PROCESSOS DE MUDANÇA NO PORTUGUÊS DO BRASIL: VARIÁVEIS SOCIAIS Yonne Leite (CNPq/UFRJ) Dinah Callou (UFRJ/CNPq) João Moraes (UFRJ/CNPq)

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1 In: CASTRO, I. & DUARTE, I. Razões e Emoção. Miscelânea de estudos em homenagem a Maria Helena Mira Mateus. Vol. 1. Lisboa, Imprensa Nacional/Casa da Moeda: PROCESSOS DE MUDANÇA NO PORTUGUÊS DO BRASIL: VARIÁVEIS SOCIAIS Yonne Leite (CNPq/UFRJ) Dinah Callou (UFRJ/CNPq) João Moraes (UFRJ/CNPq) 1. Introdução Sabe-se que a oposição sincronia/diacronia se firmou a partir de Saussure e se definiu como duas formas dicotômicas de abordar a linguagem humana. Nos dias que correm, ao estudo diacrônico, que visa a comparar diferentes estados sucessivos do mesmo objeto de estudo, opõe-se uma sincronia dinâmica, concentrada em um único estado de língua, mas sem deixar de lado as variações e a avaliação do seu caráter progressivo. Os desenvolvimentos externos de duas orientações predominantes da lingüística contemporânea, a da sociolingüística quantitativa laboviana -- com sua origem nos Empirical Foundations for a Theory of Language Change (Weinreich et alii, 1968) -- e a do modelo gerativista paramétrico têm sido apontados como responsáveis pelo retorno aos estudos histórico-diacrônicos, durante algum tempo, relegados a segundo plano. Utilizando o modelo da sociolingüística quantitativa laboviana, pretende-se discutir aqui o papel desempenhado pelos fatores não-estruturais, gênero e faixa etária, no comportamento de três fenômenos fonológicos e dois morfossintáticos, com base no dialeto carioca do português do Brasil: a inserção de iode [j] diante do arquifonema /S/, o apagamento de /R/ em coda silábica, em final de vocábulo, o alteamento da vogal média pretônica, a substituição de haver por ter em construções existenciais e a variação nós / a gente. A preocupação com os fatores sociais, tais como região geográfica, classe sócioeconômica, graus de escolaridade, sexo e idade, nas diferenciações lingüísticas, sempre estiveram presentes de uma forma ou de outra, nos estudos estruturalistas e dialectológicos (cf. Gauchat 195, Pop 1952, Alvar 1969). A partir da década de 6, a sociolingüística 1

2 quantitativa laboviana passou a ver esses fatores de uma forma mais integrada, relacionando-os aos fatores lingüísticos estruturais. Além disso, a metodologia utilizada possibilitou vislumbrar possíveis mudanças em curso através da observação do comportamento de uso lingüístico por faixas etárias. 2. Mudança em tempo aparente e em tempo real A concepção de mudança, formulada por Labov (1994), segue, em essência, a doutrina do uniformitarismo -- oposta à teoria da catástrofe -- segundo a qual todos os fenômenos geológicos podem ser explicados como resultantes de processos que operam de maneira uniforme. Essa teoria, tomada de empréstimo à geologia, teve como seu precursor, na lingüística, William Dwight Whitney (1867, apud Labov, 1994) tendo influenciado significativamente a corrente neogramática. O princípio uniformitário é uma pré-condição necessária, tanto para a reconstrução histórica, quanto para o uso do presente para explicar o passado, pois permite inferir, pela observação de processos em curso, aqueles que operaram no passado. A proposta de Labov, derivada dessa concepção, parte do pressuposto de que é possível captar mudanças através da análise distribucional-quantitativa de variáveis em diferentes faixas etárias, análise essa que se convencionou chamar de mudança em tempo aparente. As formas das curvas de distribuição dariam a indicação de uma variação estável ou de uma mudança em curso e, nesse caso, implementação ou perda de um processo. Essa distribuição, no entanto, por faixas etárias, pode ser apenas aparente e não representar mudanças na comunidade, vindo a constituir um padrão característico de gradação etária que se repete a cada geração. A resposta aos problemas derivados da interpretação dos dados em tempo aparente deve basear-se nas observações feitas em tempo real, isto é, na observação e confronto de determinados usos em dois ou mais períodos discretos de tempo. Assim, a combinação de observações em tempo aparente e em tempo real constitui o método fundamental de análise da mudança em curso. Há duas abordagens básicas de obtenção de dados em tempo real de curta duração: 1) o recontato dos mesmos falantes em período posterior (estudo em painel) ou 2) a constituição de uma nova amostra representativa (estudo de tendências). O estudo em painel permitiria identificar, pelo comportamento estável ou instável do mesmo indivíduo, 2

