ASPECTOS DA REDE URBANA DO ESTADO DE SÃO PAULO

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1 ASPECTOS DA REDE URBANA DO ESTADO DE SÃO PAULO SIMÃO, Rosycler Cristina Santos Palavras chave: rede urbana; São Paulo; disparidades regionais; Censo Demográfico Resumo O objetivo do trabalho é mostrar características da rede urbana paulista, considerando divisão geográfica em mesorregiões. Os dados apresentados analisam número de municípios e variáveis domiciliares relacionadas a moradia, energia elétrica, saneamento, limpeza urbana, evidenciando as disparidades regionais. Para análise são utilizados os dados do Censo Demográfico de 2000 fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A rede urbana do Estado de São Paulo é a mais complexa do país. No ano 2000, a população era de habitantes distribuídas em 645 municípios. De acordo com classificação adotada pelo IBGE no Estado de São Paulo há 15 mesorregiões geográficas com as seguintes denominações: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Campinas, Itapetininga, Litoral Sul Paulista, Macro Metropolitana Paulista (MAMP), Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba. Em 1996, existiam seis municípios paulistas com população superior a 500 mil habitantes. Em 2000, passa a existir oito municípios com população superior a 500 mil habitantes. Os resultados mostram que apesar de haver um elevado fornecimento de serviços de infraestrutura no Estado, ainda existem domicílios carentes de energia elétrica, sem coleta de lixo, sem fornecimento de abastecimento de água pela rede geral e que usam condições de esgotamento sanitário tais como vala, lago, rio, etc. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu MG Brasil, 18 a 22 de setembro de 2006; Doutoranda em Economia Aplicada no Instituto de Economia/UNICAMP. 1

2 ASPECTOS DA REDE URBANA DO ESTADO DE SÃO PAULO SIMÃO, Rosycler Cristina Santos 1. INTRODUÇÃO A rede urbana do Estado de São Paulo é a mais complexa e ampla do país, uma vez que este estado é o mais industrializado e urbanizado entre todos os estados brasileiros. Ela apresenta inter-relacionamento com os estados vizinhos, causando impacto em todo o território nacional. Estruturada a partir da capital paulista (cidade de São Paulo), que atualmente é a cabeça da rede urbana brasileira, sua constituição remonta do século XIX, quando, após o dinamismo econômico impulsionado pelo complexo cafeeiro, a região passou por processo contínuo e permanente de ocupação (IPEA et al, 2001). São Paulo é o estado mais importante economicamente da federação brasileira. De acordo com as contas regionais fornecidas pelo IBGE, São Paulo foi responsável por 35% do PIB nacional no ano No estado, concentram-se grande parte dos recursos humanos, tecnológicos, financeiros, culturais, hospitalares e educacionais do Brasil. Também é sede de grande parte das maiores empresas brasileiras. O estado paulista foi o primeiro a formar um compartimento industrial eficientemente estruturado, com alta produtividade, o que lhe conferia melhores condições de competitividade (Cano,1983). As primeiras fases do processo de industrialização foram marcadas por uma concentração da indústria na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Entretanto, a partir dos anos 70 inicia-se um processo de interiorização da indústria paulista e conseqüentemente da economia estadual. Esse processo de interiorização privilegiou algumas regiões (principalmente as que se encontram entorno da RMSP). Assim, foi levado para o interior um padrão de urbanização até então vigente somente na metrópole (RMSP). O objetivo do presente trabalho consiste em mostrar alguns dados da rede urbana paulista tais como: população, número de municípios e infra-estrutura (moradia, energia elétrica, abastecimento de água, limpeza urbana e saneamento). A fonte de dados utilizada é o Censo Demográfico Ressalta-se que toda a análise é feita dentro do contexto das mesorregiões paulistas. Na próxima seção, é analisado o número de municípios nas mesorregiões paulistas, fazendo um comparativo entre os anos 1996 e Na terceira seção, são comentadas as condições domiciliares na rede urbana paulista. Na quarta seção, estão sumarizadas as conclusões. Trabalho apresentado no XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu MG Brasil, 18 a 22 de setembro de 2006; Doutoranda em Economia Aplicada no Instituto de Economia/UNICAMP. 2

