Volume 3 Relatório dos Programas para Fortalecer a Competitividade

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1 Balanço de Atividades 2008/2010 Volume 3 Relatório dos Programas para Fortalecer a Competitividade

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3 Ficha técnica República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República Coordenação da Política de Desenvolvimento Produtivo Miguel Jorge Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria Executiva Ministério da Fazenda (MF) Guido Mantega Ministro de Estado da Fazenda Nelson Henrique Barbosa Filho Secretário de Política Econômica Dyogo Henrique de Oliveira Secretário-Adjunto de Política Econômica Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) Sergio Machado Resende Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia Luiz Antonio Rodrigues Elias Secretário Executivo Reinaldo Dias Ferraz de Souza Assessor do Secretário Executivo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho Presidente João Carlos Ferraz Diretor Marcelo Miterhof Assessor da Presidência Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) Reginaldo Braga Arcuri Presidente Maria Luisa Campos Machado Leal Diretora Carla Maria Naves Ferreira Gerente Equipe Técnica da Secretaria Executiva Hébrida Verardo Moreira Fam (MF) Inácio de Loiola Rachid Cançado (MF) Felipe Silveira Marques (BNDES) Geraldo Vieira (BNDES) Gianna Sagazio (BNDES) Carlos Henrique de Mello Silva (ABDI) Cid Cunha da Silva (ABDI) Marden Elias Ferreira (ABDI) Rogério Dias de Araújo (ABDI) Talita Daher (ABDI) 2

4 PROGRAMAS PARA FORTALECER A COMPETITIVIDADE Coordenação Armando Meziat - Secretário de Desenvolvimento da Produção (MDIC) Comitê Executivo do Programa Bens de Capital Gestor do Comitê Executivo Ronaldo de Almeida Melo - Coordenador-Geral das Indústrias Metalúrgicas e de Bens de Capital (MDIC) Comitê Executivo do Programa Biodiesel Gestor do Comitê Executivo Rodrigo Augusto Rodrigues - Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas (CASA CIVIL) Comitê Executivo do Programa Brinquedos e Têxtil & Confecções Gestora dos Comitês Executivos Talita Tormin Saito - Assessora Técnica da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (MDIC) Comitê Executivo do Programa Complexo Automotivo Gestor do Comitê Executivo Paulo Sergio Bedran - Diretor do Departamento de Indústrias de Equipamentos de Transporte (MDIC) Comitê Executivo do Programa Complexo de Serviços Gestor do Comitê Executivo Edson Lupatini Junior - Secretário de Comércio e Serviços (MDIC) Comitê Executivo do Programa Construção Civil Gestor do Comitê Executivo Marcos Otávio Bezerra Prates - Diretor do Departamento de Competitividade Industrial (MDIC) Comitês Executivos dos Programas Madeira & Móveis e Couro, Calçados & Artefatos Gestor dos Comitês Executivos Simon Salama - Coordenador-Geral das Indústrias Intensivas em Mão de Obra (MDIC) Comitê Executivo do Programa Eletrônica de Consumo Gestor do Comitê Executivo Jose Ricardo Ramos Sales - Assessor Técnico (MDIC) Comitês Executivos dos Programas Plásticos e Higiene, Perfumaria & Cosméticos Gestor dos Comitês Executivos Alexandre Ribeiro Pereira Lopes - Coordenador-Geral das Ind. Químicas e de Transf. Plásticos (MDIC) Comitê Executivo do Programa Indústria Marítima Gestor do Comitê Executivo Carlos Eduardo Macedo Coordenador Geral das Indústrias de Transporte Naval e Aeroespacial (MDIC) Comitê Executivo dos Programas Sistema Agroindustrial e Trigo Gestora dos Comitês Executivos Rita De Cássia Milagres T. Vieira - Coordenadora-Geral de Agronegócios (MDIC) 3

5 ÍNDICE Nota ao Leitor Mensagem do Coordenador do Macroprograma Apresentação Introdução Programas para Fortalecer a Competitividade Complexo Automotivo Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Bens de Capital Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Têxtil e Confecções Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Madeira e Móveis Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP

6 4.5.2 Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Construção Civil Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Complexo de Serviços Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Indústria Marítima Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Couro e Calçados Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Sistema Agroindustrial Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro

7 4.11Brinquedos Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Eletrônica de Consumo Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Trigo Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Plásticos Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Gestão do Programa Agenda de Ação Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Principais Resultados Alcançados e Medidas de Destaque em Implementação por Programa Complexo Automotivo Bens de Capital Têxtil e Confecções Madeira e Móveis Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Construção Civil Complexo de Serviços Indústria Marítima

8 5.9 Couro, Calçados e Artefatos Sistema Agroindustrial Brinquedos Eletrônica de Consumo Trigo Plásticos Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Complexo Automotivo Bens de Capital Têxtil e Confecções Madeira e Móveis Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Construção Civil Complexo de Serviços Indústria Marítima Couro, Calçados e Artefatos Sistema Agroindustrial Brinquedos Eletrônica de Consumo Trigo Plásticos

9 Nota ao Leitor Este relatório apresenta um balanço do desempenho dos Programas que compõe Macroprograma Fortalecer a Competitividade e é parte do Relatório Política de Desenvolvimento Produtivo - Balanço de Atividades , que é formado por cinco volumes e organizados da seguinte maneira: Volume 1: Relatório de Balanço das Macrometas; Volume 2: Programas para Consolidar e Expandir a Liderança; Volume 3: Programas para Fortalecer a Competitividade; Volume 4: Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas; e Volume 5: Destaques Estratégicos. A publicação dos volumes em separado teve como objetivo atender os leitores que procuram informações específicas de temas e programas. 8

10 Política de Desenvolvimento Produtivo Balanço de Atividades 1. Mensagem do Coordenador do Programa A Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP, lançada em maio de 2008, constituiu-se num instrumento de política pública destinada a uma mudança de patamar de competitividade da indústria nacional. Para tal, não se limitou à identificação dos fatores de competitividade setoriais. Buscou-se estruturar a política segundo três eixos principais: as Ações Sistêmicas, os Destaques Estratégicos e os Programas Estruturantes. As Ações Sistêmicas representam um conjunto de iniciativas voltadas ao desempenho da estrutura produtiva como um todo. Os Destaques Estratégicos identificam temas de política pública, que não têm dimensão sistêmica ou setorial, mas representam a base para o desenvolvimento produtivo do País no longo prazo. Finalmente, o 3º eixo contempla os setores produtivos são os Programas Estruturantes. Dada a diversidade e complexidade da matriz produtiva nacional, esses Programas Estruturantes classificam os setores produtivos em três categorias: - os Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas, integrando os setores intensivos em tecnologia; - os Programas para Consolidar e Expandir a Liderança, abrangendo os setores com participação importante na economia global; e - os Programas para Fortalecer a Competitividade, envolvendo os complexos produtivos com potencial exportador e/ou com potencial de gerar efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial. Caracterizam-se pelos setores produtivos mais tradicionais, afetados por importações, mas com potencial competitivo. Os Programas para Fortalecer a Competitividade têm a coordenação do MDIC e compreendem o maior número de setores produtivos na PDP: Complexo Automotivo, Indústria Marítima, Bens de Capital, Plásticos, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, Construção Civil, Couro, Calçados e Artefatos, Madeira e Móveis, Têxtil e Confecções, Sistema Agroindustrial, Complexo de Serviços e Biodiesel. A esses 12 programas, que integram a PDP desde o seu lançamento, somaram-se mais três: Eletroeletrônica, Brinquedos e Trigo. No lançamento da PDP foram definidas diretrizes para cada um dos Programas para Fortalecer a Competitividade. A partir dessas diretrizes foram construídas Agendas de Ação que têm norteado o desempenho de cada um dos setores. Destaque especial deve ser creditado ao trabalho dos Fóruns de Competitividade e outras instâncias de articulação público-privada similares. Esses instrumentos de articulação envolvem representantes 9

11 de Governo e do setor produtivo, ali representados pelos empresários e trabalhadores. A participação conjunta desses atores permitiu a construção e implementação das Agendas de Ação, com alto grau de comprometimento. Passados dois anos de implementação da PDP, muito se conquistou, muito se aprendeu. Novos desafios e novas oportunidades se apresentam. A sinergia dos esforços, a coordenação de ações intersetoriais e intragovernamental e o aprendizado adquirido serão fatores críticos de sucesso para a seqüência das ações voltadas ao fortalecimento da competitividade dos setores selecionados. Armando de Mello Meziat Secretário de Desenvolvimento da Produção Coordenador dos Programas para Fortalecer a Competitividade 10

12 2. Apresentação Desde 2003, o governo brasileiro tem dado ênfase ao desenvolvimento de políticas voltadas para a construção da competitividade de médio e longo prazo da base industrial doméstica. O primeiro passo nesse sentido foi a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), lançada ao final daquele ano. A PITCE produziu, dentre outros, dois importantes resultados: a construção de um arcabouço legal-regulatório dedicado a promover a inovação, principalmente com a edição da Lei da Inovação (Lei n /2004) e da Lei do Bem (Lei n /2005); e o fortalecimento da estrutura institucional de apoio à política, com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e com a reformulação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX- Brasil), também subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com o lançamento da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), em maio de 2008, cujo objetivo central é dar sustentabilidade ao ciclo de expansão da economia brasileira, foi dado um segundo passo para a construção da competitividade. A PDP representa uma continuidade em relação à PITCE, com três importantes avanços: (i) o estabelecimento de metas monitoráveis para o período ; (ii) a opção por um escopo mais abrangente, com programas para sistemas produtivos e temáticos; e (iii) a institucionalização de um modelo de governança, cujos objetivos seriam estruturar a interlocução com o setor privado e fortalecer a coordenação entre diferentes instituições do governo 1. Esses três aspectos são detalhados a seguir. Metas 1 Brasil. Política de Desenvolvimento Produtivo: Inovar e Investir para Sustentar o Crescimento. Apresentação de Slides do Lançamento da PDP (12 de maio de 2008). p. 9. Disponível em: 11

13 A PDP estabeleceu quatro macrometas para 2010: i) a ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 17,4% em 2007 para 21% em 2010; ii) a elevação do dispêndio empresarial em P&D, de 0,51% do PIB (2005) para 0,65% em 2010; iii) a ampliação da participação das exportações brasileiras nas exportações mundiais, de 1,18% em 2007 para 1,25% em 2010; e iv) o aumento em 10% no número de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) exportadoras em relação ao valor registrado em 2006 ( empresas). Cada programa estabeleceu metas setoriais específicas, que também são monitoradas no âmbito da PDP. Programas A PDP conta hoje com 35 programas em andamento, que estão agrupados em cinco macroprogramas, conforme ilustra a Figura 1: Programas para Consolidar e Expandir a Liderança; Programas para Fortalecer a Competitividade; Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas; Destaques Estratégicos; e Ações Sistêmicas. Figura 1: Programas da Política de Desenvolvimento Produtivo Fonte: Portal da PDP 12

14 Os Programas Estruturantes para Sistemas Produtivos são o principal instrumento para a consecução das Metas-País e recobrem grande diversidade de sistemas produtivos. Cada um dos programas tem objetivos específicos, refletindo as estratégias de médio-longo prazos aplicáveis a cada caso liderança mundial, conquista de mercados, focalização, diferenciação e ampliação de acesso. A configuração dos programas, no que se refere aos instrumentos disponíveis (incentivos, regulação, poder de compra e apoio técnico), foi adequada às especificidades e necessidades de cada sistema. Em alguns casos, o foco do programa está na criação de incentivos ao investimento fixo; em outras situações, no estímulo ao comportamento inovativo ou no fomento ao adensamento de cadeias produtivas. Espelhando essa diversidade, foram definidas três categorias de programas: Figura 2: Categorias de Programas da Política Modelo de Governança Conforme enuncia o documento de lançamento da política, divulgado em maio de 2008, o modelo de governança da PDP foi estruturado com o duplo objetivo de promover maior coordenação entre diferentes áreas do governo e fortalecer a interlocução com o setor privado por meio de mecanismos institucionalizados de diálogo. A Figura 2 ilustra a estrutura de governança intragovernamental. A coordenação-geral da PDP é exercida pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sob acompanhamento de um Conselho Gestor, formado pelos Ministros da Casa Civil; Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; Ciência e Tecnologia; e Educação. Há, em apoio à Coordenação Geral, uma Secretaria 13

15 Executiva formada por ABDI, BNDES, Ministério da Fazenda e Ministério da Ciência e Tecnologia. Cada macroprograma é coordenado por uma instituição definida. Finalmente, a gestão direta dos programas cabe a Comitês Executivos, com um gestor responsável compostos por técnicos de diversos órgãos governamentais 2. Figura 3: Coordenação Institucional da PDP CNDI Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial Coordenação Geral Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Comitê Gestor Casa Civil, MF, MP, MCT, MDIC e MEC Secretaria Executiva ABDI, BNDES, MF e MCT PROGRAMAS ESTRUTURANTES AÇÕES SISTÊMICAS DESTAQUES ESTRATÉGICOS PROGRAMAS MOBILIZADORES EM ÁREAS ESTRATÉGICAS PROGRAMAS PARA O FORTALECIMENTO DA COMPETITIVIDADE PROGRAMAS PARA CONSOLIDAR E EXPANDIR A LIDERANÇA Coordenação: MF Coordenação: ABDI Coordenação: MCT Coordenação: MDIC Coordenação: BNDES 1 Comitê Executivo 6 Comitês Executivos 6 Comitês Executivos 15 ComitêsExecutivos 7 Comitês Executivos Fonte: Portal da PDP 8 Complementarmente, de modo a fortalecer a interlocução com o setor privado, foram reforçados os espaços de diálogo público-privado com a reativação e criação de Fóruns de Competitividade e Câmaras Setoriais, entre outras instâncias de interação. 2 Brasil. Política de Desenvolvimento Produtivo: Inovar e Investir para Sustentar o Crescimento. Livreto. Disponível em: %20Portugu%C3%AAs.pdf. 14

16 A PDP: Medidas Implantadas Até dezembro de 2010, 425 medidas de política haviam sido propostas no âmbito da estrutura da PDP: 29% estavam relacionados a financiamento, 31% a assistência técnica e informações, 26% a medidas fiscais, 8% a regulamentação e 6% a comércio. Quase todas elas (420) estavam em pleno funcionamento: 41% delas estavam relacionadas à meta de investimento; 29% às exportações; 20% à inovação e 10% ao desenvolvimento da PME. As medidas relacionadas a investimento foram preponderantes. Depreciação acelerada de capital e reduções de tributos visando isonomia competitiva e melhorias nas condições de financiamento são exemplos de medidas com um impacto significativo sobre o custo do capital, que ocorreram antes e, principalmente, após o início da crise financeira internacional. Essa preponderância traduz a preocupação central de conferir sustentabilidade de longo prazo ao crescimento econômico por meio da expansão da capacidade de produção, mitigação de gargalos na oferta, estabilidade dos preços e criação de empregos. Se é verdade que o número de medidas implantadas não traduz a efetividade de uma política industrial, cujos resultados somente podem ser avaliados a prazos mais longos, ao menos mostra que a PDP foi capaz de mobilizar o setor público e articulá-lo com o setor privado, rompendo a inércia quanto à possibilidade de se colocar em prática políticas desse tipo. Em grande medida esse sucesso pode ser explicado pela prioridade política dada à política industrial pelo governo Lula. Há um compromisso por parte dos ministérios mais diretamente ligados ao tema, em particular os do Desenvolvimento, Comércio e da Indústria (MDIC), da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fazenda (MF). Além disso, foi decisivo o sistema de informações estabelecido para gerir o processo de implementação das medidas. Esse sistema, desenvolvido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) no âmbito da SE-PDP, assegurou informações on-line sobre o estágio de desenvolvimento de cada medida e cada pauta para a Ação de todos os Comitês Executivos da PDP. Os Relatórios da PDP Balanço de Atividades O Balanço de Atividades da PDP 2008/2010 é apresentado em cinco volumes, sendo o primeiro relacionado às macrometas e os quatro demais ao desempenho de cada macroprograma por programa. 15

17 Relatório de Balanço das Macrometas (Volume 1) O Relatório de Macrometas apresenta um balanço das medidas que foram colocadas em andamento desde o anúncio da PDP, em referência a cada uma das suas quatro macrometas. Há especial destaque para as ações sistêmicas (não relacionadas a um sistema produtivo ou programa estruturante específico). O relatório traz também um balanço da posição da economia nacional frente às macrometas estabelecidas. Relatórios de Balanço dos Macroprogramas Os Relatórios de Balanço dos Macroprogramas estão organizados em quatro volumes: Volume 2: Programas para Consolidar e Expandir a Liderança; Volume 3: Programas para Fortalecer a Competitividade; Volume 4: Programas Mobilizadores em Áreas Estratégicas; e Volume 5: Destaques Estratégicos. Os Relatórios trazem uma análise do desempenho de cada programa e um capítulo de síntese. Em cada volume são destacados: o diagnóstico que deu origem à agenda de ações de cada programa, o andamento das ações propostas e instituições envolvidas, o cumprimento ou não das metas setoriais estabelecidas e os principais desafios futuros de cada programa. 3. Introdução 16

18 Programas Para Fortalecer a Competitividade Os Programas para Fortalecer a Competitividade têm foco em complexos produtivos com potencial exportador e/ou com potencial de gerar efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial. A articulação com o setor privado foi de grande importância para construir esta categoria de programas, resultando em metas compartilhadas de produção, de exportação e de P&D. Desde o lançamento da PDP foi previsto para este conjunto de programas o uso articulado de incentivos fiscal-financeiro, regulação, poder de compra e apoio técnico. O Complexo Automotivo, a Indústria de Bens de Capital (sob encomenda e seriados), a Indústria Marítima, a Indústria Têxtil e de Confecções, o Complexo de Couro, Calçados e Artefatos, o Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Setor de Madeira e Móveis, Plásticos, o Complexo Produtivo do Biodiesel, a Agroindústria, a Construção Civil, o Complexo de Serviços são os sistemas produtivos enquadrados nessa categoria de programas. A abrangência dos Programas para Fortalecer a Competitividade foi ampliada desde o lançamento da PDP, com a inclusão de setores de Brinquedos, Eletrônica de Consumo e Trigo. Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP O desenho de desafios e metas dos Programas para Fortalecer a Competitividade teve foco em sistemas, cadeias ou complexos produtivos geradores de efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial com potencial exportador. Esse conjunto é afetado por importações, mas tem potencial competitivo. Para o desenvolvimento de cada agenda de ação desses programas, foram estabelecidas metas industriais, de exportação e de P,D&I compartilhadas com o setor privado. Para isso, o trabalho dos Fóruns de Competitividade, ferramenta estratégica no contexto da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, que antecedeu a PDP, constituiu base fundamental para a construção das iniciativas, coordenadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com destaque para a Secretaria Desenvolvimento da Produção. 17

19 O quadro abaixo apresenta os desafios e metas do programa: Quadro 1: Desafios e Metas Programa Desafios Metas Complexo Ampliar a capacidade de produção; Foi estabelecida para o Complexo Automotivo Adensar e modernizar a cadeia Automotivo a meta de produzir 4,3 milhões produtiva; de veículos em 2010 e 5,1 milhões em Fortalecer a engenharia de projeto; Foram também estabelecidas as metas de Ampliar o volume exportado. atingir, para os gastos em P&D, 2% e 2,5% do faturamento em 2010 e 2013, respectivamente, e de exportar 930 mil veículos em Bens de Capital Promover a consolidação empresarial; Bens de capital sob encomenda: Aumentar gastos em P,D&I/faturamento Ampliar a inserção internacional das empresas; Expandir a capacidade de produção; Adensar a cadeia produtiva e o fortalecimento de empresas de líquido de 0,55% para 0,80% em 2010; Ampliar exportações para US$ 4,4 bilhões em 2010 (US$ 2,9 bilhões em 2007). Bens de capital seriados: capital nacional; Investimentos de US$ 11,5 bilhões para Fortalecer a engenharia básica; ; Detalhar o projeto. Ampliar de 1,32% para 2,0% os gastos em P,D&I/faturamento líquido; Ampliar as exportações de US$ 16,7 bilhões para US$ 22,3 bilhões, em Têxtil e Confecções Modernizar a estrutura produtiva e apoiar a consolidação empresarial; Ampliar o faturamento para US$ 41,6 bilhões em 2010 (US$ 33 bilhões em Desenvolver produtos com maior 2006). valor agregado; Fortalecer a cadeia produtiva; Combater práticas desleais de comércio; Expandir exportações. Madeira e Móveis Capacitar empresas em APLs; Iniciais 18

20 Ampliar negócios com geração de valor; Ampliar as exportações; Ampliar a participação da produção sustentável da cadeia. Crescimento médio de 15% a.a. nas vendas internas. Crescimento médio de 7,5% a.a. nas exportações. Ampliar o investimento em inovação e P&D para, respectivamente, 3% e 0,5% das vendas líquidas. Pós- crise Aumentar em 30% o consumo no mercado doméstico. Crescimento médio de 5% a.a. nas vendas internas. Crescimento médio de 5% a.a. nas exportações. Ampliar o investimento em inovação e P&D para, respectivamente, 3% e 0,5% das vendas líquidas. Higiene, Perfumaria e Cosméticos Desenvolver cultura exportadora; Elevar padrão tecnológico e produtivo; Adequar o marco legal; Consolidar o produto brasileiro como sinônimo de qualidade e uso sustentável dos biomas brasileiros. As áreas de maior potencial no lançamento da PDP eram as de cuidado dos cabelos e cuidado da pele, respectivamente terceiro e sexto mercados mundiais. Foi diagnosticada também a necessidade de ajuste do marco legal-regulatório. A meta para 2010 é de US$ 700 milhões em exportações (crescimento médio anual de 10%). Para 2008, US$ ; e 2009, US$ Construção Civil Desenvolver mecanismos de financiamento sustentáveis; Capacitar mão de obra; Incentivar e disseminar a tecnologia industrial básica; Promover a construção Inicial Aumentar em 50% a produtividade e reduzir em 50% as perdas, até Revisada Aumentar em 50% a produtividade e reduzir em 50% as perdas, até 2015 para o 19

21 industrializada. monitoramento da meta é necessário aperfeiçoar os mecanismos de aferição. Complexo de Serviços Diversificar e desconcentrar as exportações brasileiras de serviços; Capacitar empresas prestadoras de serviços em comércio exterior; Dotar o país de um sistema de informação das operações de Ampliar as exportações do Complexo de Serviços para 1% do comércio mundial de serviços, ou US$ 40 bilhões, em 2010; Capacitar cinco mil empresários em exportação de serviços até serviços realizadas entre residentes e não residentes; Aprimorar os meios para as atividades de formulação, de acompanhamento e de aferição das políticas públicas relacionadas, e até mesmo de fiscalização, interligando ações de governo; Implantar um sistema de registro das operações de comércio exterior de serviços. Indústria Apoiar a consolidação e a Aumentar o uso de navipeças nacionais Marítima modernização da estrutura de 65% para 85%; industrial; Ampliar a participação da bandeira na Ampliar o investimento em P,D&I; Marinha Mercante mundial para 1%; Qualificar profissionais; Fortalecer a cadeia produtiva e criar empresa líder em projetos navais. Gerar mais 25 mil empregos na cadeia produtiva. Em 2009, apenas o primeiro desafio sofreu uma revisão, flexibilizando a meta com a alteração da redação do desafio para: Aumentar o uso de navipeças nacionais de 65% para até 85%. Couro, Calçados e Fortalecer marcas, design e imagem Iniciais 20

22 Artefatos do calçado brasileiro no mercado internacional; Conquistar a segunda posição na produção mundial de calçados; Capacitar MPEs para atuação em nichos de mercado; Aumentar valor das exportações de couro acabado à taxa média de 10% a.a.; Estimular a comercialização; Conquistar a terceira posição na Investir em P,D&I na cadeia produtiva. exportação de calçados. Pós-Crise Manter a terceira posição na produção mundial de calçados até 2010 e conquistar a segunda posição até 2015; Aumentar valor das exportações de couro acabado à taxa média de 5% a.a.; Conquistar a quinta posição na exportação de calçados até Agroindústrias Apoiar a reestruturação e a modernização industrial; Melhorar a logística e a infraestrutura; Investir em P,D&I e capacitação; Reduzir a assimetria das relações comerciais no agronegócio. Metas Iniciais Ampliar as exportações do sistema agroindustrial em 25% até 2010; Elevar em 100%os investimentos P,D&I; Estimular em 30% o crescimento da produção de fertilizante (NPK); Apoiar cooperativas agroindustriais no processo de gestão e inserção internacional. Com a crise, todas as metas foram revistas, com a conclusão de que dificilmente seriam alcançadas, embora não se tenham estabelecidos novos percentuais. Biodiesel Ampliar a mistura obrigatória do biodiesel ao diesel com viabilidade econômica; Produção de 3,3 bilhões de litros de biodiesel. Ampliar a produtividade da cadeia 21

23 Eletrônica de Consumo (Programa introduzido na PDP em 2009) LM = Linha Marrom LB = Linha Branca P = Portáteis produtiva com a inserção da agricultura familiar; Desenvolver novas tecnologias nacionais na cadeia produtiva; Assegurar sustentabilidade socioambiental. Ampliar a base de penetração dos produtos essenciais (refrigeradores, fogões e máquinas de lavar roupa) no mercado interno; Transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e países andinos; Desenvolver programas de reciclagem e de eficiência energética; Ampliar a base de fornecedores locais, focando a engenharia nacional. Para LM, os desafios estabelecidos foram os seguintes: Aumentar em 25% a produção até 2010; Aumentar em 25% as exportações até 2010; Aumentar em 10% o faturamento até As metas dos três segmentos LB, LM e P, foram definidas basicamente com foco em aumento da produção, do faturamento e das exportações em 2010, em percentuais variados para cada um deles. Apenas P estabeleceu metas para 2010 e No caso de LM, houve meta relacionada à diminuição de tempo no lançamento nacional de novos produtos. Atrair e capacitar fornecedores de componentes-chave, como semicondutores e displays; Democratizar o acesso da população a produtos nacionais de alta tecnologia; Transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e países andinos; Desenvolver programas de reciclagem e de eficiência 22

24 energética; Ampliar o desenvolvimento local de engenharia de produto e de processo. Por fim, para P, foram apresentados os seguintes desafios: Melhorar a competitividade da produção, considerando a concorrência chinesa; Transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e países andinos; Ampliar a reciclagem e buscar a eficiência energética dos produtos; Desenvolver localmente engenharia de produto e de processo em nível mundial. Brinquedos Promover a inovação e Aumentar em 12% o faturamento; (programa modernização do parque industrial; Investir R$ 20 milhões na produção; introduzido PDP em 2009) na Estimular o Comércio Exterior e Defesa das práticas leais de comércio; Valorizar o ato de brincar e ampliar o acesso ao mercado e ao consumo. Gerar novos empregos; Reduzir em 5% os preços dos brinquedos; Aumentar de 55% para 65% o market share (em peso kg) da indústria brasileira no mercado nacional; Aumentar em 15% o acesso ao consumo por crianças nas regiões N/NE/CO e 7% no S e SE. Trigo Garantir que os produtos derivados Elevar o consumo anual de derivados de (Programa introduzido PDP em 2009) na do trigo estejam disponíveis a preços competitivos em todo o território nacional; trigo 5% acima do crescimento da população brasileira; 23

25 Desenvolver novos cultivares e produtos derivados de trigo, assim como novas tecnologias de produção e transformação; Modernizar e incrementar a logística e a infraestrutura de armazenamento e escoamento de safra de trigo; Melhorar as condições tributárias, de investimento e custeio da cadeia do trigo; Aumentar a produção doméstica de trigo, garantindo, pelo menos, 70% do consumo nacional; Aproveitar, pelo menos, 60% da produção nacional de trigo na indústria de panificação; Reduzir o custo final do produto nacional em, pelo menos, 10% da média dos últimos cinco anos. Fortalecer os instrumentos de articulação na cadeia do trigo. Plásticos Desenvolver cultura exportadora e expandir as exportações; Fortalecer empresas de terceira geração; US$ 2,2 bilhões em exportação de produtos transformados plásticos (US$ 1,1 bilhão em 2006). Ampliar investimentos em PD&I; Consolidar o produto brasileiro como solução ambiental sustentável. Gestão dos Programas Quadro 2: Gestores dos Programas para Fortalecer a Competitividade e Instituições Participantes Programas Complexo Automotivo Bens de Capital Gestor(a) Paulo Sérgio Bedran - MDIC Ronaldo Melo - MDIC Instituições Participantes BNDES, MF, MCT, MRE, Inmetro e ABDI Apex, BNDES, Casa Civil, Finep, Inmetro, INPI, MCT, MDIC, MF e MRE 24

