Teoria Geral de Sistemas Do Atomismo ao Sistemismo Prof. Günter W. Uhlmann
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- Isabela Aranha Fidalgo
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1 Teoria Geral de Sistemas Do Atomismo ao Sistemismo Prof. Günter W. Uhlmann 1
2 Teoria Geral dos Sistemas Objetivos : Desde os primórdios da civilização (homo sapiens sapiens ) => entender sua existência; => entender o ambiente que o cerca; => => => Resolver problemas, Prever o Futuro. 1. Previsão calcada inicialmente em princípios Místicos (desígnios de uma entidade superior) 2. Fase Determinista 3. Fase Probabilista 2
3 Teoria Geral dos Sistemas Desenvolvimento do Pensamento Sistêmico A. Fase Mística há pesquisas que apontam para 2500 anos a.c. B. Transição com avanço do pensamento cientifico (nos mais variados graus) na Grécia antiga ( anos a.c) C. Desenvolvimento do Pensamento na era Cristã 3
4 Teoria Geral dos Sistemas Desenvolvimento do Pensamento Sistêmico Fase Mística A. Transição com avanço do pensamento cientifico (nos mais variados graus) na Grécia antiga ( anos a.c) B. Desenvolvimento do Pensamento na era Cristã 4
5 Teoria Geral dos Sistemas Desenvolvimento do Pensamento Sistêmico Fase Transição - Grécia antiga - Atomismo Conforme Abbagnano (2000) Leucipo e Demócrito elaboraram a seguinte noção do sec. V a. C. ; o átomo é um elemento corpóreo, invisível pela sua pequenez e não divisível. Os átomos diferem só pela forma e pela grandeza; unindo-se e desunindo-se no vácuo, determinam o nascimento e a morte das coisas, e dispondo-se diferentemente determinam a sua diversidade. Aristóteles comparou-os às letras do alfabeto, que diferem entre si pela forma e dão lugar a palavras e a discursos diferentes, dispondo-se e combinando-se diferentemente. 5
6 Teoria Geral dos Sistemas O Atomismo As qualidades dos corpos dependem, portanto, da configuração, da ordem ou do movimento dos Átomos. Princípio do Pensamento Analítico Proposta de Renê Descartes (Cartesianismo) Decompor (análise) até a menor partícula Analisar, estudar, compreender a partícula A partir da parte generalizar, deduzir as propriedades e comportamentos para o todo (síntese). 6
7 Teoria Geral dos Sistemas O Atomismo Renê Descartes criou o método do pensamento analítico, que consiste em quebrar fenômenos complexos em pedaços afim de compreender o comportamento do todo a partir das propriedade das suas partes ( Capra Teia da Vida 1999:34) 7
8 SISTEMAS Principio do Atomismo com o efeito do Reducionismo A Realidade do Todo PERDA Parte Menor "A TOMO" PERDA Prótons Neutrons Elétrons Partículas Ligações Energéticas 8
9 Sistema e Seus Componentes Representação diagramática Em cada nível componentes se agregam Fazem emergir sistemas em outro nível 9
10 Sistema e Seus Componentes Três níveis hierárquicos representados Mais que 3 níveis, difícil trabalhar-se 10
11 Sistema e Seus Componentes Sistemas emergentes Brotam de baixo para cima (bottomup) > a crescente complexidade 11
12 Teoria Geral dos Sistemas O Desenvolvimento do Pensamento da Era Cristã Segundo Prof. Norberto Sühnel da UFSC Período (aprox.) Era do / da 800 até 1600 paradigma Escolástico (Idade Média) 1500 até 1700 paradigma Renascentista 1700 até 1800 paradigma do Mundo Mecanicista e do Determinismo 1800 até 1900 hegemonia do paradigma Determinístico 1900 até 1950 paradigma da Teoria da Relatividade e da Mecânica Quântica 1950 em diante Teoria Geral de Sistemas ou do paradigma Holístico 12
13 Paradígma Escolástico Baseava-se nas suposições A natureza era viva e, então, mortal, finita e vulnerável Universo e natureza eram passíveis de serem compreendidos Salvação da alma era o desafio mais importante 13
