FEMINIZAÇÃO DO HIV/AIDS: UMA ANÁLISE (PERFIL) JUNTO A REDE NACIONAL DE PESSOAS VIVENDO E CONVIVENDO COM HIV/AIDS NÚCLEO CAMPINA GRANDE PB

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1 FEMINIZAÇÃO DO HIV/AIDS: UMA ANÁLISE (PERFIL) JUNTO A REDE NACIONAL DE PESSOAS VIVENDO E CONVIVENDO COM HIV/AIDS NÚCLEO CAMPINA GRANDE PB Elizângela Samara da Silva 1 Adália de Sá Costa 2 Anna Marly Barbosa de Paiva 3 Resumo: O hiv/aids chega ao Brasil na década de O Perfil atual da doença é: heterossexualidade, interiorização, pauperização, envelhecimento e feminização. A epidemia tem aumentado significadamente entre as mulheres não só pelo aspecto biológico como também sóciocultural. Dentre os fatores que determinam a vulnerabilidade feminina pode-se destacar: falta de acesso a informações acerca da doença e questões de gênero, considerando o poder de decisão dos homens na relação e a confiança no parceiro. O artigo ora apresentado tem como principal objetivo, analisar o perfil socioeconômico e cultural de mulheres infectadas com hiv/aids atendidos pela Rede Nacional de Pessoas Vivendo e Convivendo com HIV/Aids Núcleo Campina Grande-PB (RNP+CG). A pesquisa caracterizou-se do tipo documental e bibliográfica, pois foram analisadas as fichas de cadastro dos usuários portadores do hiv/aids, bem como documentos como o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, e fontes teóricas que subsidiaram a análise do tema. Os dados obtidos foram agrupados sistematicamente entre os anos de 2007/2008 e 2009/2010, expressando o perfil dos usuários da instituição. Tal perfil demonstrou a vulnerabilidade feminina ao contágio, ao hiv/aids, na medida em que se verificou um aumento significativo na quantidade de mulheres cadastradas em tal instituição refletindo uma tendência que vem ocorrendo em âmbito nacional. Palavras-chave: hiv/aids. Feminização. Vulnerabilidade. 1 INTRODUÇÃO O hiv/aids chega no Brasil ainda no inicio da década de Trinta anos depois, observa-se o gradativo avanço nas notificações de infectados com o vírus, em todo o território nacional. Mas revelam, ainda, um novo perfil que incorpora diferenciados segmentos da sociedade, tais como os jovens, os idosos, os pobres, os heterossexuais visto que o estigma que permeava a doença no seu início a apontava como o câncer dos homossexuais (GALVÃO, 2000) e as mulheres num processo de feminização. Tal 1 Universidade Estadual da Paraíba. samara.elizangela@gmail.com 2 Universidade Estadual da Paraíba. costaadalia@hotmail.com 3 Universidade Estadual da Paraíba. annampaiva@hotmail.com Pesquisa orientada pela Mestre da Universidade Estadual da Paraíba Maria do Socorro Pontes de Sousa e Profissional de Serviço Social Maria do Socorro Farias de Lima

2 2 realidade veio demonstrar a necessidade de ações mais efetivas, por iniciativa do Estado, no que tange a prevenção e o tratamento. No que se refere ao enfrentamento ao hiv/aids, a atuação do Estado foi acompanhada, durante muito tempo, por ações desenvolvidas por iniciativas não governamentais. Assim, as Organizações Não Governamentais (ONGs) vêm desempenhando historicamente um papel de extrema relevância junto às pessoas soropositivas ao hiv. Dados do Ministério da Saúde mostram que de 1980 á junho de 2009, foram identificados casos de hiv/aids no Brasil. No que se refere às várias regiões do país, entre 1980 e junho de 2009, foram identificados casos na Região Norte (4%); no Nordeste (12%); no Sudeste (59%); na região Sul (19%) e, no Centro-oeste (6%) (BRASIL, 2010a). Vale salientar que a feminização da aids possui uma relação direta com a questão de gênero, considerando-se o perfil das mulheres que vem sendo acometidas pela doença, quais seja: mulheres monogâmicas, não usuárias de drogas injetáveis e dependentes economicamente e emocionalmente de seus companheiros e com nenhum ou pouco poder de decisão na relação inclusive no que se refere ao comportamento sexual (BARBOSA; MORAES, 2009). Portanto a feminização de tal doença é um fenômeno que tem crescido tanto no contexto nacional quanto mundial onde a epidemia tem aumentado significativamente entre as mulheres. A vulnerabilidade feminina advêm do fato de que uma vez que tendo apenas um parceiro (relação estável), elas não sentem a necessidade de utilizar o preservativo. Portanto, as mulheres são vulneráveis não só pelo aspecto biológico como também pelo aspecto sócio-cultural. A aids continua sendo percebida como uma doença do outro, onde a confiança no parceiro viabiliza a possibilidade de contaminação, e o aumento da vulnerabilidade em contrair o vírus hiv/aids. Assim a questão de gênero é muito forte, sendo determinante no tocante a vulnerabilidade feminina ao hiv/aids, em que historicamente a mulher incorpora um papel de submissão e a idéia de passividade na relação heterossexual. Esta questão de gênero vem desde o patriarcado na relação de poder do homem na sociedade e na submissão da mulher, que ainda hoje no século XXI é muito forte e predominante na sociedade capitalista.

