega do requerimento solicitando a concessão dos benefícios fiscais, dando a possibilidade às empresas de o submeterem, por via electrónica, no momento do pedido do registo comercial do projecto de fusão ou cisão, quando este seja promovido através da Internet, nos termos da Portaria n.º 1254/2009, de 14 de Outubro.

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18 18 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 POLÍTICA Novas regras de progressão na carreira criam mal-estar entre juízes Criticas sobre os novos critérios de classificação e promoção vão marcar um debate promovido por juízes, hoje, no Supremo Tribunal de Justiça. Susana Represas susana.represas@economico.pt Asnovasregrasdeacessoaos tribunais superiores, que passam a privilegiar a formação académica e que vão ser aplicadas pela primeira vez este ano, estão a criar algum mal-estar entre magistrados. Para Eurico Reis, o novo modelo favorece juízes que desinvestem no trabalho nos tribunais e passam a preocupar-se com uma actividade demasiado especulativa, referindo-se a formações como pós-graduações, mestrados e doutoramentos. O que leva este magistrado a considerar que as novas regras criam desequilíbrios e injustiças. Segundo o juiz desembargador e dirigente da Associação para o Progresso do Direito (APD), a formação académica é importante mas desfavorece os juízes que estão nos tribunais com mais trabalhoeaquemnão é possível ter tempo livre para mais nada. Estas criticas são partilhadas por António Martins, da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP): O mérito e a excelência devem ser os factores predominantes para a progressãonacarreiraenãotem sentido que a avaliação do trabalho diário do juiz seja condicionada por cursos de formação. De acordo com as novas regras, já introduzidas no estatuto dos magistrados, a progressão na carreira passa a ter em conta nãosóaantiguidadeeaavaliação feita pelo Conselho superior da Magistratura (CSM), mas também uma avaliação curricular feita por um júri. Para António Martins, as fragilidades deste modelo são mais prementes na primeira instância porque quem quiser ter acesso a tribunais de competência especializada ou tribunais de círculo [de acesso intermédio] está dependente de cursos de formação que não estão a ser assegurados. Uma questão preocupante, garante o presidentedaasjp,quedeveserrapidamente clarificada, uma vez O secretário de Estado da Justiça, João correia, está hoje no colóquio Judicatura, Acesso e Progressão na Carreira, no Supremo Tribunal de Justiça. O juiz Eurico Reis defende que as novas regras criam desequilíbrios e injustiças na forma de progressão da carreira dos juízes. António Martins, presidente da ASJP, considera que as novas regras de promoção na carreira tem tido resultados negativos. que estas alterações foram introduzidas o ano passado, mas só agora vão entrar em vigor, no próximo movimento de magistrados, que começa em Junho. É importante saber ao certo como é que estas regras vão ser aplicadas, porque há interpretações diferentes e não sabemos se estão em vigor para todos os magistradosousóparaastrês comarcas-piloto do novo mapa judiciário (a funcionar desde Abril de 2009). Esteseráumdostemascentrais de um colóquio promovido pela APD, que decorre hoje no Supremo Tribunal de Justiça e quecontarácomapresençado secretário de Estado da Justiça, João Correia, o presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Osvaldo de Castro, o professor Jorge Miranda, entre outros. Governo questionado sobre a falta de direcção no CEJ A presença do secretário de Estado da Justiça, João Correia, deverá ser aproveitada para questionar o Governo sobre a ausência de poder no Centro de Estudos judiciários (CEJ). Quase cinco meses depois da demissão da ex-directora, Anabela Rodrigues, e depois de vários convites falhados, o Ministério da Justiça ainda não encontrou sucessor para o cargo. Uma dificuldade vista como sintomática da situação vivida naquela escola. Vários magistrados ouvidos ao longo das últimas semanas pelo Diário Económico criticam esta situação e sublinham que, a poucas semanas da abertura de um concurso anual de acesso ao CEJ, a falta de uma direcção renovada já está a provocar instabilidade dentro da escola de juízes. Ao que tudo indica, o Executivo está empenhado em nomear um conselheiro, uma tradição que tinha sido interrompida em 2004 com a escolha de Anabela Rodrigues, professora universitária, mas o último convite feito pelo ministro ao conselheiro Álvaro Rodrigues não foi bem sucedido. ANTES E DEPOIS Até agora a progressão dos juízes na carreira era feita tendo em conta a antiguidade e a classificação dada pelas inspecções periódicas do Conselho superior da Magistratura. De acordo com as novas regras, as classificações de serviço contribuem para 60% da progressão e os restantes 40% têm em conta a avaliação curricular efectuada por um júri, perante o qual o candidato presta públicas provas. Esse júri é composto pelo Presidente do STJ, um membro do CSM e um professor universitário, escolhido pelo CSM. Salão Nobre do STJ recebe hoje um colóquio organizado pela Associação para o Progresso do Direito. Magistra Revisão do Estatuto hoje em debate no Conselho Superior mas sindicato avança com propostas Inês David Bastos ines.bastos@economico.pt O processo de revisão do Estatuto do Ministério Público, que hoje será debatido no plenário do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), promete não ser consensual. Em declarações ao Diário Económico, João Palma, presidente do Sin-

