Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade

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1 Seminário Intervir em construções existentes de madeira 11 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade Miguel Malheiro Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design (CITAD), Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada do Porto, Porto miguel_malheiro@sapo.pt SUMÁRIO O presente artigo aborda a intervenção interdisciplinar realizada no património arquitectónico medieval português, focando-se essencialmente na conservação, salvaguarda e valorização de coberturas em madeira que compõem cinco casos de estudo que a seguir se apresentam. Este artigo apresenta situações concretas onde houve a necessidade de intervir nas coberturas de madeira de igrejas românicas, mostrando as estruturas encontradas, decorrentes de intervenções realizadas em meados do século XX, as soluções contemporâneas de conservação que se implantaram e as reinterpretações que se implementaram nos monumentos em que foi necessário substituir ou realizar novas estruturas, por inexistência das mesmas. As situações apresentadas derivam de uma reflexão que assenta os seus pressupostos na experiência arquitectónica desenvolvida ao longo dos tempos, e a aprendizagem que ela nos transmite no contacto que com ela vamos mantendo, transformando-se num ato que ultrapassa a operação de conservação. A aproximação inovadora destes projetos verifica-se na necessidade de desmonte e observação dos elementos principais das estruturas, apresentando-se os dimensionamentos que encontramos e que introduzimos, os materiais que compõem estas estruturas, mas acima de tudo, apresenta um processo de aproximação à solução e não a busca obstinada de um princípio. PALAVRAS-CHAVE: ARQUITETURA ROMÂNICA, COBERTURAS DE MADEIRA, CONSERVAÇÃO, VALORIZAÇÃO 1. INTRODUÇÃO Nos últimos dez anos realizamos intervenções em cinco igrejas românicas inseridas na Rota do Românico [1], que contemplavam a salvaguarda, conservação e valorização dos imóveis. Demos início a este périplo de intervenções com as obras realizadas nos anos 2003 a 2004 e 2013 na Igreja de Cabeça Santa, Penafiel, edifício do Séc. XIII, seguindo-se as ruínas da Igreja de S. Mamede de Vila Verde, Felgueiras, edifício dos séculos XIII-XIV, com intervenções realizadas nos anos de 2004 a 2006, e mais recentemente, nos anos de , na Igreja de Tabuado, Marco de Canavezes, edifício do Séc. XIII, Igreja de S. Nicolau, Marco de Canavezes, Séc. XIV e na Igreja do Mosteiro de Travanca, Amarante, com data de construção a situar-se entre os Séc. XI e Séc. XIV.

2 12 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade Na igreja de S. Mamede de Vila Verde houve a necessidade de construir novas coberturas, devido à ausência das mesmas no momento em que realizamos a intervenção, sendo apresentada a solução encontrada com base na tradição construtiva que se observou em edifícios semelhantes, mas acima de tudo, a resposta que se encontrou para solucionar os problemas de execução de uma cobertura para aquele caso concreto. Nas igrejas de Tabuado e Cabeça Santa apresenta-se a situação existente, decorrente de obras realizadas essencialmente na década de oitenta do século passado e a conservação que foi realizada, com substituição de elementos degradados. Na igreja de S. Nicolau apresenta-se a estrutura existente e os variados problemas detectados que culminaram na sua total reformulação, devido à incoerência da solução construtiva implementada, tendo sido necessário a adopção de uma solução definitiva. Em Travanca houve igualmente a necessidade da remoção parcial das estruturas de madeira que compunham as coberturas, devido ao mau estado de conservação das mesmas, mas também houve a necessidade de resolver problemas estruturais complexos nos muros que as suportavam. Assim, apresentam-se as soluções tomadas com vista à resolução dos vários problemas diagnosticados, que passaram essencialmente pela execução de novas estruturas de madeira e reforços de ligações que asseguram a resolução dos problemas estruturais verificados, dando especial ênfase à forma oculta como foi resolvida a complexidade de todo o sistema. Depois desta introdução, o artigo organiza-se em três partes e a conclusão. Estas partes são realizadas de forma a se tentar vislumbrar o que seria uma cobertura medieval original, tendo em conta as imagens e soluções que observamos nos locais, as intervenções realizadas em meados do século passado e os materiais utilizados, metodologias e soluções contemporâneas definidas nas intervenções levadas a cabo. Estas partes são realizadas de forma a se perceber uma possível origem, evolução e a forma de procurar soluções para a resolução dos problemas diagnosticados nestes monumentos, contendo impressões sobre os percursos do projeto e futuras perspectivas para investigação. Figura 1 Plantas das igrejas objecto de intervenção com marcação das asnas de madeira, depois das intervenções realizadas; (a) Igreja do Mosteiro de Travanca, Amarante; (b) Igreja de Cabeça Santa, Penafiel; (c) Igreja de Tabuado, Marco de Canavezes; (d) Igreja de S Mamede de Vila Verde, Felgueiras; (e) Igreja de S. Nicolau, Marco de Canavezes. Desenhos do autor.

