Autoria: Maria do Socorro W. F. Gushikem, Patrícia de Souza Costa, Carmem Sylvia Borges Tibério. Resumo

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1 Análise da Contabilização e da Evidenciação das Parcerias Instituídas para Captação de Recursos na Estrutura de Capital das Empresas do Setor Petrolífero: o caso da Petrobrás Resumo Autoria: Maria do Socorro W. F. Gushikem, Patrícia de Souza Costa, Carmem Sylvia Borges Tibério O objetivo deste trabalho é analisar como se apresentam contabilizadas e evidenciadas as parcerias instituídas para captação de recursos na estrutura de capital da Petrobrás. Analisaram-se as notas explicativas das demonstrações contábeis publicadas da Petrobrás S.A, referentes ao exercício findo de 31 de dezembro de 1998 a 2004 e a estrutura de capital do período de 1996 a As análises constataram, quanto aos aspectos do ordenamento e clareza, que necessitam ser uniformizados, para facilitar a comparabilidade entre períodos e que, com relação à comparação entre os veículos de publicação, dos 10 projetos de parcerias inclusos nas notas explicativas, a informação encontra-se com um percentual de evidenciação maior na Securities and Exchange Commission (SEC). As informações apresentam uma variação de conteúdo entre 0% a 100% na evidenciação, dependendo da publicação focada. O procedimento usado para a contabilização dessas parcerias é o do leasing operacional, em oposição às evidências do leasing financeiro. A evolução dos capitais demonstra uma opção da empresa pelos capitais de curto e longo prazo, predominando os do primeiro tipo, e opção pela rentabilidade em vez da liquidez, obtendo como resultado um alto grau de endividamento. 1 INTRODUÇÃO A redução do ritmo de crescimento econômico mundial, nos anos 80 e 90, o questionamento quanto à eficiência da atuação dos Estados Nacionais nos setores de infraestrutura e o aumento da taxa de juros, que afetavam os encargos financeiros das dívidas contraídas pelos Estados e que comprometiam a capacidade de mobilização de recursos, afetando o equilíbrio financeiro das empresas, levaram à busca por soluções que representassem inovações institucionais e financeiras para os setores de infra-estrutura, em especial projetos de investimentos. Essa busca desembocou em formas de obtenção de recursos que se convencionou chamar de Project Finance, uma técnica em que a capacidade do projeto em gerar recursos garantiria o pagamento e a remuneração do capital investido independente das empresas empreendedoras desse projeto (VIEIRA et al., 1999). A Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, possibilitou os consórcios se revestirem formalmente de capacidade jurídica o que levou a criação das Sociedades de Propósito Específico (SPE), que passariam a representar o projeto como entidade. As SPEs são sociedades criadas exclusivamente para dar existência legal a um projeto e a seu fluxo de caixa (BRASIL, 1993). Atualmente qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda as suas exigências poderá dedicar-se às atividades do setor petrolífero, com as devidas ressalvas efetuadas pela lei no que se refere à Petrobrás. A Petrobrás, frente a essas mudanças de políticas, iniciou, a partir de 1997, a implementação desses Project Finance e de suas respectivas SPEs, estabelecendo parcerias operacionais com o objetivo de prover recursos para o desenvolvimento contínuo de seus projetos relacionados à exploração e produção e passou a evidenciar essas informações em suas Demonstrações Financeiras, especificamente nas Notas Explicativas no item denominado Projetos Estruturados (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2005). 1

2 As sociedades controladas, individualmente ou em conjunto, e as Entidades de Propósito Específico (EPE) deverão ser incluídas pela companhia aberta em suas demonstrações contábeis consolidadas quando a essência de sua relação com a companhia aberta indicar que as atividades dessas entidades são controladas, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto (BRASIL, 2004). Os acordos firmados pela Petrobrás com os consórcios, em relação a esses projetos, foram considerados como operações de arrendamento mercantil (leasing operacional). De acordo com os Princípios Fundamentais de Contábeis (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993). Lei das Sociedades por ações (BRASIL, 1976) e as regulamentações promulgadas pela Comissão de Valores Mobiliários, vigente em 31 de dez. de 2001, os valores investidos em ativos e respectivos recursos financeiros, relacionados a projetos estruturados, sobre a modalidade de project finance, não eram incluídos no Balanço Patrimonial da Empresa. A partir de 31 de dezembro de 2003, para fins de contabilização e de acordo com a Instrução CVM n 408 e a FIN 46 a Petrobrás passou a consolidar as SPEs linha a linha. Vale ressaltar que as demonstrações contábeis consolidadas pela Petrobrás enviada a Securities and Exchange Commission (SEC) diferem em certos aspectos das práticas contábeis adotadas no Brasil, encontrando-se em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (U.S. GAAP) e pelas normas e regulamentações promulgadas pela SEC (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2005a; PETRÓLEO BRASILEIRO S.A., 2005). A exigência da Securities and Exchange Commission (2005), em relação às apresentações contábeis das companhias que utilizam o instrumento da captação de recursos denominado Project Finance, é que devam ser incorporados aos balancetes, através de Notas Explicativas. Isso demonstra a preocupação de esclarecer que a vantagem que as empresas esperam obter em relação à sua proporção de endividamento e riscos podem se constituir uma ilusão para os interessados na informação (VIEIRA et al., 1999). Esse fato mostra a prudência dos órgãos fiscalizadores americanos frente à credibilidade abalada depois dos escândalos que a Enron i protagonizou, se constituindo na maior falência da história americana, lesando os pequenos e médios investidores dessa empresa e desencadeando uma série de escândalos (Worldcom, Arthur Andersen entre outros) (BERGAMINI Jr., 2002). A Sarbanes-Oxley Act, foi um ato editado pelo congresso e o governo norte-americano em 2002 e trata sobre a reforma corporativa, no sentido de dar maior publicidade às informações, propiciando fiscalizações preventivas pela SEC, coibindo a conduta antiética de administradores e auditores, restaurando a confiabilidade nas demonstrações contábeis e financeiras, entre outras coisas, e com isso incentivando o investimento na Bolsa de Valores. Essa lei também deverá ser obedecida por todas as empresas brasileiras que negociam nas bolsas de valores norte-americanas (SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION, 2005). A qualidade das informações disponibilizadas pelas empresas ao evidenciar sua situação financeira e econômica também determina o sucesso ou fracasso na obtenção de recursos que futuramente venha a requisitar para a ampliação de seus investimentos (FALCÃO, 1995). Para os usuários da informação financeira o conhecimento de como as empresas estão financiando seus investimentos em ativos possibilita obter dados confiáveis a respeito da evolução da estrutura de capital, além de identificar outros tipos de operações que não são visíveis no balanço patrimonial. A constante vigilância, dos órgãos regulamentadores em responder a essas novas práticas contábeis, fica evidenciada pelas respostas dadas ao mercado de ações pela Comissão de Valores Mobiliários (BRASIL, 2004). Diante desse quadro, formula-se o seguinte problema: Como se apresentam contabilizadas e evidenciadas as parcerias instituídas para a captação de recursos na estrutura de capital das empresas do setor petrolífero? Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar 2

