Santa Maria/RS reuniu os melhores do Estado e apontou candidatos ao Laço de Ouro

Transcrição

1 Capital argentina sedia primeira classificatória do ciclo e garante cinco animais na final Julgamentos em Esteio/RS e Uruguaiana/RS confirmam exemplares na Expointer Santa Maria/RS reuniu os melhores do Estado e apontou candidatos ao Laço de Ouro

2 Um Bocal para ficar na memória Quem esteve no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio/RS, entre os dias 19 e 22 de abril, não vai esquecer tão cedo o que pôde presenciar. Ali, nos quase 31 anos em que o Freio de Ouro seleciona os melhores cavalos Crioulos do Brasil, poucas vezes se viu um animal que causasse tamanho fascínio e encanto. Oraca encheu a pista sozinha. Foi a protagonista do grande evento de seleção da raça. Roubou a cena. Hipnotizou. Fez o público se calar e aplaudir de pé a cada nota 10. Era o reconhecimento ao status que a égua ganhou após quebrar recordes, paradigmas e estabelecer um marco que a partir de então divide a história da modalidade. Oraca do Itapororó simboliza o atual resultado de um árduo trabalho de 80 anos de busca pelo animal completo. A gateada provou que é possível, sim, um animal de altíssima morfologia voar na função. E mais, mostrou que a seleção da raça evoluiu muito em oito décadas e chegou a um ponto em que as arestas a serem lapidadas em seus exemplares já não representam obstáculos tão grandes. Oraca é o produto mais próximo da perfeição que esta ferramenta já construiu. Ainda que o julgamento possa ser considerado subjetivo, não só a histórica nota 10, mas 9,7 já é uma pontuação morfológica a ser celebrada. É muito mais do que até então era tido como nivelador qualitativo em termos de morfologia funcional. A questão agora é: até onde a raça pode ir? Chegará o dia em que mais de um animal com essas mesmas virtudes estará em pista. E nessa hora, quais serão os critérios de julgamento? Definitivamente, o Bocal de Ouro 2012 ficará para sempre na memória dos crioulistas como um momento de consolidação da seleção da raça, mas também de evolução da metodologia e revisão de parâmetros de avaliação. Saiba detalhes da competição e conheça os outros animais classificados no evento nas páginas 12 e 13.

3 América crioulista encontra-se na ExpoFICCC Em caráter itinerante, desta vez o país-sede das provas será o Uruguai e o local de realização do evento é o Parque do Prado, em Montevidéu, entre os dias 24 e 27 de maio. Além dos orientais, a ExpoFICCC também concentrará brasileiros, argentinos e paraguaios, nas disputas do Freio da FICCC e classificatória ao Freio de Ouro, Morfóloga, Movimiento a La Rienda, Enduro e Paleteada Internacional. Para estimular os competidores que representarão o Brasil no Uruguai, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) custeará as inscrições de todos os animais participantes do país. Também, para incentivar a presença de estrangeiros no evento, o translado dos animais da aduana até o parque será subsidiado pelo país sede. Para o deslocamento é necessário comprovar a realização dos exames contra surra, piroplasmose, estomatite vesicular, anemia infecciosa equina, mormo e arterite viral. Além disso, os proprietários terão de apresentar atestados das vacinas de influenza equina tipo A, encefalomielite leste e oeste e adenite. Acompanhe abaixo a programação e uma lista com opções de estada na capital uruguaia. Mais informações podem ser obtidas com a Sociedad de Criadores de Caballos Criollos del Uruguay, organizadora do evento, pelo telefone (598) , info@caballoscriollos. com.uy ou no site A lista completa com os participantes brasileiros está disponível no site da ABCCC, no endereço

4 Dia de trocar ideias e uniformizar conceitos de julgamento Esta foi a segunda edição do encontro coordenado pelo vice- -presidente de eventos, Mário Móglia Suñe, e pelo vice-presidente técnico da entidade, Ricardo Vieira Borges. Segundo ambos, os resultados apresentados em provas após o encontro realizado no ano passado foram excelentes, por isso, o trabalho teve sequência. Este tipo de evento serve para a Associação falar a mesma linguagem dos jurados, temos que entender e defender os critérios utilizados por eles, diz Suñe. O dirigente ainda salienta que a responsabilidade dos profissionais que fazem o julgamento hoje é ainda maior. A grande evolução da raça tornou os critérios de seleção dos animais com melhor morfologia e funcionalidade ainda mais rigorosos. Hoje já encontramos fêmeas com nível 9,5, exatamente como a gente queria. A raça cresce e evolui e nós, técnicos e jurados, temos que acompanhar isso, afirma. A reunião para atualização de critérios dos jurados é uma tentativa de padronizar as técnicas de seleção para que as notas e os métodos de avaliação não se diferenciem muito de acordo com o jurado da prova. Além de enfatizar o que diz o colega, Borges destaca que ambos aprendem muito neste tipo de atividade. O encontro teve início às 9h e se estendeu por toda a manhã. Durante o evento todos os jurados acompanharam vídeos para analisar em conjunto provas morfológicas, além de todas as etapas do Freio de Ouro. O resultado do encontro foi avaliado positivamente pelos jurados que elogiaram a iniciativa da ABCCC e comentaram o intuito da reunião. Para o criador André Narciso Rosa, de Navegantes/SC, o encontro servirá para reduzir a margem de erros nos julgamentos. Todos estamos suscetíveis ao erro, porém, com esse afinamento de critérios, será menos provável que eles ocorram e prejudiquem a prova. A reunião também foi de suma importância para reafirmar questões referentes ao regulamento e à conduta do jurado, disse. Na opinião de João Luís Arísio, de Osório/RS, a reunião teve saldo favorável em diferentes aspectos. Essa atitude da diretoria é o que está trazendo todo esse resultado ao cavalo Crioulo. Para mim, esse tipo de atividade é engrandecedor, tanto como jurado quanto como criador. Para nós que trabalhamos na seleção da raça, em pista e em casa, alinhar conceitos nessas reuniões é essencial. Já Luizantero Pimenta Peixoto, de Júlio de Castilhos/RS, diz crer que os encontros de capacitação são a única maneira de promover a qualificação do corpo de jurados, principalmente em razão do nível cada vez mais alto de competitividade das seletivas. O cavalo Crioulo cresceu muito e o jurado precisa se manter atualizado e com o olho treinado para acompanhar essa evolução, analisou. A voz da experiência da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) é bem peculiar e pode ser escutada pelos corredores da entidade quase diariamente. Ela pertence a Vilson Aguiar, funcionário mais antigo da entidade que é superi ntendente substituto do Serviço de Registro Genealógico (SRG), desde 1994, e supervisor do patrimônio da ABCCC em Esteio, além de exercer a função de técnico supervisor nas provas do Freio de Ouro realizadas no Uruguai e na Argentina. Vilson iniciou seu vínculo com a ABCCC em uma década em que o cavalo Crioulo não tinha o valor comercial que tem hoje e era criado apenas por apaixonados pela raça. Assim que se formou em medicina veterinária, ele foi contratado pela Associação e acompanhou todo o processo de evolução e explosão da raça no mercado. Minha vida é dividida em duas partes: antes e depois do cavalo Crioulo. Tenho 65 anos e 35 deles são dedicados à raça, diz. A ligação do vitoriense com a Associação começou como estagiário, com o cargo de inspetor técnico do SRG, em dezembro de Por indicação do então secretário Manuel Vianna (Maneca) e aprovação do presidente e do diretor do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da época, José Antônio Lemos e Mário Santos, logo após ele foi contratado como um dos únicos dois técnicos da entidade - junto a Emílio Mattos. Ele lembra que naquele tempo o número de registros de potros não ultrapassava 400 por ano e os eventos eram mais concentrados nas cidades de Uruguaiana, Jaguarão, Bagé e Pelotas. Em 1986 Vilson deixou a Associação, apesar de não ter se desvinculado, para exercer a profissão em uma cabanha de Campos do Jordão, em São Paulo. Dois anos mais tarde retornou à entidade e em 1991 foi promovido a supervisor de Eventos. Neste período, em decorrência do grande número de provas com o cavalo Crioulo, Vilson precisava viajar constantemente. Em 2009 a vida profissional do médico veterinário teve outra mudança quando se tornou supervisor do Patrimônio da ABCCC em Esteio, local onde acontecem as principais provas do cavalo Crioulo no país. Um ano mais tarde, ele ficou responsável também pela supervisão dos eventos internacionais da Associação. Aposentado há cinco anos ele segue trabalhando e viajando pela ABCCC e não consegue imaginar sua vida de outra forma. Gosto muito de trabalhar aqui, o ambiente é muito bom, sempre fui muito familiarizado na entidade. Tenho paixão pelo que eu faço e sempre recebi suporte para o que eu precisei aqui. A ABCCC tem ligação além da vida profissional de Vilson que casou e foi pai de Guilherme e Ana Beatriz enquanto trabalhava no local que o apoiou e foi fundamental na superação de momentos difíceis. A amizade que o cavalo Crioulo me proporcionou me abriu muitas portas, diz emocionado ao lembrar de momentos difíceis como quando foi preciso enfrentar problemas de saúde na família. Apesar da difícil conciliação do trabalho com o convívio familiar devido à agenda repleta de viagens, Vilson afirma ter sempre tido muito apoio da esposa, Sônia, e dos filhos para a sua rotina. Apaixonado pela raça, ele faz parte do grupo que lutou pela expansão e acreditou no potencial do cavalo Crioulo em tempos difíceis em que não se sabia o rumo que esta história iria tomar. Ele lembra de ter notado o grande resultado do trabalho desenvolvido quando o Freio de Ouro começou a ser transmitido ao vivo pela televisão.

