NOÇÕES DE PARASITOLOGIA (3) PROF. C. FREDERICO
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- Nathalia Barreto Monsanto
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1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA (3) PROF. C. FREDERICO
2 VERMINOSES
3 TENÍASE AGENTES ETIOLÓGICOS GICOS: Taenia solium saginata,, platelmintos da classe Cestoda. e Taenia CONTÁGIO GIO: Direto,, através s do consumo de carne mal cozida ou mal passada, contendo formas larvais vivas (cisticercos( cisticercos). CARACTERÍSTICAS STICAS: : Vermes achatados, hermafroditas, parasitas do intestino delgado humano (homem: hospedeiro definitivo) e da musculatura de porcos e bois (hospedeiros intermediários: rios: T. solium parasita o porco e T. saginata parasita o boi). Seu corpo é dividido em cabeça (ou escólex lex), pescoço (ou colo mitótico tico) ) e um tronco (ou estróbilo bilo), muito longo (pode atingir até 12 metros).
4 Como normalmente háh apenas um verme no organismo humano, as tênias são conhecidas vulgarmente por solitárias. No escólex há ventosas que servem para fixar o verme à mucosa intestinal. Em T. solium há uma coroa de ganchos, aumentando o poder adesivo do verme. O colo é responsável por produzir os anéis do tronco (proglotes( proglotes), por meio de sucessivas mitoses. Em cada proglote há sistemas reprodutores masculino e feminino maduros e funcionais, que realizam continuamente a autofecundação, gerando ovos. As proglotes mais distantes do escólex e do colo são denominadas proglotes grávidas vidas.
5 CICLO VITAL E SINTOMAS: Um homem infestado elimina, misturados às s suas fezes, proglotes grávidas, que podem conter até ovos embrionados do parasita, que contaminam o solo e a vegetação. De alguma forma o porco ou o boi consomem este solo ou vegetação com os alimentos e se contaminam. No tubo digestório do animal ocorre a eclosão dos ovos, de que se libertam formas larvais (oncosferas( ou embriões hexacantos), que perfuram a mucosa, atingem a circulação e, pelo sangue, chegam à musculatura, onde dão origem a novas formas larvais (cisticercos( cisticercos), que encistam.
6 Se um homem consome a carne do animal doente mal cozida, mal passada ou mesmo crua, ele se contamina. Em seu estômago, do interior do cisticerco ocorre a eversão de uma jovem tênia, que migra até o intestino delgado, onde se fixa, reiniciando o ciclo. Como não possuem sistema digestório (adaptação à vida parasitária), ria), absorvem o alimento diretamente do intestino humano, por toda sua extensão corporal, podendo causar desnutrição. O tratamento envolve a administração de vermífugos que matam e eliminam o verme. Contudo, se administrados incorretamente, háh risco de escólex e colo permanecerem vivos, rapidamente regenerando totalmente o parasita.
7 PROFILAXIA: 1. Fiscalização rigorosa de matadouros. 2. Consumo de carne bem cozida. 3. Educação sanitária: não evacuar diretamente sobre o solo. 4. Tratamento dos doentes.
8 DIVISÃO DO CORPO DE UMA TÊNIA
9 CICLO VITAL DE Taenia solium
10 Taenia solium: escólex Taenia saginata: escólex Taenia saginata: proglote grávida Taenia sp.: ovo embrionado Cisticerco no músculom
11 OUTRAS DOENÇAS CAUSADAS POR CESTÓDEOS 1. CISTICERCOSE: : Doença a em que o homem ingere, por água ou frutas e hortaliças, as, os ovos de T. solium,, passando a comportar-se como hospedeiro intermediário: rio: os cisticercos se instalam em vários v órgãos (músculos, coração, fígado, f baço, pâncreas e cérebro). c Pode causar alterações psicológicas e mesmo a morte.
12 2. HIDATIDOSE: : Causada pelo Echinococcus granulosus,, que atinge o homem acidentalmente. O hospedeiro intermediário rio é a ovelha, que elimina proglotes grávidas nas fezes. O cão (hospedeiro definitivo) se contamina se ingerir tais fezes. A contaminação do homem gera, no fígado f e/ou pulmões, o cisto hidático tico,, em cujo interior se encontra a areia hidática tica. Não háh eliminação de formas contagiosas pelo homem. Se o cisto se romper, pode causar choque anafilático tico.