3 Miguel Malheiro A SITUAÇÃO ORIGINAL As coberturas originais de edifícios românicos, como os que aqui tratamos, já há muito tempo que desapareceram, não havendo conhecimento da existência de alguma cobertura medieval no nosso país. Isto acontece porque as intervenções realizadas são normalmente tardias, havendo a necessidade da substituição integral das armações de madeira fragilizadas, mas também porque só há relativamente pouco tempo se empregam soluções de reparação parcial das mesmas, através do reforço das ligações, mas acima de tudo, porque a madeira é um material perene, com necessidade de ciclos de renovação. Assim, relatar como teriam sido as coberturas originais destes edifícios é uma tarefa difícil e praticamente impossível de realizar. Apenas se pode tentar realizar uma aproximação através da leitura dos indícios que os edifícios ainda contêm [2], como a inclinação das cornijas, a existência de agulheiros para encastramento de barrotes, a forma como estão tratadas as empenas, mas também como foram realizadas as substituições das coberturas de alguns destes edifícios no século passado, pela extinta Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). A observação das fotografias recolhidas pela DGEMN, antes das obras realizadas em meados do século passado, permite compreender como seriam as coberturas que chegaram até a esse momento, mas não se pode afirmar que essas seriam as originais, dado que estes edifícios atravessaram as vicissitudes do tempo, sendo objecto de pesadas campanhas de renovações para dar resposta às reformas das práticas religiosas, aos novos cenários artísticos do espaço sacro e a ampliações espaciais, que ocorreram durante os séculos XVII e XVIII. No entanto, uma análise atenta do antes e depois destas obras permite-nos afirmar que existiu por vezes, por parte dos técnicos da DGEMN, uma intenção de introduzir alguns melhoramentos nos sistemas construtivos empregues, decorrentes da evolução tecnológica existente na altura, verificando-se em alguns casos, a manutenção de elementos principais das armações de madeira existentes, porque estes restauros consistiram em percursos críticos que partiram da leitura do monumento como fonte primária de conhecimento para voltar ao monumento como território operativo daquele conhecimento (fundamento de qualquer restauro moderno) [3]. (a) (b) Figura 2 Igreja de Tabuado durante as intervenções realizadas em 1963; (a) Armação de madeira existente antes das obras; (b) Forro do tecto de madeira antes das obras. Fotografias: SIPA-IHRU. As coberturas, de três dos edifícios aqui analisados, sofreram intervenções de requalificação geral que foram publicadas nos Boletins da DGEMN [4]. O boletim

4 14 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade correspondente à intervenção realizada na igreja de S. Salvador de Travanca foi publicado em 1939, o da Igreja de Cabeça Santa em 1951 e o da Igreja de Tabuado em Relendo esses boletins, percebe-se a existência de uma tentativa, por parte dos seus autores, em realizar a manutenção dos princípios estruturais das soluções originais, ou das que foram encontradas no momento da intervenção, embora as reformulações das armações de madeira, nestes três casos, tenham sido totais. As imagens mostram-nos, nas três igrejas, que as estruturas