UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS PLANO PRELIMINAR DE TESE:

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS PLANO PRELIMINAR DE TESE: ALOCAÇÃO NEGOCIADA DE ÁGUA EM BACIAS DO SEMI-ÁRIDO: CRITÉRIOS AMBIENTAIS, SÓCIO-ECÔNOMICOS E TECNOLÓGICOS CANDIDATA: Érica Cristine Medeiros Nobre Machado ORIENTADOR: Carlos de Oliveira Galvão Campina Grande Outubro de 2006

2 1. INTRODUÇÃO A outorga pelo uso da água Nas últimas décadas tem-se constatado aumento de conflitos resultantes da disputa pelo uso da água, bem como um esforço crescente dos órgãos gestores para promover o uso múltiplo deste recurso ao mesmo tempo em que garantem a sustentabilidade ambiental e minimizam os conflitos. A Política Nacional de Recursos Hídricos foi instituída no Brasil através da Lei Federal n 9.433, de 08 de Janeiro de 1997, e tem como um dos seus princípios a consideração da água com um bem de domínio público, tendo seu uso, portanto, condicionado a uma outorga emitida pelo órgão que possui a devida competência legal. Neste contexto, a outorga é um dos instrumentos de gestão previstos na referida lei (art. 5, III), e tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso a ela. Na prática, a outorga é o ato administrativo que dá a concessão legal de certo volume ou vazão de água, durante certo tempo e sujeito a algumas regras e restrições (Costa & Campos, 2005). Contudo, a outorga não é um instrumento de fácil implementação e administração. Baltar et al. (2003) destacam que essa complexidade advém, de um lado, da própria natureza dos recursos hídricos, com seus usos e atributos múltiplos em um quadro de ocorrência estocástica e demandas crescentes, e, do outro, do contexto em que se insere o gerenciamento, envolvendo interesses conflitantes e os mais diversos atores, desde os órgãos públicos gestores e entidades da sociedade civil até os usuários finais da água. Critérios para determinação da vazão máxima outorgável A maioria dos estados brasileiros não estabelece, em suas leis ou decretos, o critério de determinação da vazão máxima outorgável, sendo que, quando a mesma é estabelecida, o critério da adoção da vazão de referência é unânime, utilizando como valor máximo outorgável uma porcentagem da vazão de referência (Rodrigues et al., 2006). Essa vazão de referência normalmente baseia-se em vazões de estiagem ou em vazões com alta probabilidade de superação, para outorga de uso da água de rios perenes. 2

3 Nas bacias inseridas em região semi-árida, caracterizadas por extensos períodos de seca e irregularidades das precipitações intra e inter-anuais, o que freqüentemente leva a uma situação de intermitência dos rios, geralmente se faz necessário a construção de açudes para barrar esses cursos de água armazenando-a no período chuvoso para utilizar no período seco, ampliando a oferta hídrica da região e/ou perenizando trechos de rios. Nestes casos, a vazão de referência para outorga do uso de água em açudes, lagos ou barramentos, baseia-se em altas garantias da vazão regularizada, ou seja, outorga-se uma porcentagem da vazão que o reservatório pode liberar de forma constante e regularizada com alta garantia. A utilização da vazão de referência baseada nos critérios expostos apresenta como vantagens a simplicidade de sua implementação e a minimização dos riscos de falhas no atendimento das demandas, cuja garantia de atendimento ou de permanência é necessária para que os usuários possam realizar um melhor planejamento de suas atividades e investimentos em seus empreendimentos. Por outro lado, este procedimento pode limitar o crescimento dos empreendimentos que usam água, gerar descontentamento nos usuários e aumentar o conflito pelo uso da água, visto que, na maioria do tempo as vazões naturais nos rios ou regularizadas pelos reservatórios serão superiores às vazões outorgadas (Pereira & Lanna, 1996; Ribeiro & Lanna, 2003; Medeiros & Naghettini, 2001; Lima et al., 2005; Lanna et al., 1997). O estado de Minas Gerais, por exemplo, que possui um dos critérios mais restritivos para a outorga, já aponta para uma situação de esgotamento dos recursos hídricos outorgáveis nas bacias hidrográficas (Schvartzman et al. 2002). O mesmo ocorre nos estados da Bahia e de Alagoas, onde estudos realizados advertem que os critérios de outorga indicados pelas respectivas legislações estaduais são insuficientes para atender integralmente todas as demandas da bacia do rio Branco-BA (Silva & Lanna, 1997) e da bacia do rio Coruripe-AL (Souza et al., 2006) e recomendam o aprimoramento dos critérios de outorga adotados pelos órgãos gestores como uma das alternativas para gestão eficiente da água. Diante desta problemática, alguns estudos têm sido realizados com o objetivo de definir critérios mais flexíveis para otimizar o uso da água, minimizar as perdas e dirimir os conflitos, evitando que em períodos com maiores disponibilidades hídricas sejam impostas restrições desnecessárias aos usuários. Algumas destas alternativas sugeridas na literatura é a adoção da vazão outorgável baseada na quantidade de falhas pré-determinada para cada uso, ou seja, adoção de critérios com diversos níveis 3