3 3 2 HIV/AIDS NO BRASIL De acordo com dados do Ministério da Saúde (BRASIL, 2010a) aids é a sigla que representa a Síndrome da Imunodeficiência adquirida e hiv é a sigla em inglês que representa a Síndrome da Imunodeficiência humana. Ambas são responsáveis por alterar os níveis de defesa do organismo humano, pois atingem o sistema imunológico. Sendo que o hiv é o vírus que causa a aids [e] a aids é um estágio na evolução da infecção causada pelo hiv, quando o organismo da pessoa já está mais fraco (BRASIL apud SILVA et.al., 2011), ou seja, quando o individuo começa a desenvolver as chamadas doenças oportunistas. Os primeiros casos da doença são notificados no Brasil ainda no inicio da década de 1980, tendo sido identificados nos maiores centros urbanos, em especial Rio de Janeiro e São Paulo e logo se propagou rapidamente para as outras regiões do país. De inicio a Aids afetava alguns segmentos da população, como os homossexuais e os hemofílicos, os chamados grupos de risco. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) é uma doença que destrói progressivamente o sistema imunológico, podendo levar a morte. A aids disseminou-se com incrível velocidade, tornando-se não só um problema de saúde pública, mas também um problema de ordem econômica e social. Segundo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 1982, foram notificados dez casos de aids, em 1985 esse número aumentou para quinhentos e setenta e três casos, sendo vinte e dois em mulheres; no ano seguinte, o número já havia dobrado (GALVÃO, 2002). Dados do Boletim Epidemiológico DST/aids do Ministério da Saúde, mostram que, de 1980 a junho de 2008, foram registrados casos de aids no Brasil. Durante esses anos, mortes ocorreram em decorrência da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a epidemia no país é considerada estável. A média de casos anual entre 2000 e 2006 é de Em relação ao hiv, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas (Brasil, 2010a). A evolução epidêmica da aids se dá em três momentos distintos. O primeiro momento ocorre desde sua gênese até 1986 e é marcado pela transmissão predominantemente nas relações homossexuais de pessoas com alto nível de escolaridade e entre hemofílicos; o segundo momento ocorreu entre 1987 e 1990, marcado pela

4 4 transmissão através do uso de drogas injetáveis e entre pessoas de prática heterossexual; já no terceiro momento, de 1991 até os dias atuais, é marcado pelo avanço da contaminação de pessoas de práticas heterossexuais de vários níveis de escolaridade e classes sociais, onde se destacam mulheres, cujos parceiros são bissexuais e/ou usuários de drogas injetáveis (BRASIL, 1999). A década de 1990 trouxe consigo um crescimento preocupante no numero de caso de aids registrados nas mulheres brasileiras. Na década seguinte, mais precisamente em 2007 foi lançado o Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Epidemia de Aids e outras DST, dada a preocupação em combater tal avanço. Este plano tem como elemento fundamental o enfrentamento das múltiplas vulnerabilidades que contribuem para que as mulheres brasileiras estejam mais suscetíveis à infecção pelo HIV e a outras doenças sexualmente transmissíveis (BRASIL, 2010a). 3 FEMINIZAÇÃO DO HIV/AIDS No Brasil, a epidemia do hiv/aids ao longo de mais de trinta anos, desde sua descoberta vem despontando com um problema não só de saúde pública. No que se refere à feminização da aids, é, importante destacar que a vulnerabilidade feminina se aprofunda por fatores econômicos, sociais e culturais. Segundo dados do Ministério da Saúde (2010a), o aumento da transmissão heterossexual do hiv e das taxas de infecção entre as mulheres, tem aumentado significativamente. Em mulheres a doença avança por volta da segunda metade dos anos 1980, transformando-se na principal causa da mortalidade de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo (BERER, 2001). De acordo as transformações na percepção da aids e da vulnerabilidade feminina como uma das principais portas de contaminação para o vírus, são possíveis considerar no que se refere à prevenção do hiv, que a questão de poder nas relações de gênero não pode ser negligenciada. Estudos vêm constatando que mulheres pobres com parceiros estáveis, mesmo quando informadas sobre seus riscos para o hiv, não detém poder para decidir o comportamento sexual na relação. Um dos maiores meios de prevenção ainda é o preservativo que continua sendo a única opção acessível à maioria da população, além de ser uma prerrogativa dos homens.