26 Têxtil e Confecções Madeira e Móveis Higiene, Perfumaria e Cosméticos Construção Civil Complexo de Serviços Indústria Marítima Couro, Calçados e Artefatos Agroindústrias Talita Saito - MDIC Simon Salama - MDIC Alexandre Lopes - MDIC Marcos Otávio Bezerra Prates - MDIC Edson Lupatini - MDIC Carlos Eduardo Macedo - MDIC Simon Salama - MDIC Rita de Cássia Milagres Teixeira Vieira -MDIC MDIC, ABDI, Apex, BNDES, Inmetro,INPI, MCT, MF, MD, MRE, Sebrae e SENAI Apex, MTE, INPI, MMA, Sebrae, MCT, SENAI, Finep, Inmetro, BNDES, MF, ABDI e SUFRAMA. BNDES, Inmetro, ABDI, Sebrae, Apex, Suframa, MRE, Anvisa, Finep, MF, INPI e MCT Apex, BNDES, Casa Civil, Caixa, Finep, Inmetro, MTE, MCT, MDIC, MF e Sebrae. ABDI, Apex; BACEN, BNDES, BB, Embratur, IBGE, Inmetro, MCT, MDIC, MF, MRE e Sebrae ABDI, ANTAQ, Apex, BNDES, Finep, MD, MF, MME/Prominp, MPA, MT, Petrobras, Secretaria Especial de Portos e Transpetro SENAI, Finep, Inmetro, Sebrae, MAPA, INPI, MCT, Apex, BB, CNPq, MF, BNDES, ABDI, MRE e MTE MAPA, MF, MCT, MRE, MMA, Embrapa, BNDES, ABDI, Apex, INPI, Inmetro, Sebrae, e Finep 25

27 Biodiesel Brinquedos Eletrônica de Consumo Trigo Plásticos Rodrigo Rodrigues Casa Civl Talita Saito - MDIC José Ricardo Ramos Sales - MDIC Rita de Cássia Milagres Teixeira Vieira - MDIC Alexandre Lopes - MDIC ABDI, MF, INPI, Finep, Apex, Inmetro, MME, MI, MMA, BNDES, MD, Casa Civil, MAPA, MDIC, MT, MRE e MP ABDI, BNDES, Inmetro, MCT, MDIC, MEC, MF, Minc, MRE e Sebrae BNDES, Suframa, Inmetro, ABDI, Apex, MME, MMA, MF, MCT, MC e MRE CAMEX/MDIC, MF, MT, MCT, MAPA, MRE, BNDES, ABDI, Conab, Sebrae, Finep, Embrapa e Casa Civil BNDES, MCT, ABDI, Inpi, Inmetro, Sebrae, Suframa, MF, MME, Finep, MMA, Petrobras e Apex O coordenador dos Programas para Fortalecer a Competitividade e secretário de Desenvolvimento da Produção, Armando Meziat, realiza reuniões de coordenação periodicamente com a presença dos gestores de programas. Reuniões específicas de cada programa são organizadas de acordo com a necessidade. São produzidos, ainda, relatórios periódicos de situação, que informam o andamento dos programas ao secretário executivo e ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sinalizando os principais destaques em termos de resultados e entraves para a sua implementação. 26

28 Agendas de Ação Os Programas para Fortalecer a Competitividade contemplam complexos produtivos com potencial exportador e/ou com potencial de gerar efeitos de encadeamento sobre o conjunto da estrutura industrial. As Agendas foram construídas com o seguinte perfil: Quadro 3: Perfil das Principais Medidas dos Programas para Fortalecer a Competitividade Objetivos Fortalecer e consolidar a base industrial Estimular a inovação nas empresas e a formação de parcerias para desenvolvimento tecnológico Melhorar o ambiente econômico Perfil das Principais Medidas Levaram ao reforço nas medidas de financiamento; estímulo à consolidação patrimonial; e utilização do poder de compras do Estado. Resultaram na adoção de medidas de subvenção econômica direcionadas e editais para estímulo à parceria universidade-empresa. Foram adotadas medidas de revisão, e, em alguns casos, de criação do marco legal-regulatório; e reforço, ou adoção, de medidas de caráter tributário. Promover a inserção no mercado internacional Medidas para identificação de novos mercados; promoção de exportações; e atração de empresas multinacionais. Formar e capacitar recursos humanos Foram adotadas medidas para formatação de editais específicos para a formação de recursos humanos; parcerias entre órgãos de governo, como MCT, MEC e MTE para formação de recursos humanos. Estratificação das Medidas dos Programas para Fortalecer a Competitividade As Agendas de Ação dos Programas para Fortalecer a Competitividade totalizam 443 medidas, distribuídas conforme a tabela 1. O gráfico 1 apresenta uma estratificação do total dessas medidas por impacto na macrometa (meta-país) definida na PDP e uma estratificação por tipo de medidas. O foco das ações está voltado para a ampliação de investimentos, com 65% das medidas relacionadas a esta macrometa. Destaque-se, que no contexto, tem maior relevância medidas de apoio técnico com viés estruturante envolvendo temas como capacitação de recursos humanos, normalização e 27

29 promoção comercial. Por sua vez medidas de caráter tributário e creditício, que produzem impactos imediatos e diretos sobre o desempenho representam cerca de 17% e 19%, respectivamente. Tabela 1: Quantitativo de Medidas por Programa O gráfico a seguir apresenta uma estratificação do total dessas medidas por impacto na macrometa (metas-país) definida na PDP e uma estratificação por tipo de medidas. 28

30 Gráfico 1: Estratificação das Medidas 29

31 4. Programas Para Fortalecer A Competitividade 4.1 Complexo Automotivo Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Considerando a estratégia prevista na PDP de conquistar novos mercados, foram elencados para o Complexo Automotivo os desafios de ampliar a capacidade de produção, adensar e modernizar a cadeia produtiva, fortalecer a engenharia de projeto e ampliar o volume exportado. Diante desses desafios, foi estabelecida a meta de produzir 4,3 milhões de veículos em 2010 e 5,1 milhões em Foram estabelecidas ainda as metas de atingir 2% do faturamento para os gastos em P&D em 2010 e 2,5% em 2013, e de exportar 930 mil veículos em Gestão do Programa O Comitê Executivo foi instalado em 11 de junho de 2008, é coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento da Produção e tem a seguinte composição: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério das Relações Exteriores, Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), Ministério da Fazenda e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ocorreram duas reuniões do Comitê. A Instância de Articulação Público-Privada é o Grupo de Trabalho GT-Automotivo, que foi criado com a seguinte composição: Anfavea, Sindipeças, Simefre, Fabus, Anip e as Centrais dos Trabalhadores CUT, Força Sindical e UGT. Foram realizadas quatro reuniões do GT-Automotivo Agenda de Ação A agenda de ação do Complexo Automotivo, quando do lançamento da PDP, apresentava seis ações e 10 medidas. Três das ações eram referentes a financiamentos, uma era desoneração tributária, uma visava à defesa comercial lato sensu e a última à ampliação de mercados para exportação. Em consequência da crise internacional, iniciada no final de 2008, foram definidas quatro novas ações, com cinco novas medidas. As ações eram destinadas ao financiamento para produção e comercialização, além da desoneração tributária e estímulo às exportações. Das medidas propostas, 11 estão relacionadas à macrometa de investimento, três à macrometa de exportação e uma à de inovação. Sete medidas foram do tipo financiamento, seis foram medidas tributárias, uma regulatória e uma do tipo apoio técnico. 30

32 Tabela 2: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Total 10 Lançam. da PDP 6 Novas 4 Total 15 Lançam. da PDP 10 Novas 5 Gráfico 2: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Distribuição das medidas propostas na Agenda de Ação Distribuição das medidas propostas na Agenda de Ação - por impacto sobre a macrometa (%) - por tipo (%) Fonte: SAG - Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP Fonte: SAG - Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP Balanço das Ações As ações propostas na agenda apresentam os seguintes resultados: Financiamento à ampliação e consolidação do setor de autopeças As medidas previstas para ampliar e consolidar o setor de autopeças eram a estruturação de um fundo destinado às pequenas e médias empresas fabricantes de autopeças (FDIC) e a criação do Finame Leasing que permitiria operações de arrendamento mercantil para ampliação do acesso ao financiamento de máquinas e equipamentos. Apenas a primeira medida ainda não foi implementada, mas em 2010 houve algum avanço. Foram realizadas diversas reuniões com bancos privados, BNDES, Sindipeças e MDIC. Desoneração tributária Além de permitir a depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de automóveis e autopeças, foi aprovada a ampliação do prazo de apuração e recolhimento do IPI das autopeças, de decendial para mensal, e foi estendido o prazo de recolhimento do IPI para autopeças destinadas à reposição. 31

33 Foi reduzida a alíquota do IPI dos automóveis de passageiro, veículos de transporte de carga, tratores e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios. Foram reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, incidentes sobre a receita bruta da venda de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para educação básica, quando adquiridos pela União, estados e municípios. Financiamento às exportações Foi aprovada a inclusão dos bens setor automotivo na lista de bens elegíveis pelo programa em operações intercompanies do Proex Equalização. Financiamento à engenharia automotiva Foi criada no BNDES uma linha de financiamento para engenharia automotiva. O programa tem como itens financiáveis: mão de obra; projeto básico; desenvolvimento de protótipos e novos produtos além de construção de centros de desenvolvimento. Já foram contratadas seis operações envolvendo investimentos da ordem de R$ 684 milhões e financiamento de R$ 425 milhões. Deste, já foram liberados R$ 233 milhões. Existem outras duas operações já aprovadas e mais seis em análise, envolvendo investimentos da ordem de R$ milhões e financiamento de R$ milhões. Defesa comercial lato sensu Duas medidas visavam à defesa comercial do setor de autopeças. A primeira foi criar certificação compulsória de autopeças de segurança para o mercado de reposição. O primeiro passo foi dado com a priorização no Plano Quadrienal de Certificação do Inmetro de quatro grupos de autopeças de segurança: rodas, iluminação, freios e direção. A segunda medida visa complementar a primeira e trata da possibilidade de financiar laboratórios para certificação de autopeças. O financiamento está sendo feito na linha de financiamento para engenharia do BNDES e pela linha BNDES Inovação. Ampliação de mercados A medida prevista era gerar uma agenda de acordos multilaterais. O Setor Automotivo propôs a negociação de acordos de comércio com países e blocos econômicos, com o objetivo de manter os atuais mercados e buscar novos. A Anfavea selecionou um conjunto de países com base em parâmetros econômicos e mercadológicos. A conclusão do trabalho foi apresentada ao MDIC, que a encaminhou ao Departamento de Negociações do MRE. No entanto, com a crise internacional, o trabalho está sendo reavaliado para adequação ao novo cenário. Financiamento para produção Foi criada uma linha de financiamento para pagamento de tributos do 13º dos trabalhadores R$ 3 bilhões do BB para capital de giro para empresas de autopeças. 32

34 Financiamento para comercialização Foram disponibilizados R$ 4 bilhões do Banco do Brasil a bancos de montadoras para financiamento à venda de veículos. Estímulo às exportações Permissão para combinação de Regimes Aduaneiros Especiais: foi alterada a disposição de regulamentação do regime especial de Depósito Alfandegado Certificado (DAC), permitindo que mercadorias nacionais ali depositadas e configuradas como já exportadas fossem transferidas para o Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado (Recof), possibilitando a diminuição dos custos logísticos e do tempo de entrega. Balanço Geral Das medidas previstas, apenas uma, a criação do FDIC ainda não foi implementada. As demais foram implementadas, e pode-se afirmar que contribuíram para que o setor automotivo brasileiro, apesar da crise internacional que provocou uma acentuada queda das exportações, conseguisse manter a produção em função do incremento das vendas no mercado interno, alavancadas por várias das medidas adotadas no âmbito da PDP Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Exportações de 930 mil veículos em 2010 A meta de produção para 2010 de 4,3 milhões de veículos pode não vir a ser atingida em consequência da crise internacional, principalmente por causa da forte queda das exportações brasileiras de veículos. Entretanto, considerando que as vendas no mercado interno se mantiveram crescentes em função das medidas anticrise tomadas pelo governo federal, acredita-se que a meta para 2013 de produção de 5,1 milhões de unidades continua sendo factível. Por outro lado, a meta de exportar 930 mil veículos não será atingida, já que a expectativa para as exportações em 2010 é da ordem de 530 mil veículos, 11% maior do que as exportações de 2009, mas 40% menor do que o melhor resultado já obtido que foi em A PDP do Complexo Automotivo terá, numa segunda fase, o grande desafio de cumprir uma agenda relacionada às mudanças de paradigma, quais sejam, os tecnológicos, os de marco regulatório, os de mobilidade urbana e os de comportamento, relacionados, entre outros, ao desenvolvimento mundial de veículos mais compactos (urbanos), híbridos e elétricos. 33

35 Nesse contexto, entende-se que a PDP deveria concentra-se em ações voltadas para o fortalecimento da educação para o desenvolvimento de mão de obra especializada para o setor automotivo, o fortalecimento da engenharia especializada para o setor automotivo e, por consequência, a busca da inovação. A despeito dessa visão macro, é importante aumentar o apoio governamental ao segmento de autopeças, base de uma indústria automotiva competitiva e realmente geradora de empregos e de renda. Nessa segunda fase, no que tange ao comércio exterior, adicionalmente à agenda já estabelecida, pretende-se fortalecer o aspecto institucional no âmbito do Mercosul, com a busca de um acordo quadrilateral de comércio para o setor automotivo, necessário como transição ao mercado livre nesse bloco e referência para as negociações mais ousadas com outros blocos econômicos. 34

36 4.2 Bens De Capital Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP O setor de bens de capital é estratégico para o desenvolvimento do parque industrial de um país, uma vez que é difusor de progresso técnico, catalisador de inovações e do aumento da competitividade de todo o sistema produtivo. No Brasil, esse setor é caracterizado pela sua verticalidade e a heterogeneidade (porte das empresas e tipos de produtos). Desse modo, a PDP tem por objetivos centrais a promoção do desenvolvimento sustentado, por meio do aprimoramento da competitividade e medidas de longo e médio prazos, e a busca da inserção do país em novos mercados consumidores. É necessário que se faça uma distinção dos processos produtivos da indústria de Bens de Capital, pois ela está dividida em dois grandes segmentos, a saber: bens seriados e bens sob encomenda. Essa diferenciação é de suma importância para a análise dos fatores-chave como também para o desenho de estratégias competitivas eficientes e eficazes. Enquanto no segmento de bens sob encomenda a estratégia é a focalização, no de bens seriados é a conquista de mercados. Assim, a política setorial diagnosticou como grandes desafios: consolidação empresarial, ampliação da inserção internacional das empresas, expansão da capacidade de produção, adensamento da cadeia produtiva e fortalecimento de empresas de capital nacional, além do fortalecimento da engenharia básica e do detalhamento de projeto. Até o presente momento foram realizadas seis reuniões do comitê executivo para a avaliação e realinhamento das propostas, metas e ações da política setorial. De fato, à época da implantação da PDP foi apresentada a seguinte situação do setor: grande potencial de crescimento, influenciado pelas seguintes questões: investimento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimativa de ampliação do investimento fixo/pib para 21% em 2010 e projetos de integração da infraestrutura sul-americana. Destacaram-se também a grande heterogeneidade do setor e o baixo nível de eficiência. No entanto, fundamentalmente à crise internacional alguns pontos tiveram que ser reavaliados, entre os quais a alteração da perspectiva de crescimento, estimada em um grande potencial, para um crescimento moderado, além da introdução de novas projeções para o investimento fixo para 18% do PIB e a constatação do acirramento da concorrência internacional. 35

37 As metas propostas no lançamento da PDP foram divididas de acordo com os segmentos de bens de capital. Bens de Capital sob Encomenda - Aumentar gastos em P,D&I/faturamento líquido de 0,55% para 0,80% em 2010; - Ampliar exportações para US$ 4,4 bilhões em 2010 (US$ 2,9 bilhões em 2007). Bens de Capital Seriados - Investimentos de US$ 11,5 bilhões para Ampliar os gastos em P,D&I/faturamento líquido de 1,32% para 2,0%. - Ampliar as exportações de US$ 16,7 bilhões para US$ 22,3 bilhões, em Frisa-se que a crise econômica internacional refletiu no cenário macroeconômico do setor as variáveis de nível de investimento, crédito, exportação, produção, importação, entre outras. De um modo geral, a forte retração no mercado mundial impactou profundamente o resultado da balança comercial do setor fabricante de bens de capital mecânico, apresentando um déficit de 22,8% superior ao resultado apurado em 2008 (jan-dez), passando de US$ 9,08 bilhões para US$ 11,15 bilhões. No ano, o país acumulou uma queda de 14,3% nas importações de máquinas e equipamentos; já nas exportações, a queda chega a 40,5% inferior ao resultado alcançado no mesmo período de Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo O Comitê Executivo foi instituído em agosto de 2008, tendo como gestor Ronaldo de Almeida Melo e Silva. Participam do Comitê as seguintes entidades governamentais: ABDI, Apex, BNDES, Casa Civil, Finep, Inmetro, INPI, MCT, MDIC, MF e MRE. Desde a implantação da PDP-BK ocorreram seis reuniões do respectivo comitê. Articulação Público-Privada A respeito da instância de articulação público-privada é o grupo de trabalho, formado por diversas instituições, entre as quais: ABDI; Abemi; Abifer; Abimaq; Abimo; Abinee; Abiquim; Abitami; Abrameq; Aracruz Celulose e Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT); CNI/Enai; CUT; Força Sindical; Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS); Organização Nacional da Indústria 36

38 do Petróleo (Onip); Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais (Simefre). Assim, desde o início da PDP houve sete reuniões Agenda de Ação No lançamento da PDP, a agenda de ação apresentava com cinco ações e 15 medidas. A partir do trabalho do Comitê, essas medidas foram ampliadas para 61. No que se refere às ações de lançamento, algumas foram excluídas (redução dos custos de logística e uso de mecanismos da defesa comercial) e outras foram deslocadas (ampliação de oferta de projetos para concessões e PPPs) para outras ações. Novas ações foram incorporadas ao longo da operacionalização da PDP, tais como: estímulo à exportação, inovação e capacitação e engenharia e qualidade da produção. Em virtude disso, podem-se correlacionar as medidas com as metas previstas do seguinte modo: investimento (54,1%), Inovação (26,23%) e Exportação ( 19,67%). Tabela 3: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Lançamento da Lançamento. Total 5 PDP 2 Novas 3 Total 61 da PDP 15 Novas 46 Gráfico 3: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Por tipo (%) 28% 33% 39% Apoio Técnico Financeiro Tributária Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. 37

39 A agenda do setor apresenta um conjunto significativo de medidas relacionadas ao apoio técnico (39%) capacitação e inovação. Contudo, as medidas que obtiveram melhor aproveitamento operacional estão associadas às ações de desoneração tributária (28%) e financiamento à produção (33%). A política do setor de bens de capital tem como pilares a desoneração tributária e o financiamento da produção. Todavia, destaca-se que medidas como capacitação, inovação e desenvolvimento da engenharia e qualidade da produção ainda não surtiram os mesmos efeitos favoráveis que as primeiras. Novas medidas foram inseridas na agenda da PDP. Essas foram relacionadas, principalmente, ao financiamento e à desoneração tributária, uma vez que possibilitaram a ampliação da oferta e a redução do custo de crédito, minimizando, assim, os efeitos da crise econômica internacional. Contudo, como resultado da crise, houve comprometimento com o nível de investimento projetado. Instrumentos que foram de fundamental importância para a manutenção da capacidade produtiva do setor: Desoneração de PIS-Confins e IPI na aquisição de bens de capital; Depreciação acelerada (20% do tempo normal); Ajustes nas linhas da Finame (ampliação do prazo de pagamento do saldo devedor); Financiamento de 100% a aquisição de bens de capital; Lançamento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que possibilitou a redução de taxas de juros em alguns financiamentos operados pelo BNDES. Desoneração Tributária As medidas contidas nesta ação estão implementadas e operacionalizadas e são relacionadas às metas de investimento (FBKF). De um modo geral, representaram um avanço na agenda política do governo e possibilitaram uma redução no custo de investimento, além de serem reconhecidas como uma medida anticíclica no período da crise. Destacam-se a depreciação acelerada, a compensação dos créditos tributários federais, a alteração dos prazos de recolhimento de IPI, a desoneração de PIS-Cofins e IPI na aquisição de bens de capital, entre outras. Financiamento à Produção e à Modernização Esta ação contém um conjunto de 13 medidas que estão diretamente relacionadas às metas de investimento, em sua grande maioria já implementadas. 38

40 Como principais instrumentos para a sua execução, destacam-se os créditos concedidos pelo BNDES, tais como o Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e o FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios) A redução dos spreads bancários operados pelo BNDES foi recebida pelo mercado como uma medida positiva, já que amplia e facilita o acesso para um maior número de empresas. O PSI foi de vital importância para a manutenção e a retomada do nível de atividade da indústria. Segundo dados do BNDES, foram utilizados aproximadamente R$ 62 bilhões somente para projetos envolvendo o setor de bens de capital. Estímulo à Exportação Dessa ação constam 12 medidas que estão, em grande parte, implementadas e regulamentadas, utilizandose de instrumentos tributários e financiamentos e tendo como objetivo primordial a inserção e consolidação da produção nacional no mercado externo. Citam-se como medidas que obtiveram um certo êxito: (i) ampliação do Drawback Verde-Amarelo; (ii) redução a zero do Imposto de Renda incidente em remessas ao exterior para pagamentos de serviços de logística de exportação e também o incidente em pagamentos de despesas de promoção comercial; e (iii) aumento do limite para o procedimento simplificado do Siscomex. Outras medidas não obtiveram o mesmo grau de eficácia, uma vez que necessitam de maior envolvimento e integração dos setores governamentais e privados, tais como a capacitação de empresas para realizar operações de comércio exterior, a difusão no exterior das condições de financiamento das exportações brasileiras de bens de capital. Engenharia e Qualidade da Produção As medidas que compõem essa ação estão diretamente relacionadas com o aprimoramento e o desenvolvimento da capacidade industrial. Em grande parte, as medidas estão sendo executadas, entretanto observa-se a necessidade de maior engajamento do setor privado. As medidas que estão relacionadas com a meta de investimento e que envolvem o financiamento do setor foram as mais eficientes. Inovação e Capacitação A importância de produtos inovadores é relevante quando tratamos da inserção e da competitividade internacional. Essa ação é composta por um conjunto de 14 medidas que, em grande parte, já estão sendo executadas. Assim, os recursos da Finep, a depreciação acelerada para bens de capital utilizados nas atividades de 39

41 pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação e, também, a ampliação de linhas de financiamento são medidas governamentais de significativa importância para o aumento no nível de investimento em inovação das empresas Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Balanço das Metas Quadro 4: Metas Metas Bens de Capital sob Encomenda Aumentar gastos em P,D&I/faturamento líquido de 0,55% para 0,80% em 2010 Ampliar exportações para US$ 3,5 bilhões em 2010 Bens de Capital Seriados Investir US$ 5 a US$ 8 bilhões em Ampliar os gastos em P,D&I/faturamento liquido de 1,32% para 2,0% Ampliar as exportações de US$ 16,7 bilhões para US$ 19 bilhões, em 2010 Status Atingida Não será atingida Não será atingida Não será atingida Não será atingida Balanço Geral Segundo dados econômicos, de setembro de 2008 a setembro de 2009, houve uma queda de aproximadamente 8% da produção industrial, a maior registrada desde o período de A forte retração da demanda no período da crise reduziu os investimentos originalmente planejados. Assim, em relação ao segmento de Bens sob Encomenda, a meta de exportação não será atingida. A crise econômica internacional, o câmbio apreciado e o Custo Brasil são os principais fatores que impediram o alcance da meta projetada. Já sobre os bens seriados, nenhuma das metas estabelecidas será atingida em função da queda de vendas do mercado e das audaciosas taxas projetadas. Desafios Futuros Reconhece-se que o setor de Bens de Capital é um multiplicador de investimento, visto que ele participa de inúmeras cadeias produtivas. Desse modo, estimular o desenvolvimento da engenharia nacional, por intermédio de capacitação profissional, pesquisas e inovação, traria reflexos significativos em outros setores da economia. 40

42 De certo que a crise econômica foi a principal causa para o não cumprimento das metas preestabelecidas. Contudo, em relação à exportação, outros fatores também cooperaram, como o Custo Brasil e a taxa de câmbio apreciada. Estudos demonstram que, para o setor de Bens de Capital, o Custo Brasil é superior em 43,85 pontos percentuais, se comparado a economias desenvolvidas. A respeito da exportação, dados do setor demonstram que, no ano de 2008, o Brasil exportou US$ 12,84 milhões e, em 2009, US$ 7,64 milhões. A alta carga tributária e o fato de conter alguns produtos menos competitivos mudaram estruturalmente a inserção internacional do setor. Contudo, novas ações de parceria e integração produtiva estão sendo identificadas. Além disso, novas ações estão sendo propostas pelo governo para que ocorra um aumento no percentual de exportação, tais como: (i) devolução mais rápida de créditos tributários federais; (ii) exclusão da receita de exportação para o enquadramento no Sistema Integrado de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples). (iii) modernização do Sistema Público de Garantia; e (iv) criação do Exim-Brasil. Vale ressaltar que o Brasil é um dos poucos países que onera o investimento. Como consequência dessa medida tem-se a redução no nível de modernização, ampliação e desenvolvimento da Indústria de Bens de Capital. Outro ponto a ser enfatizado é a necessidade do aprimoramento de medidas de caráter permanente, tais como a de desoneração tributária. A desoneração tributária mostrou-se eficiente no momento de ápice da crise, estimulando o consumo interno e, por conseguinte, a possibilidade de manutenção da atividade industrial do setor. Espera-se a retomada do crescimento para esse mercado (aumento da capacidade instalada), em virtude dos projetos como o PAC e eventos como a Olimpíada, Copa e Pré-Sal, mas também pela expansão de crédito oferecido pelo BNDES. Para se ganhar mercado, é necessário que sejam desenvolvidos produtos diferenciados. Assim, o gasto em P&D é uma alternativa para se obtenha um aumento na competitividade. O setor investiu menos de 1% do PIB, enquanto países desenvolvidos designam de 2% a 3% para esse fim. Outros instrumentos para o apoio à inovação seriam: subvenção econômica direta para P&D, incentivos fiscais e compras governamentais. 41

43 Assim, para o melhor desenvolvimento desse setor, seria de grande importância focar nos seguintes pontos: redução da carga tributária Custo Brasil; promoção de investimentos em capacidade lndustrial; incremento do gasto em P&D; apoio à inovação e capacitação profissionais; aumento das exportações; diminuição da relação das importações sobre o consumo aparente. 42

44 4.3 Têxtil E Confecções Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial A Política de Desenvolvimento Produtivo do Setor Têxtil e de Confecções foi lançada no dia 13 de maio de Quanto à estratégia, à situação atual, à meta e aos desafios, não houve alteração das proposições do documento após o seu lançamento. Entretanto, quanto aos objetivos, adicionou-se ao item inicial ampliar a competitividade o objetivo de incentivar P&D no processo produtivo das empresas. A inclusão desse objetivo deu-se logo na primeira reunião do Comitê Executivo ( ) com vistas a proporcionar um reposicionamento estratégico da indústria brasileira frente ao mercado internacional. Estratégia adotada: diferenciação Situação Atual Mercado interno em expansão. Déficit comercial a partir de 2006, após cinco anos de superávit (US$ 648 milhões em 2007). Brasil tem competitividade no algodão e aumenta participação em sintéticos. Incorporação recente da nanotecnologia na indústria têxtil mundial. Pequena participação brasileira no comércio internacional (60º lugar). Baixo consumo de têxteis per capita, mas com grande potencial de expansão. Predominância de pequenas empresas com baixa qualificação técnica e gerencial. Forte informalidade no setor de confecções. Objetivos ampliar a competitividade; e incentivar P&D no processo produtivo das empresas (novo objetivo). Desafios (em ordem de importância) modernizar a estrutura produtiva e apoiar a consolidação empresarial;. desenvolver produtos com maior valor agregado; fortalecer a cadeia produtiva; combater práticas desleais de comércio; e expandir exportações. Meta Proposta: ampliar o faturamento para US$ 41,6 bilhões em 2010 (US$ 33 bilhões em 2006). 43