3 como se apresentam contabilizadas e evidenciadas as parcerias instituídas para captação de recursos na estrutura de capital da Petrobrás. O presente trabalho será dividido em quatro seções. Após esta introdução é apresentado o referencial teórico que dá embasamento ao processo de evidenciação da informação contábil. A terceira seção apresenta os dados da análise de balanço sobre a estrutura de capital e das análises dos projetos da empresa e suas respectivas interpretações. A última seção contém as considerações finais e recomendações para futuras pesquisas. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Evidenciação A evidenciação está ligada aos objetivos da Contabilidade que é fornecer informação para o usuário na tomada de decisões econômicas. Essas informações devem ser em quantidade e qualidade, de forma ordenada, de modo que sejam mínimas as informações deixadas de fora dos demonstrativos formais (IUDÍCIBUS, 2000). No contexto das companhias abertas para o usuário externo, dois pontos importantes são destacados pela CVM (BRASIL, 1986): a) as empresas precisam dar ênfase a evidenciação de todas as informações que permitam a avaliação de sua situação patrimonial e das mutações desse patrimônio, além de possibilitarem que o usuário realize inferências perante o futuro; e, b) quando a forma jurídica não retratar a essência econômica, ao bem de informar, deve a contabilidade seguir a essência ao invés da forma. Iudícibus (2000, p. 117) afirma que não se pode esperar e seria tolice pensar que boas decisões de investimentos pudessem emanar de um leitor com vagas noções de Contabilidade e de negócios. É preciso traçar um perfil do investidor médio e verificar, em cada circunstância de espaço e tempo, a qualidade e a quantidade de informação que esse poderá assimilar. Não adianta uma grande empresa divulgar seus demonstrativos contábeis com a inclusão de uma dose de evidenciação se o leitor não tiver uma base de conhecimento para digerir tal evidenciação. Em outras palavras, para reduzir a incerteza das decisões faz-se necessário uma quantidade mínima de informações e sua adequação aos diversos tipos de usuário. A elaboração da informação também deve levar em conta sua relação custo-benefício. A definição do que é informação útil deve ser resultante de um processo contínuo de interação entre quem informa e quem é informado, logo, sujeito a mutações ao longo do tempo Evidenciação em Notas Explicativas A publicação das notas explicativas nas Demonstrações Contábeis está prevista no 4º do art. 176 da Lei nº 6.404/76, o qual estabelece que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. No seu 5 determina que as notas explicativas deverão indicar as práticas contábeis usadas com relação aos diversos elementos que compõem as demonstrações e não integram o seu corpo (BRASIL, 1976, p. 83). Isso implica que as notas explicativas não tratam da exceção de algum procedimento contábil ou mesmo da ratificação de um fato inadequado as práticas contábeis. São descrições ou detalhamentos de montantes relacionados aos itens que compõem as demonstrações contábeis formais (balanço patrimonial, demonstração do resultado, demonstração das origens e aplicações de recursos e das mutações do patrimônio líquido) ou mesmo outras demonstrações (demonstração do valor adicionado, demonstração de fluxo de caixa e demonstrações em moeda constante) (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2003). As notas explicativas devem apresentar informações quantitativas e qualitativas de maneira ordenada e clara para que seja exaurida a capacidade de comunicar aspectos 3

4 relevantes do conteúdo apresentado nas demonstrações, bem como permitir a comparabilidade com períodos anteriores. A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) n 737 em seu item 6.2.2, ao tratar das informações mínimas que devem constar das notas explicativas, define que essas são parte integrante das demonstrações contábeis e que devem conter os critérios utilizados na sua elaboração e de eventos subseqüentes ao balanço, além de terem o dever de ser relevantes, complementares e/ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não constantes nas demonstrações contábeis propriamente ditas (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1992). Segundo Iudícibus (2000, p. 119) as notas explicativas ou notas de rodapé tem como objetivo evidenciar informação que não pode ser apresentada no corpo dos demonstrativos contábeis e/ou, se o fizéssemos, diminuiríamos sua clareza Evidenciação sobre Arrendamento Mercantil (Leasing) Segundo Hendriksen e Van Breda (1999) existe uma área cinzenta na qual é difícil decidir como definir uma transação. Para determinar o ponto no qual uma simples locação se transforma em uma compra basta observar se na transação, de fato, existe uma opção de compra vantajosa. No leasing operacional o débito nos resultados deve ser a despesa de aluguel para o período contábil para o arrendatário e contabilizado como ativo imobilizado depreciável e os alugueis a receber incluídos na receita para o arrendador (CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1997). Os contratos de arrendamento de bens, que têm implícita a compra, deveriam originar de imediato um registro no Imobilizado em contrapartida às Exigibilidades, em vez de registro periódico em despesas do período contra Exigibilidades (ou disponibilidades). De acordo com Resolução CFC nº 921/01, NBC T 10.2, se as três condições abaixo forem observadas o leasing deve ser classificado como financeiro (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2001): a) equivalência entre o valor do arrendamento e o preço de aquisição o compromisso assumido pela arrendatária é suficiente para cobrir os custos do bem arrendado e a remuneração do capital investido pelo arrendador; b) imaterialidade do valor residual o valor a ser pago, ao final do contrato, para exercer sua opção de compra é imaterial em relação ao valor de mercado do bem (já usado) na mesma data; e, c) especificidade o bem arrendado é de tal maneira específico que atende quase que exclusivamente às necessidades da arrendatária. No item da NBC T 10.2 explicita que o contrato que não preencher nenhum desses requisitos deve ser classificado como leasing operacional e não deve ser contabilizado no imobilizado, mas reconhecido o registro periódico em despesas do período contra Exigibilidades (ou Disponibilidades), por tratar-se de uma espécie de aluguel (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2001). Esses eventos, por serem normalmente relevantes, devem ser informados em notas explicativas. Cabendo as companhias arrendatárias indicar, no mínimo: compromisso sob contrato de arrendamento mercantil, forma de pagamento e prazos, e despesa do exercício com arrendamento mercantil; e as companhias arrendadoras: os critérios atualmente utilizados de contabilização das suas operações, incluindo os que provocam a necessidade de ajustes a valor presente por não atenderem aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, e os ajustes a valor presente dos fluxos futuros das carteiras de arrendamento mercantil, evidenciando o efeito do imposto de renda se considerado no seu cômputo (quando assegurada a sua efetiva possibilidade de recuperação) (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999) Evidenciação de Financiamentos fora do Balanço (off balance sheet) O quociente entre capital de terceiros e capital próprio da empresa, também conhecido como grau de endividamento, é objeto de constante preocupação por parte da administração, 4