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6 História da ABCCC é retratada em Exposição Comemorativa Na abertura, os documentos, textos, fotos e material interativo - expostos no espaço da raça no boulevard do Parque Assis Brasil - foram prestigiados por muitos crioulistas, que elogiaram e se surpreenderam com a iniciativa. O conteúdo estará agora na classificatória da região 5B ao Freio de Ouro, em Maringá, entre os dias 11 e 13 de maio, e em Pelotas, na etapa da região 1, de 18 a 20. Resultado de seis meses de pesquisas, organização e montagem, a exposição retrata, seguindo uma espécie de linha do tempo, os principais fatos e acontecimentos dos 80 anos da entidade e a evolução da raça no país, durante esse período. O material da mostra está disposto em painéis suspensos e os documentos e objetos históricos em caixas de acrílico. Observando e reconhecendo muitos dos personagens - inclusive a si próprio - em várias fotos em preto e branco, Manuel Rossel Sarmento faz uma espécie de volta ao passado. Realmente é emocionante, para mim que acompanho há muito tempo essa história. Eu tenho 78 anos e a ABCCC está completando 80. Essa brilhante mostra me fez lembrar de momentos muito agradáveis que se passaram, disse. A exposição teve também um caráter didático e mostrou, àqueles que acompanham há menos tempo o cavalo Crioulo, como era o trabalho nos primeiros anos de seleção. Com essa exposição eu percebi o quão inovador foi, para a época, a criação do Freio de Ouro e vejo a coragem e o empenho dos criadores que acreditaram e fizeram tudo acontecer até chegarmos ao resultado que se tem hoje, observou a empresária Renata Crespo, de 24 anos, ao visitar o espaço. Para a ex-presidente da ABCCC e coordenadora geral da mostra, Elisabeth Lemos, o resultado final foi bastante satisfatório. Fiquei muito contente com a reação das pessoas. Não só pelos elogios, mas por conhecer a historia da entidade e se sensibilizar. As pessoas ficaram encantadas com esse projeto e isso foi muito gratificante. Foi bom fazer e melhor ainda com esse resultado. Além da organização de Beth Lemos, a Exposição Comemorativa também contou com roteiro e textos do jornalista Renato Dalto, pesquisa de imagens de Felipe Ulbrich e com a expografia, produção e edição de imagens de Fernando e Leandro Vieira, da Fernovi Editora. Cabanhas São Francisco e Basca prestam homenagens à ABCCC Foi como se duas histórias que correram lado a lado na paleteada do tempo se unissem na raia dos 80 para voltar ao passado e celebrar as glórias e conquistas alcançadas sobre o lombo de um cavalo. As oito décadas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) foram lembradas pela também octogenária Estância São Francisco, de Bagé/RS, em cerimônia realizada no remate promovido pela cabanha no dia 31 de março. A homenagem foi prestada na abertura do leilão organizado na sede da São Francisco, no sábado à tarde, e partiu das mãos de Manuel Rossel (Lito) Sarmento. Representando a Associação estavam os quatro ex-presidentes João Manoel Costa, Paulo Móglia, Roberto Davis e Elisabeth Lemos, que receberam de Lito um quadro com o certificado de inscrição do RP01 da São Francisco, Barão Chico. O certificado oficializa o registro definitivo, feito no dia 15 de dezembro de 1934 na Associação do Registro Genealógico Sul-rio- -grandense pelo criador Belisário Sá Sarmento - pai de Lito e avô do atual presidente da ABCCC, Manuel Luís Benevenga Sarmento - do cavalo nascido em outubro 1931, filho de Mozo Vivo e Baronesa Chico. A entrega selou um ciclo de 80 anos de dedicação da cabanha São Francisco e da família Sarmento à raça Crioula e à Associação, desde a fundação da entidade, na criação de sua principal ferramenta de seleção, até a atual gestão diretiva. A moldura do certificado é ainda ornada por uma placa onde está gravada a frase As rédeas da nossa história nos conduzem, junto à família crioulista, a celebrar os 80 anos da ABCCC. Cabanha São Francisco, março Na noite de 26 de abril, em Uruguaiana/RS, foi a vez da Cabanha Basca prestar a sua homenagem aos 80 anos da ABCCC. Nessa data, na abertura do remate promovido pelo criatório de Mariana Franco Tellechea e Filhos, o aniversário da entidade foi lembrado e homenageado pelos donos da casa. Representando a ABCCC, o vice-presidente Administrativo e Financeiro, Frederico Wolf, recebeu das mãos de Mariana um quadro que emoldura uma cópia do certificado que registra a inscrição do cavalo importado do Chile, La Invernada Hornero. O garanhão tordilho, adquirido no fim dos anos 70 por Flávio Bastos Tellechea em parceria com Dirceu Pons é o primeiro colocado no Registro de Mérito da ABCCC e o reprodutor com o maior número de descendentes campeões do Freio de Ouro. Hornero revolucionou a raça Crioula e estabeleceu um marco na evolução da criação desses animais. Assim como a São Francisco, o afixo BT também possui trajetória de grande sucesso, paralela à história da ABCCC. Em reconhecimento ao empenho da família em favor do cavalo Crioulo, a mais famosa ferramenta de seleção da raça - o Freio de Ouro - foi intitulada prova Flávio e Roberto Bastos Tellechea. A mais importante contribuição da BT à raça Crioula foi escolher, comprar e usar o Hornero da maneira como usou, por isso, homenageamos a ABCCC com o seu certificado que simboliza tudo isso, afirmou a criadora.

