PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ASSESSORIA DE PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA

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1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ASSESSORIA DE PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA Pesquisa Qualitativa Ad hoc Manifestações (07/2013) RELATÓRIO FINAL EMPRESA RESPONSÁVEL: BRASILIA DF 12/08/2013

2 SUMÁRIO 1. ÍNDICE 2. APRESENTAÇÃO Contrato Ordem de serviço ESCOPO DA PESQUISA Objetivo Geral da Pesquisa Objetivos Específicos da Pesquisa Público Alvo MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Tipo de pesquisa... 7 Qualitativa de discussão em grupo Tipo de coleta... 7 DG - Sala de espelho com gravação de imagem e áudio Período de execução /07/2013 a 29/07/ Processo de recrutamento... 7 Lista telefônica e ponto de fluxo DETALHAMENTO DO ROTEIRO DA PESQUISA DETALHAMENTO DO PLANO DE RECRUTAMENTO Definição dos participantes da pesquisa DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA OS TRABALHOS DE CAMPO Estrutura de campo e equipe técnica Conclusão dos trabalhos de campo ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA CONLUSÕES/ CONSIDERAÇÕES FINAIS RECOMENDAÇÕES ANEXOS Anexo 2 Cronograma e Perfil dos Grupos

3 2. APRESENTAÇÃO 2.1 Base Legal De acordo com a legislação brasileira em vigor (Lei nº /2003, art. 2ºB, III), a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) tem entre suas missões institucionais a atribuição de organizar e desenvolver um sistema de informação e pesquisa de opinião pública, cujos principais objetivos devem ser monitorar as demandas da sociedade por políticas e serviços públicos bem como a avaliação que a sociedade faz dessa oferta de políticas e serviços públicos. Nesse sentido, o Decreto nº 6.555/2008 sugere alguns objetivos para esse sistema de informação e pesquisa de opinião pública. Com base nos incisos I, II e IV do artigo 1º e nos incisos VIII e XI do artigo 2º do referido decreto, podem ser indicados como objetivos do sistema de informação e pesquisa de opinião pública a realização de atividades destinadas a: I. Avaliar o conhecimento da sociedade sobre políticas e programas federais; II. III. IV. Avaliar o conhecimento do cidadão sobre direitos e serviços colocados à sua disposição; Identificar assuntos de interesse público que orientem o conteúdo das informações a serem disseminadas; Avaliar a adequação de mensagens, linguagens e canais aos diferentes segmentos de público; V. Avaliar a eficiência e racionalidade na aplicação dos recursos públicos. No campo da avaliação de programas e ações governamentais, a pesquisa de opinião pública é uma forma amplamente aceita de conhecer como os cidadãos percebem os efeitos das políticas públicas em suas vidas. Além disso, oferece aos tomadores de decisão subsídios importantes para sua atuação e permite fazer com que as ações governamentais sejam responsivas às prioridades e expectativas da população. Por isso, a SECOM realiza uma séria de levantamentos e análises que objetivam compreender a percepção da população sobre as ações governamentais e, por conseguinte, contribuir para a tomada de decisão no âmbito do Governo Federal e, principalmente, para o planejamento das ações de formulação e articulação das iniciativas de comunicação do Poder Executivo Federal. Essas pesquisas constituem importante instrumento de gestão e maximização de recursos, pois, ao aplicarem métodos e técnicas cientificamente válidas e atuais, permitem a construção de parâmetros para campanhas de comunicação institucional e de utilidade pública com foco e meios mais precisos, proporcionando assim a realização de resultados 3

4 mais tangíveis e maior efetividade em relação aos objetivos propostos na política pública de comunicação. Além disso, as pesquisas realizadas pela SECOM oferecem um canal adicional de manifestação cidadã, pois dão à população a oportunidade de expressar-se sobre o desempenho do Poder Executivo e sobre suas demandas mais prementes, o que confere uma aplicação alternativa da noção de prestação de contas política (accountability), essencial ao funcionamento da democracia. A legislação pertinente e a página da SECOM na internet ( trazem informações adicionais que podem ser consultadas para o entendimento do contexto institucional a que se refere este Briefing. 2.2 Contrato 001/ Ordem de serviço 002/2013 4

5 3. ESCOPO DA PESQUISA O Brasil tem assistido, nas últimas semanas, a uma escalada de protestos de rua com características bastante singulares. Em nenhum momento da história brasileira, um movimento difuso, de pautas heterogêneas e sem lideranças claramente definidas assumiu as proporções das manifestações ocorridas neste mês de junho. Iniciadas, principalmente, como uma reação ao aumento das passagens na cidade de São Paulo, depois no Rio de Janeiro, essas manifestações sofreram significativas transformações em termos de pauta e de sujeitos especialmente após a revogação dos aumentos de tarifa nessas duas cidades. Nos protestos mais recentes entre os quais se destacam os realizados no dia 20 de junho milhares de pessoas, a maioria jovens, foram às ruas reivindicar melhoria nos serviços públicos, fim da corrupção, reforma política, auditoria dos gastos da Copa do Mundo, direitos para minorias entre outras demandas. A raiz dessas manifestações parece residir na insatisfação da população com vários serviços públicos, mas, além disso, os protestos podem dirigir-se também contra as estruturas tradicionais de organização e representação política. Ademais, como qualquer ato político ostensivo, esses atos públicos também podem ter como objetivo chamar a atenção da sociedade em geral, para suas pautas ou para aquilo que os cidadãos julgam estar errado ou fora do lugar na política e na sociedade brasileira. Nesse contexto, alguns governos já esboçaram respostas a esse movimento, porém, ainda é necessário avaliar como a população interpreta o que está acontecendo, ou seja, qual a opinião do público em geral sobre os acontecimentos em tela. Esse diagnóstico é fundamental inclusive para desenhar ações estatais mais adequadas, pois, a partir dele é possível, por exemplo, aferir o grau de representatividade dos protestos, a congruência de suas agendas com as prioridades da população (registradas em outras pesquisas) e quais são as expectativas quanto à atuação dos governos no curto prazo. Este projeto de pesquisa, portanto, lança um olhar amplo sobre a maioria da população para verificar o que ela pensa, apesar de não ter ido às ruas protestar. O trabalho de campo deve construir perfis de expectadores, com base em suas opiniões e expectativas, para que, dessa forma, o governo seja capaz de dialogar com os diferentes públicos, por meio de suas ações de comunicação, contribuindo para a obtenção de uma resposta que atenda aos anseios da sociedade. 5