5 que busca formas de obter financiamentos sem expor a empresa a um risco financeiro excessivo. A preocupação dos credores por outro lado é que as empresas tenham capacidade de pagamento, logo não desejam emprestar para quem tem um endividamento elevado e com freqüência tentam controlar esses endividamentos através de cláusulas restritivas na captação de recursos. Na tentativa de contornar essas restrições as empresas procuram financiar suas operações com um endividamento que não aparece no balanço (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). A principal vantagem levantada sobre o project finance é a obtenção de financiamento fora do balanço (off balance sheet), evitando uma possível contaminação entre os balanços da empresa-mãe e o da SPE. O tratamento contábil distinto proporciona aos credores uma maior transparência em relação à capacidade financeira da SPE, justamente por terem abdicado da carteira de ativos bem como do fluxo de caixa de outros negócios dos acionistas. Já os acionistas, principalmente os que têm as suas ações negociadas em bolsa de valores, vislumbram, com essa modalidade de financiamento, reduzir os indicadores de endividamento (FINNERTY, 1999). Finnerty (1999) questiona a vantagem contábil quanto ao tratamento contábil distinto entre a Empresa-Mãe e a SPE. Argumenta que o risco financeiro não desaparece simplesmente porque a dívida relacionada ao projeto não é registrada no corpo do balanço, e Gitman (2005) menciona o caso prático da Enron Corp que, em 31 de dezembro de 2001, apresentava em seu balanço dívidas de longo prazo de $ 10,2 bilhões e $ 300 milhões em outras obrigações financeiras, representando um quociente de 41% sobre o capital total, fato que não se constituía uma exceção para uma empresa do setor de energia. Os investidores e credores descobriram posteriormente que a verdadeira carga de dívidas da empresa estava muito acima do que seu balanço dizia e que ao vender ativos a Sociedades de Propósito Específico (SPEs) havia transferido bilhões de dólares de dívidas para subsidiárias, fundos, sociedades e outros, apesar desses esquemas terem sido divulgados em notas explicativas Divulgação das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) A consolidação das demonstrações contábeis, conforme vem sendo requerida pela Instrução CVM nº 247/96 tem sido calcada na existência de vínculo societário entre as empresas controladoras e suas controladas. A falta da consolidação dessas entidades permite que determinados negócios "controlados" por companhias abertas possam deixar de ser plenamente evidenciados, afetando, muitas vezes, de forma significativa, a informação sobre a situação financeira e patrimonial da companhia como um todo (BRASIL, 1996). Transações envolvendo SPEs tornaram-se cada vez mais freqüentes nos dias atuais. A consolidação das demonstrações embasada na propriedade exclusivamente do capital votante, mostra-se insuficiente para a plena divulgação das atividades econômicas como um todo. Atualmente, a existência de vínculos societários diferenciados, entre entidades no qual uma detém, de fato, o controle sobre as atividades e os benefícios de outra, correndo a maioria dos riscos conseqüentes dessas atividades, é uma realidade (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, 2005a). O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (FASB), emitiu em janeiro de 2003, a Interpretação nº 46 (FIN 46) sobre a consolidação de entidades com participações variáveis. Estabelece diretriz sobre quando devem ser consolidadas ou quando devem ser divulgadas as participações. Deverão ser consolidadas entidades com participações variáveis quando a empresa possuir controle financeiro, não possuir risco de capital significativo nem obrigação de absorver prejuízos esperados, ou o direito de receber a maior parte dos ganhos estimados dessas entidades. Essas participações podem advir de certas garantias, arrendamento mercantil, empréstimos ou acordos que resultem em riscos e retornos à empresa detentora do controle financeiro independente do capital votante. Estabelece ainda que os 5

6 ativos, passivos e o resultado das operações da entidade devem ser incluídos na consolidação das demonstrações contábeis (PETRÓLEO BRASILEIRO S.A., 2005). A CVM estabelece (BRASIL, 2004, art. 1º) que as companhias abertas deverão incluir, além das sociedades controladas, individualmente ou em conjunto, as EPEs, quando a essência de sua relação com a companhia aberta indicar que as atividades dessas entidades são controladas direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, pela companhia aberta. 2.2 Project Finance e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Finnerty (1999, p. 2) define project finance como: A captação de recursos para financiar um projeto de investimento de capital economicamente separável, no qual os provedores de recursos vêem o fluxo de caixa vindo do projeto como fonte primária de recursos para atender ao serviço de seus empréstimos e fornecer o retorno sobre seu capital investido no projeto. Uma das características que distingue o project finance das demais modalidades de financiamento é a concessão de crédito a uma entidade jurídica segregada, razão de ser das SPEs. O project finance é estruturado de forma a alocar retornos financeiros e riscos com mais eficiência do que aquela obtida através do financiamento corporativo ii. Embora, normalmente, a SPE seja a operadora do projeto, pode-se apontar exemplos em que essa entidade ou veículo serviu exclusivamente para a captação de recursos, como no exemplo da Companhia Petrolífera Marlim. Também é comum utilizar-se dessa engenharia financeira para ampliação de projetos existentes, como foi o caso de campos ou refinarias de petróleo em projetos da Petrobrás (BONONI; MALVESSI, 2002 apud BORGES; FARIAS, 2002). O project finance deve ser utilizado quando puder oferecer um custo de capital mais baixo do que o financiamento convencional (FINNERTY, 1999). A modalidade de Project Finance apresenta particular atratividade nos ambientes de investimento de grande porte especialmente projetos de infra-estrutura. Para os empreendedores os financiamentos são computados fora do balanço (off balance sheet), ficando os débitos somente no balanço da SPE. A participação de um maior número de parceiros, dá a SPE uma maior representatividade junto à sociedade quanto à garantia das regulamentações relacionadas à concessão. A remuneração de capital fica subordinada ao serviço da dívida e as reservas exigidas para cobertura deste serviço e cobertura de gastos operacionais. A distribuição de dividendos obedece a regras rígidas por parte das entidades financeiras (BERGAMINI Jr., 2002). É possível reconhecer que apesar desse tipo de projeto manter fora do corpo dos balanços a dívida de cada patrocinador, esse fato não leva ao desaparecimento puro e simples do risco financeiro. A exigência dessas informações em notas explicativa leva a uma avaliação do risco de crédito do patrocinador ao project finance. A modalidade de crédito concedida usualmente aos projetos do setor petrolífero pode ser identificada como de arrendamento mercantil (leasing). Os project finance, no Brasil, já são usados pelos setores de telecomunicações e energia. No entanto, uma grande limitação se faz presente, o fato de não se poder trabalhar simplesmente com os recebíveis dos projetos, pois o valor fundamental, que é a concessão não é objeto de transação. Isso impede os credores de trazerem para si o projeto, obrigando assim a exigência de garantias que foram além dos recebíveis e dos ativos dos projetos em questão, por exemplo, garantias de reservas (BORGES; FARIAS, 2002). 2.3 Considerações sobre a Análise das Demonstrações Contábeis Segundo Assaf Neto (2002) e Matarazzo (2003), demonstrações analisadas de maneira comparativa, no sentido temporal e interempresarial, ressaltam as mudanças e as tendências que a empresa tomou e que rumos poderá tomar. A Análise Horizontal (temporal), Vertical 6