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8 Calendário de Eventos

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10 Novo formulário de padreações A principal diferença em relação aos anos anteriores é que agora o proprietário terá de preencher um formulário para cada um de seus garanhões. Os documentos podem ser preenchidos de três formas: manualmente, diretamente no Word - programa onde está editado o ofício que pode ser baixado no site da ABCCC - ou na página virtual da entidade, através de uma conta. O superintendente do SRG da Associação, Rodrigo Teixeira, afirma que no mês de abril todos os criadores receberam um login e uma senha por . Com estes dados os proprietários podem se logar no site e com apenas um clique em padreações, localizado no menu exibido do lado esquerdo da tela, podem preencher os formulários com a ajuda do sistema da ABCCC. Além de mais rápido, este método oferece uma garantia maior de que não haja erros na documentação. Independente da forma como você optar por preencher os formulários, será necessário imprimi-los, reconhecê-los em firma e entregá-los à ABCCC até o dia 30 de junho. A documentação pode possuir mais de uma folha, já que cada página possibilita a inscrição de no máximo 13 éguas em cobertura. Por isso, é preciso estar atento ao preenchimento de dados básicos como o número da página, a data e o nome do reprodutor. Com a finalidade de limitar o reconhecimento de assinatura, a carta de padreação está dividida em páginas intermediárias (onde o criador numera as folhas e rubrica) e página final (onde o criador deve descrever o número de páginas do documento e assinar). O tipo de formulário está especificado no rodapé esquerdo, apenas a página final precisa ter assinatura com firma reconhecida em cartório. Os proprietários das éguas cobertas por reprodutores de terceiros também devem comunicar a padreação à ABCCC. O preenchimento deste formulário é mais simples, basta que o criador coloque o nome e o número de registro de suas fêmeas com os dados de registro dos respectivos reprodutores sem precisar fazer reconhecimento em cartório. Este documento não exime a responsabilidade do proprietário do reprodutor também fazer o comunicado à Associação.

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12 Morfologia e função batem recordes no Bocal de Ouro Desde o início, na avaliação morfológica, ficou claro que aquele não seria apenas mais um Bocal de Ouro. Ao receber a nota 10 de Francisco Martins Bastos Sobrinho, somada às notas 9,7 de João Luís Arísio e Jorge Aginelo do Nascimento, Oraca do Itapororó entrou para a história ao cravar a mais alta média morfológica em 31 anos de Freio de Ouro (9,8) além também de receber o primeiro 10. Entre os machos, julgados por Carlos Loureiro de Souza, Christina Freitas Bandeira de Melo e José Francisco Pereira de Moura, a primeira posição da fila morfológica ficou com o cavalo gateado Suprema Atropelo, exposto por Evaldo Francisco da Rosa e apresentado pelo ginete César Augusto Schell Freire, com a nota 8,5. Durante toda a sequência das avaliações funcionais, Oraca e Atropelo permaneceram em primeiro lugar, na liderança das parciais. Entre as fêmeas, enquanto Oraca tinha nota de sobra, Idêntica dos Três Pinhais e Ricoleta de São Manoel mantinham o nível elevado da disputa, na briga pela segunda posição. Está se confirmando o que a gente busca hoje em dia na raça: a morfologia funcional. As éguas que saíram melhor na primeira fase seguem tendo um melhor desempenho na função, comentou Arísio após a primeira etapa de mangueira. Os machos, em nível mais uniforme, precisaram superar outros desafios além dos demais concorrentes às vagas na final do Freio. Na tarde de sábado, dia 21, uma forte chuva caiu e tornou ainda mais complicada a passagem pelo ponto de corte da prova. A prova andou bem mas a chuva dificultou um pouco. Além da pista molhada, a visibilidade ficou prejudicada. Pelo menos choveu durante toda a paleteada, assim todos competiram em condições iguais, disse Christina. Acredito que a prova deve continuar equilibrada e que vai pesar muito, no final, a nota da morfologia, previa a jurada. A decisão, realizada na manhã de domingo (22), começou com a segunda etapa de mangueira na qual o resultado parcial já indicava alguns favoritos. Com a presença de bom público, o título que premia os melhores animais inéditos na modalidade só foi definido, porém, na pista de campo - ainda molhada pela chuva do dia anterior. Entre as fêmeas, o nível excepcional dos conjuntos elevou a emoção e a competitividade da seletiva. Oraca do Itapororó venceu o Bocal de Ouro e ficará na história da modalidade, não só pela maior nota morfológica e recorde de pontuação da modalidade, mas também pela forma como encantou e causou empatia no público presente. Para mim ela não é dez, é 11, disse orgulhoso o proprietário Aldo Vendramin. Oraca foi a sensação do Bocal e anotou números impressionantes desde o primeiro dia ao superar o próprio recorde morfológico. No encerramento da disputa, bateu também o recorde geral da modalidade com a nota final 23,747. A gente sabia que existia uma grande expectativa pelo desempenho dela na credenciadora. Dificilmente eu vou montar outra égua como ela e eu só tenho que agradecer ao senhor Aldo e ao Marlus pela confiança no nosso trabalho, disse o ginete Fábio Silveira. Para Francisco Martins Bastos Sobrinho, jurado da categoria junto a João Luís Arísio e Jorge Aginelo do Nascimento, a égua mostrou desde o primeiro dia que era um

