UM ESTUDO SOBRE OS IMPACTOS DA TRIBUTAÇÃO DA COFINS: QUEM GANHA E QUEM PERDE COM A NÃO-CUMULATIVIDADE?

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1 UM ESTUDO SOBRE OS IMPACTOS DA TRIBUTAÇÃO DA COFINS: QUEM GANHA E QUEM PERDE COM A NÃO-CUMULATIVIDADE? CARLOS ALBERTO PEREIRA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ERICK TADEU DE MEDEIROS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FÁBIO RODRIGO PEREIRA SOBREIRA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AMAURY JOSÉ REZENDE UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO CARLOS MARCELO FERREIRA OMODEI UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO RESUMO: Quanto maior a cadeia produtiva de um determinado produto ou serviço, a incidência cumulativa de um tributo provoca um aumento do preço de venda desse produto ou serviço para o consumidor final, devido ao seu efeito em cascata. A Lei aumentou de 3% para 7,6% a alíquota da Cofins para evitar a incidência cumulativa do tributo e, portanto, minimizar o seu efeito sobre os preços finais. No entanto, alguns setores da economia acreditam ter sofrido, com essa medida, um aumento da carga tributária, provocando um aumento dos preços dos seus produtos. Nesse contexto, este artigo teve como objetivo estudar o impacto da cumulatividade e da não cumulatividade da Cofins e o aumento da carga tributária em relação ao preço de venda de um produto, por acreditar que esse aumento da alíquota tende a elevar os preços dos bens e serviços ao longo da sua cadeia produtiva, chegando até o consumidor final. Em relação à nova sistemática da COFINS, a pesquisa busca investigar as seguintes questões: Quem fica de fora? Quem paga mais? Quem ganha? Quem perde? Com base na legislação e em simulações, o estudo discute as mudanças tributárias em relação à Cofins e seus impactos sobre as empresas. Os resultados apontam que o segmento de prestação de serviços foi o que sofreu maior impacto. Observou-se também que as empresas vêm optando pelo regime de tributação lucro presumido, podendo ser este um indicativo de não poderem repassar esse aumento, sofrido durante a cadeia produtiva. Palavras-chaves: Gestão Tributária, Cofins, Cumutatividade de Tributos, Contabilidade Tributária. INTRODUÇÃO A elevada carga tributária brasileira tem motivado a realização de estudos sobre questões ligadas aos impactos dos tributos sobre os resultados das empresas, com o intuito de sensibilizar as autoridades econômicas em relação ao impacto dos tributos sobre a competitividade dos produtos nacionais e, conseqüentemente, a não geração de mais postos de trabalho e no alto nível de sonegação de impostos. 1

