DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ENTRE AS MESORREGIÕES DO BRASIL: 1970 E 2000

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1 1 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS ENTRE AS MESORREGIÕES DO BRASIL: 1970 E 2000 Resumo: Este artigo analisa a distribuição espacial das atividades econômicas entre as mesorregiões do Brasil e o perfil da sua estrutura produtiva no período de 1970 a O método utilizado foi a análise regional a partir das medidas de localização e reestruturação da ocupação da mão-de-obra no tempo e no espaço. Os resultados demonstraram que a maioria das regiões brasileiras já possuíam duas características comuns no ano de 1970: diversificação produtiva, ligada principalmente aos setores da indústria e dos serviços, e a alta taxa de urbanização. No final do século as mesorregiões reforçaram suas diversificações e ampliaram sua urbanização, principalmente aquelas localizadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Palavras-Chave: Economia espacial; Economia Regional; Mesorregiões. INTRODUÇÃO O objetivo deste artigo é analisar a distribuição espacial das atividades econômicas entre as mesorregiões do Brasil bem como mostrar quais foram as mesorregiões que mais reestruturaram suas estruturas produtivas no período de 1970 a O período entre 1970 e 2000 marca grandes transformações na economia e na vida política brasileira. Na questão política o país sai de vinte anos de ditadura militar e inicia a transição para a democracia em Já na economia houve mudanças macroeconômicas e, regionalmente, no perfil da divisão social do trabalho e na distribuição espacial das atividades produtivas. Na questão do perfil da divisão social do trabalho, o país inicia sua transição de um estilo fordista de produção, caracterizado pela produção e consumo em massa, para novas atividades que se utiliza de um estilo de acumulação flexível. Esta nova forma flexível de produção baseava-se no surgimento de ramos de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional (HARVEY, 1994). Essas mudanças no estilo de acumulação de capital impactaram também na regionalização da divisão social do trabalho, da reprodução da força de trabalho e na concentração das atividades produtivas fortalecendo os centros urbanos. Já nas áreas rurais os impactos se sucederam na transição de um estilo de produção extensivo, baseado na incorporação de novas terras, para um estilo mais intensivo baseado na modernização,

2 2 tecnificação e industrialização da agricultura, que afetaram a estrutura fundiária, as relações de produção indústria - produtor, a pauta de produtos cultivados, os sistemas agrícolas, o habitat e a paisagem rural e as densidades demográficas rurais (CORRÊA, 1986). Assim, as reestruturações da base produtiva consolidada e a estruturação de bases produtivas novas impactaram no desenvolvimento de outros segmentos econômicos, determinando que os setores urbanos (secundário e terciário) ampliassem significativamente sua participação na produção econômica regional (ALVES, 2008). O que refletiu no movimento populacional (crescimento e concentração populacional) das grandes regiões metropolitanas e na economia urbana e regional. Neste contexto, mesorregiões que antes participavam minimamente da atividade econômica nacional ganharam uma maior representatividade. Isso leva a alguns questionamentos: Quais foram essas mesorregiões? Além disso, as atividades urbanas também se espraiaram no território brasileiro? Quais foram essas atividades? Esta análise subsidiará respostas para responder a esses questionamentos. 2 ELEMENTOS METODOLÓGICOS A análise dos dados será realizada para as mesorregiões geográficas do Brasil para os anos de 1970 e A escolha desse período se dá em função dos elementos comentados na introdução e também da disponibilidade dos dados. No caso das mesorregiões, os municípios existentes no Brasil em 2000 são agregados em 137 mesorregiões geográficas. Essa é uma subdivisão regional criada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no final dos anos O IBGE (1990) caracteriza a mesorregião como uma área individualizada em uma Unidade de Federação que apresenta formas de organização do espaço com as seguintes dimensões: o processo social, quadro natural e a rede de comunicação e de lugares. Esses elementos se articulam no espaço regional e caracterizam a identidade regional da mesorregião, construída ao longo da história de colonização e exploração dos recursos naturais. Será utilizada como variável de análise o número de empregados por ramos de atividade. Em geral se pressupõe que os ramos de atividade mais dinâmicos empregam mais mão-de-obra no decorrer do tempo. Assim, a ocupação assalariada da mão-de-obra tem reflexo na renda regional, o que estimula a demanda efetiva e conseqüentemente a dinâmica