5 5 No entanto podemos perceber que ainda existe a falta de tradição no uso deste contraceptivo, na cultura brasileira, o que agrava ainda mais a situação. O preservativo feminino, um método em princípio sob o controle das mulheres, é ainda uma interrogação, dadas algumas questões preocupantes: o alto custo e características de manuseio que exigem um acompanhamento por profissionais de saúde. Nesse sentido, a perspectiva de gênero torna-se determinante para análise dos fatores que determinam a vulnerabilidade de mulheres, principalmente, casadas ou em união estável em contrair o hiv/aids. Cabe destacar que o aumento da vulnerabilidade feminina encontra-se relacionado não só ao fato de muitas mulheres se consideram protegidas dentro da relação contra qualquer tipo de doença sexualmente transmissível, e tal pensamento leva-as a acreditar na não existência de uma vida extraconjugal do seu companheiro, como também o fato do uso do preservativo levar a uma desconfiança sobre a fidelidade, além do poder de decisão do homem na relação, sendo tal papel construído historicamente. De acordo com o Ministério da Saúde (2010b), o aumento proporcional do número de casos entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (números de casos em homens divididos pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexo era de cerca de seis casos de aids no sexo masculino para cada caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 casos em homens para cada caso em mulheres. A quantidade de mulheres infectadas cresceu nos últimos anos, e desde o início da epidemia no Brasil, já foram notificados casos de aids, desses em mulheres. Mesmo diante da evidente redução da epidemia, que apresenta declínio de 15% nas novas ocorrências, mas há um crescimento das notificações em homens heterossexuais e mulheres. No país, no início da epidemia, para cada mulher contaminada havia dezesseis homens. Atualmente, em âmbito nacional estima-se que, para cada 16 homens há 10 mulheres, uma incidência de 15%, segundo o Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (BRASIL, 2010a). Segundo Figueiredo e Franco (2004, p. 03), a feminização da epidemia da aids é suportada por dois processos, historicamente determinados, e que demandam compreensão, de que a Vulnerabilidade feminina: elementos que predispõem às vicissitudes da exclusão de gênero, fragilizando a mulher, tornando-a suscetível à violência e às moléstias, inclusive à infecção por hiv.

6 6 Além disso, a Naturalização dos papéis de gênero: Falsa concepção de uma realidade imutável, vista como determinada a priori. Visão contemplativa sobre as relações de gênero, tornadas parte da natureza das coisas, com representações de razões necessárias, justificando o papel de subordinação da mulher (FIGUEIREDO; FRANCO, 2004, p. 03). Nesse contexto podemos identificar uma subordinação da mulher em relação ao homem na relação tendo sido esse comportamento construído historicamente. 4 REDE NACIONAL DE PESSOAS VIVENDO E CONVIVENDO COM HIV/AIDS NÚCLEO CAMPINA GRANDE-PB: análise do perfil socioeconômico das usuárias A feminização do hiv/aids é um tendência nacional da doença, e na Paraíba não é diferente. De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde lançado em 2010 à proporção de numero de mulheres equiparada ao numero de homens vem crescendo consideravelmente no estado. Rede Nacional de Pessoas Vivendo e Convivendo com HIV/Aids Núcleo de Campina Grande-PB atua na cidade junto as pessoas com diagnostico de sorologia positiva ao hiv/aids bem como seus cuidadores, além de atender usuários de cidades circunvizinhas. A organização não governamental atua na perspectiva de defesa de uma melhor qualidade e expectativa de vida para os portadores da epidemia. A RNP+CG atua através de financiamentos oriundos do Ministério da Saúde, assim desenvolve seus projetos e programas, tais como apoio psicossocial e jurídico além dos serviços da Casa de Apoio Célia Brechó que oferece suporte de pernoita (por período limitado) com direito a alimentação, aos que necessitem realizar tratamentos e exames de controle da doença no Hospital Universitário Alcides Carneiro 4 (BARBOSA, 2010). O perfil das usuárias da referida organização nos revela essa tendência nacional da doença tem se refletido em âmbito local, que aponta para um número significativo de mulheres portadoras do vírus do hiv/aids. pesquisa de campo realizada por graduandas de Serviço Social, estagiarias da organização identifica a crescente feminização da doença 4 O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) constitui-se como referência na microrregião da Borborema na área de infectologia, ou seja, é o único hospital que dispõe de tratamento especializado destinado as pessoas vivendo, dando suporte de realização de consultas, exames e internação. Entretanto a ala de infectologia é insuficiente para atender a crescente demanda no estado.