6 3.1 Objetivo Geral da Pesquisa Avaliar a percepção da população em relação às manifestações em curso no país. 3.2 Objetivos Específicos da Pesquisa a) Conhecer como a população interpreta as manifestações; b) Construir perfis de público a partir das opiniões e expectativas vigentes na sociedade sobre as manifestações; c) Verificar a imagem dos manifestantes junto à população em geral; d) Avaliar a expectativa da população quanto às consequências ou alcance das manifestações populares; e) Avaliar a expectativa da população quanto ao futuro dos protestos e reações dos governos. 3.3 Público Alvo f) Pessoas com mais de 18 anos; g) Ambos os sexos; h) Todas as classes econômicas (ABCD); i) Localidades: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. j) Que não participaram de nenhuma manifestação no mês junho de

7 4. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA Pesquisa Qualitativa através de grupos de discussão. Na dinâmica dos grupos de discussões foram utilizadas técnicas projetivas. As técnicas projetivas consistem em uma forma descontraída de perguntar por meio das quais os participantes da discussão, sem terem ciência do objetivo que se quer atingir, trazem à tona conteúdos emocionais e respostas espontâneas. As técnicas projetivas permitem que os participantes se expressem de uma forma relativamente fácil. Eles acabam por revelar um conteúdo não tão direto, de teor mais emocional que racional. Técnicas projetivas são usadas para que o respondente não saiba o propósito das perguntas que são realizadas durante o grupo, evitando assim o discurso politicamente correto e respostas diretas e objetivas. No presente estudo, utilizamos a técnica projetiva de associação livre. O moderador estimula uma palavra e os participantes podem associá-las a quaisquer outras, desde que o façam de forma espontânea, sem pensar, livremente. Assim, o moderador diz a palavra manifestação e os participantes dizem várias palavras sem qualquer justificativa racional. Após uma rodada de palavras, o moderador pede que o grupo fale sensações, tentando assim trazer a tona através dessa técnica projetiva, sentimentos e sensações que as manifestações denotam na população. Os profissionais seniores do Instituto Análise com experiência e formação adequada são capazes de analisar o que foi dito e feito nas reuniões, transformando seu conteúdo em conclusões estratégicas. 4.1 Tipo de pesquisa Qualitativa de discussão em grupo 4.2 Tipo de coleta DG - Sala de espelho com gravação de imagem e áudio 4.3 Período de execução 15/07/2013 a 29/07/ Processo de recrutamento Lista telefônica e ponto de fluxo 7

8 5. DETALHAMENTO DO ROTEIRO DA PESQUISA O desenvolvimento do roteiro de pesquisa foi debatido pela equipe técnica do Instituto Análise e os representantes da SECOM para troca de conhecimento e experiências com a finalidade de elaborar um roteiro que pudesse responder às questões levantadas durante a descrição do problema. O roteiro foi preparado a partir de uma lista de questões a serem respondidas, organizadas em grupos de tópicos e ordenadas em uma sequencia lógica, a seguir: 1. Introdução: apresentação do (a) moderador (a) e dos participantes e explicação da dinâmica 2. Interesse por informação: como se informam e tipo de informação que buscam 3. Percepções sobre as manifestações: opinião sobre as manifestações e reações do governo. Uso da técnica projetiva de associação livre. 4. Avaliação das expectativas da população em relação ao futuro do país: como é viver no país, o que melhorou e piorou na vida dos brasileiros, papel do nas mudanças, dentre outros. As primeiras versões do roteiro foram apresentadas pela equipe da SECOM, depois de discutidas internamente com os setores interessados. O teste para a aprovação do roteiro se deu no primeiro grupo de discussão e avaliou: Compreensão técnica Tempo necessário para aplicação Adequação das perguntas/ provocações O roteiro mostrou-se adequado aos objetivos pretendidos pela pesquisa. 8

9 6. DETALHAMENTO DO PLANO DE RECRUTAMENTO O recrutamento dos grupos de discussão foi realizado mediante aplicação de um questionário estruturado contendo os filtros da pesquisa. Não foram recrutadas pessoas que participaram de pesquisa qualitativa no último ano, assim como pessoas que trabalhavam em atividades relacionadas com pesquisa e dinâmicas de grupo, tais como: marketing, sociologia, psicologia, trabalho em agências de publicidade e propaganda, área de comunicação e consideradas formadores de opinião, dentre outras. Foram utilizadas duas técnicas no recrutamento: 1) Telefônica utilizando listagem e 2) Pessoal em pontos de fluxo das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza e Brasília com equipes de profissionais experientes e qualificados. Foram recrutados 12 participantes em cada grupo a fim de garantir a presença de no mínimo 8 pesquisados por discussão. Em alguns casos, para balancear o perfil dos grupos, dispensas foram realizadas. Os convidados receberam brindes por sua participação na pesquisa. 6.1 Definição dos participantes da pesquisa O universo de estudo e composição dos grupos de discussão foram descritos no Briefing e confirmados no Projeto de pesquisa apresentado à SECOM que requeria um mínimo de 32 grupos de discussão. Tabela 1 Distribuição do total de grupos por região e classificação socioeconômica Região Grupos Classe AB1 Classe CD Perfil Centro-Oeste Grupos mistos de 18 a 26 anos Grupos mistos de 35 a 50 anos Nordeste Grupos mistos de 18 a 26 anos Grupos mistos de 35 a 50 anos Sudeste Grupos mistos de 18 a 26 anos Grupos mistos de 35 a 50 anos Sul Grupos mistos de 18 a 26 anos Grupos mistos de 35 a 50 anos Brasil