3 3 das atividades produtivas voltadas ao mercado interno região. Os dados foram coletados dos microdados dos Censos Demográficos disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Devido a grande desagregação setorial apresentada pelos microdados do IBGE as informações foram agrupadas nos seguintes setores: do setor primário: agricultura; pecuária; e, extração vegetal, caça e pesca; do setor secundário: indústrias dinâmicas; indústrias nãotradicionais; industrias tradicionais; extração mineral; construção civil; e, serviços industriais de utilidade pública (SIUP); e do setor terciário: comércio, prestação de serviços; transporte; administração pública; atividades sociais; e, outras atividades. Neste contexto, foram utilizadas as medidas de localização e de especialização, mais especificamente o Quociente Locacional e o Coeficiente de Reestruturação. Os resultados dessas medidas fornecem elementos para identificar as mesorregiões mais especializadas em cada uma das atividades analisadas e aquelas que mais reestruturam no período de análise. O Quociente Locacional (QL) é um indicador de análise regional mais difundido no meio acadêmico e demonstra o comportamento locacional dos ramos de atividades, assim como aponta os setores de maior especialização em cada uma das mesorregiões que formam o conjunto da economia nacional. Por isso, é uma medida de natureza descritiva que caracteriza as várias atividades e as diferentes regiões em análise, do ponto de vista do seu nível de especialização/diversificação das suas estruturas produtivas. Como o QL utiliza valores relativos como parâmetro de distribuição da variável entre os ramos de atividade econômicos, o indicador anula o efeito tamanho das regiões, permitindo a estimativa de indicadores confiáveis. (PUMAIN e SAINT-JULIEN, 1997; DELGADO e GODINHO, 2002). Assim, o QL possui uma natureza setorial, pois se preocupa com a localização da variável base (número de empregados) entre as mesorregiões, procurando identificar padrões de especialização ou diversificação num determinado período. A equação (1) expressa o cálculo do QL. QL = Empregados do setor i na mesorregião j / Empregados do setor i do Brasil (1) Empregados total da mesorregião j / Empregados total do Brasil Dessa forma, o QL compara a participação percentual do número de empregados de uma mesorregião j com a participação percentual do Brasil. A importância da mesorregião j no contexto regional, em relação a variável x estudada, é demonstrada quando o QL assume

4 4 valores acima de 1. Nesse caso (quando o QL for maior ou igual a 1), indica a representatividade da variável x em uma mesorregião j específica, ou seja, indica que esse setor é especializado nessa região. O contrário ocorre quando o QL for menor que 1. A partir da análise do QL poder-se-á visualizar a especialização em cada uma das mesorregiões no período estudado e sua espacialização. Já, o Coeficiente de Reestruturação (Cr) relaciona a estrutura do número de empregados por mesorregião entre dois períodos, ano base 0 e ano 1, verificando o grau de mudanças na especialização de cada mesorregião. Coeficientes iguais a zero (0) indicam que não ocorreram modificações na estrutura setorial da mesorregião, e próximos a unidade (1) demonstra uma reestruturação substancial (ISARD, 1972; HADDAD, 1989). É expressa pela equação: CT j I 1 I i 0 (2) 2 Em que: CT j = Quociente de Reestruturação na mesorregião j i = Somatório das atividades na mesorregião j I 0 = Distribuição percentual de emprego do setor i inicial na mesorregião j I 1 = Distribuição percentual de emprego do setor i final na mesorregião j. Assim, a próxima seção apresenta os resultados do quociente locacional para as mesorregiões brasileiras no período de 1970 a A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ATIVIDADES PRODUTIVAS ENTRE AS MESORREGIÕES DO BRASIL Conforme apresenta a Figura 1, referente ao setor primário, em 1970 o QL da agricultura já era significativo em grande parte das mesorregiões brasileiras. Dessas, ressaltase as que se localizavam principalmente no Nordeste, em parte do Centro-Oeste e no Sul. Já em 2000, houve uma dispersão da agricultura em direção à Região Norte. Assim, essa atividade passa a ter uma localização significativa também no Norte além do Nordeste e Sul. Por outro lado, percebe-se que algumas mesorregiões do Centro-Oeste perderam representatividade nesse setor no ano de O perfil de localização da mão-de-obra ocupada na agropecuária demonstra algumas

5 5 particularidades em relação as mesorregiões que ganharam ou perderam representatividade no período de 1970 a 2000: algumas reforçaram as suas especializações, ou seja, eram mesorregiões que já tinham um alto QL em 1970 e aumentaram o seu fator locacional em 2000, como por exemplo, o Sertão Alagoano que tinham um QL de 1,92 e passou para um QL de 4,32 em 2000 (uma diferença de 2,40). Por outro lado têm-se aquelas mesorregiões que não tinham um QL>1 em 1970 e passaram a ser representativas em 2000, como o Leste Rondoniense com um QL de 2,29 em 2000 (uma diferença de 2,29 em relação a 1970); o Sul Amazonense que aumentou seu QL em 2,21 e o Sudoeste Amazonense com um aumento de 2,17. Também há aquelas mesorregiões que eram especializadas em 1970, mas que perderam importância em 2000, algumas delas são: Leste Goiano com uma diferença no QL de -1,07 do ano 1970 para o ano de 2000; o Noroeste Goiano que perdeu -1,06 em seu QL entre 1970 e 2000; o Sudoeste Mato-Grossense com uma perda de -0,98; e o Leste de Mato Grosso do Sul, o Norte Goiano e o Centro-Sul Mato-Grossense que apresentaram perdas em seus QLs de - 0,89, -0,87 e -0,81, respectivamente, fazendo com que deixassem de ser mesorregiões especializadas.

6 6 Figura 1 Quociente Locacional para o setor primário das mesorregiões do Brasil 1970/2000. Agricultura Pecuária Ext. veg., caça, pesca Fonte: Resultados da Pesquisa Referente à pecuária, a Figura 1 mostra que, em 1970, as mesorregiões mais especializadas situavam-se principalmente no Centro-Oeste, tomando também parte do Sul, Sudeste e Nordeste. No ano de 2000, essa atividade continuou predominando nas mesmas regiões, porém houve uma dispersão para o Norte, Nordeste e o Sul. O Noroeste Goiano era a mesorregião que mais se destacava, tanto em 1970 quanto em 2000, sendo o portador do maior Quociente Locacional de 3,66 e 7,86 respectivamente. Porém, outras mesorregiões não