4 de prioridades e garantias (Pereira & Lanna, 1996); e a utilização de fatores de correção para a outorga baseados em uma relação entre as vazões observadas no início do ano e nos períodos de estiagem (Medeiros & Naghettini, 2001) ou em função dos volumes disponíveis nos reservatórios (Souza Filho & Porto, 2005). Ribeiro & Lanna (2003) recomendaram a avaliação de critérios classificados como dinâmicos, os quais procuram ajustar a vazão máxima outorgável de acordo com a dinâmica meteorológica e hidrológica da bacia, como a adoção de uma possível vazão total outorgável, composta de uma parte fixa (vazão mínima outorgável) e uma parte variável (vazão condicionada) com a situação de disponibilidade hídrica da bacia, atual ou prevista. Também destacam a necessidade de desenvolver metodologias que integrem os aspectos quantitativos e qualitativos da outorga, sugerindo que o aspecto qualitativo seja concebido com base na vazão de diluição e não no lançamento de efluentes, ou seja, adicionando à outorga quantitativa uma parcela referente à vazão necessária para diluição de poluentes. Discussões recentes sobre vazões ecológicas e sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos ratificam a importância da necessidade da correta consideração dos critérios ambientais na alocação de água (Collischonn et al., 2005; Medeiros et al., 2006). Alocação negociada de água Alguns dos critérios para alocação ótima da água são (Howe et al., 1986; Winpenny, 1994 apud Dinar et al., 1997): a) eficácia; b) sustentabilidade e viabilidade administrativa; c) flexibilidade na alocação; d) segurança no direito de uso para usuários estabelecidos; e) pagamento do custo de oportunidade real do fornecimento pelo usuário; f) previsibilidade do processo de alocação com minimização das incertezas; g) eqüidade do processo de alocação; h) aceitação política e pública, ou seja, aceitação dos valores e objetivos da alocação pelos diversos setores da sociedade. Em busca do atendimento do último critério apresentado, bem como em atendimento ao disposto na Lei n 9.433/1997 que prevê em um dos seus fundamentos que a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades, alguns estados têm investindo esforços para promover um gerenciamento participativo dos seus recursos 4

5 hídricos. O estado do Ceará, por exemplo, com 92,5% do seu território inserido na zona semi-árida, é um dos pioneiros no Brasil com experiências de alocação negociada de água em suas bacias. Destaque deve ser dado à experiência da alocação negociada nos vales do Jaguaribe e Banabuiú (Silva et al., 2006), que considera como alguns dos aspectos metodológicos o respeito da realidade de cada comunidade, a dotação de informações técnicas e a capacitação dos usuários. O processo de alocação negociada ocorre em audiências públicas realizadas anualmente pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos - COGERH, sempre após a quadra chuvosa do Ceará, através de seminários onde é definida a regra de operação do reservatório e a vazão a ser liberada. Após esta macro-alocação negociada dá-se início à etapa das alocações particulares realizadas pela Secretaria de Recursos Hídricos - SRH e pela COGERH, onde é definida a quantidade destinada a cada usuário particular e efetivada a outorga para um período de seis meses a um ano que é o tempo legal da outorga estadual (Costa & Campos, 2005). Discussões recentes na secretaria de recursos hídricos do referido estado têm apontado para a possibilidade de estender o período de duração da outorga para 4 anos, fazendo uma revisão do pedido anualmente, de acordo com as condições conjunturais e de disponibilidade hídrica da bacia, ou seja, realizando uma realocação anual com a outorga já expedida (Costa & Campos, 2005). Souza Filho & Porto (2005) destacam que esta outorga poderia ser emitida para períodos ainda maiores (5 a 10 anos) e que o processo de realocação poderia ser efetuado através da definição de um fator multiplicativo, definido anualmente pela SRH por hidrossistema e por prioridade de uso, o qual, depois de multiplicado pelo volume outorgado de longo curso, seria o volume alocado para aquele ano e usuário. Na alocação negociada de águas, além da busca pelo realismo das demandas, têm-se incluído também a questão da eficiência do uso da água, principalmente na agricultura e na piscicultura. Na bacia do rio Piranhas-Açu, por exemplo, o Marco Regulatório para a gestão do sistema Curema-Açu estabelece que os quantitativos a serem outorgados devem atender a critérios de eficiência pré-estabelecidos (Braga et al., 2004). Sistemas de suporte á decisão para outorgas 5