tinham recebido tectos com perfis curvos pelo seu interior, evidenciando uma tipologia construtiva característica dos Séculos XVII e XVIII. Comparando com a estrutura que descobrimos em S. Nicolau, percebem-se as semelhanças entre os princípios construtivos, consistindo regularmente na existência de asnas simples com duas pernas e uma linha, colocada invariavelmente a um terço de altura, elegendo-se constantemente a madeira de castanho do Minho como material para a sua construção. A análise das imagens permite pensar que estas armações seriam realizadas com barrotes de secção rolada, com secções próximas das existentes, tal como se verifica na Igreja de Tabuado, Figura 2 (a), e na Igreja de S. Nicolau, Figura 3 (a). As soluções encontradas pelos técnicos da DGEMN foram quase sempre no sentido de replicar os sistemas construtivos existentes, como se pode constatar pela descrição do que existia antes das obras e depois das obras. Em Travanca, nem uma viga de armação dos seus telhados se pôde aproveitar [5], tendo sido realizadas novas armações de castanho afeiçoadas de harmonia com os elementos da construção primitiva, para constituírem, a descoberto, os longos tectos das naves [6]. Antes das obras encontraram estruturas que pretendiam simular em todos os tectos, com grande dispêndio de trabalho e de argamassa, aparatosas abóbadas de mármore branco [7], ver Figura 3 (b). Assim, a opção tomada para a cobertura foi a construção de outra nova, em madeira de castanho, segundo os elementos encontrados, para ficar à vista [8]. (a) Figura 3 Armação de telhado e tecto antes das obras; (a) Armação de madeira existente antes das obras de 2013, na Igreja de S. Nicolau, onde se pode observar a dupla estrutura existente. Fotografia do autor; (b) Abóbada do tecto da nave lateral Norte da Igreja de Travanca, em Fotografia: SIPA-IHRU. Na igreja de Cabeça Santa as opções foram semelhantes, e a situação encontrada foram os telhados da Igreja propriamente dita, como os da capela-mor, achavam-se tão decompostos e carecidos de segurança, que se tornou indispensável apear toda a sua armação e renovar em seguida, sobre aquela que se construiu para a substituir, a robusta e apropriada cobertura que hoje ali se vê [9]. Também na Igreja de Tabuado, o autor refere a colocação da nova estrutura da cobertura constituída por armação de madeira, com barrotes aparentes, colocados nos níveis (b)

5 Miguel Malheiro 15 originais [10], o que só seria possível se as secções dos barrotes e a configuração geral da estrutura fossem semelhantes ao encontrado. Embora sendo difícil de afirmar como seriam as estruturas de madeira dos telhados primitivos, por não termos contacto com nenhuma estrutura original, podemos avançar que elas seriam próximas das realizadas durante os restauros do século XX, com asnas simples. Os elementos de revestimento também seriam cerâmicos, apresentando uma imagem global exterior próxima da que hoje observamos. No entanto, é de prever que algumas destas coberturas poderiam apresentar estruturas de madeira muito simples, com recurso a barrotes toscamente trabalhados. O revestimento das mesmas também poderia não ter sido todo realizado com elementos cerâmicos na sua origem, como denunciam as cornijas da Igreja de S. Mamede de Vila Verde, com uma pendente muito acentuada para o exterior, de difícil apoio de elementos cerâmicos, sendo mais apropriada para uma cobertura vegetal. Figura 4 Cortes transversais das igrejas que fazem parte deste estudo, depois das intervenções realizadas; (a) Igreja do Mosteiro de Travanca, Amarante; (b) Igreja de Cabeça Santa, Penafiel; (c) Igreja de Tabuado, Marco de Canavezes; (d) Igreja de S. Mamede de Vila Verde, Felgueiras; (e) Igreja de S. Nicolau, Marco de Canavezes. Desenhos do autor. 