A PROTEÇÃO DA CRIANÇA NO DIREITO INTERNACIONAL REFERENTE AO TRÁFICO DE CRIANÇAS, À EXPLORAÇÃO SEXUAL E À PORNOGRAFIA INFANTIL.

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1 A PROTEÇÃO DA CRIANÇA NO DIREITO INTERNACIONAL REFERENTE AO TRÁFICO DE CRIANÇAS, À EXPLORAÇÃO SEXUAL E À PORNOGRAFIA INFANTIL. Josette Daunis Ferreira RESUMO: A infância é uma das fases da vida mais importante na formação da personalidade do ser humano, devendo a criança ter amparo familiar e social em seu crescimento. Contudo essa não é a realidade de algumas crianças que são vendidas para adoção internacional, exploração sexual, pornografia infantil, trabalho escravo e até mesmo para venda de seus órgãos. Diante de tais problemáticas o artigo descreve a evolução das convenções internacionais e das últimas alterações da lei brasileira, com enfoque no tráfico de crianças, na exploração sexual de crianças e na pornografia infantil. Para tanto foi realizada pesquisa em artigos, convenções, documentos internacionais, livros e leis brasileiras. Palavras-chave: Direitos Humanos; Tráfico de Crianças; Exploração Sexual. SUMMARY: Childhood is one of the most important phases of life in the formation of the personality of the human being, and the child must have family and social support in its growth. Yet this is not the reality of some children who are sold for international adoption, sexual exploitation, child pornography, slave labor and even for sale of their organs. Faced with such problems, the article describes the evolution of international conventions and the latest changes in Brazilian law, with a focus on child trafficking, sexual exploitation of children and child pornography. For this, research was conducted on articles, conventions, international documents, books and Brazilian laws. Palavras-chave: Human Rights; Child Trafficking; Sexual Exploitation.

2 1 INTRODUÇÃO Nas antigas civilizações as crianças eram tratadas como objeto, a afetividade não era cultivada e as regras eram traçadas pelo poder paterno. Como autoridade, o pai exercia poder absoluto sobre os seus. Filhos não eram sujeitos de direitos, mas sim objeto de relações jurídicas, sobre os quais o pai exercia um direito de proprietário. Assim, era-lhe conferido o poder de decidir, inclusive, sobre a vida e a morte dos filhos. 1 Evoluções ocorreram, à criança passa a ser sujeito de direito, o Estado brasileiro e os organismos internacionais efetivaram leis de proteção às crianças, contudo ainda é grande o número de crianças que são tratadas com desrespeito, sendo vendidas para adoção internacional, exploração sexual, pornografia infantil e trabalho escravo. Segundo dados internacionais, as condutas referidas acima estão em crescimento, motivo que nos levou a trazer, neste artigo, um relato da evolução jurídica no âmbito internacional e brasileiro e as condutas atualmente adotadas para prevenção e repressão ao tráfico de crianças. Cabe salientar que o documento de grande avanço em relação ao tráfico de crianças foi o Protocolo de Palermo, pois cita como vítima toda pessoa, não especificando sexo ou idade. O Protocolo determina a irrelevância da aquiescência da vítima em caso de uso pelos traficantes de qualquer dos meios coercitivos descritos na alinea a do artigo 3 do diploma internacional. Desse modo, quando ocorre o recrutamento, transporte, transferencia, alojamento e/ou o acolhimento de uma pessoa, para fins de exploração (seja ela a prostituição de outros ou outras formas de exploração sexual, trabalhos forçados, escravidão ou práticas analogas a escravidão, servidão ou remoção de órgãos), resta configurado o tráfico, independentemente da anuência da vitima, se os criminosos fizerem uso de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, rapto, fraude, engano, abuso de autoridade, abuso de situação de vulnerabilidade, ou mesmo por meio de concessão ou 1 COULANGES, Fustel. A Cidade Antiga. Tradução J. Cretella Jr. E Agnes Cretella, Revista dos Tribunais,