3 2. NÚMERO DE MUNICÍPIOS NAS MESORREGIÕES O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adota dois tipos de divisões regionais nos estados brasileiros: as microrregiões e mesorregiões. De acordo com o IBGE (2002, p. 16); As microrregiões são um conjunto de municípios, contíguos e contidos na mesma unidade da federação, agrupados com base em características do quadro natural, da organização da produção e de sua integração. As mesorregiões são um conjunto de microrregiões também agrupadas com base no quadro natural, no processo social e na rede de comunicações e de lugares. O Estado de São Paulo é dividido em 645 municípios, distribuídos em 63 microrregiões e 15 mesorregiões. As 15 mesorregiões paulistas são: Araçatuba, Araraquara, Assis, Bauru, Campinas, Itapetininga, Litoral Sul Paulista, Macro Metropolitana Paulista (MAMP), Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba. São Paulo é o estado mais populoso do Brasil. No ano 2000, a população era de habitantes, representando 22% da população nacional com uma taxa de urbanização de 93,68%. A Tabela 1 mostra a distribuição da população nas mesorregiões. Há uma concentração populacional na RMSP, abrigando 51,84% do número total de habitantes do estado. E claro que essa concentração populacional na RMSP relaciona-se ao forte núcleo da atividade econômica na região. Tabela 1 Número de municípios, população e participação relativa dos municípios e da população nas mesorregiões paulistas. Municípios População Total 2000 Mesorregiões N % Quantidade % Amostra População São José do Rio Preto , ,84 Ribeirão Preto 66 10, ,68 Araçatuba 36 5, ,72 Bauru 56 8, ,54 Araraquara 21 3, ,94 Piracicaba 26 4, ,29 Campinas 49 7, ,83 Presidente Prudente 54 8, ,17 Marilia 20 3, ,13 Assis 35 5, ,40 Itapetininga 36 5, ,02 MAMP 36 5, ,08 Vale do Paraíba 39 6, ,38 Litoral Sul Paulista 17 2, ,15 RMSP 45 6, ,84 São Paulo , ,00 Fonte: Censo Demográfico

4 Para cada mesorregião é feita uma ordenação dos municípios por categorias populacionais, conforme mostra a Tabela 2. Fazendo uma comparação entre o número de municípios existentes em 1996 com o número de municípios em 2000, nota-se um crescimento quantitativo no número de municípios nas mesorregiões analisadas. Destaca-se a mesorregião São José do Rio Preto, com um aumento de quase 20% no número de municípios. 1 Ordenando os municípios por classe de tamanho populacional, observa-se que há 295 municípios com população inferior a 10 mil habitantes. É importante destacar que somente na mesorregião Metropolitana de São Paulo não há municípios classificados nesta ordem Tabela 2 Número de municípios, por classe de tamanho populacional, nas 15 mesorregiões paulistas (1996/2000). continua Araçatuba Araraquara municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab , ,22 1 5, ,05 de a 10 mil hab. 8 25, , , ,05 de a 20 mil hab. 3 9,68 3 8, , ,81 de a 50 mil hab. 2 6, , , ,81 de a 100 mil hab. 4 12,90 3 8,33 1 5,56 1 4,76 de a 200 mil hab. 1 3,23 1 2, ,11 2 9,52 de a 500 mil hab. 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 de a 800 mil hab. 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 maior que 800 mil hab. 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 TOTAL , , , ,00 Bauru Assis municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab , , ,22 de a 10 mil hab , , ,22 de a 20 mil hab , , ,33 de a 50 mil hab. 8 15, , ,11 de a 100 mil hab. 3 5,77 3 5, ,33 de a 200 mil hab. 2 3,85 2 3, ,78 de a 500 mil hab. 1 1,92 1 1, ,00 de a 800 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 maior que 800 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 TOTAL , , ,00 1 Na Tabela 2 algumas mesorregiões não tem informações sobre o número de municípios, uma vez que na fonte consultada faltavam essas informações. 4

