Planejamento em saúde: que planejamento fazemos hoje no SUS? Luiz Cecilio

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Planejamento em saúde: que planejamento fazemos hoje no SUS? Luiz Cecilio"

Transcrição

1 Planejamento em saúde: que planejamento fazemos hoje no SUS? Luiz Cecilio COSEMS, 2017

2 Três referências para a construção do planejamento em saúde e suas contribuições para o planejamento no SUS. Método CENDES-OPS (1965): a programação em saúde Planificación de Políticas de Salud (1975): o planejamento como instrumento técnico-político. O planejamento Estratégico Situacional de Carlos Matus (PES): o planejamento como instrumento de governo e de luta política.

3 As lógicas e contribuições de cada método: uma genealogia do planejamento no SUS

4 O CENDES-OPS: Programación em salud Contexto Latino-americano: quais os caminhos do desenvolvimento? O círculo vicioso pobreza-doença. A programação como instrumento de alocação RACIONAL de recursos. Epidemiologia como saber estruturante. A racionalidade central do método: a melhor alocação de recursos, com maior custo-benefício, a partir de análise objetiva da realidade.

5 A engenharia do método 1- A definição de prioridades: magnitude, vulnerabilidade, transcendência. 2- A utilização de instrumento de programação : uma combinação de recursos em proporções determinadas de acordo com certas normas, que se emprega para a obtenção de um ou vários objetivos específicos. 3- Instrumentos de programação para o enfrentamento da Difteria. leito-dia hospitalar = salários do profissionais + medicamentos + custos gerais do hospital. Dose de vacina aplicada = custo da vacina + salário da vacinadora.

6 Sistema social Formulación de políticas de salud: OPS/1975 Sistema político População ambiente Poder real: grupos de interesse e pressão Poder formal Necessidades demandas Não Satisfação satisfação Demanda política apoio Nível político (decisões) Nível técnico-administrativo (gerência) Nível técnico-operacional (execução)

7 A operacionalização do plano 1- A definição da Imagem-objetivo: ideologia + conhecimento da situação de saúde. Monopólio do Estado! Não pode receber tratamento metodológico completo. 2- A formulação de proposições: diferença entre IO e a realidade = proposições (soluções). Para a definição das soluções são utilizados critérios políticos, técnicos e administrativos. 3- Análise das proposições: factibilidade e viabilidade. 4- Definição de estratégias e ordenamento das ações no tempo.

8 O Planejamento estratégico-situacional: o PES Bases teórico-conceituais 1- Teoria da Produção Social: regras, acumulações e fatos REGRAS ACUMULAÇÕES FATOS (AÇÃO POLÍTICA) 2- Ator social, situação, apreciação situacional. G e g. 3- Ação humana intencional, dotada de sentido.

9 A epidemia de AIDS como produção social. Regras acumulações sociais fatos sociais o problema Contexto cultural brasileiro globalização Política econômica país Política de fi nanciamento SUS A sexualidade de uma época. As representações sobre a doença. Estrutura familiar Serviços de saúde deficientes Tráfico de drogas Organizações homosexuais Relaçoes homosex. sem proteçãot Relações heterosex. Sem proteção Uso de seringas contaminadas Transimissão vertical Trasfusão com sangue contaminado Dificuldade de acesso a tec. saúde Diagnóstico tardio A epidemia de Aids. Descritores: *incidência *prevalência. *mortalidade *sobrevida Geral Por grupos por regiões municípios Estigma perdas econômica sofrimento

10 O planejamento estratégico-situacional: a operacionalização Momento explicativo: enunciar, descrever e explicar problemas. Momento normativo: desenhar operações. Como enfrentar problemas. Como impactar nós críticos. Análise preliminar de factibilidade: operação...produtos...resultados...recursos. Momento estratégico: dá pra ser? Projetos em disputa, visões diferentes do mundo, controle diferente de recursos, enfrentamento e cooptações, luta política. Momento tático-operacional: como fazer? A gestão do plano. O funcionamento das organizações de saúde. A agenda do dirigente. Como não perder o foco e a atenção? Como combinar o apagaincêndio com a gestão racional do plano?

11 O que é planejar no setor saúde?o que é planejar no Sus? Planejamento de campanhas: campólio. Dengue. Mamografias. A POI (programação e orçamentação integrada) na época do SUDS O plano municipal de saúde nas NOBs Vocês usam HOJE alguma metodologia de planejamento nas suas secretarias? Qual? Quem aplica? Ele orienta as ações do cotidiano?

ENFERMAGEM ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM

ENFERMAGEM ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM ENFERMAGEM ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM Estrutura Organizacional dos Serviços de Enfermagem e Gerenciamento do Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Princípios do Planejamento 1. Definição do Objetivo 2.