3. OBRAS EFECTUADAS NO SÉCULO XX As igrejas de Cabeça Santa, Travanca e Tabuado foram intervencionadas pela DGEMN durante o século XX, de 1938 a 1951, de 1958 a 1988 e de 1955 a 1972, respectivamente. Estas obras incluíram o apeamento total das armações de madeira e materiais de revestimento, conforme já mencionado. De forma sucinta, podemos afirmar que as primeiras obras realizadas nas coberturas destes monumentos consistiram na realização das armações de madeira que ainda hoje se encontram no local, com exceção da Igreja de Travanca. As obras realizadas mais tarde consistiram, normalmente, na substituição dos elementos cerâmicos que têm um prazo de durabilidade relativamente curto, de cerca de 20 anos. Os elementos cerâmicos utilizados até à década de setenta nestes imóveis, consistiam normalmente no uso de telha do tipo Romana nos canais e telha do tipo Nacional nas capas. Nesta altura, as três igrejas receberam frechais em betão armado, para reforço do coroamento das paredes e maior resistência às sobrecargas do telhado. Na Igreja de Travanca foi ainda aplicada uma esteira

6 16 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade em laje de tijolo armado, com 0,10 m de espessura, na nave lateral Norte. A partir da década de oitenta começa-se a utilizar a subtelha, que consistia na colocação sobre o forro de placas de Platex com 5 mm de espessura, assente em escama, depois de humedecidas, com a face polida voltada para o exterior. Assim, verifica-se que as igrejas chegaram até ao século XX com os elementos principais das estruturas de madeira gravemente deteriorados, sendo necessário a reformulação total das estruturas das coberturas, conforme os três casos mencionados. Quando isto não aconteceu, como nos restantes dois casos, em conjunto com a falta de manutenção, levou a que as estruturas tivessem desaparecido, como no caso de Vila Verde, ou entrassem em avançado estado de degradação, havendo a necessidade de duplicar as estruturas, como no caso de S. Nicolau. (a) (b) Figura 5 Remoção de laje e madeiramentos das coberturas da Igreja de Travanca; (a) Remoção da laje da nave lateral Norte, assente sobre subtelha e forro de madeira; (b) Subtelha em Platex, na nave central. Fotografias do autor. Depois das grandes campanhas de apeamento das estruturas ocorridas durante a primeira metade do século passado, verificaram-se obras de manutenção e substituição pontual de elementos deteriorados nas fases seguintes, com a introdução de elementos tecnologicamente mais eficazes, como o início do uso da subtelha, mas por vezes também contraproducentes na manutenção do imóvel, como a esteira de tijolo armado aplicada em Travanca, devido à sobrecarga que exerceu nos muros de granito. (a) (b) Figura 6 Remoção de subtelhas em Platex ; (a) Igreja de Cabeça Santa; (b) Igreja de Tabuado. Fotografias do autor.