13 animal diferenciado. Para mim ela não tem defeitos. Caminha diferente, com postura, aprumos excelentes e muito selo racial, além de funcionalmente também ser muito boa, avaliou. Também destacaram-se entre as fêmeas e se classificaram à final do Freio de Ouro, com ótimo desempenho e notas altas, Ricoleta de São Manoel (Bocal de Prata), Idêntica dos Três Pinhais (Bocal de Bronze) e AS Malke Rancágua. O ginete destaque da categoria foi Gabriel Marty. Entre os machos, assim como nas fêmeas, venceu o cavalo com a maior nota morfológica. Liderando do início ao fim, Suprema Atropelo não deu chances aos demais competidores e levou o Bocal de Ouro da categoria com a nota final 21,516, após ser pontuado na primeira etapa com um 8,5. Ele é um cavalo que tem muita vontade, para frente, e nós acreditávamos muito nele, disse o seu proprietário, Evaldo Francisco da Rosa. O cavalo, que também traz na bagagem uma campanha morfológica bastante concisa (4º Melhor Macho da Expointer 2007), mostrou ótimo temperamento e habilidade na prova. Ele foi evoluindo na prova, não atropelou nada, brinca o proprietário. Foi um prêmio especial para mim pois era um título que eu ainda não tinha. E ele é um cavalo muito bom, que foi honesto e fiel ao nosso treinamento, completou o ginete Guto Freire. Apesar da alternância entre algumas posições, Suprema Atropelo conseguiu manter o equilíbrio e permanecer na ponta durante a prova. É um cavalo que se destacou pela constância em todas as etapas. Foi sempre parelho e errou menos. Deve chegar ao Freio de Ouro como um dos grandes candidatos, disse Carlos Loureiro de Souza, jurado dos machos junto a Christina Bandeira de Melo e José Pereira de Moura. Souza ainda salientou que até mesmo os reservas, que não conseguiram a classificação, ficaram bem pontuados no final. Também tiveram ótima performance os cavalos classificados Santo Onofre Pé de Vento (Freio de Prata), Teatino do Purunã (Freio de Bronze) e Escudo da Ronda. O ginete destaque foi Cezar Augusto Freire. O circuito 2012 de animais inéditos ainda teve a realização de duas credenciadoras no mês de abril. Foram realizadas provas em São Gabriel e Guaíba, no Rio Grande do Sul, respectivamente pelos Núcleos Gabrielense e da Costa Doce.

14 Buenos Aires inicia a corrida ao Freio de Ouro 2012 Logo na Morfologia, puderam ser vistos o grande potencial dos animais e o crescimento do interesse de criadores e ginetes pelo evento. Acompanho desde a primeira semifinal argentina, há dois anos nesta pista maravilhosa, e é ótimo ver como surgem novos interessados na prova a todo momento. O crescimento é gratificante e o trabalho feito pela associação aqui também, diz Mário Móglia Suñe, vice-presidente de eventos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). A qualidade crescente dos animais argentinos foi também apontada pelo vice-presidente técnico da ABCCC, Ricardo Vieira Borges. Esta etapa veio confirmar a seriedade com que se tem trabalhado aqui na Argentina. A entrada de novos ginetes e novos criadores, com conhecimento, mostra que agora o ponto necessário é o amadurecimento, porque a modalidade já está consolidada, diz. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, Manuel Luís Benevenga Sarmento, foi uma grande satisfação poder acompanhar a festa feita ao redor da modalidade. O crescimento da prova foi muito grande aqui. É um novo caminho, de uma nova disputa que se está apresentando para este país. Abrimos o circuito com chave de ouro. A classificatória teve ritmo eletrizante desde o seu início. Com várias mudanças entre os primeiros lugares, Del Siete Graduada, da Estância La Pilula SCA foi mostrando a que veio e conseguindo grandes notas durante as etapas. Já na final do primeiro dia de provas, a égua garantiu o primeiro lugar, mantendo o equilíbrio nos demais dias e demonstrando muito preparo. Segundo o jurado Marcelo Coelho, o nível entre as fêmeas era muito alto e a competitividade era grande. A evolução foi bastante boa, principalmente, entre as fêmeas. As que passaram têm totais condições de competir e abrilhantar a grande final, diz. Para o proprietário da campeã, Rodrigo Diaz de Vivar, que começou a criação de cavalos Crioulos há apenas seis anos, a primeira vitória foi de tirar o fôlego. É uma emoção muito grande. Estamos começando e é nossa primeira final. Sair com o ouro daqui não tem como definir, fala. Entre os machos, quem ficou no topo da lista dos três classificados foi Tatuti Mozito. O garanhão, que garantiu muitas notas dez e realizou provas de campo e Bayard Sarmento com grande destaque, foi conduzido pelo ginete Diego Rivera. Se destacou por sua seriedade. Foi muito honesto durante toda a prova, destaca o jurado Luiz Alberto Bastos. O cavalo deu muita alegria a Raul Moneta e Aldo Delbule. Estou muito contente pela vitória. Temos muita sorte de ter o Tatuti Mozito, ele será um grande reprodutor na cabanha, fala Moneta. Segundo Ciro Canto de Freitas, a prova apresentou, no geral, importante evolução e mostrou o apoio dado pelos hermanos. O bom nível apresentado aqui mostra o quanto a Argentina está se esforçando para fazer deste um evento de peso aqui. Estes animais de qualidade, competitivos, vão abrilhantar ainda mais a nossa final, completa. Em continuidade ao ciclo do Freio de Ouro 2012, foi realizado também este mês o Bocal de Ouro, em Esteio/RS (leia mais na página XX). As classificatórias ainda passam por Pelotas/ RS (18 a 20/5), Montevidéu/ Uruguai - FICCC (24 a 27/5), Cachoeira do Sul/RS (1º a 3/6), Santa Rosa/RS (7 a 10/6), Caxias do Sul/RS (14 a 17/6), Carazinho/RS (21 a 24/6), Lages/ SC (5 a 8/7), Maringá/PR (11 a 13/5), Repescagem Esteio/RS (13 a 15/7) e Repescagem Brasília/DF (26 a 29/7).

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16 Credenciadora de Brasília mostra a evolução dos criatórios locais Na ocasião também foi inaugurada a nova sede da Associação, com a ampliação das instalações no parque, com a finalidade de melhor receber os associados e visitantes em todos os eventos, mas principalmente para a exposição passaporte e classificatória que ocorrerá no mês de julho próximo. Julgada por Fábio Muricy Camargo, Marco Antônio Stumpf e Romeu Koch, a prova teve como destaques a égua Repintura das Três Estâncias, do expositor Raul Machado de Lima e o garanhão Pialo do Amanhecer, filho de Nácar do Purunã e Herança do Amanhecer. De acordo com o jurado Romeu Koch, o grande destaque da prova foi o incentivo dado pelos criadores locais à modalidade. Os crioulistas aqui do centro do país estão investindo em treinamento e pessoal para que as provas do Freio sejam um sucesso. É impressionante que, mesmo ainda sendo uma região de fomento, eles não precisam mais de animais de fora para conseguir fazer com qualidade seus eventos e isso é maravilhoso, fala Koch. Além da credenciadora, foram realizadas disputas de Morfologia (leia mais na página 26) e uma Prova de 21 Dias. A disputa de 21 dias foi uma grande surpresa. Cerca de 15 animais participaram e eles estavam bem iniciados e cumpriram bem a prova, mesmo sem conhecer a modalidade ainda. Foi muito produtivo, completa o jurado.