3 3 recebimento de vantagem (pecuniária ou não) para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra. 2 Uma caminhada através de convenções e documentos ocorreu até o protocolo de Palermo, o qual trouxe avanços e foi um marco para evoluções na prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e a exploração sexual, mudanças essas ocorridas principalmente em nosso ordenamento jurídico. Além de alterações de alguns artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Código Penal e do Código de Processo Penal, o Brasil criou mecanismo de comunicação com outros países para reprimir crimes contra a criança e o adolescente. 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Os debates referentes ao tráfico de crianças, à exploração sexual e à pornografia infantil são recentes, tendo se itensificado a partir do século XX. O tráfico internacional de seres humanos é uma prática que viola os direitos humanos, utilizado para alimentar redes internacionais de exploração sexual, tráfico de órgãos, adoção ilegal e trabalho forçado. Tal fenômeno está ligado à globalização, desigualdade social, questão ética e de gênero. 3 A legislação internacional iniciou sua preocupação com tráfico de pessoas em 1814, em que era objeto de comércio o tráfico de negros para a escravidão. Em 1904 era firmado em Paris o acordo para a Repressão do Tráfico de Mulheres Brancas. 4 Durante décadas foram assinadas diversas convenções como: a) Convenção Internacional para a Repressão do Tráfico de Mulheres Brancas (Paris, 1910); b) Convenção Internacional para a repressão do Tráfico de Mulheres e Crianças (Genebra, 1921); c) O Protocolo de emenda à Convenção Internacional para a repressão do Tráfico de mulheres e crianças (Genebra, 1947); d) Convenção e protocolo final para a repressão do tráfico de pessoas e do lenocínio (Nova York, 1950). 2 COSTA, Andréia da Silva. O Tráfico de mulheres: o caso do tráfico interno de mulheres para fins de exploração sexual no Estado do Ceará. Fortaleza, p JESUS, DAMÁSIO DE. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças Brasil. São Paulo: Saraiva, p CASTILHO, Ela WieckoV. De. Tráfico de pessoas: da Convenção de Genebra ao Protocolo de Palermo. Artigo.

4 Inicialmente a preocupação era com os negros (comercial) e logo após o intuito era proteger as mulheres européias, ficando as crianças desprotegidas. Cabe salientar que em todas as convenções o tráfico não era definido, apenas formulações de ações para reprimilo e previni-lo. A legislação brasileira no decreto nº , de 8/10/1959, promulga a Convenção para a repressão do tráfico de pessoas e do lenocínio, concluída em Lake Sucess Nova York, em 21 de março de 1950, e assinada pelo Brasil em 05 de outubro de 1951, e em seu artigo 1º dispõe: As Partes na presente Convenção convêm em punir tôda pessoa que, para satisfazer às paixões de outrém: 1. aplicar, induzir ou desencaminhar para fins de prostituição, outra pessoa, ainda que com seu consentimento; 2. explorar a prostituição de outra pessoa, ainda que com seu consentimento. 5 As convenções internacionais percebem que além da tipificação, outras discussões e ações são necessárias. Os Estados necessitam se unir para ações conjuntas, com metodologias e repressões que se integram. O TSH Tráfico de Seres Humanos é um atentado contra a humanidade, consubstanciado em uma agressão inominável aos direitos humanos, porque explora a pessoa, limita sua liberdade, despreza sua honra, afronta sua dignidade, ameaça e subtrai a sua vida. Trata-se de atividade criminosa complexa, transnacional, de baixos riscos e altos lucros, que se manifesta de maneiras diferentes em diversos pontos do planeta, vitimizando milhões de pessoas em todo o mundo de forma bárbara e profunda, de modo a envergonhar a consciência humana. 6 As Nações Unidas empreendem esforços relevantes nesse contexto, sendo um deles a elaboração da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, de Também conhecida como Convenção de Palermo, adotou dois 5 Brasil. Decreto nº , de 8 de outubro de BRASIL.Secretaria Nacional de Justiça. Tráfico de Pessoas Uma abordagem para os Direitos Humanos. 1ª Ed.,