7 7 ao analisar os cadastros dos usuários no período de 2007 e Logo depois 2009 e 2010 observa-se a continuidade desta tendência. Entre 2007 e 2008 foram cadastradas 33 mulheres, enquanto o número de homens já era de 42 usuários. Em dados percentuais esse número representa 1,2% de diferença entre os cadastros femininos e masculinos (BARBOSA et. al., 2009) Entre 2009 e 2010 foram contabilizados 63 cadastros por um período de dois anos. Entretanto, são identificados nos anos de 2009 e 2010 o uma queda na diferença de casos femininos em relação aos casos masculinos, que em dados percentuais representa 1, 03%. Portanto, na RNP+CG a feminização está visivelmente representada, visto que o numero de casos entre homens e mulheres pouco sofre diferenciação, ou seja, estão equiparados. 4.1 Perfil socioeconômico das usuárias da RNP+CG entre 2009 e 2010 Entre o período de 2009/2010 é possível identificar um baixo nível de escolaridade, pois 61,2% destes se quer possuem o ensino fundamental completo. No que se refere aos demais 12,9% são apenas alfabetizados e apenas 3,2% possuem o ensino médio completo. Apesar dos dados oficiais apontarem para uma redução do analfabetismo nos últimos anos no Brasil, entretanto destaca-se que o País ainda conta atualmente com milhões de pessoas analfabetas e com baixo nível de escolaridade. Conforme destaca (BARBOSA, 2010), na década de 1980, o surgimento da aids foi mais freqüente em pessoas com o nível de escolaridade elevada, sendo essa estatística logo mudada com o crescente número do aumento da epidemia atingindo as camadas mais desfavorecidas da população, traduzindo-se na baixa renda e no baixo nível de escolaridade e pouco acesso às informações acerca da doença. Entre os anos de 2009 e 2010 observou-se que 61,2% das usuárias vivem com menos de um salário mínimo ou não possuem renda. Observamos ainda que 35,4% de tais usuárias recebem um salário mínimo e se somados, somente 6,4% destes recebem renda familiar superior a um salário. Tais dados demonstram que a variável socioeconômica é um elemento determinante para a vulnerabilidade ao hiv/aids, o que requer do Estado políticas publicas especificas voltadas para os setores pauperizados da população (BARBOSA, 2010). A condição econômica da mulher é um fator que fragiliza e coloca a mulher em condição de submissão ao homem, assim não contrariando as estatísticas nacionais da submissão feminina.

8 8 O Plano integrado de enfrentamento da feminização de aids/dst, discute sete principais focos de vulnerabilidade do gênero feminino, quais sejam: DST, violência sexual e domestica, raça e etnia, juventude, drogas e pobreza (BRASIL, 2007). Tais elementos apontam para a compreensão que a desigualdade de gênero associada a fatores econômicos e sociais levam as mulheres a ter limitações de informação, diagnostico e tratamento com relação ao hiv/aids. A análise contempla uma variação de idade que vai dos 20 a 80 anos. No período 2009 a 2010, A faixa etária dos 20 a 40 anos se destaca como sendo a de maior frequência de casos, com o registro de 74,2% destes. 25,8% dos usuários possuem idade entre 41 a 60 anos o que representa um percentual significativo. O Programa Nacional de DST/aids fornece dados que indicam o envelhecimento da doença. Destaca-se que de 1996 a 2006 houve um aumento significativo de casos notificados em indivíduos com idade superior a cinquenta anos. Ressalta-se ainda nas pessoas com mais de 60 anos, que as notificações dobraram (LAVEOR, 2008). Entre o período de 2009/2010 é possível perceber que identificar um elevado numero de mulheres declaradamente solteiras atinge o patamar de 70,9% das usuárias cadastradas. Vale destacar que um número significativo destas usuárias que se declaram solteiras mesmo mantendo uma união estável e com parceiro fixo. A pesquisa de campo realizada no período de 2007/2008 apontou que 60% das mulheres cadastradas na RNP+CG possuem parceiros sexuais estáveis (BARBOSA et. al., 2009). Nos anos de 2009/2010 este percentual aparece como 38,7% das mulheres cadastradas, o que contunia sendo um percentual significativo. A questão da convivência prolongada entre casais como um fator que deixa a mulher com o sentimento de que está imune, porém a confiança no companheiro, base das relações amorosas, faz com que as mulheres muitas vezes não levem em consideração a vida pregressa dele (ALVES et. al. apud KAHHALE, 2010). Nessa perspectiva, pode-se pensar que a fidelidade e a situação conjugal são elementos de imunização contra o hiv/aids, o que vulnerabiliza em larga medida as mulheres. De acordo as transformações na percepção da aids e da vulnerabilidade feminina como uma das principais portas de contaminação para o vírus, é possível considerar na prevenção do hiv,que a questão de poder nas relações de gênero não pode ser negligenciada. Estudos vêm constatando que mulheres pobres com parceiros estáveis,