45 4.3.2 Gestão do Programa O Comitê Executivo gerido pelo MDIC foi instalado em e, desde então, foram realizadas 15 reuniões. Comitê Executivo Coordenação: SDP/MDIC Composição: MDIC, ABDI, APEX, BNDES,INMETRO,INPI, MCT, MF, MINISTÉRIO DA DEFESA, MRE, SEBRAE NACIONAL e SENAI Instância de Articulação Público-Privada Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções Número de reuniões realizadas 17 (dezessete) Agenda de Ação A agenda de ação do setor foi formatada com base em uma proposta elaborada pelo Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções, a qual foi analisada e aprimorada pelo Comitê Executivo. No lançamento da PDP, a agenda era formada por três ações: (i) promoção das exportações e fortalecimento da estrutura empresarial; (ii) estímulo à melhoria da qualidade e produtividade (redação original revisada); e (iii) defesa comercial. A partir do trabalho do Comitê Executivo, três ações foram inseridas: (iv) promoção do diálogo entre os elos da cadeia produtiva e entre cadeias produtivas; (v) incentivo ao investimento em P&D; e (vi) facilitação do acesso ao crédito e divulgação das linhas existentes. Correlacionando ações e metas, pode-se afirmar que todas as ações propostas concorrem para que seja cumprida a meta da PDP Têxtil e de Confecções de ampliar o faturamento para US$ 41,6 bilhões em 2010 Apresenta-se a seguir a correlação entre ações e desafios: Modernizar a estrutura produtiva e apoiar a consolidação empresarial Promoção das exportações e fortalecimento da estrutura empresarial Incentivo ao investimento em P&D Facilitação do acesso ao crédito e divulgação das linhas existentes 44

46 Desenvolver produtos com maior valor agregado Estímulo à melhoria da qualidade e produtividade Incentivo ao investimento em P&D Fortalecer a cadeia produtiva Promoção do diálogo entre os elos da cadeia produtiva e entre cadeias produtivas Incentivo ao investimento em P&D Combater práticas desleais de comércio Defesa comercial Expandir exportações Promoção das exportações e fortalecimento da estrutura empresarial Facilitação do acesso ao crédito e divulgação das linhas existentes A agenda de ação é constituída de 27 medidas, a maioria das quais voltada para financiamento e apoio técnico. Ressalta-se que 24 novas medidas foram gestadas após o lançamento da PDP. As três medidas originais encontram-se listadas a seguir: Novo Revitaliza; Implementar o Selo QUAL (qualidade, meio ambiente e responsabilidade social); para o setor de roupas profissionais; e Proex-Financiamento e Equalização. Tabela 4: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Lançamento da Lançamento. Total 6 PDP 3 Novas 3 Total 27 da PDP 3 Novas 24 As medidas abrangem diversos temas como: capacitação, apoio técnico, promoção comercial, apoio a P,D&I, regulamentação, tributação, compras governamentais e crédito/financiamento. 45

47 Das medidas propostas, 71% estão relacionadas à macrometa de ampliar o investimento fixo; 14% à macrometa de elevar o dispêndio privado em P&D; 11% à macrometa de ampliação das exportações; e 4% macrometa de dinamização das MPEs. Gráfico 4: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP Ademais, as medidas são majoritariamente de tipo apoio técnico, como pode ser observado no gráfico a seguir. Gráfico 5: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP 46

48 Balanço das Ações Promoção das exportações e fortalecimento da estrutura empresarial A primeira ação da PDP Têxtil e de Confecções contém o maior número de medidas, e por isso, apresentou maior quantidade de medidas executadas. Um dos principais avanços foi o lançamento do Novo Revitaliza, linha de financiamento voltada às atividades produtivas intensivas em mão de obra com dotação orçamentária de R$ 9 bilhões (entre 2009 e 2010). Destacam-se a reestruturação e a renovação do programa anterior, com a exclusão do limite de receita operacional bruta das empresas e adequação ao atendimento de toda a cadeia produtiva. Como resultado, em 2009 foram desembolsados R$ 27,55 milhões para o setor de confecções e R$ 85,96 milhões para o setor têxtil. A segunda medida de grande impacto para o setor foi a ampliação do limite do Cartão BNDES de R$ 250 mil para R$ 500 mil e, posteriormente, para R$ 1 milhão. Ademais, os juros cobrados nos financiamentos foram reduzidos de 1,13% para 0,99% ao mês; além da ampliação do prazo de amortização de 36 meses para 48 meses. Outros aprimoramentos do Cartão BNDES que beneficiaram o setor são: a taxa de desconto das operações realizadas com o Cartão, cobrada de todos os fornecedores credenciados, passou de 3% para 2,5%; a abrangência dos produtos financiáveis foi ampliada, com o aumento dos serviços e insumos que podem ser adquiridos com o Cartão; o Cartão passou a financiar serviços de design e embalagens. Em terceiro lugar, cita-se a execução da medida fortalecer, ampliar e aprimorar o programa TexBrasil da Apex, com a assinatura da quinta edição do Convênio ABIT/Apex. Adicionalmente, foi realizada a divulgação das ferramentas eletrônicas de apoio ao exportador por meio da promoção do Ciclo de Palestras da PDP Têxtil e de Confecções em São Paulo (abril de 2009). Em seguida, lista-se a ampliação dos limites do programa de Empréstimo do Governo Federal de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões (Resolução CMN 3.680/2009). Os principais beneficiados com a alteração foram os produtores de algodão (elo inicial da cadeia produtiva). 47

49 Por fim, destaca-se a assinatura de Convênio entre MDIC/Abit, em dezembro de 2009, a fim de possibilitar a promoção da Oficina de Processo Criativo. O evento em questão buscará estabelecer parceria entre instituições brasileiras e o Flanders DC (instituição governamental belga), no intuito de incentivar o investimento no processo criativo para ampliar a competitividade das empresas brasileiras. Estímulo à melhoria da qualidade e produtividade Como avanço relativo à Ação 2, destaca-se a realização do Encontro Oportunidade de Negócios para o Setor Têxtil e de Confecções por meio de parceria entre MDIC/Apex/Sebrae/Abit e Fiemg. O evento, que objetivava prover aos empresários informações sobre pesquisa de mercado, instrumentos de fomento à atividade produtiva, normas e certificações, foi realizado em Belo Horizonte, em 24 de novembro de 2009, contando com a presença de 150 empresários. Ressalta-se também a formalização do Grupo de Trabalho de Compras Governamentais da PDP Têxtil e de Confecções, o qual elaborou uma proposta de estabelecimento de uma margem de preferência aos produtores nacionais nos certames licitatórios. A proposta em questão está em estudo pelo Poder Executivo. Defesa comercial Está em fase de apreciação pela segunda casa do Congresso (Senado) o Projeto de Lei que permite a participação de auditores do Inmetro no processo de fiscalização realizado pela Secretaria da Receita Federal nas zonas alfandegadas. O objetivo principal é permitir a averiguação do cumprimento do Regulamento de Etiquetagem Têxtil pelos importadores. Promoção do diálogo entre os elos da cadeia produtiva e entre cadeias produtivas No âmbito dessa ação foi lançado pelo Ministro Miguel Jorge (MDIC) o Sistema Moda Brasil, em novembro de Posteriormente, durante o evento São Paulo Fashion Week, em 2009, foram divulgadas a formatação e as regras gerais do Sistema. O SMB visa articular o Setor Têxtil e de Confecções com os demais setores relacionados à moda (Gemas, Joias e afins; e Couro, Calçados e Artefatos) para possibilitar a realização de atividades conjuntas: promoção de eventos, capacitação de mão de obra, divulgação do conceito da moda, incentivo ao investimento em inovação e outros. O SMB teve como um de seus resultados a realização da oficina sobre financiamento da atividade dos estilistas em São Paulo, no dia 13 de agosto de 2009 e, com isso, a aprovação da inserção do design de moda como item financiável pelo Cartão BNDES. 48

50 Outra medida executada foi a divulgação do conceito de franquia e seus benefícios para o setor produtivo. A palestra foi ministrada por especialista da Associação Brasileira de Franchinsing (ABF), em 28 de abril de 2009, na cidade da São Paulo. Por fim, ressalta-se o estabelecimento do Diálogo Setorial Têxtil e de Confecções Brasil/União Europeia, o qual busca estabelecer parcerias estratégicas entre os dois países, especialmente para a implementação de projetos de cunho tecnológico. Incentivo ao investimento em P&D Encontra-se em fase final de elaboração a Agenda Tecnológica Setorial. A iniciativa agrega as medidas tecnológicas necessárias e suficientes para que o setor dê um salto de desenvolvimento, possibilitando seu crescimento mesmo com o acirramento da concorrência internacional. Além disso, outra medida implementada foi a divulgação dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento tecnológico do setor no Ciclo de Palestras da PDP Têxtil e de Confecções, realizado em São Paulo (SP), em abril de À ocasião, promoveu-se um seminário sobre a aplicação e operacionalização dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento tecnológico e inovação disponíveis no sistema federal de C&T. Por fim, foi estabelecida parceria entre MDIC e Abit que possibilitou o repasse de recursos para a elaboração da Pesquisa Prospectiva sobre o Mercado Doméstico. A pesquisa será uma fonte de informações aos empresários sobre o status do mercado brasileiro, com dados quantitativos e qualitativos sobre o consumo nacional de produtos têxteis e confeccionados. Facilitação do acesso ao crédito e divulgação das linhas existentes Foi estendido o prazo do Proex Financiamento e Equalização para os setores têxtil e de confecções, madeira e móveis, couro e calçados e foi ampliado de R$ 60 milhões para R$ 600 milhões o limite de crédito das empresas habilitadas para captar recursos do programa (Portaria MDIC 112 de e Resolução Camex 10 de ). Outra medida implementada de facilitação do acesso ao crédito foi a adequação do Cartão BNDES para acesso de fornecedores de produtos sem similar nacional. A aprovação do modelo de emissão dos atestados de inexistência de Similaridade Nacional ocorreu em janeiro de Posteriormente, foram emitidos os primeiros certificados para as empresas em processo de credenciamento como fornecedores importadores diretos de máquinas e equipamentos para a indústria de confecção e do vestuário, sem produção no Brasil. 49

51 Para ampliar o escopo de atuação de programas de financiamento foi publicada pelo BNDES nova classificação de porte de empresas. Assim, essa medida permitiu que empreendimentos antes não beneficiados sejam incluídos nos programas. Cita-se também o aprimoramento do Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap). Foi reduzido o percentual mínimo de participação das exportações na receita das empresas exigido pelo Recap, resultando em: Flexibilização do conceito de empresas preponderantemente exportadoras para fins de adesão ao Regime. Anteriormente, a empresa beneficiária do Recap deveria ter uma receita decorrente de exportação acima de 80%, o que foi reduzido para 70% para todas as exportadoras e para 60% para o setor têxtil e de confecções (produtos relacionados no artigo 1º da Lei /07). Com a meta de atrair mais investimento estrangeiro direto ao Brasil, foi aprovada pelo MDIC proposta da Abit de inserção do setor têxtil e de confecções no rol de atividades de alto interesse nacional para fins do Decreto 2.233/93. O resultado prático da medida é permitir que empresas que possuem capital estrangeiro, possam obter recursos advindos do BNDES. Atualmente, a proposta está sendo analisada pelo Ministério da Fazenda. Por último, lista-se a iniciativa conjunta entre MDIC e Abit para construção de website que proverá aos empresários informações sobre todos os instrumentos de fomento para o setor, como linhas de crédito, editais da Finep/MCT/Sebrae, entre outros. Tal iniciativa visa compilar os dados que estão difusos e traduzi-los para uma linguagem acessível a todos os cidadãos brasileiros Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Balanço das Metas e Balanço Geral A PDP Têxtil e de Confecções implementou grande parte de sua agenda de ações. Destaca-se que a meta esperada de ampliação do faturamento para US$ 41,6 bilhões foi cumprida com êxito, e o faturamento do setor atualmente está no patamar de US$ 47 bilhões. Portanto, pode-se considerar que o programa tem sido muito bem-sucedido. 50

52 Desafios para o Futuro A Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções é composta por atividades tradicionais e complexas. Como setor produtivo intensivo em mão de obra, representa um papel de grande relevância para a economia desde o início da história da indústria brasileira. Atualmente, o montante de 1,65 milhão de trabalhadores (16,5% do emprego total da indústria de transformação) está alocado nesse setor, que vem cada vez mais sofrendo com o acirramento da concorrência internacional. Desde 2006, o setor tem apresentado déficit em sua balança comercial, o que demonstra sua sensibilidade e a necessidade de apoio estatal para combater os gargalos que obstaculizam o ganho de competitividade dessa atividade produtiva. Sua priorização foi claramente demonstrada pelo governo federal ao lançar a PDP Setorial logo no dia seguinte ao lançamento nacional, tornando-se assim o primeiro programa a ser anunciado pela Administração Pública. As medidas da PDP Têxtil e de Confecções buscam desenvolver produtos com maior valor agregado, expandir exportações, combater práticas desleais de comércio, fortalecer a cadeia produtiva, modernizar a estrutura dos seus elos e apoiar a consolidação empresarial. Ressalta-se que, diante do novo panorama internacional, uma visão estratégica para correção de rumos é fundamental para que postos de trabalho sejam mantidos e novos sejam gerados, proporcionando aumento de renda e bem-estar para a população brasileira. Para tanto, é importante o fortalecimento do diálogo permanente e a mobilização da iniciativa privada no Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções, tanto na implantação quanto no aperfeiçoamento da PDP. 51

53 4.4 Madeira e Móveis Desafios e Metas no Contexto da Elaboração/Lançamento da PDP Cenário no Lançamento Contas externas equilibradas, nível elevado de reservas internacionais. Inflação baixa, pouco volátil e previsível. Mercados de crédito e de capitais em expansão. Redução do desemprego, aumento dos empregos formais, crescimento da massa real de salários e redução das desigualdades. Setor privado com recursos para investir: aumento dos lucros e níveis de endividamento reduzidos. Grau de investimento. Cenário Pós-Crise (seis primeiros meses) Contas externas: Contas externas: balança comercial continuou positiva, porém com deterioração do saldo. Inflação continuou bem comportada (demanda enfraquecida e queda nos preços das commodities). Mercados de crédito mantiveram-se em elevação, porém de modo desacelerado (redução nas taxas de crescimento): mercado de capitais perdeu cerca de 38% de seu valor. Desemprego em nível baixo, porém queda nos empregos formais; rendimento salarial real ainda apresentava elevação. Setor privado com menos recursos para investir: retração nos lucros e nas margens brutas. Grau de investimento. 52

54 Reflexos da Crise Quadro 5: Reflexos da Crise Queda na utilização da capacidade instalada Queda nas vendas (mercado interno) Queda no nível de emprego Queda nas exportações Expectativa de Queda de 26% no comparativo De set/08 a dez/08, queda de 82% para 69% no nível de utilização, ou seja, queda de 16,2% na utilização do parque fabril, ensejando adiamento de renovação e ampliação. Faturamento de R$27 milhões em janeiro de 2009, frente aos R$ 22 milhões de setembro de 2008, motivado por reposição de móveis ao comércio varejista, que apresenta aquecimento moderado. manutenção do nível, haja vista que o setor trabalha com grande índice de qualificação e especialização. Ano de 2008 em relação a 2007 apresentou queda de 12%, dos quais 5% somente em dezembro 2008 (efeito que não deverá se tornar tendência para o futuro janeiro 2009 X janeiro 2008, sem se traduzir em viés para o setor. Esperase recuperação já para fevereiro. Anualizado (2008 X 2007), a queda foi somente de 1,7%, mas o mercado americano teve queda de 30% para 15% na participação das exportações. A recuperação da taxa cambial e as ações governamentais (Proex, em menor escala, e Apex, grande trunfo com o Brazilian Furniture) vêm colaborando pouco para a a curto prazo). estabilidade do setor. Metas Iniciais Crescimento médio de 15% a.a. nas vendas internas; Crescimento médio de 7,5% a.a. nas exportações; Ampliar o investimento em P,D&I para, respectivamente, 3% e 0,5% das vendas líquidas. Metas Pós-Crise Aumentar o consumo no mercado doméstico em 30%; Crescimento médio de 5% a.a. nas vendas internas; Crescimento médio de 5% a.a. nas exportações; Ampliar o investimento em P,D&I para, respectivamente, 3% e 0,5% das vendas líquidas. Desafios Identificados no Lançamento da PDP Capacitar empresas em APLs; 53

55 Ampliar negócios com geração de valor; Ampliar as exportações; Ampliar a participação da produção sustentável da cadeia. Estratégias Conquista de mercado, focalização, diferenciação e ampliação do acesso a mercados. Ações Propostas no Lançamento da PDP Foram propostas duas ações no lançamento da PDP: (i) promoção das exportações; e (ii) defesa comercial. Embora alinhadas, as ações propostas não contemplam a totalidade das metas definidas, nem a superação de todos os desafios identificados Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Foram realizadas cinco reuniões, sendo uma do Comitê Executivo e quatro de articulação públicoprivada. Comitê Executivo Composição: MDIC (Gestor), APEX, MTE, INPI, MMA, SEBRAE, MCT, SENAI, FINEP, INMETRO, BNDES, MF, ABDI e SUFRAMA Agenda de Ação Tabela 5: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Lançamento da Lançamento. Total 5 PDP 3 Novas 2 Total 13 da PDP 2 Novas 11 Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP Caracterização Geral A Agenda de Ação sofreu alterações em 2009, com a introdução de três novas ações, totalizando 5 ações e 13 medidas. 54

56 O quadro a seguir identifica o conjunto de ações e medidas que integram a agenda de ação, alinhando-as com os desafios identificados para o setor. Quadro 6 Conjunto de Ações e Medidas Desafios Ações Medidas Perfil Agilizar a devolução de créditos tributários. Tributária Reduzir a zero por seis meses e posterior Tributária Estímulo à equalizar em 5% a alíquota de IPI para a Capacitar comercialização cadeia produtiva de painéis e móveis de empresas em madeira. APLs Capacitação de PMEs Capacitar APLs de móveis. Apoio técnico para atuação em (capacitação) nichos de mercado Fomentar estratégias comerciais visando a Apoio técnico Ampliar negócios vendas de produtos de maior valor agregado (inovação) Estímulo à com geração de no mercado interno. comercialização valor Promover a cooperação empresauniversidade. Apoio técnico (P,D&I) Estender o prazo de financiamento do Proex Financiamento para o setor calçadista. Implantar programa de Fortalecimento da Apoio técnico Cadeia Produtiva e Desenvolvimento de Estímulo à Fornecedores de Madeira e Móveis do comercialização Mercosul. Melhorar o posicionamento do Produto Apoio técnico Ampliar as Brasileiro nos mercados-alvo Brasil Casa exportações Design. Promover as empresas e produtos brasileiros Apoio técnico Fortalecimento de no exterior. (promoção marcas, design e comercial) imagem do móvel Expandir financiamento para novos negócios Financiamento brasileiro no mercado e bens intangíveis (design, marcas e internacional estratégias de comercialização). Ampliar a Estímulo à Novo Revitaliza Financiamento 55

57 participação da comercialização Incorporar mobiliário básico na construção Apoio técnico produção das residências destinadas ao Programa sustentável da Minha Casa, Minha Vida. cadeia Realizar a aplicação conjunta por órgãos Defesa Defesa comercial governamentais de instrumentos lato sensu comercial de defesa comercial. Como se pode observar no quadro anterior, existe maior concentração de medidas relacionadas a financiamento e apoio técnico. Gráfico 6: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. 56

58 Gráfico 7: Distribuição das medidas propostas na Agenda de Ação Por tipo (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. O setor de madeira e móveis demorou muito para elaborar sua agenda de ação, em função das dificuldades de articulação no âmbito do Fórum de Competitividade. Em consequência, a crise econômica mundial não obrigou uma revisão da agenda. Balanço das Ações Implantar um Novo Revitaliza Aprovado o Novo Revitaliza: excluído o requisito de limite de receita operacional bruta das empresas e redefinidos os parâmetros (Lei /2008, Resolução BNDES 1.641/2008 e Resolução Bacen 3.630). Estender o prazo de financiamento do Proex para o Setor Calçadista Estendido o prazo de financiamento para Madeira e Móveis (de quatro meses para 12 meses) (Portaria MDIC 112, de , revogada pela Portaria MDIC 98, de ). Fomentar estratégias comerciais visando às vendas de produtos de maior valor agregado no mercado interno O setor de franquias será contemplado na Política Nacional de Comércio e Serviços, que se encontra em fase final de elaboração no MDIC, com a participação de entidades privadas como a ABF. Implantar Programa de Fortalecimento da Cadeia Produtiva e Desenvolvimento de Fornecedores de Madeira e Móveis do Mercosul 57

59 Elaborada pelo MDIC/SDP proposta do Projeto Regional de Competitividade da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis adequada às normas FOCEM para países-partes. Melhorar o posicionamento do Produto Brasileiro nos Mercados-Alvo Brasil Casa Design Em desenvolvimento processo de identificação de novos mercados-alvo para 2011, em conjunto com a Abimóvel e empresas do setor (incluindo acessórios e objetos de decoração) Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Balanço das Metas As metas definidas no lançamento da PDP foram revistas em razão da crise econômica mundial: os percentuais previstos para vendas internas e exportações foram reduzidos; foi acrescida uma quarta meta, relacionada ao consumo no mercado interno; a meta relacionada a investimento em P,D&I não foi alterada. Desafios para o Futuro A par dos desafios relacionados ao desenvolvimento do setor, existe outro a ser superado: a integração da cadeia produtiva. As dificuldades na elaboração da agenda de ação resultaram dessa falta de integração. Em consequência, a capacidade de articulação do Fórum de Competitividade fica reduzida, tendo como reflexos o baixo comprometimento e o também baixo desempenho do setor em relação à PDP. Entende-se, portanto, que não é mais importante, nem mais urgente, mas, sem essa integração e comprometimento, os demais desafios previstos na PDP dificilmente serão superados. 58

60 4.5 Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial A estratégia definida para o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) foi a conquista de mercados e a diferenciação de produtos, com os objetivos de ampliar inserção externa, associar a marca Brasil aos biomas brasileiros e aumentar a competitividade das empresas de pequeno porte. À época do lançamento da PDP, o mercado de produtos de HPPC do Brasil era o terceiro maior do mundo (8,6% do mercado mundial), atrás apenas dos EUA e do Japão em termos de receita gerada por vendas ao consumidor. Dados de 2008 (lançamento da PDP): mercado americano U$ 52,14 bilhões (preço ao consumidor), Japão: U$ 33,75 bilhões; e Brasil: U$ 28,77 bilhões. A média de crescimento anual de 1996 a 2008 foi de 10,6%, e o faturamento líquido de 2008 foi de R$ 21,7 milhões. O saldo da balança comercial em 2008, apesar de pequeno, foi superavitário. Em 2008, atuavam no mercado brasileiro empresas, com grande concentração no eixo Sul- Sudeste. A grande maioria era de empresas de pequeno porte, que apresentavam deficiências de gestão e tecnologia. As áreas de maior potencial no lançamento da PDP eram as de cuidado dos cabelos e cuidado da pele, sendo esses o terceiro e o sexto mercados mundiais, respectivamente. Foi diagnosticada também a necessidade de ajuste do marco legal-regulatório. A meta para 2010 é de US$ 700 milhões em exportações (crescimento médio anual de 10%). Em 2008, US$ , e em 2009, US$ Para o setor foram identificados quatro desafios, a saber: (i) desenvolver uma cultura exportadora; (ii) elevar o padrão tecnológico e produtivo; (iii) adequar o marco legal e (iv) consolidar o produto brasileiro como sinônimo de qualidade e uso sustentável dos biomas brasileiros. 59

61 4.5.2 Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Tendo o MDIC como coordenador, esse comitê é composto por representantes do BNDES, Inmetro, ABDI, Sebrae, Apex, Suframa, MRE, Anvisa, Finep, MF, INPI, MCT. Foram realizadas quatro reuniões do Comitê Executivo, a primeira em A instância de articulação público-privada utilizada foi a do já existente Fórum de Competitividade, instalado em 2000, sendo composto por setor produtivo (Abihpec, Abiquim etc.), órgãos do governo (os mesmos do comitê executivo) e empregados. Foram realizadas nove reuniões de articulação Agenda de Ação A PDP foi apresentada com estratégia, objetivos, desafios e diretrizes para construção de medidas. A partir disso, o Fórum e Comitê Executivo elaboraram a agenda de ação estabelecendo ações, medidas, responsáveis etc. No segundo semestre de 2008, foi construída a agenda de ação com a participação do setor privado e do comitê executivo do setor, tendo como base os desafios e medidas estabelecidos. Foram definidos responsáveis por cada ação e prazos para o seu término. As ações foram assim definidas: (i) internacionalização do setor, com cinco medidas; (ii) fortalecimento da cadeia produtiva, com seis medidas; (iii) modernização das normas aplicadas ao setor, com quatro medidas; e (iv) utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo, com três medidas. Ao todo são quatro ações e 18 medidas. As medidas tratam de assuntos diversos para a cadeia produtiva, passando por questões tributárias, capacitação, reciclagem, fortalecimento da marca Brasil por meio do uso de insumos nacionais e aspectos regulatórios, sendo este último tema o mais representado na agenda de ação. A agenda de ação contempla parcerias entre ABDI, Abihpec e Sebrae para o desenvolvimento regional e capacitação do empresariado local, com o intuito de aumentar a competitividade do setor. 60

62 Das medidas propostas na agenda de ação, por impacto sobre a macrometa, 56% são de investimentos, 22% são de exportações, 11% de inovações e 11 % de desenvolvimento de MPEs. Por tipo, 72% são de apoio técnico, 22 % de regulação e 6 % tributária. Quadro 7: Conjunto de Ações e Medidas Medida Macrometa Tipo Situação Internacionalização do setor Promover a internacionalização de marcas Exportações Apoio técnico Em andamento Superar barreiras administrativas e burocráticas Investimento Regulatória Operacional Priorizar adequação à regulamentação sanitária em projetos de núcleos Investimento Regulatória Em andamento regionais Adequar produtos para exportação Exportações Apoio técnico Em andamento Implantar programa de capacitação Não houve Exportações Apoio técnico contínua em comércio exterior progresso Fortalecimento da cadeia produto Implantar o plano de desenvolvimento Medida Investimento Apoio técnico setorial Etapa 1 implantada Implantar o plano de desenvolvimento setorial Etapa 2 Investimento Apoio técnico Em andamento Promover acesso à inovação tecnológica Inovação Apoio técnico Operacional Desenvolver o ambiente competitivo Investimento Apoio técnico Em andamento Ampliar diagnóstico de laboratórios públicos e privados no Brasil Investimento Apoio técnico Operacional Fomentar a produção brasileira de Não houve Investimento Apoio técnico matérias-primas finas progresso Modernização das normas aplicadas ao setor Medida Desenvolvimento de Alterar a Lei Geral das MPEs Simples Tributária parcialmente MPEs implantada Superar barreiras normativas e Desenvolvimento de Regulatória Operacional 61

63 administrativas na área sanitária MPEs Superar principais entraves ao comércio exterior Exportações Apoio técnico Em andamento Alterar Lei de Acesso ao Patrimônio Não houve Inovação Regulatória Genético progresso Utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo Desenvolver o setor da Zona Franca de Não houve Investimento Apoio técnico Manaus progresso Não houve Desenvolver o setor em outros biomas Investimento Apoio técnico progresso Fomentar a adoção de produção mais limpa e de práticas de reciclagem Investimento Apoio técnico Em andamento Balanço das Ações Em relação às medidas relacionadas à internacionalização do setor, merecem destaque a reestruturação do Projeto do setor com a Apex, a aprovação da Resolução GMC que aprova os Critérios para a Assinatura de Acordos de Simplificação de Procedimentos de Controle Sanitário de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes Grau 1 fabricados no Mercosul, entre outras. Sobre o fortalecimento da cadeia, foi concluída a etapa 1 do Plano de Desenvolvimento Setorial (PDS) (convênio Sebrae-ABDI-Abihpec) e iniciada a etapa 2 do PDS. O plano consiste em promover ações capazes de fortalecer as indústrias de HPPC por meio de medidas estruturantes para o setor e atividades pontuais em núcleos regionais. Além disso, foi realizada a Rodada Tecnológica Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Produtos Cosméticos para aproximação de oito universidades e centros de pesquisas com 43 empresas do setor e um seminário sobre linhas de financiamento em São Paulo, no dia 25 de março de 2009, para empresários do setor com apresentações do BNDES, da Finep e da Fapesp. Outra ação considerada importante pelo setor produtivo é o estabelecimento de uma indústria competitiva de aerossol no país. Atualmente, quase a totalidade dos aerossóis de HPPC comercializados no Brasil são importados. O MDIC conduziu reuniões com a Petrobras e outras partes interessadas e, no momento, cabe à Abihpec fornecer informações para subsidiar a decisão de investimento da Petrobras. 62

