ANTIBIOTERAPIA NA URGÊNCIA
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- Giulia Capistrano Domingues
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1 ANTIBIOTERAPIA NA URGÊNCIA ADEQUABILIDADE DE PRESCRIÇÃO Ana Luísa Vieira Manuela Rocha l Carlos Capela
2 I N T R O D U Ç Ã O 2 ANTIBIÓTICOS (1) DOENÇAS INFECIOSAS (1) RESISTÊNCIAS BACTERIANAS (2) SERVIÇO DE URGÊNCIA (SU) (3) DECISÕES DIAGNÓSTICAS E TERAPÊUTICAS SOBRE-PRESCRIÇÃO DE ANTIBIOTERAPIA (3) AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA (4) PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE RESISTÊNCIAS AOS ANTIMICROBIANOS (2) PROGRAMAS DE VIGILÂNCIA MICROBIOLÓGICA (2) TENDÊNCIAS DE CONSUMO DE ANTIBIÓTICOS (2) RECOMENDAÇÕES DE TRATAMENTO (2)
3 3 + O B J E T I V O S ADMISSÕES NO SU DO HOSPITAL DE BRAGA (HB) DURANTE DUAS SEMANAS CONSECUTIVAS (FEV) ADULTOS MEDICADOS COM ANTIBIOTERAPIA, PRESCRITA POR INTERNISTAS OU CLÍNICOS GERAIS Caraterizar os doentes, de acordo com: dados socio-demográficos (sexo l idade l residência) número de episódio, data e horário de ida ao SU destino após permanência no SU comorbilidades associadas critérios modificadores de prescrição antibiótica Caraterizar o grau profissional dos prescritores de antibioterapia Caraterizar os diagnósticos atribuídos e as prescrições de antibioterapia Definir, nos doentes internados, a atitude clínica quanto à antibioterapia prescrita no SU Analisar a adequabilidade da prescrição de antibioterapia com a recomendada para o diagnóstico
4 4 + M AT E R I A L E M É TO D O S Estudo retrospetivo Folhas de admissão SU HB e registos Sistema de Informação Médica Amostra de conveniência 7346 admissões Amostra válida 417 admissões Episódio de ida ao SU Idade Média 1,1 58,7 Desvio Padrão 0,4 22,9 Moda 1 77 Mediana 1 61 Mínimo / Máximo 1 / 4 18 / 98 Tabela 1 - Caraterização da amostra relativamente ao episódio de ida ao SU e idade.
5 R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O D A A M O S T R A 5 Variável Categorias Frequência (%) Sexo Feminino 204 (48,9) Masculino 213 (51,1) Residência Domicílio 400 (95,9) Instituição de saúde 17 (4,1) Data de ida ao SU Semana 303 (72,7) Fim-de-semana 114 (27,3) Horário de ida ao SU Dia 301 (72,2) Noite 116 (27,8) Destino Alta 306 (73,4) Internamento 111 (26,6) Tabela 2 - Caraterização da amostra. Caraterísticas dos doentes Frequência (%) Antibioterapia prévia 70 (16,8) Hospitalização recente 33 (7,9) Hipertensão Arterial 126 (30,2) Doença pulmonar 72 (17,3) Insuficiência Cardíaca 71 (17) Diabetes Mellitus 56 (13,4) Doença Renal Crónica 29 (7) Alcoolismo 14 (3,4) Doença Hepática 6 (1,4) Catéter invasivo 26 (6,2) Portador bactéria resistente 14 (3,4) Imunossupressão 13 (3,1) Alergia a antibiótico 12 (2,9) Tabela 3 - Caraterização de comorbilidades dos doentes e critérios modificadores de prescrição de antibioterapia.
6 Frequência (%) Frequência (%) 6 + R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S P R E S C R I T O R E S , , Medicina Interna Especialidade médica Clínica Geral ,7 Figura 1 - Representação da frequência das especialidades médicas ,3 Internos Especialistas Medicina Interna Figura 2 - Representação da categoria profissional por especialidade médica.
7 Frequência (%) Frequência (%) 7 + R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S D I A G N Ó S T I C O S E P R E S C R I Ç Õ E S D E A N T I B I O T E R A P I A Faringo-Amigdalite (11,5%) Pneumonia Adquirida na Comunidade (16,3%) Amoxicilina-ácido clavulânico (30,1%) Amoxicilina-ácido clavulânico/cefalosporina + claritromicina (6%) ,6 38,8 Infeção Infeção respiratória respiratória superior inferior 17,7 Infeção urinária baixa Diagnóstico 12,9 6,3 Infeção pele Sem infeção e tecidos moles ,7 21,6 14,4 6,5 5,5 5,3 3 Figura 3 - Representação da frequência dos diagnósticos efectuados. Grupo de antibióticos Figura 4 - Representação da frequência dos grupos de antibióticos.
8 R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O D O S D I A G N Ó S T I C O S E P R E S C R I Ç Õ E S D E A N T I B I O T E R A P I A , ,3 19,4 17,2 27,8 22,2 16,6 Faringo-Amigdalite Pneumonia Adquirida na Comunidade Infeção urinária baixa 4,3 6,5 4,3 0 Figura 5 - Representação da frequência da antibioterapia prescrita para os principais diagnósticos.