7 7 se destacavam em 1970, mas apresentaram um grande aumento do seu QL em 2000, como por exemplo: Leste Rondoniense teve um crescimento no QL de 2,60 de 1970 para 2000; Noroeste Paranaense que nesse período aumentou 2,22 em seu QL; e Sudoeste Paranaense que teve um aumento de 2,11 no QL do ano 2000 em relação ao ano de E, dentre as mesorregiões que deixaram de ser especializadas pode-se citar o Norte de Roraima, o Vale do Paraíba Paulista, o Sul Espírito-Santense e o Sul Fluminense que, entre os anos 1970 e 2000, tiveram perdas em seus QLs de -2,94, -1,62, -1,01 e -0,88, respectivamente. Na atividade de extração vegetal, caça e pesca para o ano de 1970 visualizou-se que essa atividade era predominantemente concentrada na Região Norte, com uma pequena participação do Sul e do Nordeste. Porém, essa especialização se dispersou em O Centro-Oeste e o Sudeste ganharam importância. A mesorregião que mais se especializou nesse período foi o Norte do Amapá que teve um crescimento enorme de 6,02 em seu QL no período de tempo analisado, sendo que esta já era especializada desde Mas, outras mesorregiões merecem destaque, pois passaram a serem especializadas, algumas delas são: Sudeste Piauiense, Leste Rondoniense, Vale São-Franciscano da Bahia, Sertões Cearenses, e Oeste Potiguar, com aumentos de 1,65, 1,38, 1,27, 1,23 e 1,07, respectivamente. E algumas regiões que mais perderam em especialização foram: Grande Florianópolis com uma perda de - 1,20 em seu QL no período; Sul Fluminense com uma diferença de - 0,46 em relação ao QL de 1970 e 2000; e Norte Catarinense que perdeu - 0,07 no seu QL nesse período de tempo. Assim, a Figura 2 mostra quais eram as mesorregiões mais especializadas para as indústrias dinâmicas, as tradicionais e as não-tradicionais.

8 8 Figura 2 Quociente Locacional para o setor secundário das mesorregiões do Brasil 1970/2000 Ind. Dinâmicas Ind. Não-Tradicionais Ind. Tradicionais Fonte: Resultados da Pesquisa Segundo a Figura 2, a distribuição espacial das indústrias dinâmicas em 1970 era totalmente concentrada no Sul e Sudeste, principalmente na faixa litorânea. Essa distribuição não sofreu muitas alterações em 2000, porém algumas mesorregiões ganharam destaque nesse tipo de especialização, como o Centro Amazonense, o Sul Catarinense e o Sul Espírito- Santense, que de 1970 a 2000 aumentaram seus QLs em 1,05, 1,16, e 0,83, respectivamente. Vale salientar que as indústrias dinâmicas agrupam as produções de bens intermediários da

9 9 etapa mais avançada da industrialização e os ramos produtores de bens de capital. Conforme destaca Piffer (2009) as indústrias não-tradicionais são um meio-termo, pois se trata de empresas de uso mais intensivo de capital que a indústria tradicional e que tiverem a sua origem mais recente no processo de industrialização. Exemplos de indústrias não-tradicionais são: a indústria de fumo, a indústria sucroalcooleira, a indústria editorial e a indústria gráfica. Neste sentido, a Figura 2 mostra que em 1970, as mesorregiões especializadas localizavam-se concentradas, assim como as indústrias dinâmicas, no Sul e Sudeste, com alguns pontos também no Nordeste. Já em 2000, a atividade continuou concentrada, porém algumas mesorregiões passaram a se destacar nessa atividade: Centro-Sul Mato-Grossense, Itapetininga, Mata Paraibana, Assis e Triângulo Mineiro/Alto Parnaíba foram mesorregiões que se tornaram especializadas em Quando se analisam as indústrias tradicionais deve-se levar em consideração que nesse tipo de indústria são classificados os ramos de atividades inerentes ao início do processo de industrialização e da primeira fase de substituição por importações brasileira. Nesse caso, trata-se dos bens de consumo não duráveis, caracterizados pelo uso intensivo de mão-de-obra na sua produção. Neste sentido, nas regiões Sul e Sudeste, novamente na faixa litorânea, eram onde se localizava a maioria das mesorregiões especializadas no setor das indústrias tradicionais em Nota-se uma similaridade em relação a localização das atividades industriais no ano de 1970: nesse ano o eixo sul-sudeste concentrava as mesorregiões mais especializadas. Isso se deve ao processo histórico de desenvolvimento, ou seja, o processo de industrialização brasileiro iniciou-se e se intensificou nessas mesorregiões durante um longo período de tempo. A partir de 1970 quando o oeste do Brasil passa a ser explorado economicamente de forma mais intensa e se urbaniza é que os setores industriais começam a se dispersar para o interior do Brasil. As fases diferenciadas de ocupação do espaço, nesse caso, ajudam a explicar a diferenciação na maturação do capital industrial nas áreas ocupadas. A dispersão dos demais setores industriais ratifica as informações supracitadas, conforme mostra a Figura 3.