64 Resumo das Ações Desenvolvidas no Âmbito do PDS PDS 1ª etapa - Ações Transversais: Realizada Rodada de Fornecedores: em setembro de 2008, contou com a participação de oito fornecedores e foram geradas 76 reuniões de negócios com 18 empresas do setor. Elaborados manuais técnicos de Qualidade e Produção, Qualificação de Fornecedores, Regulamentação Técnica de Produtos de HPPC para a Exportação (18 países, entre eles CAN Nações, Estados Unidos e União Europeia ) e Caderno de Tendências; Parcerias: ABDI, Abihpec, Anvisa, Inmetro e Sebrae. - Núcleo BA: Realizado diagnóstico de demandas do núcleo e planejamento estratégico com a participação de 25 empresas; Realizado um curso de Boas Práticas de Laboratório para dez empresas com 23 participantes; Realizado um curso em Estabilidade em Cosméticos para nove empresas com dez participantes com um resultado de: 18 empresas capacitadas em boas práticas de fabricação; nove empresas obtiveram a autorização de funcionamento; duas estão aguardando autorização da VISA; duas com projeto arquitetônico aprovado; cinco encontraram dificuldades para finalizar todas as etapas por problemas de legalização do local da fábrica e recursos para as adaptações e reformas necessárias. - Núcleo CE: Realizado um curso de Qualificação de Fornecedores para 14 empresas com a participação de 24 pessoas; Realizado um seminário de Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Inovação Tecnológica para 16 empresas com a participação de 22 pessoas. - Núcleo RS: Realizado planejamento estratégico com a participação de 13 empresas; Realizado um curso de Boas Práticas de Fabricação para 14 empresas com a participação de 30 técnicos/executivos; 63

65 Realizado um curso de Estabilidade em Cosméticos para 12 empresas com a participação de 14 técnicos/executivos; Realizado um curso de Comércio Exterior para oito empresas com a participação de dez técnicos/executivos; Realizado um seminário de Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Inovação Tecnológica para 27 empresas com a participação de 27 técnicos/executivos. - Núcleo RJ: Realizado um curso de Boas Práticas de Laboratório para 12 empresas com a participação de 16 técnicos/executivos; Realizado um curso de Estabilidade em Cosméticos para 11 empresas com a participação de 14 técnicos/executivos; Realizado um seminário de Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Cosméticos para 21 empresas com a participação de 35 técnicos/executivos. - Núcleo PE: Realizado um curso de Boas Práticas de Fabricação para 18 empresas com a participação de 47 técnicos/executivos; Realizado um curso de Boas Práticas de Laboratório para 18 empresas com a participação de 42 técnicos/executivos; Realizado um curso de Estabilidade em Cosméticos para 15 empresas com a participação de 39 técnicos/executivos. - Núcleo PR: Realizado Planejamento Estratégico com a participação de 35 empresas; Realizado um curso de Boas Práticas de Fabricação para 12 empresas com a participação de 20 técnicos/executivos; Realizado um curso de Boas Práticas de Laboratório para 14 empresas com a participação de 23 técnicos/executivos. Realizado um curso de Estabilidade em Cosméticos com a participação de 24 técnicos/executivos; Realizado um curso de Qualificação de Fornecedores para sete empresas com a participação de 20 técnicos/executivos; 64

66 Realizado um curso em Comércio Exterior para dez empresas com a participação de 10 técnicos/executivos; Realizado o Seminário de Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Cosméticos para 23 empresas com a participação de 40 técnicos/executivos em Curitiba. - Núcleo SP: Realizado diagnóstico de demandas do núcleo em Ribeirão Preto e o Planejamento Estratégico com a participação de oito empresas; Realizado um curso de Boas Práticas de Fabricação para dez empresas com a participação de 15 técnicos/executivos; Realizado um curso de Qualificação de Fornecedores para 15 empresas com a participação de 20 técnicos/executivos; Realizado um seminário de Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Cosméticos para 41 empresas com a participação de 80 técnicos/executivos em São Paulo; Realizado um curso de Patentes e Gestão da Propriedade Intelectual para 39 empresas com a participação de 39 técnicos/executivos; Realizado um seminário de Desenvolvimento e Avaliação de Projetos de Inovação Tecnológica para 17 empresas com a participação de 17 técnicos/executivos. PDS 2ª etapa: Plano de Trabalho elaborado e convênio assinado entre ABDI, Abihpec e Sebrae NA, para implantação da segunda etapa do projeto em ; Estabelecido um cronograma de ações do MDIC para fortalecimento da governança e apoio as ações dos Núcleos Regionais; Elaborada Pesquisa de Hábitos e Atitudes do Consumidor; Realizado sete seminários sobre Hábitos e Atitudes do Consumidor nos núcleos do RJ, RS, MG, PR, BA, CE e SP; Realizada palestra sobre Tendências de Mercado em MG; Publicada uma newsletter sobre o setor; Publicado encarte sobre o uso do formol na revista Cabelo & Cia em fevereiro; Publicado artigo técnico na revista Cabelo & Cia de abril. 65

67 Quanto à modernização das normas aplicadas ao setor, houve alguns progressos na Lei Complementar 128, que modificou a Lei Geral do Simples, mas não resolveu o problema da substituição tributária. Também a Anvisa implementou algumas modificações, como a isenção de registro e notificação dos produtos de HPPC produzidos exclusivamente para exportação. No tocante à utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo, não houve progresso em relação à alteração da legislação de acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado à biodiversidade (MP /2001) nem às medidas para desenvolver o setor da Zona Franca de Manaus e outros biomas, que ficaram sob a coordenação do setor privado. Por outro lado, foram realizadas ações para fomentar a adoção de produção mais limpa e de práticas de reciclagem, tais como a realização de quatro capacitações sobre Produção Mais Limpa, nos núcleos regionais de SP, PE e CE, atendendo a 78 participantes em Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Balanço das Metas US$ 700 milhões de exportações em 2010 (crescimento médio anual de 10%). Em 2008: US$ ; Em 2009: US$ ; 2010 até abril. Apesar da crise financeira internacional, o setor apresentou crescimento deflacionado em seu faturamento de 9,8% em relação a Entretanto, as exportações foram atingidas pela redução do poder de compra internacional e também pela valorização cambial do real em relação ao dólar. As exportações para a América do Sul representaram cerca de 75% das vendas externas do setor em 2009, tornando promissoras medidas que contemplam maior integração com países vizinhos. Desafios Futuros O desafio maior é o de manter o ritmo de crescimento observado há mais de 10 anos, consolidando o país como o segundo maior mercado do mundo, bem como no desenvolvimento de produtos que 66

68 confiram à indústria nacional uma identidade e fortaleça a presença de marcas brasileiras no exterior. Nesse sentido, torna-se importante a integração produtiva com a América Latina, a começar pela instalação do Foro Mercosul de HPPC. Outra ação importante é a da busca pela harmonização dos procedimentos de registro sanitário de produtos na AL, e do reconhecimento mútuo entre os órgãos nacionais de vigilância sanitária. 67

69 4.6 Construção Civil Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP Desafios Desenvolver mecanismos de financiamento sustentáveis; Capacitar mão de obra; Incentivar e disseminar a tecnologia industrial básica; Promover a construção industrializada. Meta Aumentar a produtividade em 50% e reduzir perdas em 50%, até Estratégia Ampliação do acesso. Ações propostas no lançamento da PDP Desenvolvimento da construção industrializada; Capacitação de mão de obra. As ações propostas no lançamento da PDP estão alinhadas com o cumprimento das metas, mas não levam à superação de todos os desafios identificados. O desafio relacionado ao desenvolvimento de mecanismos de financiamento sustentáveis não está contemplado entre as ações propostas Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Comitê Executivo Composição: MDIC (Gestor), APEX; BNDES; CASA CIVIL; CEF; FINEP ; INMETRO; MTE; MCT; MDIC; MF; e SEBRAE 68

70 Instância de Articulação Público-Privada Além dos órgãos governamentais que compõem o Comitê Executivo, participam das reuniões do Fórum de Competitividade as seguintes instituições: Abramat, CBIC, Abecip, Abrafati, IRIB, Sintracon, Abravidro, Anfacer, Asfamas, Apeop, IBS, Abinee, Anamaco, Afeaço, ABCP, Fiesp, Secovi, CNC, Abimaq, Sinaenco, Abdib, Abipa, Força Sindical, Confea e ABNT. Foram realizadas até o presente duas reuniões do Comitê Executivo e nove reuniões do Fórum de Competitividade Agenda de Ação Caracterização Geral A Agenda de Ação da Construção Civil foi elaborada sob a forma de um programa, contemplando as ações previstas no lançamento da PDP, e complementada por outras ações que, no seu conjunto, permitirão a superação dos desafios e o cumprimento das metas propostas. Composição da Agenda de Ação Tabela 6: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Lançamento da Lançamento. Total 7 PDP 2 Novas 5 Total 12 da PDP 0 Novas 12 Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP O quadro a seguir identifica o conjunto de ações e medidas, alinhando-as com os desafios do setor. Quadro 8: Conjunto de Ações e Medidas Desafios Ações Medidas Perfil Desenvolver de mecanismos de financiamento Financiamento da produção Desenvolver linhas de financiamento para incentivar a construção industrializada. Financiamento 69

71 sustentáveis Fortalecer o mercado secundário Financiamento de recebíveis lastreados em operações de Crédito Imobiliário. Capacitar mão de obra Capacitação de mão de obra Criar um Programa de Capacitação Empresarial Apoio técnico (capacitação) Desenvolver e implantar um Apoio técnico Sistema Informatizado de Incentivar e disseminar a Intensificação do uso de Licenciamento de Obras (SILO) nos tecnologia industrial Tecnologias de municípios. básica Informação Implantar as normas BIM e a Apoio técnico classificação de componentes da construção. Atualizar e promover a regulatório Promover a construção industrializada Desenvolvimento da construção industrializada implantação da Norma Técnica de Coordenação Modular Decimal. Elaborar um Marco Regulatório Federal para parametrização de regulatório Códigos de Obras Municipais. Ações Estruturantes (não estão diretamente relacionadas aos desafios identificados) Fomento à maior oferta de imóveis urbanos e melhores práticas no provimento de infraestrutura Ajuste do Sistema Tributário aplicado à Construção Civil para fomento a construção industrializada e a maior formalização da Medidas Disseminar o uso de boas práticas no provimento de infraestrutura para empreendimentos imobiliários. Elaborar modelagem de um Fundo para Renovação Imobiliária. Não cumulatividade da cobrança do PIS e da Cofins. Perfil Apoio técnico (investimento) Financiamento Tributária 70

72 atividade. Implantar Regime Especial Tributário (RET) com alíquota reduzida do patrimônio de afetação para empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS) Tributária Manutenção do ritmo de crescimento. Reduzir custo e prazo de registro de novos empreendimentos imobiliários. Tributária Total de medidas: 12 Como se pode observar no quadro anterior, existe um equilíbrio no perfil das medidas propostas: (i) tributárias: 3; de apoio técnico: 3; regulatórias: 3; e de inanciamento: 3. Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Gráfico 8: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Por tipo (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. Afora as ações e medidas que foram acrescentadas à proposta apresentada no lançamento da PDP, não houve alteração na Agenda de Ação elaborada, nem por ocasião da crise econômica mundial, nem em decorrência do programa Minha Casa, Minha Vida. 71

73 Quadro 9: Conjunto de Ações e Medidas Medida Status Comentários Desenvolver linhas de Implantada Programa BNDES Construção Civil, estruturado inicialmente financiamento para para durar até março de 2011 inclusão de materiais de incentivar a construção construção entre os itens financiáveis pelo Cartão BNDES e industrializada financiamento a projetos industriais de produção de soluções para a construção industrializada. Fortalecer o mercado Implantada Autorizada a aquisição de cotas de Fundos de Investimento secundário de recebíveis Imobiliário e de Fundos de Investimento em Direitos lastreados em operações de Creditórios e debêntures, em complemento à aquisição de crédito imobiliário. Certificados de Recebíveis Imobiliários, no limite orçamentário para 2009 de até R$ 2 bilhões. Criar um programa de Em andamento Iniciada articulação para estruturação e implantação de capacitação empresarial. Programa de Capacitação Gerencial e Técnica para MPEs com ênfase na construção industrializada para, em três anos, ter a adesão das 27 UFs. Desenvolver e implantar um Em andamento Contratado o sistema para implantação piloto em cinco Sistema Informatizado de municípios. Licenciamento de Obras (SILO) nos municípios. Implantar as normas BIM e a Em andamento Servirá de referência para a proposição de uma Norma classificação de Brasileira para Classificação da Informação na Construção, componentes da construção. bem como o desenvolvimento de biblioteca de materiais, componentes e insumos. Atualizar e promover a Em andamento A ABNT deverá submeter o texto-base à Consulta Pública implantação da Norma até junho de Após a etapa de atualização da norma, Técnica de Coordenação sua divulgação se dará de forma coordenada entre governo Modular Decimal. e setor privado, com especial atenção para a necessidade de adaptação do parque de produção. Elaborar um Marco Em andamento Em elaboração proposta de PL para parametrização de Regulatório Federal para Código de Obras de aplicação nacional. Proposta inicial parametrização de Códigos prevista para junho de de Obras Municipais. Disseminar o uso de boas Em andamento Estudo já elaborado com identificação de gargalos 72

74 práticas no provimento de infraestrutura para empreendimentos imobiliários. Elaborar modelagem de um Fundo para Renovação Imobiliária. Não cumulatividade da cobrança do PIS e da Cofins. Implantar Regime Especial Tributário (RET) com alíquota reduzida do patrimônio de afetação para empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS). Reduzir custo e prazo de registro de novos empreendimentos imobiliários. regulatórios que inibem a adoção de soluções integradas e otimizadas de infraestrutura, com propostas de encaminhamento para sua superação. Em andamento Em elaboração uma proposta de mecanismos eficazes para reinserção no mercado de áreas urbanas ociosas, em geral de localização mais central, com análise da viabilidade de modelagem de um fundo imobiliário para agilizar o processo de reinserção e disponibilização de lotes urbanos para novos empreendimentos habitacionais. Implantada Prorrogada para a permanência das receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada de obras da construção civil no regime cumulativo do PIS e da Cofins. Implantada Redução da alíquota do RET de 7% para 1%, até 2013, substituindo a incidência de PIS, Cofins, IRPJ e CLSS relativo a Patrimônio de Afetação em empreendimentos de Habitação de Interesse Social até R$ 60 mil. Implantada Vedada a cobrança de registros múltiplos de imóveis e averbações nas matrículas de origem do imóvel Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Balanço das Metas Inicialmente prevista para 2010 e depois adiada para 2015, a meta prevista para o programa é aumentar a produtividade em 50% e reduzir perdas em 50%. O aumento da produtividade e redução de perdas está diretamente relacionado ao grande desafio de promover a construção industrializada. Dificuldades têm sido encontradas na formalização e implementação de convênios para a implementação de projetos, tais como o Sistema Online de 73

75 Licenciamento e Acompanhamento de Obras (SILO). Esse projeto diz respeito à difusão de ferramentas de TI para os processos de licenciamento e habite-se nos municípios. Desafios para o Futuro Como a meta está relacionada a 2015, alguns desafios permanecem: coordenação de políticas, programas e ações para modernização da indústria e melhorar a integração da cadeia produtiva, com implantação da coordenação modular e de maior interoperabilidade técnica. Outros desafios se apresentam: disseminação da inovação ao longo da cadeia produtiva; coordenação com outras políticas (habitacional, fiscal, compras governamentais, crédito e financiamento, TICs); criar/acessar novas fontes de recursos; promover a sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva; e formação de mão de obra para atender à demanda crescente. 74

76 4.7 Complexo de Serviços Desafios e Metas no Contexto de Elaboração/Lançamento da PDP No lançamento da PDP, a Conta de Serviços do Balanço de Pagamentos do Brasil apresentava um persistente e substancial saldo comercial negativo, com indicativos de agravamento acentuado pela ausência de políticas públicas de estímulo às exportações brasileiras de serviços. A ausência de informações estatísticas desagregadas e tempestivas desde então impossibilita a identificação dos diversos aspectos econômico-comerciais relacionados às operações dessa natureza. Esse cenário compromete, ainda, a adoção pelo governo de medidas capazes de reverter o quadro de evolução contínua dos déficits comerciais brasileiros relacionados às transações com serviços (2008: US$ 16,7 bilhões; e 2009: US$ 17,8 bilhões). Quando da elaboração da PDP, verificou-se que o Brasil era um país com grande competitividade em alguns setores de serviços, com especial destaque para os serviços de construção e engenharia. Entretanto, da mesma forma como ocorre na exportação de bens, havia uma concentração das exportações de serviços em torno de poucos mercados e poucas empresas essa última, porém, de forma mais amena que na exportação de bens. A exportação de serviços apresentava ainda outra característica que a diferenciava da exportação tradicional de bens: o elevado número de pessoas físicas exportadoras de serviços. Em 2007, o número de pessoas físicas exportadoras de serviços era , enquanto o número de pessoas jurídicas somava A partir desse cenário, as metas a serem alcançadas com a PDP foram definidas da seguinte forma: Ampliar as exportações do Complexo de Serviços para 1% do comércio mundial de serviços, ou US$ 40 bilhões, em Capacitar cinco mil empresários em exportação de serviços até Não obstante o cumprimento das metas acima relatadas, a agenda de ação de Complexo de Serviços tinha como desafios que o crescimento fosse acompanhado de uma desconcentração tanto dos mercados quanto das empresas exportadoras de serviços. Para tanto, seria necessário vencer o principal desafio do país na área de comércio exterior de serviços, que é o de dotar o Brasil com um sistema de informação das operações de serviços realizadas entre residentes e não residentes. O sistema contribuiria com o aprimoramento dos meios para as atividades de formulação, de 75

77 acompanhamento e de aferição das políticas públicas relacionadas e até mesmo de fiscalização, interligando ações de governo. A partir da implantação de um sistema de registro das operações de comércio exterior de serviços, o Brasil conheceria melhor, ao longo do tempo, o setor de serviços, que é muito diversificado. As informações provenientes do sistema também auxiliariam as negociações internacionais de serviços, maximizando os resultados dos setores ofensivos e auxiliando aqueles em estágio defensivo. Entre as principais ações da agenda do Complexo de Serviços, destacam-se: Desenvolvimento e regulamentação do Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (Siscoserv), a partir dos Módulos de Venda (Exportação) e de Aquisição (Importação). Elaboração e publicação da Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio (NBS). Redução a zero da alíquota do Imposto de Renda para as remessas ao exterior referentes à promoção comercial de serviços brasileiros no exterior, mediante a participação em feiras ou pesquisa de mercado (Sisprom Módulo Serviços). Capacitação de empresas em comércio exterior, mediante Acordo de Cooperação Técnica entre a SCS/MDIC e o Banco do Brasil. Promoção da desconcentração das exportações de serviços mediante a ampliação em 50% dos projetos setoriais de serviços da Apex, em Gestão do Programa O Comitê Executivo do Complexo de Serviços é coordenado pelo Secretário de Comércio e Serviços da SCS/MDIC e composto por representantes dos seguintes órgãos: ABDI; Apex; Bacen; BNDES; BB; Embratur; IBGE; Inmetro; MCT; SDP/MDIC; Secex/MDIC; MF; MRE e Sebrae. Posteriormente, por haver temas relacionados ao setor de audiovisual, a Ancine foi incluída. Até a presente data, o Comitê Executivo já realizou cinco reuniões, ou seja, uma reunião por semestre, com o objetivo de verificar o estágio das ações propostas na agenda, bem como a interação entre seus membros. 76

78 Posteriormente foi criada uma instância de articulação público-privada, composta pelas entidades representativas de diversos setores de serviços, entre elas: Abap/Aprosom; Abeim; ABPITV; ABT; Abraec; Abrarec; Abras; Apro; Brasscom; CNC; CNI; CNS; Softex; entre outras. Já foram realizados oito encontros com representantes do setor privado. Nesses encontros, o gestor do Complexo de Serviços relata a situação atual das ações da agenda e busca novas informações sobre as dificuldades enfrentadas pelos setores ali representados. Esses encontros ocorrem normalmente após a reunião do Comitê Executivo Agenda de Ação A agenda de ações do Complexo de Serviços atualmente é formada por nove ações e 32 medidas. Dessas nove ações, cinco são novas e quatro foram lançadas desde o começo da PDP. A principal ação previamente destacada o desenvolvimento do Siscoserv é composta por duas grandes medidas. A primeira é o desenvolvimento dos Módulos Venda (Exportação) e Aquisição (Importação). O desenvolvimento do Módulo Venda foi concluído e encontra-se em fase de testes pelo setor privado, faltando apenas a publicação da regulamentação do sistema. A legislação não foi publicada por questões internas no âmbito da Secretaria da Receita Federal, órgão cogestor do sistema. O desenvolvimento do Módulo Aquisição está na fase inicial. A segunda ação de maior destaque do Complexo de Serviços é a elaboração e publicação da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). A NBS é um classificador de nove dígitos que identifica serviços, intangíveis e outras operações que produzem variações no patrimônio, e será utilizada na classificação das operações registradas no Siscoserv. A NBS possui mais de códigos e conta com mais de 500 páginas de notas explicativas que orientam a correta classificação de uma operação. A nomenclatura poderá subsidiar os diversos órgãos da administração pública federal, estadual e municipal na formulação de políticas públicas setorializadas. A agenda do Complexo de Serviços ainda conta com ações focadas na ampliação do crédito às exportações de serviços. Muitas medidas já alcançadas na área de financiamento devem-se à PDP. Antes da criação do Complexo de Serviços na PDP, constatava-se um desconhecimento das 77

79 exportações de serviços pelo setor público, o que inviabilizava o acesso do setor aos mecanismos creditícios de apoio às exportações. Entre as principais medidas já realizadas para essa ação, destaca-se a ampliação da disponibilização de recursos do Proex para as empresas exportadoras de serviços, por meio da: Aprovação, mediante Resolução Camex 45/2009 e da Portaria 191/2009, de nova modalidade do Financiamento à Produção Exportável (Proex), com acesso restrito às empresas com faturamento anual máximo de R$ 60 milhões. Concessão de alçada ao Banco do Brasil para aprovação de operações de financiamento à exportação de serviços, ao amparo do Proex, de até US$ 1 milhão por operação. Ampliação da alçada do Banco do Brasil para aprovação de operações de financiamento à exportação, ao amparo do Proex, de até US$ 10 milhões/produção audiovisual (inclusive propaganda). Destaque-se, ainda, a ação para ampliação do acesso a mercados para o setor de serviços, sob a responsabilidade da Apex. Nesse sentido, a Embratur, desde o início da PDP, vem implantando o Plano Aquarela Marketing Turístico Internacional, que vem obtendo resultados expressivos para o setor turístico brasileiro. No quadro a seguir, vemos como essas medidas estão classificadas, de acordo com os critérios da PDP. Nota-se que as medidas tributárias não foram, na ocasião de elaboração da PDP, as mais demandadas pelo setor. Tabela 7: Composição da Agenda de Ação Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. 78

80 Gráfico 9: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro As duas metas supracitadas do Complexo de Serviços da PDP conheceram, até o presente, tanto sucesso quanto percalços, desde a sua definição. No âmbito da meta de capacitação em exportação de serviços de cinco mil empresários até 2010, foram treinados pelo Banco do Brasil 897 empresários nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. No concernente à meta de ampliação das exportações de serviços para 1% do comércio mundial de serviços, ou US$ 40 bilhões, em 2010, os dados disponíveis mostram que as exportações de serviços totalizaram 0,8% das exportações mundiais de serviços, ou US$ 26,3 bilhões, em Com respeito à capacitação em exportações de serviços, os entraves no caminho do alcance da meta têm a ver, por um lado, com as dificuldades no estabelecimento da parceria entre os três órgãos envolvidos (além do Banco do Brasil, participam a SCS/MDIC e o Sebrae) e, por outro, com o fato de o Siscoserv não ter sido implementado como previsto, em virtude das já mencionadas questões internas à Receita Federal que impossibilitaram a edição da legislação que o regulamentaria. No momento de definição da meta de capacitação, considerava-se que o interesse por parte do setor privado para conhecer o sistema, os seus requisitos e a sua operação contribuiria para a procura por cursos voltados especificamente à exportação de serviços (e, nesse sentido, a integração de esforços entre os órgãos seria primordial). Já quanto à meta de ampliação das exportações de serviços, destaca-se o efeito que a crise econômica internacional teve sobre a economia brasileira a partir do segundo semestre de 2008 e, 79

81 por extensão, sobre as exportações brasileiras de serviços. Tivessem se mantido, ainda que em menor grau, as condições econômicas à época do lançamento da PDP, a meta em questão certamente teria sido atingida. Não obstante, convém notar que o Brasil pôde manter uma taxa de crescimento das suas exportações de serviços maior que a taxa do resto do mundo em 2008 (crescimento de 27,4% comparado a um de 12,5%) e, do mesmo modo, uma queda das exportações menos acentuada no ano seguinte quando comparada à dos demais países (taxa negativa de 8,8% ante uma taxa negativa de 12,9%). Não há dúvidas de que a PDP e as medidas contidas no seu Complexo de Serviços tiveram um papel essencial para que as metas mencionadas fossem atingidas, ainda que em parte, e, principalmente, para que, passado o momento de retração econômica mundial, o Brasil pudesse retomar o caminho do crescimento inclusive de suas exportações de serviços. Destacam-se dentre elas as medidas de ampliação da disponibilidade de recursos do Proex. Ademais, os trabalhos em torno do Complexo de Serviços tiveram o mérito de aumentar a integração dos órgãos públicos que compõem o seu Comitê Executivo (atraindo até mesmo novas entidades, como mencionado), além de fomentar a articulação com o setor privado, mediante a criação de instância composta por entidades representativas de diversos setores de serviços. Em ambos os casos, é nítido que a maior integração lograda tem produzido efeitos positivos também sobre outras políticas voltadas ao desenvolvimento do setor terciário brasileiro. 80

82 4.8 Indústria Marítima Desafios e Metas no Contexto de Elaboração da PDP A indústria naval brasileira, que se desenvolveu muito a partir do plano de metas do Presidente Juscelino Kubitschek, chegou a ser a segunda maior por tonelagem de porte bruto (TPB) na década de A partir de então, sofreu um declínio progressivo que culminou com a quase desativação da indústria no final dos anos Em 2003, o governo federal decidiu que as encomendas das plataformas semissubmersíveis de grande porte teriam construção parcial ou total no Brasil, o que contribuiu para a reativação de vários estaleiros e atraiu investidores estrangeiros. Dessa maneira, a construção naval destinada ao segmento offshore foi essencial na fase de reativação dos estaleiros. Na época do lançamento da PDP Marítima, o contexto do setor caracterizava-se pela demanda interna concentrada no setor de petróleo e gás e pela baixa utilização do modal aquaviário como meio de transporte. A frota brasileira representava apenas 0,6% da Marinha Mercante mundial, e o país detinha somente 0,1% da produção naval, empregando 22 mil pessoas. Com isso, em 2008, foram estabelecidos quatro desafios para o setor: 1) apoiar a consolidação e a modernização da estrutura industrial; 2) ampliar o investimento em P,D&I e em qualificação profissional; 3) criar empresa líder em projetos navais; e 4) fortalecer a cadeia produtiva. Posteriormente, o Comitê Executivo decidiu desmembrar o segundo item, transformando qualificação profissional, por sua importância, em um desafio independente. Por conseguinte, criar empresa líder em projetos navais passou a fazer parte do quarto desafio. Dessa maneira, após as alterações, a política continuou com quatro desafios elencados, de modo a fortalecer a indústria naval a partir das encomendas do segmento offshore e de demandas da armação nacional, especialmente para cabotagem. A partir desses desafios, foram estabelecidas três metas: (i) aumentar o uso de navipeças nacionais de 65% para 85%; (ii) ampliar para 1% a participação da bandeira na Marinha Mercante mundial; (iii) gerar mais 25 mil empregos na cadeia produtiva. 81

83 Em 2009, apenas o primeiro desafio sofreu uma revisão, flexibilizando a meta com a alteração da redação do desafio para: Aumentar o uso de navipeças nacionais de 65% para até 85%. O número relativamente pequeno de alterações deve-se ao fato de que o contexto interno quando a PDP Marítima foi elaborada, e mesmo com a eclosão da crise internacional, permaneceu sem grandes alterações por conta da demanda interna ainda concentrada no setor de petróleo e gás, que se manteve aquecido Gestão do Programa O Comitê Executivo, coordenado pelo MDIC, foi instalado em 10 de setembro de Fazem parte representantes das seguintes instituições: ABDI, Antaq, Apex, BNDES, Finep, Ministério da Defesa, Ministério da Fazenda, MME/Prominp, Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério dos Transportes, Petrobras, Secretaria Especial de Portos e Transpetro. reuniões do Comitê Executivo. Foram realizadas quatro Não foi criada articulação público-privada formal, apesar do trabalho conjunto realizado com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), que ensejou a realização de quatro encontros Agenda de Ação Descrição Dos quatro desafios derivaram seis ações. O primeiro desafio apoiar a consolidação e modernização da estrutura industrial gerou duas ações: (i) apoio à expansão e modernização industrial, marcada pelo uso do poder de compra da Transpetro por meio dos programas Promef I e II, Prorefam e pela preocupação com recursos para o financiamento da construção naval; e (ii) desoneração tributária, cuja meta principal era estabelecer um regime tributário para incentivo à modernização, à ampliação e à instalação de estaleiros navais nos moldes do Reporto. O segundo desafio ampliar o investimento em P,D&I e em qualificação profissional também conta com duas ações: promoção do investimento em P,D&I, em que se objetivava a superação de lacunas de natureza tecnológica, que limitam a aquisição de produtos nacionais na construção naval e offshore; e obtenção de excelência em projetos navais, em que se buscava a criação de um protótipo comum, com alto índice de nacionalização e desenvolvimento tecnológico e de iniciativas, que 82