17 Santa Catarina mostra evolução em credenciadora O número de interessados em participar da Credenciadora surpreendeu a organização do evento que costumava reunir uma média de 20 animais. Segundo o jurado Sandro Fonseca do Amaral, o nível dos competidores estava parelho e, apesar de não terem apresentado excelência, os participantes mostraram a evolução dos competidores catarinenses em pista. Também foram jurados na prova André Narciso Rosa e Marcelo Tellechea Cairoli. A supervisão técnica ficou a cargo de Adolfo Martins Neto. Na avaliação de Amaral, o aumento no número de interessados em fazer parte da disputa está associado ao grande investimento que vem sendo feito na raça. O jurado elogiou especificamente os proprietários da Cabanha Villa Verde que foram muito receptivos no evento. A recepção que os jurados tiveram foi maravilhosa, os mimos que nos fizeram não vi em lugar algum, nem no Freio de Ouro, afirma o profissional. Amaral também destaca a estrutura oferecida pela cabanha que fez um grande investimento para oferecer uma pista e uma mangueira de boa qualidade. Mesmo com a chuva de sábado, a pista não apresentou problema algum, destaca. Em relação aos competidores, o jurado destacou os dois primeiros colocados, Charrua da Bela Aliança e Mapaxe da Rio Bonito. O macho, segundo Amaral, tem excelente nível e já esteve no Freio de Ouro, mas não apresentou o seu melhor naquele dia, ainda assim segue um candidato em potencial para voltar à grande competição.

18 Credenciadora sob muita chuva em Cachoeira do Sul Apesar das más condições climáticas, os animais apresentaram bom nível, segundo um dos jurados, Douglas Gonçalves. O profissional destacou principalmente as duas primeiras fêmeas, Ressolana do Purunã e Talía do Elebê, e os dois primeiros machos, Piraí 1533 do Honesto e Piraí 1511 do Candidato - ambos da Estância Firmeza. Estes quatro animais têm grande potencial para brigar por uma vaga no Freio de Ouro, avaliou. Um dos fatores que mais chamaram a atenção do jurado no evento foi a qualidade da mangueira, obra recente feita pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Cachoeira do Sul, organizador do evento. É preciso ressaltar o empreendedorismo do Núcleo que apresentou instalações novas. A nova mangueira tem padrão de mangueira apresentada em Esteio durante a Expointer, destacou Gonçalves. Já em preparação para receber a semifinal da região 2, o Núcleo prometeu também fazer melhorias na pista que deverá ficar com padrão de Expointer até o final do mês de maio quando será realizada a competição. A Credenciadora também contou com o julgamento de João Luís Arísio e Roberto Crespo. A supervisão técnica ficou a cargo de Marcelo Coelho.

19 Canguçu reúne número expressivo de competidores As duas primeiras colocadas, Capanegra Morocha Del Sol, de Dom Pedrito/RS, e Quilero Retama, de Glorinha/RS, tiveram destaque maior e têm boas condições de alcançar uma vaga para a final do Freio de Ouro, segundo Hax. O frio não afugentou o público que se fez presente em grande número. A busca pela participação na prova foi tão grande que alguns animais tiveram de ficar fora, segundo o técnico que supervisionou o evento, Cláudio de Azevedo. É raríssimo uma credenciadora reunir número tão expressivo de animais, diz. Luciano Terra e Cláudia Py também fizeram o julgamento.

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21 Ginetes e animais experientes em Santa Cruz do Sul Tinham ginetes e cavalos muito bons e já experientes, a campeã (GT Fofoca) e o campeão (Inspetor do 38) já estiveram na Final do Freio de Ouro, disse Amaral. O jurado ainda disse que mesmo com o frio e a chuva de sábado o evento atraiu grande público, o que ele atribui ao fato de ter sido uma das últimas credenciadoras do ciclo De acordo com o presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Santa Cruz do Sul, Luiz Henrique dos Santos, essa foi a 4ª Credenciadora realizada no local e serviu para mostrar o crescimento da raça na região. Além disso, o prêmio de Ginete Destaque, premiação tradicional do evento realizado pelo Núcleo, foi concedido a Cássio Jardim após uma escolha técnica dos jurados da Credenciadora, o que também comprovou a disputa acirrada dos competidores.

22 Expo Outonal de Esteio garante os primeiros passaportes à Expointer Com a participação total de 90 exemplares, incluindo a categoria incentivo, a mostra foi realizada sobre forte expectativa em razão da alta qualidade dos animais. O julgamento foi feito pelo criador Francisco Martins Bastos Sobrinho, de Uruguaiana/RS. Na fila definitiva das fêmeas, a potranca tostada Las Misiones Que Guapa venceu o Grande Campeonato. Extremamente moderna, com linhas muito suaves e bem definidas. Caminhou muito bem, bem aprumada e com ótima personalidade, definiu o jurado. Além da égua tostada, outras duas exemplares do Grande Campeonato integram a relação de fêmeas que vão representar o Brasil na Exposição Morfológica da Federação Internacional de Criadores de Cavalos Crioulos, a ExpoFICCC, em Montevidéu, no Uruguai. Entre os machos quem ficou na frente foi o potranco gateado, JA Impulso. Ele tem as mesmas qualidades da égua, porém, sou muito mais exigente com os cavalos porque é muito mais raro um macho com essas características do que uma fêmea, diz Bastos Sobrinho. Mesmo com uma fila forte no Grande Campeonato das fêmeas, JA Impulso se sobressaiu na escolha do Melhor Exemplar da Raça e ainda recebeu o prêmio de Melhor Cabeça. Aprumos e Lombo ficaram com a Grande Campeã e a Melhor Cola foi da Reservada.

23 Promessa e confirmação premiadas em Uruguaiana Sob avaliação de Francisco Kessler Fleck, 93 animais foram apresentados na mostra realizada no parque agrícola e pastoril da cidade. A programação teve início no dia 27 com uma Concentração a cargo do técnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Paulo Armando Solheid, e encerrou na tarde de sábado com o julgamento dos Grandes Campeonatos. Entre os machos, uma surpresa. O potranco menor Rincão de Touro da Escondida, criado e exposto por José Inácio e Vinícius Freitas, que havia sido marcado um dia antes, foi apontado por Fleck como o Grande Campeão. É um potranco que ainda tem a evoluir. Equilibrado, com bons aprumos, caminha bem. Creio que terá um grande futuro nas pistas, observou o jurado. Já nas fêmeas, a vitória foi da maturidade. Basca Orquestra, inscrita em um trio de éguas adultas, chegou ao Grande Campeonato como o melhor ventre a campo e, além de vencer na categoria, ainda foi escolhida o Melhor Exemplar da raça. É uma égua completa, com boa estrutura óssea, musculada e ao mesmo tempo leve e feminina, qualificou Fleck. Também confirmaram o passaporte os machos Fronterizo do Jundiá, Gaiato do Igiquiquá e Baiquara Cimarron, além das fêmeas Joana 513 de Nazareth, Queridona do Itapororó e Santa Alice Jóia Rara.