14 Teoria Geral dos Sistemas O Período Escolástico domínio da Igreja - conf. Norberto Sühnel da UFSC traz os dogmas : A natureza era viva e deste modo mortal e finita; universo e a natureza do tempo eram possíveis de serem compreendidas; As ciências naturais eram subordinadas à teologia; A salvação da alma era o mais importante desafio; A meta da ciência era mostrar a correlação entre o mundo real e a verdade espiritual; A terra era o centro do universo conhecimento era uma enciclopédia natural, classificada e etiquetada; A sociedade era estruturada sob a influência de deus e refletia a ordem divina. As cidades medievais apresentavam uma forma crucifical, não por aspectos funcionais mas sim por ser um símbolo religioso. 14
15 Teoria Geral dos Sistemas O Período Renascentista renascer das ciências desatrelamento dos dogmas de cunho teológico: Paolo Toscanelli 1397 à 1482 cosmógrafo italiano. Forneceu a Cristóvão Colombo as cartas de sua primeira viagem. Johann Müller 1436 à 1476 astrônomo alemão. Apontou os pontos fracos da teoria geocentrista em seu livro Epítome publicado postumamente em 1496 Nicolaus Copernicus 1473 à 1543 Em 1530 apresentou o primeiro esboço de sua teoria heliocêntrica, Giordano Bruno 1548 à 1600 mártir da liberdade de pensamento e expressão foi queimado em 08 de fevereiro de
16 Teoria Geral dos Sistemas O Período Renascentista renascer das ciências desatrelamento dos dogmas de cunho teológico: Tycho Brahe 1546 à 1601 astrônomo dinamarquês mapeamentos de estrelas e planetas os mais precisos de sua época Johannes Kepler 1571 à 1630 Trabalhou com Tycho Brahe em 1600 e Leis do Movimento Planetário de 1609 a 1618 ( Todas os planetas giram ao redor do sol em órbitas elípticas ; 16
17 Teoria Geral dos Sistemas O Período Renascentista renascer das ciências desatrelamento dos dogmas de cunho teológico: Galileo Galilei 1564 à 1650 A partir da observação de uma lanterna que oscilava sugeriu que a regularidade do movimento pendular poderia ser usada para a construção de relógios de alta precisão, o movimento, a queda de corpos, o centro de gravidade, o movimento pendular, movimento de marés, movimento de objetos na água de certos corpos, concebe a rotação axial da terra, magnetismo. Em 1613 começou a defender publicamente o sistema heliocêntrico. Em 22 de junho 1633 fez uma longa retratação pública. René Descartes 1596 à 1650 Escreveu Discurso sobre o Método base do cartesianismo. 17
18 Teoria Geral dos Sistemas O PARADIGMA MECANICISTA E O DETERMINISMO : Isaac Newton Pierre Simon Laplace Immanuel Kant O homem é responsável pelos seus atos e tem consciência do seu dever 18
19 Mecanicismo e Determinismo Paradígma do Mecanicismo e Determinismo Realidade é exata, determinada, formulada, explícita Possível controlar os fenômenos da natureza Imagem de mundo como se fosse uma máquina Isso levava à uma ambição na ciência Dominar e conquistar a natureza Essa visão de mundo Determinismo clássico 19
20 Mecanicismo e Determinismo Determinismo clássico Para cada efeito, há uma causa Para cada ação, há uma reação Animais são seres mecânicos muito bem elaborados Coração humano passa a ser uma bomba Obedece princípios termodinâmicos Sistema hidráulico/mecânico Era Mecanicista é também a Era da Máquina Influenciada pela Revolução Industrial 20
21 Mecanicismo e Determinismo Isaac Newton ( ) Livro Principia Apresenta universo Mecanicista Independente da ordem espiritual Leis físicas causais rigorosas 21
22 Teoria Geral dos Sistemas A Hegemonia do Determinismo : Augusto Comte Rudolph Clausius Willian Kelvin Ludwig Boltzmann James Maxwell Léon Brillouin Sadi Carnot 2ª lei da termodinâmica dos sistemas fechados qualquer sistema físico isolado ou fechado se encaminhará espontaneamente em direção a uma desordem sempre crescente 22
23 Teoria Geral dos Sistemas A Hegemonia do Determinismo : O PARADIGMA DA TEORIA DA RELATIVIDADE E DA MECÂNICA QUÂNTICA Os grandes nomes deste paradigma foram: Albert Einstein Max Planck Werner Heisenberg Niels Bohr Louis de Broglie Erwin Schrödinger Wolfgang Pauli Paul Dirac 23
24 Mecanicismo e Determinismo Posição e velocidade de um planeta são suficientes Para determinar sua posição e velocidade futura Enviar robozinhos ao planeta Marte Usa-se modelo de Newton 24