7 (de tendências), de indicadores econômicos e financeiros (estrutura, endividamento, liquidez, rentabilidade) são os instrumentos usados para a visualização de tendências. O índice de Participação de Capitais de Terceiros (ou grau de endividamento) relaciona as origens de recursos de terceiros (Passivo Circulante mais o Passivo Exigível a Longo Prazo) ao capital próprio da empresa (Patrimônio Líquido), sendo um indicador de risco ou dependência a terceiros. Quanto maior essa relação menor a liberdade de decisões financeiras. No entanto, se a remuneração paga a esses capitais for menor que o lucro obtido com a sua aplicação ou menor que a remuneração paga ao capital próprio, pode se constituir em uma opção vantajosa (MATARAZZO, 2003). Assaf Neto (2002) acrescenta o índice de dependência financeira pela relação entre o Passivo Total divido pelo Ativo Total (PT / AT), isto é, do montante investido em seus ativos qual a participação de terceiros? Quanto menor for esse indicador, menor a dependência de terceiros. Quanto à composição do endividamento é necessário avaliar o tempo que dispõe a empresa para o pagamento de suas obrigações. Dívidas contraídas financiadas no longo prazo possibilitam a empresa gerar recursos em tempo hábil, o que não acontece com as dívidas de curto prazo. O grau do endividamento levará a custos financeiros adicionais devido à percepção dos financiadores sobre os riscos de aplicação do capital (IUDÍCIBUS, 1998). Quanto as Imobilizações, seria ideal que a empresa dispusesse de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda ter sobras para financiar o Capital Circulante Próprio, ou seja, possuir liberdade de comprar e vender sem necessitar dos financiamentos. Quanto mais a empresa investir no Ativo Permanente maior será a sua dependência do capital de terceiros para o Ativo Circulante, já que são recursos mutuamente excludentes. O uso de recursos a longo prazo para financiar o Ativo Permanente (imobilização de recursos não correntes) é justificado desde que seja considerado compatível com o tempo de duração do imobilizado ou que os recursos gerados sejam capazes de resgatar as dívidas de longo prazo (MATARAZZO, 2003). Segundo Assaf Neto (2002) para a empresa manter um equilíbrio financeiro, a demanda de recursos de terceiros a curto prazo deve destinar-se exclusivamente a aplicação em ativos circulantes de curta duração. O que se observa, no entanto, é que os recursos de terceiros alocados no curto prazo não são suficientes tornando-se necessário à busca por fontes de recursos a longo prazo. Os índices de Liquidez refletem a posição financeira da empresa frente a seus diversos compromissos financeiros. De acordo com Matarazzo (2003), três índices são relacionados à liquidez, a saber: liquidez geral, liquidez corrente e liquidez seca. O Capital Circulante Líquido é originado do Patrimônio Líquido (fonte dos proprietários) e dos fundos levantados a curto ou longo prazo junto a terceiros (recursos de outros). Segundo Assaf Neto (2002, p. 152) pode ser identificado como o excedente das aplicações a curto prazo (em ativo circulante) em relação às captações de recursos processadas também a curto prazo (passivo circulante), ou de uma forma mais bem definida como o excedente dos recursos permanentes (a longo prazo), próprios ou de terceiros, alocados pela empresa, em relação ao montante também aplicado a longo prazo. Segundo Matarazzo (2003) o Capital Circulante Próprio (CCP) é representado pela parcela do Patrimônio Líquido que se encontra investida no Ativo Circulante. Segundo Assaf Neto (2002) o dilema da administração do capital de giro se encontra entre a segurança (liquidez) e a rentabilidade. Os créditos de curto prazo apresentam um menor custo por terem um tempo menor de retorno e um menor risco para os emprestadores de capital. Assim verifica-se que se a empresa quiser obter um menor risco financeiro deverá manter seu CCL em níveis positivos elevados, mas se pretender aumentar sua rentabilidade diminuirá o volume de seu capital de giro por uma maior utilização do capital de terceiros de 7

8 curto prazo. Um aumento da liquidez (ou redução do risco) acarreta um decréscimo da rentabilidade e vice-versa. Dessa forma deve a empresa decidir o volume de seu CCL com base em seus padrões estabelecidos de risco-retorno, sabendo que não poderá usufruir simultaneamente da liquidez e da rentabilidade. 3 CONTABILIZAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO DAS PARCERIAS INSTITUÍDAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NA ESTRUTURA DE CAPITAL: O CASO DA PETROBRÁS 3.1 Metodologia A pesquisa é do tipo exploratória, realizada por meio de estudo de caso com abordagem qualitativa. O levantamento de informações foi realizado por meio da análise das publicações padronizadas enviadas a CVM, restrito ao Balanço Patrimonial e às Notas Explicativas. A análise da estruturação de capitais foi efetuada por meio da análise de balanços sobre uma série histórica do período de 1996 a Foram elaborados quadros comparativos, baseados nas notas explicativas, referentes ao item projetos estruturados divulgados pela Petrobrás, observando o grau de evidenciação nas publicações apresentadas no Jornal Gazeta Mercantil, no site da CVM e entregues a SEC e com estruturação definida de acordo com a Instrução nº 408/04 da CVM (BRASIL, 2004) do Balanço Patrimonial do exercício findo em 31 de dezembro de A tabulação das informações teve como base à quantidade de informações em que a resposta observada foi estava de acordo com a norma. A elaboração dos ajustes nas demonstrações contábeis foi efetuada de acordo com Assaf Neto (2002) e Matarazzo (2003). As Reservas de Lucros a Realizar presentes no balanço no período de 1996 a 2000 encontram-se incluídas no Patrimônio Líquido, visto que não foi possível correlacionar os valores com as contas correspondentes no Ativo. As Demonstrações Financeiras apresentadas pela Petrobrás a SEC, no seu sumário das principais práticas contábeis dizem que: A Companhia converteu todos os ATIVOS e PASSIVOS para dólares norte-americanos a taxa de câmbio corrente (R$ 2,6544 e R$ 2,8892 para US$ 1,00 em 31 de dezembro de 2004 e de 2003, respectivamente).... Em vista dessa informação, e considerando que o mercado, de transações de petróleo, opera em dólares, buscou-se no site do Instituto de Pesquisas Econômicas e Atuariais (2005) a exibição de séries referente a essa taxa de câmbio. O Dólar Americano (US$) para venda ao fim de cada período foi o correspondente valor mencionado e que foram usados como índices de correção dos Balanços Patrimoniais. Os valores corrigidos foram base para analises econômico-financeiras. 3.2 Identificação e Evidenciação dos Projetos Estruturados nas Notas Explicativas no período de 1998 a 2004 Os Projetos Estruturados são definidos pela empresa, em seu Relatório da Administração do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, como financiamentos na modalidade project finance utilizados para captação de recursos, através de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), criadas especialmente para esses projetos e como complementação das fontes de financiamento corporativo. Quanto à finalidade, os projetos da empresa evidenciam que se referem aos investimentos nas áreas onde foram efetuadas descobertas e/ou se promoveu investimentos de exploração e produção de petróleo e gás desenvolvidos na forma de parcerias com agentes financeiros nacionais e internacionais e com empresas do mesmo setor. Quanto aos projetos do setor de energia, evidencia que a implantação de termoelétricas acontece conforme orientação do Governo Federal e que o empreendimento será ressarcido através da conversão em participação acionária minoritária e/ou do ressarcimento através da estruturação financeira com terceiros. Os projetos podem ser identificados nas notas explicativas de duas formas: a) 8