5 Tabela 2 Número de municípios, por classe de tamanho populacional, nas 15 mesorregiões paulistas (1996/2000). continua Campinas Itapetininga municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab. 1 2,22 0 0, ,56 de a 10 mil hab. 5 11, , ,44 de a 20 mil hab. 8 17, , ,44 de a 50 mil hab , , ,22 de a 100 mil hab. 7 15, , ,56 de a 200 mil hab. 5 11, , ,78 de a 500 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 de a 800 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 maior que 800 mil hab. 1 2,22 1 2, ,00 TOTAL , , ,00 Piracicaba Presidente Prudente municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab. 6 25, , ,44 de a 10 mil hab. 2 8, , ,26 de a 20 mil hab. 6 25, , ,22 de a 50 mil hab. 5 20, , ,22 de a 100 mil hab. 2 8,33 1 3, ,00 de a 200 mil hab. 1 4,17 2 7, ,85 de a 500 mil hab. 2 8,33 2 7, ,00 de a 800 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 maior que 800 mil hab. 0 0,00 0 0, ,00 TOTAL , , ,00 5

6 Tabela 2 Número de municípios, por classe de tamanho populacional, nas 15 mesorregiões paulistas (1996/2000). continua Marília Vale do Paraíba municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab , , ,51 de a 10 mil hab , , ,51 de a 20 mil hab , , ,38 de a 50 mil hab , , ,38 de a 100 mil hab , , ,38 de a 200 mil hab ,00 3 8,33 3 7,69 de a 500 mil hab ,00 2 5,56 1 2,56 de a 800 mil hab ,00 0 0,00 1 2,56 maior que 800 mil hab ,00 0 0,00 0 0,00 TOTAL , , ,00 Ribeirão Preto São José do Rio Preto municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab. 9 14, , , ,29 de a 10 mil hab , , , ,94 de a 20 mil hab , , , ,68 de a 50 mil hab , ,76 7 7,61 7 6,42 de a 100 mil hab. 4 6,35 5 7,58 2 2,17 2 1,83 de a 200 mil hab. 1 1,59 1 1,52 1 1,09 1 0,92 de a 500 mil hab. 2 3,17 1 1,52 1 1,09 1 0,92 de a 800 mil hab. 0 0,00 1 1,52 0 0,00 0 0,00 maior que 800 mil hab. 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 TOTAL , , , ,00 6

7 Tabela 2 Número de municípios, por classe de tamanho populacional, nas 15 mesorregiões paulistas (1996/2000). conclusão Litoral Sul Paulista MAMP municípios n o % n o % n o % n o % menor que 5 mil hab ,00 0 0,00 0 0,00 de a 10 mil hab , , ,89 de a 20 mil hab , , ,00 de a 50 mil hab , , ,00 de a 100 mil hab , , ,22 de a 200 mil hab ,00 2 6,25 3 8,33 de a 500 mil hab ,00 2 6,25 2 5,56 de a 800 mil hab ,00 0 0,00 0 0,00 maior que 800 mil hab ,00 0 0,00 0 0,00 TOTAL , , ,00 MSP municípios n o % n o % menor que 5 mil hab. 0 0,00 0 0,00 de a 10 mil hab. 0 0,00 0 0,00 de a 20 mil hab. 3 6,98 3 6,67 de a 50 mil hab. 8 18, ,56 de a 100 mil hab. 8 18, ,78 de a 200 mil hab , ,44 de a 500 mil hab. 8 18, ,44 de a 800 mil hab. 3 6,98 3 6,67 maior que 800 mil hab. 2 4,65 2 4,44 TOTAL , ,00 Fonte: IPEA/IBGE/NESUR-UNICAMP/SEADE (2001) e Censo Demográfico. Nota: Os dados de 1996 foram extraídos do IPEA/IBGE/NESUR-UNICAMP/SEADE, tabelas 14 a 23 (pág 102 a 105). Os dados para o ano de 2000 foram elaborados a partir do Censo Demográfico. Em 1996, havia seis municípios paulistas com população superior a 500 mil habitantes. Sendo que cinco deles encontravam-se localizados na RMSP e 1 na mesorregião de Campinas. Em 2000, passa a existir oito municípios com população superior a 500 mil habitantes. Conforme os dados da Tabela 2 esses novos contingentes populacionais estão localizados nas regiões de Ribeirão Preto (sendo a própria cidade de Ribeirão Preto) e Vale do Paraíba (cidade de São José dos Campos). De acordo com os dados do Censo Demográfico 2000 as três áreas metropolitanas paulistas (São Paulo, Baixada Santista e Campinas) abrigam juntas habitantes, isto é, 58,58% da população estadual. A região metropolitana da Baixada Santista (RMBS) foi instituída pela Lei Complementar n o 815 no dia 30/07/1996, tem habitantes (4% da população total). Essa região é 7