10 7. DETALHAMENTO DOS PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA OS TRABALHOS DE CAMPO Os trabalhos de campo deram início após a aprovação do roteiro e perfil dos entrevistados. 7.1 Estrutura de campo e equipe técnica Profissional Função Perfil Quantidade Recrutador Recrutar os participantes 8 Coordenador de campo Verificador Realizar treinamento e supervisionar todo o trabalho de campo Avaliar meta de produção e checagem do perfil dos participantes. Fazer o CRQ junto a ABEP Profissionais com conhecimento, experiência, sensibilidade e critério Conclusão dos trabalhos de campo A logística do projeto levou em consideração equipes de recrutadores e supervisores locais acompanhados por um supervisor do Instituto Análise para garantir que a metodologia da pesquisa fosse aplicada uniformemente em todas as cidades. O processo de recrutamento e seleção dos entrevistados foi um processo cuidadoso e rigoroso. Para garantir a qualidade do recrutamento, antes da realização do grupo, foram adotados os seguintes procedimentos: Consulta do participante no CRQ Controle de Qualidade no Recrutamento Conferência do documento de identidade original com foto (RG, Carteira Nacional de Habilitação) do participante. Logo após a realização do grupo, as informações do CRQ foram completadas, assim como o status de participação do candidato. No dia da realização dos grupos, os participantes passaram por uma nova checagem dos filtros para confirmação do perfil. A escolha dos participantes buscou balancear as seguintes variáveis: sexo, idade e avaliação do Governo Federal. O processo de recrutamento transcorreu sem prejuízo ao objetivo final da pesquisa. 10

11 8. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA As manifestações A avaliação que a população faz das manifestações combina aspectos positivos e negativos. Esta contradição foi expressa por termos como nacionalismo e ceticismo. A visão positiva, sintetizada pelo termo nacionalismo traz consigo a percepção de que finalmente o povo brasileiro acordou de seu longo sono e apatia política e foi às ruas reivindicar seus direitos legítimos. Nacionalismo é associado a valores, sentimentos e ideias como orgulho, luta, democracia, respeito, juventude, busca de direitos, fiscalização e controle, mudança. A visão negativa das manifestações é associada à violência, medo, inação, desestabilização, oportunismos, desorganização e enganação. As citações a seguir são emblemáticas dessa dicotomia: Nacionalismo X ceticismo Orgulho em ver estas pessoas lutando por um objetivo, mesmo sendo bagunçado, tendo muita gente desfocada, mas era por um objetivo. (POA CD 18-35) Nós temos a nossa opinião, podemos expressar as nossas opiniões, falando o que acha certo ou errado, mas as manifestações estão desorganizadas, não têm uma liderança, uma ordem onde todos consigam dentro de um só pensamento buscar aquilo que se quer. É uma democracia, mas não tem uma organização. (SP, CD 35-50) Um sentimento nacionalista porque, por a gente não ter vivido nenhuma situação política forte de mudança, eu acho que o nacionalismo... todo mundo ah, sou brasileiro, mas ninguém tem esse sentimento de fato e até de se aprofundar, tipo, em política. Digo por mim. Eu gosto de política nacional e não gosto de estudar política brasileira porque é chato. Então, despertou esse sentimento de nacionalismo, de interesse em saber o que está rolando (RJ, AB ) A visão nacionalista pode ser interpretada como uma reapropriação de um sentimento de nação por um grupo de pessoas em luta por melhor qualidade de vida para a população. Observa-se o predomínio do sentimento de otimismo em relação às manifestações, mais fortemente explicitado nos grupos de Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Há, entre esses entrevistados, uma crença de que o país se tornará melhor após os protestos, pois eles compartilham a percepção de que a população está mais informada e consciente de seus direitos e, por isso, mais exigente. Predomina a ideia de que o Brasil não aceita mais a corrupção, a impunidade, que impostos não tenham retornos tangíveis e a má qualidade dos serviços públicos. 11

12 Os que se situam no polo do ceticismo, mais frequentes em São Paulo e Fortaleza, creem que as mudanças ocorridas em função das manifestações são ocasionais, e que, uma vez esfriados os ânimos, tudo voltará à situação inicial. Acreditam na ideia de que o povo brasileiro é acomodado e tem a memória curta. Este grupo é descrente em relação à posição do governo após os atos: compartilham a percepção de que o governo tentará calar a boca da população oferecendo apenas uma pequena parte do que foi demandado. Um motivador da avaliação negativa das manifestações tem a ver com as imagens das ações de vandalismo veiculadas na mídia: Acho que perderam o foco, começaram e aí eles viram que conseguiram a passagem, depois eles não sabiam mais o que queriam. (BSB, CD 18-25) Eu já acho totalmente errado. Só baderna, que nem hoje estava dando que um grupo se plantou pelado. Na Câmara, isto vai resolver? Discussão deveria ser com as autoridades, como governo, eles ficam fazendo, quebrando até pessoas que não tem nada a ver com o assunto como os lojistas que empregam um monte de gente, eles vão lá. (POA, CD 35-50) É importante ressaltar que os significados e valores apresentados estão presentes em todas as cidades pesquisadas. Contudo, há pequenas variações de intensidade que podem ser apresentadas por meio de um contínuo: BSB RIO POA SSA REC BH SP FOR NACIONALISMO CETICISMO Manifestações: entendendo a ambivalência em São Paulo São Paulo mostrou-se mais cética em termos dos resultados, conquistas e mudanças que as manifestações poderão trazer ao país. Esse sentimento encontra-se, principalmente, entre os entrevistados das classes CD. Entre as classes A e B há resistência quanto à imagem fria e excessivamente técnica do Governo Federal, o que acaba fortalecendo a ideia de que não serão tomadas as providências necessárias para atender às demandas por serviços públicos, por transparência, o respeito às minorias e a uma agenda assim chamada de republicana. Há a noção de que as demandas apresentadas nas manifestações são difusas e heterogêneas, o que dificulta o diálogo entre a população e os governantes. Soma-se a isto a avaliação de que os manifestantes que promoveram os atos de vandalismo estavam sob o comando de partidos de oposição e atuaram com o objetivo de desestabilizar o país. Tal percepção, presente majoritariamente entre os paulistanos, contribui para o ceticismo frente às respostas às reivindicações. 12

