Indicadores da Semana
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- Aparecida Castro Valverde
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1 Indicadores da Semana O Banco Central divulgou a ata do Copom, referente à reunião da semana passada, quando decidiu aumentar a taxa de juros em 0,50 p.p. para 14,25% a.a., sem viés. O documento não trouxe grandes modificações, além da indicação de que o ciclo de altas tenha se encerrado. Leia mais/página 4 Em julho, o IPCA teve variação de 0,62% (abaixo dos 0,79% de junho e maior resultado para meses de julho desde 2004, quando avançou 0,91%). Com isto, o índice acumulou 6,83% no ano. No acumulado em 12 meses, o índice já atinge 9,56%, acelerando 0,66 p.p. quando comparado ao mês anterior. 10 de agosto de 2015 Índice Balança Comercial 2 PIM 3 Ata Copom 4 IPCA 5 PIM Regional 6 Principais variáveis - Brasil previsão** Atividade PIB real (%)* 2,50 0,10-0,90 1º trimestre -1,97 Produção Industrial (%)* 2,10-3,20-5,00 junho -5,21 Comércio Varejista (%)* 4,30 2,20-0,50 maio - Taxa de Desemprego (% do PEA) 5,40 4,30 6,90 junho - Inflação IPCA (%)* 5,90 6,41 9,56 julho 9,32 IGP-M (%)* 5,50 3,69 6,97 julho 7,69 Taxa de juros e câmbio Taxa Selic (%) 10,0 11,8 14,25 julho 14,25 TJLP (%) 5,00 5,00 6,50 3º trimestre - R$ / US$ 2,34 2,66 3,52 31/07/15 3,40 Setor Externo Balança Comercial (US$ blihões)* 2,50-3,90 4,53 junho 7,70 Transações Correntes (% do PIB)* -3,70-4,47-4,47 junho - Investimento Estrangeiro Direto (% do PIB)* 2,86 4,13 4,13 junho - Reservas Internacionais (US$ bilhões) /08/15 - Necessidade de Financiamento do Setor Público Primário (% do PIB)* -1,90-0,60 0,80 junho - Nominal (% do PIB)* 3,05 6,23 8,12 junho - Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 33,6 36,7 34,5 junho 36,2 Crédito do SFN Taxa de juros (% a.a.) 22,4 23,7 27,6 junho - Spreads (p.p.) 13,8 14,9 17,8 junho - Prazo das concessões (meses) 99,4 106,7 115,2 junho - Inadimplência (%) 2,84 2,73 2,90 junho - *Acumulado em 12 meses último dado 2015 **Focus
2 Balança comercial fecha julho com superávit A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,379 bilhões em julho (maior resultado para meses de julho desde 2012), refletindo, principalmente, a queda nas importações (de 24,8% quando comparado com o mesmo período de 2014), que somaram US$ 16,147 bilhões. As exportações também tiveram queda, porém menos intensas (-19,5%), totalizando US$ 18,526 bilhões. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) registrou US$ 34,673 bilhões, no período de referência, abaixo do verificado em A melhora na balança comercial tem se dado pela piora na corrente de comércio. Período (US$ milhões FOB) Exportações Importações Saldo Comercial Corrente de Comércio Julho Acumulado no ano Acumulado 12 meses Fonte: MDIC Variação (%) - Média diária Exportações Importações Julho 2015 / Junho ,8-2,4 Julho 2015 / Julho ,5-24,8 Acumulado no ano / mesmo período do ano anterior -15,5-19,5 Acumulado 12 meses / mesmo período do ano anterior -15,3-13,6 Fonte: MDIC No acumulado no ano, a balança comercial teve superávit de US$ 4,599 bilhões. As exportações foram de US$ 112,854 bilhões (queda de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado). As importações, cuja redução tem sido mais intensa que as exportações, foram de US$ 108,225 bilhões (19,5% menor que o verificado em 2014). Com isso, a corrente de comércio totalizou US$ 221,109 bilhões, reforçando a perda de dinamismo no comércio exterior. Quando comparado com mesmo período de 2014, julho registrou queda nas exportações de produtos básicos (-22,4%), manufaturados (-16,2%) e semimanufaturados (-15,7%). Os principais países compradores de produtos brasileiros foram: China (US$ 4,101 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,182 bilhões), Argentina (US$ 1,211 bilhão), Países Baixos (US$ 1,191 bilhão) e Chile (US$ 425 milhões). Na mesma base de comparação, houve diminuição nas importações de combustíveis e lubrificantes (-60,9%), matérias-primas e intermediários (-17,6%), bens de consumo (-12,7%) e bens de capital (-10,7%). Os cinco principais fornecedores foram: China (US$ 3,254 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,216 bilhões), Argentina (US$ 894 milhões), Alemanha (US$ 883 milhões) e França (US$ 486 milhões). Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) 2