5 5 protocolos suplementares, sendo que um aborda, de forma específica, o tráfico de seres humanos e o outro se refere à questão do contrabando de migrantes. 7 A referida Convenção de Palermo foi promulgado pelo Brasil em 12 de março de 2004, decreto de nº 5.017, que em seu artigo 3º faz as seguintes definições: a) A expressão "tráfico de pessoas" significa o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos; b) O consentimento dado pela vítima de tráfico de pessoas tendo em vista qualquer tipo de exploração descrito na alínea a do presente Artigo, será considerado irrelevante se tiver sido utilizado qualquer um dos meios referidos na alínea a ; c) O recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de uma criança para fins de exploração serão considerados "tráfico de pessoas" mesmo que não envolvam nenhum dos meios referidos da alínea a do presente Artigo; d) O termo "criança" significa qualquer pessoa com idade inferior a dezoito anos. (grifo nosso). Portanto o referido decreto define tráfico de pessoas, quais as formas de exploração e amplia a idade da criança para dezoito anos incompletos, além de iniciar um trabalho de conscientização na luta contra um crime que aniquila milhares de famílias. A legislação brasileira fez diversas alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente, no Código Penal e no Código de Processo Penal, com o objetivo de cumprir os tratados internacionais e de combater ações de tráfico de pessoas, exploração sexual, adoção ilegal, pornografia infantil e trabalho escravo, sendo que alguns iremos dissertar neste artigo. 7 ARY, Thalia Carneiro. O Tráfico de Pessoas em Três dimensões: Evolução, globalização e a rota Brasil- Europa, p. 18

6 3. TRÁFICO DE CRIANÇAS A vulnerabilidade e risco social em que vivem a maioria das famílias brasileiras acabam por serem alvos dos aliciadores. As crianças envolvidas em sua ingenuidade são alvo mais seguro das ações dos agentes na prátiva do crime de tráfico. A rede de tráfico internacional movimenta crianças do mundo inteiro. No Brasil, desde pequenas cidades a grandes centros, das favelas urbanas do Rio ou Recife para campos de mineração nas fronteiras do Brasil. 8 Diversos fins levam as crianças a serem traficadas, podendo ter destino em uma adoção ilegal, exploração sexual infantil, pornografia infantil, trabalho escravo e venda de órgãos. A enorme extensão da fronteira seca de nosso país, que faz divisa com a maioria dos outros países latino-americanos, facilita tanto a importação quanto a exportação de pessoas para o tráfico. É o que admitem as ONGs e autoridades policiais que trabalham nas regiões fronteiriças com a Bolívia, Paraguai, Uruguai, Peru ou Argentina. Em algumas dessas fronteiras, o que nos separa de outro país é uma rua por onde a pessoa traficada é facilmente carregada. Muitas crianças e adolescentes brasileiras são levadas para os países vizinhos a fim de serem exploradas sexual e comercialmente, o mesmo acontecendo aqui com crianças e adolescentes desses mesmos países. 9 O Estatuto da Criança e do Adolescente em seus artigos 237 a 239 elenca o crime de tráfico e suas penalidades. Os verbos e as penas utilizados para efetivar o crime são: subtrai criança ou adolescente, pena reclusão de dois a seis anos, prometer ou efetivar a entrega de filho mediante pagamento, reclusão de um a quatro anos e promover ou auxiliar envio de criança ou adolescente para o exterior com fito de obter lucro, reclusão de quatro a seis anos e no emprego de violência ou grave ameaça, reclusão de seis a oito anos, este último foi incluído no estatuto pela Lei de 12 de novembro de Complementando as alterações das leis brasileiras, com o objetivo de prevenção e repressão ao tráfico interno e internacional de pessoas, foi efetivada a Lei nº , de 06 de outubro de 2016, que altera o Código Penal e o Código de Processo Penal, a qual dispõe sobre o tráfico de pessoas cometido no território nacional contra vítima brasileira ou 8 JESUS, Damásio de. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças. Brasil: aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, 2003, p SIQUEIRA, Priscila. Tráfico de Pessoas Comércio infamante num mundo globalizado. Secretaria Nacional de Justiça. 1ª Ed., p