9 aqueles referentes à exploração e produção, recuperação secundária e transporte de óleo e gás denominados: Projetos Marlim; Albacora; EVM Espadarte, Voador, Marimba e Outros; Barracuda-Caratinga; NovaMarlim; Cabiúnas; Pescada-Arabaiana; PCGC Pargo, Carapeba, Garoupa, Cherne e Congro; Malhas; Planos de Escoamento e tratamento de gás e óleo; e, b) aqueles referentes à geração de energia denominados: Ute - Três Lagoas; Ute - Canoas; Pcog- Cofepar; e Ute - Piratininga. O espaço de tempo entre a estruturação dos projetos e a constituição das Sociedades varia de 1 a 2 anos, estando a fase inicial subsidiada pelos empréstimos-ponte, como no caso do projeto PDET Offshore. Na fase das SPEs ocorre a venda-arrendamento dos ativos. O Projeto Pescada-Arabaiana é acrescido nas notas explicativas em 2000, e, em 2001, é excluído. O tipo de reclassificação que sofreu esse empreendimento, que apresentava como valores gastos R$ , em 1999, e R$ , em 2000, lançados no ARLP, não fica evidenciado. Os projetos para expandir as instalações de transporte de petróleo da Bacia de Campos para as refinarias brasileiras e para exportação denominados de PDET Offshore e PDET Onshore só foram evidenciados no balanço enviado a SEC. O PDET Onshore foi cancelado no primeiro trimestre de 2004 e por isso não integrará o conjunto das análises. A evolução horizontal evidencia acréscimos quanto à quantidade de informação e mudanças quanto à estruturação das contas nas notas explicativas. Denominados inicialmente Empreendimentos em Negociação, de 1998 a 2000, passam em 2001 para Projetos Estruturados. A contabilização das contas pode ser dividida em dois momentos: a) o primeiro, de 1998 a 2001, apresentando o saldo referente aos gastos relacionados com os projetos menos os adiantamento recebidos dos parceiros lançado no ARLP (direitos a receber); e, b) o segundo a partir de 2002 que classifica no ARLP o saldo referente à diferença entre os gastos e os adiantamentos recebido tanto dos projetos quanto das SPEs e no Passivo Circulante os saldo relacionados a contas a pagar a consórcios em operação menos os adiantamentos recebidos (da venda de ativos). Quanto à caracterização dos contratos firmados pode-se evidenciar, na contabilização, que são de arrendamento mercantil, como dito pela empresa nas notas explicativas. O procedimento adotado é o do leasing operacional, onde a SPE compra e/ou constitui os ativos da Petrobrás, que por sua vez os arrenda, ou seja, contratos de venda-arrendamento. Dois formatos básicos foram elaborados para o entendimento dessa estruturação. O primeiro constituído pelas SPEs que apresentam características de compra de ativos e acordo de opções de ações e o segundo representado pelas SPEs que apresentam características de construção de ativos. O primeiro grupo é formado pelos Projetos Marlim, NovaMarlim, CLEP, PCGC e EVM e apresentam uma concordância entre o grupo de financiadores e o grupo de acionistas que é composto por grupos de instituições financeiras nacionais e internacionais (bancos privados e governamentais) e Fundos de Pensão nacionais. O background para a realização do projeto reside na autoridade contratante, no caso a Petrobrás que opera os ativos, ficando as SPEs com o papel de agentes financiadores. Com exceção dos Projetos Marlim e NovaMarlim, que também constituem ativos, os outros participam da transação somente como compradores e arrendadores. Uma segunda característica observada reside na evidenciação dos acordos de opções de ações. Como exemplo de um desses acordos pode-se citar o evidenciado no Projeto Marlim, celebrado entre os acionistas da CPM e da Petrobrás. Esse acordo diz que é concedida a Petrobrás uma opção de compra (calls) a preço bonificado no final do contrato de arrendamento e aos acionistas da CPM uma opção de venda (puts) a Petrobrás em caso de inadimplência. O segundo grupo é representado pelos projetos Barracuda-Caratinga, Albacora, Cabiúnas e Malhas onde figuram empresas do ramo do petróleo como acionistas. A 9

10 característica importante evidenciada nesse grupo reside no fato das SPEs serem construtoras dos ativos, com exceção do Projeto Barracuda-Caratinga que a SPE (BCLC) contrata a Petrobrás como Gerente de Construção, sendo também o único projeto onde é evidenciado problemas de execução. No relatório enviado a SEC, a Petrobrás evidencia sobre o item acordo de opções de ações, que após concluir o desenvolvimento dos campos de petróleo e gás, operá-los, arcar com todas as despesas operacionais dos projetos e utilizar parte da receita líquida gerada para financiar a dívida das empresas constituídas e pagamento do retorno sobre o patrimônio, poderá comprar das empresas consolidadas os ativos arrendados ou transferidos. Essa informação pela forma como é explanada, leva ao entendimento de que pode ser aplicada a todos os projetos em execução. Na CVM e no Jornal Gazeta Mercantil esta informação encontra-se presente somente no Projeto CLEP. 3.3 Evidenciação dos Projetos Estruturados nas Notas Explicativas em 31 de dezembro de 2004 A análise do grau de evidenciação teve com base as informações publicadas nos Balanços divulgados em 31 de dezembro de 2004, do Jornal Gazeta Mercantil, do site da Comissão de Valores Mobiliários (2005) e do relatório enviado a Securities and Exchange Commission (2005). A estrutura básica para análise foi a Instrução n 408/04 da CVM para a formulação dos quadros comparativos dos projetos. A tabulação das informações teve como base à quantidade de informações em que a resposta observada foi o sim em um total de 10 projetos evidenciados. Considerando o problema de como racionalizar a informação não evidenciada e considerando que os motivos são a não existência do problema, optou-se pela exclusão do item Problemas de Execução do Projeto na tabulação, presente somente no Projeto Barracuda- Caratinga, ressaltando que essa informação foi evidenciada nos três veículos, ou seja, com 100% de divulgação. O projeto denominado PDET Onshore, em vista do seu cancelamento, foi excluído não se encontrando como objeto de análise dessa pesquisa. Em casos, muito particular, onde a informação foi evidenciada de forma parcial e onde o entendimento ficou comprometido, a resposta tabulada foi o não. Em 2004, as notas explicativas caracterizavam individualmente cada Sociedade de Propósito Específico, quanto aos objetivos, recursos totais, tipo de contratos, formatação da transação, garantias, obrigações e acordo de opções apresentando informações quantitativas e qualitativas. Considerando os dez projetos principais que se encontram nas Notas Explicativas, observa-se que dos itens principais o referente a evidenciação do total dos ativos, passivos e patrimônio de cada SPE apresentou 0% de evidenciação nos três veículos de publicação. Com relação à natureza do envolvimento da empresa com a SPE e o tipo de exposição a perdas se houver varia de 0% a 20% indicando um percentual muito baixo da evidenciação. Com relação ao acordo de opções de ações também fica caracterizada uma posição bastante diferenciada quanto a evidenciação, enquanto na SEC chega a 100% nos outros dois veículos atingem somente 10%. O item referente à identificação dos acionistas varia de 20% a 60% sendo mais evidenciado na SEC. Quanto ao item prazo dos contratos o percentual é de 10% de evidenciação, igual nos três veículos. Com relação aos acordos e resultados de partilha esses percentuais são muito varáveis, entre 10% a 0% na SEC, 20% a 60% na CVM e 10% a 60% no Jornal Gazeta Mercantil. O item referente aos recursos apresenta dois comportamentos distintos: o primeiro com relação aos recursos totais com 100% de evidenciação na SEC e 40% nos outros veículos. Se for considerado o Relatório da Administração o percentual de 40% sobe para 80% na CVM e no Jornal Gazeta Mercantil; o segundo com 90% de evidenciação quando são 10