10 10 Figura 3 Quociente Locacional para o setor secundário das mesorregiões do Brasil 1970/2000. Extração Mineral Construção Civil SIUP Fonte: Resultados da Pesquisa Com exceção do setor da extração mineral que se localiza próximo à sua fonte de matéria-prima, os demais setores industriais apresentaram uma expressiva dispersão no período de 1970 a Essa dispersão está diretamente relacionada com o crescimento das populações urbanas no Brasil que ocorreu nesse intervalo de tempo. Ou seja, a população se dispersa mais e mais em direção ao interior do país fortalecendo as novas fronteiras agrícolas, tanto na ocupação da mão-de-obra como em mercados potenciais para a localização das

11 11 atividades urbano-industriais. De forma geral, a atividade de extração mineral manteve sua localização no período analisado, no qual as mesorregiões especializadas nessa atividade se localizavam principalmente no Norte, no Centro-Oeste, no Nordeste e no Sudeste, ou seja, eram bem dispersas no território brasileiro. Em 2000, a atividade continua dispersa, mas o Norte passa a ser mais especializado e, em contrapartida, o Nordeste perde parte de sua representatividade. O fortalecimento da Região Norte na ocupação da mão-de-obra tira representatividade do Nordeste. Em geral, as duas regiões usam fundos setoriais específicos, o que significa que competem também pelos capitais oriundos dos programas setoriais. Referente à construção civil, a Figura 3 aponta que, em 1970, a localização das mesorregiões especializadas nessa atividade era levemente concentrada no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Em 2000, a atividade se concentrava ainda mais no Sudeste e Centro-Oeste surgindo novas mesorregiões especializadas, algumas delas foram: Oriental do Tocantins, Leste Goiano, Sudeste Mato-Grossense, Assis, Norte Central Paranaense, Norte Goiano, Presidente Prudente, Vale do Rio Doce, Marília, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, dentre outras. Ou seja, são mesorregiões localizadas fora do pólo constituído pelas regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do Brasil. Quanto a atividade nos Serviços Industriais de Utilidade Pública verificou-se que as mesorregiões que tinham especialização nesta atividade em 1970 situavam-se concentradas no Sul e Sudeste, principalmente na faixa litorânea, em função da forte metropolização e adensamento de população dessas áreas que exige mais serviços de saneamento básico, comunicações e energia elétrica. Já em 2000, houve uma dispersão dessa atividade por grande parte do território brasileiro mudando totalmente o cenário da localização do SIUP. Desta vez, percebe-se pontos de concentração das mesorregiões especializadas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Como essa atividade cresceu muito, há várias mesorregiões que passaram de não especializadas à forte especialização, como por exemplo: Sul de Roraima, Oriental do Tocantins, Norte Amazonense, Noroeste Goiano, Norte Goiano, Borborema, Norte do Amapá, Leste Goiano, Sudoeste Amazonense, Norte de Roraima, Vale do Juruá, Sertão Sergipano, Sertão Paraibano, dentre várias outras. Ou seja, o SIUP acompanha a dispersão da população que demanda mais serviços sociais básicos e exige a interiorização dos investimentos em geração de energia, telecomunicações e urbanização. Neste contexto, a Figura 4 apresenta a distribuição espacial das atividades terciárias.

12 12 Figura 4 Quociente Locacional para o setor terciário das mesorregiões do Brasil 1970/2000. Comércio Prestação de Serviços Transporte Adm. Pública Atividades Sociais Outras atividades Fonte: Resultados da Pesquisa Os resultados da pesquisa demonstram que para todas as atividades terciárias notou-se uma dispersão das mesorregiões mais especializadas pelo interior do Brasil. Além disso, fica nítido como as mesorregiões com especialização média (0,50<QL<1,00) também se difundiram. Isso mostra que o setor terciário está ganhando cada vez mais importância na ocupação da mão-de-obra em todo o território nacional. Com relação ao setor do comércio, em 1970, eram poucas as mesorregiões que possuíam especialização nessa atividade sendo que elas se localizavam principalmente em parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No ano de 2000, essa atividade se expandiu, surgindo novos pontos de especialização também no Norte e Nordeste, dentre as quais algumas das mesorregiões que passaram a ser especializadas durante esse período de tempo: Oeste Paranaense, Sudeste Mato-Grossense, Centro Ocidental Paranaense, Centro-Sul Mato- Grossense, Agreste Sergipano, Mata Pernambucana, Norte de Roraima, Central Mineira, Leste Alagoano e Sul Cearense. A atividade do comércio cresceu na maioria das