13 Eu discordo. Em minha opinião, elas chegam quase a invalidar pelo fato de não saberem o que estão pedindo, elas não estão pedindo uma mudança específica e acabam generalizando demais. Você não sabe quantificar quanto da população quer aquilo e nem quanto sabe o que está acontecendo. (SP, AB ) Eu acho que eles mandam as pessoas para fazer as bagunças. É muito fácil pegar 10 pessoas e falar, eu dou 200 reais para cada um ir lá e começar a bagunça. [...] Para poder desestabilizar o país. (SP, CD 35-50) Manifestações: entendendo a ambivalência em Belo Horizonte Inicialmente favoráveis às manifestações, alguns entrevistados oscilam em direção ao ceticismo em decorrência do desenrolar dos acontecimentos, isto é, em função do fato de que as manifestações, de acordo com a percepção destes participantes, acabaram descambando para o vandalismo. A mudança de percepção está balizada por dois momentos: Momento 1: Principais reações são positivas: orgulho, surpresa, felicidade, satisfação, esperança e otimismo; Esse momento é percebido principalmente pelos mais jovens que argumentam que os brasileiros finalmente reagiram frente à baixa qualidade dos serviços públicos, à corrupção e impunidade e aos privilégios da classe política. Segundo eles, de uma forma nunca antes vista na história do país, esses brasileiros saíram de sua inércia e se mobilizaram na luta por seus direitos. Predomina a impressão de que tanto eles jovens, quanto a população de modo geral, agora têm ciência de que unidos têm o poder de mudar o país. Neste contexto, identificam uma mudança de atitude: O Brasil alienado e acomodado acabou acordando e está inconformado com o descaso do sistema político, unindo-se para reivindicar mudanças. Fiquei surpresa. Na verdade, fiquei muito orgulhosa dessa geração porque venho de uma geração dos caras pintada, que era muito mais ativa, as pessoas brigavam, lutavam pelas coisas, e eu acho que essa geração de hoje é acomodada e alienada. Então, eu senti orgulho, muito orgulho. Falei que bacana, que eles acordaram, estão despertando para alguma coisa, isso já é um grande passo. (BH, AB ) Momento 2: surgiram outros sentimentos (mais negativos), como medo e tristeza em decorrência do vandalismo e de outros aspectos: a bagunça, as agressões policiais, as pessoas feridas e as mortes ocorridas em Belo Horizonte. As ações violentas e a reação agressiva da polícia obscureceram o caráter nacionalista das manifestações. Os mineiros demonstraram ter experimentado um sentimento de impotência para mudar o país, apesar de enxergarem alguns resultados, mesmo que ainda pequenos, a exemplo da redução do preço das passagens, da veto da PEC 37 e a proposta de reforma política. 13

14 No começo foi mais orgulho porque é como todo mundo falava: o Brasil acordou, mas no final foi mais revolta pelo tanto de agressão policial ou até mesmo pelos vândalos que se infiltraram nas manifestações e depredaram patrimônios privados. (BH, CD 18-26) Não sei se é desprezo, porque falei que estão saindo para rua, mas do jeito que o Brasil está, não muda mais nada não. O primeiro sentimento foi esse, não vou para rua não, não vai mudar nada. Depois veio um sentimento de esperança, porque começou a vir muita gente para rua, e eu falei que agora acordou mesmo, manifestação todos os dias. Hoje em dia, se você parar para ver, não está rolando praticamente nada. Agora nada, voltei ao estágio de nada. (BH, AB ) Eu senti felicidade, mas tristeza pelo que fizeram com o pessoal de perder os carros que foram queimados. A gente sentiu alegria por conseguir o que queriam, mas não prejudicando o que o outro conseguiu, foi por isso. (BH, CD 35-50) Manifestações: entendendo a ambivalência em Porto Alegre Observam-se diferenças geracionais: os mais velhos expressam uma avaliação mais conservadora e os jovens um grande engajamento e enormes expectativas em relação aos resultados das manifestações. Os mais jovens, de 18 a 26 anos, apresentam um discurso com predomínio de sentimentos ligados ao polo que denominamos como nacionalista : sentem orgulho de lutar e fazer parte das manifestações, consideram que os protestos irão alterar o status quo, apresentam um discurso esperançoso e preocupado com o futuro da nação. Por outro lado, entre os mais velhos, de 35 a 50 anos, predominam as reações ligadas ao que denominamos de ceticismo, mescladas com alguns sentimentos nacionalistas. Ao mesmo tempo em que demonstram certo espanto, medo e pavor, mostram-se eufóricos e emotivos em relação às manifestações ocorridas. Em Porto Alegre, como em outras cidades, há desconfiança em relação à resposta do governo aos atos. Acham que o governo irá ceder temporariamente ou fará mudanças que implicarão em outros custos para a população: Eles dão daqui e tiram dali. Existe gente muito poderosa, por exemplo, esta manifestação aí eles cederam na passagem, mas eles vão tirar em outra coisa. Daqui a pouquinho eles fazem um acordo, sobe no combustível, e o povo acaba pagando de uma forma ou de outra. (POA, CD 35-50) Eu acho que tem política no meio, tem movimento político fazendo bagunça. O pivô foi o aumento das passagens, depois a partir disso entrou política no meio e começou tudo isso, em minha opinião é porque querem derrubar o governo, estão atacando partidos políticos e sindicatos, o objetivo mesmo não está sendo atingido... (POA,AB ) 14