Leia mais

SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO

SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO DIRETRIZES CONGREGAÇÃO 04-09-2008 SUMÁRIO 1.BASE TEÓRICA 2. O MODELO 3. O PROGRAMA 4. PRODUTOS ESPERADOS 5. OUTRAS INFORMAÇÕES SUMÁRIO 1.BASE TEÓRICA 2. O MODELO 3. O PROGRAMA

Leia mais

Matus introduz a dimensão estratégica ao planejamento, refletindo sobre:

Matus introduz a dimensão estratégica ao planejamento, refletindo sobre: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) Quem é Carlos Matus: Teve uma prolongada carreira, desde o final da década de 50, na área econômico-financeira da administração pública chilena: - Ministro da

Leia mais

Planejamento Estratégico Situacional

Planejamento Estratégico Situacional Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Odontologia Preventiva e Social Planejamento Estratégico Situacional Professora Dra. Camila Mello dos Santos Planejar É pensar antes de agir, pensar

Leia mais

ENFOQUES TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO PLANEJAMENTO EM SAÚDE

ENFOQUES TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO PLANEJAMENTO EM SAÚDE 17 ENFOQUES TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO PLANEJAMENTO EM SAÚDE Carmen Fontes Teixeira Planejamento é um termo largamente utilizado no cotidiano da política e da administração, tanto na esfera pública quanto

Leia mais

Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Saúde Mental no Brasil

Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Saúde Mental no Brasil Seminário PRISSMA-PESSOAS Rio de Janeiro, RJ 13 e 14 de março de 2008 Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Mental no Brasil Cristina de A. Possas Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento

Leia mais

1. momentos explicativo, 2. normativo, 3. estratégico 4. tático-operacional.

1. momentos explicativo, 2. normativo, 3. estratégico 4. tático-operacional. Planejar é uma atividade própria do ser humano. Pensar em objetivos futuros e definir estratégias para alcançá-los orienta a atuação do homem em todos os espaços. Por que planejamento na área da saúde?

Leia mais

DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO. Luana Gabriele Nilson Núcleo Telessaúde SC

DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO. Luana Gabriele Nilson Núcleo Telessaúde SC apresentam DIAGNÓSTICO COMUNITÁRIO Luana Gabriele Nilson Núcleo Telessaúde SC Esta web tem como objetivo apresentar elementos que orientem e apoiem as equipes de Atenção Básica para a realização do Diagnóstico

Leia mais

Origens do Planejamento

Origens do Planejamento Planejamento Estratégico gico-situacional (PES) 14/4/2014 18:10 Prof. Samuel Jorge Moyses, Ph.D. 1 Origens do Planejamento Estratégico em Saúde FLACSO Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Robirosa

Leia mais

Protocolo de elaboração da Programação Anual de Saúde das Equipes de Saúde da Família

Protocolo de elaboração da Programação Anual de Saúde das Equipes de Saúde da Família Protocolo de elaboração da Programação Anual de Saúde das Equipes de Saúde da Família O planejamento configura-se processo estratégico para a gestão do Sistema Único de Saúde - SUS -, cuja importância

Leia mais

08/01/2018 UMA SISTEMATIZAÇÃO E DISCUSSÃO DE TECNOLOGIA LEVE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO AO SETOR GOVE

08/01/2018 UMA SISTEMATIZAÇÃO E DISCUSSÃO DE TECNOLOGIA LEVE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO AO SETOR GOVE 13th November 2011 UMA SISTEMATIZAÇÃO E DISCUSSÃO DE TECNOLOGIA LEVE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO AO SETOR GOVERNAMENTAL Introdução Neste texto o autor relata uma experiência vivida em um órgão

Leia mais

Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari -

Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari - Projeto Interfederativo: Resposta Rápida à Sífilis nas Redes de Atenção - Salvador e Camaçari - Encontro Estadual para Fortalecimento da Atenção Básica Salvador, 05 de julho de 2018 Marislan Neves Sofia

Leia mais

01/11/2018. Vigilância em Saúde do Trabalhador HISTÓRICO HISTÓRICO HISTÓRICO

01/11/2018. Vigilância em Saúde do Trabalhador HISTÓRICO HISTÓRICO HISTÓRICO A expressão vigilância em saúde remete, inicialmente, à palavra vigiar. Sua origem do latim vigilare significa, de acordo com o Dicionário Aurélio: observar atentamente estar atento a atentar em estar

Leia mais

Manual Prático de Planejamento Estratégico

Manual Prático de Planejamento Estratégico Manual Prático de Planejamento Estratégico 1 I - Introdução O ano de 1997 foi fundamental para a firmação do DSBN (Distrito Sanitário Bairro Novo) com a sua implantação oficial mediante a criação da 8ª