2 A exemplo disto, a MP 135, de 30 de outubro de 2.003, convertida na lei , aumentou de 3% para 7,6% a alíquota da Cofins. O governo afirma que para evitar a incidência cumulativa ou efeito em cascata do tributo, o contribuinte poderá abater do preço/custo de bens e serviços já tributados, tais como: insumos utilizados na prestação de serviços ou na produção ou fabricação de bens, energia elétrica, aluguéis, depreciação de máquinas e edifícios utilizados na atividade operacional da empresa. Portanto, esperava-se que essa nova lei contribuiria para diminuir a carga tributária nacional. Desse modo, é importante que consumidores e empresários saibam que bens e serviços consumidos e gerados por eles têm um percentual aproximado entre 35% a 40% de carga tributária, sendo uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo (CNI 1999). O objetivo desse trabalho é evidenciar o efeito da cumulatividade e da nãocumulatividade da Cofins na carga tributária e no preço de venda de um produto ao longo da sua cadeia produtiva. Para tanto, parte-se da hipótese de que o aumento da alíquota traz maiores impactos e não a redução da carga tributária proposta pelos órgãos governamentais, sendo que tal medida tende a elevar o preço do bem ou do serviço durante toda a cadeia chegando até o consumidor final. As empresas que optam pelo lucro presumido não possuem outra maneira de repassar esse aumento que vem durante a cadeia produtiva. Neste sentido, Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), apontou indício que a arrecadação da Cofins em maio de 2004 cresceu 23% em relação a abril do mesmo ano. Para Amaral (2004) esse resultado é a prova inequívoca de que a não-cumulatividade da Cofins provoca aumento da carga tributária e traz danos fortíssimos ao mercado nacional, ainda segundo o autor, [...] o Ministério da Fazenda se equivocou na análise de que a mudança da sistemática da Cofins não provocaria aumento da carga tributária. O resultado demonstra que aquelas afirmações não eram verdadeiras. JUSTIFICATIVA Em 26/01/2004, o IBPT, que é uma entidade criada em 11/12/1992, cujo objetivo é a difusão de sistemas de economia legal de impostos, divulgou a pesquisa feita em 91 setores da economia e constatou que para 65 deles, ou seja, 71% haverá aumento de carga tributária com a entrada em vigor da Cofins não-cumulativa. Segundo informações divulgadas pelo IBPT, o custo efetivo sobre o faturamento, na média dos setores pesquisados, passou de 3% para 4,01%, o que representa um aumento real de cerca de 33,67%. No tocante, a setores com intensiva mão-de-obra, como exemplo o de serviços, sofre maiores impactos, pois, o consumo de matérias-primas é mínima, o que não possibilita abater o tributo pago anteriormente. Segundo Amaral i (2004) o volume de arrecadação de março, abril e maio deste ano em relação a este tributo COFINS representam de 30% superior em relação ao mesmo período de Para este estudo utilizou-se dado acumulado de 2003 de duas empresas pertencentes a segmentos importantes da economia, como indústria e serviços. Sendo uma do segmento gráfico, considerado de grande porte, e a outra do setor transporte de cargas. REFERENCIAL TEÓRICO 2

3 A CONTROLADORIA E A GESTÃO TRIBUTÁRIA Em conseqüência da alta carga tributaria brasileira, observa-se que cada vez mais as empresas buscam realizar gestão tributária, com objetivo de maximizar o lucro, e assim garantir a continuidade do empreendimento. Neste contexto, Padoveze (2003) discute que o desenvolvimento da gestão de impostos pela controladoria nas empresas, impõe-se pela natural tendência de a contabilidade dispor e utilizar as informações relativas aos impostos. Levando os gestores desta atividade a exercerem uma função de apoio aos demais gestores, envolvendo as operações de monitoramento e assessoria as demais áreas e departamentos da empresa. Neste contexto, estudiosos do assunto descrevem que é comum a utilização duas nomenclaturas planejamento tributário e gestão tributária. Para Padoveze (2003, p. 73) existe diferença significativa para estas atividades, e assim define que planejamento tributário como estudos pontuais e específicos objetivando melhorar a carga tributária geral da empresa, através de contenciosos, reorganizações societárias etc. Observa que esta atividade objetiva questões de natureza jurídica, mas, trazem reflexos econômicos as entidades. Em relação à gestão de impostos o mesmo autor relata que esta atividade consiste no acompanhamento sistemático de todos os impostos da corporação, empresas e estabelecimentos fiscais. No entanto, a gestão tributaria não é realizada totalmente desvinculada do planejamento tributário, pelo contrário, em muitos casos a gestão de impostos emerge questões para o planejamento tributário. Ressaltanmdo a importância do contador neste campo, OLENIKE (2003), aponta que o contador não deve ser encarado como um mero registrador de fatos, como infelizmente, ainda acontece, mas sim como o profissional que reúne todas as condições de elaborar planos com vista à redução do ônus tributário. A gestão tributária consiste num processo em que o controller é o responsável pela estruturação de sistemas de informação que de suporte a gestão da empresa. Sendo que a base para existência deste sistema de informações está vinculada à grande quantidade de impostos, taxas e contribuições do sistema tributário nacional. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DO COFINS. A Cofins é a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social,a qual incide sobre o faturamento mensal da empresa descontado o imposto sobre o produto industrializado (IPI), cujo objetivo da receita é assegurar os direitos relativos às áreas da saúde, assistência e previdência social. Por não incidir sobre o lucro da empresa ela é considerado um tributo indireto. A Cofins foi instituída pelo inciso I do art. 195 da Constituição Federal de Hoje ela é regida pela Lei /03 para empresas tributadas pelo Lucro Real, e pela Lei 9718/98 para as empresas não tributadas pelo Lucro Real. O sujeito ativo é a União e o sujeito passivo, toda pessoa jurídica de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do SIMPLES (Lei nº9.317/96). A sua limitação espacial seria todo o território nacional. O fato gerador é o faturamento bruto mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da sua denominação ou classificação contábil. O total das receitas compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas 3