15 Esperança de que as coisas podem mudar, porque todo mundo falava que o Brasil nunca ia mudar, e com isso, eu acho que todo mundo acreditou nisso, as pessoas querem um futuro melhor para todo mundo (POA, AB ) É que o Brasil é muito acomodado com tudo. As pessoas só reclamam, mas não fazem nada. Agora, estão fazendo alguma coisa. (POA, CD 18-26) Manifestações: entendendo a ambivalência em Salvador Salvador mostrou-se uma cidade bastante nacionalista, apresentando em todos os grupos, sentimentos e significados positivos face às manifestações, independente das diferenças de idade e classe econômica. Os sentimentos de ceticismo estão ligados preferencialmente ao entendimento de que o Poder Executivo não tem força suficiente para promover as mudanças, pois, não governa sozinho. Os políticos criam dificuldades, uma vez que não estão preocupados com o povo, mas apenas em manter seus privilégios. Um ponto bastante positivo foi o acordar, o tentar mudar o Brasil, o fazer alguma coisa que a nossa geração não fez e o outro lado da baderna, a bagunça, os alienados (SSA, AB ) E eu tenho muito orgulho de meus filhos de terem ido, e se tiver de novo, eles vão de novo. Porque eles estão lutando pelo que eles acreditam, o ideal deles, apesar de que, em todo lugar, em toda a profissão, têm pessoas que são corruptas, são da banda podre (SSA, CD 35-50) Eu senti um orgulho, uma emoção forte, eu senti felicidade quando vi o que aconteceu em Brasília principalmente, o Congresso sendo tomado pelos jovens, eu falei: agora a gente tá colocando gente que presta ali dentro, quer dizer, a gente não tá colocando, mas eles foram (SSA, AB ) Manifestações: entendendo a ambivalência em Recife No que diz respeito às percepções sobre as manifestações, Recife apresenta uma relativa homogeneidade entre seus entrevistados, ou seja, há equilíbrio entre os grupos face à ambivalência de significados. Os significados nacionalistas atribuídos às manifestações estão relacionados à ideia de que o povo acordou e não quer mais ser ludibriado pelos governantes, segundo eles o povo foi às ruas em busca de justiça e direitos. Como percebido em outros grupos, os entrevistados de Recife avaliam o investimento na infraestrutura para a Copa do Mundo como um gasto supérfluo. A verba destinada a esse evento deveria ser aplicada em benfeitorias ligadas à saúde e à educação, por exemplo, o que resultaria em melhor qualidade de vida para a população. Hora de justiça. Eu sinto que a gente acordou, deixamos de ser besta. (REC, AB ) Nós somos passados para trás. Vergonha! (REC, AB ) 15

16 Eu fico revoltado porque não tinha dinheiro para saúde, não tinha dinheiro para educação, não tinha dinheiro para nada. Aí trouxeram a Copa do Mundo para cá e arrumaram um monte de dinheiro. Eu acho que a maior revolta foi essa (REC, CD 35-50) Já os significados relacionados ao ceticismo são explicitados na forma de medo, raiva, guerra, baderna, reação violenta da polícia militar, vandalismo, bagunça e falta de foco. Raiva, mas assim, da oposição de pessoas que não estavam gostando desse governo e quer abater, destruir. Para mim os protestos foram oposições. (REC, AB ) Eu sinto raiva, porque eles estavam quebrando, destruindo, queimando. (REC, CD 18-25) Manifestações: entendendo a ambivalência em Fortaleza Fortaleza se apresenta como uma cidade marcadamente conservadora, ou seja, ainda que valorizem a luta por direitos e melhoria dos serviços públicos, observa-se, com mais intensidade, sentimentos vinculados ao que denominamos de ceticismo: medo, receio e rejeição à violência. A violência assume destaque nas percepções dos moradores de Fortaleza em detrimento dos eventuais benefícios que poderiam ser alcançados pelo povo por meio das reivindicações populares. Sou contra a manifestação, a violência. (FOR, CD 35-50) Fico preocupada. A ponto de pensar que o país vai entrar em guerra! (FOR, CD 35 a 50 anos) Sou a favor apesar dos vandalismos, tem tanta gente que está lutando pelos direitos e esses vândalos que entram prejudicam uma coisa que está sendo levada a sério, estou até sentindo falta porque parece que o gigante adormeceu de novo. (FOR, AB ) Manifestações: entendendo a ambivalência no Rio de Janeiro Observa-se no Rio de Janeiro a predominância do significado nacionalismo. Há mesmo quem justifique as ações de vandalismo por seus resultados em termos de exposição na mídia e intimidação dos políticos. Nesse caso, a valorização dessas ações fica a meio caminho do polo ceticismo. Surpreende o fato de que tal percepção esteja presente de forma mais explícita no grupo AB1, anos. Não existe uma manifestação pacífica. Se for uma coisa ordeira, acaba não chamando a atenção das pessoas (RJ, AB ) Quando começar atacar as instituições privadas que geram dinheiro para o governo vão lá reclamar da segurança, então o governo vai começar a recolher as opiniões do público para ter melhorias. Não sou totalmente a favor, mas nesse ponto isso adianta (RJ, CD 18-25) 16

17 Os significados de nacionalismo e ceticismo adquirem no Rio de Janeiro os seguintes valores: Nacionalismo Igualitário: não há pobre nem rico, todos estão buscando o bem comum; Orgulho e esperança; O gigante acordou; Os políticos ficaram assustados com a reação do povo; Ceticismo Falta um foco; Não há líder; Infiltração política através do vandalismo para intimidar o povo; Manifestações: entendendo a ambivalência em Brasília Em Brasília observa-se ceticismo em relação às mudanças significativas advindas dos protestos. Segundo os relatos, as manifestações careceram de liderança e foco. De acordo com a avaliação dos entrevistados não houve planejamento prévio. Eles se mostram descrentes em relação a mudanças significativas do quadro político. Para eles, quando chegarem as eleições o povo irá votar nos mesmos políticos. Há muita desconfiança em relação aos resultados positivos, pois o povo não está preparado para defender seus direitos. Os entrevistados identificam ainda a infiltração de partidos políticos e até do crime organizado na radicalização do movimento. Observa-se, entre os grupos de jovens, a justificativa do vandalismo como uma forma de pressão. Mas não tenho ainda aquela expectativa. Está mudando alguma coisa, mas será que o povo vai esquecer? Porque brasileiro esquece-se do dia para a noite. Baixou o imposto, mudou alguma coisa, já muda o foco. Ainda tenho o pé atrás em relação às estas manifestações, ao o que o povo realmente almeja. Foi uma coisa muito repentina. Foi aquele grito de misericórdia, mas já está sendo silenciado justamente pela falta de preparo do povo (BSB, AB ) Eu vejo como uma ilusão, o pessoal está manifestando mais quando for votar, vai votar do mesmo jeito! Porque os políticos já estão se aproveitando da situação (BSB, AB ) Não. Por causa desta desorganização. Tem manifestação de sindicato. Estas manifestações do Rio têm influência do PCC, dos bandidos. Daí um paga pelo outro. É falta de organização. Se a manifestação for certa e organizada, sou a favor (BSB, CD 35-50) 17