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25 Expo-Londrina alcança morfologia nível B Segundo o presidente do Núcleo, Elisandro Pelin, a festa foi muito mais que uma mera exposição, pois reuniu toda a beleza das reuniões crioulistas pelo Brasil. Este espírito e filosofia mostram que atingimos nosso objetivo. Foram mais de mil pessoas assistindo. Brilho que ainda foi aumentado graças à pista da Expo-Londrina, que é uma das maiores e mais equipadas da América Latina, diz. O crescimento paranaense também ficou evidente na prova, que além da quantidade, reuniu animais de qualidade. Temos um nível muito alto de animais e, com certeza, nossa exposição é uma Expointer dentro do cenário paranaense, fala Pellin. Quem abrilhantou ainda mais a grande feira foi o time de cavalos Crioulos que entrou em pista. Puxando a fila pelo lado dos machos, o garanhão Futuro da Matarazzo faturou ainda a escarapela de Melhor Exemplar da Raça. O garanhão, exposto por Jaime Monjardim Matarazzo e filho de Xingú Ibiá e AS Malke Madona, mais uma vez chegou ao grande campeonato de uma exposição renomada. O cavalo vem se destacando em diversas provas como Mococa/SP e Camaquã/RS. Na fila das fêmeas, Para Siempre do Barulho, também do criador paulista Matarazzo, garantiu o primeiro lugar ficando à frente de Fartura do Ribeirão Bonito, Esperança do Ribeirão Bonito e Basca Rancagua.

26 Associação do Distrito Federal começa a celebrar seus dez anos Foi uma grata surpresa ver animais produzidos na região entrarem de forma excepcional em pista. O nível está cada vez maior e o número de criadores e proprietários vem aumentando cada vez mais, diz Koch. O evento contou com supervisão do técnico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Heitor Creuiche Coelho, também responsável pela Credenciadora ao Freio de Ouro da cidade. A data marcou o início das comemorações dos dez anos de fundação da Associação de Criadores de Cavalos Crioulos do Distrito Federal e também contou com uma Credenciadora ao Freio de Ouro.

27 Exposição mostra crescimento da raça em Campo Grande A mostra, além de levar muitos criadores na raça ao centro do país, demonstrou o crescimento do cavalo Crioulo na região, segundo apontou o técnico credenciado à ABCCC, Rafael Fagundes Santana. O nível este ano está bem superior ao ano passado. Contamos com novos criadores e bons animais. A tendência agora é só evoluir, diz. Wolf, que acompanhou a exposição do município em 2011, reforçou as palavras de Sant Anna e afirmou que o nível dos animais mostrou uma evolução positiva. Melhorou bastante. Participaram animais muito bem apresentados, bons em qualquer lugar. A cultura do cavalo Crioulo está se desenvolvendo lá, num trabalho muito bem conduzido pelo técnico da região. O jurado comentou também as virtudes dos vencedores da mostra. Sobre o Grande Campeão, Damasco da Barrozo, Wolf elogiou o seu precoce desenvolvimento morfológico. Um potrilho com grande futuro, tanto ele quanto o reservado. É um animal nascido e criado lá, o que mostra que os criatórios do MS estão buscando a qualificação. Entretanto, o destaque maior da exposição foi a Grande Campeã entre as fêmeas, a égua prenhe Juma de Santa Adriana, escolhida pelo jurado como o Melhor Exemplar. Um animal muito equilibrado e que representa muito bem a raça. É uma égua completa: forte, comprida, bem aprumada e que transmite funcionalidade, descreveu. O vice-presidente também fez uma análise a respeito do crescimento da raça na região e elogiou o seu potencial mercadológico. O remate realizado nesse evento mostrou uma consolidação do cavalo Crioulo no mercado da região. Agora também devemos focar algum investimento no circuito de Laço Comprido que é muito forte e difundido lá.

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29 Divina Aliança Cobiça é destaque em Santa Catarina O técnico credenciado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) que supervisionou a prova, Adolfo José Martins Netto, afirma que o ambiente da competição estava muito bom. O núcleo teve excelente organização e se movimentou para reunir este elevado número de inscritos. A exposição foi muito dinâmica e teve um clima de confraternização bem legal, diz Netto. O jurado da prova, José Inácio Freitas, também elogiou a exposição. O nível dos animais estava muito bom e homogêneo, o destaque maior foi a grande campeã Divina Aliança Cobiça. Além da excelente qualidade racial é uma égua linda de movimento e caminhada, afirmou.

30 Exposição Nuestros Caballos movimenta Buenos Aires Os criadores Felipe José Ballester e Cláudio Dowdall foram responsáveis pelo julgamento da disputa, que se realizou com as arquibancadas do Parque de Exposições La Rural lotadas. Ao final da mostra, a fila dos machos foi ponteada pelo garanhão Charque Inocencio, filho de Charque Diablo e Charque Espia. O cavalo levou a escarapela de grande campeão para a Cabanha La Sirena, de Maria Mercedes Lalor. Entre as fêmeas, Del Oeste Polenta, filha de Del Oeste Mutante e Del Oeste Pituca II ficou com o grande campeonato. A exemplar pertence à Cabaña La Esperanza. Animais de destaque na Morfologia de São Gabriel São Gabriel/RS. Entre os dias 6 e 8 de abril a cidade de São Gabriel/RS, na campanha gaúcha, foi palco de mais uma exposição morfológica do ciclo 2012 de seletivas do cavalo Crioulo. Julgada por Henrique Gonzalez, os exemplares entraram em pista na mostra promovida pelo Núcleo de Criadores da Raça no município, em evento cuja programação também contou com Credenciadora de Inéditos ao Freio de Ouro, Freio de Proprietário e Concentração de Machos. O evento foi uma das principais atrações do município no feriado de Páscoa, levando bom público ao parque de provas. Além da Morfologia, muitos competidores disputaram uma das vagas da Credenciadora de Inéditos, nessa que foi uma das últimas etapas antes do Bocal de Ouro. O técnico da ABCCC, Gilberto Domingues Rieth, supervisionou a exposição, na qual se destacou a Grande Campeã e Melhor Exemplar da Raça, Cumparcita do Macanudo. A baia ruana, de propriedade de Mauro e Telmo Ferreira, da Cabanha Macanudo, de Lavras do Sul/RS, foi escolhida o Melhor Exemplar da Raça no julgamento. As duas primeiras éguas da exposição são excelentes animais e se destacaram. Não à toa, ambas integram o time que representará o Brasil na FICCC, analisou Gonzalez. Entre o machos, o título de Grande Campeão ficou com o potranco Niazzi Hermano, de propriedade de Tiago Antoniazzi, da Fazenda Santa Marta, de São Gabriel.