7 7 estrangeira e no exterior contra vítima brasileira. No parágrafo único do artigo primeiro, esclarece que o enfrentamento ao tráfico de pessoas compreende a prevenção e a repressão desse delito, bem como a atenção às suas vítimas. 10 Portanto as diversas alterações e novas redações dos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente e dos códigos Penal e Processo Penal, além de efetivar o que o Brasil ratificou nos Protocolos, vêm colaborar para que crimes tão bárbaros tenham tipicidade, sejam reprimidos e puníveis, não permitindo que se fechem os olhos as condutas, as quais estão crescendo no mundo. Além da tipificação como crime das condutas de venda de criança, prostituição e pornografia infantil, o Protocolo prevê que os Estados adotarão medidas legislativas para facilitar a extradição pelos crimes supracitados, além de medidas para sequestro e confisco de bens e rendas utilizados para cometer ou facilitar os crimes supracitados. Visando a proteção das vítimas em todos os estágios judiciais prestando-lhe assistência, protegendo sua identidade e privacidade, concedendo proteção. 11 Os desafios para superar essa chaga são inúmeros: desde a necessidade de mudanças legislativas que contemplem as peculiaridades do crime do tráfico, passando pelo fortalecimento institucional e pela necessidade de apoiar e assegurar a sustentabilidade de organizações da sociedade voltadas à proteção dos grupos mais vulneráveis da sociedade. 12 A prevenção e a repressão ao tráfico de crianças, a exploração sexual e a pornografia infantil, além de discussões em diversos congressos e eventos, se faz necessário políticas públicas para diminuir as desigualdades, enfrentamento a miséria, incentivo a educação e ações de esclarecimento quanto ao crime de tráfico de crianças e exploração sexual infantil, além de colocar em prática o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O II PNETP (Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas) prevê cinco linhas operativas: 1) aperfeiçoamento do marco regulatório para fortalecer o ETP; 2) 10 Brasil. Lei nº de 6/10/2016. Disponível: Acesso em 02/06/ AMARAL, Ana Paula; CARVALHO, Luciani Coimbra de. Tráfico de Pessoas e o combate à exploração sexual de crianças sob a ótica do Direito Internacional. UNIMAR, p BRASIL. Secretaria Nacional de Justiça. Tráfico de Pessoas Uma abordagem para os Direitos Humanos. 1ª Ed., p

8 integração e fortalecimento das políticas públicas, redes de atendimento, organizações para prestação de serviços necessários ao ETP; 3) capacitação para o enfrentamento ao tráfico de pessoas; 4) produção, gestão e disseminação de informação e conhecimento sobre tráfico de pessoas; 5) campanhas e mobilização para o ETP. 13 As medidas acima citadas comprometem todas as instituições públicas e privadas, para em conjunto agirem contra o tráfico de pessoas, sabendo que não é apenas contra um crime que se tem que lutar, mas diversos outros que estão atrelados ao tráfico de pessoas, como por exemplo, a exploração sexual de crianças e a pornografia infantil. 4 EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS As mulheres, crianças e adolescentes são introduzidas no universo do tráfico para fins de exploração sexual, geralmente, por aliciadores, que, em muitos casos, são pessoas próximas às vítimas, como familiares, amigos ou colegas. Elas são deslocadas para outras regiões ou países mais prósperos, para trabalharem em boates e casas noturnas como prostitutas. Muitas dessas pessoas, especialme nte crianças e adolescentes, são raptadas para esses lugares, presas e drogadas, enquanto outras são enganadas com promessas de atividades diversas da prostituição, como garçonete, manicure, empregada doméstica, babá etc. 14 Diante de tais condutas e da percepção do aumento de exploração sexual de crianças, a ONU lança em 1992 o Programa de Ação para a Prevenção da Venda de Crianças, Prostituição Infantil e Pornografia Infantil. Em 1993 ocorre a Conferência Mundial dos Direitos Humanos, cuja Declaração e Programa de Ação de Viena salientam a importância da eliminação de todas as formas de assédio sexual, exploração e tráfico de mulheres. Contudo foi em Estocolmo, em 1996, com o primeiro Congresso Mundial sobre Exploração Sexual Comercial de Crianças, que dados sobre a prostituição foram discutidos e apresentados às organizações internacionais detectando que ações mais diretas e em conjunto eram necessárias. 13 SOARES, Inês Virgínia Prado. Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas sob a ótica dos Direitos Humanos no Brasil, p BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório Final de Execução do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Brasília, p