3 em dois momentos distintos, se estamos diante de uma mudança geracional ou de uma gradação etária. Se um indivíduo de uma determinada faixa etária reproduz, ao passar para outra, em certa medida, o comportamento lingüístico de falantes da mesma geração na amostra anterior, tem-se um indicativo de ser a variação característica daquela faixa etária. Se, no entanto, ao mudar de faixa etária, reproduz o seu próprio comportamento na faixa anterior, tem-se um indício não de característica etária, mas sim de mudança geracional. Porém esse estudo, per se, não distingue gradação etária de mudança comunitária ou estabilidade de mudança geracional, uma vez que só se pode ter uma visão da comunidade através do comportamento dos mesmos indivíduos. Por outro lado, o estudo de tendências, realizado através do confronto de duas amostras, também em dois períodos discretos de tempo, com indivíduos distintos, nos possibilita detectar o comportamento da comunidade. A combinação dos dois tipos de estudo produz quatro padrões distintos (Labov (1994:83), Indivíduo Comunidade 1. Estabilidade Estável estável 2. Gradação etária Instável estável 3. Mudança geracional Estável instável 4. Mudança comunitária Instável instável Quadro 1- Padrões de mudança no indivíduo e na comunidade Não é difícil interpretar os dois primeiros padrões. Se o comportamento dos indivíduos é estável durante toda a sua vida e a comunidade se mantém também estável, não há variação a analisar e tem-se estabilidade; se os indivíduos mudam seu comportamento lingüístico durante suas vidas, mas a comunidade como um todo permanece a mesma, o padrão pode ser caracterizado como gradação etária. Já a terceira e quarta combinações não são de tão fácil apreensão. Na mudança geracional, os indivíduos apresentam uma freqüência característica para uma variante particular, mantendo-a durante toda a sua vida. Aumentos regulares, porém, dessas freqüências individuais durante várias gerações podem levar a uma mudança comunitária. Na mudança da comunidade, todos os membros da comunidade alteram conjuntamente suas freqüências ou adquirem simultaneamente novas formas. Segundo Labov, este seria o padrão característico da 3

4 mudança lexical e sintática, enquanto a mudança geracional seria típica da mudança sonora e morfológica. 3. Os corpora São analisados três conjuntos de dados do Projeto NURC, coletados em duas épocas distintas, os locutores estratificados em três faixas etárias: 25 a 35 anos; 36 a 55 anos e 56 anos em diante. O primeiro foi obtido no início da década de 7; o segundo, na década de 9, com alguns dos mesmos informantes do corpus anterior e, o terceiro, uma nova amostra, com novos locutores, também na década de 9. A segunda amostra, chamada de recontato, ainda que muito reduzida para ter significância estatística, é, de qualquer modo, valiosa para a interpretação dos resultados iniciais. Essa redução deveu-se, em parte, à dificuldade de localizar os mesmos informantes dos anos 7, principalmente os que àquela altura pertenciam à terceira faixa, necessariamente, anos depois, com mais de 76 anos. As entrevistas, em média de 35 minutos de gravação, focalizam os mesmos tópicos das entrevistas anteriores. Para a quantificação dos dados, submetemos os corpora ao pacote de programas VARBRUL (Sankofff, 1988). A última versão, além de calcular os pesos relativos dos fatores de cada variável, na aplicação da regra -- expressa na variável dependente -- apresenta uma seleção estatística. Tal seleção ocorre inicialmente em função de um valor estatístico denominado nível de significância, que deve ser igual ou menor que.5, sendo um nível de significância de. considerado ideal. 4. Processos de mudança Como referido na Introdução, serão analisados aqui três fenômenos fonéticofonológicos e dois morfossintáticos, com o propósito de verificar a atuação dos fatores externos, faixa etária e gênero. Os resultados relativos à análise de cada um dos processos em causa serão relacionados aos quatro padrões propostos por Labov (1994) para caracterizar a variação/mudança, no indivíduo e na comunidade (cf. Quadro 1). A dificuldade de interpretação, como se procurará demonstrar, decorre do fato de nem sempre ser nítido o enquadramento nos modelos ideais propostos, em virtude de poder ocorrer uma combinação de padrões, em função da segmentação dos falantes por grupos distintos: jovens, idosos, homens e mulheres. 4

5 4.1 Processos fonético-fonológicos A inserção de iode [j] diante de /S/ A ditongação de uma vogal seguida do arquifonema /S/ é uma tendência bastante forte no dialeto carioca (mê[y]s], rapa[j]z). Révah (1958), em seu trabalho sobre L évolution de la prononciation au Portugal et au Brésil du XVIe siècle à nos jours, afirma que esse processo se limita à posição final acentuada e constituiria um traço de oposição entre o português brasileiro e o português europeu. De acordo ainda com o autor, a pronúncia era estigmatizada, devendo ser evitada na fala culta. Sousa da Silveira (196) e Silva Neto (195) consideravam que essa realização ocorria mais freqüentemente no dialeto não-padrão e podia ser explicada como decorrência da palatalização do S no Rio de Janeiro. O processo de dintongação era atestado até mesmo na poesia, em rimas do tipo: azuis / luz, jamais / voraz. A criação desse ditongo acarretaria, além disso, uma neutralização entre os constrastes que se registram na língua escrita, como, por exemplo, mas (conjunção) e mais (advérbio), pôs (3a pessoa do verbo pôr) e pois (conjunção). Trata-se, na verdade, de um processo variável, em que atuam tanto o acento lexical, referido por Révah, quanto o acento frasal, e outros condicionamentos, entre eles, dimensão do vocábulo e tipo de vogal precedente. Essa ditongação variável, além disso, deve ser considerada um processo fonético, não sendo, como tal, representado na transcrição fonêmica. 1 No Rio de Janeiro, a implementação do glide vocálico pode dar-se com qualquer uma das realizações do arquifonema /S/, embora seja mais freqüente quando se trata da palatal, tanto na década de 7 quanto na de 9, e prioritariamente em vocábulos monossilábicos: pa[j]z, pá[j]s, fa[j]z, tra[j]z. 2 Embora a ditongação tenha também sido registrada em posição medial de palavra, essa ocorrência é rara e, em nossos dados, esteve restrita a poucos vocábulos, sempre com a variante palatalizada: mesmo, desde, transformado, responsável, restrita, entusiasmado. 1 Para uma análise do fenômeno na perspectiva da teoria autossegmental ver Bisol (1994) e, na perspectiva da sociolingüística quantitativa laboviana, Callou et alii (). 2 Pais (plural de pai), pás (plural de pá), faz e traz (3ª pessoa do singular do presente do indicativo de fazer e trazer, respectivamente). 5