4 operações sem o imposto sobre produtos industrializados e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica. O fato gerador ocorre no momento da venda de um produto ou serviço. Esse fato gerador é considerado periódico e deve ser paga até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador. Conforme já dispunha na Lei 9.718/98, a base de cálculo continuará sendo o total das receitas mensais, porém com a entrada em vigor da Lei /03 poderão ser feito abatimentos da base de cálculo, nos seguintes aspectos: - operações decorrentes de saída isenta ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas a alíquota zero; - operações não operacionais, decorrentes da venda de ativo permanente; - operações auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária; - operações de venda de produtos sujeitos à tributação pela Cofins no sistema monofásico (como no caso dos veículos, pneus, medicamentos, higiene pessoal, combustíveis e lubrificantes); - operações decorrentes de vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; - operações referentes as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não represente ingresso de novas receitas, o resultado positivo da variação de investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido e os Lucros e Dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição que tenham sido computados como receita. Existem situações em que não incidirá a tributação da COFINS, como: - exportação de mercadorias para o exterior; - prestação de serviço para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com o pagamento em moeda conversível; - venda para empresa comercial exportadora para o fim específico de exportação. Conforme já mencionado, o governo federal conseguiu aprovar no Congresso Nacional a MP n.º 135, convertida na Lei n.º /03, que institui a exigência não cumulativa da Cofins, para as empresas tributadas pelo Lucro Real, elevando assim a alíquota de 3% para 7,6% sobre a base de cálculo. No tocante, a não comutatividade observa que apesar da Cofins ser intitulado como não cumulativo, esta nova abordagem tributária da Cofins não reflete a sistemática de não cumulativa com a de outros tributos, IPI e ICMS. Conforme, a Lei criou situações específicas de crédito, sem, contudo, levar em consideração a etapa anterior. Dentre os indícios que comprovam as afirmações anteriores, destaca-se que o governo errou ao afirmar que iria diminuir a carga tributária das empresas. Pois, os números divulgados por institutos de pesquisas demonstraram que a arrecadação da Cofins bateu recorde no mês de maio de No entanto, o Governo justifica que a principal explicação para essa explosão da receita da Cofins foi à entrada em vigor da incidência desse tributo sobre os bens e serviços importados (SIAFI ii ). 4