13 13 mesorregiões, sendo que apenas três mesorregiões (das 177 existentes) deixaram de ser especializadas nessa atividade, são elas: Araçatuba, Vale do Paraíba Paulista e Araraquara. Na atividade de prestação de serviços, visualiza-se que as principais mesorregiões especializadas nesse setor localizavam-se basicamente concentradas na região Sudeste em Em 2000, houve uma leve dispersão em direção ao Centro-Oeste, mas a atividade continuou concentrada. Nesse período de tempo entre 1970 e 2000, várias mesorregiões se tornaram especializadas nessa atividade, algumas delas são: Leste Goiano, Sudeste Mato- Grossense, Baixadas, Madeira-Guaporé, Litoral Sul Paulista, Centro-Sul Mato Grossense, Sul Goiano e Assis. Por outro lado, algumas mesorregiões perderam suas especializações nesse setor, são elas: Ribeirão Preto, Araraquara, Sul/Sudoeste de Minas, Oeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes e Centro Ocidental Rio-Grandense. A atividade dos transportes, para o ano de 1970, era concentrada basicamente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No ano de 2000, a maioria das mesorregiões especializadas nessa atividade continuava concentrada nas mesmas regiões de 1970, porém em um número menor. Apenas três mesorregiões se tornaram especializadas nesse setor do ano de 1970 para o ano de 2000, são elas: Oeste Paranaense, que passou de um QL de 0,45 em 1970 para um QL de 1,14 em 2000; Centro-Sul Mato-Grossense que aumentou seu 0,25 em seu QL do ano 2000 em relação ao do ano 1970 e Sul do Amapá que teve um crescimento de 0,16 no seu QL nesse período de tempo. Com relação à administração pública, a Figura 4 revela que, em 1970, as mesorregiões especializadas nessa atividade eram poucas e localizavam-se dispersas no território brasileiro. Já no ano de 2000, essa atividade se difundiu e as mesorregiões especializadas passaram a se concentrar principalmente no Norte e Centro-Oeste. A explicação para a grande dispersão dessa atividade no território nacional se encontra, principalmente, no grande número de municípios que foram emancipados nesse período. Assim, em grande parte dos municípios, principalmente os que possuem um contingente populacional menor o setor da administração pública é um dos setores que mais ocupa mão-de-obra. Para o setor das atividades sociais a maioria das mesorregiões que possuíam especialização forte em 1970 localizava-se concentradas no Sudeste e no Sul. Já no ano de 2000, a localização das mesorregiões especializadas nessas atividades se dispersou por todo o território brasileiro. O setor de outras atividades, no ano de 1970, possuía poucas mesorregiões que eram especializadas e estas se localizavam principalmente no Sudeste. Em 2000, essas atividades ampliaram sua distribuição espacial, localizando-se principalmente

14 14 concentradas na faixa litorânea que se estende do Sul ao Sudeste, também no Norte e Centro- Oeste. 4 A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA DAS MESORREGIÕES BRASILEIRAS Como apresentado na seção anterior houve uma dispersão de diversas atividades econômicas no espaço brasileiro, fortalecendo a especialização de algumas mesorregiões entre 1970 a Por isso, muitas mesorregiões ampliaram o número de atividades na qual eram especializadas nesse período. Dessa forma, para melhor demonstrar quais foram essas mesorregiões que mais sofreram reestruturação produtiva durante esse período de tempo a Figura 5 mostra os resultados do Coeficiente de Reestruturação. Figura 5 Coeficiente de Reestruturação, por mesorregiões do Brasil 1970/2000. Coef. Reest. 1970/2000 Fonte: Resultados da Pesquisa Conforme mostra a Figura 5, as mesorregiões que mais se reestruturaram no período de 1970 a 2000 estavam localizadas no triângulo locacional formado pelo oeste e norte do Paraná, com o oeste da região Nordeste e o Acre. Isso demonstra que as mesorregiões que mais se reestruturaram eram aquelas localizadas nas regiões onde o processo de ocupação econômica do território era recente ou ainda estava nas suas etapas finais. Por outro lado, as

15 15 mesorregiões que menos se reestruturaram eram aquelas que já concentravam a maioria das especializações no ano de 1970, principalmente o eixo Sul e Sudeste. A Tabela 1 apresenta quais foram as vinte mesorregiões que mais se reestruturam e as vinte mesorregiões que menos se reestruturam nesse período. Tabela 1 As 20 mesorregiões brasileiras com maiores e menores coeficientes de reestruturação 1970/ Mesorregiões com Maiores CReest. CReest. 20 Mesorregiões com Menores CReest. CReest. Sudoeste Mato-grossense 0,6483 Campo das Vertentes 0,2513 Leste Goiano 0,6248 Campinas 0,2459 Oeste Paranaense 0,6070 Sudeste Rio-Grandense 0,2453 Oriental do Tocantins 0,5923 Araraquara 0,2418 Sudeste Mato-grossense 0,5899 Noroeste Espírito-santense 0,2334 Norte Goiano 0,5721 Sudeste Paranaense 0,2319 Noroeste Goiano 0,5571 Metropolitana do Rio de Janeiro 0,2307 Centro Ocidental Paranaense 0,5513 São Francisco Pernambucano 0,2228 Noroeste Paranaense 0,5354 Central Espírito-santense 0,2188 Extremo Oeste Baiano 0,5045 Sertão Alagoano 0,2182 Ocidental do Tocantins 0,5030 Metropolitana de Curitiba 0,2149 Leste Rondoniense 0,5000 Distrito Federal 0,2121 Sudoeste de Mato Grosso do Sul 0,4986 Metropolitana de Salvador 0,2108 Noroeste de Minas 0,4974 Metropolitana de São Paulo 0,2079 Norte Central Paranaense 0,4949 Sudoeste Rio-Grandense 0,1959 Sudeste Paraense 0,4901 Metropolitana de Belém 0,1877 Norte Mato-grossense 0,4815 Metropolitana de Porto Alegre 0,1866 Sudoeste Paranaense 0,4814 Metropolitana de Belo Horizonte 0,1776 Centro-Sul Mato-grossense 0,4804 Metropolitana de Fortaleza 0,1686 Vale do Juruá 0,4777 Metropolitana de Recife 0,1684 Fonte: Resultados da Pesquisa. Como mostra a Tabela 1 das vinte mesorregiões que menos se reestruturaram a metade era alguma região metropolitana e as demais eram importantes regiões urbanas dos seus respectivos Estados. Ao contrário, a maioria das mesorregiões que mais se reestruturaram estavam localizadas nos Estados da Região Centro-Oeste do Brasil ou no Paraná. Seis mesorregiões eram paranaenses e oito dos Estados ou do Mato Grosso, ou do Mato Grosso do Sul ou de Goiás. Mas quais foram essas mudanças? Com o objetivo de ajudar a esclarecer essa questão o Quadro apresenta detalhes sobre quais foram as principais mudanças na estrutura produtiva dessas mesorregiões.

