Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder. Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

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1 Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Escravidão moderna: tráfico de pessoas, uma violação dos Direitos Humanos Odila Schwingel Lange 1 Palavras-chave: Tráfico, Mulheres, Escravidão. ST 17 - Instituições, representações sociais de gênero e conflitos sociais. Tráfico de pessoas: o escândalo do século XXI A história da escravidão no mundo é tão antiga quanto à da própria humanidade. No Brasil, oficialmente, ela termina em 13 de maio de 1988, com a promulgação da lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II. Passados 120 anos desde a abolição da escravatura, em pleno século XXI, vimos ressurgir o fenômeno do tráfico de seres humanos, podendo, agora, ser denominado de escravidão moderna. São 27 milhões de pessoas que, em todo o mundo, são compradas e vendidas, exploradas e brutalizadas com a finalidade de gerar lucros. Dados revelam que, nos últimos cem anos, o Brasil passou da condição de país de destino para a de país fornecedor do tráfico internacional. A grande maioria das vítimas são mulheres que acabam abastecendo as redes internacionais de exploração sexual. Segundo a Organização das Nações Unicadas- ONU, o Brasil é o maior exportador de mulheres das Américas para o abastecimento das redes de exploração sexual. O tráfico de seres humanos, uma prática da antiguidade, continua existindo. Na atualidade, ganha novos contornos, podendo ser confundido com outras práticas criminosas e de violação dos Direitos Humanos, de forma que não serve mais apenas à exploração de mão-de-obra escrava. Verifica-se que o tráfico alimenta redes internacionais de prostituição, muitas vezes, ligadas a roteiros de turismo sexual e a quadrilhas transnacionais especializadas em retiradas de órgãos para fins de transplante. Essa atividade costuma ser realizada por criminosos associados ao tráfico de armas e de drogas, sendo considerada um negócio altamente lucrativo. Conforme o levantamento do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC), o tráfico internacional de mulheres e de crianças movimenta, anualmente, 9 bilhões de dólares, perdendo apenas para o tráfico de drogas e para o contrabando de armas. Estima-se que para cada ser humano transportado ilegalmente de um país para outro, o lucro das redes criminosas chegue a 30 mil dólares. Para a ONU, o número de pessoas traficadas no planeta atinge a casa dos quatro milhões anuais.

2 2 No Brasil, não existem dados consolidados sobre o assunto, o que aumenta os desafios no que tange à prevenção e ao combate a este tipo de crime. Segundo o Serviço à Mulher Marginalizada (SMM), ONG localizada no estado de São Paulo, o tráfico coisifica ao máximo o ser humano. Assim, é que as brasileiras são preferidas na Espanha, Itália ou Suíça, enquanto os alemães preferem, por exemplo, as venezuelanas. A mulher se transforma num artigo idêntico a uma marca de cerveja que pode ser escolhida conforme o gosto do freguês. 2 O que é tráfico de seres humanos O que configura o tráfico de pessoas é a atitude do aliciador de enganar ou coagir a vítima, apropriando-se de sua liberdade por dívida, ou outro meio, sempre com o propósito de exploração. A definição para tráfico de seres humanos, aceita internacionalmente, encontra-se no Protocolo para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas, especialmente, mulheres e crianças, em suplemento à Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, mais conhecida como Convenção de Palermo 3. como O documento, já ratificado pelo governo brasileiro, define o tráfico de seres humanos recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração. Esse documento aponta que a exploração inclui, no mínimo, a exploração da prostituição, ou de outras formas de exploração sexual, trabalho ou serviços forçados, escravidão ou práticas análogas à escravidão, servidão, ou à remoção de órgãos. É de fundamental importância perceber que o protocolo deixa claro que o consentimento da vítima de tráfico é irrelevante para que uma ação seja considerada como tráfico ou exploração de seres, pois o consentimento é, geralmente, obtido por meio de fraude e de engano. Ainda sobre o conceito de tráfico, Damásio de Jesus 4 sinaliza que as redes globais de Organizações da Sociedade Civil (OSCs), integradas às iniciativas de proteção das vítimas de tráfico, elaboraram os Padrões de Direitos Humanos (PHD) para o Tratamento de Pessoas Traficadas, nos quais está presente a seguinte definição de tráfico de pessoas: Todos os atos ou tentativas presentes no recrutamento, transporte, dentro ou através das fronteiras de um país, compra, venda, transferência, recebimento ou abrigo de uma pessoa envolvendo o uso do engano, coerção (incluindo o uso ou ameaça de uso de força ou o abuso de autoridade) ou dívida, com o propósito de colocar ou reter tal pessoa, seja por pagamento ou não, em servidão involuntária (doméstica, sexual ou reprodutiva), em trabalho forçado ou cativo, ou em condições similares à escravidão, em uma comunidade