7 Miguel Malheiro INTERVENÇÕES CONTEMPORÂNEAS Nas Igrejas de Cabeça Santa e Tabuado a intervenção que realizamos consistiu na substituição dos revestimentos cerâmicos dos planos das coberturas, devido à fracturação de alguns elementos e à acumulação de colonização vegetal, provocando zonas de estagnação de águas. Foram também verificados os forros em madeira de castanho existentes e substituídos os elementos deteriorados. Depois de desmontado o ripado e removida a subtelha em aglomerado de madeira Platex, aplicou-se um contra-ripado e ripado de madeira de pinho tratado, com secções de 4 cm x 3 cm, colocando-se entre eles uma membrana de subtelha permeável ao vapor e impermeável à água. A telha de canudo foi aplicada sobre este ripado com parafuso e grampos em aço inoxidável. O ripado e contra-ripado foi nivelado, com peças de pinho tratado, para se conseguir uma correta entrega do telhado ao beiral e respeitar as inclinações das empenas dos telhados. Este telhado foi rufado às empenas com rufos de zinco pré-patinado com 0,80 mm de espessura. A operação levada a cabo nestas duas igrejas acabou por ser uma operação de manutenção do existente, melhorando as condições técnicas de alguns elementos, como o caso dos rufos e subtelha, limpeza e tratamento das madeiras existentes, mas mantendo a imagem global das coberturas. Na face interior das coberturas, manteve-se a situação existente através do tratamento das madeiras da armação do telhado. A solução das armações em madeira de castanho é idêntica nas duas situações, com duas pernas e uma linha a 1/3 de altura, onde assenta o forro. A forma interior dos forros, em ambas as situações, é em masseira, com remates laterais aos muros de pedra formados por uma sanca composta por duas tábuas sobrepostas, uma contínua, abaixo da linha de limite das pernas, e outra colocada entre pernas, ligando ao forro, com uma altura total de cerca de 28 cm. As pernas assentam sobre frechais em betão armado existentes, que se mantiveram. A intervenção realizada na Igreja de Vila Verde [11] [12], resultou na execução de novas coberturas com armação de madeira maciça de castanho revestida a telha de canudo. A solução encontrada foi a tradicional realização de asnas formadas por duas pernas e uma linha, colocada a um terço da altura da asna, com forro a contornar o extradorso das pernas, em forma triangular, conseguindo-se uma maior visibilidade da estrutura principal, dada a repetição destes elementos a cada 25 cm. Procurando dar ênfase a esta repetição de asnas, optou-se por introduzir mais altura nos elementos que as constituem, em relação aos encontrados nas duas igrejas referidas acima, utilizando uma secção de 15 cm de altura por 7 cm de base. O trabalho final refletiu a imagem pretendida, relacionando-se diretamente com os elementos esguios e repetitivos definidos para o mobiliário, criando ritmos semelhantes, dando ênfase à materialidade dos elementos. Estas asnas apoiam-se em frechais com secção de 15 cm x 25,5 cm, fixados com parafusos de aço ao coroamento dos muros laterais. A rigidez da estrutura é dada pela união de todos os elementos estruturais através do forro, com espessura de 2,2 cm. O remate do frechal, pela face interior dos muros, é realizado mediante a aplicação de uma sanca composta por duas tábuas pregadas ao mesmo, com secções de 16,5 cm x 1,5 cm, criando uma imagem semelhante à dos tectos tradicionais de saia e camisa. Na face superior desta cobertura utilizou-se igualmente a telha de canudo, dado que a sua dimensão permite uma maior flexibilidade para a realização da cobertura ligeiramente arqueada, para uma correta entrega ao beiral, que costuma ficar com inclinação menor que a restante inclinação do telhado. Os rufos utilizados na impermeabilização da ligação do telhado aos paramentos verticais foi o zinco idêntico ao utilizado nas duas situações anteriores, aplicado também com presilhas.

8 18 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade (a) (b) (c) (d) Figura 7 Coberturas em execução; (a) Tecto da cobertura da Igreja de Cabeça Santa, com as tábuas de forro substituídas, sem acabamento final de uniformização de cor; (b) Tecto da Igreja de S. Mamede de Vila Verde; (c) Tecto da Igreja de S. Nicolau; (d) Cobertura da Igreja de S. Mamede de Vila Verde. Fotografias do autor. Figura 8 Corte transversal da nave da Igreja de S. Mamede de Vila Verde. Desenho do autor.