Leia mais

Módulo 6. Planejamento em Saúde e Práticas Locais UNIDADE DE APRENDIZAGEM III

Módulo 6. Planejamento em Saúde e Práticas Locais UNIDADE DE APRENDIZAGEM III Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde Fundação Nacional de Saúde Fundação Oswaldo Cruz UNIDADE DE APRENDIZAGEM III Módulo 6 Planejamento

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE FERRAMENTAS DE GESTÃO MUNIICPAL E O PAPEL DO DEPARTAMENTO REGIONAL DE SAÚDE Adriana Ruzene Departamento Regional de Saúde de Franca/SP email: drs8@saude.sp.gov.br SECRETARIA

Leia mais

Mini Curso Orientações para a elaboração dos Planos Decenais Municipais

Mini Curso Orientações para a elaboração dos Planos Decenais Municipais XVIII ENCONTRO NACIONAL DO CONGEMAS Plano Decenal: Concretizando o Pacto Federativo Brasília, 23 a 25 de maio de 2016 Mini Curso Orientações para a elaboração dos Planos Decenais Municipais Facilitadoras:

Leia mais

Respostas frente a aids no Brasil: aprimorando o debate II Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas?

Respostas frente a aids no Brasil: aprimorando o debate II Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas? Acesso a serviços: novas estratégias para antigos problemas? Alexandre Grangeiro Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2009 Depende da definição: Novas estratégias? Sim Se o novo é fazer o conhecido e o que

Leia mais

EXERCÍCIO DE PLANEJAMENTO

EXERCÍCIO DE PLANEJAMENTO EXERCÍCIO DE PLANEJAMENTO Exemplo O intervalo de tempo que decorre da alta assinada do paciente e sua saída do hospital é muito prolongado. DESCREVER BEM O PROBLEMA Busca-se caracterizar o problema com

Leia mais

Curso de Especialização PLANEJAMENTO EM SAÚDE EXERCÍCIOS. I. Elaboração do Módulo Operacional

Curso de Especialização PLANEJAMENTO EM SAÚDE EXERCÍCIOS. I. Elaboração do Módulo Operacional EXERCÍCIOS I. Elaboração do Módulo Operacional A Programação das ações e serviços implica na organização lógica e temporal das atividades a serem desenvolvidas com a definição dos responsáveis, dos recursos

Leia mais

Antônio José Costa Cardoso

Antônio José Costa Cardoso Antônio José Costa Cardoso E-mail: pps.201243@gmail.com Senha: dsc20131 Objetivos específicos Objetivos da Aula 9 Finalizar a Análise de Situação (Identificação, definição, seleção e análise de problemas);

Leia mais

Dos aspectos constitucionais à elaboração de um plano institucional

Dos aspectos constitucionais à elaboração de um plano institucional Rogério Luiz Buccelli Assessoria de Planejamento Estratégico - APE Hotel Majestic Águas de Lindóia/SP (2008) 1. Planejamento egoverno Planejamento, significa pensar antes de agir. Pensar sistematicamente,

Leia mais

Planejamento e programação das ações de vigilância da saúde no nível local do sistema único de saúde

Planejamento e programação das ações de vigilância da saúde no nível local do sistema único de saúde 1 Versão de trabalho em revisão PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO NÍVEL LOCAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Ana Luiza Queiroz Vilasbôas Planejamento e programação das ações de

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Disciplina do curso de Especialização em Gestão Pública (48horas) Período: Quintas feiras 28/08 a 04/12/2014 28/08 Ok; não tivemos aulas nos dias: 04/09 e 11/09 - Ok ; Aulas de

Leia mais

ANEXO 2 TEMÁTICAS E CATEGORIAS DAS EXPERIÊNCIAS

ANEXO 2 TEMÁTICAS E CATEGORIAS DAS EXPERIÊNCIAS ANEXO 2 TEMÁTICAS E CATEGORIAS DAS EXPERIÊNCIAS TEMÁTICA CATEGORIA ESPECIFICAÇÃO DE RELATO Inclui relatos sobre práticas na elaboração e acompanhamento dos Instrumentos: 1.A FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO

Leia mais

UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA

UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA Gestão Baseada na Epidemiologia Petra Oliveira Duarte Vitória de Santo Antão, 2014 UFPE-CAV - SAÚDE COLETIVA OBJETIVO O objetivo da aula é discutir a relação entre gestão

Leia mais

QUANTOS ADOECEM E MORREM?

QUANTOS ADOECEM E MORREM? QUANTOS ADOECEM E MORREM? Medidas de frequência de doenças Razão, proporções, índice. Indicadores epidemiológicos de morbidade: Conceitos e exemplos de incidência e prevalência. O Enfoque epidemiológico

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

CÓDIGO PROGRAMA ASSUNTO DURAÇÃO Homens de rua. Todos os dias são seus. Se você me ama.