9 9 A Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, conhecida como Convenção de Palermo foi ratificada pelo Brasil em 12 de março de 2004, através do Decreto nº O objetivo da presente Convenção consiste em promover a cooperação para prevenir e combater mais eficazmente a criminalidade organizada transnacional. 15 Portanto o combate se refere às medidas de cooperação internacional, que são ações efetivas de prevenção e repressão ao tráfico interno e internacional de pessoas. A Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989 serve de fundamentação ao Protocolo contra a venda de crianças, prostituição e pornografia infantis, ao reconhecer o direito da criança de estar protegida contra a exploração econômica e contra o desempenho de qualquer trabalho que possa ser perigoso para a criança ou interferir em sua educação, ou ser prejudicial à saúde da criança ou ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social. 16 O Protocolo representou um avanço fundamental na proteção das vítimas do tráfico internacional de pessoas, reconhecendo a necessidade de especial proteção às mulheres e crianças, uma vez que representam o grupo mais vulnerável ao tráfico e a exploração sexual, bem como as modernas formas de escravidão. 17 A desigualdade social, o grande número de pessoas vivendo em extrema miséria, faz do nosso país um local de procura de crianças para exploração sexual. A fragilidade material, cultural e emocional em que vivem muitas famílias, as tornam alvos fáceis de serem aliciadas e seduzidas, principalmente com a promessa de melhorias materiais, caso entreguem suas crianças e adolescentes para os aliciadores. O comercio ilegal de pessoas para fins de exploração sexual se consubstancia em um dos negócios mais lucrativos para os grupos criminosos envolvidos, em razão dos altos valores recebidos e do baixo risco que lhe são inerentes. Para os traficantes e para os aliciadores, e bem mais fácil e lucrativo comercializar pessoas do que coisas, pois as 15 BRASIL. Decreto nº 5015, de 12/03/2004. Disponível em Acesso em: 02/06/ AMARAL, Ana Paula; CARVALHO, Luciani Coimbra de. Tráfico de Pessoas e o combate à exploração sexual de crianças sob a ótica do Direito Internacional. UNIMAR, p REALE JÚNIOR, Miguel; PASCHOAL, Janaína Conceição (Coord.). Mulher e direito penal. Rio de Janeiro: Forense, p. 171.

10 pessoas podem ser usadas e vendidas repetidas vezes, tendo, assim, uma maior durabilidade, tornando-se um comércio mais promissor financeiramente do que os demais. Referido crime não carece de grandes investimentos para ser realizado e se sustenta no desinteresse do Estado pela questão da migração internacional e da exploração sexual comercial. 18 Foi realizado o II Congresso Mundial Contra o Abuso, Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ocorrido em Yakohama (2001) e o III Congresso Mundial Contra o Abuso, Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ocorrido no Rio de Janeiro de 25 a 28 de Novembro de 2008, mostrando a importancia de novas leis para ajudar no enfrentamento da exploração sexual. Reinteraram que a exploração sexual de crianças é uma grande violação do seu direito ao respeito à sua dignidade humana e à integridade física e mental e que não pode ser negligênciado em nenhuma circunstância. Expressaram a preocupação nos elevados números de exploração sexual de crianças e adolescentes em Estados de todas as regiões, em particular o abuso por meio da intrnet e de tecnologias novas e em desenvolvimento, e como resultado da crescente mobilidade de violadores em viagens e no turismo. 19 O Brasil é precário quanto à estastísticas referente à exploração sexual de crianças, contudo dados do UNICEF fornecidos por seu diretor regional, Nils Kasteberg, no Brasil foram denunciados pelo disque 100, em média, cinco casos por dia de exploração sexual infantil, entre 2003 e Cada dia que passa aumenta o número de denúncias de exploração sexual de crianças, principalmente pelo disque 100, contudo as ações de combate a esse tipo de crime precisam de maior envolvimento do Estado e da sociedade. Sabemos que os aliciadores sofisticam suas ações, usando a tecnologia para atrair crianças e jovens em suas investidas. A utilização da internet para cometer os crimes de exploração sexual e pornografia infantil, tem desafiado os órgãos policiais, pois em muitos casos fica difícil encontrar a origem desses crimes. 18 COSTA, Andréia da Silva. O Tráfico de mulheres: o caso do tráfico interno de mulheres para fins de exploração sexual no Estado do Ceará. Fortaleza, p Documento final do Terceiro Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 28 de novembro de