3 diferente daquela em que tal pessoa viveu na ocasião do engano, da coerção ou da dívida iniciais. 3 A definição de tráfico de seres humanos, consagrada no Protocolo de Palermo 5, incorpora as sugestões feitas pelo alto comissariado da ONU sobre direitos humanos (OHCHR), por OSCs de Direitos Humanos e por diversos especialistas ouvidos em diferentes momentos do processo de consulta à adoção da Convenção de Palermo. O principal aspecto das sugestões refere-se aos inúmeros abusos cometidos durante o curso do tráfico. Esses abusos estão previstos nos Direitos Nacionais ou no Direito Internacional dos direitos humanos. Podemos notar que esta definição ampla procura, em primeiro lugar, garantir que as vítimas de tráfico não sejam tratadas como criminosas, mas, sim, como pessoas que sofreram sérios abusos. Em segundo lugar, coloca em destaque o tráfico de crianças e o considera um capítulo à parte, dentro do enfoque dado pela Convenção sobre os Direitos da Criança e seus Protocolos Adicionais. Em terceiro lugar, enfoca o trabalho forçado e outras práticas similares à escravidão e não se restringe à prostituição ou à exploração sexual. Assim, fica mais do que claro que o tráfico engloba a prostituição ou outro tipo de trabalho sexual, assim como o trabalho forçado, o casamento servil, a adoção ilegal ou outra exploração privada. Conforme Damásio de Jesus 6, o tráfico internacional de seres humanos está inserido no contexto da globalização, com a agilização das trocas comerciais planetárias ao mesmo tempo em que se flexibiliza o controle de fronteiras. Juntamente com o movimento de mercadorias, há um incremento da migração global. São milhões de pessoas em constante movimentação, em busca de melhores oportunidades de trabalho e de vida. Estudos apontam a semelhança e a proximidade existente entre a imigração ilegal e o tráfico de pessoas. Diante disso, é preciso reconhecer que as leis de combate à imigração ilegal ou ao contrabando de imigrantes podem contribuir para o tráfico, na medida que impedem o acesso à proteção legal necessária para as vítimas de tráfico. Discriminação de gênero e o tráfico de mulheres no Brasil Segundo o Manual de Direitos Humanos e Tráfico de Pessoas, organizado pela Aliança Global Contra Tráfico de Mulheres (GAATW) 7, a discriminação, baseada em gênero, explica plenamente por que as mulheres constituem a maioria das pessoas traficadas. Esse tipo de discriminação ocorre devido ao status de inferioridade da mulher principalmente nos países em desenvolvimento. Também acontece por causa da falta de instrução das meninas, da expectativa das mulheres para executar determinados papéis e por serem, as mulheres, as únicas responsáveis por suas crianças.