3 Produção Industrial volta a cair em junho A produção industrial caiu 0,3% em junho, quando comparado com mês imediatamente anterior, após crescimento de 0,6% em maio, com taxas negativas alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 15 das 24 atividades pesquisadas. Considerando a mesma base de comparação, entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de consumo duráveis (-10,7%) teve a maior queda, seguido pelos segmentos de bens de capital (-3,3%) e de bens intermediários (-0,2%). Por outro lado, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (1,7%) foi o único com resultado positivo. No acumulado em 2015, comparado ao igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,3% (resultado negativo mais intenso desde 2009), com taxas negativas alcançando as quatro grandes categorias econômicas e as 24 das 26 atividades pesquisadas. Entre as grandes categorias econômicas, as quedas mais acentuadas foram observadas nos setores de bens de capital (-20,0%) e de bens de consumo duráveis (-14,6%). Por sua vez, no acumulado nos últimos doze meses, o índice geral da indústria recuou 5,0%, com desaceleração em todas as grandes categorias econômicas. As quedas mais acentuadas foram verificadas nos setores de bens de capital (-15,4%) e de bens de consumo duráveis (-12,3%). O setor industrial voltou a mostrar, em junho, menor dinamismo ao recuar na comparação com mês anterior, com quedas em três das quatro categorias econômicas e na maior parte das atividades pesquisadas. Entretanto, o indicador acumulado nos últimos doze meses teve recuo de 5,0%, perda menos intensa do que a verificada em maio (-5,3%) e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março de Categorias Econômicas Junho 2015/ Maio 2015 (%)* Junho 2015/ Junho 2014 (%) Acumulado no ano (%) Acumulado 12 meses (%) Indústria Geral -0,30-3,20-6,30-5,00 Bens de Capital -3,30-17,20-20,00-15,40 Bens Intermediários -0,20-1,70-3,10-3,10 Bens de Consumo 0,00-2,40-8,60-5,60 Duráveis -10,70-2,40-14,60-12,30 Semiduráveis e não Duráveis 1,70-2,40-6,70-3,50 *Série com ajuste sazonal 3
4 Copom divulga ata O Banco central divulgou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), referente à reunião da semana passada, quando decidiu aumentar a taxa de juros em 0,50 p.p. para 14,25% a.a., sem viés. O documento não trouxe grandes modificações, além da indicação de que o ciclo de altas tenha se encerrado (já antecipado no comunicado divulgado semana passada). Ademais, a ata segue enfatizando a desaceleração da atividade econômica ao argumentar que o ritmo de expansão da atividade doméstica este ano será inferior ao potencial. Contudo, sugere que, no médio prazo, a atividade tende a se intensificar a medida que mudanças importantes ocorram na composição da demanda e da oferta agregada. A ata continuou indicando que a inflação tende a se elevar no curto prazo e a permanecer elevada em Além disso, o Comitê reafirmou que a convergência da inflação para meta só deve acontecer no final de As mudanças mais significativas estão nas passagens em que o Comitê sugere que ciclo de aperto monetário chegou ao fim. Entretanto, o documento deixa claro que o Copom possa voltar a atuar e, por isso a política monetária vai permanecer vigilante, caso as projeções de inflação se desviem da meta. 27. Para o Copom, o fato de a inflação atualmente se encontrar em patamares elevados reflete, em grande parte, os efeitos de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e realinhamento dos preços administrados em relação aos livres. O Comitê considera ainda que, ao longo da primeira metade de 2015, entre outros fatores, esses ajustes de preços relativos na economia tornaram o balanço de riscos para a inflação desfavorável para este ano. Nesse contexto, conforme antecipado em Notas anteriores, esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos. Ao tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de segunda ordem deles decorrentes, para circunscrevê-los a Nesse contexto, o Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final de 2016 tem se fortalecido. Para o Comitê, os avanços alcançados no combate à inflação a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta. Os riscos remanescentes para que as projeções de inflação do Copom atinjam com segurança o objetivo de 4,5% no final de 2016 são condizentes com o efeito defasado e cumulativo da ação de política monetária, mas exigem que a política monetária se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta. Fonte: Banco Central 4