11 referentes aos recursos aportados pela SPE na Gazeta Mercantil e na CVM e 50% na SEC. Quanto ao item garantias a evidenciação é de 80% na CVM e no Jornal Gazeta Mercantil contra 10% de evidenciação na SEC. Vale ressaltar que no geral a evidenciação na CVM e no Jornal Gazeta Mercantil apresentam somente pequenas diferenças e que as informações na SEC apresentam maiores percentuais de divulgação. 3.4 Da Representação dos Projetos Estruturados no Balanço Patrimonial Observa-se inicialmente que a conta Projetos Estruturados, Empreendimentos em negociação e Ressarcimentos a receber do Ativo Realizável a Longo Prazo e a conta Projetos Estruturados e Empreendimentos em consórcios / parcerias do Passivo Circulante são as contas referentes aos lançamentos contábeis do arrendamento mercantil dos project finance. Considerando o ano de estruturação das SPEs, hipoteticamente, como a entrada dos recursos totais e calculando a sua representação percentual sobre o Ativo Total dos respectivos anos observa-se que os percentuais obtidos no Balanço Patrimonial quanto à participação da conta projetos estruturados no Ativo Total ou Passivo Total, não evidenciam, na sua significância, o porte dos investimentos realizados nessa modalidade de financiamento como pode ser observado nos quadros 1 e 2. SPE Marlim Albacora + EVM + NovaMarlim + Malhas + CLEP PDET Barracuda-Caratinga Cabiúnas + PCGC Ano Recursos US$ milhões % no AT ou PT 5,62% 13,9% 6,32% 6,6% 0,43% Quadro 1 - Disponibilização Prevista de Recursos Totais pelos Projetos (US$ milhões) Fonte: Relatório da Administração dos Demonstrativos Contábeis da SEC e do Jornal Gazeta Mercantil AT 2% 3% 1% 2% 1% 2% 1% PT % 2% 4% 3% Quadro 2 - Percentuais das contas Projetos Estruturados no Balanço Patrimonial Fonte: Notas Explicativas dos Demonstrativos Contábeis da CVM, período de 1996 a 2004 No Balanço de 2001 a empresa deixa claro que os valores investidos em ativos e respectivos recursos financeiros, relacionados a projetos estruturados sobre a modalidade de project finance não são incluídos no seu balanço patrimonial e que a partir de 31 de dezembro de 2003 passou a consolidar linha a linha a conta projetos estruturados adotando a FIN 46. Esse fato é reforçado pelas informações evidenciadas pela Petrobrás quanto aos valores referentes às fontes de financiamento e a dívida total da empresa (QUADRO 3). Fonte de financiamento Project Finance (PF) Dívida Total (DT) Passivo Total (PT) %DT no PT 46,16 52,84 53,55 40,98 %PF na PT 12,53 14,38 14,43 11,18 Quadro 3 - Fontes de Financiamento (US GAAP em US$) e Balanço Patrimonial corrigido Fonte: site da Petrobrás, relações com o investidor Considerando a informação disponibilizada pela empresa nas suas relações com o investidor, observa-se que a representação percentual da participação dos financiamentos advindos das parcerias deveria ter um impacto significativo na estrutura de capital da empresa se fossem contabilizados dentro do balanço. Fato que a hipótese levantada já indicava. 11