9 Frequência (%) 9 + R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O D A AT I T U D E C L Í N I C A N O I N T E R N A M E N T O , ,1 5,4 3,6 0 Manutenção Descalação Mudança Escalação Atitude clínica nos doentes internados Figura 5 - Representação da frequência da atitude clínica nos doentes internados.
10 Frequência (%) Frequência (%) + R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O E A N Á L I S E D A A D E Q U A B I L I D A D E D E P R E S C R I Ç Ã O 60 54, ,1 19,2 0 Adequada Não adequada Discutível Adequabilidade da prescrição Figura 6 - Representação da frequência da adequabilidade de prescrição da antibioterapia ,7 Infeção respiratória superior 45,7 Infeção respiratória inferior 69,4 69,8 Infeção urinária baixa Infeção pele e tecidos moles Diagnósticos Prescrição Adequada Figura 7 - Representação da frequência da adequabilidade de prescrição por diagnóstico.
11 Frequência (%) 11 + R E S U LTA D O S C A R AT E R I Z A Ç Ã O E A N Á L I S E D A A D E Q U A B I L I D A D E D E P R E S C R I Ç Ã O , ,7 16,7 15,7 8,8 6,9 5 0 Antibiótico incorreto Sem indicação Duração incorreta Dose incorreta >2 variáveis incorretas Politerapia incorreta Motivo de prescrição não adequada Figura 8 - Representação da frequência dos motivos de prescrição inadequada.
12 D I S C U S S Ã O A N Á L I S E D E R E S U LTA D O S 12 Validade dos diagnósticos Perfil dos prescritores: medicina tutorada? Antibioterapia para diagnósticos não infeciosos Prescrição de antibioterapia sem indicação em 16,7% No internamento, manutenção da antibioterapia prescrita no SU em 80,2% Infeções do trato respiratório baixo com menos de metade de prescrições adequadas
13 D I S C U S S Ã O A N Á L I S E D E R E S U LTA D O S 13 Diferentes associações encontradas entre variáveis em estudo e adequabilidade de prescrição (5) Sem associações entre critérios modificadores de prescrição ou comorbilidades com adequabilidade de prescrição (5,6) O que influencia a adequabilidade da prescrição? Evolução dos doentes
14 D I S C U S S Ã O L I M I TA Ç Õ E S D O E S T U D O 14 Estudo retrospetivo Viés de informação E S T U D O S F U T U R O S Estudos prospetivos em ambulatório, SU e internamento Estratégias de melhoria de qualidade (7,8) e análise do seu impacto
15 C O N C L U S Ã O 15 Caraterização do padrão de prescrição de antibioterapia e das infeções diagnosticadas Análise da adequabilidade de prescrição Uso sub-ótimo da antibioterapia disponível Equipa multidisciplinar de apoio à gestão antibiótica (7,8) Programa educativo antimicrobial stewardship (5,9) Recomendações locais de antibioterapia (5,6) Auditorias regulares (4)
16 B I B L I O G R A F I A 16 (1) Mandell LA, Peterson LR, Wise R, Hooper D, Low DE, Schaad UB, et al. The battle against emerging antibiotic resistance: should fluoroquinolones be used to treat children? Clin Infect Dis. 2002;35(6): (2) Comissão Técnica para a Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos. Lisboa: Direção Geral da Saúde; (3) Asseray N, Bleher Y, Poirier Y, Hoff J, Boutoille D, Bretonniere C, et al. [Use of antibiotics in emergency units: qualitative and quantitative assessment]. Med Mal Infect. 2009;39(3): (4) Goulet H, Daneluzzi V, Dupont C, Heym B, Page B, Almeida K, et al. [A prospective study of antibiotic prescribing in an emergency care unit]. Med Mal Infect. 2009;39(1): (5) Ramos Martínez A, Cornide Santos I, Marcos García R, Calvo Corbella E. [Antibiotic prescription quality at a hospital emergency service]. An Med Interna. 2005;22(6): (6) den Engelsen C, van der Werf C, Matute AJ, Delgado E, Schurink CA, Hoepelman AI. Infectious diseases and the use of antibiotics in outpatients at the emergency department of the University Hospital of León, Nicaragua. Int J Infect Dis. 2009;13(3): (7) Arnold FW, McDonald LC, Newman D, Smith RS, Ramirez JA. Improving antimicrobial use: longitudinal assessment of an antimicrobial team including a clinical pharmacist. J Manag Care Pharm. 2004;(2): (8) Arnold FW, McDonald LC, Smith RS, Newman D, Ramirez JA. Improving antimicrobial use in the hospital setting by providing usage feedback to prescribing physicians. Infect Control Hosp Epidemiol. 2006;27(4): (9) Pulcini C, Defres S, Aggarwal I, Nathwani D, Davey P. Design of a 'day 3 bundle' to improve the reassessment of inpatient empirical antibiotic prescriptions. J Antimicrob Chemother. 2008;61(6):
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