5 O governo tinha uma previsão anual inicial da receita da Cofins de R$ 72,2 bilhões para Porém, em junho de 2004, um decreto aumentou essa previsão para R$ 75,8 bilhões, um aumento de aproximadamente R$ 3,6 bilhões. MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo objetivou desenvolver uma abordagem que evidenciasse os efeitos da tributação da Cofins. De forma específica, buscou-se averiguar por meio de estudos da legislação, de casos e simulações o impacto da Cofins nas empresas e na cadeia produtiva, visando demonstrar com a gestão tributária pode contribuir no processo decisório da empresa, como mecanismo importante no processo de gestão. Portanto, investigou as seguintes questões: Quem fica de fora? Quem paga mais? Quem ganha? Quem perde? A discussão teórica e as análises empíricas são a base para o desenvolvimento dos componentes de uma pesquisa e de suas hipóteses. Neste trabalho, foram utilizados dados primários, que serviram de subsídios para a resolução do problema de pesquisa e dados secundários, que apresentam vantagens como, por exemplo, o fácil acesso às informações, um custo de coleta relativamente baixo e o tempo de coleta das informações pequeno. Utilizou-se a metodologia empírico-analítico para investigação das questões de pesquisa. Esta pesquisa configurou-se em três etapas, identificadas como: (1) fase de apuração dos tributos; (2) simulação dos impactos da confins na cadeia produtiva; (3) análise da legislação e sua relação com as empresas. Diante da metodologia utilizada verificou-se que os dados contábeis registrados em 2003 nas empresas estudadas possibilitaram comparar o efeito que se daria se fosse aplicado a não cumulatividade, e com isso verificar se realmente diminuiria ou não a carga tributária da empresa. A primeira empresa analisada foi uma indústria gráfica, na qual requer uma grande quantidade de insumos para a sua atividade operacional e, em tese, conseguiria abater muitas despesas da sua base de cálculo para a Cofins. A segunda empresa analisada foi uma transportadora de cargas, que é uma prestadora de serviços e, sendo assim, em tese não teria muitas despesas para abater da sua base de cálculo da Cofins. RESULTADOS E ANÁLISES DA PESQUISA Os cálculos demonstram que independentemente do resultado ser menor ou maior, isso refletirá no preço de venda do produto ou serviço, pois como todos devem saber quando o empresário tem uma diminuição na sua carga tributária ou nos custos ele tende a diminuir o seu preço de venda, e o contrário, quando ele tem um aumento, a tendência é tentar aumentar o seu preço de venda, sendo assim, repassando o aumento para o integrante seguinte da cadeia produtiva. 5

6 No tocante aos dados de 2003 da indústria gráfica escolhida para o estudo, na qual a razão social foi omitida a fim resguardar a integradas de suas atividades. TABELA 1: APURAÇÃO DO TRIBUTO EMPRESA GRÁFICA DESCRIÇÕES TOTAL ANO TOTAL ANO 3% 7,6% VENDAS PROD. PRÓPRIA MERC. NACIONAL , ,89 EXPORTAÇÃO , ,63 VENDA DE ATIVO , ,00 VENDAS APARAS , ,18 PREST. SERV , ,63 RECEITAS FINANCEIRAS , ,67 TOTAL , ,00 DEDUÇÕES(BASE DE CALCULO COFINS) DEV. V. GRAF , ,07 ATIVO FIXO , ,00 EXPORTAÇÃO , ,42 IPI - VENDAS , ,56 TOTAL , ,05 TOTAL DAS RECEITAS LÍQUIDAS , ,95 BASE DE CALCULO (COFINS) , ,47 COFINS A RECOLHER , ,86 DESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS VALOR VALOR Aluguéis de Equipamentos ,89 Aluguéis de Prédio ,00 Bens para Revenda - - Combustível para máquinas ,47 Deprec./Amortiz.Edificações 6