4 Observa-se ainda a discriminação contra as mulheres no que se refere a sua participação na política, na sexualidade, na religião, nos costumes e nas práticas sociais. O sexismo está presente em nossa sociedade e, particularmente, no mercado de trabalho que reduz, drasticamente, as oportunidades de trabalho para as mulheres. Nos estudos sobre migração, há praticamente um consenso no que tange à crescente participação feminina nas migrações internacionais. Porém, essas literaturas assinalam que a feminilização desses deslocamentos se intensifica em fluxos específicos, como na Itália e na Espanha, países que mais recebem brasileiras. Segundo Piscitelli 8, a relação entre turismo sexual e migração suscita preocupações desde inícios da década de A partir daquele momento, diversos agentes consideram que brasileiras, atraídas pelas promessas de casamento ou emprego de visitantes internacionais, são forçadas a prostituir-se na Europa. Conforme Damásio de Jesus 9, nos últimos cinco anos, o tráfico de mulheres para o exterior deixou de ser uma ocorrência residual nas delegacias de polícia do Brasil, marcadas pela incidência de poucos casos desconexos, para se transformar em um evento sistêmico, cujas manifestações se estendem por vários Estados do País. Atualmente, tanto a Polícia quanto a Justiça Federal, instâncias competentes para investigar e julgar os casos, confrontam-se com as atividades de quadrilhas organizadas e especializadas no aliciamento e no traslado das mulheres para o exterior. 4 Revendo relatórios e estudos efetuados acerca do esquema de tráfico, é possível traçar um perfil mais ou menos comum nos casos em andamento. Embora as autoridades brasileiras trabalhem com problemas de infra-estrutura e escassos recursos, podem-se detectar aspectos que antes de 1996 passavam despercebidos. As primeiras ocorrências investigadas pela polícia, criticadas pela brutalidade com que as mulheres foram tratadas no exterior, levavam a crer que as vítimas, em sua maioria, viajaram ludibriadas por agenciadores, em que a oferta se baseava na promessa de trabalho em atividades consideradas regulares, como enfermeiras e babás. Chegando ao lugar de destino, essas mulheres eram obrigadas a se prostituir e viviam em condições lastimáveis, endividadas e sem possibilidade de retorno, uma vez que tinham seus documentos e passaportes retidos pelos agenciadores. De acordo com Priscila Siqueira 10, há cerca de 75 mil mulheres brasileiras se prostituindo em Helsinque. O crime tem a sua disposição 131 rotas de tráfico e as principais causas deste fenômeno estão ligadas ao clássico triângulo de três lados iguais: a Oferta, a Demanda e a Impunidade. O que provoca a oferta são, exatamente, as condições degradantes que atingem milhões de pessoas no mundo, como também em nosso país. Muitas mulheres, inclusive aquelas que consentem em partir para outro país para exercer qualquer tipo de atividade, são submetidas a condições desumanas. Contudo, o consentimento das vítimas gera uma situação delicada, o que torna o combate a este delito mais difícil, ainda que as

5 5 autoridades policiais tenham a obrigação de investigar as redes de aliciamento, de transporte e de exploração, independente da anuência anterior por parte da vítima. Além disso, o Governo brasileiro ainda não está equipado suficientemente para coibir o tráfico de seres humanos. Dessa forma, as poucas ações de enfrentamento estão relacionadas com a repressão. Enfrentamento ao tráfico de pessoas: desafios e políticas públicas Em tempos de globalização, de cidadãos do mundo, ficam mais visíveis as vulnerabilidades das pessoas que, além-fronteiras, buscam realizar sonhos. No que se refere ao atendimento, constata-se a falta de apoio às vítimas que, muitas vezes, são tratadas como criminosas, de forma que não possuem acesso a abrigos e a serviços legais, como atendimento jurídico, médico e psicológico. Muitas vezes, observa-se que o atendimento psicológico, por exemplo, fica sob a responsabilidade de algumas organizações não governamentais (ONGs). O Brasil, apesar de estar envidando alguns esforços, com a criação de uma Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, ainda está muito longe de ter condições plenas para erradicar este crime que cresce a cada dia e que pede a criação de políticas públicas específicas. Estudos apontam que há evidente restrição orçamentária e ausência de coordenação entre os níveis estadual e federal. Segundo Gilberto M. Rodrigues 11, um conceito de política pública internacional, em âmbito universal, se encontra em fase de gestação, pois, a sofisticação do crime organizado transnacional revela a insuficiência dos mecanismos de enfrentamento tradicionais isolados de cada Estado, incitando os governos a novas formas de combate a esse ilícito via cooperação bilateral, regional e multilateral, mediante cooperação técnica, policial, tecnológica, econômica e comunicacional. Durante o II Colóquio Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o I Colóquio Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, realizado pelo Instituto Brasileiro de Inovações Pró-Sociedade Saudável do Centro Oeste (IBIS-CO), em parceria com o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Mato Grosso do Sul e com a Aliança Global Contra o Tráfico de Mulheres no Brasil (GAATW), com apoio financeiro da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, ocorrido em Campo Grande MS, em junho de 2008, foi amplamente discutido o desafio das políticas públicas, sobretudo, nos aspectos preventivos, e as estratégias de governos e da sociedade civil no agendamento da pauta e da implementação do Plano Nacional de Enfretamento ao Tráfico de Pessoas aprovado por meio do Decreto nº 6.347, de 8 de janeiro de Scandola 12 afirma que enfrentar o tráfico de pessoas, especialmente de mulheres, sob a ótica dos direitos humanos, necessita de uma contra ordem ideológica, econômica e política. Os