12 3.5 Análise dos dados do Balanço Patrimonial do período de 1996 a Análise Horizontal e Vertical do Balanço Patrimonial A partir dos dados retirados do site da Comissão de Valores Mobiliários (2005), referentes aos Balanços Patrimoniais do período de 1996 a 2004, e de acordo com as considerações mencionadas e descritas na seção 3.1, elaborou-se as análises horizontal e vertical. Da comparação dos números -índices de um ano para outro chama a atenção o crescimento de todos os grupos principais de contas com exceção do Ativo Circulante que reduziu nesses 9 anos em média 2%. O crescimento geral, pequeno mais constante da Empresa, foi de 9% nesse período avaliado. A evolução dos recursos próprios (patrimônio líquido) e do capital de terceiros, com crescimento de 35% e 17% respectivamente na estrutura de financiamento da empresa, demonstra uma tendência ao desempenho positivo. Observando-se, por outro lado, a participação na composição proporcional desses capitais dentro da estrutura, constata-se que o Capital de Terceiros é proporcionalmente mais significativo do que o Patrimônio Liquido, chegando em alguns anos a ser mais que o dobro da participação. Isso indica, no cômputo geral, que o grau de endividamento da empresa vem diminuindo nos últimos 6 anos, mas ainda se constitui no dobro do triênio Por outro lado, a empresa está arcando com custos de capital inferiores ao que arcaria se essa relação fosse inversa e, portanto pagando retornos mais baixos como recompensa aos credores. A Evolução nos investimentos quanto ao capital de curto prazo apresenta uma tendência maior ao crescimento do que os investimentos a longo prazo, respectivamente 20% e 12%. Apesar da empresa afirmar que vem trocando financiamentos de curto prazo pelos de longo prazo observa-se uma tendência geral a uma maior participação dos capitais de curto prazo. A vantagem é que a empresa paga juros inferiores pelos capitais de curto prazo, a desvantagem encontra-se nos prazos menores para o cumprimento das obrigações. A evolução do Patrimônio Líquido e do Ativo Permanente mostra tendências de crescimento uniformes, com percentuais de 35% e 32% respectivamente. Observa-se uma participação dos recursos próprios financiando o Ativo Permanente comprometido em sua quase totalidade e portanto sem sobras para o financiamento do CCL. Isso leva a uma maior dependência do capital de terceiros para o seu giro e financiamento do parque industrial, principalmente projetos de infra-estrutura. Essas evidências, também são endossadas pelos resultados obtidos com o cálculo dos quocientes de estrutura de capital e demonstram: um alto grau de endividamento, chegando em 2004 com 118,34%, exceção feita ao triênio onde esse quociente demonstrava valores inferiores a 100% (69,58; 70,97 e 82,21 respectivamente). Vale ressaltar que, no ano de 1999, esse percentual chegou a 223,48%; a composição do endividamento evidencia uma predominância dos capitais de curto prazo, que tem uma participação superior a 50%, estando em 2004 em 65,33%; A imobilização do Patrimônio Líquido apresenta seu menor valor percentual em 2004 com 91,33% e o seu maior valor em 1999 com 145,74%, ou seja, usando recursos de terceiros de longo prazo para o financiamento da infra-estrutura; os quocientes das imobilizações não correntes, corroboram essa assertiva, evidenciando valores de 59,20% no ano de 2002 e 83,26% em Em 2004 esse valor encontra-se na casa de 64,76%. Pode-se considerar que no período de 1996 a 1999, antes da entrada efetiva das parcerias, parte do Exigível a Longo Prazo encontrava-se direcionada ao ativo permanente. As análises dos quocientes da estrutura de capital caminham na mesma direção das análises horizontal e vertical Capital Circulante Líquido e a Liquidez Baseado nos resultados obtidos pode-se dizer que essa série histórica demonstra que a Liquidez Geral apresenta uma folga muito apertada para a empresa cumprir suas obrigações. 12

13 Vale ressaltar que parte desses compromissos é de longo prazo, logo a empresa possui um intervalo de tempo para saldar suas obrigações. Considerando que para cada $ 1 de dívida de curto prazo a empresa não apresenta o recurso correspondente no ativo para cumprir suas obrigações, conclui-se em um primeiro momento que existe um desequilíbrio entre as entradas e saídas de caixa, logo não existe recurso próprio para financiar o capital de giro. Esse fato é comprovado pela presença sistemática de capital circulante líquido negativo (TABELA 1). Somente nos anos de 2001 e 2004 o CCL fica positivo em correspondência a uma mudança geral na posição de todos os indicadores que apresentam um crescimento positivo. Tabela 1- Capital Circulante Líquido (US$) Fonte: Elaboração própria Todos os índices de liquidez evidenciam uma situação pouco favorável indicando que a empresa não optou pela segurança (liquidez). A diminuição do volume do seu capital de giro, que sofreu uma redução de 4%, e uma maior utilização do capital de curto prazo indicam que a opção foi a da rentabilidade e com isso conseguir uma boa remuneração para o seu capital. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se que com relação à quantidade e a qualidade da informação, evidenciada nas notas explicativas, é possível ao investidor médio (com uma certa base de conhecimento) selecionar aquelas referentes aos seus interesses para a tomada de decisão. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar como se apresentam contabilizadas e evidenciadas as parcerias instituídas para captação de recursos na estrutura de capital da Petrobrás. Para tal, foram analisadas as notas explicativas das demonstrações contábeis publicadas da Petrobrás S.A, referentes ao exercício findo de 31 de dezembro de 1998 a 2004 e a estrutura de capital do período de 1996 a Os resultados da pesquisa demonstram que, na apresentação da informação observa-se que, quanto aos itens mais descritivos falta ordenamento e clareza para que seja possível exaurir a capacidade de comunicar aspectos relevantes do conteúdo, bem como permitir a comparabilidade com períodos anteriores. Como exemplos destaca-se: a ausência de dois projetos de parceria, no caso dos PDETs, em dois veículos de comunicação; a falta de explicitação sobre a retirada do Projeto Pescada-Arabaiana da conta Projetos Estruturados e a evidenciação do tipo de reclassificação que sofreu. A fragmentação da informação nos vários veículos de divulgação também dificulta o entendimento global dos projetos. Observa-se uma maior uniformidade da divulgação entre os nacionais, no caso a CVM e a Gazeta Mercantil, para um público mais especializado e mais geral, respectivamente e uma maior quantidade de informações contidas nos demonstrativos da SEC, que tem um público usuário bem mais restrito. Considerando que essa modalidade de financiamento passa por fora do balanço e para eliminar (ou pelo menos diminuir) os riscos quanto ao problema da contabilização, três itens de maior relevância na evidenciação foram considerados: a evidenciação de ativos, passivos e patrimônio líquido das SPEs, já que a maioria se constitui em empresas limitadas e de capital fechado, cujo acesso aos demonstrativos é mais restrito; a natureza do envolvimento da Empresa- mãe com a SPE, com relação ao controle na acepção da palavra e não no percentual do capital votante; o tipo de exposição a perdas se houver, como por exemplo, garantias ofertadas; e acordos de opções de ações firmados, ou como os ativos serão reintegrados. 13