18 O manifestante É importante ressaltar que existe uma uniformidade expressiva entre os entrevistados nas diversas cidades quanto à percepção de que há dois perfis de participantes nos protestos: os baderneiros e os manifestantes. E tem gente que tá ali e não sabe por que está. (SSA, AB ) Fiquei feliz. Quando vi aquele pessoal todo manifestando, jovens. Desde 12, 13 anos ficava pensando por que tem mais manifestação na Europa e aqui não. Eu queria que a gente se manifestasse e dissesse o que não estava gostando.. (FOR, AB ) Os entrevistados de todas as cidades entendem que, em termos sociais, estiveram presentes nas manifestações, liderados pelos estudantes, as mais diversas profissões e os mais variados perfis. A dinâmica das discussões evidenciou a percepção de matizes entre a polarização baderneiros versus manifestantes. É possível classificar os manifestantes em cinco diferentes tipos, alguns subdivididos em subtipos: Tipo 1 Os politizados; Tipo 2 Nem tão politizados (ou politizados de segunda hora); Tipo 3 Baderneiros e bandidos; Tipo 4 Facebookers; Tipo 5 Oportunistas. Assim, há dentro do tipo 1 os politizados, dois subgrupos: Os jovens estudantes; Os extremistas. Jovens estudantes é um grupo composto na sua maioria por universitários que encabeçaram o movimento. Eles foram motivados pelos aumentos da passagem de ônibus. Este tipo de manifestante promoveu a maior mobilização por meio do MPL Movimento Passe Livre. Os extremistas são predominantemente anarquistas, ou seja, representantes do movimento que ressurgiu nos anos 2000 nas manifestações antiglobalização em Davos e que agora chega ao Brasil com mais força. São na maioria jovens que não se identificam com nenhuma organização e nenhuma forma de governo e valorizam a violência como forma de protesto. São chamados de Black Blocks (aqui, Black Block Brasil) porque sempre se vestem de preto e vandalizam símbolos institucionais do capitalismo como palácios de governo e agências bancárias. O tipo 2 os nem tão politizados (ou politizados de segunda hora), possui dois subtipos: Os participativos; Os apoiadores. 18

19 Os participativos são compostos na sua maioria por pais, avós, e pessoas das mais variadas profissões que, em um primeiro momento, não valorizavam as manifestações ou achavam que se tratava apenas de "baderna". Em seguida, com a adesão dos meios de comunicação em massa, somado à força das redes sociais e à reação violenta da polícia, passaram a apoiá-las. Este grupo ajudou a aumentar a pauta de reivindicações de redução de 20 centavos do preço da passagem, as demandas se avolumaram, sobretudo as reivindicações que englobavam a melhoria da qualidade de vida, como saúde, educação e segurança pública. Os apoiadores são aqueles que jogavam papéis em sinal de apoio, filmavam, se emocionavam. Eles também são os brasileiros no exterior que promoveram protestos de apoio mostrando claramente que estavam próximos emocionalmente do país do qual estão distantes fisicamente. Podemos subdividir o tipo 3 composto de baderneiros e bandidos em dois grupos: Os arruaceiros; Os bandidos. Os arruaceiros são aqueles que assumiram o comportamento de massa e passaram a agir com violência. Aqui são classificadas as pessoas em processo de catarse e também os simples bagunceiros que estavam tirando proveito do modismo das manifestações. Já os bandidos são os que cometeram algum delito dentro das manifestações: são os batedores de carteiras, assaltantes de celulares, etc. O tipo 4, os facebookers, podem ser descritos como jovens, com algum grau de politização, mas, sobretudo, envolvidos com a ideia de que participação é novidade. Para eles as manifestações tinham um caráter predominantemente social. Participavam dos atos, caminhavam, mas sempre com a preocupação primária de registrar o momento no face. Os oportunistas que compõe o tipo 5 foram fortemente rejeitados. São eles os partidos políticos ou sindicalistas que tentaram ganhar visibilidade junto às massas. Tiveram suas bandeiras queimadas e serviram como combustível para o protesto "movimento justo, movimento apolítico. O expectador Nessa seção avaliaremos como os participantes dos grupos podem ser agrupados em relação a sua postura frente às manifestações. As diferenças de valores, percepções e avaliações em relação às manifestações, sugerem a existência de perfis distintos de expectadores: O radical. Presente, sobretudo, nos grupos do Rio de Janeiro e Brasília, mas também em Salvador com menor intensidade, aprova totalmente as manifestações e embora não tenha a coragem de expressar seu apoio ao vandalismo, admite seu importante papel no sentido 19

20 de chamar a atenção da mídia e intimidar os políticos e o governo. Acredita que os protestos não deveriam ser interrompidos até o povo conseguir o que deseja. Exatamente. Vai lá e vê aquele monte de carros estacionados ao lado da Assembleia, quebra tudo, depreda. É minha opinião. [...] Se ninguém fazer nada, vão continuar abusando do nosso dinheiro. Eles acham que é para servir o bem deles e não atender à população. Acho que tem que deixar eles com medo (RJ, AB ) Em parte eu não concordo com o vandalismo, em partes. Sabe por quê? Foi como meu amigo falou uma vez, o governo não se intimida com isso, todo mundo no meio da pista, lá gritando. Agora quando quebra tudo, o governo começa a prestar mais atenção: caramba está quebrando. (BSB, AB ) O engajado. É a favor das manifestações, mas critica a falta de liderança e foco. Teme pelo esvaziamento do movimento. Presente em maior ou menor intensidade em todas as cidades. Acho que perderam o foco, começaram e aí eles viram que conseguiram a passagem, depois eles não sabiam mais o que queriam (BSB, CD 18-25) Nós temos a nossa opinião, podemos expressar as nossas opiniões, falando o que acha certo ou errado, mas as manifestações estão desorganizadas, não tem uma liderança, uma ordem onde todos consigam dentro de um só pensamento buscar aquilo que se quer. É uma democracia, mas não tem uma organização (SP, CD 35-50) O otimista. Sente-se orgulhoso em relação ao povo brasileiro. Tem esperança em um Brasil melhor. Acredita que as manifestações representam um caminho sem volta na direção de uma população mais consciente de seus direitos e capacidade de mobilização, e de um governo e classe política que sabe que terá que prestar contas daqui para frente. Esperança de que as coisas podem mudar, porque todo mundo falava que o Brasil nunca ia mudar e com isso, eu acho que todo mundo acreditou nisso, as pessoas querem um futuro melhor para todo mundo (POA, AB ) Eu senti orgulho, porque eles acordaram e mostraram que têm o poder na mão (REC, CD 35-50) Quando eu vi acontecendo a manifestação achei fantástico. Quando vi foi uma realização de um futuro possível, melhor. Balançou, não é gente? (BH, CD 35-50) O conservador. Presente com mais intensidade em Porto Alegre e em Fortaleza, não aprova as manifestações, pois são obra de baderneiros e desocupados. Não se sente representado pelos manifestantes, pois é trabalhador e os trabalhadores não estavam na rua porque não 20