84 estimulem o diálogo e a cooperação entre empresas de projetos navais, centros de P,D&I e universidades, de maneira a elevar o patamar tecnológico. Em relação ao terceiro desafio qualificação profissional uma única ação foi estabelecida: promoção da qualificação profissional, de modo a impulsionar a formação e o aperfeiçoamento de mão de obra qualificada para utilização nas empresas de construção naval, de projetos e de navipeças, seja em nível técnico ou superior, sem deixar de lado a importância da capacitação gerencial. Por fim, o quarto desafio fortalecer a cadeia produtiva resultou na ação de fortalecimento da cadeia produtiva, a mais heterogênea do grupo, em que se buscou: (i) minorar o risco do agente financeiro, quando da concessão do financiamento (risco de crédito), e do armador, quando ao término contrato (risco performance), na tomada financiamento por meio de recursos do FMM, (ii) catalogar a indústria navipeças; e (iii) promover o elo entre os fornecedores, estaleiros e projetistas, a desoneração tributária e a integração produtiva regional. Foram estipuladas seis medidas relacionadas ao desafio de apoiar a consolidação empresarial e a modernização da estrutura industrial, cujo escopo estava baseado no poder de compra da Transpetro/Petrobras e na desoneração tributária. O desafio de ampliar investimento em P,D&I contou com quatro medidas relacionadas à alocação de recursos de fundos setoriais de C,T&I, além do foco em projetos navais. Já o desafio de promover a qualificação profissional contou com cinco medidas bem heterogêneas, buscando promover a formação de recursos humanos em nível técnico e superior, havendo destaque para formação de marítimos e para aqueles que atuassem na área da pesca industrial. Por fim, o desafio de fortalecer a cadeia produtiva contém 11 medidas bastante variadas, que contemplam risco de crédito e risco performance na tomada de financiamento por meio de recursos do FMM, navipeças, desoneração tributária e integração produtiva regional. Sendo assim, são 27 medidas na última versão da política (enquadradas em seis ações), 17 medidas a mais do que quando a PDP foi lançada, em maio de Apesar de sua importância, as ações de natureza tributária não foram muitas: apenas quatro medidas. Portanto, pode-se deduzir que a agenda de ação está mais focada no aproveitamento da demanda induzida, no adensamento da cadeia produtiva e na modernização dos estaleiros, sem deixar de ponderar medidas que deem sustentabilidade ao crescimento do setor, como a formação de mão de obra qualificada e pesquisa, desenvolvimento e inovação. 83

85 Tabela 8: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Total 6 Lançam. da PDP 3 Novas 3 Total 27 Lançam. da PDP 7 Novas 20 Gráfico 10: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Por tipo (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. Balanço das Ações A ação de apoio à expansão e modernização industrial está pautada nas encomendas da Transpetro, que continuam formando as principais medidas indutoras da PDP Marítima. No Promef, já foram licitados 46 navios. O primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) lançado ao mar no primeiro semestre de 2010, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco. Ainda no primeiro semestre de 2011, será lançado ao mar o segundo navio do programa, dessa vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ). Até o final de 2011, mais cinco embarcações estão programadas para serem lançadas ao mar. Existem três navios em licitação (da segunda fase). Também se destaca o papel do Prorefam, que já havia licitado 13 embarcações de apoio marítimo e, em janeiro de 2010, lançou licitação, prevendo mais 26 navios. Igualmente merece destaque o PLV 1/2010, derivado da MP 472/2009, que, nos artigos 34 a 36, autoriza a União a conceder crédito aos agentes financeiros do FMM, no montante de até R$ 15 bilhões para viabilizar o financiamento de projetos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da 84

86 Marinha Mercante (CDFMM). Quanto ao fomento ao investimento dos estaleiros brasileiros em tecnologia e processos, ressalta-se que pesquisa e desenvolvimento são entendidos como prioritários pelo BNDES e pela Finep. Na ação de desoneração tributária, por meio do mesmo PLV 1/2010, alcançou-se parcialmente o objetivo de desonerar os investimentos em ativos fixos de produção destinados aos estaleiros, pois foram incluídas no 5º do art. 2º obras de infraestrutura no setor de indústria naval, para a construção de navios, diques flutuantes e plataformas para exploração e produção de petróleo, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, houve a regulamentação da Lei pelo Decreto 6.887/2009, que reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro (REB), e pelo Decreto 6.704/2008, que suspende a incidência do IPI na aquisição, por estaleiros navais brasileiros, de materiais e equipamentos, incluindo partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no REB. Na promoção do investimento em P,D&I, destacam-se os cinco projetos relacionados à construção naval aprovados na chamada pública MCT/Finep/CT-Aquaviário 01/2008 e o lançamento da chamada pública MCT/Finep/CT-Aquaviário 01/2010. Uma nova iniciativa prioritária é a formação da rede de P&D de construção naval e offshore proposta pela Sobena. Essa medida, que se enquadra no desafio de ampliar investimento em P,D&I, visa primordialmente à articulação de vários atores essenciais para a elevação do patamar tecnológico do setor, por meio da formação de uma grande rede instituída por cinco núcleos de atuação: tecnologia de construção naval e offshore; projeto de embarcação e sistemas offshore; cadeia de suprimentos; regional do Recife e Pernambuco; e regional de Rio Grande. Esses núcleos identificarão temas prioritários, propondo ações estratégicas de P,D&I e capacitação de recursos humanos, visando à competitividade da indústria naval e offshore brasileira, além de elaborar uma carteira de projetos estratégicos, necessariamente com a participação da indústria. 85

87 Quanto à obtenção de excelência em projetos navais, a Apex tem promovido missões que visam apoiar a formação de parcerias entre empresas nacionais e internacionais para desenvolvimento de projetos. Destaca-se ainda que, em janeiro de 2010, a Diretoria do BNDES aprovou a concessão de financiamento de R$ milhões em favor da InterOcean Engenharia, destinado ao desenvolvimento de projeto de engenharia naval de embarcação do tipo PSV Na ação de promoção da qualificação profissional, todos os novos estaleiros instalados em Suape (PE), Rio Grande (RS) e Navegantes (SC) criaram cursos de formação de mão de obra necessária aos respectivos estaleiros. Houve, também, um incremento naqueles já existentes, principalmente em Niterói (RJ). Em abril de 2009, como resposta à crescente demanda por mão de obra qualificada em soldagem no Rio de Janeiro, a Petrobras, por meio da Refinaria Duque de Caxias, e do Fórum Regional do Prominp, em parceria com o Siticommm (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem Industrial, Mármore e Granito, Mobiliário e Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Magé e Guapimirim) surgiu a Cidade da Solda de Duque de Caxias. A Cidade oferece cursos de 300 horas nos níveis básico, médio e avançado. Em julho de 2009, 450 trabalhadores receberam certificados de conclusão nos cursos de qualificação de mão de obra oferecidos no município de Rio Grande (RS) pelo Plano Setorial de Qualificação Naval (Planseq Naval) e ministrados pelo Senai. Em maio de 2010, iniciou-se a primeira etapa do projeto que visa capacitar a comunidade no entorno do Estaleiro Eisa (Alagoas). A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas, o Sistema S (Senai, Sesc, Senai) e profissionais ligados ao Sebrae estão analisando onde será entregue a primeira Escola Profissionalizante do Estado, dentro do Programa Brasil Profissionalizado. No âmbito do treinamento por simuladores, foi implantado o Centro de Simulação Aquaviária na sede do Sindmar, e já há um novo projeto de Centro de Treinamento em Petrópolis. Por fim, destaca-se que a Marinha do Brasil, representada pelo Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga-RJ) e pelo Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba-PA), assinou no dia 16 de fevereiro de 2009, em Brasília, dois Termos de Cooperação com a Petrobras, que têm como 86

88 propósito elevar o quantitativo das tripulações disponibilizadas para a Marinha Mercante e manter o nível de qualidade na formação dos homens e mulheres que embarcam nos navios mercantes brasileiros. Desse modo, pretende-se atender ao crescimento da demanda de tripulantes esperada para os anos subsequentes, decorrente da renovação e da ampliação de nossa frota mercante e da expansão das atividades ligadas à exploração de petróleo no mar. Esses Termos de Cooperação preveem o repasse de cerca de R$ 78 milhões. Com relação à ação de fortalecimento da cadeia produtiva, diminuiu-se o risco de crédito e performance das operações de financiamento do FMM aos estaleiros por meio das Leis de 2009 e de Esta havia criado o Fundo Garantidor da Construção Naval e aquela incluiu o risco performance na finalidade do FGCN. Outra medida que merece destaque é o Catálogo Navipeças, que visa fortalecer a cadeia produtiva da construção naval, por meio da catalogação de empresas fornecedoras, oferecer certificação de seus produtos e promover a interação entre esses fornecedores e os estaleiros e projetistas navais. Já foram realizadas três reuniões do Comitê Gestor (MDIC, ABDI, BNDES, Finep, Transpetro, Sebrae, Onip, Abimaq, Abinee, Abitan, Sinaval e Sobena) para definição de procedimento/critérios de seleção de fornecedores e identificação de categorias e produtos, bem como de estruturação do sistema. Seu lançamento público ocorreu no dia 10 de outubro de 2009, na Firjan, e sua disponibilização na internet no dia 1º de dezembro de Sua promoção tem sido um grande sucesso, com road shows realizados nos estados do RJ, SP, SC, MG, em 2009, e BA, PE, RS, no ano de Quanto ao apoio na celebração de Acordos de Complementaridade entre os países do Mercosul, em dezembro de 2009, foi encaminhada Nota Técnica da SDP para o MRE, que, em janeiro de 2010, foi enviada ao governo argentina. Em fevereiro e março de 2010, houve reuniões internas, de âmbito governamental, para definir uma minuta de acordo como proposta brasileira. 87

89 4.8.4 Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Balanço das Metas Quadro 10: Metas Metas Posição (mai/10) Status Entrega das 1) Aumentar o uso de navipeças nacionais, elevando a nacionalização de 65% embarcações só se para até 85% dará em 2014 Ainda não há dado 2) Ampliar a participação da bandeira brasileira na Marinha Mercante mundial novo em relação a para 1% 2008 (0,6%) 3) Gerar mais 25 mil empregos na cadeia produtiva (mar/10) Ainda não mensurável Ainda não mensurável Alcance próximo Sobre a primeira meta aumentar o uso de navipeças nacionais de 65% para até 85% não há, ainda, como avaliar o impacto das medidas relacionadas ao Promef e Prorefam, já que as embarcações dos programas começaram a ser entregues em A meta de elevação do conteúdo de navipeças nacionais estava atrelada aos resultados dos programas de renovação da frota da Transpetro, portanto, o horizonte dessa meta deve coincidir com as últimas entregas de embarcações desses programas, ou seja, Não há também dados disponíveis para avaliação da segunda meta: ampliar a participação da bandeira na Marinha Mercante mundial para 1%. A Antaq apenas dispõe de dados sobre a participação brasileira na frota da Marinha Mercante mundial no ano de Em 2011, a agência terá acesso aos dados consolidados da Unctad sobre a frota da Marinha Mercante mundial de 2009 e poderá divulgar a evolução da participação brasileira. Entretanto, em número de embarcações, houve um aumento superior a 25% na frota de bandeira brasileira nos últimos dois anos. A terceira meta gerar mais 25 mil empregos na cadeia produtiva foi praticamente atingida com a geração de mais de 24 mil empregos na indústria de construção naval, saltando de (em 2008) para empregados (março de 2010), segundo dados do Relatório Sinaval do 1º trimestre de Até o final de 2010, foi ultrapassado o número de empregos criados, o que reflete o 88

90 aquecimento do setor, que, coberto pelas demandas do Promef e Prorefam e pelo financiamento do FMM, não sofreu com o impacto da crise internacional. Desafios para o Futuro Houve um desenvolvimento substancial da indústria brasileira de construção naval: em dois anos o número de empregados diretos de estaleiros dobrou e o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou prioridade para nove novos estaleiros. Dessa maneira, os desafios futuros não estão mais relacionados com a reativação da construção naval, mas com a modernização das instalações e inovações em processos e tecnologias que elevem o patamar de competitividade do setor. Com isso, os esforços para reativar a indústria nacional de fornecedores devem ser mantidos, pois esse processo está ainda em estágio embrionário. O Catálogo Navipeças apenas começou a gerar informações para que conheçamos melhor a indústria fornecedora e seu potencial, o que permitirá a elaboração de políticas públicas que atendam às especificidades do setor. Também é necessário dar continuidade às ações de qualificação profissional, pois a demanda por mão de obra é crescente, e com tendência a ampliar ainda mais com a exploração da camada pré-sal. Vale ressaltar que o impacto das descobertas ainda está por vir. Outro gargalo refere-se à disparidade entre a oferta de estaleiros destinados a construção naval e daqueles destinados à reparação. Observa-se uma tendência de especialização do mercado em operações de construção de embarcações destinadas ao setor de petróleo e gás. Em parte, isso é comum no setor, pois, nos ciclos de alta da indústria marítima, a construção é preferida ao reparo devido ao potencial de geração de receitas maiores no curto prazo. Estudo de maio de 2009 do Centro de Estudo de Gestão Naval (CEGN) indicava demanda por diques de reparo maior do que a oferta a instalada no país para embarcações menores do que 150 metros. Estimou ainda que em 2013 faltarão até seis diques e, em 2018, oito diques, no pior cenário. Portanto, as próximas medidas devem estar mais focadas em qualificação profissional, em pesquisa e desenvolvimento, e no desenvolvimento da indústria nacional de fornecedores, além de conter medidas que levem em conta essa preocupação com o desenvolvimento da oferta de serviços de reparação. 89

91 A maior parte desses temas está contemplada na PDP, mas entende-se que o próximo passo da política é priorizá-los de maneira a reduzir a dependência de ações relacionadas à demanda induzida pelo setor de petróleo e gás. Somente assim será possível consolidar uma indústria de construção naval suficientemente competitiva para atender aos armadores nacionais com níveis de preço compatíveis com o mercado internacional. 90

92 4.9 Couro, Calçados E Artefatos Desafios e Metas no Contexto da Elaboração/Lançamento da PDP Cenário no Lançamento Contas externas equilibradas e nível elevado de reservas internacionais. Inflação baixa, pouco volátil e previsível. Mercados de crédito e de capitais em expansão. Redução do desemprego, aumento dos empregos formais, crescimento da massa real de salários e redução das desigualdades. Setor privado com recursos para investir: aumento dos lucros e níveis de endividamento reduzidos. Grau de investimento. Cenário Pós-Crise (seis primeiros meses): Contas externas: balança comercial continuou positiva, porém com deterioração do saldo; Inflação continuou bem comportada (demanda enfraquecida e queda nos preços das commodities). Mercados de crédito mantiveram-se em elevação, porém de modo desacelerado (redução nas taxas de crescimento): mercado de capitais perdeu cerca de 38% de seu valor. Desemprego em nível baixo, porém queda nos empregos formais; rendimento salarial real ainda apresentava elevação. Setor privado com menos recursos para investir: retração nos lucros e nas margens brutas. Grau de investimento. 91

93 Reflexos da Crise Quadro 11: Reflexos da Crise Setor Queda na Utilização da Capacidade Instalada Queda nas Vendas (Mercado Interno) Queda no Nível de Emprego Queda nas Exportações Couro Crise sentida desde junho de 2008, mas a ocupação do parque fabril ficou em 80% até setembro, caindo para 50% em fevereiro de Vendas internas estáveis, observada a sazonalidade (1º sem = 3x o 2º semestre), a par de os sintéticos ganharem competitividade com a queda dos preços do petróleo. Comparativo dez-fev 2009 em relação ao mesmo período de 2008 apresentou queda de 40% (60 mil para 34 mil empregos diretos) em leve recuperação. Queda de 55% nas exportações, comparativo de dez-fev 2009 em relação ao mesmo período de 2008, justificando a queda dos níveis de emprego e a utilização de capacidade instalada. Queda das exportações de Queda de 336 mil empregos 25% comparativo fevereiro de setembro/2008 para x 2008, salientando- Estabilidade nas vendas, mil em janeiro/2009, ou 12%, se importações explosivas com observância de apesar de uso do expediente de 50% em dezembro, 38% movimento forte de de férias prolongadas das em janeiro e 50% em De 82% para menos liquidações das marcas oito indústrias maiores fevereiro, Calçados de 65% de utilização esportivas mundiais empregadoras (que têm comparativamente aos (-20%). (desova das filiais asiáticas acima de 10 mil mesmos meses do ano de excedentes para funcionários). Desemprego anterior, totalmente realização de caixa no nas empresas de pequeno procedente da China, e Brasil). porte São Paulo, Minas localizado em modelos Gerais e Rio Grande do Sul esportivos das grandes 2010 em franca recuperação. marcas mundiais (desova de excedentes). Desafios Identificados no Lançamento da PDP Fortalecer marcas, design e imagem do calçado brasileiro no mercado internacional; Capacitar MPEs para atuação em nichos de mercado; Estímulo à comercialização; P,D&I na cadeia produtiva. 92

94 Metas Iniciais Conquistar a segunda posição na produção mundial de calçados; Aumentar valor das exportações de couro acabado à taxa média de 10% a.a.; Conquistar a terceira posição na exportação de calçados. Pós-Crise Manter a terceira posição na produção mundial de calçados até 2010 e conquistar a segunda posição até 2015; Aumentar valor das exportações de couro acabado à taxa média de 5% a.a.; Conquistar a quinta posição na exportação de calçados até Ações Propostas no Lançamento da PDP Ações Desafios Perfil Desenvolvimento tecnológico 4 P, D & I Desoneração tributária 2 Tributação Fortalecimento da competitividade 1, 2 e 4 Adensamento Modernização dos processos de distribuição e 3 Comércio Exterior comercialização no Brasil e América Latina Promoção das exportações 1 Comércio Exterior Promoção do desenvolvimento regional 2 Desenvolvimento regional Gestão do Programa O Comitê Executivo de Couro, Calçados e Artefatos está sob a coordenação do MDIC. Gestor: Simon Salama coordenador-geral das Indústrias Intensivas em Mão de Obra. Fazem parte do Comitê Executivo do programa representantes do Senai, Finep, Inmetro, Sebrae, MAPA, INPI, MCT, Apex, BB, CNPq, MF, BNDES, ABDI, MRE, MTE. Foram realizadas 6 reuniões conforme discriminado abaixo: Quatro reuniões do Comitê Executivo Duas reuniões de articulação público-privada 93

95 O Fórum de Competitividade é composto por: Abicalçados; Abrameq; Abiquim; Assintecal; Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil e Instituto da Inovação Tecnológica e Qualidade do Sistema Coureiro-Calçadista Brasileiro Agenda de Ação Tabela 9: Composição da Agenda de Ação Ações Medidas Total 6 Lançam. da PDP 1 Novas 5 Total 30 Lançam. da PDP 2 Novas 28 A agenda de ação contempla um total de 30 medidas, assim distribuídas: Desenvolvimento Tecnológico 8 medidas Desoneração tributária 7 medidas Fortalecimento da competitividade 5 medidas Modernização dos processos de distribuição e comercialização no Brasil e América Latina 1 medida Promoção das Exportações 7 medidas Promoção do Desenvolvimento Regional 2 medidas Gráfico 11: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. 94

96 Por tipo (%) Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial (SAG) da PDP. As medidas apresentadas pelo setor produtivo quando da reorganização da agenda, no período pós-crise, tiveram orientação bastante pragmática, versando principalmente acerca de desonerações sobre investimentos e financiamentos para aquisição de maquinário na renovação das plantas. Outra intenção fundamental das demandas almejou recuperar a competitividade nas exportações, haja vista tratar-se de setor altamente exportador. Resultados das Medidas Implantar um Novo Revitaliza Aprovado Novo Revitaliza: excluído o requisito de limite de receita operacional bruta das empresas e redefinidos os parâmetros (Lei /2008, Resolução BNDES 1.641/2008 e Resolução Bacen 3.630). Estender o prazo de financiamento do Proex para o setor Estendido o prazo de financiamento: Madeira e Móveis e Couro (de seis meses para 12 meses); Calçados (de seis meses para 12 meses) e Artefatos de Couro (de seis meses para 12 meses) (Portaria MDIC 112, de , revogada pela Portaria MDIC 98, de ). Apoiar a internacionalização de componentes de calçados By Brasil Participação em 22 feiras e estabelecidas três redes comerciais. Fortalecer o programa de promoção às exportações para calçados Brazilian Footwear Realização de duas edições anuais do Projeto Comprador/Imagem Nacional e 10 Projetos Compradores Regionais (2009); participação em 12 feiras internacionais; implementação de quatro ações de inteligência comercial. 95

97 Reposicionar produtos de couro e marca Brazilian Leather no exterior Participação nas feiras de Hong Kong, Paris, Xangai (Furniture), Chennay-Índia, já com reorientação para promoção do couro ligando-o à nobreza material, elegância etc. Fortalecer o programa de promoção às exportações de máquinas equipamentos para couro e calçados By Brazil Promoção com jornadas técnicas do Peru e Equador e para participação das empresas na feira Tanning Tech na Itália. Criar programa brasileiro de classificação do couro Tendo por base o projeto "Validação do Sistema Nacional de Classificação de Couro Bovino", realizado pela Embrapa-MS. Divulgar nova regulamentação europeia REACH Divulgadas diversas informações sobre o tema no sitio eletrônico da Abiquim e seminários. Fortalecer o programa de assessoria na análise de riscos em projeto, fabricação e operação de máquinas Normas de segurança discutidas e definidas em conjunto com Ministério do Trabalho. Em fase de validação de protótipos. Fortalecer o programa de incorporação do Design-Moda Previsão de capacitação de 520 empresas nas quatro edições do projeto (média de 130 por semestre). Em implantação projeto de assistência técnica internacional. Apoiar o Instituto Brasileiro de Tecnologia para atender empresas importadoras e exportadoras de calçados Projeto Calçados de Segurança Escopo do projeto definido em fase de avaliação do orçamento. Proporcionar melhoria de qualidade nos componentes e facilitar avaliação. Previsão de conclusão: 24 meses Criar programa de normalização de conforto para o setor calçadista Elaboradas as Normas ABNT NBR 14834/2008, ABNT NBR 14835/2008, ABNT NBR 14836/2008, ABNT NBR 14837/2008, ABNT NBR 14838/2008, ABNT NBR 14839/2008 e ABNT NBR 14840/2008. Qualificar a indústria para aplicação de tecnologia de setup rápido Firmado convênio entre ABDI e Abrameq e iniciado levantamento para diagnóstico do setor. 96

98 Automatizar a concessão de redução a 0% do Imposto de Renda nas remessas ao exterior de recursos para fins de promoção comercial Contemplada pelo Decreto 6.761, , artigo 1º, inciso I. Estruturar e implementar Núcleo de Inteligência Competitiva Projeto iniciado (jan/2009). Previsão de conclusão: dez/2010 Criar programa de capacitação em gestão socioambiental Definido o escopo da pesquisa: identificação e comparação de padrões de emissão de efluentes líquidos industriais (sete UFs e recomendação de medidas corretivas). Enfrentar crescente concorrência dos produtos importados no mercado interno Editada a Resolução Camex 14, de , aplicando direito antidumping de US$ 13,85/par, sobre importações de calçados chineses com validade até março de Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Balanço das Metas No contexto das metas estabelecidas quando do lançamento da PDP, foram perseguidas, prioritariamente, aquelas relacionadas aos parâmetros de competitividade nas exportações. As articulações conduzidas no âmbito do Programa viabilizaram um conjunto de ações em consonância com as necessidades prementes dos exportadores de calçados. Essas ações impulsionaram a consecução das demais medidas com maior peso e impacto orçamentário. Desafios para o Futuro A agenda de ação do setor coureiro-calçadista deverá priorizar objetivos menos imediatistas, de investimento de mais longo prazo de maturação e em áreas de fronteira, como desenvolvimento de novas tecnologias, portadoras de futuro etc. A Agenda Tecnológica Setorial (ATS) será importante instrumento para um novo direcionamento das prioridades da agenda de ação do setor. 97

99 4.10 Sistema Agroindustrial Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial O diagnóstico realizado à época de lançamento da PDP do Sistema Agroindustrial ressaltou a importância de suas cadeias produtivas para o desenvolvimento do país. Em 2008, o agronegócio brasileiro representou 24% do PIB, 36% das exportações e 37% dos empregos. Ainda nesse contexto, o Brasil revelou ser líder mundial em produtos commodities, sendo suas principais fragilidades: altos custos de logística e infraestrutura deficiente; dependência da importação de insumos estratégicos; barreiras crescentes relacionadas à sustentabilidade socioambiental, à sanidade vegetal e animal; MPEs: baixa capacitação tecnológica e em negócios internacionais; concentração nos segmentos de insumos e serviços especializados. Diante do quadro apresentado, definiram-se como eixo de trabalho as seguintes estratégias: conquista de mercados; focalização; diferenciação; e ampliação do acesso. O lançamento da PDP do sistema agroindustrial foi no dia e a reunião plenária para elaboração do Plano de Trabalho no dia ; a revisão da agenda foi feita nas reuniões do Comitê Executivo. Desafios Apoiar a reestruturação e a modernização industrial; Melhorar a logística e a infraestrutura; Investir em P,D&I e capacitação; e Reduzir a assimetria das relações comerciais no agronegócio. Metas Iniciais Ampliar as exportações do sistema agroindustrial em 25% até 2010; Elevar os investimentos em P,D&I em 100%; Estimular o crescimento da produção de fertilizante em 30% (NPK); e Apoiar Cooperativas Agroindustriais no processo de gestão e inserção internacional. Com a crise, todas as metas foram revistas, concluindo-se que dificilmente seriam alcançadas, embora não se tenham redefinidos os números. 98

100 Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Instalação do Comitê Executivo: Gestora: Rita de Cássia Milagres Teixeira Vieira (MDIC). Instituições participantes: MAPA; Ministério da Fazenda (MF); MCT; MRE; MMA; Embrapa; BNDES; ABDI; Apex; INPI; Inmetro; Sebrae; Finep. Até o momento foram realizadas 11 reuniões do Comitê Executivo. Instâncias de Articulação Público-Privada Fórum de Competitividade do Sistema Agroindustrial: para implementação da PDP foi instalado no MDIC o Fórum de Competitividade do Sistema Agroindustrial com participação das instituições do governo federal ligadas ao agronegócio brasileiro além de representantes de instituições privadas dos vários setores do agronegócio. Foram realizadas quatro reuniões até o momento. Participam do Fórum representantes das seguintes instituições: MDIC; MAPA; MF; MT; MCT; MDA; Conab; Embrapa; BNDES; ABDI; Inmetro; INPI; Finep; Apex; Fiesp; Febraban; BM&F; BB; ABNT; ANUT; Abimaq; Abia; Abag; Abras; Abics; Abic, Ibraf; Unica; Uba; CNA; Associtrus; Afubra; Ibravin; Abiove; Abemel; Abima; Abip; Andav; OCB; Planeta Orgânico; Ibrac; Sindirações; Conepe; Abrange. Foram realizadas quatro reuniões até o momento (Reunião Plenária Inicial com instalação do Fórum: ; 2ª Reunião Plenária para elaboração do Plano de Trabalho: ; 3ª Reunião do Fórum para o Balanço das Atividades: ; 4 a Reunião do Fórum: Balanço das Ações e prestação de contas: 30/9/2009). Grupos de Trabalho (GTs): além do Fórum foram criados inúmeros GTs para discutir ações/medidas encaminhadas pelos vários setores. Os GTs compõem-se de representantes dos setores que encaminharam medidas. Foram realizadas 25 reuniões com diferentes GTs. Câmaras Setoriais: uma parceria importante foi feita com o MAPA para trabalhar as ações/medidas da PDP nas câmaras setoriais. O MAPA possui 32 câmaras setoriais que foram usadas para implementação da PDP. Sendo assim, evitou-se retrabalho, valorizando o trabalho dessas câmaras. 99