6 A análise do fenômeno restringe-se à posição final, tendo sido examinados 868 dados no corpus da década de 7, 619 no corpus do recontato e 659 na nova amostra da década de 9. A distribuição dos resultados nas três amostras pode ser observada na Tabela 1. Ditongação Década 7 9/RE 9/AC Posição final 52% /,53 45% /,46 38% /,39 Tabela 1- Freqüência -- e peso relativo -- do fenômeno em final de vocábulo Buscando visualizar melhor a ação das variáveis sociais, estabeleceu-se uma variável compósita, gênero/faixa etária, que se mostrou relevante em todos os corpora. Em uma primeira etapa, comparam-se os mesmos informantes nas décadas de 7 e de 9 (recontato), a fim de verificar se o falante não muda a sua realização fônica ao longo da vida (comportamento estável do indivíduo -- padrão de mudança geracional) ou se ele muda, assumindo o comportamento da faixa etária subseqüente (comportamento instável do indivíduo -- padrão de gradação etária). As Figuras 1 e 2, relativas ao estudo em painel -- mesmos informantes em dois períodos discretos de tempo -- mostram um comportamento aparentemente diferenciado dos dois sexos. A Figura 1 evidencia, pela distribuição por faixa etária, na década de 7, para os homens, uma leve regressão da regra, uma vez que os falantes mais jovens apresentam freqüências mais baixas (1 pontos percentuais) que os falantes da última faixa etária. Já a curva na década de 9, que retrata o comportamento dos mesmos informantes vinte anos depois (RE), evidencia que os falantes da década de 7 da segunda faixa etária (H2- adultos) são os únicos que reproduzem exatamente o seu comportamento ao passar para a faixa subseqüente em 9 (H3), isto é, se mantêm estáveis -- estabilidade evidenciada pelo padrão curvilinear. Nas demais faixas, há uma alteração: na mudança de uma faixa para a outra, os jovens aumentam a freqüência de aplicação da regra e os mais idosos a diminuem. 6

7 DÉC. 7 RE H1 H2 H3 H4 Figura 1 - Ditongação em homens, nas duas décadas, mesmos falantes As mulheres (Figura 2) apresentam uma estabilidade maior e todos os falantes do sexo feminino mantêm o seu comportamento de uso, ao mudarem de faixa, com discretas diferenças percentuais, o que pode ser visualizado pelas linhas paralelas da figura: repete-se o padrão apenas deslocado para a direita. Há, aqui, portanto, indicativos mais nítidos de mudança geracional. DÉC. 7 RE M1 M2 M3 M4 Figura 2 - Ditongação em mulheres, nas duas décadas, mesmos falantes Ao compararem-se grupos distintos -- Figuras 3 e 4 -- nas duas décadas, observa-se, à primeira vista, instabilidade, tanto para os homens como para as mulheres. Como se viu, na década de 7, em tempo aparente, há indicativo de mudança: para os homens, no sentido 7

8 de regressão da regra (cf. Figura 1); para as mulheres, no sentido de sua implementação (cf. Figura 2). Já na década de 9, a curva é de variação estável, nos dois casos, estando o ápice de aplicação da regra localizado na faixa intermediária. DÉC. 7 9 (NA) H1 H2 H3 Figura 3 - Ditongação em homens, em amostras distintas. DÉC. 7 9 (NA) M1 M2 M3 Figura 4 - Ditongação em mulheres, em amostras distintas O padrão que, pelo comportamento dos mesmos informantes em épocas distintas, poderia ser interpretado como o de mudança geracional, com estabilidade parcial do indivíduo -- mais nítida, nas mulheres -- não se confirma, uma vez que a comunidade é também estável, embora, como se viu na Tabela 1, o fenômeno apresente regressão, em termos percentuais, da década de 7 para a de 9. 8