6 A utilização de ferramentas computacionais e metodologias com o propósito de auxiliar no processo de análise, definição e gerenciamento das outorgas é cada vez mais comum. Geralmente estes sistemas utilizam uma variedade de modelos de otimização e de simulação hidrológica, hidrogeológica e de qualidade de água. Faria et al. (2004), por exemplo, utilizaram um modelo de simulação de rede de fluxo e um modelo de avaliação multicriterial das alternativas de gerenciamento para auxiliar a tomada de decisão no processo de alocação de água, enquanto que em Souza Filho & Porto (2005) visando aprimorar o processo de alocação de curto prazo no Ceará, os modelos de previsão meteorológicas também são utilizados. Algumas ferramentas de suporte à decisão recentemente desenvolvidas para alocação de água em bacias, destacam a importância de considerar integradamente as questões de qualidade e quantidade da água (Azevedo et al., 2000) e considerar múltiplos critérios nessa alocação. Babel et al. (2005), por exemplo, consideraram aspectos sócio-econômicos, ambientais e técnicos no desenvolvimento de um modelo para auxiliar tomadores de decisão na alocação ótima da água armazenada em reservatórios entre diferentes usuários; enquanto Mimi & Sawalhi (2003) utilizaram nove fatores associados ao uso igualitário da água definidos pela Internacional Law Commission (ILC) em uma metodologia para alocação ótima das águas da bacia do rio Jordan. Entre as recomendações para projeto, concepção e implementação de novos sistemas de suporte à decisão para outorga estão o tratamento adequado das questões de qualidade da água, a ampliação e melhoria da base de informações para outorga de águas subterrâneas e a modelagem adequada dos sistemas de reservatórios (Baltar et al., 2003). Além disso, em busca de sistemas de apoio à decisão na gestão de recursos hídricos cada vez mais eficientes, tem se tentado incorporar novas perspectivas nestes sistemas, como a consideração de múltiplos decisores e a modelagem do comportamento humano (Braga et al., 2005). Novas perspectivas Apesar desses avanços, o problema da alocação negociada de águas em bacias hidrográficas utilizando critérios que geram maiores benefícios sócio-econômicos e maior satisfação dos usuários ainda apresenta lacunas e desafios para sua adoção pelos órgãos gestores. Uma dessas lacunas é a necessidade de adoção de abordagens 6

7 interdisciplinares na definição desses critérios. Um dos desafios se refere à integração dos modelos de simulação e previsão dos processos (meteorológicos, hidrológicos, hidrogeológicos e de qualidade de água) com modelos decisórios (otimização e suporte à decisão) de modo a melhor subsidiar a negociação do conflito. 2. OBJETIVOS O objetivo geral do estudo ora proposto é desenvolver uma metodologia para subsidiar a negociação da alocação temporária do volume excedente, em relação ao volume já outorgado, em bacias do semi-árido, considerando as normas existentes e baseando-se em critérios de eficiência do uso da água, hidrometeorológicos, sociais, culturais, econômicos e ambientais. São objetivos específicos da pesquisa: Propor metodologia que, analisando integradamente os modelos meteorológicos, hidrológicos, hidrogeológicos e de qualidade de água, seja capaz de definir para um determinado horizonte futuro qual será a disponibilidade hídrica da bacia, considerando, dessa forma, tanto a disponibilidade superficial quanto a subterrânea; Propor metodologia que considere conjuntamente os aspectos quantitativos e qualitativos na definição da demanda dos usuários, através da utilização da vazão ou volume de diluição; Propor metodologia para alocação otimizada da água, considerando a eficiência do uso da água e critérios sociais, culturais, econômicos e ambientais. Será utilizada para estudo a bacia do rio Piranhas-Açu, que inclui partes dos territórios da Paraíba e do Rio Grande do Norte e apresenta características e informações adequadas à pesquisa proposta. Desse modo, inclui-se como objetivo adicional da pesquisa o acompanhamento do processo de implementação e operacionalização do seu comitê de bacia para análise dos conflitos e comportamento dos usuários, atualmente em curso. 3. JUSTIFICATIVA As estratégias de negociação de conflitos em águas requerem conhecimentos interdisciplinares, pois estes conflitos decorrem, além da escassez do objeto da 7