13 3. DIFILOBOTRÍASE ASE: Doença a causada pela ingestão de larvas (plerocercoides( ou esparganos) ) da tênia do peixe (salmão e truta) Diphyllobothrium latum, que pode atingir até dez metros de comprimento. Rara no Brasil mas relativamente comum no Japão, Estados Unidos, Norte da Europa, Rússia R e sul do Chile. Não existem aqui os hospedeiros intermediários: rios: crustáceos ceos como o Cyclops sp. Causa cólicas c abdominais e anemia perniciosa. O tratamento consiste em uso de vermífugos e administração de vitamina B 12.
14 Neurocisticercose Neurocisticercose Cisticercose cardíaca aca (observe a seta)
15 Echinococcus granulosus: verme adulto Echinococcus granulosus: : cisto hidático e areia hidática Diphyllobothrium latum: : verme adulto e ovo embrionado Próximo slide, por favor...
16 ESQUISTOSSOMOSE AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Schistosoma mansoni, platelminto da classe Trematoda. CONTÁGIO GIO: Direto,, pela penetração de larvas através s da pele. CARACTERÍSTICAS, CICLO VITAL & SINTOMAS: O esquistossomo possui sexos separados (dioico). O macho possui corpo achatado, com canal ginecóforo foro,, que abriga a fêmea durante o período reprodutivo. A fêmea possui corpo cilíndrico e é maior do que o macho.
17 Diferentemente das tênias, os esquistossomos são vermes de localização extra-intestinal, alojando-se no sistema porta-hep hepático. Realizam fecundação cruzada, e a fêmea é capaz de produzir até ovos embrionados por dia. Os ovos possuem um espinho lateral, usado para rasgar o endotélio e mucosas, permitindo que atinjam o interior do tubo digestório. Misturados às s fezes, os ovos são eliminados por evacuação direta na água de rios ou lagoas. Na água, dos ovos eclodem larvas ciliadas (mirac( miracídios), que nadam à procura do hospedeiro intermediário, rio, um caramujo planorbídeo, em geral o Biomphalaria glabrata.
18 Os miracídios penetram no caramujo e, em seu interior, passam por outros estágios (esporocistos( e rédias), até dar origem às cercárias rias. Quando maduras, as cercárias rias se libertam nas horas mais quentes do dia, em geral matando o molusco. Nadam na superfície à espera de que um homem se banhe ou esteja trabalhando nas águas. Orientadas pelo calor da pele, penetram ativamente, causando um forte prurido (o povo dos locais onde há tais caramujos denomina as lagoas de lagoas de coceira e dizem que se nadou e depois coçou, ou, é porque pegou ).
19 No sistema circulatório rio sofrem metamorfoses até dar origem aos vermes adultos, que se fixam no sistema porta-hep hepático. Promovem obstrução do fluxo e aumento de pressão, causando extravasamento de líquido l para a cavidade abdominal (ascite( ou barriga d ád água ), sendo este um dos sintomas principais da doença. A maior parte dos ovos fica retida no fígado, f causando lesões que provocam cirrose hepática tica, sendo esta a causa principal de morte dos doentes.
20 PROFILAXIA: 1. Educação sanitária: não evacuar nas águas de rios ou lagoas. 2. Não nadar em águas em que a presença a de caramujos seja conhecida. 3. Combate biológico aos moluscos, com o uso de espécies predadoras ou competidoras.
21 Schistosoma mansoni: : ovo embrionado Schistosoma mansoni: miracídio Schistosoma mansoni: : cercária ria Conchas de Biomphalaria glabrata
22 Schistosoma mansoni: : macho Schistosoma mansoni: : fêmea Schistosoma mansoni: : vermes adultos Schistosoma mansoni: : vermes adultos no sistema porta-hep hepático
23 CICLO VITAL DE Schistosoma mansoni
24 ASCARIDÍASE ASE AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Ascaris lumbricoides,, um nematódeo. CONTÁGIO GIO: Direto,, através s da ingestão de ovos embrionados em água, hortaliças as ou frutas. CICLO VITAL E SINTOMAS: Um homem infestado elimina ovos embrionados nas fezes. Água e alimentos são contaminados. Quando um indivíduo duo ingere esta água ou alimentos, contamina-se. Em seu intestino, dos ovos eclodem pequenas larvas, que perfuram a mucosa e atingem a circulação sanguínea. nea.