9 É necessário, no entanto, relativizar esses resultados, já que ocorre interação de fatores sociais e estruturais. Se levarmos em conta a dimensão do vocábulo, verifica-se que essa regressão, que se pode comprovar pela Tabela 2, só se dá em palavras de duas ou mais sílabas. Sílabas 7 RE AC Uma 65%.63 61%.65 62%.7 Duas 48%.45 31%.36 27%.41 três -- 41%.39 35%. 19%.32 Tabela 2 - Ditongação, em 7 e 9, segundo a dimensão do vocábulo Nos monossílabos, poder-se-ia dizer que até há uma implementação. Assim, a perda em alguns contextos é compensada pela implementação em outros: a análise evidencia, assim, que o processo se mantém estável com percentual baixo de aplicação Apagamento do R final A chamada vibrante múltipla apresenta, em posição de coda silábica, elevado grau de polimorfismo, prestando-se à caracterização dialetal do português do Brasil. Realiza-se, habitualmente, como vibrante alveolar ou uvular; fricativa velar; aspiração ou zero (Callou, 1987; Callou et alii, 1998). Essa alternância pode ser explicada, segundo a teoria da dispersão (Lindblom, 1963), pelo maior espaço articulatório disponível para as múltiplas realizações dos segmentos fônicos, uma vez que o contraste existente em posição intervocálica se anula naquele contexto, acarretando uma latitude articulatória mais ampla. A variação do R, observada em muitas outras línguas, reflete um processo de posteriorização do ponto de articulação, acompanhado de enfraquecimento e perda da consoante (Granda Gutierrez, 1966; Martinet, 1969; Pählsson, 1972). A distribuição geral das suas múltiplas realizações (Figura 5), no Rio de Janeiro, nas duas décadas, mostra que, em posição externa, final de vocábulo, não há praticamente alteração nesse espaço de tempo, a não ser um ligeiro aumento do percentual de apagamento. 9

10 POSIÇÃO EXTERNA DÉC. 7 DÉC ALV. UVUL. VEL. ASP. APAG. Figura 5- Realização do R em posição final de vocábulo, no dialeto carioca, nas décadas de 7 e 9. Restringe-se aqui a análise ao apagamento do segmento nos infinitivos dos verbos, por ser esse um fenômeno marcante no português do Brasil e por ser nesta categoria gramatical que a regra se encontra em estágio mais avançado. Foram analisados 2723 casos, na década de 7, 56, na década de 9, da amostra recontato, e 817 da nova amostra, na década de 9. Nas figuras 6 e 7, comparam-se os pesos relativos ao apagamento, considerando as amostragens que incluem indivíduos distintos (estudo de tendências), homens versus mulheres, em 7 e em 9. DÉC. 7 DÉC. 9 DÉC. 7 DÉC H1 H2 H M1 M2 M3 Figura 6 - Apagamento do R em homens Figura 7 - Apagamento do R em mulheres 1

11 As curvas de distribuição indicam, para os homens, uma variação estável, em ambos os períodos. O segundo e terceiro grupos, adultos e idosos, apresentam comportamentos opostos em 7 e 9: na segunda faixa, há um aumento significativo e na terceira um decréscimo. Uma provável explicação para o aumento, em 9, na segunda faixa -- que coincide, no Brasil, com a senioridade na vida profissional -- é a de o apagamento do R não ser mais uma pronúncia estigmatizada, ao menos em verbos, correspondendo a uma nova norma introduzida na comunidade. Para as mulheres, as curvas de distribuição indicam mudança em progresso nos dois casos, expressa no gráfico pela quase superposição das linhas. Comparando os mesmos informantes, em ambos os períodos (estudo em painel), pode-se verificar que o comportamento não é o mesmo ao longo da vida do indivíduo. A freqüência de apagamento do R continua a avançar, exceto na última faixa etária (Figuras 8 e 9). DÉC. 7 DÉC. 9 DÉC. 7 DÉC H1/H2 H2/H3 H3/H4 M1/M2 M2/M3 M3/M4 Figura 8 - Comportamento individual (RE) dos homens em relação ao apagamento do R Figura 9 - Comportamento individual (RE) das mulheres em relação ao apagamento do R Esses resultados revelam que o indivíduo do sexo masculino (Figura 8), ao mudar de faixa, não conserva o seu comportamento nem tampouco adota o padrão projetado para a faixa etária subseqüente, o que torna difícil interpretar se estamos diante de um padrão de mudança geracional ou de gradação etária. O mesmo ocorre com o indivíduo do sexo feminino (Figura 9), com exceção dos mais idosos, que se mantêm estáveis. Tal comportamento, segundo Labov (1994: 14 e 112), poderia ser explicado pelo fato de os mais idosos, algumas vezes, não terem participação ativa nos processos de mudança que ocorrem à sua volta. 11

12 Comparando os percentuais e input geral de aplicação da regra de apagamento, sem levar em conta as variáveis gênero e faixa etária, no estudo de tendências, verifica-se que a comunidade (Tabela 4) se mantém estável, com aumentos percentuais progressivos e distribuição diferenciada por faixa etária. Apagamento do R verbos Década de 7 73% /,7 9 (nova amostra) 82% /,82 Tabela 4 - Comportamento da comunidade nos dois períodos de tempo Alteamento da vogal média pretônica O vocalismo átono do português é considerado um fator de diferenciação não só entre o português do Brasil e o de Portugal, mas também entre os subfalares brasileiros. O processo de alteamento é bem antigo. Segundo Révah (1958), ele já se teria completado em Portugal no século XV, opinião contestada por Carvalho (1969), que afirma que até o século XVIII ainda ocorreria em posição pretônica a alternância i/e e o/u. Ainda segundo esse autor, a pronúncia atual brasileira representaria "um reflexo mais fiel da antiga pronúncia portuguesa, conservada nos falares ultramarinos como um dos seus traços arcaizantes..." e não, como concluiu Révah, uma restauração moderna e erudita. A elevação das vogais médias pretônicas está condicionada, no português do Brasil, a fatores que evidenciam comportamentos distintos da vogal anterior e da vogal posterior (Bisol, 1984; Silva, 1989; Callou et alii, 1991). Para a vogal anterior, o fator que se mostra mais atuante é a presença de vogal alta na sílaba subseqüente. Para a vogal posterior, é o ponto de articulação das consoantes circunvizinhas, labial ou velar, o maior propulsor do processo. Assim, é mais provável que se elevem as vogais posteriores de moleque, bolacha e colégio do que as de soluço, rotundo, prodígio e sorriso. A expressão harmonia vocálica, usada tradicionalmente para definir uma mudança de timbre de vogal determinada pelo timbre de outra vogal, aplica-se melhor, no caso em questão, à vogal anterior. No caso das posteriores, a elevação é determinada 12