8 formada por nove municípios, por ocupar uma área litorânea as funções ligadas ao turismo e ao lazer são fundamentais para o desenvolvimento regional. A região metropolitana de Campinas (RMC) nasceu da Lei Complementar n o 870 (08/06/200), com uma população de habitantes (participação relativa de 6,31%) é composta de 22 municípios. A RMC apresenta a mais expressiva concentração industrial do interior paulista e a que mais tem evoluído nas últimas décadas. Esta região metropolitana possui, além de uma estrutura industrial complexa e diversificada, um sistema universitário e de institutos de pesquisa importante (IPEA, et al, 2001). A região metropolitana de São Paulo (RMSP) foi criada pela Lei Federal n o 14, de 18 de junho de A RMSP é composta de 39 municípios, possuindo uma população de habitantes. Os maiores municípios, em termos populacionais são Guarulhos e São Paulo, com e habitantes, respectivamente. Os menores municípios são São Lourenço da Serra (12.199), Pirapora do Bom Jesus (12.395) e Salesópolis (14.357). A RMSP é a principal metrópole da América do Sul, sendo sede das maiores empresas do país, maior centro financeiro da América Sul e principal centro industrial do país. 3. AS CONDIÇÕES DOMICILIARES NA REDE URBANA PAULISTA Essa seção busca através de um conjunto de variáveis pesquisadas no Censo Demográfico 2000 mostrar alguns aspectos da rede urbana paulista relacionados às condições de vida e infra-estrutura da população. Para a análise restringe-se aos domicílios particulares permanentes 2 classificados como urbanos. Dos domicílios da amostra, pertencem à categoria dos particulares permanentes. Para cada um desses domicílios o IBGE fornece um fator de expansão, que corresponde ao número de domicílios na população. Essa amostra representa domicílios particulares permanentes (isto é, 98% dos domicílios são particulares permanentes). Excluindo os domicílios particulares permanentes classificados na zona rural, restam para análise observações, representando domicílios no Estado de São Paulo. Entre os domicílios particulares permanentes urbanos são identificados domicílios que encontram-se localizados em setores denominados de aglomerado subnormal. Segundo IBGE (2002, p. 19); aglomerado subnormal é o conjunto (favelas e assemelhados) constituído por unidades habitacionais (barracos, casas, etc), ocupado, ou tendo ocupado até o período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular), dispostas, em geral, de forma desordenada e densa, e carentes, em sua maioria de serviços públicos essenciais. 2 Domicílio particular permanente é a moradia de uma ou mais pessoas onde o relacionamento entre os seus ocupantes é ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência, e que foi construindo para servir exclusivamente de habitação (IBGE, 2002, p.20) 8

9 A Tabela 3 mostra como este tipo de domicílio encontra-se distribuído nas mesorregiões. De acordo com os dados, nesses domicílios vivem pessoas (5% da população total). Na RMSP estão concentrados 89,7% dos domicílios caracterizados como aglomerado subnormal. Nas mesorregiões de Araraquara, Itapetininga e Litoral Sul Paulista não há domicílios com este tipo de classificação. Tabela 3 Número de domicílios situados em setores de aglomerado subnormal Mesorregiões Número de domicílios Mesorregiões Número de domicílios São José do Rio Preto 303 Assis 124 Ribeirão Preto 766 Itapetininga - Araçatuba 56 MAMP Bauru Vale do Paraíba Araraquara - Litoral Sul Paulista - Piracicaba RMSP Campinas Áreas metropolitanas Presidente Prudente 488 Áreas não-metropolitanas Marília 815 Estado de São Paulo Fonte: Censo Demográfico A moradia é um dos fatores fundamentais para compreender as condições de vida e infraestrutura do urbano. Apesar de, no presente estudo não haver informações que possibilitem discutir o déficit habitacional do Estado na Tabela 4 procura-se mostrar nas respectivas mesorregiões de que maneira os domicílios ocupados estão condicionados aos seus moradores (domicílio próprio, financiado, alugado ou outras formas). De acordo com o Censo Demográfico, em 2000, no Estado de São Paulo, havia a seguinte condição de ocupação dos domicílios: a) próprios e já pagos; b) próprios, mas ainda pagando; c) alugados e d) sob outras condições. Pela Tabela 4 observa-se que o Vale do Paraíba é a região com maior percentual de domicílios próprio e pago (67,73%), estando 6 pontos percentuais acima da média do Estado como um todo. Por outro lado, em Bauru, há 54,45% domicílios próprios e pagos, sendo este o menor valor entre as mesorregiões. Quanto aos domicílios alugados, observa-se que São José do Rio Preto e RMSP são as mesorregiões com o maior número de domicílios nesta categoria. 9