101 Agenda de Ação Descrição da Agenda de Ação Foram recebidas, inicialmente, cerca de 120 medidas que, após o trabalho com o Comitê Executivo, foram consolidadas em 77 medidas enviadas pelas mais diversas instituições ligadas ao Sistema Agroindustrial. Entre essas instituições podem-se citar o Ibraf, Abics, Ibrac, Sindibebidas, Conepe, Abemel, Abiove, Fiesp/Abicab, Planeta Orgânico, CNA, OCB, Finep, Fiesp/Sindirações, Ibravin, SBCTA/Unicamp, Abia, Abima, Abtrigo, Sindifumo, Abrange e Abic. Essas medidas foram distribuídas nos quatro desafios e em 11 ações, conforme sistema da ABDI. Das medidas propostas, 15% estão relacionadas à macrometa de investimentos, 38% à de PD&I e 22% à macrometa relativa à exportação. As medidas caracterizavam-se, em sua maioria, por ações de natureza fiscal e tributária, PD&I, apoio financeiro e fortalecimento nas exportações. Todas as ações estão ligadas aos desafios em função de sua amplitude. Gráfico 11: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa (%) Por tipo (%) 29% 20% 20% 9% Investimentos PDI Exportação 11% Apoio Técnico Regulação Tributária Financiamento 51% 60% Fonte: Sistema de Gerenciamento da PDP - ABDI 100

102 Balanço das Ações Das 75 medidas propostas na PDP do Sistema Agroindustrial, 51 tiveram avanços/resultados significativos. Foram obtidos resultados citados em lei, decreto, IN e crédito para o setor. As demais estão em andamento, sendo analisadas, ou em discussão em órgão de governo ou pelo setor privado. Ações Medidas Perfil Melhoria da infraestrutura e logística de distribuição Promoção da competitividade da cadeia do trigo Adequação de políticas fiscais e tributárias 1. Identificar e implementar uma logística com competitividade diferenciada. Apoio técnico 2. Definir estratégias e ações que diminuam a dependência do país no mercado externo de fertilizantes NPK. Apoio técnico 3. Estudar os canais de distribuição do café, com a elaboração de guia de Apoio técnico orientação. 4. Apoiar o fortalecimento da competitividade da Cadeia do Trigo. Apoio técnico 5. Criar a possibilidade de insumos serem adquiridos com suspensão de imposto e contribuições para industrialização e exportação dos produtos, Regulação independentemente de a empresa ser ou não preponderantemente exportadora. 6. Incluir suspensão da Contribuição Social Rural no Drawback Verde-Amarelo. Regulação 7. Desobrigar a conjugação de importação no Drawback Verde- Amarelo. Regulação 8. Reduzir ou eliminar percentual de exportação no Drawback Verde-Amarelo. Regulação 9. Viabilizar a compensação de créditos tributários federais acumulados de PIS- Pasep e Cofins. Regulação 10. Incluir produtos agropecuários no Drawback Verde-Amarelo. Regulação 11. Incluir as cooperativas no Drawback Integrado. Regulação 12. Eliminar a restrição para empresas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado. Regulação 13. Retorno de MPEs produtoras de cachaça ao Simples. Apoio técnico 101

103 14. Permitir que as cooperativas de cachaça recebam o selo de IPI. Apoio técnico 15. Reduzir em 50% IPI sobre o vinho (NCM 2.204). Regulação 16. Desonerar a tributação sobre a importação dos insumos e bens de capital da pesca: anzóis, linhas, iscas, cabos, boias etc. 17. Renovar a redução do imposto de importação de itens constantes da Resolução Camex 40, de 6 de dezembro de Alterar a Lei /2004, para isenção de rações e suplementos minerais. 19. Reduzir as alíquotas do PIS e da Cofins sobre micronutrientes necessários à produção de insumos agrícolas, ou seja, estender o tratamento tributário dado aos fertilizantes constantes no Capítulo 31 para a TIPI no Capítulo 38, posição (mistura e industrialização de pelo menos um dos seguintes elementos: zinco, cobre, manganês, ferro, boro, molibdênio e cobalto) e também na posição do Capítulo 28 ( fertilizantes foliares contendo zinco ou manganês). 20. Criar regras de enquadramento tributário diferenciadas para produtos agroindustriais de maior valor agregado destinadas à exportação. Tributária Tributação Regulação Tributação Regulação Financiamento da produção Cooperação entre empresas e centros de ensino, pesquisa 21. Fazer gestão com países do Mercosul para consolidação da TEC do Fosfato Tributária Bicálcico e do Ácido Fosfórico. 22. Incluir frutas no Novo Revitaliza. Apoio técnico 23. Restabelecer crédito para giro e ACCs ainda deficitário em relação à demanda. Financiamento 24. Ampliar o acesso ao crédito rural pelo produtor. Financiamento 25. Criar linhas de crédito para clientes no exterior. Financiamento 26. Isentar de IPI os néctares de frutas. Tributária 27. Ampliar o prazo de pagamento de impostos para alimentos. Tributária 28. Incluir os produtos não transgênicos em enquadramento especial no Proex. Financiamento 29. Criar linhas de crédito com regras de enquadramento diferenciadas. Tributária 30. Criar um fundo para absorver os contratos e mitigar o risco dos produtores na aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Financiamento 31. Elaborar diagnóstico da cadeia pesqueira. Apoio técnico 32. Diagnosticar a cadeia produtiva e de comercialização do algodão orgânico no Brasil. Apoio técnico 102

104 e desenvolvimento 33. Apresentar as linhas de financiamento e atendimento às empresas. Financiamento Capacitação em tecnologia e acesso a instrumentos para inovação 34. Implantar projeto estratégico de inserção de frutas tropicais em balas e Apoio técnico confeitos. 35. Avaliar e divulgar as propriedades funcionais de frutas tropicais. Apoio técnico 36. Apoiar a promoção da polinização em culturas estratégicas para o Brasil. Apoio técnico 37. Estabelecer um programa de qualificação da produção de vinhos, sucos e derivados. Apoio técnico 38. Elaborar e disseminar estudo de mercado externo para carnes de ovinos e caprinos. Apoio técnico 39. Apoiar o fortalecimento da vitivinicultura brasileira. Apoio técnico 40. Implementar o selo de controle fiscal para o vinho. Apoio técnico 41. Apoiar a criação de um programa de estímulo à produção brasileira de frutas orgânicas para exportação. Apoio técnico 42. Ampliar o Plano de Desenvolvimento Setorial Frutas Processadas. Apoio Técnico 43. Articular ações de política pública para ampliar a oferta de defensivos genéricos. Regulação 44. Apoiar estudos para ampliar aporte científico, tecnológico e inovador da cadeia produtiva de caprinos e ovinos. Apoio Técnico 45. Elaborar diagnóstico do perfil tecnológico atual das MPEs do café e estudo de novos modelos tecnológicos nos processos produtivos. Apoio técnico 46. Estudar modelos de novos negócios para ampliar oportunidades das MPEs do café. Apoio técnico 47. Analisar a viabilidade e estudar a formação de APL com as MPEs e de atuação conjunta de empresas do setor. Apoio técnico 48. Promover workshop sobre a apicultura para treinamento de fiscais do MAPA. Apoio técnico 49. Desenvolver cursos de implantação em Boas Práticas de Fabricação e Sistema APPCC para produtores de mel. Apoio técnico 50. Implementar programa de capacitação, treinamento e reciclagem em Apoio técnico gestão industrial, administrativa e mercadológica para a indústria de café. 103

105 51. Implementar programa de formação, capacitação, treinamento e Ampliação do acesso a mercados e eliminação de barreiras fitossanitárias/ comerciais Fomento à inserção internacional Apoio à melhoria da qualidade Modernização da estrutura de defesa animal e vegetal aperfeiçoamento de profissionais especialistas e técnicos para a indústria do Apoio técnico café. 52. Fortalecer negociações comerciais bilaterais para frutas. Apoio técnico 53. Fortalecer negociações fitossanitárias com ações proativas e sistemáticas. Apoio técnico 54. Adequar legislação de registro de agrotóxicos às exigências da UE. Regulação 55. Desenvolver e implantar o Programa de Apoio à Promoção de Frutas e de Derivados de Frutas no exterior. Apoio técnico 56. Desenvolver e implantar o Programa de Apoio à Promoção de Leite no exterior. Apoio técnico 57. Implantar Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (PSI WFD). Apoio técnico 58. Possibilitar a utilização automática das operações de Drawback para café verde. Regulação 59. Implementar a operacionalização do Programa de Financiamento às Exportações, o Proex Financiamento à produção exportável, também Financiamento conhecido como Proex Pré-embarque. 60. Definir estratégia para aprimoramento das condições de acesso do café solúvel ao mercado da UE. Apoio técnico 61. Introduzir códigos de designação e classificação de mercadorias específicas para frutas e derivados. Regulação 62. Inserção das MPEs de cafés industrializados nos mercados externos pela via da participação nas iniciativas do PIS. Apoio técnico 63. Implantar um Programa de Promoção Comercial de Sucos, Vinhos e Espumantes para o mercado interno. Apoio técnico 64. Adotar instrumentos de regulação de estoques de vinho. Apoio técnico 65. Promover o Programa de Modernização Vitícola. Apoio técnico 66. Promover o Programa de Modernização Vinícola. Apoio técnico 67. Tipificar e caracterizar os principais tipos de méis brasileiros. Apoio técnico 68. Combater o comércio ilegal de cigarros. Apoio técnico 69. Apoiar programa de rastreabilidade do rebanho bovino para produção de Apoio técnico leite. 104

106 Fortalecimento do cooperativismo agroindustrial brasileiro 70. Criar Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop). Financiamento 71. Criar banco de dados para as Cooperativas Agrícolas do Brasil. Apoio técnico 72. Desenvolver e implementar capacitação em cooperativas agropecuárias. Apoio técnico 73. Levantar demanda por qualificação profissional de cooperativas. Apoio técnico 74. Desenvolver e implementar programa de promoção comercial para cooperativas agroindustriais. Apoio técnico 75. Diagnosticar gargalos do parque industrial do sistema cooperativista agropecuário. Apoio técnico A tabela a seguir mostra os avanços/resultados da PDP do sistema agroindustrial. Tabela 10: Avanços/resultados da PDP do sistema agroindustrial Medidas 1. Identificar e implementar uma logística com competitividade diferenciada. 2. Definir estratégias e ações que diminuam a dependência do país no mercado externo de fertilizantes NPK. 3. Estudar os canais de distribuição do café, com a elaboração de guia de orientação. Status/Comentários O estudo Desafio ao Crescimento do Agronegócio Brasileiro foi concluído em novembro de Oficina técnica foi realizada nos dias 8 e 9 de dezembro de Foi elaborado documento sistematizando os resultados da Oficina Infraestrutura e logística Definição de Processos Inovadores para Ganhos de Competitividade do Agronegócio Brasileiro, 2009, 282 p. Oficina Técnica sobre Fertilizantes no Brasil: a Oficina foi realizada nos dias 11 e 12 de dezembro de Aprovadas nove medidas O MAPA/AGE está preparando o Plano Nacional de Fertilizantes. Documento deve ser entregue em abril/2010: a meta é de autossuficiência em 2020, mas já há diversas ações sendo implementadas, especialmente na área de fosfatados, com a abertura de novas minas e a expansão de fábricas. Foi aprovado recurso de R$ 1 milhão, oriundo do Fundo Setorial de Agronegócio (CT-Agronegócio), para apoiar estudos 105

107 visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva de café. 4. Apoiar o fortalecimento da competitividade da Cadeia do Trigo. 5. Criar a possibilidade de insumos serem adquiridos com suspensão de imposto e contribuições para industrialização e exportação dos produtos, independentemente da empresa ser ou não preponderantemente exportadora. 6. Incluir suspensão da Contribuição Social Rural no Drawback Verde-Amarelo. 7. Desobrigar a conjugação de importação no Drawback Verde- Amarelo. 8. Reduzir ou eliminar percentual de exportação no Drawback Verde-Amarelo. 9. Viabilizar a compensação de créditos tributários federais acumulados de PIS-Pasep e Cofins. Oficina Técnica do Trigo: realizada em 4 e Instalada a PDP do Trigo: Drawback Verde-Amarelo: (i) Instrução Normativa RFB 845, de 12 de maio de 2008, disciplina as aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, no mercado interno, por beneficiário do Drawback com suspensão do pagamento dos tributos incidentes; (ii) publicação da Portaria Conjunta RFB/Secex 1.460, de e Portaria Secex 21, de Drawback Integrado (i) MP 451, de , Portaria Conjunta RFB/Secex 1, 1º e Portaria Secex 09, de ; Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de O pleito com a inclusão da suspensão da Contribuição Social Rural na compra de insumos, quando destinados à industrialização de produtos a serem exportados, foi encaminhado ao Ministério da Fazenda. Status: em estudo. A medida foi implantada utilizando o Drawback Integrado. Publicação da MP 451, de Art. 17 e regulamentação pela Portaria Conjunta RFB/Secex Nº 1, de e Portaria Secex Nº 09, de ; Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Instrução Normativa RFB 845, de 12 de maio de 2008, disciplina as aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, no mercado interno, por beneficiário do drawback com suspensão do pagamento dos tributos incidentes. Publicação da Portaria Conjunta RFB/Secex 1.460, de e Portaria Secex 21, de Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Instrução Normativa RFB 845, de 12 de maio de 2008, disciplina as aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem, no mercado interno, por beneficiário do Drawback com suspensão do pagamento dos tributos incidentes; 106

108 Publicação da Portaria Conjunta RFB/Secex 1.460, de e Portaria Secex 21, de Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Incluir produtos agropecuários no Drawback Verde- A inclusão foi feita no texto Drawback Integrado da Lei Amarelo. de Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Incluir as cooperativas no Drawback Integrado. As cooperativas foram incluídas na Lei /09. Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Eliminar a restrição para empresas tributadas com Lei , de , conversão da MP 451/2008; Portaria base no lucro presumido ou arbitrado. Conjunta RFB/Secex 467 de Promover o retorno de MPEs produtoras de cachaça Medida ainda não implantada. ao Simples. 14. Permitir que as cooperativas de cachaça recebam o Segundo o MF não há qualquer impedimento; o único prérequisito é que sejam formais com registro no MAPA: O MAPA selo de IPI. já está implementando. 15. Reduzir em 50% IPI sobre o vinho (NCM 2.204). O pleito está sendo analisado pelo MF. 16. Desonerar a tributação sobre a importação dos Foi feita consulta ao MF, que se manifestou negativamente, em insumos e bens de capital da pesca: anzóis, linhas, iscas, razão do desincentivo desse produto na indústria nacional. Em cabos, boias etc. discussão no setor novas alternativas. 17. Renovar a redução do imposto de importação de Resolução Camex 22, de 08 de abril de itens constantes da Resolução Camex 40, de 6 de dezembro de Alterar a Lei /2004, para isenção de impostos Essa medida está sendo tratada no PL 5.706/2009, que altera a sobre rações e suplementos minerais. Lei , de , para reduzir a zero as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes na importação e na comercialização do mercado interno de sal mineral e rações balanceadas. 19. Reduzir as alíquotas do PIS e da Cofins sobre Encaminhada ao MF para analisar a real possibilidade de sua micronutrientes necessários à produção de insumos implementação. agrícolas, ou seja, estender o tratamento tributário dado aos fertilizantes constantes no Capítulo 31 para a TIPI no Capítulo 38, posição (mistura e industrialização de pelo menos um dos seguintes elementos: zinco, cobre, manganês, ferro, boro, molibdênio e cobalto) e também na posição do Capítulo 28 (fertilizantes foliares contendo zinco ou manganês). 107

109 20. Criar regras de enquadramento tributário diferenciadas para produtos agroindustriais de maior valor agregado destinadas à exportação. Zerada a tarifa de importação da Índia para óleo de soja (publicado em a notificação do Ministério da Fazenda da Índia). Projeto de medida a ser elaborado para ser encaminhado à secretaria executiva. 21. Fazer gestão com países do Mercosul para Resolução Camex 55, de 11 de setembro de consolidação da TEC do Fosfato Bicálcico e do Ácido Fosfórico. 22. Incluir frutas no Novo Revitaliza. A inclusão já foi feita, regulamentada, e o programa está operando. 23. Restabelecer crédito para giro e ACCs ainda deficitário em relação à demanda. O Banco Central fez leilões de moeda estrangeira; cada banco adquiriu moeda para financiar ACCs enquanto houve escassez de linhas externas. Ampliação do prazo para o embarque de mercadorias ou prestação de serviços para operações de câmbio já contratadas. Com isso, os exportadores ganharam prazo adicional de 360 dias para negociar com os bancos a antecipação de Contrato de Câmbio (ACCs). Esses recursos servem de capital de giro das empresas exportadoras e custeiam o processo de industrialização (Resolução CMN 3.675, janeiro de 2009) O Exim reforçou o crédito para giro (BNDES Exim). 24. Ampliar o acesso ao crédito rural pelo produtor. Disponibilização de recursos adicionais de vários fundos no total de R$ 5 bilhões. Aumento do crédito direcionado com compulsório (de 25% para 30% = R$ 5,5 bilhões) e do direcionamento dos recursos da poupança rural para agricultura (de 65% para 70% = R$ 2,5 bilhões). Extensão do PGPAF para operações de investimento do Pronaf contratadas a partir da safra Ampliação do prazo para renegociação das dívidas rurais após a Lei de 17 de setembro de Ampliação de R$ 2 milhões para até R$ 10 milhões do valor financiado pelo Pronaf Comercialização, quando destinado a cooperativas centrais; 108

110 Ampliação do limite dos empréstimos do governo federal de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões; Linha de R$ 500 milhões para produtores do Centro-Oeste; Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para leite e vinho, com garantia de preço mínimo; Criação da Linha Especial de Comercialização (LEC) na safra para lã de carneiro, pêssego, maçã, mel e leite (deverá ser estendida para aves e suínos). 25. Criar linhas de crédito para clientes no exterior. Projeto a ser elaborado para encaminhamento à secretaria executiva. 26. Isentar de IPI os néctares de frutas. A Receita está preparando minuta de decreto que vai reenquadrar as posições na TIPI dos chás, sucos e néctares (Receita negou pelo fato de o setor estar com competitividade crescente). 27. Ampliar o prazo de pagamento de impostos para Prorrogada por 18 meses a desoneração de PIS-Cofins alimentos. incidente sobre trigo, farinha de trigo e pão francês (MP 465 de ). 28. Incluir os produtos não transgênicos em Medida implantada. enquadramento especial no Proex. 29. Criar linhas de crédito com regras de enquadramento O BNDES criou duas linhas de capital de giro isolado com o diferenciadas. objetivo de promover a competitividade das empresas: (I) Programa Especial de Crédito (PEC), que atende a empresas dos setores da indústria, comércio e serviços e financia capital de giro isolado no valor de até R$ 200 milhões por beneficiário limitado a 20% da ROB (II) Programa de Crédito Especial Rural (Procer), que atende a empresas agroindustriais dos seguintes CNAES: C.10 (exceto C.10.8 e C.10.9); C.12; C.13.11; C13.12; C.15.1; C.16.1; C.17.1; C.19.3; C.20.5; C Financia capital de giro isolado no valor de até R$ 200 milhões por beneficiária, limitado a 20% da ROB. 30. Criar um fundo para absorver os contratos e mitigar Resolução CNM: os custos das linhas BNDES Finame. BNDES o risco dos produtores na aquisição de máquinas e Finame Leasing, BNDES Finame Agrícola, BNDES Automático e equipamentos agrícolas. BNDES Exim Pré-Embraque foram reduzidos para 4,5% ao ano para a aquisição de máquinas e equipamentos nacionais. As taxas de 4,5% e 7% representam custo final a ser pago pelo 109

111 tomador, o que significa um forte estímulo à realização de investimentos; As condições eram válidas até o final do segundo semestre de Elaborar diagnóstico da cadeia pesqueira. Aprovado edital com MAPA. 32. Diagnosticar a cadeia produtiva e de comercialização do algodão orgânico no Brasil. Elaborada Proposta pelo Instituto E. Proposta a ser encaminhada para o Fórum de Têxteis e Confecção. Estudos estão sendo elaborados. A proposta de traçar uma estratégia de ação para a ampliação da produção e de acesso a mercados será encaminhada para o Fórum de Têxteis e Confecção. 33. Apresentar as linhas de financiamento e atendimento às empresas. Realizadas oito apresentações/seminários das linhas de apoio da Finep dentro das metas estabelecidas pela PDP. Foram realizados dois encontros para apresentação das linhas de financiamento do BNDES para representantes setoriais. 34. Implantar projeto estratégico de inserção de frutas tropicais em balas e confeitos. Aprovado CTAgro em dezembro de Pesquisa será conduzida pelo ITAL. 35. Avaliar e divulgar as propriedades funcionais de Aguardando Edital do MCT para realizar diagnóstico. frutas tropicais. 36. Apoiar a promoção da polinização em culturas Aprovados 5 milhões de reais em Edital no CNPq. estratégicas para o Brasil. 37. Estabelecer um programa de qualificação da Aguardando decisão do Sebrae para assinatura do Convênio. produção de vinhos, sucos e derivados. 38. Elaborar e disseminar estudo de mercado externo Estudo está sendo executado pelo ARCO. para carnes de ovinos e caprinos. 39. Apoiar o fortalecimento da vitivinicultura brasileira. Aprovado Convênio MDIC/Ibravin em dezembro de 2008; o estudo está sendo finalizado. 40. Implementar o selo de controle fiscal para o vinho. Promessa de implementação pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. 41. Apoiar a criação de um programa de estímulo à produção brasileira de frutas orgânicas para exportação. Convênio entre Apex-Brasil e Ibraf para o período foi aprovado. 42. Ampliar o Plano de Desenvolvimento Setorial Foram identificados cinco polos: Frutas Processadas. - Região da Mata Mineira; 110

112 - São Lourenço do Sul e Pelotas (RS); - Domingos Martins (ES); 43. Articular ações de política pública para ampliar a oferta de defensivos genéricos. 44. Apoiar estudos para ampliar aporte científico, tecnológico e inovador da cadeia produtiva de caprinos e ovinos. 45. Elaborar diagnóstico do perfil tecnológico atual das MPEs do café e estudo de novos modelos tecnológicos nos processos produtivos. 46. Estudar modelos de novos negócios para ampliar oportunidades das MPEs do café. 47. Analisar a viabilidade e estudar a formação de APL com as MPEs e de atuação conjunta de empresas do setor. 48. Promover workshop sobre a apicultura para treinamento de fiscais do MAPA. - Benevides (PA); - Fortaleza (CE). Elaborado desenho de projeto piloto para organizar o sistema agroindustrial, implantado na Região da Mata Mineira em junho de Já existe uma nova legislação em vigor e, nos últimos 12 meses, foram registrados mais de 150 novos produtos. O CNPQ lançou o Edital 017/2010 com recursos do Fundo Setorial de Agronegócio (CT-Agronegócio). Ao todo serão investidos R$ 3 milhões oriundos do FNDCT/Fundo Setorial do Agronegócio. Foi aprovado recurso de R$ 1 milhão oriundo do Fundo Setorial de Agronegócio (CT-Agronegócio) para apoiar estudos visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva de café. Foi aprovado recurso de R$ 1 milhão oriundo do Fundo Setorial de Agronegócio (CT-Agronegócio) para apoiar estudos visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva de café. Medida não implantada. Realizada (10/2008) Reunião técnica de Nivelamento em Inspeção de Mel e Produtos Apícolas da Divisão de Inspeção de Leite e Derivados, a qual contou com a participação de 40 pessoas, das quais 37 (trinta e sete) Fiscais Federais Agropecuários (FFA) dos estados de AC, AL, AM, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PI, PR, RJ, RR, RN, RS, SC, SP e TO, dois FFA da Dilei/Dipoa e 2 Agentes de Inspeção dos estados de MT e SC. Realizada (03/2009) reunião para elaboração de apresentação padrão sobre as Orientações para Relacionamento de Apiários ( Unidade de Extração ), da qual participaram nove FFAs representantes das regiões Norte (AM), Nordeste (PI,CE e RN), Sudeste (MG e SP) e Sul 111

113 (PR e SC). 49. Desenvolver cursos de implantação em Boas Práticas de Fabricação e Sistema APPCC para produtores de mel. 50. Implementar programa de capacitação, treinamento e reciclagem em gestão industrial, administrativa e mercadológica para a industria de café. 51. Implementar programa de formação, capacitação, treinamento e aperfeiçoamento de profissionais especialistas e técnicos para a industria do café. 52. Fortalecer negociações comerciais bilaterais para frutas. 53. Fortalecer negociações fitossanitárias com ações proativas e sistemáticas. 54. Adequar legislação de registro de agrotóxicos às exigências da UE. Convênio aprovado pelo MDIC, para treinamento dos produtores de mel. Previsão de conclusão: 2011 Medida não implantada. Medida não implantada. Lista de ações em elaboração, pelo Ibraf, de lista de mercados e produtos prioritários para balizar as negociações internacionais das ações da Apex em colaboração com o SRI/MAPA. A Secretaria de Relações Internacionais está realizando uma série de negociações com diversos países. O MAPA aguarda a definição das prioridades pelo setor. Ação a ser desenvolvida prevê o fortalecimento da área de análise de risco das pragas de vegetais. O Edital MCT-CNPq-CT- AGRO N Análise de Risco de Pragas foi lançado no dia 21 de outubro de 2009, visando ao fortalecimento da Defesa Sanitária Vegetal no País, estabelecendo requisitos fitossanitários para a importação de produtos vegetais com potencial de introdução de pragas quarentenárias no Brasil. Nesse edital, foram alocados R$ 3 milhões ao CTAgro. Elaborada portaria com aprovação técnica dos órgãos responsáveis. Aguardando liberação da área jurídica do MAPA. A instrução normativa conjunta de culturas com suporte fitossanitário insuficiente será enviada primeiramente para a Anvisa e depois para o Ibama, para análise das Consultorias Jurídicas e assinatura. A norma da UE realmente tem potencial para causar grande impacto em nossas exportações. Mas essa é outra questão e, para a discussão de LMRs, é necessário o interesse de empresas em defender suas moléculas na União Européia. O Brasil poderia solicitar a aceitação, pela UE, dos 112

114 LMRs definidos pelo Codex Alimentarius. 55. Desenvolver e implantar o Programa de Apoio à Promoção de Frutas e de Derivados de Frutas no exterior. 56. Desenvolver e implantar o Programa de Apoio à Promoção de Leite no exterior. 57. Implantar Projeto Setorial Integrado Wines from Brazil (PSI WFD). 58. Possibilitar a utilização automática das operações de Drawback para café verde. 59. Implementar a operacionalização do Programa de Financiamento às Exportações, o Proex Financiamento à produção exportável, também conhecido como Proex Pré-embarque. 60. Definir estratégia para aprimoramento das condições de acesso do café solúvel ao mercado da UE. 61. Introduzir códigos de designação e classificação de mercadorias específicas para frutas e derivados. 62. Inserção das MPEs de cafés industrializados nos mercados externos pela via da participação nas iniciativas do PIS. 63. Implantar um Programa de Promoção Comercial de Sucos, Vinhos e Espumantes para o mercado interno. Convênio entre Apex-Brasil e Ibraf para o período foi aprovado. Medida não implantada. Aprovado Projeto Setorial Integrado IbravinxApex: - 40 vinícolas participantes; - participação em 14 feiras internacionais; contatos comerciais gerados; - volume de negócio estimado: U$3.5 milhões em 12 meses; - participação em cinco eventos importantes de degustação, com 743 participantes. Nova proposta deverá ser aprovada para vigorar até março de Das seis análises de riscos de pragas solicitadas pelo Setor ao Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA, cinco deverão estar prontas ainda no primeiro semestre de A partir da publicação das ARPs, a operação poderá ser realizada. Medida não implantada. Proposta encaminhada ao MRE e à Secretaria de Comércio Exterior aguardando retorno dos órgãos. Em fase de análise a solicitação formal encaminhada pelo Ibraf durante a reunião do GT Mercosul, realizada em maio de Aguardando a complementação das informações pelo Ibraf para dar continuidade ao processo. Medida não implantada. O programa está em fase de negociação e deverá ser implantado até junho de

115 Em andamento. 64. Adotar instrumentos de regulação de estoques de Foram realizados quatro leilões em 2008 pela Conab. vinho. 65. Promover o Programa de Modernização Vitícola. Medida não implantada. 66. Promover o Programa de Modernização Vinícola. Medida não implantada. 67. Tipificar e caracterizar os principais tipos de méis Aprovado no CT-Agro. brasileiros. 68. Combater o comércio ilegal de cigarros. Constituído Grupo de trabalho Brasil- Paraguai sob a coordenação dos ministros da Indústria e Comércio dos dois países. Realizada reunião para definição da estratégia de ação março de Apoiar programa de rastreabilidade do rebanho bovino para produção de leite. 70. Criar Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop). 71. Criar banco de dados para as cooperativas agrícolas do Brasil. 72. Desenvolver e implementar capacitação em cooperativas agropecuárias. 73. Levantar demanda por qualificação profissional de cooperativas. 74. Desenvolver e implementar programa de promoção comercial para cooperativas agroindustriais. Visita dos representantes do Ministério da Fazenda do Paraguai à Receita Federal do Brasil e à uma indústria de cigarros para verificação in loco do sistema de tributação. Medida suspensa em função da substituição de ministros no Paraguai. Existe pedido para retomada do GT. Foram aprovados R$ 2 milhões, tendo sido beneficiados oito laboratórios no Brasil. O programa já está em operação. No intuito de agilizar o processo, o Banco aprovou que o limite do programa, R$ 40 milhões, seja repassado por meio do BNDES Automático. Foram realizadas reuniões com o Denacoop no MAPA; Será criado um portal com informações existentes em várias instituições, com assinatura de Convênios de Cooperação. Medida não implantada. Medida não implantada. Já ocorreram 3 (três) missões comerciais com a participação das cooperativas. Realizada reunião no Denacoop/MAPA para identificar 114