13 primordialmente por ajustamento ao ponto de articulação das consoantes circunvizinhas e apenas secundariamente pela altura da vogal tônica. Nossa análise estará limitada à elevação das vogais médias pretônicas [e] e [o], que passam respectivamente a [i ] e [u ], em sílabas do tipo CV. 3 Foram analisados 3 dados, 16, para a vogal anterior e, 16, para a vogal posterior, cerca de 5 dados para cada uma das três amostras. A Tabela 5 apresenta os pesos relativos à aplicação da regra de elevação de [e] para [i]: Década de 7,52 9/ recontato,53 9/ nova amostra,46 Tabela 5- Aplicação da regra de harmonia vocálica nos três corpora, em relação à vogal anterior. Confrontando os indivíduos entrevistados em 7 e depois recontactados (Figura 1), verifica-se que os mais jovens, ao mudarem de faixa, da primeira para a segunda e da segunda para a terceira, levam o seu comportamento para a faixa subseqüente, com exceção dos mais idosos que, ao passarem da terceira para a quarta faixa, elevam o percentual de aplicação da regra de elevação de [e] para [i]. ALTEAMENTO DO /e/ DÉC. 7 REC F1/F2 F2/F3 F3/F4 Figura 1 - Comportamento individual, nas décadas de 7 e 9 (RE) 3 Não foi considerado o padrão #VC, em que a regra de [e] para [i] é quase categórica -- em formas como [i]spelho, [i]studo, [i]strada -- e a de [o] para [u] nunca se aplica: h[o]rtelã, [o]stentar, [o]rçamento, h[o]spedar 13

14 Quando se comparam indivíduos distintos (Figura 11), não há também diferenças marcantes, sendo possível concluir que a comunidade é estável, não ocorrendo praticamente diferenciação por faixa etária, sobretudo na década de 9. Em tempo aparente, a curva é, nas duas décadas, de variação estável, com inversão na segunda faixa etária: os falantes dessa faixa, em 7, são os que mais aplicam a regra e, em 9, os que menos a utilizam. ALTEAMENTO DO /e/ DÉC. 7 9/NA FX. 1 FX. 2 FX. 3 Figura 11 - Comportamento de comunidades distintas, nas duas décadas. No que se refere à vogal posterior [o], os pesos relativos às três amostras podem ser vistos na Tabela 6 : Década de 7,55 9/RE,48 9/nova amostra,48 Tabela 6- Aplicação da regra de harmonia vocálica nos três corpora, em relação à vogal posterior. Figura 12. Há estabilidade do indivíduo, em todas as faixas etárias, como se pode observar na 14

15 ALTEAMENTO DO /o/ DÉC. 7 REC F1/F2 F2/F3 F3/F4 Figura 12 - Corportamento do indivíduo, ao mudar de faixa, de uma década para a outra. Ao opor grupos distintos de indivíduos (Figura 13), nota-se que as curvas estão quase superpostas, revelando mais uma vez que se trata de um fenômeno estável na língua, não tendo sido detectada qualquer diferença de comportamento entre falantes do sexo masculino e feminino. ALTEAMENTO DO /o/ DÉC. 7 9/NA FX. 1 FX. 2 FX. 3 Figura 13 - Curvas de distribuição nas duas décadas (indivíduos distintos) É digno de nota o fato de um processo tão produtivo no português europeu não tenha tido continuidade no português brasileiro, mantendo praticamente a mesma variação, referida por vários autores, à época da colonização no Brasil. 15

16 4. 2 Processos morfossintáticos Ter/haver-existencial O uso de ter por haver tem sido objeto de estudo sistemático e costuma-se dizer que essa substituição, em estruturas existenciais, constitui uma das marcas que caracterizam o português do Brasil, afastando-o do português de Portugal e aproximando-o do de Angola e Moçambique. Ter/haver-existenciais ocorrem obrigatoriamente com um constituinte interpretado como objeto direto, mas nunca com um constituinte sujeito de referência definida. O verbo pode aparecer não só com o sentido de existir, como em (1) e (2), mas também com o de ocorrer ou acontecer, como em (3) e (4): (1) tem uma partezinha assim pra você botar os pés (7-inq.88) (2) as vacas que havia eram quase todas subnutridas (7-inq.68) (3) aquele congresso que teve lá no Rio Sul (9-inq.347) (4) a coisa bonita que eu vi é quando havia a enchente do Pantanal (9-inq.1) Callou & Avelar (1999) mostram ainda que, nesse tipo de construção, na língua escrita, o haver, no português brasileiro, tomando por base anúncios publicados em jornais do século XIX, era predominante, 78% versus 22% de ter. Os autores, contudo, admitem a possibilidade de o avanço de ter, nesse período, já se encontrar em etapa mais avançada, tendo em vista a observação de gramáticos do século passado. Júlio Ribeiro, em sua Grammatica Portugueza (1914), por exemplo, afirma que a substituição de ter sobre haver vinha se tornando geral no Brasil, até mesmo entre as pessoas illustradas (p. 296). Rocha et alii (1999) analisam textos atuais de três jornais cariocas O Globo (classe A), O Dia (classe B) e Povo (classe C), voltados para leitores de classes sócioeconômicas diferenciadas, e chegam à conclusão de que O Globo é o único jornal em que se mantém o predomínio de haver, a forma mais conservadora. Nos jornais mais populares, o uso de ter é mais freqüente (Figura 14). 16