8 disputa, que é um recurso natural e requer a consideração de aspectos ambientais e hidrológicos, também de comportamentos políticos, sociais e culturais dos usuários e decisores, o que requer a incorporação das ciências humanas. Esta abordagem interdisciplinar, juntamente com um esforço para atribuir realismo à metodologia adotada, é a principal contribuição desta proposta em relação aos trabalhos já existentes, a qual deverá considerar conjuntamente: a) um tratamento adequado das questões de qualidade de água; b) a avaliação da capacidade dos aqüíferos e melhor gerenciamento deste recurso; c) a utilização de previsão hidrometeorológica e consideração das incertezas associadas; d) a análise do comportamento dos usuários frente aos conflitos existentes e às alternativas de gerenciamento; e) a consideração dos usuários não contemplados pelos sistemas de outorgas, por terem seus usos classificados como insignificantes, no processo de gerenciamento e de análise da demanda requerida da bacia; f) a integração de critérios de alocação econômicos, sociais, culturais e ambientais. A escolha da bacia do rio Piranhas-Açu como estudo de caso, deve-se, por um lado, à sua importância estratégica para o desenvolvimento dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, destacando-se os usos intensivos para irrigação e carcinicultura; e, por outro lado, da complexidade do gerenciamento desta bacia, que decorre de fatores naturais, como a sua localização na região semi-árida e a sua formação por um rio de domínio da União. Nos últimos anos, esta bacia vem apresentando grandes conflitos de uso. Alguns destes conflitos dizem respeito à definição da vazão de fronteira entre os dois estados e ao aumento expressivo dos pedidos de outorga realizados para atividades empresariais, as quais ultrapassam a capacidade de regularização dos sistemas hídricos da bacia (Braga et al., 2004). O plano de estudo aqui apresentado será submetido como projeto para financiamento no Edital Universal do CNPq 2007, no qual está prevista a participação de uma equipe multidisciplinar. Caso a candidata seja aprovada nesta seleção, será submetido projeto ao Edital CT-Hidro CNPq 040/2006 para solicitação de bolsa de doutorado. Adicionalmente, a pesquisa proposta se inter-relacionará com outros projetos de pesquisa em andamento em que o orientador deste trabalho participa, dentre os quais : 1) Modelagem de processos decisórios em gestão de recursos hídricos MDG (CNPq); 2) SegHidro - Segurança Hídrica: Grades Computacionais Apoiando a Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos para Usos Urbano, Rural e Agrícola 8