5 IPCA desacelera em julho O Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de julho registrou variação de 0,62% (abaixo dos 0,79% de junho e maior resultado para meses de julho desde 2004, quando avançou 0,91%). Com isto, o índice acumulou 6,83% no ano (maior resultado para o período de janeiro a julho desde 2003, quando chegou a 6,85%). No acumulado em 12 meses, o índice já atinge 9,56%, acelerando 0,66 p.p. quando comparado ao mês anterior. Vale ainda destacar que o IPCA oscila acima da banda superior da meta de inflação e assim deverá permanecer ao longo do ano, refletindo, primordialmente, o movimento de preços administrados. Os principais responsáveis pelo resultado do mês foram, sobretudo, a elevação nos preços dos alimentos, na energia elétrica e na taxa de água e esgoto. Na comparação com o mês anterior, três dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram aceleração: Alimentação e Bebidas, Habitação e Artigos de residência. % mensal jul/15 jun/15 Índice Geral 0,62 0,79 Alimentação e Bebidas 0,65 0,63 Habitação 1,52 0,86 Artigos de Residência 0,86 0,72 Vestuário -0,31 0,58 Transportes 0,15 0,70 Saúde e Cuidados Pessoais 0,84 0,91 Despesas Pessoais 0,61 1,63 Educação 0,00 0,20 Comunicação 0,30 0,34 o dado subiu na comparação com mês anterior Os preços administrados tiveram variação de 1,17% no mês (ante 1,12% em junho). Em 12 meses o índice acumula 15,99% (contra 15,10% em maio), refletindo, em grande parte, os reajustes nas taxas de energia elétrica e de água e esgoto. Já os preços livres, registraram avanço de 0,45% (contra 0,68% em junho), acumulando 7,68% em 12 meses (contra 7,10% em junho). Por sua vez, o setor de serviços apresentou crescimento de 0,54% no mês (contra 0,80% em junho). No acumulado em 12 meses, a taxa acelerou ao passar de 7,91% em junho para 8,54% julho. Vale notar que, pela terceira vez consecutiva, no fluxo de 12 meses, a inflação de serviços ficou menor do que o índice geral. Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,77% em junho (abaixo do resultado de 0,99% em maio). Com isto, a variação no semestre acumula 6,80% (acima da taxa de 3,79% relativa ao mesmo período 2014). 5
6 Produção Industrial cai em sete dos 14 locais pesquisados A produção industrial nacional caiu 0,3% em junho, com quedas em sete dos 14 locais pesquisados, na série com ajuste sazonal. Os recuos mais intensos foram registrados no Rio Grande do Sul (- 2,3%), na Região Nordeste (-1,1%), no Amazonas (-1,1%) e em Santa Catarina (-1,0%). Por outro lado, o Pará (2,9%), o Ceará (2,6%) e a Bahia (2,2%) tiveram os avanços mais elevados. No acumulado em 2015, a produção industrial nacional recuou 6,3%, com quedas em 12 dos 15 locais pesquisados. Foram registradas quedas, acima da média nacional, em sete locais pesquisados: Amazonas (-14,8%), Rio Grande do Sul (-10,9%), São Paulo (-8,7%), Bahia (-8,6%), Ceará (-8,0%), Minas Gerais (-6,9%) e Paraná (-6,5%). O menor dinamismo se deve, em parte, à redução na fabricação de bens de capital, bens intermediários e bens de consumo semi e não-duráveis. Na contramão, Espírito Santo (17,2%) e Pará (6,8%) apresentaram expansões, principalmente, por conta do setor extrativo. Considerando o acumulado nos últimos doze meses, o índice nacional recuou 5,0% em junho, com queda em 11 dos 15 locais pesquisados, conforme o gráfico a seguir. 6
7 Calendário Mensal - Brasil Agosto e Setembro Data Indicador Último dado Fonte 10/08 seg Boletim Focus - BCB 11/08 ter Produção Agrícola - IBGE 12/08 qua PMC: Pesquisa Mensal de Comércio -0,9 IBGE 13/08 qui Sondagem da América Latina FGV 17/08 seg Boletim Focus - BCB 19/08/ ter PMS: Pesquisa Mensal de Serviços 1,1 IBGE 20/08 qua PIMES:Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salário -1,0 IBGE 21/08 qui PME:Pesquisa Mensal de Emprego 6,9 IBGE 24/08 seg Boletim Focus - BCB Mercado Aberto - BCB 25/08 ter Sondagem do Consumidor -2,3 FGV Setor Externo - BCB 26/08 qua Sondagem da Indústria 1,5 FGV Política Monetária - BCB 27/08 qui RPGC - Tesouro 28/08 sex Política Fiscal - BCB Contas Nacionais Trimestrais -0,2 IBGE IGP-M 0,67 FGV 31/08 seg Boletim Focus - BCB 02/09 qua Copom 14,25 BCB PIM: Produção física -0,3 IBGE Gerência de Estudos Econômicos - Gesec Fernanda Feil Dayane Tavares Telefone: / gesec@abde.org.br Esse boletim é produzido pela Gerência de Estudos Econômicos da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). As edições passadas estão disponíveis para consulta em
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