16 16 Quadro 1 Principais Especializações (QLs) das Mesorregiões que mais se reestruturaram Mesorregiões QLs>1 Urbanização QLs>1 Urbanização Sudoeste Mato-Grossense Agricultura e Pecuária. 8,99% Pecuária, Extração Vegetal, Extração Mineral e Indústrias Tradicionais. 70,33% Leste Goiano Pecuária, Extração Mineral, Construção Agricultura, Pecuária e 24,40% Civil, SIUP, Administração Pública e Extração Mineral. Serviços. 86,23% Agricultura, Pecuária, Indústrias Oeste Paranaense Agricultura e Pecuária. 19,68% Tradicionais, SIUP, Comércio e 81,60% Transportes. Oriental do Tocantins Agricultura e Pecuária. 18,93% Agricultura, Pecuária, Extração Mineral, Construção Civil, SIUP e 73,94% Administração Pública. Sudeste Mato-Grossense Agricultura, Pecuária e Pecuária, Extração Mineral, Construção 33,18% Extração Mineral. Civil, Comércio e Serviços. 85,12% Norte Goiano Agricultura, Pecuária e 22,98% Pecuária, Extração Mineral, Construção 74,24% Noroeste Goiano Extração Mineral. Agricultura, Pecuária e Extração Mineral. 30,59% Centro Ocidental Paranaense Agricultura. 19,03% Civil, SIUP e Administração Pública. Pecuária, Extração Mineral, SIUP e Administração Pública. Agricultura, Pecuária, Indústrias Tradicionais, Comércio e Administração Pública. 74,00% 72,56% Noroeste Paranaense Agricultura. 26,27% Agricultura, Pecuária, Indústrias Tradicionais e Administração Pública. 77,27% Extremo Oeste Baiano Agricultura. 18,82% Agricultura, Pecuária e SIUP. 53,23% Ocidental do Tocantins Agricultura, Pecuária e Outras Pecuária, SIUP e Administração 27,86% atividades. Pública. 74,52% Leste Rondoniense Agricultura, Pecuária e Extração Vegetal. 57,75% Sudoeste de Mato Grosso do Sul Agricultura e Pecuária. 31,48% Agricultura, Pecuária e Administração Pública. 76,97% Noroeste de Minas Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal e Extração Mineral. 25,10% Norte Central Paranaense Agricultura e Comércio. 39,95% Sudeste Paraense Norte Mato-Grossense Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal e Extração Mineral. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal e Extração Mineral. 30,95% 22,32% Sudoeste Paranaense Agricultura. 18,01% Centro-Sul Mato-Grossense Agricultura, Pecuária, Extração Mineral, Construção Civil, Administração Pública e Atividades Sociais. 45,80% Vale do Juruá Extração Vegetal. 18,86% Fonte: Resultados da Pesquisa. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal. Extração Mineral e SIUP. Pecuária, Indústrias Tradicionais, Construção Civil e Comércio. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal, Extração Mineral, Indústrias Tradicionais e Outras atividades. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal, Extração Mineral, Indústrias Tradicionais e Outras atividades. Agricultura, Pecuária, Indústrias Tradicionais e Outras atividades. Pecuária, Extração Mineral, Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal, Indústrias Tradicionais, SIUP, Administração Pública, Atividades Sociais e Outras atividades. 74,66% 88,44% 63,72% 69,83% 59,89% 90,49% 48,14% Conforme mostra o Quadro 1 existem duas características principais em relação as mesorregiões que mais se reestruturaram: Primeiro: o aumento no grau de urbanização nessas mesorregiões. Isso foi acarretado pelos efeitos do processo de mecanização e tecnificação da agricultura ocorrida no final do século XX, bem como a transferência de contingentes populacionais para as novas áreas de ocupação e o fortalecimento das cidades médias no interior do país. Assim, um grande contingente populacional rural se deslocou para os centros urbanos em busca de novas

17 17 oportunidades de emprego e renda. Desse modo, a proporção da população urbana sobre a população total aumentou significativamente. O melhor exemplo foi da mesorregião Sudoeste Mato-Grossense que passou de uma taxa de urbanização de 8,99% no ano de 1970 para 70,33% no ano de Isso se refletiu nos setores que mais concentravam as pessoas ocupadas: em 1970 os setores da Agricultura, Pecuária e das Indústrias Tradicionais concentravam juntos 85,87% (76,03%, 6,58%, 3,26% respectivamente); já em 2000 os setores que mais concentravam nessa mesorregião eram a pecuária com 17,70%, a prestação de serviços com 16,86% e o comércio com 13,48% (48,05%). Desse mesmo modo, todas as mesorregiões que mais se reestruturaram apresentaram um grande aumento em suas taxas de urbanização e nas suas especializações. Segundo: a grande diversificação produtiva dessas mesorregiões. No ano de 1970 as principais especializações produtivas estavam relacionadas ao setor primário da economia, principalmente a agricultura e a pecuária. Já, no ano de 2000, percebe-se um avanço para as atividades secundárias e terciárias. Assim, o conjunto dessas mesorregiões passou de um continuum urbano-rural para um continuum urbano-industrial durante 1970 a Parte da explicação reside no próprio aumento populacional, principalmente a urbana. Com isso, essa reestruturação produtiva se refletiu na própria dinâmica da divisão social do trabalho e populacional de todas as regiões do Brasil. A Tabela 2 mostra que das cinco grandes regiões do Brasil duas apresentaram grande destaque no crescimento populacional total entre 1970 e 2000, quais sejam: o Centro-Oeste que apresentou um crescimento de 155,67% e a região Norte com 212,76% para o período. As demais regiões também apresentam crescimento mas com uma proporção menor. Além disso, a despeito o grande crescimento do Centro-Oeste e do Norte a concentração população se manteve no Sudeste e no Nordeste. Tabela 2 - População residente total, urbana e rural, por regiões e 2000 Região População residente - TOTAL População residente - URBANA População residente - RURAL Grau de Urbanização % % % % % Centro-oeste , , ,14 50,74 86,73 35,99 Norte , , ,05 42,57 69,87 27,31 Nordeste , , ,71 41,82 69,07 27,25 Sul , , ,93 44,29 80,94 36,65 Sudeste , , ,92 72,70 90,52 17,83 Fonte: IPEADATA, Com relação à população urbana o destaque no crescimento percentual também fica