31 Animais esbanjam qualidade em Santa Vitória do Palmar Entre os 41 participantes, o nível e a apresentação foram essenciais para delimitar a fila dos grandes campeões. Segundo Pereira, o evento teve bom nível, parelho tanto nas fêmeas quanto nos machos. Cavalos e éguas muito bons morfologicamente entraram em pista. A apresentação e a preparação pré-evento contaram muito na avaliação, diz. Na disputa da escarapela de Melhor Exemplar ficou entre a égua prenhe Fina Flor do Liscano, de Pietro e Giuliano Zanetti, e o garanhão recém-confirmado Encordoado da Tamanca, exposto pela Parceria Russo e Bertran e Barbosa e que ganhou sua marca na manhã anterior. Quem levou a melhor foi a Grande Campeã, animal que tem se destacado em inúmeras exposições no último ano. É uma égua que está na sua plenitude. Ela é daquelas que todo o criador quer ter em casa. Estava muito preparada e é um exemplar de muito selo racial, diz Cláudia Py. Mesmo sem ganhar como Melhor Exemplar, não faltaram elogios ao Grande Campeão da exposição. O Encordoado da Tamanca é um cavalo muito promissor e que com certeza vai entrar em muitas pistas levando prêmios para casa, fala Pereira. O evento contou com a supervisão do técnico credenciado à Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Cláudio Neto de Azevedo. Núcleo Itaquiense promove exposição morfológica Itaqui/RS. Entre os dias 13 e 14 de abril, o Núcleo Itaquiense de Criadores de Cavalos Crioulos promoveu mais uma exposição morfológica da raça. Participaram da mostra oito incentivos e 42 animais confirmados, julgados pelo criador Luiz Gustavo Camargo. A exposição aconteceu no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Itaqui e Maçambará e teve supervisão técnica de Paulo Armando Solheid. Segundo o jurado, compareceram animais de muita qualidade ao evento, apesar dos problemas que o Estado vem enfrentando com a Influenza Equina. O nível dos animais estava muito bom. Mesmo com poucos exemplares, por causa da Influenza que está prejudicando todo o Estado, a mostra foi ótima, diz. Quem levou a melhor na escolha do Melhor Exemplar da Raça foi a cria da casa Tranca do Itapevy, filha de Bom Retiro do Itapevy e Garrucha do Itapevy. Esta égua vai ter um futuro muito bom, inclusive funcionalmente. Andou muito bem encilhada e é um animal de grande morfologia, fala Camargo. Mesmo sem levar a maior escarapela, o potro Combate do Debochado, filho de BT Hospedeiro e AS Malke Humorada, também mostrou a que veio, arrancando muitos elogios do avaliador. Este potro tem apenas dois anos e meio e demonstrou uma morfologia excelente. Tem bastante futuro, completa o jurado.

32 Trabalho sério rende resultados positivos no DF Nos campos planos do cerrado, no coração do país, pulsa um sentimento cada vez mais forte de estímulo e incentivo ao desenvolvimento da pecuária entre os criadores desde que, há cerca de 30 anos, um novo desbravador chegou a essas terras. Na capital do país, onde se concentram poderes, tomam decisões e estabelecem regras, o casco firme do Crioulo vai deixando a sua marca e fazendo história. Na segunda matéria especial do JCC sobre o cavalo Crioulo no centro-oeste brasileiro e sobre os criadores que se mobilizam pelo seu crescimento na região, vamos conhecer um pouco da história de alguns pecuaristas que trabalham na seleção da raça nessa localidade e saber quais os resultados obtidos por esses incansáveis apaixonados. Eu não sabia caminhar, mas já sabia montar a cavalo, junto com o meu pai. Assim foi criado em Goiás a ganhar a Passaporte de Brasília, em Depois em 2011 ele se credenciou, fomos a Esteio com ele para correr o Bocal mas, infelizmente, ele mancou e não competiu, relata. Este ano, Don Casmurro já está credenciado e é uma das maiores apostas da cabanha para a temporada. A expectativa é grande em classificar e levá-lo ao Freio, mas sabemos das dificuldades. Temos o principal: um cavalo bom e bem domado. Agora, a gente sabe que na semifinal o nível já é bem mais forte, prevê o criador. Ainda sobre o cavalo, Antunes diz conhecer bem as suas virtudes assim como o que ele ainda pode melhorar no decorrer do ciclo. Ele tirou 20 na Bayard e foi bem nas andaduras. Só teve um pouco de dificuldade na paleteada pois ainda não tinha treinado forte com o boi, mas agora acredito que vai melhorar. Além disso, para as próximas provas, são aguardadas as estreias em campanha funcional dos potrancos Riacho Frio Dani e do filho de Casmurro, Riacho Frio Imbido, que está em São Paulo. Quero sempre ter pelo menos um animal em campanha. Estamos trabalhando para manter a cabanha sempre em um nível competitivo. Para alcançar sua meta, o pecural sempre fez parte de sua vida, porém, somente há cerca de dez anos a seleção de cavalos Crioulos passou, também, a ser uma de suas culturas. Tudo começou em 2001, quando comprou o primeiro cavalo da raça, Itaroquem Guapo, adquirido junto ao criador Iran Barros. Depois desse vieram mais quatro éguas compradas do criador Vasco Waihrich. A partir de então estava formalizada a cabanha Riacho Frio - nome dado em homenagem à região homônima, onde João Nestor Mendes Antunes, de 42 anos, segundo ele mesmo conta. Natural de São José do Ouro, no noroeste do Rio Grande do Sul, o criador hoje estabelecido em Luziânia/GO, diz que vive em meio aos cavalos desde que nasceu. Criado em uma família de pecuaristas Antunes descreve que teve o primeiro contato com a raça Crioula ainda muito jovem e agora, mesmo distante, procura manter viva no cavalo a lembrança que o remete à infância no Sul do país. O trabalho no meio ruestá sediada a fazenda. Na época, Antunes integrou- -se a outros criadores que também começavam a se mobilizar pelo crescimento da raça na região. O movimento rendeu a organização das primeiras reuniões e dos debates que resultaram na fundação do Núcleo, mais tarde transformado na Associação de Criadores do Distrito Federal, junto a Heitor Coelho, Haroldo Leonetti, Fernando Chaves, Fábio Moura, entre outros. Empolgado, o criador decidiu investir na égua Flexilha de Santa Angélica, filha de Señuelo. Flexilha foi comprada do criador paranaense Mariano Lemanski, no leilão da cabanha São Rafael, e chegou parida de BT Butiá e prenhe de Hercules do Purunã. Na mesma época Antunes também adquiriu a égua Labuta do Purunã, prenhe e parida de Carrasco, cuja história ele faz questão de contar. Essa égua tem uma história interessante. O potro que veio com ela é o Remendo do Purunã, que depois a gente vendeu e foi campeão da Copa Querência de Rédeas. E o cavalo que veio nela, Riacho Frio Don Casmurro, foi o primeiro cavalo criado