10 Tabela 4 Condição de ocupação dos domicílios nas mesorregiões: domicílio próprio, financiado alugado e outros. Moradia Mesorregiões Domicílio próprio Domicílio financiado N o % População N o % População São José do Rio Preto , , Ribeirão Preto , , Araçatuba , , Bauru , , Araraquara , , Piracicaba , , Campinas , , Presidente Prudente , , Marilia , , Assis , , Itapetininga , , MAMP , , Vale do Paraíba , , Litoral Sul Paulista , , RMSP , , Estado de São Paulo Mesorregiões Moradia Domicílio alugado Outras condições N o % População N o % População São José do Rio Preto , , Ribeirão Preto , , Araçatuba , , Bauru , , Araraquara , , Piracicaba , , Campinas , , Presidente Prudente , , Marilia , , Assis , , Itapetininga , , MAMP , , Vale do Paraíba , , Litoral Sul Paulista , , RMSP , , Estado de São Paulo Fonte: Censo Demográfico

11 A análise da infra-estrutura compreende categorias relacionadas à energia, saneamento básico e limpeza urbana. O objetivo é retratar a situação da infra-estrutura, por meio de algumas variáveis, evidenciando as desigualdades regionais. Tabela 5. Indicadores da rede urbana de São Paulo e suas mesorregiões Mesorregiões Serviços de utilidade pública Domicílios c/ iluminação elétrica Domicílios c/ coleta de lixo N o % N o % São José do Rio Preto , ,04 Ribeirão Preto , ,32 Araçatuba , ,67 Bauru , ,42 Araraquara , ,31 Piracicaba , ,79 Campinas , ,56 Presidente Prudente , ,85 Marilia , ,01 Assis , ,00 Itapetininga , ,41 MAMP , ,70 Vale do Paraíba , ,10 Litoral Sul Paulista , ,41 RMSP , ,95 Estado de São Paulo , ,72 Mesorregiões Domicílios c/ abastecimento de água pela rede geral Serviços de utilidade pública Domicílios c/ escoadouro pela rede geral de esgoto ou pluvial N o % N o % São José do Rio Preto , ,28 Ribeirão Preto , ,90 Araçatuba , ,71 Bauru , ,39 Araraquara , ,98 Piracicaba , ,82 Campinas , ,97 Presidente Prudente , ,38 Marilia , ,58 Assis , ,13 Itapetininga , ,50 MAMP , ,79 Vale do Paraíba , ,11 Litoral Sul Paulista , ,61 RMSP , ,69 São Paulo , ,22 Fonte: IBGE Censo Demográfico