25 Hegemonia do Determinismo Estava estabelecida a idéia Universo como mecanismo de um relógio Previsível enviar naves À lua À marte Verdade em vários pontos 25
26 Hegemonia do Determinismo Paradígma científico se baseia em Empirismo, determinismo e monismo Empirismo Universo melhor compreendido quando se confrontam as evidências com os nossos sentidos Determinismo Fluxo causa-efeito Monismo Inseparabilidade inerente entre corpo e mente Base de todo o pensamento ocidental 26
27 Ver o Sistema como um todo ou apenas uma parte 27
28 Ver o Sistema como um todo ou apenas uma parte HOLISMO Oposição ao Determinismo 28
29 Teoria Geral dos Sistemas O Holismo conforme Abbagnano (2000) consiste na inversão da hipótese mecanicista e em considerar que os fenômenos biológicos não dependem dos fenômenos físico químicos, mas o contrário. => vitalismo => seres vivos são fruto de uma criação divina não dependente de mecanismos físico químicos. A dogmatização (criação pelo divino) inerente a esta concepção torna por conseguinte inútil qualquer investigação cientifica a seu respeito. 29
30 Teoria Geral dos Sistemas O HOLISMO Sinteticamente pode ser entendido como: Parte da Tese ontológica que dá prioridade ao TODO em detrimento das partes; Para o Holismo o todo é sempre maior que a soma das partes as propriedades emergentes pela agregação potencializam o TODO (o tornam maior) As propriedades emergentes só existem com o TODO sem este desaparecem. A tese Holística admite que o TODO precede a PARTE Visão unicista do TODO As causas, origens, composição do todo não são explicadas e comprovadas. 30
31 Teoria Geral dos Sistemas O HOLISMO considerações Leva freqüentemente a uma postura de Doutrina Dogmática impositiva. A imposição dogmática conduz freqüente a movimentos de idolatria nos quais não há preocupação com as causas primeiras, mas sim somente com o todo. Ex. Movimentos religiosos, políticos, carismáticos centrados em um líder. O holismo freqüentemente apresenta condutas que delegam o problema ao plano teológico, sagrado, inatingível, místico. 31
32 Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO Século XX Marco moderno ocidental é atribuído a Ludwig von Bertalanffy, (Grupo de Viena) => novas idéias científicas da abordagem dos todos integrados Os todos integrados já haviam sido abordados por Alexander A. Bogdanov em 1922, cuja obra foi pouco ou até mesmo não divulgado no Ocidente. Ao que se sabe, até mesmo a partir das citações de Bertalanffy, não teve este efetivamente conhecimento, contato com a obra de Bogdanov; Warren Weaver chamou a nova área de a ciência da complexidade organizada. A busca por uma teoria geral de sistemas continua, estamos ainda na fase de uma Proto-teoria dos Sistemas. 32
33 Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO Século XX Contextualiza Alia a decomposição (análise) e a recomposição (síntese). Entende o todo maior do que a soma de suas partes dadas as propriedades emergentes tal qual o Holismo. 33
34 Teoria Geral dos Sistemas O SISTEMISMO Século XX Pressuposto ontológico : O TODO justifica as PARTES e as PARTES são fundamentais para o TODO. O TODO dá sentido para as PARTES que o compõe a assim chamada organização. Requer Racionalidade logo não admite posturas dogmáticas. 34
35 SISTEMAS Hierarquização dos Sistemas 35
36 Sistema e Seus Componentes Representação diagramática Em cada nível componentes se agregam Fazem emergir sistemas em outro nível 36
37 Sistema e Seus Componentes Três níveis hierárquicos representados Mais que 3 níveis, difícil trabalhar-se 37
38 Sistema e Seus Componentes Sistemas emergentes Brotam de baixo para cima (bottomup) > a crescente complexidade 38
39 Sistema e Seus Componentes Sistemas teleológicos Criados concebidos a partir de e para uma determinada finalidade ->de cima para baixo, (top-down) 39
40 Teoria Geral dos Sistemas A partir de Bertalanffy um Sistema pode ser concebido como sendo: Um conjunto de partes interdependentes para a consecução de um objetivo 40