18 18 com o Centro-Oeste e o Norte. Na região Centro-Oeste se localizavam a maioria das mesorregiões que mais se reestruturam no período de 1970 a Também foi essa região do Brasil que apresentou o maior crescimento da sua população urbana nesse período, bem como a segunda que aumentou mais o seu grau de urbanização. Na população rural encontra-se uma característica interessante para a Região Norte: enquanto as demais regiões apresentaram redução na população rural que ficaram na ordem de -9,71% e -47,93% essa região apresentou crescimento de 64,05%. Da mesma forma é possível visualizar que todas as regiões ampliaram o grau de urbanização com aumento na ordem de 17,81% para a Região Sudeste até 36,65% para a Região Sul. O Destaque da Região Centro-Oeste também aparece quando se analisa o Produto Interno Bruto, conforme mostra a Tabela 3. Tabela 3 Produto Interno Bruto (PIB) total e setorial, por regiões e 2000 Região PIB Total (em milhões de R$) PIB Agropecuária (em milhões de R$) PIB Indústria (em milhões de R$) PIB Serviços (em milhões de R$) % % % % Centro-oeste , , , ,0 Norte , , , ,0 Nordeste , , , ,9 Sul , , , ,8 Sudeste , , , ,6 Fonte: IPEADATA, Conforme apresenta a Tabela 3, o Produto Interno Bruto (PIB), também apresentou crescimento significativo em todas as regiões, sendo que em todos os setores e no total as regiões Centro-Oeste e Norte foram as que mais se destacaram. O grande número de mesorregiões que apresentaram grande reestruturação produtiva nessas regiões e que passaram de um continuum urbano-rural para um continuum urbano-industrial podem ter corroborado nesse grande dinamismo do PIB setorial e total. Mesmo assim, quando se avaliam os valores absolutos os principais destaques se mantêm nas regiões Sudeste e Sul. A concentração econômica nas regiões Sudeste e Sul se reduziu nos anos 1980, mas voltou a se fortalecer nos anos Isso se refletiu no fato de que as mesorregiões mais diversificadas estavam localizadas nessas duas grandes regiões do Brasil. O Quadro 2 mostra maiores detalhes sobre quais foram as mudanças nas especializações e no grau de urbanização das mesorregiões que apresentaram os menores índices de reestruturação no período de 1970 a 2000.

19 19 Quadro 2 Principais Especializações (QLs) das Mesorregiões que menos se reestruturaram Mesorregiões Campo das Vertentes Campinas Sudeste Rio-Grandense Araraquara QLs>1 Urbanização QLs>1 Urbanização Agricultura, Pecuária, Extração Mineral, 59,55% Construção Civil, Administração Pública e 81,11% Atividades Sociais. Pecuária, Extração Mineral, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Transportes, Atividades Sociais e Serviços. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Pecuária, Extração Vegetal, Extração Mineral, Indústrias Tradicionais, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública e Atividades Sociais. Pecuária, Indústrias Dinâmicas, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Atividades Sociais e Serviços. 72,38% 54,55% 71,88% Noroeste Espírito-Santense Agricultura e Pecuária. 31,72% Sudeste Paranaense Metropolitana do Rio de Janeiro São Francisco Pernambucano Central Espírito-Santense Agricultura, Extração Vegetal e Indústrias Tradicionais. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Agricultura, Administração Pública e Outras atividades. Extração Mineral, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. 28,01% 95,26% Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Agricultura, Pecuária, Extração Vegetal, Comércio e Transportes. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, Comércio, Atividades Sociais e Serviços. Agricultura, Extração Mineral, Indústrias Tradicionais e SIUP. Agricultura, Extração Vegetal e Indústrias Tradicionais. Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. 93,73% 80,58% 92,59% 62,13% 53,56% 98,43% 38,25% Agricultura e SIUP. 60,99% 62,43% Sertão Alagoano Agricultura. 23,99% Metropolitana de Curitiba Distrito Federal Metropolitana de Salvador Metropolitana de São Paulo Sudoeste Rio-Grandense Metropolitana de Belém Metropolitana de Porto Alegre Metropolitana de Belo Horizonte Metropolitana de Fortaleza Metropolitana de Recife Fonte: Resultados da Pesquisa. Extração Mineral, Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Extração Mineral, Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Pecuária, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Extração Vegetal, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Extração Mineral, Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Extração Mineral, Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Extração Mineral, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. 72,87% 96,00% 78,93% 96,65% 65,81% 83,63% 76,42% 78,88% 82,64% 90,84% Extração Mineral, Construção Civil, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Agricultura, SIUP e Administração Pública. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, Comércio, Transportes, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Não Tradicionais, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais e Serviços. Extração Vegetal, Extração Mineral, Indústrias Não Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Comércio, Transportes, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Pecuária, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública e Serviços. Extração Vegetal, Indústrias Não Tradicionais, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública e Serviços. Indústrias Dinâmicas, Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, Comércio, Transportes, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Extração Mineral, Indústrias Dinâmicas, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Não Tradicionais, Indústrias Tradicionais, Construção Civil, SIUP, Comércio, Transportes, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. Indústrias Não Tradicionais, SIUP, Comércio, Transportes, Administração Pública, Atividades Sociais, Serviços e Outras atividades. 88,54% 42,49% 90,55% 95,63% 92,49% 96,02% 86,50% 93,82% 92,02% 93,96% 97,25% 96,92%