21 têm tempo para baderna. Eles veem manipulação política no movimento cujo objetivo é atingir o Governo Federal. Porque no ambiente que vivo, que convivo, poucos trabalhadores da classe mais humilde participaram, a maioria que eu vi, pelado lá, era carro importado chegando, carrão encostando para pegar eles, e os pobres entrando no ônibus, eu vi eu o pessoal fazia isto para se promover. (POA, CD 35-50) Mas não está valendo a pena, há pessoas que estão se aproveitando do movimento para danificar a cidade. No final quem vai pagar, é a gente mesmo (POA, CD 18-25) É interessante notar uma aproximação cognitiva entre as associações feitas em diversas cidades sobre os manifestantes e o brasileiro. Ser brasileiro hoje é ser alegre, orgulhoso de pertencer à pátria, um povo sofredor, mas que luta pelos seus direitos. As palavras orgulho, alegria e luta foram usadas tanto para definir o que é ser brasileiro hoje como para caracterizar os manifestantes. Reações do governo: insuficiência e espera De modo geral, prevalece nas diversas cidades duas noções: a percepção de que as respostas dadas pelo Governo Federal foram vagas e insuficientes, e paralelamente há certo sentimento de espera para ver como o governo vai reagir. O que prevalece nos grupos, no entanto, é a exigência de uma resposta do governo após as manifestações. Percebe-se, contudo, confusão em relação a qual instância obter as respostas: se estas deverão vir no âmbito municipal, estadual ou federal. Uma das causas dessa confusão é o caráter difuso das demandas. Outro motivo é a falta de clareza entre os entrevistados, principalmente, das classes CD sobre o funcionamento do sistema político. Assim, o foco das manifestações são eles, os políticos, o governo, sem que haja clareza quanto aos atores políticos que tais categorias representam. Há uma predominância da identificação com o Poder Legislativo, sobretudo na classe AB1. A classe CD se mostra confusa quando indagada a respeito de quem estão falando. Ao fim e ao cabo as demandas são debitadas da conta do Governo Federal, pois no limite é ele o responsável pela educação, saúde e segurança. Não é o Governo Federal que detém as verbas e as distribui aos estados e municípios? Caberia a ele fiscalizar sua aplicação. Em São Paulo, onde há o predomínio da polaridade ceticismo, percebemos no discurso um quadro semântico sensivelmente negativo: enrolação, desculpas, maquiagem, enganação, enigmático são palavras usadas quando pensam na reação do Governo Federal frente às manifestações. Nessa cidade, há o sentimento de que a resposta do Governo Federal demorou e foi insuficiente. As críticas são mais intensas nas classes AB1, mas existem também entre os entrevistados CD. 21

22 Fazendo uma maquiagem, pois eles estão maquiando tudo, pois que mudança que teve? Nenhuma. (SP AB1 36 a 50 anos) Eles só reduziram as passagens, mas não foram só R$0,20, porque eu acho que um mês ou uma semana depois eles iam aumentar os pedágios também, então antes de aumentar eles já não aumentaram. (SP AB ) Ele (Governo Federal) deu uma recuada. Deu atenção. (SP CD 35-50) Em Belo Horizonte percebe-se que as avaliações quanto às reações do Governo Federal são mais negativas do que positivas: medo e ganhar tempo são referências semânticas à percepção da reação. Diferentemente de outras cidades, notamos que as críticas são mais direcionadas ao Governo Federal, de sua demora em fazer o pronunciamento, fazendo sentir a fragilidade do seu governo frente às reivindicações (medo). Por outro lado, demonstraram também certa tolerância com o tempo para o pronunciamento, pois, para alguns, o Governo foi surpreendido e precisou de um prazo para formular as respostas à população. Há, apesar de todas as críticas em relação à postura do governo, um sentimento de vitória quanto à redução dos impostos que permitiram a redução das tarifas. Não reagiu, ficou calado. (BH, AB1 36 a 50 anos) Primeiro foi a indiferença, depois eles viram que tinham que dar uma satisfação para o povo, até porque eles viram que o trem não ia parar.(bh, CD 18 a 26 anos) Mas o governo simplesmente deixou o pau quebrar durante muito tempo pra conseguir ter algum tipo de reação, algum tipo de decisão. (BH, AB1 18 a 26 anos) Em Salvador detectamos opiniões semelhantes às obtidas em Belo Horizonte. Da mesma forma que os mineiros, os baianos criticaram a postura distante e a demora do pronunciamento do Governo Federal (principalmente os mais jovens das classes AB1). Todavia, consideram o fato do governo ter sido surpreendido, pego de surpresa o que impactou na demora em se pronunciar. Diferentemente de outras cidades, minimizam as críticas ao governo, enfatizando o fato dele não ser o principal responsável pelos problemas levantados nas reivindicações (discurso notado principalmente entre os mais velhos e entre as pessoas das classes CD). Mas ele também não pode fazer tudo. Tem os senadores e os deputados corruptos! (SSA, CD 35 a 50 anos) Em Porto Alegre é interessante notar que se manifestam de forma quase escalonada sobre as reações do Governo Federal. As reações vão da valorização da postura de aceitar as manifestações por parte do governo à crítica sobre a sua inércia e brutalidade dos policiais militares. 22