11 11 Contudo novas técnicas de rastreamento estão sendo desenvolvidas, com o objetivo de detectar instantaneamento quando da realização do crime de exploração sexual e pornografia infantil. 5 PORNOGRAFIA INFANTIL Outra situação que tem sido muito discutida e combatida é a pornografia infantil, a qual é propagada pela internet, através de fotos e filmes de crianças para exploração sexual. Um dos primeiros eventos sobre pornografia infantil, promovido pela Unesco, foi o Congresso sobre Abuso Sexual de Crianças, Pornografia Infantil e Pedofilia na internet, realizado em janeiro de 1999, em Paris. A internet por ser um meio de comunicação rápida, atual e mais barata, é utilizada por aliciadores de crianças, que se utilizam da ingenuidade dos infantes para atraí-los. Cabe salientar que a pornografia infantil tornou-se um problema social, principalmente pela globalização e também por possuir visibilidade na internet. A pornografia infantil teve um crescimento grande, para tanto no dia 05 de março de 2008, foi criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito, no Senado Federal, conhecida como a CPI da pedofilia, com o objetivo de investigar e apurar a utilização da Internet para a prática de crimes de pedofilia, bem como a relação desses crimes com o crime organizado. As investigações na Comissão Parlamentar de Inquérito demostraram a necessidade de tipificar e em alguns casos aumentar a penalização das condutas criminosas realizadas com o avanço da tecnologia, em nosso ordenamento jurídico. Diante disso, com o andamento da Comisão Parlamentar de Inquérito foram alterados alguns artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Código Penal e do Código de Processo Penal. Portanto com o objetivo de combater os crimes contra as crianças e adolescentes, a lei nº de 25 de novembro de 2008 alterou os artigos 240 e 241, tendo incluído os artigos 241-A ao 241-E, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990). 21 No que se refere a crianças e adolescentes, o art. 227, 4º, prevê a punição a qualquer forma de abuso, violência e exploração sexual aos mesmos, o que já se mostra suficiente para garantir que nenhuma criança seja traficada ou sofra qualquer outra 21 BRASIL: Lei nº de 25 de novembro de 2008, disponivel: pesquisada em 02/06/2017.

12 violação de seus direitos. A regulamentar esse dispositivo constitucional, o Estatuto da Criança e do Adolescente apresenta dispositivos legais para a prevenção, a repressão e a punição do tráfico e da exploração sexual comercial de crianças e adolescentes nos artigos 82 a 85, que tratam da prevenção ao tráfico de crianças e adolescentes, ao não permitir que tais se hospedem em hotéis e hospedarias sem a presença ou autorização de responsável legal; 240 a 241-E, que preveem a repressão e a punição da pornografia infantojuvenil; 244-A e 244-B, que tratam da repressão e punição à prostituição infantojuvenil; e, por fim, 258, que busca reprimir a presença de crianças ou adolescentes em ambientes impróprios à sua presença e que possam lhes oferecer riscos, como casas noturnas ou de espetáculos. 22 O Estatuto da Criança e do Adolescente penaliza quem tenha posse ou portar vídeo ou imagem pornográfica ou de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes, conduta que poderá estar armazenada em computadores, tablet ou celulares. Referente aos verbos: adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, o STJ de Santa Catarina (RESP ) entendeu que se a criança aparecer em fotos ou vídeos em posições de sensualidade ou em circunstâncias de sensualidade é um fato típico, passível de punição, não necessitando de nudez para configurar crime. As crianças e jovens utilizam as redes sociais para brincar, verem filmes e desenhos, trocarem informações nas redes sociais, colocaem suas fotos em seus perfis e muitas vezes participarem de salas de bate papo. Diante de tais condutas possibilitam o contato com várias pessoas, sendo que algumas são desconhecidas, ficando, com isso, vulneráveis as ações dos aliciadores. Inicialmente os aliciadores mostram uma conduta amiga, com promessas de uma vida melhor, contudo seu interesse é a exploração sexual, tráfico de pessoas, venda de órgãos, trabalho escravo ou adquirir material pornográfico para distribuição e venda. No dia 23 de novembro de 2001, em Budapeste, na Hungria, ocorreu a Convenção sobre o Cibercrime, onde trinta países trataram sobre crimes cometidos na internet. Entre 22 GONÇALVES, Tamara Amoroso. Tráfico de meninas e mulheres para fins de exploração sexual comercial: uma problemática que extrapola divisas nacionais. p