17 DISTRIBUIÇÃO DE TER E HAVER POR JORNAIS (DÉCADA DE 9) 8% 6% % % TER HAVER % O GLOBO O DIA POVO Figura 14 - Distribuição de uso por tipo de jornal Para caracterizar o atual estágio de superposição dos dois verbos no português oral contemporâneo, mais especificamente na fala urbana culta do Rio de Janeiro, focalizam-se 1528 construções existenciais (845 em 7, 315 em 9/RE e 368 em 9/AC) Os resultados obtidos através do confronto dos corpora de 7 e 9/RE (Figura 15) revelam que, na fala culta oral, a penetração de ter no campo de haver ainda não se completou, embora haja um aumento percentual de ter. TER HAVER 1% 85% 8% 63% 6% % % % 37% DÉC. 7 DÉC. 9 15% Figura 15 - Variação de ter/haver em construções existenciais Pode-se observar que, de uma década para outra, a freqüência de uso de haver sofre uma redução significativa em todas as faixas etárias e, entre os falantes mais jovens, não atinge 3%. A Figura 16, de todo modo, evidencia que o padrão de distribuição desse verbo se mantém nas duas décadas: quanto mais jovem o falante menor a possibilidade de uso do haver existencial. Na Figura 17, delineia-se o comportamento do indivíduo: as linhas apresentam-se paralelas, indicando relativa estabilidade, embora com elevação da freqüência de uso da forma não-padrão, ter. 17

18 1% 8% 6% % % % DÉC. 7 DÉC. 9 98% 72% 7% 69% 62% 62% faixa 1 faixa 2 faixa 3 9% 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % DÉC. 7 DÉC. 9 78% 74% 64% 6% 59% 56% faixa 1 faixa 2 faixa 3 faixa 4 Figura 16 - Uso de ter por faixa etária Figura 17 - Uso de ter por faixa etária (comunidades distintas) (mesmos informantes) Se enfocarmos o comportamento individual, agrupando os falantes por gênero, é possível inferir que todos os falantes jovens, homens (Figura 18) e mulheres (Figura 19) são estáveis, levando o seu comportamento para a faixa subseqüente. Nas demais faixas, pode-se dizer que, em geral, há estabilidade nas mulheres e instabilidade nos homens. Ao que parece, são os homens que mudam o seu comportamento lingüístico de 7 para 9. DÉC. 7 DÉC. 9 DÉC. 7 9 RE 9% 1% 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % H1 H2 H3 H4 9% 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % M1 M2 M3 M4 Figura 18 - Comportamento individual (homens) Figura 19 - Comportamento individual (mulheres) No que se refere à atuação da comunidade, em relação mais uma vez, à variável gênero, pode-se constatar que as mulheres não alteram o seu comportamento, no espaço de anos, mas os homens sim, sugerindo comportamentos distintos e normas de uso distintas. Na década de 9, os homens já atingem o patamar de uso das mulheres, indicando que, nos dias atuais, haveria uma só norma de uso (Figura ). 18

19 DÉC. 7 DÉC. 9 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % HOMENS MULHERES Figura - Comportamento da comunidade, em7 e 9, em relação ao uso de ter Se confrontarmos as comunidades, em 7 e 9, levando em conta a interação das duas variáveis, gênero e faixa etária, observa-se (Figuras 21 e 22) que, na década de 7, o comportamento dos falantes é diferenciado. DÉC. 7 DÉC. 9 DÉC. 7 DÉC. 9 1% 9% 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % FX. 1 FX. 2 FX. 3 1% 9% 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % FX. 1 FX. 2 FX. 3 Figura 21 - Comportamento dos homens em 7 e 9 (comunidade) Figura 22 - Comportamento das mulheres em 7 e 9 (comunidade) Em 7, chega-se à conclusão de que nos homens (Figura 21) configura-se uma variação estável, jovens e idosos apresentando quase o mesmo percentual -- baixo -- de uso de ter, em oposição à faixa intermediária. Em 9, a curva é de mudança em progresso: os jovens usam quase categoricamente a forma inovadora e adultos e idosos apresentam também alto percentual de uso. Nas mulheres (Figura 22), no entanto, desde a década de 7, o ápice de freqüência se situa na faixa mais jovem, o que seria indicativo de a mudança ter tido início em falantes do sexo feminino. Na década de 9, a diferença, entre homens e mulheres, se restringe à fala dos idosos (homens - 68% e mulheres - 31%). 19