9 9 mesmo quando informadas sobre seus riscos para o hiv, não detém poder para decidir o comportamento sexual na relação. Assim, para cada homem infectado e cadastrado na RNP+CG existe uma mulher também infectada e cadastrada na instituição. Neste sentido, a feminização representa uma contramão ao controle da doença, pois na medida em que vão sendo reduzidas as notificações no numero de casos em âmbito nacional, há um crescimento na quantidade de mulheres que infectadas diante de todas as suas vulnerabilidades. 5 CONSIDERAÇÕES As mulheres se encontram cada vez mais vulneráveis ao hiv e, em grande parte, a transmissão acontece dentro de relações heterossexuais e estáveis. Portanto, a feminização da aids vem ocorrendo, dentre alguns outros fatores, devido aos padrões comportamentais impostos pela sociedade, em que o homem pode ter mais liberdade de desenvolver sua vida sexual do que às mulheres (FIGUEIREDO; FRNCO, 2004). Além disso, as mulheres, ainda nos dias atuais, delegam a seus companheiros a responsabilidade pela proteção e cuidado no tocante a relação sexual, e muitas vezes de associam o não uso do preservativo como sendo uma questão de fidelidade. No entanto, o que se pode observar é que a prevenção é a estratégia mais eficaz para a redução e consequente controle da propagação da pandemia entre o sexo feminino. Desta forma, os dados analisados na presente pesquisa nos remetem a uma problemática, a qual aponta as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em adotar a prevenção como um comportamento presente em suas vidas sexuais. Nessa perspectiva, se faz necessário a busca por parte dos gestores e planejadores de políticas públicas de um maior investimento em ações preventivas na perspectiva de minimizar essa problemática. 6 REFERÊNCIAS BARBOSA, M. J. G.; MORAES, S. de S. A vulnerabilidade ao HIV/AIDS de mulheres casadas ou em união estável. Universidade Estadual da Paraíba, 2009.

10 10 BARBOSA, M. J. G. [et. al.]. Perfil Socioeconômico dos Usuários da Redde Nacional de Pessoas Vivendo e Convivendo com HIV/Aids Núcleo de Campina Grande-PB. Departamento de Serviço Social. UEPB, BERER, M. Mulheres e HIV/AIDS: Informações, ações e recursos ás mulheres e HIV/AIDS, saúde reprodutiva e relações sexuais. São Paulo: Brasiliense, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Projetos Especiais de Saúde. Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis. 3ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde, Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Aids/DST. Brasília: Ministério da Saúde, 2010a. Disponível em: Acesso em: 20 de Maio de DST e Aids entre mulheres. Disponível em: Acesso em: 18 de agosto de 2011b. s/a. s/d.. Ministério da Saúde. Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST. Brasília: Ministério da Saúde, Disponível em: Acesso em: 25 de Maio de Ministério da Saúde. Vulnerabilidade feminina. Brasília, b2010. Disponível em: Acesso em: 20 de Maio de FRANCO F.G.; FIGUEIREDO M.A.C. AIDS, Drogas e Ser Mulher : Relatos de mulheres soropositivas para o HIV (vol.37). Medicina. Ribeirão Preto, GALVÃO, J. Aids no Brasil: a agenda de construção de uma epidemia. São Paulo: Editora 34, GALVÃO, J a 2001: uma cronologia da epidemia de HIV/Aids no Brasil e no mundo. Coleção Políticas Públicas. V.2. Rio de Janeiro: ABIA, KAHHALE, E. P. [et. al.] HIV/Aids: enfrentando o sofrimento psíquico. São Paulo: Cortez, LAVEOR, A. Inquietações Positivas para todas as idades. In: Revista Radis. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008.

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