CÓDIGO PROGRAMA ASSUNTO DURAÇÃO Homens de rua. Todos os dias são seus. Se você me ama. 11.001 Homens de rua. Todos os dias são seus. Se você me ama. AIDS e meninos de rua. AIDS, sexo e mulher. AIDS e mães. 11.002 Abra a boca sobre a AIDS. Dialogue sexo. Pare, pense, use (métodos contraceptivos).

Leia mais

Estratégia brasileira de desenvolvimento nos anos 2010: tres frentes de expansão. Ricardo Bielschowsky Apresentação na Unicamp Maio de 2012

Estratégia brasileira de desenvolvimento nos anos 2010: tres frentes de expansão. Ricardo Bielschowsky Apresentação na Unicamp Maio de 2012 Estratégia brasileira de desenvolvimento nos anos 2010: tres frentes de expansão Ricardo Bielschowsky Apresentação na Unicamp Maio de 2012 Tres fases do desenvolvimento no Brasil (1950-2012) Padrões de

Leia mais

Programa Bolsa Família Pós-coleta dos dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde

Programa Bolsa Família Pós-coleta dos dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde XIV Encontro Nacional da Rede de Alimentação e Nutrição do SUS e Reunião do Programa Bolsa Família na Saúde Programa Bolsa Família Pós-coleta dos dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde

Leia mais

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE Sistemas & Gestão 13 (2018), pp 25-35 APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE Géssica Silva Cazagrande gessica_cazao@hotmail.com

Leia mais

Boletim epidemiológico HIV/AIDS - 2015 30/11/2015

Boletim epidemiológico HIV/AIDS - 2015 30/11/2015 HIV/AIDS - 215 3/11/215 Página 1 de 6 1. Descrição da doença A AIDS é uma doença causada pelo vírus do HIV, que é um retrovírus adquirido principalmente por via sexual (sexo desprotegido) e sanguínea,

Leia mais

Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II

Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II AULA 2 Medindo e descrevendo a ocorrência das doenças 2016-1 1 Medindo a ocorrência das doenças 1: Contagem,

Leia mais

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE. Etapas. Delimitação 11/4/2012. Diagnóstico de Saúde da Comunidade. Informações Gerais sobre a Área

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE. Etapas. Delimitação 11/4/2012. Diagnóstico de Saúde da Comunidade. Informações Gerais sobre a Área ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE Diagnóstico de da Comunidade Faculdade de Pública Zilda Pereira da Silva 2012 Delimitação São muitos os aspectos e alternativas a considerar na elaboração de

Leia mais

Tema Planejamento Estratégico Situacional em Saúde

Tema Planejamento Estratégico Situacional em Saúde Tema Planejamento Estratégico Situacional em Saúde Projeto Curso Disciplina Tema Professora Pós-graduação Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família Planejamento e Gestão em Saúde Planejamento Estratégico

Leia mais

SUS, Equidade e Saúde da população LGBT

SUS, Equidade e Saúde da população LGBT SUS, Equidade e Saúde da população LGBT As Paradas do Orgulho LGBT em Fortaleza As Paradas do Orgulho LGBT são capítulo importante e fundamental de visibilidade massiva que almeja discutir e incluir no

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS PROGRAMA DE DISCIPLINA DEPARTAMENTO DE SAÚDE CÓDIGO: SAU264 DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II CARGA HORÁRIA: 450h EMENTA: Atuação do estudante de enfermagem nas áreas

Leia mais

R 1 - PERCENTUAL DE CADA GRANDE ÁREA

R 1 - PERCENTUAL DE CADA GRANDE ÁREA R 1 - PERCENTUAL DE CADA GRANDE ÁREA 15% 10% 35% 10% CLINICA MÉDICA CIRURGIA 15% 15% PEDIATRIA GINECO OBSTETRÍCIA PREVENTIVA MEDICINA PREVENTIVA 18% 33% 5% 5% 7% 7% 10% 7% 8% SUS Vigilância Estatística

Leia mais

E p i d e m i o l o g i a

E p i d e m i o l o g i a Anisio de Moura Conceito Aplicações Gestão Hospitais Conceito Aplicações Gestão Hospitais História Primeiras Quantificações Surgimento dos Estados: necessidade de contar o povo (produção) e o exército

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM UMA FARMÁCIA BÁSICA DE UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO PARANÁ

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM UMA FARMÁCIA BÁSICA DE UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO PARANÁ 38 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COMO FERRAMENTA PARA GESTÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM UMA FARMÁCIA BÁSICA DE UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO PARANÁ STRATEGIC PLANNING AS A TOOL FOR PHARMACEUTICAL CARE MANAGEMENT