14 Observa-se que a evidenciação atingiu os menores percentuais nesses itens e que as relações entre a Empresa-mãe e a SPEs não ficaram claras. Por outro lado, esse fato pode advir do tempo de resposta necessário para que a empresa possa cumprir esses itens da informação, que só se tornou obrigatória com a Instrução nº 408/04 da CVM. Quanto aos aspectos do arrendamento, pode-se observar em um primeiro momento quanto aos ativos constituídos (poços, equipamentos submarinos, unidades de produção, sistemas de injeção de água, gasodutos para produção e transporte de petróleo e gás) a especificidade dos objetos arrendados. Em um segundo momento que as SPEs são constituídas para dar suporte a realização do projeto, estando à compra e/ou constituição dos ativos, através de financiamentos, garantida pela autoridade contratante, no caso a Petrobrás, que opera diretamente ou através de subsidiárias, pagando um valor de aluguel contratado que é suficiente para cobrir os custos do bem arrendado e pagar a remuneração do capital investido pela SPE, estando também obrigada ao pagamento de aluguel adicional caso o fluxo de caixa gerado pelo projeto não seja suficiente para cobrir as obrigações contraídas pela SPE junto aos financiadores, caracterizando um arrendamento com equivalência entre o bem arrendado e o preço de aquisição, já que os valores dos ativos, no mínimo, se encontram dentro dos financiamentos. E em um terceiro momento a imaterialidade fica caracterizada pelo fato de que ao final do prazo a Petrobrás terá o direito de adquirir as ações da SPE ou os ativos do projeto no que denomina de acordo de opções de ações. Como pode ser observado pelas características abordadas de acordo com a norma técnica do CFC nº 921/01, NBC T 10.2, na sua essência essa modalidade de financiamento leva a definição do leasing financeiro o que deveria originar de imediato um registro no Imobilizado em contrapartida às Exigibilidades, em vez de registro periódico em despesas do período contra Exigibilidades (ou disponibilidades) como é evidenciado pela contabilização. Outro aspecto relevante encontra-se no fato de que a contabilização efetuada nos moldes do arrendamento operacional não reflete o impacto desses financiamentos na estrutura patrimonial da empresa. A três características mencionadas para a identificação do leasing financeiro ficam bem evidenciadas no primeiro grupo de SPEs. Por outro lado, no segundo grupo a dúvida reside no fato de não ficar claro o tipo de envolvimento da Empresa-mãe com a SPE e de como vão ser negociados os ativos ao final do contrato. Faz-se necessário mencionar o cuidado que deve ser tomado na análise das informações, observando que nem sempre, o que é retratado na forma reflete a essência da operação. As análises quanto à estrutura de capital, evidenciaram uma participação do Capital de Terceiros superior a do Patrimônio Liquido, uma participação dos recursos de Curto Prazo superiores aos de Longo Prazo e Patrimônio Liquido comprometido com o Ativo Permanente. Todos os índices de liquidez se apresentaram menores ou muito próximos de 1 e o Capital Circulante Líquido sistematicamente negativo, salvo nos anos de 1996 e 2004, revelando a opção da empresa pela rentabilidade em vez da liquidez, o que leva a um maior risco financeiro. Considerando os mecanismos do financiamento corporativo, onde os financiadores têm suas garantias fundamentadas na carteira de ativos bem como no fluxo de caixa de outros negócios da empresa, as restrições ao crédito em face do grau de endividamento apresentado impossibilitariam os investimentos. A saída encontrada pela empresa para dar suporte ao seu desenvolvimento, através dos project finance, respondeu as suas necessidades de capital naquele momento, em vista do tratamento contábil distinto proporcionado pelas SPEs, o inverso dos financiamentos corporativos. 14

15 Os Projetos Estruturados possuem uma configuração complexa, baseada na teoria dos project finance, na qual é necessário que o usuário da informação tenha, pelo menos, um conhecimento básico dos fundamentos, para poder compreender o que as notas explicativas evidenciam. Esse trabalho pretende contribuir com esses fundamentos e abordar aspectos relevantes que poderão melhorar a evidenciação dessa informação para o usuário. Recomenda-se que essas análises sejam estendidas a outros setores empresariais, como também aos projetos de infra-estrutura governamentais, nas denominadas Parcerias Público- Privada, que através das SPEs, se utilizam dessa modalidade de financiamento. REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços - Um Enfoque Econômico-Financeiro. Comércio e Serviços Industriais - Bancos Comerciais e Múltiplos. 7. ed. São Paulo: Atlas, BERGAMINI Jr.,S. A Crise de Credibilidade Corporativa. Revista do BNDES. Rio de Janeiro, v. 9, n. 18, p , dez BORGES, L. F. X.; FARIA, V. C. de S. Project Finance: Considerações sobre a Aplicação em Infra-Estrutura no Brasil. Revista do BNDES. Rio de Janeiro: v. 9, nº. 18, p , dez BRASIL. Deliberação CVM n 29, de 5 de fevereiro de Dispõe sobre a aprovação e referendo do pronunciamento do Instituto Brasileiro de Contadores IBRACON, sobre a estrutura conceitual básica da Contabilidade. Disponível em: Acesso em: 13 out BRASIL. Instrução CVM n 247, de 27 de março de Dispõe sobre a avaliação de investimentos em sociedades coligadas e controladas e sobre os procedimentos para elaboração e divulgação das demonstrações contábeis consolidadas, para o pleno atendimento aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Disponível em: Acesso em: 28 ago BRASIL. Instrução CVM n 408, de 18 de agosto de Dispõe sobre a inclusão de Entidades de Propósito Específico EPE nas demonstrações contábeis consolidadas das companhias abertas. Disponível em: Acesso em: 28 ago BRASIL. Lei n 6.404, de 15 de dezembro de Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Coleção Saraiva de Legislação. 6. ed. São Paulo: Saraiva, BRASIL. Lei n 8.666, de 21 de junho de Dispõe sobre normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Disponível em Acesso em 11 set COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Balanços Financeiros de 1996 a Disponível em: Acesso em: 28 ago COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Ofício Circular/SEP n 01 de Disponível em: Acesso em: 13 out. 2005a. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n 737, de 27 de novembro de Disponível em Acesso em: 12 out

16 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n 750, de 31 de dezembro de Disponível em Acesso em: 12 out CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução n 921, de 31 de dezembro de Disponível em Acesso em: 12 out CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Contabilidade no Contexto Internacional. Colaboração Instituto Brasileiro de Contadores IBRACON. São Paulo: Atlas, FINNERTY, J. D. Project Finance: Engenharia Financeira Baseada em Ativos. Tradução Bazán Tecnologia e Lingüística. Carlos Henrique Trieschmenn. Supervisor: Eduardo Fortuna. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. Tradução técnica: Antonio Zoratto Sanvicente. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade.Tradução: Antônio Zoratto Sanvicente. 5. ed. São Paulo: Atlas, INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS E ATUARIAIS. Tabela de exibição de séries. Disponível em: Acesso em: 18 set. de IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, IUDÍCIBUS, Sergio de. Teoria da Contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 6. ed. São Paulo: Atlas, p MATARAZZO, D.C. Análise Financeira de Balanços. 6.ed. São Paulo: Atlas, PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. Relações com o investidor. Disponível em: Acesso em: 19 de out. 2005a. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. Relatório das Demonstrações Contábeis enviadas a Securities and Exchange Commission. Disponível em: Acesso em: 20 de set SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION. Disponível em: Acesso em: 08 out VIEIRA, D. C. et al. Project Finance Disponível em: Acesso em: 21.ago i No caso da Enron: exclusão de resultados, ativos-objeto e dívida relacionada de subsidiárias integrais, operando na forma de Sociedade de Propósitos Específicos (SPE), tratadas como parcerias privadas em transações de arrendamentos sintéticos; realização de fraudes tributárias com o uso de empresas em paraísos fiscais e de fraudes com subsidiárias integrais com o resultado revertendo a favor de ex-executivos da empresa, que eram sócios das SPEs (BERGAMINI Jr., 2002). ii O termo financiamento corporativo significa a concessão de crédito calcada em uma abordagem tradicional de análise e de instrumentos de garantia. Na avaliação usual de crédito é levado em conta o histórico do balanço patrimonial e a reputação do tomador do crédito. A preocupação dos credores limita-se à capacidade financeira dos devedores em saldar as suas dívidas (BORGES; FARIAS, 2002). 16

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