23 Os participantes dos grupos compostos pelas Classes AB1 mais velhos (35 a 50 anos) valorizaram a aceitação das manifestações pelo Governo Federal. De outra forma, os participantes das classes CD reforçaram a crítica de apatia/inércia e demora no pronunciamento do governo. Os mais jovens (18 a 26 anos), por sua vez, também fazem críticas à inércia do governo e à postura da PM frente às manifestações. Nas entrevistas de Recife, a palavra que define o que consideram as reações do Governo Federal é medo. Em todos os grupos dessa cidade predomina o sentimento que de o Governo Federal foi surpreendido e que as reações estão sendo pautadas pelo receio de perder as eleições. As medidas tomadas posteriormente, como plebiscito, votação da PEC 37, discurso na TV, apressamento de medidas, são as principais percepções e lembranças da reação do governo. Foi uma surpresa. Eles pensaram que o povo não ia se mexer. (REC, CD 18 a 26 anos) Os entrevistados de Fortaleza surpreendem ao afirmar que a população tem uma parcela de culpa na situação do Brasil atual: venda de votos e falta de cobrança dos políticos são os principais pontos citados. Essa percepção acaba por minimizar a responsabilidade do governo, no entanto, ajuda a fundamentar o receio de que as coisas podem não mudar. Observa-se em Brasília uma maior rejeição à imagem do Governo Federal e a prevalência do ceticismo em relação às mudanças positivas. Na percepção dos entrevistados, a reação do Governo Federal foi insuficiente. Há pouca lembrança sobre seu pronunciamento e, portanto, para os grupos ele não apresentou nenhuma proposta concreta de mudança. O pronunciamento se caracterizou por palavras vagas. Os mais otimistas afirmam que as mudanças virão no longo prazo e o governo agiu corretamente frente às manifestações. No Rio de Janeiro houve declarações de apoio ao pronunciamento e críticas ao discurso evasivo do Governo Federal. Encontram-se equilibradas essas duas perspectivas, sem que se possa segmentá-las em idade ou classe. De certa perspectiva, o Governo Federal agiu corretamente, mas não possui poder suficiente para empreender as mudanças reivindicadas. Aqui, como em Belo Horizonte, Salvador e Recife há a percepção de que o Governo Federal foi surpreendido, viu-se intimidado e fez um pronunciamento inócuo ou que ninguém compreendeu para calar a voz do povo. Acho que foram infelizes na forma de fazerem os discursos, é como se o povo estivesse falando uma língua e eles outra, eles não estão querendo entender o que o povo está falando (RJ, CD 35-50) 23

24 Pontos de destaque em relação à reação do Governo Federal Na maioria dos grupos avaliados há a percepção de que o governo demorou a se manifestar frente às manifestações. Os entrevistados de Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, no entanto, se mostraram mais tolerantes com a demora do pronunciamento, pois, acredita-se que o Governo Federal foi surpreendido com os atos e por isso precisou de um tempo para formular respostas à população. Entre os paulistas e brasilienses o pronunciamento do Governo Federal foi insuficiente e inócuo. Lembranças de palavras vagas no discurso sem apresentar soluções a curto e médio prazos. Entre os cariocas, a razão do discurso vago foi em virtude do governo ter sido pego de surpresa. Para os baianos e cariocas o governo não pode ser responsabilizado sozinho pelos problemas levantados nas reivindicações. O sistema político, da qual faz parte, é algo mais complexo e as medidas a serem tomadas devem passar por outras instâncias antes de serem sancionadas. Aspectos positivos e negativos em relação à reação do Governo Federal frente às manifestações Aspectos Positivos Da parte do governo: Redução de tarifas; Votação da PEC 37; Evitar novos aumentos (SP e SSA). Do que se espera do governo: A noção de que os políticos estão assustados; A ideia de que políticos vão se mexer/fazer algo; Intolerância à impunidade e à corrupção = fiscalização do poder. Os aspectos positivos denotam um sentimento de empoderamento do cidadão: Aspectos Negativos Agora eles sabem que temos o poder nas mãos. (POA, CD 18 a 26 anos) Ressentimento quanto a demora do pronunciamento do Governo Federal Medo do país não melhorar/ gigante voltar a dormir Poucas medidas concretas foram implementadas Reações das PM`s (maior frequência em São Paulo) Trazer médicos estrangeiros 24

25 Marca do Governo Federal atual A marca do governo atual é a continuidade do governo anterior. É importante notar que não houve rejeição ao governo atual (a maioria das críticas foi feita em SP e nas classes AB1 de outras cidades), porém, o assistencialismo (para o bem e para o mal), o crédito para aquisição da casa própria, o aumento do consumo e as melhorias na educação são vistos como manutenção das conquistas do governo passado. Essa continuidade do governo anterior cria a impressão de falta de marca do atual. O que por um lado pode ser vantajoso para o governo, pois a atual gestão mantém as conquistas alcançadas pelo seu antecessor, conquistas essas, muito bem avaliadas pela população. No entanto, se algo sai do rumo a continuidade se traduz em falta de personalidade política. Avaliação do governo atual O governo anterior fez políticas sociais e deixou o Brasil na sexta economia mundial. (FOR, AB1 18 a 26 anos) Os entrevistados percebem mudanças positivas no Brasil nos últimos anos, no entanto, creditam ao governo anterior e, em menor proporção, ao governo antecessor a este. Os avanços conquistados e que perduram são a melhoria do acesso à educação (PROUNI/ FIES), maior consumo por uma parcela da população que não tinha acesso a crédito, políticas de assistência social (programas Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família etc.), avanços na política externa. Entre os pontos que avaliam negativamente no governo atual, podemos considerar falta de investimentos na saúde pública, segurança e educação básica de qualidade. Já sentem os efeitos da inflação (sentimento embrionário, mas presente). Após as manifestações, há um sentimento de orgulho nos entrevistados de que o cidadão mostrou que o poder é cedido, mas também pode ser retirado e que a soberania é mesmo popular. No entanto, necessitam reconhecer sinais de que as coisas estão mudando, principalmente nas áreas de saúde e educação. Demanda-se ainda uma maior presença do Governo Federal na televisão e nas ruas. Esperase que ele se faça presente nos estados para verificar suas carências e fiscalizar se as verbas repassadas estão sendo adequadamente geridas. Esperam do governo, sobretudo, ações concretas principalmente nas áreas de saúde e educação, além de fiscalização e combate à corrupção. Entendem que há verba suficiente para ser investida em saúde, educação e outras demandas como segurança e transporte, porém, o montante reservado a essas áreas devido à má versação dos recursos é menor do que deveria ser. O Governo Federal deveria sinalizar mudanças que contemplem estas visões e demandas. 25

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