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - 2014 Método de Análise das Metas Planeja SUS (MS) Níveis de cumprimento das metas: I = até 25% II = 26 a 50% III = 51-75% IV PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2014 ANÁLISE 37,5% 24

Leia mais

semana 03/05/2014 a 09/05/2014 semana 10/05/2014 a 16/05/2014 semana 17/05/2014 a 23/05/ e 25/05/2014

semana 03/05/2014 a 09/05/2014 semana 10/05/2014 a 16/05/2014 semana 17/05/2014 a 23/05/ e 25/05/2014 semana 03/05/2014 a 09/05/2014 semana 10/05/2014 a 16/05/2014 semana 17/05/2014 a 23/05/2014 24 e 25/05/2014 PROGRAMAÇÃO DE 03/05/2014 a 09/05/2014 PROGRAMAÇÃO DE 03/05/2014 a 09/05/2014 PROGRAMAÇÃO DE

Leia mais

COGESPA 2016 PREVENÇÃO. Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo

COGESPA 2016 PREVENÇÃO. Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo COGESPA 2016 PREVENÇÃO Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo Diminuir a incidência de HIV/Aids entre as mulheres

Leia mais

PLANEJAMENTO E GERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

PLANEJAMENTO E GERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR PLANEJAMENTO E GERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR EMENTA Capacitar profissionais de saúde para acompanhamento, plamejamento, gestão de programas de proteção à saúde dos trabalhos em geral, proporcionando

Leia mais

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids História da vigilância do HIV e Aids Pré 2004 Múltiplas definições de caso de AIDS (1984-98). A notificação de HIV não era uma recomendação

Leia mais

Programa Nacional de Controle da Tuberculose

Programa Nacional de Controle da Tuberculose Programa Nacional de Controle da Tuberculose FERNANDA DOCKHORN COSTA CGPNCT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br Julho/ 2016 Tuberculose no Brasil - 2015

Leia mais

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR Nome do COMPONENTE CURRICULAR: Planejamento e Programação na Administração Pública Curso: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Série/Período: 5º Carga Horária: 60h Horas

Leia mais

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS PACTO PELA VIDA PRIORIDADE: I - ATENCAO A SAUDE DO IDOSO. OBJETIVO: PROMOVER A FORMACAO

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil

Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DAS DST/Aids/HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DAS DST/Aids/HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE UFRN UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DAS DST/Aids/HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE HIV e aids na população jovem da Paraíba: Intervenção nas Regiões de Saúde mais afetadas

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências

Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências 2013-2020 Plano de Ação para a redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências 2013-2016 Metodologia PNRPCAD 2013-2020 e PA 2013-2016

Leia mais

Francisco Javier Uribe Rivera* INTRODUÇÃO

Francisco Javier Uribe Rivera* INTRODUÇÃO A programação local de saúde, os Distritos Sanitários e a necessidade de um enfoque estratégico Francisco Javier Uribe Rivera* O presente trabalho faz uma análise crítica de várias formas ou metodologias

Leia mais

Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro Gerente de Vigilância em Saúde Ambiental SMS/COVISA/GVISAM

Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro Gerente de Vigilância em Saúde Ambiental SMS/COVISA/GVISAM Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental VIGIAR Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade do Ar Vera Lucia Anacleto Cardoso Allegro Gerente de Vigilância em Saúde Ambiental SMS/COVISA/GVISAM

Leia mais

Informações de Impressão

Informações de Impressão Questão: 368406 Qual a maneira correta de descartar seringa com agulha, após seu uso? 1) Desconectar a agulha da seringa e jogar a agulha em recipiente para perfuro-cortante. 2) Desprezar todo o conjunto,

Leia mais

Cadernos de Saúde Pública anos! Bem Comum da Saúde Coletiva

Cadernos de Saúde Pública anos! Bem Comum da Saúde Coletiva Cadernos de Saúde Pública 2018 34 anos! Bem Comum da Saúde Coletiva O desafio A proposta é discutir de forma crítica o objetivo da publicação em nossa área, especialmente frente à perene pressão do "publish

Leia mais

Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas

Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas Curso Estratégias para territorialização de políticas públicas em favelas A Cooperação Social da Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir de um acúmulo de experiências em diálogo, assessoramento,

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011 Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

Sistemas de informações de saúde. Ferramentas de tabulação e análise. Planejamento integrado ANÁLISE ESTRATÉGICA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE

Sistemas de informações de saúde. Ferramentas de tabulação e análise. Planejamento integrado ANÁLISE ESTRATÉGICA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE ANÁLISE ESTRATÉGICA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE Sistemas de informações de saúde Ferramentas de tabulação e análise Planejamento integrado Goretti Cunha CPCS/SESAP/RN g Análise de Situação da Saúde Definição:

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE FERRAMENTAS DE GESTÃO MUNIICPAL E O PAPEL DO DEPARTAMENTO REGIONAL DE SAÚDE Adriana Ruzene Departamento Regional de Saúde de Franca/SP email: drs8@saude.sp.gov.br SECRETARIA

Leia mais

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE

APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE ISSN 1984-9354 APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES) NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MÉDIO PORTE Área temática: Gestão Estratégica e Organizacional

Leia mais

A relação entre morbi-mortalidade infantil e acesso à água de qualidade. Profª. Dra. Susana Segura Muñoz

A relação entre morbi-mortalidade infantil e acesso à água de qualidade. Profª. Dra. Susana Segura Muñoz A relação entre morbi-mortalidade infantil e acesso à água de qualidade Profª. Dra. Susana Segura Muñoz Bairro da Esperança ¼ dos municípios brasileiros com rede de distribuição de água convive com racionamento

Leia mais

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Algumas características básicas da epidemiologia: todos os achados devem ser referidos à população; as doenças

Leia mais

PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA

PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA PREVALENCIA DAS DOENÇAS CRONICAS NÃO-TRANSMISSIVEIS EM IDOSOS NO ESTADO DA PARAIBA Rita de Cássia Sousa Silva (1); Daniele Fidelis de Araújo (1); Ítalo de Lima Farias (2); Socorro Malaquias dos Santos

Leia mais

O papel da comunidade nas ações de promoção de saúde em tuberculose

O papel da comunidade nas ações de promoção de saúde em tuberculose O papel da comunidade nas ações de promoção de saúde em tuberculose Um pouco do Comitê Tb Desde 2005, ação do Fundo Global Tb Brasil, criados 11 comitês de tuberculose. Missão: Ser um articulador entre

Leia mais

Medidas de ocorrência de doença

Medidas de ocorrência de doença Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Medidas de ocorrência de doença ANA PAULA SAYURI SATO Companhia Pop. 1851 HISTÓRICO Mortes por cólera Coef. Mort /1000

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL: ESTUDO DE CASO EM UMA FARMÁCIA BÁSICA MUNICIPAL

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL: ESTUDO DE CASO EM UMA FARMÁCIA BÁSICA MUNICIPAL 46 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL: ESTUDO DE CASO EM UMA FARMÁCIA BÁSICA MUNICIPAL SITUACIONAL STRATEGIC PLANNING: A CASE STUDY IN A CITY PRIMARY PHARMACY Priscila Lima de Araujo SCALERCIO 1 ; Alexandra

Leia mais

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Brasília, 03 de junho de 2004 OBJETIVOS Discutir as principais questões relacionadas

Leia mais

A saúde e as políticas públicas: conceitos e tendências Francisco Carlos Cardoso de Campos

A saúde e as políticas públicas: conceitos e tendências Francisco Carlos Cardoso de Campos A saúde e as políticas públicas: conceitos e tendências Francisco Carlos Cardoso de Campos São Paulo 25 de Fevereiro de 2015 Determinantes sociais da saúde Tendências cenário otimista Retomada do crescimento

Leia mais

Vigilância Epidemiológica Informar para conhecer. Profª Sandra Costa Fonseca

Vigilância Epidemiológica Informar para conhecer. Profª Sandra Costa Fonseca Vigilância Epidemiológica Informar para conhecer Profª Sandra Costa Fonseca Lições da varíola Uma das enfermidades mais devastadoras da história da humanidade Quase 500 milhões de mortes só no século XX

Leia mais

Pacto pela Saúde no. desafios. Maringá,, 23 de agosto de 2007

Pacto pela Saúde no. desafios. Maringá,, 23 de agosto de 2007 Pacto pela Saúde no Paraná avanços e desafios Maringá,, 23 de agosto de 2007 Teses do CONASEMS As Teses formuladas para o período 2005/2007 qualificaram os posicionamentos municipalistas,, abordando questões

Leia mais

DISCIPLINA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL

DISCIPLINA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MODALIDADE A DISTÂNCIA DISCIPLINA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL Profª MSc. Tatiane Monte Santana

Leia mais

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer.