12 De maneira geral, pelo fato de São Paulo ser o estado mais urbanizado do país há uma elevada disponibilidade de infra-estrutura. Conforme exposto na Tabela 5 a oferta de energia no sistema urbano de São Paulo está significativamente universalizado (99,82%). É claro que há questionamento quanto à qualidade do serviço, mas é inviável para o estudo a discussão. Em 241 municípios paulistas há 100% de domicílios com iluminação elétrica. Por outro lado, há ainda em São Paulo domicílios, abrigando pessoas sem iluminação elétrica. O indicador de limpeza pública é o lixo coletado diretamente por serviços de empresa pública ou privada aos domicílios. De acordo com o Censo do IBGE, o nível de cobertura da coleta de lixo no Estado chega a 96,72% dos domicílios. Quanto às carências de cobertura verifica-se que em São Paulo (Estado) ainda há domicílios sem coleta de lixo. Nas regiões metropolitanas concentra-se 72% do total de domicílios sem coleta de lixo. Já, nas mesorregiões o percentual de domicílios sem coleta de lixo está distribuído da seguinte maneira: Araçatuba (0,70%), Araraquara (0,41%), Assis (0,42%), Bauru (1,70%), Campinas (6,62%), Itapetininga (1,77%), Litoral Sul Paulista (1,87%), Macro Metropolitana Paulista (7,24%), Região Metropolitana de São Paulo (65,83%), Marília (0,67%) Piracicaba (1,21%), Presidente Prudente (1,36%), Ribeirão Preto (2,96%), São José do Rio Preto (1,15%) e Vale do Paraíba (6,10%). A Tabela 5 aponta que 97,36% dos domicílios de São Paulo são atendidos pelo serviço de água da rede geral de abastecimento. Em termos de distribuição regional, nota-se que essa cobertura ultrapassa os 90% em todas as mesorregiões. Nas áreas metropolitanas há domicílios carentes de abastecimento de água pela rede geral, e no Estado existem domicílios sem abastecimento de água adequado. A cobertura de esgotamento sanitário pela rede geral registrada em São Paulo é de 86,22% conforme mostra a Tabela 5. Além disso, é importante mencionar que a fossa séptica ocupa a segunda posição quanto à forma de esgotamento sanitário com um percentual de 5,51% dos domicílios. No Estado, ainda, existem que usam outras condições de esgotamento tais como vala, lago, rio, etc. Enfim, Para o conjunto das doze mesorregiões, é importante destacar que segundo os indicadores escolhidos as mesorregiões possuem boa cobertura de serviços de infra-estrutura. Contudo, é importante mencionar que o Litoral Sul Paulista apresenta os menores indicadores entre esse conjunto, chamando atenção para o fato de que apenas 41,61% dos domicílios têm esgotamento sanitário adequado. 12

13 4.CONCLUSÕES O sistema urbano paulista é caracterizado como o mais complexo e dinâmico do país. Tal fato já pode ser comprovado pelo contingente populacional que é da ordem de habitantes, sendo o Estado mais populoso da federação brasileira. Também é o Estado mais importante economicamente do país, com uma participação de aproximadamente 30% no PIB nacional. Dentro do contexto das 15 mesorregiões paulistas, observou-se um crescimento do número de municípios nas mesorregiões analisadas, com destaque a mesorregião de São Jose do Rio Preto. Houve uma tentativa de fazer uma análise das condições domiciliares do sistema urbano paulista, tendo como objetivo conhecer e analisar a situação de algumas variáveis relacionadas à infra-estrutura e condições de vida. De maneira geral, conclui-se que apesar de haver uma elevada disponibilidade de infra-estrutura, ainda é preocupante a situação desses indicadores, à medida que se observa que há em São Paulo domicílios situados em zonas de favela e assemelhados, carentes em sua maioria de serviços públicos, conforme mostrou os dados do Censo Demográfico Além disso, observa-se que há uma parcela significativa da população vivem em domicílios alugados. Quanto ao fornecimento de serviços de infra-estrutura nota-se que existem domicílios carentes de energia elétrica, sem coleta de lixo, sem fornecimento de abastecimento de água pela rede geral e que usam condições de esgotamento sanitário tais como vala, lago, rio, etc. 13

14 Referências Bibliográficas CANO, W. Raízes da concentração industrial em São Paulo. São Paulo: T. A, 2.ed., p INSTITUTO DE ECONOMIA APLICADA (IPEA); UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ECONOMIA/NÚCLEO DE ECONOMIA SOCIAL URBANA E REGIONAL (UNICAMP.IE.NESUR); INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE); FUNDAÇÃO SISTEMA ESTADUAL DE ANALISE DE DADOS (SEADE). Caracterização e tendência da rede urbana do Brasil. Campinas, SP: Unicamp.IE, v.1, 444p INSTITUTO DE ECONOMIA APLICADA (IPEA); INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE); UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ECONOMIA/NÚCLEO DE ECONOMIA SOCIAL URBANA E REGIONAL (UNICAMP.IE.NESUR); (SEADE). Caracterização e tendência da rede urbana do Brasil: redes urbanas regionais Sudeste. Rio de Janeiro, SP: IPEA, v.51, 168p INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE). Censo demográfico 2000: documentação dos microdados da amostra do censo (compact disc). Rio de Janeiro, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE). Contas regionais do Brasil. (01 ago.2005) PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD); FUNDAÇÃO JÕAO PINHEIRO (FJP); INSTITUTO DE ECONOMIA APLICADA (IPEA). Atlas de desenvolvimento humano do Brasil (software). Rio de Janeiro, set

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