19 Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 Diário Económico 19 Tribunal dá razão a casal McCann O tribunal deu razão aos pais de Madeleine McCann na providência cautelar interposta contra o livro escrito pelo ex-inspector da PJ, Gonçalo Amaral. Ou seja, tanto o livro como o documentário realizado com base no mesmo não podem ser comercializados ou emitidos. Depois de afirmar que vai apresentar recurso da sentença, Gonçalo Amaral disse discordar da decisão da juíza do processo, sublinhando que reflecte o estado em que a liberdade de expressão está em Portugal. AGENDA DO DIA Felicia Cabrita e Armando Vara são ouvidos na comissão de Ética sobre a liberdade de expressão. Fernando Nobre apresenta candidatura a Belém, às 20 horas no Padrão dos Descobrimentos. Aguiar-Branco apresenta candidatura a líder do PSD, no Porto Paulo Alexandre Coelho COLUNA VERTEBRAL Justiça JOÃO PAULO GUERRA dos promovidos mais cedo dicato dos Magistrados do Ministério Público, escusou-se a comentar as novas regras que hoje vão a debate mas deixou claro que os procuradores apresentarão as suas próprias propostas depois de terminarem a apreciação crítica que estão ainda a fazer do diploma. OdocumentoqueoCSMP debate inclui mudanças não só na organização, como também nas avaliações, progressões na carreira e remunerações destes magistrados. Uma das propostas do diploma prevê o fim das promoções a procurador em razão da antiguidade, o que permitirá que os magistrados do MP com nota Bom com distinção sejam promovidos mais cedo No âmbito da proposta, o Procurador Geral da República passa a poder propor directamente ao Parlamento providências legislativas para tornar o Ministério Público e as instituições judiciárias mais eficientes. Previsto está ainda o fim das promoções a procurador da República por antiguidade, que actualmente ocorre após 18 anos com classificação máxima e 23 anos com bom com distinção. Esta alteração permitiráapromoçãoumpoucomais cedodequemtenhaanotação de bom com distinção. No que toca à organização, é proposta a integração da jurisdição administrativa e fiscal na estrutura e modelo hierárquico das Procuradorias Gerais Distritais de Lisboa e Porto, considerando-se que a separação das jurisdições administrativa e fiscal significaram prejuízos para a unidade do MP. Desde 1998, que o Estatuto do MP não sofre uma reforma profunda. O país está mergulhado em diversas ordens de crises. Uma crise política que ameaça de perto e descredibiliza o funcionamento das instituições. Uma crise financeira, com componentes internacionais, muito agravada por um endividamento à beira do abismo e distorções crónicas dos sistemas de acumulação e distribuição da riqueza. Uma crise social com o desemprego e a desigualdade fora de controlo. Uma crise de valores, com o consumismo a bater todos os recordes em cima da nacionalpelintrice, o egoísmo a sobrepor-se a todos os comportamentos e mentalidades, um absoluto desprezo pela cultura e pelos valores do espírito humano. E crises parcelares crónicas em todos os ramos do funcionamento do Estado e da sociedade, na Educação, na Saúde, na Justiça. Mas enquanto o país real quase que agoniza, em Matosinhos, num casulo de cristal, um colectivo de três juízes debruça-se profunda e doutamente sobre uma magna questão: que pena aplicar a um jovem que furtou num supermercado uma embalagem de amêndoas? O caso começou a ser julgado com dois arguidos e uma acusação que envolvia, para além do pacote de amêndoas, uma garrafa de uísque. Mas um dos arguidos e a garrafa caíram nas audiências de julgamento, restando um arguido, um pacote de amêndoas e um colectivo de três juízes. O que seria cómico se não fosse dramático.eopioréquecada instância da Justiça terá para contar um caso caricato como opresente. A máquina da administração da Justiça tem na respectiva secretaria de Estado, desde aformaçãodoactualgoverno, um dos mais experientes, conhecedores, dedicados e competentes causídicos do país, com a função específica de coordenar a correcção de leis penais refeitas há dois anos em cima do joelho. Senhor doutor: defenda o país e o povo da Justiça. joaopaulo.guerra@economico.pt