13 13 os diversos crimes a Convenção elencou no capítulo II, título 3, infrações relacionadas com o conteúdo pornográfico infantil. As investidas quanto a esses tipos de crime se tornam mais intensa, principalmente com treinamentos e aprimoramentos dos servidores da polícia federal. Muitos desafios ainda existem, mas permanentes ações são o caminho para diminuição de crimes tão graves como a exploração sexual e pornografia infantil. CONSIDERAÇÕES FINAIS A conduta de vender seres humanos não foi criada na atualidade, contudo os métodos utilizados atualmente ficaram mais agressivos, principalmente com o surgimento da tecnologia. O artigo mostra a evolução nas leis para previnir e reprimir o tráfico interno e internacional de pessoas, além de relatar as diversas convenções internacionais que foram ratificadas pelo Brasil. O Protocolo de Palermo, que o Brasil ratificou em 2004, foi um marco na luta contra o tráfico de pessoas, pois no seu artigo terceiro conceituou tráfico acrescentando condutas atuais, além de deixar claro que criança é considerada pessoa menor de 18 anos. O Brasil além de ratificar as convenções fez alterações importantes no Código Penal, Código de Processo Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Portanto para termos efetivado nos dias de hoje uma lei específica de enfrentamento ao tráfico de pessoas, (Lei nº de 06 de outubro de 2016), foi necessário o entendimento da grande problemática existente em nossa sociedade e de um trabalho conjunto do Brasil com entidades internacionais. A cooperação entre o Brasil e entidades internacionais que lutam para combater o crime de tráfico de pessoas, é uma das condutas para enfrentamento ao tráfico. Sabemos que muito mais tem que ser feito e que a sociedade tem que agir para que a lei /2016, não fique só no ordenamento jurídico, que possamos realmente trabalhar para a prevenção e repressão ao tráfico interno e internacional.

14 Diante de tantos desafios, o alerta à sociedade da problemática em que muitas crianças passam é necessário. Além do que, políticas públicas de proteção às vítimas do tráfico, exploração sexual e pornografia infantil são urgentes, pois a cada dia informações da Polícia Federal são de que os referidos crimes têm aumentado. Sabemos também que acordos de cooperação entre os Estados são importantes para a repressão aos crimes de tráfico de crianças, exploração sexual e pornografia infantil, realizando troca de informações e ajuda mútua. Portanto, a consciência da existência dos crimes acima descritos é necessária, contudo não são apenas as condutas da Polícia Federal e de outros Estados que farão a diferença, mas ações de toda a sociedade, com o objetivo de garantir os direitos das crianças e jovens, os quais já foram tão negligenciados e desrespeitados. 7 REFERÊNCIAS AMARAL, Ana Paula; CARVALHO, Luciani Coimbra de. Tráfico de Pessoas e o combate à exploração sexual de crianças sob a ótica do Direito Internacional. UNIMAR, ARY, Thalia Carneiro. O Tráfico de Pessoas em Três dimensões: Evolução, globalização e a rota Brasil-Europa, 2009, p. 18. BRASIL. Decreto nº 5015, de 12 de março de Disponível em Acesso em: 02/06/ Decreto nº , de 08 de outubro de Disponível em Acesso em: 02/06/ Secretaria Nacional de Justiça. Tráfico de Pessoas Uma abordagem para os Direitos Humanos. 1ª Ed., Lei nº de 25 de novembro de Disponivel: Acesso em 02/06/

15 15. Lei nº de 6/10/2016. Disponível: Acesso em 02/06/ Ministério da Justiça. Relatório Final de Execução do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Brasília, 2010, p. 23. Disponível em:. anexosrelatorios /etprelatorioplanonacional.pdf. Acesso em: 02/06/2017 COSTA, Andréia da Silva. O Tráfico de mulheres: o caso do tráfico interno de mulheres para fins de exploração sexual no Estado do Ceará. Fortaleza, p. 38. COULANGES, Fustel. A Cidade Antiga. Tradução J. Cretella Jr. E Agnes Cretella, Revista dos Tribunais, DOCUMENTO FINAL. Terceiro Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 28 de novembro de GONÇALVES, Tamara Amoroso. Tráfico de meninas e mulheres para fins de exploração sexual comercial: uma problemática que extrapola divisas nacionais. p JESUS, DAMÁSIO DE. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças Brasil: aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, SIQUEIRA, Priscila. Tráfico de Pessoas Comércio infamante num mundo globalizado. Secretaria Nacional de Justiça. 1ª Ed., p SOARES, Inês Virgínia Prado. Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas sob a ótica dos Direitos Humanos no Brasil, p. 98. REALE JÚNIOR, Miguel; PASCHOAL, Janaína Conceição (Coord.). Mulher e direito penal. Rio de Janeiro: Forense, p. 171.

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