9 Miguel Malheiro 19 A irregularidade das superfícies dos coroamentos das empenas e as juntas sobredimensionadas obrigaram à sua rufagem com chapa de chumbo, por este ser o material que melhor se adaptava às irregularidades, com aplicação a maço, e porque também ainda era possível a sua utilização na altura de realização do trabalho. Relativamente à Igreja de S. Nicolau, a intervenção previa a manutenção da cobertura existente, substituindo os elementos degradados por outros idênticos aos existentes, mas realçava a necessidade de remoção de uma fiada de granito existente sobre as cornijas e empenas, nos telhados da nave e capela-mor. A remoção dos elementos cerâmicos permitiu observar a existência de duas estruturas, uma mais antiga, onde se encontravam fixadas as tábuas que formavam os tectos com perfil em arco abatido, toscamente realizados, e uma segunda estrutura mais recente, onde apoiavam os elementos cerâmicos, ver Figura 3 (a). A sobreposição destes dois elementos, pressupostamente realizados pela comissão fabriqueira em 1992/93, conforme mencionado na ficha IPA, resultou na necessidade de remate da segunda estrutura devido à nova cota atingida, tendo daí derivado a realização da fiada de granito mencionada acima. A observação dos elementos permitiu concluir que a estrutura original era composta por asnas simples em madeira de castanho, idênticas às soluções das igrejas anteriores, compostas por duas pernas e uma linha sensivelmente posicionada a 1/3 da altura da asna, frechais e um pau de fileira que unia todas as asnas na parte superior. Todos os elementos que compunham esta armação encontravam-se em avançado estado de degradação. A segunda estrutura foi executada em madeira de pinho, apoiada na estrutura original, com espaçamento entre barrotes de cerca de 70 cm, o dobro da estrutura original, sendo observável a criação de flechas de carga no ripado. Assim, a solução tomada foi a remoção integral de toda a estrutura de madeira, e a execução de uma nova estrutura semelhante às realizadas anteriormente, em madeira de castanho. Utilizaram-se secções dos elementos principais das asnas semelhantes aos existentes na solução original, com 6 cm x 11 cm nas pernas e linhas, com afastamento entre asnas de 28 cm. O forro utilizado foi idêntico ao utilizado nas igrejas anteriores, bem como a sua aplicação e formato final, aplicado no extradorso das asnas, havendo a possibilidade de voltar a colocar um tecto de perfil de volta perfeita em posteriores obras de conservação que se venham a realizar no imóvel, dado que o restante espaço interior não foi objecto de intervenção nesta fase. Esta solução permitiu remover integralmente a fiada de granito mencionada anteriormente, devolvendo uma coerência de remate do telhado às empenas que não existia anteriormente. Na Igreja do Mosteiro de Travanca a intervenção levada a cabo partiu da necessidade de reforçar as ligações dos muros nas cotas superiores, por se verificar alguns deslocamentos nos encostos dos mesmos nos vários tramos das naves central e laterais, bem como a remoção das lajes realizadas no século passado, conforme mencionado acima, e a substituição integral dos elementos cerâmicos fissurados das coberturas existentes. A intervenção previa também a averiguação em obra do estado de conservação de todos os madeiramentos, havendo a intenção de realizar a manutenção dos elementos que se encontrassem em bom estado de conservação. Assim, a solução encontrada, depois de reunida toda a informação sobre o imóvel, diagnosticado no local e discutida interdisciplinarmente, passou pela manutenção do sistema existente, realizando os ajustes necessários para um bom comportamento da estrutura ao longo do tempo. O desmonte da estrutura permitiu perceber a degradação da maioria dos elementos a que compunham, salvaguardando-se a maioria das madres, que embora tivessem sujidades várias ainda apresentavam um bom comportamento para a sua função estrutural.