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer. Vigilância Epidemiológica Histórico: Antes da primeira metade da década de 60. Observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de Doenças Transmissíveis. Tratava-se da vigilância de pessoas,

Leia mais

PRINCIPAIS DILEMAS NA ATENÇÃO PRIMARIA EM SAUDE (APS)

PRINCIPAIS DILEMAS NA ATENÇÃO PRIMARIA EM SAUDE (APS) PRINCIPAIS DILEMAS NA ATENÇÃO PRIMARIA EM SAUDE (APS) No contexto internacional Dr. Juan Seclen OPAS PWR Brasil Maio 2003 Aspectos preliminares Objetivos: Descrever os aspectos conceptuais da APS no contexto

Leia mais

Prof. Benedito Silva Neto Disciplina de Extensão Rural Curso de Agronomia Linha de Formação em Agroecologia Universidade Federal da Fronteira Sul

Prof. Benedito Silva Neto Disciplina de Extensão Rural Curso de Agronomia Linha de Formação em Agroecologia Universidade Federal da Fronteira Sul Prof. Benedito Silva Neto Disciplina de Extensão Rural Curso de Agronomia Linha de Formação em Agroecologia Universidade Federal da Fronteira Sul campus Cerro Largo Introdução Sistemas agrários e materialismo

Leia mais

Audiência Comissão de Saúde Assembleia da República, 28 Setembro Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes

Audiência Comissão de Saúde Assembleia da República, 28 Setembro Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes Audiência Comissão de Saúde Assembleia da República, 28 Setembro 2016 Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes O problema Elevada prevalência de infeções hospitalares de consumo de

Leia mais

Saúde no Brasil Histórias e Desafios. Jaqueline Castro

Saúde no Brasil Histórias e Desafios. Jaqueline Castro Saúde no Brasil Histórias e Desafios Jaqueline Castro Residecoadm.hu@ufjf.edu.br 40095172 Qual a importância de estudar saúde em economia? Saúde é importante para o desenvolvimento na visto que eleva a

Leia mais

SUMÁRIO 1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM O Gerenciamento de enfermagem e o processo de enfermagem... 6

SUMÁRIO 1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM O Gerenciamento de enfermagem e o processo de enfermagem... 6 0 1 SUMÁRIO 1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM...3 1.1 O Gerenciamento de enfermagem e o processo de enfermagem... 6 2. GERENCIAMENTO e PLANEJAMENTO EM ENFERMAGEM... 9 2.1 Planejar e gerenciar... 9 2.2 Planejamento

Leia mais

Epidemiologia PROFS. FRANCISCO E ANA PAULA

Epidemiologia PROFS. FRANCISCO E ANA PAULA Epidemiologia HEP0136 EPIDEMIOLOGIA PROFS. FRANCISCO E ANA PAULA Epidemiologia: Definição O que é? Etimologicamente: Epi = sobre demo= população logos = tratado/ciência O estudo da frequência e da distribuição

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE LIRCE LAMOUNIER

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE LIRCE LAMOUNIER SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE ESTADO DE GOIÁS ORGANIZAÇÃO DO SUS LIRCE LAMOUNIER DISCIPLINA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA, GESTÃO PESSOAL E MULTIPROFISSIONAL (ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS) FACULDADE DE FARMÁCIA

Leia mais

Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS. Jorge Harada

Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS. Jorge Harada Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS Jorge Harada Voltando no tempo... Estado autoritário, controlador, centralizador Sistema de Saúde Fragmentado Restrição de acesso Sem participação

Leia mais

1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM

1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM 0 1 1. GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM Segundo Weirich (2009), a gerência deve ser entendida como atribuição dos dirigentes na perspectiva de construção de um objetivo a fim de atender às necessidades da população

Leia mais

Avaliação econômica do Programa de Saúde da Família em municípios do Estado da Bahia uma análise de viabilidade

Avaliação econômica do Programa de Saúde da Família em municípios do Estado da Bahia uma análise de viabilidade VI ENCONTRO BRASILEIRO DE ECONOMIA DA SAÚDE Avaliação econômica do Programa de Saúde da Família em municípios do Estado da Bahia uma análise de viabilidade APRESENTADORA: Edyara Santana DEZEMBRO/2002 Projeto

Leia mais

Estratégias de Combate a Sífilis

Estratégias de Combate a Sífilis Estratégias de Combate a Sífilis Sífilis A prevenção da transmissão vertical da sífilis é uma prioridade das Instituições: SESAB Ministério da Saúde OMS OPAS E visa assegurar o direito à atenção humanizada

Leia mais

Capítulo 2. Planificação em saúde na América Latina: uma construção histórico-social

Capítulo 2. Planificação em saúde na América Latina: uma construção histórico-social Capítulo 2 Planificação em saúde na América Latina: uma construção histórico-social Washington Luiz Abreu de Jesus Marluce Maria Araújo Assis Chaider Gonçalves Andrade Sisse Figueredo de Santana SciELO

Leia mais

300 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA AGENTE COMUNITÁRIO

300 QUESTÕES DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA AGENTE COMUNITÁRIO Caro Leitor, A equipe técnica do Concurseiro da Saúde empenha-se em desenvolver apostilas e materiais atualizados de acordo com as leis recentemente publicadas a fim de estar sempre em consonância com