25 Através s do sangue, as larvas passam pelo fígado f e coração, até atingirem os pulmões. O ciclo pulmonar é essencial para o parasita (crescimento por mudas de sua cutícula). cula). Quando jovens, os vermes migram de retorno ao sistema digestório. Ascendem pelo sistema respiratório rio contornando a epiglote, atingindo o esôfago, estômago e intestinos, onde se fixam. Ascaris lumbricoides,, vulgarmente conhecido como lombriga é um verme que possui sexos separados (dioico).
26 No interior dos intestinos ocorre a reprodução sexuada e as fêmeas eliminam ovos embrionados. Os sintomas da ascaridíase ase são espoliação orgânica e fraqueza. Esses vermes se fixam por três lábios l macios e carnudos, que procedem como ventosas. Eventualmente, em casos de infestação maciça, a, pode haver a formação de um novelo,, causando obstrução, exigindo cirurgia para sua remoção. O tratamento é feito com a administração de vermífugos que matam e eliminam os vermes.
27 PROFILAXIA: 1. Educação sanitária: não evacuar diretamente sobre o solo. 2. Beber apenas água fervida / filtrada. 3. Lavar muito bem alimentos consumidos crus. 4. Tratamento dos doentes.
28 Ascaris lumbricoides: : ovo embrionado Ascaris lumbricoides: : detalhe da boca e lábiosl Ascaris lumbricoides: : A: ; ; B: Ascaris lumbricoides
29 CICLO VITAL DE Ascaris lumbricoides
30 ANCILOSTOMOSE & NECATOROSE AGENTES ETIOLÓGICOS GICOS: : Respectivamente Ancylostoma duodenale e Necator americanus, vermes nematódeos. CONTÁGIO GIO: Direto,, através s da penetração de larvas pelos pés. p CICLO VITAL E SINTOMAS: O ciclo vital destes dois parasitas é muito semelhante ao descrito para Ascaris lumbricoides. A diferença a fica por conta de que a contaminação se dád por penetração de larvas pelos pés, p quando um homem descalço o passa por locais em que houve defecação direta sobre o solo.
31 Nas fezes havia ovos, de que eclodiram larvas. Através s da pele, elas atingem pelo sangue os pulmões, onde realizam ciclo pulmonar e migração para o sistema digestório. Nos intestinos os vermes se instalam e se reproduzem, com a fêmea eliminando ovos embrionados que se misturam às s fezes. Os sintomas são mais graves, pois os vermes se alimentam raspando a mucosa intestinal, usando ganchos pontiagudos (Ancylostoma( duodenale) ) ou lâminas cortantes (Necator( americanus).
32 A ação a dos vermes promove hemorragia intestinal. Os sintomas típicos t são espoliação orgânica, fraqueza e anemia, dando à pele do doente uma típica cor amarelada ( amarelão( amarelão ). O tratamento é feito com vermífugos, que matam e eliminam os vermes. Profilaxia: 1. Educação sanitária: não evacuar diretamente sobre o solo. 2. Uso de calçados. ados. 3. Tratamento dos doentes.
33 CICLO VITAL DE Ancylostoma duodenale e/ou Necator americanus
34 Ovo embrionado de ancilóstomo Cápsula bucal de Ancylostoma duodenale Cápsula bucal de Necator americanus Necator americanus fixo à mucosa intestinal
35 ENTEROBIOSE (OXIURÍASE) AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Enterobius vermicularis,, um nematódeo (oxi( oxiúro). CONTÁGIO GIO: Direto,, através s da ingestão de ovos presentes em terra ou na região perianal. CICLO VITAL E SINTOMAS: Vermes dioicos. Habitam o ceco intestinal e o apêndice. Em,, raramente são encontrados na vagina, útero e bexiga urinária. ria. Ciclo vital monoxênico: : após s a cópula, os machos morrem e são eliminados junto com as fezes. As fêmeas, repletas de ovos, desprendem-se se do ceco e migram para o ânus (principalmente à noite), onde ocorre a ovoposição. Os ovos embrionados se tornam infectantes em poucas horas. Eliminados com as fezes, contaminam o meio. A migração dos vermes causa o sintoma mais característico da enfermidade: prurido anal. Em crianças, as, o hábito h de coçar esta região contamina dedos e unhas que, se levados à boca, promovem a re-infesta infestação. PROFILAXIA: 1. Lavar a roupa de cama em água fervente. 2. Tratamento dos doentes com medicação específica. 3. Corte rente das unhas. 4. Evitar que crianças as cocem a região perianal.