9 (FINEP); 3) Estudos da bacia sedimentar do rio do Peixe (FINEP); 4) Simulação da Aplicação da Cobrança em Escala Real (FINEP); 5) Efeito da piscicultura intensiva na qualidade da água e proliferação de cianobactérias potencialmente toxigênicas em açudes de uso múltiplo do semi-árido: subsídios para a gestão (CNPq); além de propostas submetidas aos Editais CT-Hidro/FINEP 013 e 014/2006 Meteorologia, ora em julgamento. 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 A Bacia do Rio Piranhas-Açu A bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu está situada no Nordeste brasileiro e totalmente inserida em clima semi-árido. Possui uma área de drenagem de ,50 Km², sendo 60% correspondente ao Estado da Paraíba, onde está localizada a nascente do rio Piranhas, e 40% correspondente ao Estado do Rio Grande do Norte, onde o rio Piranhas passa a ser denominado Açu até a sua foz no Oceano Atlântico. Trata-se, portanto, de uma bacia hidrográfica que possui um rio de domínio da União, cuja concessão de outorgas é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas ANA, entidade federal criada pela Lei n 9.984, de 17 de Julho de 2000, para implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos. Nesta bacia estão localizados o sistema de reservatórios Curema-Mãe d Água, na Paraíba, cuja capacidade de armazenamento é de 1,350 bilhão de metros cúbicos, e a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório de água do Rio Grande do Norte com capacidade para armazenamento de 2,400 bilhões de metros cúbicos. Ambos os reservatórios são considerados estratégicos para o desenvolvimento sócioeconômico dos dois Estados, o primeiro por perenizar o rio Piancó e o trecho do rio Piranhas até o lago da barragem Armado Ribeiro Gonçalves, garantindo o abastecimento urbano e rural de várias localidades e possibilitando o desenvolvimento agrícola da região; e o segundo, a partir do qual o rio Piranhas-Açu torna-se perene, permitindo o desenvolvimento da potencialidade agrícola de toda região denominada Baixo-Açu, além de garantir o abastecimento de vários municípios e comunidades rurais, utilizando diversos sistemas adutores (Braga et al., 2004). Em virtude da expansão das carcinicultura no Baixo Açu, a ANA recebeu no primeiro semestre de 2003 um elevado número de pedidos de outorga que ultrapassava a capacidade de regularização dos sistemas hídricos da bacia, o que 9

10 levou a Agência a suspender a concessão de outorgas e iniciar em junho de 2003, através de suas Superintendências de Apoio a Comitês e de Outorga e Cobrança, um processo de articulação institucional com os órgãos gestores dos Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte e o DNOCS, visando a definição de um Marco Regulatório e de um processo de regularização de usos naquela bacia (Braga et al., 2004). O cenário adotado pela ANA para definições iniciais e objeto do Marco Regulatório foi o eixo compreendido pelo trecho do rio que vai do lago do açude Curema/Mãe d Água até sua foz, considerado mais crítico da rede de drenagem e onde foram identificados conflitos de uso, particularmente na definição da vazão de fronteira entre os dois estados. Atualmente o Marco Regulatório, disposto pela Resolução nº. 687, de 03 de Dezembro de 2004, estabelece os parâmetros e condições para as outorgas preventiva e de direito de uso de recursos hídricos e para os usos considerados insignificantes, com o objetivo de regularizar os múltiplos usos e usuários do Sistema Curema-Açu. Particularmente para a vazão de fronteira entre os Estados, o Marco Regulatório estabelece uma vazão mínima de 1,5 m³/s nos cinco primeiros anos de vigência da Resolução e de 1,0 m³/s a partir do sexto ano. Adicionalmente, foi estabelecida pelo Marco Regulatório uma vazão máxima disponível de 26,3 m³/s, já descontada a vazão ecológica de 1,0 m³/s na foz. No entanto, segundo Braga et al. (2004), enquanto as demandas atuais nesta bacia representam um comprometimento em torno de 60% da oferta de água com o critério adotado, a demanda projetada para o ano de 2015 é de 55,596 m³/s, portanto, muito superior à disponibilidade hídrica do sistema que é de 27,3 m³/s. Com isso, percebe-se que para elaboração e definição das vazões alocadas para cada trecho e para cada uso do sistema abrangido pelo Marco Regulatório, foi necessária uma negociação da demanda requerida, com reduções mais significativas impostas aos usuários da agricultura e da carcinicultura. Com relação aos recursos hídricos subterrâneos, as principais ocorrências na bacia do rio Piranhas-Açu ocorrem na bacia sedimentar do rio do Peixe, na Paraíba, com uma área de Km 2 quase que totalmente inserida na sub-bacia hidrográfica do rio do Peixe, importante afluente do rio Piranhas. Atualmente, alguns estudos hidrogeológicos do aproveitamento e gestão integrada destes recursos têm sido realizados, em termos quantitativos e qualitativos, com o objetivo de elevar a disponibilidade hídrica para abastecimento humano e outras atividades produtivas (irrigação, principalmente) da região (Ceballos et al., 2006; Albuquerque et al., 2006). 10