Leia mais

Seminário Valor Econômico Perspectivas do Setor Saúde no Brasil

Seminário Valor Econômico Perspectivas do Setor Saúde no Brasil Seminário Valor Econômico Perspectivas do Setor Saúde no Brasil A Perspectiva do Complexo Industrial da Saúde: o desenvolvimento industrial e científico do setor e rumos para a assistência farmacêutica

Leia mais

Vigilância das Doenças Crônicas Não

Vigilância das Doenças Crônicas Não Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde Coletiva MEB Epidemiologia IV Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil Maria Isabel do Nascimento MEB/ Departamento de Epidemiologia

Leia mais

Parte I - Concepções teóricas para o planejamento em enfermagem 6 - O Planejamento Estratégico Situacional

Parte I - Concepções teóricas para o planejamento em enfermagem 6 - O Planejamento Estratégico Situacional Parte I - Concepções teóricas para o planejamento em enfermagem 6 - O Planejamento Estratégico Situacional Ricardo Matos Santana Ângela Tamiko Sato Tahara SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros SANTANA,

Leia mais

A Epidemiologia Descritiva

A Epidemiologia Descritiva A Epidemiologia Descritiva A Epidemiologia no seu processo descritivo estuda a distribuição de frequências das doenças e dos agravos à saúde coletiva em função das variáveis ligadas ao tempo, ao espaço

Leia mais

Análise espacial dos casos de Aids em homens no município de São Paulo entre 2001 e 2010.

Análise espacial dos casos de Aids em homens no município de São Paulo entre 2001 e 2010. Análise espacial dos casos de Aids em homens no município de São Paulo entre 2001 e 2010. IX Congresso Brasileiro de Epidemiologia 08 de setembro de 2014 Breno Souza de Aguiar Prof. Dr. Francisco Chiaravalloti

Leia mais

Allan Claudius Queiroz Barbosa (Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG) Mariana Reis Juliani (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais)

Allan Claudius Queiroz Barbosa (Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG) Mariana Reis Juliani (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) Ponto de Partida ANÁLISE DA SAÚDE EM MINAS GERAIS O PRINCIPAL OBJETIVO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS É MELHORAR A QUALIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Mendes, 2010 atualizado O ÍNDICE DE NECESSIDADES EM SAÚDE

Leia mais

Ano V Nov./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Prof. Dr. Amaury L. Dal Fabbro, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo Henrique dos S.

Ano V Nov./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Prof. Dr. Amaury L. Dal Fabbro, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo Henrique dos S. O Boletim de Setembro/2018 apresentou dados referentes ao capítulo I do CID 10 (Algumas doenças infecciosas e parasitárias), no que diz respeito às doenças que podem ser evitadas por vacinas que estão

Leia mais

Projeto Qualisus. Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde. Brasília-DF, junho de 2004.

Projeto Qualisus. Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde. Brasília-DF, junho de 2004. Projeto Qualisus Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde Brasília-DF, junho de 2004. Agenda Estratégica do MS Projeto Farmácia Popular; Qualificação da Atenção

Leia mais

CRENÇAS SOBRE AIDS EM IDOSOS E VULNERABILIDADES DE PESSOAS ACIMA DE 50 ANOS DA POPULAÇÃO EM GERAL

CRENÇAS SOBRE AIDS EM IDOSOS E VULNERABILIDADES DE PESSOAS ACIMA DE 50 ANOS DA POPULAÇÃO EM GERAL CRENÇAS SOBRE AIDS EM IDOSOS E VULNERABILIDADES DE PESSOAS ACIMA DE 50 ANOS DA POPULAÇÃO EM GERAL Josevania da Silva UNIPÊ/UEPB josevaniasco@gmail.com Renata Pires Mendes da Nóbrega UNIPÊ - renata_pmn@hotmail.com

Leia mais

A saúde do tamanho do Brasil

A saúde do tamanho do Brasil A saúde do tamanho do Brasil BREVE HISTÓRIA DE UMA LONGA CAMINHADA A saúde é um direito de todos e um dever do estado. Essa conquista social, incorporada à Constituição Federal de 1988 e construída a partir

Leia mais

aula 6: quantificação de eventos em saúde

aula 6: quantificação de eventos em saúde ACH-1043 Epidemiologia e Microbiologia aula 6: quantificação de eventos em saúde Helene Mariko Ueno papoula@usp.br Como quantificar eventos relacionados à saúde? O que medir? Como medir? Quando medir?

Leia mais

ANEXO II. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. O Estado e os Problemas contemporâneos

ANEXO II. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. O Estado e os Problemas contemporâneos CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE SAÚDE GRUPO DA DISCIPLINA Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 SEMESTRE DA OFERTA SEGUNDO TERCEIRO O Público e o Privado na Políticas Públicas Metodologia Pública da PÓS-

Leia mais