36 TRICURÍASE AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Trichuris trichiura,, um nematódeo. CONTÁGIO GIO: Direto,, através s da ingestão de ovos presentes em alimentos, água e até mesmo no ar. CICLO VITAL E SINTOMAS: Vermes dioicos. Habitam o ceco intestinal, apêndice, cólon c e, às s vezes, íleo. Ciclo vital monoxênico: : após s a cópula, as fêmeas realizam a ovoposição em meio às s fezes. Em até duas semanas os ovos são infectantes. Se ingeridos por um hospedeiro, liberam larvas que reiniciam o ciclo. Em geral, é uma enfermidade branda: cada indivíduo duo abriga de seis a oito vermes apenas (que podem viver até oito anos), com danos restritos à área em que estão fixos. Em casos de infestação maciça causam anemia e débito d imune, de que se aproveitam diversas bactérias. Podem migrar para a região anal, causando prolapso retal. PROFILAXIA: : Tratamento dos doentes com medicação específica.
37 ESTRONGILOIDÍASE AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Strongyloides stercoralis,, um nematódeo. CONTÁGIO GIO: Direto,, através s da penetração de larvas pelos pés. p CICLO VITAL E SINTOMAS: Vermes dioicos, mas apenas as,, partenogenéticas, ticas, infestam o homem. Habitam a mucosa duodenal e a porção superior do jejuno. Ciclo vital monoxênico: : fêmeas (3n) geram ovos que podem dar origem a larvas infestantes humanas ou de vida livre ( ( e ), que fazem reprodução sexuada no meio externo, gerando ovos e larvas infestantes do homem. O ciclo vital é semelhante aos dos ancilostomatídeos deos.. Os sintomas podem ser mais graves, pois os vermes adultos fixam-se profundamente no intestino, dificultando a ação a dos medicamentos. PROFILAXIA: 1. Educação sanitária: não evacuar diretamente sobre o solo. 2. Uso de calçados. ados. 3. Tratamento dos doentes com medicação específica.
38 OBSERVAÇÕES 1. Eventualmente, o homem pode entrar em contato com as larvas de Ancylostoma braziliense e de A. caninum,, principalmente por meio de terra ou areia contaminadas com fezes de cães. Devido à incompatibilidade bioquímica, elas penetram pela pele, mas não atingem o sistema circulatório, rio, permanecendo no espaço subcutâneo por várias v semanas ou meses, até morrerem. À medida que se deslocam, deixam atrás s de si um rastro sinuoso, conhecido vulgarmente como bicho geográfico fico (larva migrans cutânea, causando forte prurido). Cápsula bucal de Ancylostoma caninum Larva migrans
39 2. O diagnóstico clínico da maioria das verminoses é feito através s do exame de fezes, em que se pesquisa a presença a de ovos dos parasitas. Cada tipo de ovo tem suas peculiaridades, o que permite sua identificação. a) Ancylostoma duodenale. b) Ascaris lumbricoides. c) Enterobius vermicularis. d) Schistosoma mansoni. e) Taenia solium. f) Taenia saginata. g) Trichuris trichiura.
40 FILARIOSE ( ELEFANT( ELEFANTÍASE ) AGENTE ETIOLÓGICO GICO: Wuchereria bancrofti,, um nematódeo. CONTÁGIO GIO: Indireto,, pela picada do mosquito Culex sp. CICLO VITAL E SINTOMAS: O mosquito Culex sp. é infectado quando pica um homem doente e suga seu sangue, que contém microfilárias rias.
41 Ao picar um homem sadio, o mosquito inocula o parasita no sistema circulatório. rio. A filária se aloja no sistema linfático, onde se reproduz sexuadamente. Dos ovos eclodem microfilárias rias. A presença a dos vermes adultos nos vasos linfáticos promove obstrução do fluxo, extravasamento e acúmulo para os tecidos adjacentes (linfedema( e elefantíase ), que deforma os membros atingidos. O tratamento é complexo, pois envolve a administração de drogas que matem os vermes, cirurgias para sua remoção e drenagem do líquido, l além m de plásticas sticas estéticas ticas reparadoras.
42 PROFILAXIA: 1. Combate ao vetor. 2. Uso de telas e mosquiteiros. 3. Tratamento dos doentes.
43 CICLO VITAL DE Wuchereria bancrofti
44 Culex sp. Wuchereria bancrofti: microfilária ria saindo do Culex sp. Wuchereria bancrofti: microfilárias rias Manifestações clínicas da filariose
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