7 ,54 Deprec./Amortiz.Máq./Equip ,79 Despesas Financeiras ,58 Energia Eletrica ,57 Frete ,82 M.P.Adquirida no Merc.Nacional ,04 Pallets ,69 Serviços de Terceiros ,09 Crédito da Cofins ,48 Conforme, tabela 1, a apuração da Cofins demonstra que apesar dos abatimentos autorizados na base de cálculo nota-se um aumento no valor de recolhimento do tributo em relação ao valor obtido quando alíquota era de 3%. A partir dos cálculos efetuados pode-se observar que a percentual real em relação ao total das receitas líquidas, passou efetivamente de 3% passa para, aproximadamente, 4,07%, o que demonstra o aumento efetivo da alíquota de 35,51%. Desse modo, é sabido que o empresário tentará repassar este aumento para os integrantes da cadeia produtiva. Em relação aos dados de 2003 da transportadora de cargas, sendo que dados obtidos representam valores totais, ou seja, apresenta-se o valor médio por tonelada, o que limita-se o estudo, no entanto, não invalidam os resultados e análises dos estudo. Diante disto, pode-se apurar os seguintes resultados. TABELA 2: APURAÇÃO DO TRIBUTO TRANSPORTADORA DE CARGAS. DESCRIÇÕES TOTAL ANO TOTAL ANO 3% 7,6% FRETES (Valor médio por Tonelada) 496,86 496,86 TOTAL 496,86 496,86 DEDUÇÕES (Base de cálculo Cofins) ATIVO FIXO - - TOTAL - - TOTAL DAS RECEITAS LÍQUIDAS 496,86 496,86 BASE DE CALCULO (COFINS) 496,86 382,04 COFINS A RECOLHER 14,91 29,03 DESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS VALOR VALOR DESPESAS INDIRETAS DEDUTÍVEIS - 114,82 7

8 CRÉDITO DA COFINS - 114,82 A tabela 2 demonstra que o impacto da Cofins para empresa atuante do segmento de transporte de cargas com uma frota com 100% de autônomos pessoa física (RPA), sendo que as despesas com contratação do autônomo pessoa física (RPA) não podem ser deduzidas. As deduções limitam-se às despesas indiretas, exceto salários. O estudo aponta que, mesmo com os abatimentos autorizados na base de cálculo, pela legislação vigente, nota-se um aumento no valor de recolhimento em relação ao valor obtido quando alíquota era de 3%. A partir dos cálculos efetuados, podemos notar que a percentagem real em relação ao total das receitas líquidas passou efetivamente de 3% para, aproximadamente, 5,84%, representando um aumento efetivo da alíquota de 94,76%. Pelo fato da empresa pertencer ao setor de serviços, isto, dificulta em muitas vezes o repasse por causa da alta competitividade no setor. Portanto, em ambos os casos analisados nota-se os efeitos da cumulatividade, mesmo sendo considerado não-cumulativo. Lembrando que numa cadeia produtiva existem muitas etapas de encadeamento de cada fornecedor que recebe insumos de outros fornecedores, formando um sistema progressivo de suprimento e distribuição ao longo da cadeia os impactos dos tributos tornam-se maiores. SIMULAÇÕES O EFEITO DA CUMULATIVIDADE INDÚSTRIA GRÁFICA Com objetivo de comprovar a tese sobre os efeitos da cumulatividade, optou-se por realizar simulações que demonstrasse o impacto da Cofins. Suponha-se que a indústria gráfica tenha um preço de venda de seu produto sem o tributo da Cofins no valor de R$ 1.000,00. É importante mencionar que as empresas, ao incluírem tributos na composição do preço, de venda, utilizam o cálculo por dentro para acréscimo da alíquota ao preço inicialmente sem tributo. O estudo a ser descrito contempla principalmente esse fato, que majora o preço com a incidência da alíquota também sobre o próprio valor do tributo. A expressão matemática que é utilizada para esse cálculo é a seguinte: Preço com tributo = Preço sem tributo (1- taxa do tributo) Para esta simulação assumiu-se que a alíquota da Cofins permanecesse em 3% sobre a base de cálculo o preço de venda do produto com o tributo seria de R$ 1030,93. Preço com tributo = 1.000,00 = R$ 1.030,93 (1-0,03) 8