20 20 Diário Económico Sexta-feira 19 Fevereiro 2010 POLÍTICA EDUCAÇÃO Sindicatos esperam que Governo corrija projecto de revisão do Estatuto da Carreira Os sindicatos de professores, que hoje reúnem com a ministra, esperam que o Ministério da Educação corrija o projecto de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD), já que alguns aspectos do diploma contrariam o acordo assinado em Janeiro. O projecto de alteração que o Governo enviou na passada sexta-feira aos sindicatos não estipula a compensação anual de 0,5 pontos à classificação dos professores avaliados com Bom que não progridam para o 5º ou 7º escalões por falta de vaga. Aspectosdaleicontrariamoacordo de Janeiro, segundo os sindicatos. VISITA OFICIAL José Sócrates visita Moçambique acompanhado de 50 empresários Na visita a Moçambique José Sócrates levará consigo uma comitiva de cerca de 50 empresários. O primeiro-ministro visita oficialmente Moçambique entre os dias 3 e 5 de Março, numa viagem de grande componente económica, estando previsto para dia 4 um seminário económico, destinado a empresários portugueses e moçambicanos, avançou fonte do gabinete do primeiro-ministro, citada pela Lusa. Sócrates deverá ser ainda acompanhado por cinco a seis ministros. Paulo Alexandre Coelho Equipa policial ibérica para combater a ETA Ministros português e espanhol reuniram-se ontem no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras. Ministro do Interior espanhol elogiou a ajuda portuguesa no combate ao terrorismo. Susana Represas susana.represas@economico.pt Os governos de Portugal e Espanha anunciaram a criação de um grupo de cooperação policial para combater a actividade da ETA. Esta equipa, que arranca na próxima semana, vai reunir periodicamente para trocar informações e experiências no combate ao terrorismo. O anuncio foi feito ontem pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira e pelo ministro do Interior espanhol, Alfredo Rubalcaba, no final de uma reunião sobre a actividade da organização separatista basca em Portugal. A medida é tomadas duas semanas depois de a GNR ter descoberto uma casa em Óbidos, abandonada por alegados membros da ETA, onde foram encontrados explosivos e que seria uma base para a preparação de ataques terroristas emespanha.jáesteano,aspolíticas nacionais também tinham detido dois etarras, no norte do país, e que ainda aguardam a decisão sobre o pedido de extradição das autoridades espanholas. No encontro de ontem, o ministro espanhol elogiou a brilhante operação policial em Portugal que permitiu a detenção dos etarras e sublinhou que Ministro da Administração Interna admitiu que só agora é que o Ministério Público manifestou disponibilidade para criar uma equipa mista de investigação criminal. o excelente nível de colaboração as policias nacionais vai ser reforçado com a criação deste grupo. Além desta equipa, o MAI anunciou também que estão a decorrer várias acções de formação para todas as forças de segurança, para que todos os policias estejam familiarizados com os indícios de actividade terrorista. Rui Pereira recusou que o Governo tenha demorado a reagir a estas suspeitas de que aetateriaactividadeemportugal, e garantiu que os indícios fortessósurgiramesteano.no entanto, o ministro admitiu que a criação de uma equipa mista de investigação criminal, sugerida em 2007 pelos governos dos dois países, ainda não tinha sido criadas porque faz parte das competências do Ministério Público (MP), e segundo Rui Pereira, o MP só agora mostrou disponibilidade. O governante espanhol não deixou claro não comentou o atraso na criação destas equipas, e preferiu anunciar que desde Janeiro foram detidos 25 membros da ETA, um resultadoqueficaadeve-seà colaboração das policias portuguesas, espanholas e francesas. Extradição dos dois etarras decidida na próxima semana. O advogado de defesa dos dois alegados etarras detidos em Portugal disse ontem que este caso tem contornos políticos. José Galamba falava aos jornalistas à saída do tribunal da Relação de Lisboa, depois das alegações finais do recurso sobre o pedido de mandado de detenção europeu emitido por Espanha. A sessão contou com a presença dos dois arguidos, presos desde Janeiro. Espero que as razões de Estado não se sobreponham à razão do Direito, afirmou o advogado de Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, referindo-se à passagem do ministro espanhol do Interior, Alfredo Rubalcaba, por Lisboa. A decisão deverá ser proferida na próxima semana. OS PASSOS DA ETA EM PORTUGAL 1 2 Etarras detidos em Torre de Moncorvo A 9 de Janeiro, Garikoitz Arrieta e Iratxe Ortiz, alegados etarras, foram detidos em Portugal, em Moncorvo, transportando em carros separados dez quilos de explosivos, documentação falsa, matrículas francesas e três armas. O Governo português ainda não decidiu se os extradita para Espanha. Carrinha suspeita foge à GNR A GNR de Óbidos, numa operação de rotina, é confrontada com uma carrinha que desobedece à ordem de paragem e foge rapidamente. Mais tarde a carrinha foi encontradaatascadaeagnr confirmou que era roubada e tinha matrícula portuguesa falsa. No interior estavam dois detonadores eléctricos. 2 Explosivos na casa de Óbidos Uma denúncia leva a GNR a investigar uma casa em Óbidos, há três dias com luzes, janelas e portas abertas. A casa fora alugada a duas pessoas que falavam espanhol e conduziam uma carrinha igual à que a GNR interceptara uns dias antes. A GNR descobre 800 quilos de explosivos dentro da casa.

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