116 oportunidades. 75. Diagnosticar gargalos do parque industrial do sistema cooperativista agropecuário. Medida não implantada Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Em função da crise internacional as metas foram comprometidas. Em 2009, apesar das exportações do agronegócio terem aumentado sua participação percentual na Balança Comercial, indo de 36% para 42,5%, a quantidade exportada reduziu de US$ 71,8 bilhões em 2008 para US$ 64,7 bilhões em A participação do agronegócio aumentou porque outros setores reduziram muito suas participações. Houve dificuldades relacionadas a fertilizantes, uma vez que a proposta foi superdimensionada. Para aumentar a produção de fertilizante no Brasil são necessários grandes investimentos, e a decisão transcende o âmbito da PDP. Com relação às cooperativas houve uma aproximação com departamento responsável no MAPA, que priorizou outras ações que estão sendo executadas como o banco de dados para cooperativas. Entende-se que as metas não foram bem definidas na PDP 1. Portanto, pretende-se estabelecer na próxima PDP metas por setor do agronegócio. Desafios para o Futuro: Palavra do Gestor A experiência com a PDP do Sistema Agroindustrial foi extremamente positiva, principalmente no que se refere às parcerias formadas entre o governo, principalmente MDIC e MAPA, na busca de soluções para o setor. A possibilidade de existência da PDP 2 é extremamente bem-vista pelos setores do agronegócio brasileiro para consolidar o importante trabalho iniciado. Criou-se uma alta expectativa com relação à capacidade de integração do governo/setor privado e à capacidade de trabalho e solução de gargalos apresentados pelo setor. 115

117 4.11 Brinquedos Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial O setor é constituído por cerca de 400 (quatrocentas) fábricas, com quatro mil brinquedos na linha de produção. Na atividade produtiva predominam pequenas e micro empresas (75% do total), e todos os seus produtos são certificados pelo Inmetro. A indústria nacional possui 55% do market share brasileiro. Fato que demonstra o alto volume e o valor dos bens importados, especialmente da China. O mercado brasileiro apresenta grande potencial de expansão, já que 20 milhões de crianças ainda não têm acesso a brinquedos. Apesar de o parque industrial e a capacidade instalada darem sinais de exaustão, o setor apresenta empreendedorismo latente, e representa o segmento industrial de brinquedos com maior potencial produtor da América Latina. A Política de Desenvolvimento Produtivo do Setor de Brinquedos foi lançada no dia 4 de agosto de 2009 e a política setorial foi lançada no segundo ano após o Programa PDP ter sido anunciado (2008). Por ser recente, até o momento não houve necessidade de adaptações das proposições do documento após o seu lançamento. Assim sendo, a estratégia adotada e os objetivos, descritos a seguir, mantiveram-se inalterados desde agosto de 2009: Estratégias adotadas Ampliação de acesso; Conquista de mercado. Objetivos Aumentar a competitividade; Consolidar o Brasil como principal fornecedor para a América Latina; Ampliar o consumo interno com acesso a brinquedos a todas as camadas sociais e regiões. 116

118 Desafios (em ordem de importância) 1. Promoção da inovação e modernização do parque industrial; 2. Estímulo ao Comércio Exterior e Defesa das práticas leais de comércio; 3. Valorização do ato de brincar e ampliação do acesso ao mercado e ao consumo. Metas Propostas Aumento de 12% no faturamento; Investimento de R$ 20 milhões na produção; Geração de novos empregos; Redução dos preços dos brinquedos em 5%; Aumento do market share (em peso kg) da indústria brasileira no mercado nacional de 55% para 65%; Aumento em 15% do acesso ao consumo por criança nas regiões N/NE/CO e, 7% no S e SE Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo O Comitê Executivo foi instalado em 30 de agosto de 2009 e, desde então, foram realizadas quatro reuniões. Comitê Executivo Coordenação: SDP/MDIC Composição: ABDI; BNDES; INMETRO; MCT; MDIC; MEC; MF; MINC ; MRE; e SEBRAE Instância de Articulação Público-Privada Não foi instalada formalmente uma instância de articulação, mas foram realizados 11 encontros com entidades representativas do setor Agenda de Ação A agenda de ação foi formatada com base em uma proposta elaborada pela Associação Brasileira de Brinquedos (Abrinq). Assim sendo, o documento foi resultado da análise e aprimoramento da proposta pelo Comitê Executivo. 117

119 À ocasião do lançamento da PDP, não foram propostas ações, somente diretrizes que balizaram a elaboração de medidas, as quais estão ligadas diretamente aos desafios propostos conforme segue. Desafios Promoção da inovação e modernização do parque industrial Diretrizes: promover a capacitação profissional; promover a cooperação entre empresas e ICTs,e ampliar investimentos em P,D&I; reduzir o custo de matéria-prima para incrementar a competitividade. Estímulo ao comércio exterior e defesa das práticas leais de comércio Diretrizes: promover as exportações e fortalecer a defesa comercial; induzir e incentivar a adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social. Valorização do ato de brincar e ampliação do acesso ao mercado e ao consumo Diretrizes: Desenvolver a inteligência competitiva do setor Promover o desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais Propor estímulos fiscais e creditícios Por meio da educação, ampliar a divulgação da importância do brincar e do brinquedo Posteriormente, como resultado da reflexão e da análise do Comitê Executivo para formatar a agenda de ação, foram elaboradas sete ações. São elas: capacitação profissional; cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; promoção das exportações e defesa comercial; incentivar a adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social; desenvolver a inteligência competitiva do setor e promover o desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; propor estímulos fiscais e creditícios; divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão. 118

120 Quanto à correlação entre as ações e as metas, o seguinte cenário pode ser visualizado: Metas Propostas Aumento de 12% no faturamento: capacitação profissional; cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; promoção das exportações e defesa comercial; incentivo à adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social; desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; proposta de estímulos fiscais e creditícios; e divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão. Investimento de R$ 20 milhões na produção: capacitação profissional; cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; proposta de estímulos fiscais e creditícios. Geração de novos empregos: promoção das exportações e defesa comercial; incentivo à adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social; desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; proposta de estímulos fiscais e creditícios. Redução dos preços dos brinquedos em 5%: capacitação profissional; cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; proposta de estímulos fiscais e creditícios. Aumento de 55% para 65% do market share (em peso kg) da indústria brasileira no mercado nacional: capacitação profissional; 119

121 cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; promoção das exportações e defesa comercial; incentivo à adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social; desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; promoção de estímulos fiscais e creditícios. Aumento em 15% do acesso ao consumo por crianças nas regiões N/NE/CO e 7% no S e SE: desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; proposta de estímulos fiscais e creditícios; divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão. Apresenta-se a seguir a correlação entre ações e desafios: Desafios Promoção da inovação e modernização do parque industrial Ações: Capacitação profissional; Cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I; Incentivar a adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social. Estímulo ao comércio exterior e defesa das práticas leais de comércio Ações: Promoção das exportações e defesa comercial; Proposta de estímulos fiscais e creditícios. Valorização do Ato de Brincar e Ampliação do acesso ao mercado e ao consumo Ações: Desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais; Proposta de estímulos fiscais e creditícios; Divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão. 120

122 Atualmente a agenda de ação da PDP de Brinquedos é composta por 31 medidas, a maioria das quais voltada para a capacitação profissional nas três esferas: operacional, técnica e gerencial. Duas novas medidas foram gestadas após a elaboração inicial da agenda: (i) formatação de linha de crédito voltada à produção dos designers; e (ii) redução do imposto de importação de certas partes, peças e componentes destinados a fabricação de brinquedos. Tabela 11: Composição da Agenda de Ação Total 7 Ações Lançam. da PDP 0 Novas 7 Medidas Total 31 Lançam. da PDP 0 Novas 31 As medidas abrangem diversos temas como: apoio técnico, apoio a P,D&I, regulamentação, tributação, compras governamentais e crédito/financiamento. Das medidas propostas, 93% estão relacionadas à macrometa de ampliar o investimento fixo e 7% à macrometa de elevar o dispêndio privado em P&D. Gráfico 11: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP. 121

123 As medidas são majoritariamente de tipo apoio técnico, como pode ser observado no gráfico a seguir. Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP ABDI. Balanço das Ações Capacitação Profissional Foram realizadas diversas reuniões entre setor privado, Senai, Sebrae e MDIC para elaborar um Programa de Capacitação Profissional do Setor, o qual, no momento, encontra-se em fase final de negociação de parceria para a disponibilização dos treinamentos. Cooperação entre empresas e ICTs e ampliação dos investimentos em P,D&I Iniciada discussão entre Abrinq e MCT para planejamento das atividades que incentivarão o investimento em P&D. Adicionalmente encontra-se em fase de elaboração de projeto, a promoção de workshop das empresas com os ICTs e com laboratório SGS para discussão e absorção dos mecanismos de investimento em P&D disponíveis e sua aplicação em cada empreendimento. Promoção das exportações e defesa comercial Encontra-se em fase de apreciação pela Camex pleito da Abrinq de inclusão na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum de partes e peças de brinquedos. A medida visa reduzir o custo do insumo do produto final para torná-lo mais competitivo tanto no mercado nacional quanto no internacional. Incentivar a adoção de sistemas de gestão da qualidade e de responsabilidade social O Sebrae está negociando parceria com a Abrinq visando à disponibilização de curso de implementação dos conceitos ISO 9001 para supervisores de linha de produção e curso de sistematização e eficiência na produção. 122

124 Desenvolvimento da inteligência competitiva do setor e promoção do desenvolvimento regional sob a forma de aglomerados industriais Em negociação entre MDIC/Sebrae/Abrinq parceria para elaboração de um estudo a respeito dos aglomerados industriais do setor. O documento em questão irá subsidiar o planejamento estratégico das atividades de fomento às regiões produtivas (APL). Propor estímulos fiscais e creditícios A atividade relacionada a design de brinquedos foi inserida na lista de itens financiáveis pelo Cartão BNDES. Tal medida constitui uma ação do pacote de incentivo à produção de design de brinquedos no Brasil, considerado atualmente o elo frágil da cadeia produtiva. Divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão A medida de grande impacto sobre o setor relacionada a essa ação é a inclusão na legislação educacional da importância das brincadeiras. Foi publicada pelo Ministério da Educação a Resolução 5, de 17 de dezembro de 2009, que ressalta a importância das brincadeiras nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Balanço das Metas Tendo sido lançado no dia 4 de agosto de 2009, o tempo decorrido até o momento atual não foi suficiente para possibilitar a averiguação do alcance das metas do Programa. Ressalta-se que a PDP do Setor de Brinquedos encontra-se em fase de implementação de diversas medidas. Desafios para o Futuro O setor de brinquedos representa uma atividade produtiva que tem atravessado ciclos de expansão e retração ao longo dos anos. Já foi responsável pela geração de um significativo montante de postos de trabalho, mas, em decorrência do acirramento da concorrência internacional, viu-se diante da necessidade de reposicionamento estratégico no mercado. Durante esse processo, com o auxílio do instrumento de defesa comercial de salvaguarda, logrou chegar a uma nova fase de crescimento. Atualmente, o setor gera cerca de 22 mil empregos com grandes expectativas em relação ao futuro. A PDP vem, portanto, em ocasião propícia, aproveitando um momento de crescente expectativa dos empresários. O principal desafio para o futuro é promover fortemente a capacitação profissional do setor, considerado seu grande gargalo. 123

125 4.12 Eletrônica de Consumo Linha Branca (Lb), Linha Marrom (Lm) E Portáteis (P) Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial Os desafios, objetivos e as metas foram estabelecidos por segmento (LB, LM e P), considerando suas características e peculiaridades, e com base nas reuniões realizadas com o setor privado, representado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). As estratégias para os três setores são semelhantes e envolvem: ampliação de acesso, conquista de mercados e diferenciação. O documento de lançamento do Fórum de Competitividade, realizado no dia , vem sofrendo algumas alterações com base nas discussões realizadas nas reuniões com os participantes. Na ocasião, foram definidas as diretrizes para a construção de medidas, base para a construção das ações nas reuniões do Fórum. A agenda de ação está em fase de elaboração. Desafios Para LB, foram definidos os seguintes desafios: (i) ampliar a base de penetração dos produtos essenciais (refrigeradores, fogões e máquinas de lavar roupa) no mercado interno; (ii) transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e Países Andinos; (iii) desenvolver programas de reciclagem e de eficiência energética; e 4) ampliar a base de fornecedores locais, focando a engenharia nacional. Para LM, os desafios estabelecidos foram os seguintes: (i) atrair e capacitar fornecedores de componentes-chave, como semicondutores e displays; (ii) democratizar o acesso da população a produtos nacionais de alta tecnologia; (iii) transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e países andinos; (iv) desenvolver programas de reciclagem e de eficiência energética; e (v) ampliar o desenvolvimento local de engenharia de produto e de processo. Por fim, para P, foram apresentados os seguintes desafios: (i) melhorar a competitividade da produção, considerando a concorrência chinesa; (ii) transformar o Brasil em plataforma de exportação, focando o Mercosul e países andinos; (iii) ampliar a reciclagem e buscar a eficiência energética dos produtos; e (iv) desenvolver localmente engenharia de produto e de processo em nível mundial. 124

126 Metas As metas dos três segmentos LB, LM e P foram definidas basicamente com foco em aumento da produção, do faturamento e das exportações em 2010, em percentuais variados para cada um deles. Apenas P estabeleceu metas para 2010 e No caso de LM, houve meta relacionada à diminuição de tempo no lançamento nacional de novos produtos Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Coordenado pelo MDIC, o Comitê Executivo é constituído por representantes de BNDES, Suframa, Inmetro, ABDI, Apex, MME, MMA, MF. MCT, MC e MRE foram consultados para indicar seus representantes titular e suplente, mas até o momento não o fizeram. Foi realizada uma reunião do Comitê Executivo. Instância de Articulação Público-Privada O Fórum de Competitividade, instalado pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em , é composto por representantes do governo, do setor privado e dos trabalhadores, a seguir elencados: (i) governo: MDIC, MCT, MF, BNDES, Suframa, Inmetro, MME, MMA, ABDI, Apex, governo do estado do Amazonas; (ii) setor privado: Eletros, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira de Circuitos Impressos (Abraci), Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM); (iii) trabalhadores: CUT, Força Sindical, Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM). Foram realizadas quatro reuniões do Fórum de Competitividade, incluindo a de sua instalação ( , , e ). 125

127 Agenda de Ação Por ocasião do lançamento do Fórum, as diretrizes para a construção de medidas apresentaram a seguinte distribuição: Tabela 12: Composição da Agenda de Ação Gráfico 12: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação A agenda de ação está em fase de construção. Considerando a última reunião da Secretaria Executiva da PDP com os gestores e coordenadores dos programas, é provável que haja novas discussões de revisão de metas, desafios e ações em debate a fim de focar as medidas que poderão ter mais impacto na realização de metas e objetivos da PDP, de modo geral, e nos resultados de cada um dos segmentos do setor Linha Branca (LB), Linha Marrom (LM) e Portáteis (P). Boa parte das ações até então sugeridas, no entanto, é de natureza tributária e de financiamento. Foram apresentadas algumas propostas com vistas a incrementar a qualificação e a capacitação de mão de obra no setor e a estimular a inovação no setor, ainda que de forma muito ampla. Em decorrência da crise internacional, houve uma ação de desoneração tributária do IPI, implementada em abril de 2009 e que durou até o final de janeiro de As alíquotas dos produtos essenciais refrigeradores, fogões e máquinas de lavar roupa e tanquinho foram 126

128 reduzidas, o que permitiu aumento da produção e das vendas, bem como a manutenção dos empregos no setor. Discute-se no Fórum uma proposta de tornar permanente essa redução, considerando a essencialidade dos produtos para o consumidor Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro Desafios para o Futuro Conforme apresentado na reunião geral da PDP, em 14 de abril de 2010, em Brasília, os maiores desafios para o futuro são: aprofundar a articulação com outras agendas de ação de programas, como construção civil (em função do projeto Minha Casa, Minha Vida), e de produção sustentável (com foco em eficiência energética, reciclagem e responsabilidade ambiental), além de integração produtiva (foi iniciada recentemente um debate com o setor privado brasileiro sobre o tema, visando à maior interação com a Argentina na Linha Branca); focar ações de capacitação e inovação, com vistas a estimular novos projetos nacionais, desenvolvimento tecnológico e geração de profissionais mais qualificados; reduzir tributos (IPI) para os produtos essenciais da Linha Branca, em particular com foco na eficiência energética, assim como foi feito nos últimos três meses de redução do IPI, de novembro de 2009 a janeiro de 2010; avaliar pertinência de debater questões relativas à legislação do Polo Industrial de Manaus, conforme o setor, com a finalidade de evitar o simples deslocamento de empresas para a região, o que pode gerar prejuízos a outras regiões do país; estabelecer metas realistas e compatíveis com os objetivos do setor, para o ano de 2014, focando a competitividade não só no mercado interno mas no comércio exterior. 127

129 4.13 Trigo Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial Entre 2001 e 2007, o Brasil produziu apenas 40% da demanda interna de trigo. O valor médio anual das importações para garantir o abastecimento correspondeu a US$ 929 milhões. Além da dependência do trigo em grão, cresce a importação de farinhas argentinas subsidiadas. Em 2008, apesar de produzir 55% da demanda interna, o valor das importações brasileiras subiu para US$ 1,87 bilhão. Há um grande potencial de produção e transformação de trigo no Brasil. No entanto, os altos custos de produção; a baixa liquidez do setor produtivo; a dificuldade de acesso ao crédito e ao seguro agrícola; a falta de diferenciação de insumos e produtos, capaz de satisfazer as necessidades dos diferentes elos da cadeia do trigo; e, de forma especial, a precariedade da logística e infraestrutura de armazenagem e transporte estão entre os principais problemas da triticultura nacional. Ademais, ressalta-se o distanciamento entre os elos da cadeia produtiva e a necessidade de reavaliar a classificação da qualidade tecnológica do trigo nacional. O consumo de trigo e seus derivados não têm acompanhado o crescimento da população. Outrossim, a alta taxa de impostos sobre o pão onera seu preço final, reduzindo o consumo de modo geral e, em especial, para as classes C e D. O parque industrial da panificação apresenta, hoje, equipamentos obsoletos, de elevado nível de consumo elétrico e baixa produtividade e, entre as padarias formais, 95% são micro e pequenas, inscritas no Simples, e não conseguem linhas especiais de crédito para renovação de máquinas. Em 2005, o IBGE passou a classificar as padarias como Comércio Varejista (CNAE) e não mais como indústria de transformação. Estratégias: conquista de mercados; diferenciação; e ampliação do acesso Desafios: Garantir que os produtos derivados do trigo estejam disponíveis a preços competitivos em todo o território nacional. Desenvolver novos cultivares e produtos derivados de trigo, assim como novas tecnologias de produção e transformação. 128

130 Modernizar e incrementar a logística e infraestrutura de armazenamento e escoamento de safra de trigo. Melhorar as condições tributárias, de investimento e custeio da cadeia do trigo. Fortalecer os instrumentos de articulação na cadeia do trigo. Metas: Elevar o consumo anual de derivados de trigo em 5% acima do crescimento da população brasileira. Aumentar a produção doméstica de trigo, garantindo, pelo menos, 70% do consumo nacional. Aproveitamento de, pelo menos, 60% da produção nacional de trigo na indústria de panificação. Reduzir o custo final do produto nacional em, pelo menos, 10% da média dos últimos cinco anos Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Gestora: Rita de Cássia Milagres Teixeira Vieira (MDIC) Participam do Comitê Executivo, representantes das seguintes instituições: Câmara de Comércio Exterior (Camex/MDIC); Ministério da Fazenda (MF); Ministério dos Transportes (MT); MCT; MAPA; MRE; BNDES; ABDI; Conab; Sebrae; Finep; Embrapa; e Casa Civil. Realizada oficina preparatória antes da instalação da PDP do Trigo: 4 e 5 de agosto de 2009; Reunião para instalação da PDP do Trigo: ; Primeira reunião do Comitê Executivo: Articulação Público-Privada Oficina para discutir a cadeia do trigo no Brasil: Estiveram presentes aproximadamente 90 participantes representando a cadeia do trigo no Brasil; a oficina foi realizada nos dias 4 e 5 de agosto de 2009; Grupos de Trabalho (GTs): Foram criados GTs para discutir ações/medidas encaminhadas pela cadeia produtiva do trigo. Foram realizadas 4(quatro) reuniões com GTs. Câmara Setorial: Uma parceria importante foi feita com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no sentido de trabalhar as ações/medidas da PDP na Câmara Setorial de Culturas de Inverno. Sendo assim evitou-se retrabalho além de se fortalecer os trabalhos da Câmara Setorial. 129

131 Agenda de Ação Descrição da Agenda de Ação Foram recebidas inicialmente 52 medidas das mais diversas instituições ligadas ao setor: Abitrigo, Abima, Abip, Anib, CNA, Moinhos, associações de produtores, Embrapa Trigo, cooperativas, produtores de sementes, representantes da Câmara Setorial etc. No início da PDP foram definidas, oito medidas relacionadas a Políticas Públicas, 19 visando à eliminação de gargalos na produção, indústria e comércio; 19 medidas referentes ao apoio à P,D&I e seis relacionadas à infraestrutura e logística. Com a agenda de ação, construída após a primeira Reunião do Comitê Executivo, foram definidas, para o sistema ABDI, 40 medidas. Das medidas propostas, 18% estão relacionadas à macrometa de investimentos, 77% à de PD&I e 5% à macrometa relativa à Exportação. Gráfico 13: Distribuição das Medidas Propostas na Agenda de Ação Por impacto sobre a macrometa Por tipo 5% 18% 10% 8% 3% 77% Investimento PDI Exportação 79% Apoio Técnico Financiamento Tributária Regulatória Fonte: Sistema de Acompanhamento Gerencial da PDP ABDI. 130

132 Balanço das Ações Entre os avanços obtidos com a PDP do Trigo podem ser destacados os seguintes: obtenção de recursos para a pesquisa (R$ 3,5 milhões) no Fundo Setorial do Agronegócio; aprovação de convênio MDIC/Abima para o Diagnóstico do Consumo de Trigo e seus Derivados (R$ 200 mil); estabelecimento de especificações de farinha para os diferentes usos (realizado pela empresa Vilma Alimentos); foi acordado um novo padrão de classificação, em reunião realizada nos dias 7 e 8 de abril de 2010 para a consolidação das contribuições de consulta pública; está sendo construído um centro de capacitação para a agroindústria do trigo com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2011; implementação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras de Trigo, em vigência desde janeiro de Quadro 11: Conjunto de Ações e Medidas Ações Medidas Perfil Modernizar a logística e a infraestrutura de armazenamento Modernizar e incrementar a logística e a infraestrutura de transporte Fomentar a Produção Integrada de Trigo PIT 1. Implementar a Política Nacional de Armazenagem visando ao direcionamento de recursos para a modernização, ampliação e construção de unidades armazenadoras em locais estratégicos nas regiões produtoras, visando à segregação. 2. Implementar o Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. 3. Fortalecer o transporte multimodal solucionando questões tributárias e documentais (entre estados). 4. Viabilizar o uso da navegação de cabotagem para o futuro transporte do trigo no país. 5. Desenvolver estudos para viabilizar um sistema de transporte de grãos de trigo eficiente, para levar a produção aos centros consumidores. 6. Fomentar sistemas de produção que priorizem a rastreabilidade e a certificação de trigo. Apoio técnico Apoio técnico Apoio técnico Apoio técnico Apoio técnico Apoio técnico 131

133 Desenvolvimento de sistemas de Incentivo à pesquisa e atualização tecnológica 7. Estabelecer especificações de farinha para os diferentes usos. Apoio técnico 8. Enquadrar as cultivares indicadas para cultivo nas especificações de farinha para os diferentes usos e aptidão tecnológica em regiões Apoio técnico tradicionais de produção de trigo. 9. Aprimorar o zoneamento de cultivares de trigo segundo adaptação Apoio técnico edafoclimática e aptidão tecnológica, em regiões tradicionais de produção de trigo. Readequação da aptidão tecnológica para classificação de cultivares. 10. Aprimorar o zoneamento na região VCU IV. Apoio técnico 11. Articular um consórcio de pesquisa na fronteira do conhecimento Apoio técnico para o complexo giberela/micotoxinas em trigo. 12. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos Apoio técnico inovadores em estresses bióticos e abióticos. 13. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos Apoio técnico inovadores em desafios emergentes para a triticultura nacional. 14. Estabelecer linhas de pesquisa para chamada de projetos Apoio técnico inovadores visando ao desenvolvimento de produtos derivados e cultivares de trigo a fim de disponibilizar alimentos funcionais para o público consumidor (biofortificação). 15. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos Apoio técnico inovadores visando à melhoria da eficiência e qualidade da moagem de trigo no Brasil. 16. Implementação de medidas facilitadoras entre centros de Apoio técnico produção de germoplasma para intercâmbio técnico-científico. 17. Articular uma rede ensaios cooperativos para avaliação de Apoio técnico fungicidas em trigo. 18. Formular uma proposta para o estabelecimento de núcleos integrados de pesquisa e transferência de tecnologia visando ao Apoio técnico desenvolvimento da triticultura tropical. 19. Desenvolver ou validar métodos para classificação de trigo no recebimento do grão visando à segregação por qualidade e defeito. Apoio técnico 132

134 20. Avaliar a possibilidade de criação e formular proposta para Aumento do consumo de trigo e derivados Fortalecer a comercialização de trigo do Brasil (produção e exportação) Revisão da política tributária Revisão da legislação referente estabelecimento de um fundo de pesquisa para o trigo, gerido e Financiamento financiado por representantes do setor público e privado associado ao estabelecimento de linhas de financiamento específicas para PD&I na cadeia produtiva de trigo. 21. Ampliar mecanismos de incentivo para importação de máquinas, equipamentos e material de consumo destinado à pesquisa conduzida Tributária pela iniciativa pública e privada. 22. Garantir a segurança alimentar (nutrientes adição de ferro e ácido de fólico para reduzir anemia e doenças do tubo neural). Apoio técnico 23. Capacitar empresas visando à exportação de produtos, com ênfase Apoio técnico em micro e pequenas empresas. 24. Desenvolver ações de marketing para enaltecer os pontos Apoio técnico positivos com relação ao trigo e seus produtos. 25. Promover a capacitação e treinamento da indústria. Apoio técnico 26. Realizar diagnóstico do consumo de produtos a base de trigo no Apoio técnico país. 27. Formar grupo via câmara setorial para elaborar proposta de nova classificação de qualidade tecnológica de trigo, priorizando os critérios Apoio técnico demandados pelo mercado e favorecendo a regionalização. 28. Desenvolver mercados externos para a comercialização do trigo Apoio técnico nacional. 29. Estruturar o estabelecimento de uma parceria do setor de trigo com a BMF visando à certificação de trigo e à instalação de câmara Apoio técnico arbitral e registros de contratos. 30. Estabelecer tarifação compensatória na entrada da farinha argentina, visando compensar as diferenças de tributação entre Tributária farinha e trigo, bem como os subsídios concedidos às indústrias locais. 31. Aproximar os tributos incidentes no trigo nacional e importado; equalizar e/ou isentar de ICMS as transações do trigo e farinha entre Tributária os estados da federação; realizar manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC); eliminar AFRMM na navegação de cabotagem e PIS- Cofins nos derivados do trigo. 32. Facilitar o registro de insumos agrícolas, especialmente agroquímicos, agilizando o processo e facilitando importações, de tal Regulatória 133