6 ajustes econômicos e os planos de desenvolvimento que impõem sobrecarga à vida das mulheres não podem correr paralelos e impunemente, deixando às políticas sociais migalhas de aquietamento. As políticas públicas têm seu mandato constitucional a indissociabilidade entre o econômico e o social e o tráfico de pessoas se beneficia do determinante econômico sobre os direitos sociais. 6 Durante a primeira edição do Colóquio Nacional, realizado em 2007, foram levantadas uma série de questões relacionadas ao papel das políticas públicas no atendimento a pessoas em situação de tráfico. A proposta do encontro foi reunir as diferentes percepções institucionais sobre a problemática do tráfico e diagnosticar as estratégias para o atendimento no âmbito das políticas públicas. Nesse Colóquio, avançaram os debates sobre o assunto principalmente por meio da troca de experiências entre algumas entidades que já prestam o atendimento às vítimas de tráfico. Destaca-se também o compromisso de alguns segmentos do governo federal de construir mecanismos para a consolidação de políticas públicas em consonância com a demanda do movimento contra o tráfico de pessoas, tanto nacional como internacional. Pode-se verificar que o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, elaborado por um grupo de trabalho interministerial, constitui-se em um marco normativo importante que orienta as ações do Estado brasileiro na atuação do enfrentamento ao tráfico de pessoas. 1 A autora é Mestra em História pela UFMS e sua área de pesquisa trata das violências contra a mulher. 2 SIQUEIRA, Priscila. Adital. Notícias da América Latina e do Caribe. ( Acesso em 28 de junho de Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional, também chamada de Convenção de Palermo e ratificada pelo Brasil em 29 de janeiro de 2004, ( 4 JESUS, Damásio Evangelista de. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças Brasil: aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, O apelido Protocolo de Palermo é pouco preciso porque a Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional (também chamada de convenção de Palermo) conta com mais de três protocolos adicionais: um primeiro protocolo contra o tráfico de pessoas, ratificado pelo Brasil em 29 de janeiro de 2004; um segundo protocolo contra o contrabando de migrantes ratificado pelo Brasil em 29 de janeiro de 2004, e um terceiro protocolo contra a fabricação e o tráfico ilícito de armas de fogo, suas peças, componentes e munições, ratificado pelo Brasil em 16 de março de JESUS, Damásio Evangelista de. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças Brasil: aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, Direitos Humanos e Tráfico de Pessoas: um manual. Aliança Global Contra Tráfico de Mulheres (GAATW). Rio de Janeiro, PISCITELLI, Adriana. Sexo tropical em um país europeu: migração de brasileiras para a Itália no marco do turismo sexual internacional. In: Revista de Estudos Feministas, CFH/CCE/UFSC. Vol. 15, nº 3, JESUS, Damásio Evangelista de. Tráfico Internacional de Mulheres e Crianças Brasil: aspectos regionais e nacionais. São Paulo: Saraiva, 2003.

7 7 10 SIQUEIRA, Priscila. Adital. Notícias da América Latina e do Caribe. ( Acesso em 28 de junho de RODRIGUES, Gilberto M. A. & TERESI, Verônica Maria. A atenção às vítimas de tráfico internacional. A cooperação internacional para a criação da rede de atenção às vítimas brasileiras de tráfico de pessoas libertadas na Espanha. In: MENEZES, Wagner (ORG.). Estudos de direito internacional. Anais do 5º Congresso Brasileiro de Direito Internacional. Curitiba: Juruá, SCANDOLA, Estela Márcia. Sujeitas de Direitos, prostituição, tráfico de pessoas e migração - Uma rede de inquietações. In: Conversação (revista), ano III, nº 5, mar

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