20 4.2.2 A variação nós/a gente O processo de pronominalização do substantivo (a) gente ocorreu de forma lenta e gradual e só foram registradas ocorrências de a gente como pronome no século XVIII. O traço formal de número plural se perdeu com o tempo, deixando de apresentar as propriedades caracterizadoras do nome. Até o século XIX, era empregado tanto no singular (esta gente) quanto no plural (estas gentes). A especificação positiva de gênero formal [+fem] do substantivo também desapareceu, tornando-se neutra, do mesmo modo como ocorreu com outras formas pronominais de primeira e segunda pessoas (eu/nós, tu/você(s)/vós), que não têm gênero formal. Além disso, a fase histórica que marca a gramaticalização de a gente é basicamente a mesma nos dois espaços intercontinentais (Brasil e Portugal). Analisando a variação de uso de nós e a gente em 668 dados de fala (252 da década de 7, 197 do recontato e 219 da amostra complementar de 9) do português do Brasil, Lopes (1999) mostra que 56% são de a gente e 44% de nós. Na verdade, na amostra relativa à década de 7, o percentual de uso de a gente era de 42%, e de nós, de 58%. Na década de 9, ocorre uma inversão, com a forma inovadora suplantando a forma conservadora, o que sugere uma implementação de uso de a gente, em detrimento de nós, nos últimos anos, na chamada norma culta brasileira. Parece que a substituição de nós por a gente se deu progressivamente. Verifica-se que os mesmos falantes, ao serem recontactados, anos depois, continuam implementando o uso de a gente. Tal comportamento individual parece estar de acordo com o comportamento lingüístico da comunidade em geral, na década de 9, uma vez que os resultados relativos à amostra complementar confirmam os elevados índices para a forma não-padrão, a gente: 75%. A Figura 23 apresenta o percentual geral de uso de a gente nas três amostras.

21 8% 7% 6% 5% % 3% % 1% % DÉC. 7 9/RE 9/AC Figura 23 - Uso de a gente nas três amostras As faixas etárias mais jovens -- tanto homens quanto mulheres -- aparecem sempre com os índices mais altos de aplicação da regra (uso de a gente). A Figura 24 apresenta os pesos relativos de uso de a gente no estudo de tendências e no de painel, para os homens, evidenciando que, em termos do comportamento da comunidade (visualizado pela linha tracejada), as curvas de distribuição de a gente apresentam o mesmo padrão linear nas duas décadas, 7 e 9, com crescimento significativo de uso na primeira faixa etária de uma década para a outra. Tal diferença parece apontar para uma implementação acelerada da forma entre os jovens (de 25 a 35 anos) do sexo masculino. Os resultados relativos ao estudo de painel (visualizado pela linha pontilhada) comprova um comportamento estável dos falantes do sexo masculino. Os mais jovens e os adultos levam o seu comportamento ao mudarem de faixa, com discretas diferenças percentuais, e apenas os mais idosos elevam a sua freqüência de uso. DÉC. 7 9/RE 9/AC H1 H2 H3 H4 Figura 24 - Uso de a gente em falantes masculinos nas três amostras 21

22 Em relação às mulheres (Figura 25), há uma superposição das curvas relativas ao comportamento da comunidade nas duas décadas, indicando, nos dois casos, mais uma vez, uma mudança em progresso. 7 RE AC/ M-1 M-2 M-3 M-4 Figura 25 - Uso de a gente em falantes femininos nas três amostras No que diz respeito ao comportamento individual (linha pontilhada), nota-se ainda que apenas os falantes mais idosos mantêm o seu padrão de uso, padrão esse semelhante ao apresentado pelas mulheres no que tange ao apagamento do R. A instabilidade evidenciada na passagem da primeira para a segunda e da segunda para a terceira faixas poderia ser justificada por "pressões sociais" advindas do ingresso ou da saída do mercado de trabalho. 5. Conclusões Os resultados apresentados permitem concluir que a interpretação de uma mudança não se limita ao confronto de percentuais de aplicação de um determinado processo, em períodos discretos de tempo. A julgar pelos dados quantitativos brutos, por exemplo, tanto a regra de inserção do [j] diante de /S/ quanto a de alteamento da vogal pretônica, estariam em regressão. No entanto, a diferenciação por faixa etária e a comparação dos três corpora demostram a estabilidade dos dois processos, que se mantêm com percentuais baixos de aplicação, embora representem fenômenos de mudança muito antigos no português do Brasil. Embora haja, em todos os casos, diferenciação indicadora de faixa etária, os fenômenos focalizados enquadram-se em padrões distintos, de acordo com o comportamento do indivíduo e da comunidade (cf. Quadro 1). No caso do alteamento da pretônica e inserção do [j], o indivíduo é estável, do mesmo modo que a comunidade, e os 22