33 arista conta que cria seus animais de maneira natural. Em geral, éguas e potrancos são criados a pasto. Garanhões ficam estabulados. Antes da época de desmame, porém, o plantio do milheto é antecipado para garantir a alimentação no período de seca da região. Depois, segundo ele, aos dois anos e três meses é dado início ao trabalho de doma, no estilo de rédea. Após dominado, o animal é moldado pelo trabalho com o gado. Nos cruzamentos, são utilizados como padreadores o cavalo picasso BT Uniforme, filho de BT Apache, e o rosilho colorado PO Halago, filho do chileno El Aromo de Pichidégua Campero, adquirido em parceria com os criadores Haroldo Siqueira Leonetti, Fábio Belotti Moura e Pedro Beskow. A luta do sertanejo, imortalizado por Guimarães Rosa em O Grande Sertão Veredas, foi a inspiração de Haroldo Siqueira Leonetti, de 51 anos, ao dar início a sua criação de Crioulos. Sua história na raça começou quando trocou o Sul pelo Centro-Oeste e montou uma cabanha ao lado do parque homônimo à famosa obra do escritor mineiro, na região da Trijunção - localidade onde fazem fronteira os estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais, no município de Chapada Gaúcha, próximo à Arinos/MG. Grande Sertão Veredas é também o afixo do criatório onde, no início, Leonetti criava gado e empreendia alguns cultivos. O engenheiro agrônomo nascido em Uruguaiana/RS mora desde 1994 no Distrito Federal e credita o seu apreço pelo campo à família. Meu pai sempre trabalhou com agricultura e pecuária e, por isso, eu me identifico muito com o meio rural, diz. Ainda em solo mineiro, deu início ao trabalho que hoje é mantido em Brasília. Na época, comprou as suas primeiras éguas da cabanha Paineiras e mais tarde adquiriu outros animais de Rubens Zogbi, da Estância Carapuça. Durante bom tempo usou como garanhão o cavalo BT Justiceiro, vendido no ano passado no remate da classificatória da capital. Atualmente usa os cavalos Último Tango do Purunã, PO Halago e BT Tango II, em parceria com outros criadores da região. Na época, como os períodos de seca geravam cada vez mais obstáculos à produção agrícola na região, o criador resolveu se mudar para a capital federal, onde trabalha há 13 anos como assessor parlamentar na Câmara. Ainda assim, não se desligou das suas raízes e mantém viva no meio urbano a sua ligação com o campo. Apesar do que dizem se trabalha muito aqui em Brasília, brinca. Em espaço próximo ao centro de Brasília, o assessor desenvolve o seu criatório e mobiliza os crioulistas da região. Leonetti foi o primeiro presidente do núcleo de criadores do DF e um dos grandes incentivadores da raça na região. Durante a sua gestão, a capital conquistou a prerrogativa de sediar uma classificatória do Freio de Ouro e uma Exposição Passaporte. A ABCCC nos ajudou bastante, na época da dona Beth Lemos e depois também o senhor Paulo Móglia, além do Ministério da Agricultura que também ajudou. O criador relata que foi feito um esforço muito grande para conseguir realizar os eventos e, mais ainda, para incentivar criadores a participar. Oferecíamos uma premiação boa na prova, frete custeado. Sempre éramos prestigiados por muita gente do Rio de Janeiro e de São Paulo, depois a gente retribuía indo aos eventos de lá. No ano passado, diz Leonetti, a luta foi grande para fazer a exposição e a classificatória mas, por outro lado, os resultados foram compensadores. Para a Classificatória, como não havia gado mestiço com europeu na região, o Núcleo precisou comprar 130 cabeças da cabanha Firmeza, de Bagé/RS. Foi difícil mas deu tudo certo, afirma. Já a morfologia passaporte contou com a presença de mais de 80 animais - um fato inédito em exposições da raça na capital federal. O ambiente familiar também foi o estímulo do pecuarista e empresário Pedro Augusto Scarpellini Wilke, 38 anos, da Agropecuária Santa Amélia. O convívio desde muito jovem no meio rural motivou o criador a selecionar cavalos e a buscar no agronegócio a sua fonte de renda. Nascido em Cruz Alta/RS, Wilke conta que mudou ainda muito jovem, durante os anos 70, junto com a família para Brasília. Lá seus pais seguiram atuando no campo e adquiriram uma fazenda em São João da Aliança/GO onde desde então trabalham com a criação de gado e a plantação de soja, milho entre outras culturas. Com o crescimento do trabalho, cerca de duas décadas depois, a própria lida do campo impôs a necessidade de um cavalo. Assim teve início a criação da raça. Em 1994 trouxemos uma carga de animais de serviço. Vieram junto algumas éguas registradas, mas eram matrizes de uma tropa de serviço. Depois, quando casei, em 1999, juntei as éguas que eu tinha com as da minha esposa, que foram enviadas pelo meu sogro (Dirceu Beck Pombo) do Sul, conta. Até que, em 2001, chegou ao criatório o primeiro garanhão, Africano da Mumbuca, que mais tarde seria o Grande Campeão de uma mostra realizada em Brasília. Em seguida também foram compradas mais algumas éguas, inclusive uma chilena - Santa Eugênia Reina - que gerou o potro Açoite dos Cinamomos, atualmente em treinamento para as rédeas com o cavaleiro multicampeão Wellington Teixeira. Entre esse novos animais, também veio outra potra que acabou se destacando entre as demais. Entonada Delpiá competiu no circuito 2011 do Freio de Ouro e, esse ano, gera em Wilke ainda maior expectativa. No ano passado ela não foi muito bem na classificatória. Esse ano já credenciou e está bem melhor. Vamos correr a semifinal do Paraná e depois em Brasília, diz. A apresentação de Entonada fica por conta do ginete que trabalha há cinco anos na cabanha, Aroldo Melo da Silva. Desde o começo, o técnico da ABCCC Adolfo Martins Neto orienta os cruzamentos e a seleção dos animais. Tento me espelhar no que está dando certo e acho que estamos tendo um bom resultado pelo pouco tempo de trabalho. Costumo dizer sempre que tive dois professores: Adolfinho e Dirceu, descreve. Até chegar aos resultados, no entanto, há um longo caminho. A expectativa começa antes do nascimento, com o planejamento dos cruzamentos. Depois de nascidos, conta Wilke, os potros são inicialmente avaliados quanto a sua morfologia. Aos dois meses e meio são domados e, a partir de então, se avalia o que vai ficar na cabanha e o que será vendido. Temos uma regra para fêmeas aqui. As éguas só entram em pista após a primeira cria. Primeiro deixo elas se mostrarem como mães, depois entro com a preparação para campanha. O treinamento, diz ele, não é específico ou focado. É campeiro. Wilke salienta que o treino dos seus animais é o serviço diário na fazenda. Depois se afina alguma coisa no picadeiro, mas o treino mesmo é o dia a dia no campo. O animal executa todos os movimentos e já se acostuma a trabalhar com o gado. Comedido na hora de investir, o criador esclarece que a intenção agora é seguir selecionando com o que tem em casa. Não pretendo ampliar nada nem trabalhar com grande número de animais, afirma. Segundo ele, a cabanha faz um trabalho que atende a um mercado de animais de laço, com grande público na região. O remate da cabanha é feito junto ao crioulaço da Granja do Torto, em setembro, e oferta somente animais confirmados e domados. Junto ao leilão, na aquisição dos animais, é oferecida uma premiação aos melhores de uma prova de laço promovida pela cabanha.