9 Agora assume o mesmo preço do produto sem o tributo, que é R$ 1.000,00, com a nova alíquota de 7,6%, mas com o real efeito na indústria gráfica, no qual foi apurado nesse estudo, que é de 4,07%. O preço de venda do produto passou para R$ 1.042,43. Preço com tributo = 1.000,00 = R$ 1.042,43 (1-0,0407) Nota-se que o preço de venda do produto da indústria gráfica teve um aumento, que apesar de ter notado um valor pequeno no exemplo, quando se compara esse número ao total do faturamento líquido no ano de 2.003, pode-se constatar que esse aumento é relevante, e portanto não podendo ser desconsiderado. Pois, a empresa tende a repassar para o próximo integrante da cadeia produtiva, e o próximo passando ao seguinte até chegar no consumidor final. TRANSPORTADORA DE CARGAS No tocante ao seguimento de prestação de serviços observa-se que impacto é ainda maior. A fim de manter a comparabilidade utilizou o mesmo valor sem tributo, portanto R$ 1.000,00 para o valor do serviço. Conforme calculo demosntrado anteriormente, o valor da venda do serviço com a alíquota da Cofins de 3% é de R$ 1.030,93. Repetindo o cálculo com a nova alíquota da Cofins de 7,6%, mas com o real efeito que foi calculado nesse estudo que é de 5,84%. O preço de venda do serviço passou para R$ 1.062,02. Preço com tributo = 1.000,00 = R$ 1.062,02 (1-0,0584) Conforme, demonstrado a transportadora de cargas teve um aumento maior, como já era esperado por ter menos abatimento na sua base de cálculo. Deve-se ressaltar que no setor de serviços é mais difícil o repasse. Devido à dificuldade repassar o tributo aos integrantes da cadeia produtiva, as empresas optam em reduzir custos através da redução do quadro de funcionários. Portanto, o aumentando a carga tributária, pode ser apontado com dos fatores motivadores no aumento do desemprego, acarretando impactos as empresas, a sociedade e ao crescimento da economia. É importante ressaltar de que da mesma forma que os fornecedores das duas empresas citadas nesse estudo majora os preços, passando esse ônus tributário, também os fornecedores deles o fizeram, e os fornecedores dos fornecedores, e assim sucessivamente, transcorrendo por toda a cadeia, mesmo podendo descontar o valor da compra na base de cálculo da cofins. O fenômeno ocorre em todas as empresas de uma cadeia produtiva, embora esse exemplo seja válido apenas para empresas sujeitas ao mesmo tributo. SIMULAÇÃO DO COFINS NA CADEIA PRODUTIVA Esta simulação tem como objetivo demonstrar os impactos da cofins na cadeia produtiva. Supondo-se que toda empresa da cadeia produtiva agrega de 40 % no custo do produto. 9