23 processos em questão não representam uma mudança em progresso. Já no caso de apagamento do /R/ dos infinitivos, embora a comunidade permaneça relativamente estável, o indivíduo apresenta, em geral, um comportamento instável, caracterizando preferencialmente um padrão de gradação etária. Neste caso, a mudança só se concretiza pelo aumento lento e gradual progressivo dos percentuais de implementação da regra (Labov, 1994: 97). As variações morfossintáticas, por outro lado, correspondem, grosso modo, a uma mudança geracional: o indivíduo é estável, mantendo basicamente o comportamento lingüístico no decorrer de sua vida, mas a comunidade pode ser considerada instável. Os dois processos, contudo, não são idênticos. O processo de substituição de haver-existencial por ter já era flagrante, na década de 7, embora fosse mais nítido em falantes do sexo feminino. No de nós por a gente, há uma inversão na relação entre as formas alternantes: em 7, a forma nós ainda predomina, o que já não ocorre em 9. Em ambos os casos, o uso das formas inovadoras, entre os jovens, é quase categórico. Assim, ao aplicar os modelos interpretativos da mudança em progresso, propostos por Labov (1994: 96), teríamos o seguinte quadro: Indivíduo Comunidade Fenômenos 1. Estabilidade Estável estável Inserção de [j] e alteamento pretônica 2. Gradação etária Instável estável Apagamento do /R/ e uso de ter/haver 3. Mudança geracional Estável instável Uso de nós/a gente Quadro 2- Padrões de mudança no indivíduo e na comunidade Deve-se ressaltar que, nessa interpretação, se neutraliza a diferença de gênero, em função do pressuposto de que não há propriamente 'linguagens' distintas de homens e mulheres e sim uma preferência por certos usos lingüísticos. A oposição entre a fala masculina e feminina conta com extensa bibliografia e já ficou demonstrado ser a variável gênero uma das responsáveis pela heterogeneidade lingüística. Ainda não se definiu, contudo, com clareza, o papel que os falantes do sexo feminino desempenham nos processos de variação e mudança lingüísticas (Labov, 199). Em conclusão, os modelos preditivos adotados permitem a inserção dos processos no quadro geral de variação e mudança, mas não traduzem integralmente a complexidade do comportamento lingüístico e social do indivíduo e da comunidade. 23

24 6. Referências ALVAR, M Estruturalismo, geografia lingüística y dialectologia actual. Madrid, Gredos. BISOL, L Hamonização Vocálica. Tese de Doutorado. Letras/ UFRJ Ditongos Derivados. D.E.L.T.A., 1, n o especial: PUC/SP. CALLOU, D. J. MORAES & Y. LEITE Elevação e Abaixamento das Vogais Pretônicas no Rio de Janeiro. Organon Vol 5, (18): Porto Alegre Apagamento do R final no dialeto carioca: um estudo em tempo aparente e em tempo real. D.E.L.T.A., 14, n o especial: PUC/SP A ditongação no português do Brasil: estudo de dois casos. Actes du XXIIe Congrès International de Linguistique et de Philologie Romanes. Bruxelles, juillet 1998, vol 3- Vivacité et diversité de la variation linguistique.: Tübingen, Max Niemeyer Verlag. CALLOU, D. & AVELAR, J Estruturas com ter e haver em anúncios do século XIX. Comunicação apresentada no III Seminário do Projeto Para uma história do português brasileiro, UNICAMP. No prelo. CALLOU, D Variação e distribuição da vibrante na fala urbana culta do Rio de Janeiro. Rio de janeiro, UFRJ/PROED. CARVALHO, H Nota sobre o Vocalismo Antigo Português: Valor dos Grafemas e e o em sílaba átona. In: Estudos Lingüísticos II, Coimbra, Atlântida: GAUCHAT, L L'unité phonétique dans le patois d'une commune. Halle. GRANDA GUTIÉRREZ, G La velarizacion de RR en Puerto Rico. Revista de Filologia Espanhola, 49: , Madrid. LABOV, W Principles of linguistic change. Oxford/Cambridge, Blackwell , 199. The intersection of sex and social class in the course of linguistic change. Sankoff, D. et alii (eds) Language variation and change, 2 (2): Cambridge University Press. LINDBLOM, B Spectrographic Study of Vowel Reduction. JASA 35: LOPES, C A inserção de a gente no quadro pronominal do português: percurso histórico. Tese de Doutorado. Letras/UFRJ. MARTINET, A R, du latim au français d'aujourd'hui. In: Le français sans fard. Paris, Presses Universitaires de France: MATTOS E SILVA, R. V A variação haver/ter. In MATTOS E SILVA, R. V. (org.) A carta de Caminha Testemunho lingüístico de 15, Salvador, EDUFBA. PÄHLSSON, C The Northumbrian Burr. Lund, Berlingska Boktryckeriet. Lund. POP, S. (ed) Enquête Linguistique à l'echelle mondiale. ORBIS, Louvain, 1 (1): RÉVAH, I. S L évolution de la prononciation au Portugal et au Brésil du XVIe siècle à nos jours. Anais do Primeiro Congresso Brasileiro de Língua Falada no Teatro: Rio de Janeiro, MEC. RIBEIRO, J Grammatica portugueza. 12 ª ed. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves & C. ROCHA, A. L. et alii Ter e haver em estruturas existenciais. Faculdade de Letras/UFRJ, mimeo. SANKOFF, D Variable rules. Montréal: Université de Montréal, Centre de Recherches Mathématiques. SILVA, M. B As pretônicas no falar baiano. Tese de Doutorado. Letras/UFRJ. SILVA NETO. S Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil. Rio de Janeiro, INL. SOUSA DA SILVEIRA, A Lições de português, 6 ed. Rio de Janeiro, Livros de Portugal. TEYSSIER, P História da língua portuguesa. Rio, Livros de Portugal. WEINREICH, U., LABOV, W. e HERZOG, M. I Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W. e MALKIEL, Y., ed. Directions for historical linguistics, Austin, University of Texas Press:

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