10 20 Intervenções em coberturas medievais em madeira: Tradição e contemporaneidade (a) (b) (c) (d) Figura 9 Trabalhos na Igreja do Salvador de Travanca; (a) Aplicação dos ligadores metálicos no cume da nave central; (b) Aplicação dos ligadores na cobertura da nave lateral Norte, no encosto à nave central; (c) Vista geral dos tectos da nave central, depois das obras; (d) Aplicação de membrana e telha na nave central. Fotografias do autor. Devido aos movimentos dos muros, que passaram pela separação de paredes em alguns tramos, houve a necessidade de realizar a amarração de todos os elementos à periferia dos tramos que compõem as três naves, através de ligações ocultas em aço inoxidável de todos os elementos aos muros, para uma interligação total do sistema de cobertura com as paredes que a suportam. Sobre esta estrutura aplicou-se uma substrutura semelhante à utilizada na Igreja de S. Mamede de Vila Verde, com forro de madeira de castanho, contraripado e ripado, membrana permeável ao vapor e impermeabilizante, e telha de canudo. As inclinações do telhado foram testadas em obra para uma correta compatibilidade com as empenas e desvios em planta dos vários tramos que compõe a estrutura, assegurando-se a uniformidade do acabamento final. Pelo interior, deixaram-se à vista as madres e pernas, tendo sido utilizada uma secção de 8 cm x 11 cm nas pernas, com afastamento entre elas que varia entre os 21 cm e os 23 cm, adequando-se às esquadrias dos tramos. Devido à reutilização das madres e da tonalidade da pedra, realizou-se uma infusão geral em todos os elementos de castanho visíveis pelo interior da igreja para uma maior uniformização dos tectos das naves, mas sem neutralizar a hierarquia dos barrotes. Nas coberturas da capelamor e absidíolos foram igualmente substituídos os elementos cerâmicos, introduzindo-se ripado e contra-ripado com membrana assente sobre os massames de betão existentes, decorrentes das obras realizadas na década de setenta.

11 Miguel Malheiro CONCLUSÃO A cobertura está vinculada ao mito da construção, no mais antigo dos gestos humanos: o de se cobrir e proteger. Elas encontram-se associadas às formas primitivas daqueles edifícios, e apesar das sucessivas metamorfoses, transformações e modificações, elas reconhecem-se sempre naquelas arquiteturas. Pensamos que o conhecimento da origem e sucessivas alterações que as coberturas desta arquitetura medieval sofreram ao longo da vida dos edifícios, constitui um instrumento de aprendizagem fundamental para se voltar a intervir nelas. A constituição de uma equipa em que intervêm a História, a Arqueologia e a Engenharia Civil, contribui positivamente para reler novamente a história, para nela poder intervir, porque se diagnosticam os vários problemas visíveis e invisíveis, assumindo-se como um contributo maior no encontro de soluções para os problemas específicos de cada imóvel. Como afirmamos no início, isto não constitui um princípio, mas sim um fim a atingir, que na maioria dos casos passa por auspiciar soluções simples, simples não simplistas, intimamente relacionadas com as características específicas de cada um, para que em conjunto se valorizem. 6. REFERÊNCIAS [1] A Rota do Românico surge em 1998, no seio dos concelhos que integram a Valsousa (Associação de Municípios do Vale do Sousa), alargando-se em 2010 aos restantes municípios da NUT III-Tâmega. [2] Malheiro M., A presença da Arquitectura. A arquitectura românica do vale do rio Sousa. Tese de Doutoramento, Universidad de Valladolid, Escuela Tecnica Superior de Arquitectura, [3] Tomé M., Património e restauro em Portugal ( ). FAUP publicações, Porto, pp , [4] Os Boletins da DGEMN foram uma publicação que decorreu entre 1935 e 1990, tendo-se publicado 131 números de intervenções em alguns dos mais significativos exemplares do legado histórico português, representando uma proposta de debate a posteriori que tentava incutir uma prática de prestação de contas. [5] Igreja de S. Salvador de Travanca. Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, n.º 15, Lisboa: DGEMN, pp. 18, [6] Idem. [7] Idem. [8] Idem, pp. 26. [9] Igreja de Cabeça Santa. Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, n.º 64, Lisboa: DGEMN, pp. 21, [10] Igreja de Tabuado. Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, n.º 1125, Lisboa: DGEMN, pp. 20, [11] Malheiro M., et al, São Mamede de Vila Verde, Construir uma Igreja com as suas pedras. Rota do Românico, Centro de Estudos do Românico e do Território, Lousada, [12] Malheiro M., Salvaguarda do Património. I Congresso Internacional da Rota do Românico, Rota do Românico, Centro de Estudos do Românico e do Território, pp , 2012.

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