20 20 Conforme mostra o Quadro 2 a maioria das mesorregiões apresentadas já possuíam duas características comuns no ano de 1970: diversificação produtiva ligadas principalmente aos setores da indústria e dos serviços, e alta taxa de urbanização. Ou seja, essas mesorregiões reforçaram suas diversificações e ampliaram sua urbanização. Como, no geral, eram regiões pólo de grande concentração populacional em seus respectivos Estados, essas mesorregiões apenas ampliaram suas posições de pólos regionais. As exceções eram as mesorregiões Noroeste Espírito-Santense, Sudeste Paranaense e Sertão Alagoano que tinham baixo grau de urbanização e especializações ligadas ao setor primário da economia. O que ocorreu para elas terem apresentado baixo grau de reestruturação foi que elas reforçaram suas especializações do setor primário e apresentaram um pequeno aumento no grau de urbanização. Logo, as mudanças foram bem inferiores se comparadas às mesorregiões que mais se reestruturaram. CONCLUSÃO O objetivo deste artigo foi analisar a distribuição espacial das atividades econômicas entre as mesorregiões do Brasil bem como mostrar quais foram as mesorregiões que mais reestruturaram suas estruturas produtivas no período de 1970 a Como método de análise regional foram utilizadas as medidas de localização e de especialização, mais especificamente o Quociente Locacional e o Coeficiente de Reestruturação. Os resultados dessas medidas fornecem elementos para identificar as mesorregiões mais especializadas em cada uma das atividades analisadas e aquelas que mais reestruturam no período de análise. A variável de análise foi o número de empregados por ramos de atividade. No caso da pecuária e da agricultura de um lado os resultados demonstram a coexistência das atividades na ocupação da mão-de-obra, principalmente no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, etc... Essa coexistência se dá de um lado pela integração com os Complexos Agroindustriais (caso da região Centro-Sul) de carnes (aves, suínos, bovinos). Porém, esse perfil muda no Centro Oeste e no Nordeste. No Nordeste, as atividades de ocupação entre as áreas agrícolas e pecuárias concorrem com a ocupação da agricultura familiar e se complementam. Já no Centro-Oeste, a substituição das florestas e das savanas por pastagens e lavouras se intercala ao longo do tempo conforme as áreas vão sendo ocupadas. Enquanto no Sul e Nordeste as atividades coexistem em conjunto e se

21 21 complementam, no Centro-Oeste representam em algumas áreas apenas fases de ocupação das terras e do uso do solo. Outra particularidade do indicador é que o avanço da agropecuária reduz as áreas usadas na ocupação da mão-de-obra com extrativismo vegetal, caça e pesca. Ou seja, a ocupação do espaço pela agricultura e pecuária, que na fronteira amazônica significa desmatamento, modifica internamente a divisão social do trabalho no setor primário. Os resultados da pesquisa sobre a reestruturação espacial da divisão social do trabalho demonstraram que a mesma ocorreu de forma mais intensiva ao longo da fronteira agrícola priorizando as regiões de ocupação recente ou em fase final de ocupação. Além disso, a reestruturação intermediária ocorreu nas mesorregiões que tradicionalmente são fornecedoras de contingentes populacionais para as novas frentes de ocupação. REFERÊNCIAS ALVES, L. R. Distribuição das atividades econômicas e desenvolvimento regional em mesorregiões selecionadas do Sul do Brasil: Dissertação (Mestrado), Universidade de Santa Cruz do Sul, CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, DELGADO, A. P.; GODINHO, I. M. Medidas de localização das actividades e de especialização regional. In: COSTA, J. S. (Coord.). Compêndio de Economia Regional. Lisboa: APDR, p , HADDAD, P. Economia regional: Teorias e métodos de análise, Fortaleza, ETENE-BNB, p , HARVEY, D. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Divisão do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas. Rio de Janeiro: IBGE, IPEADATA. Dados macroeconômicos e regionais. Disponível em: < Acesso em: 15 fev ISARD, W. Méthodes d analyse régionale. Vol. 1 : Équilibre économique. Paris, Dunod, PIFFER, M. A teoria da base econômica e o desenvolvimento regional do Estado do Paraná no final do século XX. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Regional) Universidade de Santa Cruz do Sul, PUMAIN, D.; SAINT-JULIEN, T., L analyse spatiale. Vol. 1 : Localisation dans l espace, Paris, Éditions Armand Colin, 1997.

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