11 4.2 Metodologia Em linhas gerais, a abordagem será desenvolvida de acordo com recomendações sugeridas em Ribeiro & Lanna (2003), quais são: a consideração de uma outorga base, neste caso já previamente estabelecida pelos órgãos gestores e imutável; e de uma outorga condicionada, cuja metodologia para definição do seu valor ótimo será o foco desta pesquisa. O fluxograma da Figura 1 apresenta a metodologia prevista para este trabalho, cujas etapas serão melhor detalhadas adiante. Outorgas Bases: - emitidas pelos órgãos gestores Outros usos: - não outorgados - vazão ecológica Demanda anual Volume de reserva Oferta anual Modelos de simulação e de previsão - meteorológicos - hidrológicos - hidrogeológicos - qualidade de água Volume disponível = Oferta anual - Demanda anual Demandas extras desejadas: - Considerando captação e diluição - Por tipo de uso e por usuário Negociação: Alteração nos critérios ou fixação prévia do volume alocado para determinado uso ou usuário Discordância Otimização da alocação: - distribuição do volume disponível entre os usuários - considerando critérios sociais, culturais, ambientais, econômicos e de eficiência do uso da água Discussão dos resultados com os usuários Volumes disponibilizados = outroga base + outorga condicionada Concordância Outorgas condicionadas Figura 1 Metodologia para apoio à negociação da alocação de água para definição da outorga condicionada Partindo-se de um volume previamente outorgado pelos órgãos gestores para o ano objeto da análise, aqui denominada de outorga base, a demanda anual esperada será obtida computando a esse valor: 11

12 a) os usos previstos para a bacia, mas que não estão outorgados, ou por se tratar de um uso insignificante ou por qualquer outro motivo, obtidos através de informações existentes nos cadastros dos usuários dos respectivos órgãos gestores e complementados através de dados coletados em campo; b) a vazão ecológica, requerida para o atendimento das necessidades ambientais e preservação do meio ambiente. Definida como a máxima entre os valores estabelecidos pelas normas existentes e a calculada considerando critérios mais abrangentes e eficientes sugeridos em Collischonn et al. (2005) e Medeiros et al. (2006); c) a vazão de reserva, necessária para tratar as incertezas resultantes da utilização de modelos e reduzir os riscos de falhas de atendimento dos usos prioritários. Definida como a vazão mínima necessária para atender as demandas humanas durante o ano analisado, sem racionamento, mesmo que a precipitação anual seja nula. Por outro lado, a oferta hídrica da bacia para o ano em análise será prevista através da utilização integrada de modelos de simulação e de previsão hidrológicos, meteorológicos, hidrogeológicos e de qualidade de água. Inicialmente será avaliada a possibilidade de adoção do modelo de gestão integrada proposto em Melo (2005) para estimativa do volume do reservatório, o qual é composto das seguintes etapas: a) aquisição de previsões hidrológicas e meteorológicas através dos órgãos responsáveis pelo serviço de monitoramento e previsão hidrometeorológicos; b) aplicação do modelo quali-quantitativo dos reservatórios, considerando o balanço hídrico e a descarga de fundo dos reservatórios. Adicionalmente, será utilizado o modelo matemático do sistema aqüífero da bacia sedimentar do rio do Peixe, em desenvolvimento (Albuquerque et al., 2006). Uma vez previstas a demanda e a oferta anual, realiza-se o balanço hídrico para definição do volume excedente disponível, o qual, em anos com boa disponibilidade hídrica, será positivo e estará apto para ser distribuído entre as outorgas condicionadas. A alocação será iniciada através de consulta a um banco de dados com informações de usuários previamente interessados e habilitados, onde será adicionado ao volume de captação desejado o volume de diluição, definido em função das atividades dos usuários e da capacidade de depuração do corpo hídrico em que o mesmo se encontra. 12

13 O processo de alocação em si se dará através da minimização do déficit entre o volume requerido por cada usuário e o volume disponível alocado e atendendo a critérios econômicos (como a lucratividade e desenvolvimento econômico da região) de eficiência do uso da água (onde serão priorizados os usos mais eficientes), ambientais (como os impactos da atividade ao meio ambiente), sociais (como a geração de empregos) e culturais (como a importância e tradição da atividade para o desenvolvimento cultural da região). Para isso serão avaliadas as possibilidades de utilização de métodos baseados na Inteligência Artificial, como os Algoritmos Genéticos ou a Lógica Difusa, métodos multicriteriais ou métodos baseados na Teoria dos Jogos. O resultado deste processo decisório, o qual é representado através da vazão a ser distribuída para cada usuário, servirá de subsídio para o processo negociação entre os órgãos gestores e representantes dos usuários. Caso haja discordância sobre os valores calculados, deverão ser negociadas mudanças nos critérios utilizados, com priorização de alguns critérios sobre outros, ou mesmo a fixação prévia de algum valor alocado para determinado uso ou usuário, a partir dos quais o modelo de otimização da alocação será novamente executado e fornecerá nova solução para o conflito. Uma vez estabelecido o consenso, as outorgas condicionadas deverão ser emitidas e o volume correspondente à outorga base e à outorga condicionada disponibilizado para o usuário. 5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO META* META* M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D 13