10 Quadro 1: Simulação da Cofins (antes e depois) Cadeia Produtiva antes 3,0% depois 7,6% Diferença preço líq. Cofins Total preço líq. Cofins Total c/ crédito COFINS 153,3% Fornecedor Inicial venda 97,00 + 3,00 = 100,00 92,40 + 7,60 = 100,00 compra 10,64-7,60 Cliente 1/Fornecedor 2 47,8% venda 135,80 + 4,20 = 140,00 136,96 + 3,04 = 140,00 compra 14,90-3,04 Cliente 2/Fornecedor 3 13,9% venda 190,12 + 5,88 = 196,00 184, ,86 = 196,00 compra 20,85-11,86 Cliente 3/Fornecedor 4-2,1% venda 266,17 + 8,23 = 274,40 265,40 + 9,00 = 274,40 compra 29,20-9,00 Cliente 4/Fornecedor 5-11,1% venda 372, ,52 = 384,16 363, ,20 = 384,16 compra 40,87-0,00 Cliente Final -16,5% (consumidor) venda 521, ,13 = 537,82 496, ,87 = 537,82 COFINS cascata 48,97 9,1% 40,87 7,6% do produto final do produto final Observa-se que até o terceiro elo da cadeira produtiva, a nova forma de tributação da Cofins torna-se mais oneroso às empresas. Somente a partir do quarto, os abatimentos farão com que as empresas recolhem valores menores em relação a Cofins. Isso demonstra que somente as empresas que tiverem uma cadeia produtiva longa serão beneficiadas com o novo modelo de tributação da Cofins. Porém, no exemplo, esta diferença não está sendo repassada para o preço de venda do produto, sendo absorvida por cada elo, fazendo com que o preço final seja o mesmo, mesmo tendo uma incidência maior de Cofins (48,97 contra 40,87). CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma das expectativas da sociedade, especialmente dos empresários, é a redução da carga tributária, pois, somente assim os produtos e serviços atinjam melhor nível de competitividade em relação ao mercado externo, o que possibilitaria maior incremento nas vendas e uma maior geração de empregos. Para dar importância à situação problema, os estudos de casos realizados demonstram os efeitos provocados pela carga tributária no Brasil, pois, mesmo que o governo afirme que o novo sistema de tributação da Cofins se diz não-cumulativa, os resultados de dois segmentos, demonstrou que em ambos os casos a carga tributária teve aumento significativo, o qual vem sendo repassado para os preços dos produtos e serviços, impactando toda cadeia produtiva dos segmentos estudados. Neste contexto, observa-se que uma alternativa encontrada pelas empresas para a redução de custos é optarem pela redução de mão-de-obra, o que traz impactos em toda cadeia produtiva do mercado nacional. É importante mencionar que uma carga tributária nos níveis 10

11 atuais incrementa um incentivo à sonegação de tributos, fato prejudica à arrecadação tributária. Diante do estudo realizado, conclui-se que: Quem fica de fora? Pequenas e médias empresas: as novas regras da Cofins não atingem os cerca de 2 milhões de empresas optantes pelo Simples (sistema simplificado de pagamento de impostos e contribuições federais) e nem as cerca de 650 mil empresas optantes pelo regime do Lucro Presumido, na sua maioria empresas comerciais e de serviços, com receita bruta anual de até R$ 48 milhões. Essas empresas continuarão pagando a Cofins de 3%. Quem paga mais? Empresas tributadas pelo Lucro Real. Quem ganha? 1. Setores que têm várias etapas de produção, pois poderão abater o que foi pago nas etapas anteriores. Setores que produzem com muita matéria prima e pouca mão-de-obra; 2. O fim da cumulatividade da Cofins possibilitará a desoneração das exportações, dando maior competitividade aos produtos nacionais em relação aos estrangeiros. Quem perde? 1. Setores com intensiva mão-de-obra, como o de serviços. Por usarem pouca (ou quase nenhuma) matéria-prima, não há o que abater nas etapas anteriores; 2. As importações passam a ser tributadas da mesma forma que os produtos nacionais. Acredita-se que os objetivos do trabalho foram atingidos, pois, através desse estudo pôde-se observar-se que, nos dois casos apresentados, o efeito da não-cumulatividade não está reduzindo a carga tributária, conseqüentemente, está afeta o preço de venda do produto. O estudo aponta espaço para realização de pesquisa futuras, com outros tipos de indústrias ou outros setores da economia. BIBLIOGRAFIA OLIVEIRA, Luís Martins de; CHIEREGATO, Renato; JUNIOR, José Hernandez Perez;GOMES, Marliete Bezerra Gomes. Manual de Contabilidade Tributária. São Paulo: Atlas,

12 FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 7. ed. São Paulo: Atlas, FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 5. ed. São Paulo: Atlas, PADOVESE, Clóvis. Controladoria. Thomson SECRETARIA DA FAZENDA Novas normas da Cofins. SANTOS, Rogério F. dos. Uma contribuição ao estudo de evidenciação do efeito da cumulatividade de tributos: O caso da COFINS em quatro estágios de um segmento da cadeia produtiva do couro. São Paulo, 2003 i Declaração de Gilberto Luiz do Amaral presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em reportagem do valor econômico. ii SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal 12

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