41 Ambiente Ambiente SISTEMAS OBJETIVOS ENTRADAS Processo de Transformação SAÍDAS RETROALIMENTAÇÃO / FEEDBACK - CONTROLE 41
42 Teoria Geral dos Sistemas Classificação dos Sistemas Dicotomização de G.P.Davis (1974) Abstrato X Físico Determinista X Probabilista Aberto X Fechado (contestado) 42
43 Teoria Geral dos Sistemas Sistema conforme Avanir Uyemov sistema é um agregado de elementos, complexos ou não, que tenham um conjunto de relações que agem sobre o conjunto de elementos agregados fazendo com que daí surja a emergência de novas propriedades não existentes nos elementos isolados 43
44 Teoria Geral dos Sistemas Características dos Sistemas Katz & Kahn (1977) Importação de energia Transformação Produto Sistemas como ciclos de eventos Entropia Entropia negativa (contestado) Insumo de informação, realimentação negativa e processo de codificação Estado estável e homeostase dinâmica Diferenciação Eqüifinalidade 44
45 Ambiente Ambiente SISTEMAS OBJETIVOS ENTRADAS Processo de Transformação SAÍDAS RETROALIMENTAÇÃO / FEEDBACK - CONTROLE 45
46 AMBIENTE ou MACRO SISTEMA SISTEMAS Sistema 1 Sistema 2 Sistema n Conexões c/ o ambiente SISTEMA ENTRADAS (do ambiente) Subsistema Subsistema Subsistema Elemento 1 Elemento 2 Elemento n Conexões SAÍDAS (para o ambiente) Conexões c/ o ambiente Sistema 1 Sistema 2 Sistema n 46
47 SISTEMAS A empresa como um sistema sociotécnico. Figura fonte : CASTRO Muniz Durval (GPI/UNICAMP / FACECA/PUCCAMP ) 47
48 SISTEMAS A empresa como um sistema sociotécnico. Figura fonte : CASTRO Muniz Durval (GPI/UNICAMP / FACECA/PUCCAMP ) 48
49 SISTEMAS Figura Modelo geral de um Sistema. fonte : Prof. Renato Rocha Lieber (UNESP) 49
50 SISTEMAS Abordagem da Complexidade crescente Auto-organização ou Auto - regulação 50
51 SISTEMAS Abordagem da Complexidade crescente Auto-organização ou Auto - regulação 51
52 SISTEMAS A percepção do Ambiente O conceito de UMWELT (mundo ao redor) Jakob von Uexküll) "Theoretische Biologie" (1928) A máxima : "Alle Wirklichkeit ist subjektive Erscheinung" ( Toda realidade é um fenômeno subjetivo). 52
53 SISTEMAS UMWELT (Jakob von Uexküll) a percepção de um ambiente O Carvalho percebido pelo Guarda Florestal Criança 53
54 SISTEMAS UMWELT (Jakob von Uexküll) a percepção de um ambiente O Carvalho percebido pela: Raposa Formiga 54
55 SISTEMAS UMWELT Interação entre os sistemas que o compõe. Interação em variados graus de intensidade estratégia de permanência. AÇÃO Sistema REAÇÃO Ambiente 55
56 SISTEMAS - UMWELT Cada espécies explora a relação espaço e tempo - interação que varia de espécie para espécie em função das exigências do próprio ambiente. A Interação - ambiente sistema cognitivo da espécie. ( Ex.: Morcego = Sonar ultra-som; Peixes variações elétricas; Mamíferos cheiro olfato). Espécies cada uma tem o seu SENSOR característico para captar as qualidades do Ambiente. Sensor aliado a um sistema cognitiva permite às espécies perceberem o seu ambiente com maior grau de realismo. Crescente complexidade da Interface proporcional à complexidade do sistema observador. (Ex.: Formigas orientamse por reação química cheiro do ácido fórmico; Homem orienta-se por mecanismos sensores bem mais complexos audição, visão, olfato, tato, paladar com regras e formas da mais alta complexidade.) Ampliação da percepção Umwelt pelo homem => emprego de artefatos tecnológicos que potencializam os sensores do homem. Ex. Microscópio, Telescópios, Termômetros etc. 56
57 SISTEMAS Abordagem sistêmica : um continuum de percepção e ilusão; uma contínua revisão do mundo, do sistema total e de seus componente; a essência da abordagem sistêmica é tanto confusão quanto esclarecimento ambos, aspectos inseparáveis da vida humana. (Amaral J.A) 57
58 SISTEMAS Básicos ou Fundamentais ou seja aqueles apresentados por todos os sistemas. Permanência Ambiente Autonomia Evolutivos parâmetros emergentes pela evolução. Composição Conectividade Estrutura Integralidade Funcionalidade Organização Parâmetro Livre : Complexidade Vieira (1998) 58
59 59
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