14 *Metas: 1) Área de estudo: características físicas, conflitos, arcabouço legal, disponibilidade hídrica, usos e usuários, modelos existentes; 2) Revisão de literatura: outorga, alocação de água, negociação de conflitos, gestão do semi-árido, vazão ecológica, métodos de otimização, modelos de simulação e previsão; 3) Desenvolvimento da metodologia: definição dos critérios, definição do modelo de otimização da alocação; 4) Aplicação e análise e dos resultados; 5) Elaboração da Tese; 6) Defesa. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, J. P. T.; RÊGO, J. C.; SCHUSTER, H. D. M.; KUNZLER, C. S. ; MARACAJÁ, J. R. A.; GALVÃO, M. J. T. G.; SRINIVASAN, V. S. (2006). Características do escoamento de água subterrânea na bacia sedimentar do rio do Peixe. Anais do VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Gravatá - PE. AZEVEDO, L. G. T.; GATES, T. K.; FONTANE, D. G.; LABADIE, J. W. & PORTO, R. L. (2000). Integration on water quantity and quality in strategic river basin planning. Journal of Water Resources Planning and Management, Volume 126, N. 2, BABEL, M. S.; GUPTA, A. D. & NAYAK, D. K. (2005). A model for optimal allocation of water competing demands. Water Resources Management, Volume 19, BALTAR, A. M.; AZEVEDO, L. G. T; RÊGO, M. & PORTO, R. L. L. (2003). Sistemas de suporte à decisão para a outorga de direitos de uso da água no Brasil. In Série Água Brasil 2, Banco Mundial, Brasília. BRAGA, C. F. C.; DINIZ, L. S.; GARJULLI, R.; SILVA, L. M. C.; NOGUEIRA, G. M. F.; NASCIMENTO Jr., C. N. S.; MEDEIROS, S. D. & RÊGO, M. F. F. (2004). Construção do marco regulatório do sistema Curema-Açu. Anais do VII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, São Luís - MA. BRAGA, C. F. C.; NOGUEIRA, G. M. F. & GALVÃO, C. O. (2005) Modelagem da tomada de decisão com múltiplos participantes em gestão de recursos hídricos. Anais do XVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, João Pessoa - PB. CEBALLOS, B. S. O.; ALBUQUERQUE, J. P. T.; MARACAJÁ, J. R. A.; PINHEIRO, K. M.; GALVÃO, M. J. T. G.; GUIMARÃES, A. O.; SRINIVASAN, V. S. (2006). Distribuição da qualidade da água subterrânea na bacia sedimentar do rio do Peixe - PB. Anais do VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Gravatá - PE. COSTA, A. C.; CAMPOS, J. N. B. (2005). Participação dos usuários na alocação da água dos reservatórios no Ceará: Os casos do Jaguaribe e Banabuiú em Anais do XVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, João Pessoa - PB. COLLISCHONN, W.; AGRA, S. G.; FREITAS, G. K.; PRIANTE, G. R.; TASSI, R. & SOUZA, C. F. (2005). Em busca do hidrograma ecológico. Anais do XVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, João Pessoa - PB. DINAR, A.; ROSEGRANT, M. W. & MEIZEN-DICK, R. (1997). Water allocation mechanisms Principles and examples. World Bank: Policy Research Working Paper 1779, Washington. FARIA, A. S.; MEDEIROS, Y. D. P.; SRDJEVIC, B. (2004). Aplicação de técnicas computacionais para tomada de decisão no processo de alocação de água na bacia do rio Paraguaçu Bahia. Anais do VII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. São Luís - MA. HOWE,C. W.; SCHURMEIER, D. R. & SHAW Jr. W. D. (1986). Innovative approaches to water allocation: The potential for water markets. Water Resources Research, Volume 22, N. 4,

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