135 a insumos agropecuários Fortalecer instrumentos de política agrícola para sustentação de preço mínimo Criação de linhas de crédito Promover a renovação e o fortalecimento do AT&ER Manter a competitividade do trigo e seus derivados. Aumentar a articulação da cadeia produtiva modo que os preços pagos pelos agricultores sejam mais próximos entre os parceiros do Mercosul. 33. Fortalecer com maior volume de recursos os instrumentos de política agrícola e rever os critérios de estabelecimento do preço mínimo de garantia do trigo nacional; lançar Contratos de Opção de Venda já por ocasião da semeadura, ampliando o período para exercício. 34. Rever os critérios de estabelecimento de preço mínimo que contemple os custos operacionais das diferentes regiões produtoras. 35. Estabelecer normas plurianuais para o crédito rural, levando em conta, para o Seguro Rural, a produtividade do estabelecimento para definição de cobertura. 36. Apoiar a produção nacional de trigo por meio da redução da taxa de juro de financiamento. Estimular a produção integrada de trigo; estabelecer política de apoio à indústria processadora de trigo nacional, concedendo as mesmas condições de prazo e juros obtidas pelos importadores. 37. Carregamento de estoques de produtos agropecuários e financiamento da estocagem com recursos privados. 38. Formulação e estabelecimento de um plano nacional para a capacitação continuada dos técnicos de assistência técnica e extensão rural em produção sustentável de trigo, priorizando a agricultura familiar. 39. Combater obrigatoriedade de inserção de outros ingredientes ao trigo em farinha de trigo, mantendo a sua identidade. 40. Organizar eventos e grupos de trabalho que contemplem interesses de todos os agentes da cadeia produtiva, tais como reuniões de pesquisa de trigo, congresso da Abitrigo e outros. Apoio técnico Apoio técnico Financiamento Financiamento Financiamento Apoio técnico Apoio técnico Apoio técnico A tabela a seguir mostra os avanços e resultados da PDP do Trigo. 134

136 Medidas 1. Implementar da Política Nacional de Armazenagem a fim de direcionar recursos para a modernização, ampliação e construção de unidades armazenadoras em locais estratégicos nas regiões produtoras, visando a segregação. 2. Implementar o Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras. 3. Fortalecer o transporte multimodal solucionando questões tributárias e documentais (entre estados). 4. Viabilizar o uso da navegação de cabotagem para o futuro transporte do trigo no país. 5. Desenvolver estudos para viabilizar um sistema de transporte de grãos de trigo eficiente, para levar a produção aos centros consumidores. 6. Fomentar sistemas de produção que priorizem a rastreabilidade e a certificação de trigo. 7. Estabelecer as especificações de farinha para os diferentes usos. 8. Enquadrar os cultivares indicados para cultivo nas especificações de farinha para os diferentes usos e aptidão tecnológica em regiões tradicionais de produção de trigo. Status/Comentários Atualmente o Moderinfra permite o financiamento de armazéns com juros subsidiados. O Programa para a Sustentação do Investimento (PSI) também cobre o financiamento de novos armazéns. Em fase de estudo e articulação MAPA-Conab uma Política Nacional de Armazenagem que reúna novos instrumentos para desenvolvimento do setor. Sistema em vigência desde jan/2010 com normas de execução definidas. Os equipamentos públicos em implantação e estudos (rodovias e ferrovias) atendem, em parte, à multimodalidade de transporte. Os aspectos tributários recomendam gestões no Confaz. A viabilização da cabotagem para transporte de trigo depende de soluções para a tributação incidente sobre o combustível das embarcações e a disponibilização de volumes ensejadores de economia na operação. As obras de duplicação, construção, adequação e pavimentação de rodovias e o prolongamento da Ferrovia Norte-Sul (em estudo) acenam com a solução do problema a médio prazo. Por telefone, Dr. Gilberto Cunha, chefe geral da Embrapa Trigo, relatou que esse projeto está em andamento. Estudo realizado e encaminhado ao MDIC no prazo estabelecido. Os recursos utilizados para o levantamento foram custeados pelas instituições participantes. 9. Aprimorar o zoneamento de cultivares de trigo Incluída em Termo de Referência de Edital do CNPq a ser publicado. segundo adaptação edafoclimática e aptidão tecnológica em regiões tradicionais de produção de trigo. Readequar a aptidão tecnológica para classificação de cultivares. 10. Aprimorar o zoneamento na região VCU IV. 135

137 11. Articular um consórcio de pesquisa na fronteira do conhecimento para o complexo giberela/micotoxinas em trigo. 12. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos inovadores em estresses bióticos e abióticos. 13. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos inovadores em desafios emergentes para a triticultura nacional. 14. Estabelecer linhas de pesquisa para chamada de projetos inovadores visando ao desenvolvimento de produtos derivados e cultivares de trigo a fim de disponibilizar alimentos funcionais para o público consumidor (biofortificação). 15. Estabelecer linhas de pesquisa para chamadas de projetos inovadores visando à melhoria da eficiência e qualidade da moagem de trigo no Brasil. 16. Implementação de medidas facilitadoras entre centros de produção de germoplasma para intercâmbio técnico-científico. 17. Articular uma rede ensaios cooperativos para avaliação de fungicidas em trigo. 18. Formular uma proposta para o estabelecimento de núcleos integrados de pesquisa e transferência de tecnologia visando ao desenvolvimento da triticultura tropical. 19. Desenvolver ou validar métodos para classificação de trigo no recebimento do grão, visando à segregação por qualidade e defeito. 20. Avaliar a possibilidade de criação e formular proposta para estabelecimento de um fundo de pesquisa para o trigo, gerido e financiado por representantes dos setores público e privado, associado ao estabelecimento de linhas de financiamento específicas para PD&I na cadeia produtiva de trigo. Incluída em Termo de Referência de Edital do CNPq a ser publicado. Incluída em Termo de Referência de Edital do CNPq a ser publicado. Submetido ao Fundo Setorial do Agronegócio Incluída em Termo de Referência de Edital do CNPq a ser publicado. Encerrada Consulta Pública em 18 de abril de 2010 referente à Proposta de Instrução Normativa com regras para importação e exportação de sementes e mudas (Portaria 97 do MAPA). Incluída em Termo de Referência de Edital do CNPq a ser publicado. 136

138 21. Ampliar mecanismos de incentivo para importação de máquinas, equipamentos e material de consumo destinado à pesquisa conduzida pela iniciativa pública e privada. 22. Garantir a segurança alimentar (nutrientes Resolução RDC 344 da Anvisa adição de ferro e ácido de fólico para reduzir anemia e doenças do tubo neural). 23. Capacitar empresas para a exportação de O MDIC desenvolveu recentemente material para difusão da cultura produtos, com ênfase em micro e pequenas empresas. exportadora, direcionado aos novos exportadores de alimentos, disponibilizado no site: A Coordenação do MDIC responsável pelo REDEAGENTES também trabalha ministrando treinamentos em todo o país, sob demanda e com a mobilização dos setores interessados. 24. Desenvolver ações de marketing para enaltecer os pontos positivos com relação ao trigo e seus produtos. 25. Promover a capacitação e treinamento da indústria. Em contato telefônico com o Prof. Tadeu Ferreira da FAG, em Cascavel PR ( ), o mesmo relatou que a FAG está construindo um moinho escola (início funcionamento no 1º semestre de 2011 e o Centro de Capacitação da Cadeia do Trigo (ficará pronto em final de 2010). Este Centro de Capacitação abrangerá todos os segmentos da cadeia produtiva do trigo. 26. Realizar diagnóstico do consumo de produtos a base de trigo no país. Proposta da ABIMA para realização de Convênio com o MDIC em análise. 27. Formar grupo via câmara setorial para elaborar As entidades que enviaram sugestões à consulta pública da Portaria proposta de nova classificação de qualidade 91 MAPA foram convidadas para Reunião Nacional visando à tecnológica de trigo, priorizando os critérios consolidação do projeto do Padrão Oficial de demandados pelo mercado e favorecendo a Classificação do Trigo, nos dias 7 e 8 de abril de 2010, no Auditório regionalização. da Conab-Sede, Brasília (DF). Foi acordada um padrão de classificação entre os participantes. O governo federal deve publicar, em três meses, uma Instrução Normativa (IN) com mudanças na classificação do trigo, em substituição à IN 7, de 15 de agosto de A nova IN deverá entrar em vigor somente a partir de 1º de julho de 2011, quando inicia o período de comercialização da próxima safra. 28. Desenvolver mercados externos para a O Departamento de Promoção Internacional do 137

139 comercialização do trigo nacional. 29. Estruturar o estabelecimento de uma parceria do setor de trigo com a BMF visando à certificação do trigo e a instalação de câmara arbitral e registros de contratos. 30. Estabelecer tarifação compensatória na entrada da farinha argentina, visando compensar as diferenças de tributação entre farinha e trigo, bem como os subsídios concedidos às indústrias locais. 31. Aproximar os tributos incidentes no trigo nacional e importado; equalizar e/ou isentar de ICMS as transações do trigo e farinha entre os estados da federação; manutenção da Tarifa Externa Comum (TEC); eliminação do AFRMM na navegação de cabotagem e do Pis-Cofins nos derivados do trigo. 32. Facilitar o registro de insumos agrícolas, especialmente agroquímicos, agilizando o processo e facilitando importações, de tal modo que os preços pagos pelos agricultores sejam mais próximos entre os parceiros do Mercosul. 33. Fortalecer com maior volume de recursos os instrumentos de política agrícola e rever os critérios de estabelecimento do preço mínimo de garantia do trigo nacional; lançar Contratos de Opção de Venda já por ocasião da semeadura e ampliando o período para Agronegócio/SRI/MAPA aguarda manifestação de interesse, por parte do setor, em participação de missões internacionais. Por telefone, Antonio C. Garcia, da JF Corretora de Cereais ( ), relatou que entrou em contato com a BMF, logo após a Oficina de Trigo, com o objetivo de implementar a certificação de trigo, a instalação de câmara arbitral e registros de contratos, a exemplo do algodão. A BMF não demonstrou interesse em trabalhar com trigo a curto prazo. Alegou dificuldades em implementar contratos de trigo pela falta de padronização dos grãos. Entretanto a BMF, segundo Antônio Garcia, não descartou a possibilidade de trabalhar com trigo no futuro. Na última Reunião da Câmara Setorial de Culturas de Invernos (8 de junho de 2010), ficou decidido que a Abitrigo elaboraria apresentação em Powerpoint, com dados conclusivos, para embasar novo pedido a ser apresentado à Camex visando à elevação da alíquota de importação da farinha argentina. Por meio da MP 465 foi prorrogada até 31 de dezembro de 2011 a isenção do PIS-Pasep e da Cofins incidentes sobre o pão comum, a farinha de trigo, o trigo e as pré-misturas próprias para fabricação de pão comum. A TEC tem sido mantida em 10% apesar da pressão exercida pelos parceiros do Mercosul produtores de trigo. A cadeia produtiva do trigo concorda com a elevação da TEC se houver antes elevação da alíquota de importação da farinha argentina. Acredita-se que as demais medidas sejam tratadas em uma Reforma Tributária necessária. Houve elevação do volume de recursos para financiamento de custeio e comercialização de 66,2 bilhões, na última safra, para R$ 75,6 bilhões, na safra

140 exercício. 34. Rever os critérios de estabelecimento de preço mínimo que contemple os custos operacionais das diferentes regiões produtoras. 35. Estabelecer normas plurianuais para o crédito rural, levando em conta, para o Seguro Rural, a produtividade do estabelecimento para definição de cobertura. 36. Apoiar a produção nacional de trigo por meio da redução da taxa de juro de financiamento. Estimular a Produção Integrada de Trigo; estabelecer política de apoio à indústria processadora de trigo nacional, concedendo as mesmas condições de prazo e juros obtidas pelos importadores. 37. Carregamento de estoques de produtos agropecuários e financiamento da estocagem com recursos privados. 38. Formulação e estabelecimento de um plano nacional para a capacitação continuada dos técnicos de assistência técnica e extensão rural em produção sustentável de trigo, priorizando a agricultura familiar. 39. Combater obrigatoriedade de inserção de outros ingredientes ao trigo em farinha de trigo, mantendo a sua identidade. O objetivo do preço mínimo é garantir a recuperação dos gastos variáveis. De outra forma, ocasionaria grandes distorções nos mercados agrícolas e resultaria em elevação significativa nos gastos públicos. É estabelecido por critérios políticos, levando-se em consideração custo de produção, condições de mercado, paridade de importação etc. (O Decreto-Lei 79/66 institui normas para fixação de preços mínimos.) A LRF não permite que sejam estabelecidas normas plurianuais para o crédito rural. Para a safra houve elevação do limite para operações de EGF, para as agroindústrias, de R$ 20 milhões para R$ 30 milhões. Ao mesmo tempo, foram elevados os limites de adiantamento de custeio e de EGF por produtor de 600 mil para 650 mil no caso de lavouras irrigadas e de 450 mil para 500 mil no caso de lavouras não irrigadas. Não existe ainda o P.I.P. definido para o trigo. Atualmente os juros reais do crédito rural no Brasil é próximo de zero para a Agricultura Empresarial (6,75% a.a.) e negativo para a Agricultura Familiar (2% a.a. + Rebate). A indústria tem acesso ao EGF com juros de 6,75% a.a. A partir de 2005 foram criados títulos privados para carreamento de estoques: CDA-WA, LCA, CDCA & CRA. Hoje a Assistência Técnica Rural é realizada pelo MDA. Em contato telefônico com Luiz Carlos Caetano, da ABITRIGO ( ), o mesmo relatou esta ação tem focado principalmente a questão do combate a obrigatoriedade da inserção da fécula de mandioca em farinha de trigo, tema este recorrente na política brasileira. 139

141 40. Organizar eventos e grupos de trabalho que contemplem interesses de todos os agentes da cadeia produtiva, tais como reuniões de pesquisa de trigo, congresso da Abitrigo e outros. Os eventos que ocorreram em 2010 foram os seguintes: I Workshop Wheat Blast a Potential Global Threat to Wheat Production, nos dias 3 a 6 de maio de 2010 em Passo Fundo (RS) e Brasília (DF), organizado pela Embrapa Trigo, Embrapa Cerrados e CIMMYT; V Fórum Nacional do Trigo, nos dias 11 e 12 de maio em Erechim (RS), organizado pela Emater (RS) e Embrapa Trigo; IV Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (IV RCBPTT), no período de 26 a 29 de julho de 2010, em Cascavel (PR), organizada pela Coodetec; Wintershow 2010 Tecnologia em Cereais de Inverno, nos dias 20 e 21 de outubro de 2010, organizado pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e FAPA; e XVII Congresso Internacional do Trigo, organizado pela Abitrigo Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Outras Considerações sobre Resultados Alcançados pelo Programa Os setores participantes da PDP do Trigo têm acompanhado seus avanços e resultados, o que tem fortalecido a articulação entre eles e aumentado suas expectativas com relação à capacidade do governo de interagir e buscar soluções. Desafios para o Futuro: Palavra do Gestor A PDP do Trigo foi muito positiva para o setor, que considerou uma conquista separar o trigo da PDP do Sistema Agroindustrial. Assim, fortaleceu-se o setor com parcerias formadas no governo, principalmente MDIC e MAPA, na busca de soluções para o mesmo. Os resultados já começam a aparecer, o que demonstra mais um avanço dos trabalhos realizados no âmbito da PDP, resultantes da parceria público-privada. Para o futuro, espera-se a consolidação de um trabalho para um setor muito dependente de importações no mercado internacional. 140

142 4.14 Plásticos Desafios e Metas no Contexto de Lançamento da PDP Diagnóstico Setorial A estratégia definida para o setor foi a conquista de mercados e focalização com objetivo de consolidar o Brasil como exportador de produtos, com tecnologia e valor agregado, aumentar a competitividade das indústrias de transformados plásticos e capacitar o setor de transformados para gerar soluções inovadoras às demais cadeias produtivas usuárias de produtos plásticos. O setor de transformados plásticos no Brasil era formado, em 2008, por empresas, das quais 94% MPEs, empregando 266 mil trabalhadores. O faturamento do setor em 2008 foi de R$ 40 bilhões, um aumento de 12% quando comparado a São pontos relevantes da situação do setor no lançamento da PDP em 2008: (i) consolidação da indústria mundial, principalmente de primeira e segunda gerações; (ii) diversificação de fontes de matérias-primas, com destaque para as renováveis; (iii) déficit comercial US$ 367 milhões (janeiroagosto 2007), destaque para importação de equipamentos de países asiáticos; (iv) aumento da oferta de resinas no mercado brasileiro, com alto grau de exportação; (v) parque industrial com aproximadamente 40% dos equipamentos com vida útil superior a 10 anos. A meta para 2010 é atingir US$ 2,2 bilhões em exportação de produtos transformados plásticos (US$ 1,1 bilhão em 2006). Para o setor, em 2008, foram identificados quatro desafios, a saber: desenvolver cultura exportadora e expandir as exportações; fortalecer empresas de terceira geração; ampliar investimentos em PD&I; e consolidar o produto brasileiro como solução ambiental sustentável. 141

143 Gestão do Programa Composição do Comitê Executivo Coordenado pelo MDIC, esse comitê conta com a participação de representantes do BNDES, MCT, ABDI, Inpi, Inmetro, Sebrae, Suframa, MF, MME, Finep, MMA, Petrobras e Apex. A primeira reunião do Comitê Executivo foi realizada em A instância de articulação público-privada utilizada foi a do já existente Fórum de Competitividade, instalado em 2000, composto por representantes do setor produtivo (Abiplast, Abiquim, Abief, INP, Abraflex, Abre, Abpol, Afipol, Abrafas, Plastivida, Abipet etc), de órgãos do governo (os mesmos do Comitê Executivo) e dos empregados (CUT, Força Sindical, Fequinfar). No segundo semestre de 2008, foi construída a agenda de ação no âmbito do Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva de Plásticos, aprovada pelo Comitê Executivo, com 14 medidas, que, por, sua vez foram detalhadas em vários projetos, cada qual com o respectivo responsável. Em 2009, observou-se que o modelo proposto de responsáveis por ação não estava funcionando por falta de envolvimento dos participantes. Dessa forma, no âmbito do Fórum de Competitividade, foram criados, em meados de 2009, três grupos de trabalho que se reúnem mensalmente desde então: (i) GT Agenda Tecnológica Setorial; (ii) GT Modernização Parque Industrial; e (iii) GT Competitividade Internacional. Com foco definido e priorizado por consenso no Fórum e com prazos e metas preestabelecidas, observou-se então o maior envolvimento, principalmente dos empresários, na estruturação dos projetos e, com isso, já no final de 2009, foi possível partir para a execução das ações desenvolvidas nos Grupos de Trabalho, como a busca do financiamento das ações da Agenda Tecnológica Setorial. Foram realizadas seis reuniões do Comitê Executivo e 26 encontros dos GTs e seis reuniões do Fórum de Competitividade Agenda de Ação A PDP foi apresentada com Estratégia, Objetivos, Desafios e Diretrizes para Construção de Medidas. A partir disso, o Fórum e o Comitê Executivo elaboraram a Agenda de Ação. 142

144 Ao todo foram estabelecidas 14 medidas que buscam superar os desafios propostos e que tratam de assuntos diversos para a cadeia, passando por questões tributárias, aspectos regulatórios, capacitação e reciclagem/uso de matérias-primas renováveis. Das medidas propostas na agenda de ação, por impacto sobre a macrometa, 43% são de investimentos, 36% de inovação e 21% de exportações. Por tipo, 71% de apoio técnico, 14% regulatórias, 7% de financiamento e 7% tributárias, conforme sintetizado na tabela a seguir. Tabela 13: Medidas Propostas na Agenda de Ação Medida Macrometa Tipo Situação Internacionalização da cadeia produtiva de plásticos Incentivar a exportação de transformados plásticos Exportações Apoio técnico Em andamento Aprimorar a regulamentação do comércio exterior Exportações Regulatória Em andamento Promover programa de capacitação em Não houve Exportações Apoio técnico comércio exterior progresso Aumento da competitividade do setor de transformados plásticos Atualizar o parque da indústria de transformação Investimento Financiamento Em andamento Propor desoneração tributária com foco na Em tramitação no Investimento Tributária Reforma Tributária C.N. Promover a integração da cadeia produtiva, a formalização das empresas e a sustentabilidade empresarial Investimento Apoio técnico Em andamento Desenvolver competências na indústria de Não houve Investimento Apoio técnico transformados plásticos progresso Construção da Agenda Tecnológica Setorial (ATS) Apoio a P&D da atividade de design nas indústrias nacionais Inovação Apoio técnico Em andamento Desenvolvimento de tecnologia de polímeros de fonte renováveis e/ou Inovação Apoio técnico Em andamento compostáveis Desenvolvimento de tecnologia de Inovação Apoio técnico Em andamento 143

145 materiais plásticos avançados Desenvolvimento de tecnologia de recuperação energética de resíduos sólidos Inovação Apoio técnico Em andamento Desenvolvimento de bens de capital para a indústria de transformados plásticos Inovação Apoio técnico Em andamento Utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo Fomentar a adoção de práticas de reciclagem, produção mais limpa e Investimento Apoio técnico Em andamento gerenciamento pós-consumo Aprimorar as questões regulatórias Investimento Regulatória Não houve progresso Balanço das Ações As medidas relacionadas à internacionalização da cadeia produtiva de plásticos são tratadas principalmente no GT de Competitividade Internacional, coordenado pela Abiplast, conforme resumo a seguir: (i) Estruturais: Redução do IPI dos transformados plásticos (em discussão pela Secretaria Executiva da PDP). Financiamento (em discussão no BNDES). Logística (formado grupo de discussão do setor privado 10 maiores empresas exportadoras que formulará proposta a ser apresentada ao Fórum). Energia Elétrica (o setor tem proposta, mas entende que não há espaço atualmente para discuti-las com o governo trabalho encerrado em 2009). (ii) Intrassetoriais: Preço de matéria-prima (discussão entre o setor privado). Consolidação do setor (em discussão no Fórum). Modernização de equipamentos (ação está em condução no GT de Modernização do Parque Industrial, mas entende-se que a medida terá reflexos importantes na competitividade internacional, razão pela qual consta na relação de assuntos desse GT). Programa Export Plastic (tema trabalhado separadamente sob coordenação do Instituto Nacional do Plástico; no Fórum de Competitividade, foi apresentada proposta de 144

146 aprimoramento do Programa Normalização; discussão entre o setor privado para realização de Stress Test. O GT vai apresentar proposta na próxima reunião Fórum de Competitividade). Tecnologia e Sustentabilidade (finalizada e elaborada Agenda Tecnológica Setorial ATS (duas ações em detalhamento da ação e três em execução). Quanto ao aumento da competitividade do setor de transformados plásticos, a principal ação em execução é a estabelecida no GT de Modernização do Parque Industrial, coordenado pela Abimaq, que em menos de um ano reuniu a cadeia produtiva, alinhou uma proposta que foi aprovada no Fórum e encontra-se em fase de implementação no BNDES e no Inmetro. Propõe-se a criação, pelo BNDES, de uma linha de financiamento diferenciada com 100% de capital de giro associado para compra de equipamento novo, com entrega do equipamento antigo (máquina com mais de 10 anos) para sucateamento que será fiscalizado pelo Inmetro. Encontra-se em discussão na diretoria do Banco. Em relação a essa ação também está prevista a incorporação para de ações dos Grupos de Trabalho medidas para promover a integração da cadeia produtiva, a formalização das empresas e a sustentabilidade empresarial e desenvolver competências na indústria de transformados plásticos. A terceira ação, que em 2009 passou a ser a construção da Agenda Tecnológica Setorial (ATS), em função do trabalho contratado pela ABDI, foi o primeiro projeto de ATS realizado na PDP e concluído com sucesso em menos de um ano. Hoje a PDP de Plástico tem uma Agenda Tecnológica com cinco ações, sendo três em fase de execução e duas em detalhamento. O importante é salientar que os empresários comprometeram-se a executar as cinco ações, portanto, é de fundamental importância que o governo faça sua parte na implementação das ações que são de grande alcance e irão mudar a cara da indústria de transformação plástica no Brasil. As ações podem ser resumidas da seguinte forma: Tabela 14: Conjunto de Ações e Medidas Ação Medida Status Desenvolvimento de tecnologia de polímeros de fonte renováveis e/ou compostáveis A primeira etapa é o projeto do Centro Tecnológico do setor de Plásticos, a ser mantido pelo Levantados os recursos necessários para elaboração do estudo que orientará a modelagem institucional 145

147 Desenvolvimento de tecnologia de materiais plásticos avançados setor privado, para ser instrumento para realização das ações propostas. do Centro. Desenvolvimento de tecnologia de recuperação energética de resíduos sólidos Conta com duas etapas: a de levantamento de conhecimento (R$ 1,5 milhão) e a de implantação de planta industrial pelo setor privado (R$ 370 milhões). Em busca de financiamento para a realização do estudo que fornecerá as informações suficientes para a tomada de decisão de investimento privado. Desenvolvimento de bens de capital para indústria de transformados plásticos Apoio à P&D da atividade do design nas indústrias nacionais Dividido em 2 projetos: (i) Certificação de Eficiência Energética para Máquinas e Equipamentos da Indústria de Bens de Capital do Setor de Plástico e (ii) Ferramentais para Transformação de Materiais Poliméricos Em detalhamento (i) Proposta será formalizada pela Abimaq com o Inmetro, que sinalizou que tem condições de executar o projeto. (ii) A primeira etapa é a de customização e difusão de softwares de programação da produção para produtos não seriados. Em execução por Abimaq e Sebrae. Em detalhamento Já em relação à utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo, destacam-se a elaboração do estudo sobre o mapeamento da reciclagem dos plásticos no Brasil pela Plastivida, a construção da planta de polietileno verde da Braskem no RS (feito a partir do álcool de cana-deaçúcar) e o desenvolvimento de tecnologia de recuperação energética de resíduos sólidos da ATS do setor, importante para a sustentabilidade da indústria do plástico Balanço das Metas e Desafios para o Futuro Balanço das Metas US$ 2,2 bilhões em exportação de produtos transformados plásticos em 2010; Em 2008: US$ 1,4 bilhões Em 2009: US$ 1,2 bilhões 146

148 Estimular as exportações e reduzir o déficit comercial. A meta de exportação não será atingida em função da crise mundial. No entanto, houve um aumento no número de empresas transformadoras e no número de empregados no setor, ambos com crescimento de 1,7%, além de um leve crescimento na produção, em toneladas, passando de para mil t, crescimento de 1%. Contudo, o faturamento bruto encolheu 12% de 2008 para 2009, com uma redução de R$ 40,92 bilhões para R$ 35,90 bilhões. Desafios Futuros Os desafios concentram-se na execução dos projetos elaborados ou já em curso e na discussão dos novos temas a serem tratados nos grupos de trabalho. No âmbito da Agenda Tecnológica, por se tratar de ações estruturantes e de longo prazo, a atenção deve ser dada ao estabelecimento e cumprimento das metas intermediárias, tais como a criação do Centro Tecnológico do setor, a elaboração do estudo referente à Recuperação Energética de Resíduos Sólidos, a continuidade do trabalho com a indústria de ferramentaria etc. Para propiciar maior competitividade ao setor, a partir do projeto de modernização do parque industrial, deve-se trabalhar a consolidação do setor. Há um consenso entre os participantes que precisamos de grupos empresariais fortes, com escala e tecnologia suficientes para enfrentar as ameaças dos concorrentes asiáticos e dos novos do Oriente Médio. Em termos de competitividade internacional, espera-se que, com a realização do Stress Test com empresas voluntárias, seja possível produzir informações precisas para a elaboração de políticas específicas de comércio exterior para o setor de transformação plástica. E é preciso alcançar a meta de ser líder mundial na produção de resinas e produtos plásticos de fonte renovável ou biodegradáveis. 147

149 5. Principais Resultados Alcançados e Medidas de Destaque em Implementação por Programa Os Programas para Fortalecer a Competitividade estão em estágios diversos, em decorrência das características inerentes aos segmentos produtivos e da experiência pregressa na implantação de programas correlatos no âmbito do governo federal. Assim, é importante salientar não apenas resultados já alcançados, mas também as medidas de destaque que têm sido adotadas nesses programas. Ressalta-se, ainda, que as medidas relacionadas a projetos de infraestrutura, ou projetos de pesquisa e desenvolvimento, têm longo prazo de maturação, o que leva, por conseqüência, à dificuldade de identificação de alguns resultados nessa fase de implementação da PDP. 5.1 Complexo Automotivo Desoneração tributária além de permitir a depreciação de máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de automóveis e autopeças, foi aprovada a ampliação do prazo de apuração e recolhimento do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) das autopeças, de decendial para mensal, e foi estendido o prazo de recolhimento desse imposto para autopeças destinadas à reposição. Foi reduzida a alíquota do IPI dos automóveis de passageiro, veículos de transporte de carga, tratores e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios. Foram reduzidas a zero as alíquotas da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, incidentes sobre a receita bruta da venda de veículos e embarcações destinados ao transporte escolar para educação básica, quando adquiridos pela União, estados e municípios. Financiamento às exportações aprovada a inclusão dos bens setor automotivo na lista de bens elegíveis pelo programa em operações intercompanies do Proex Equalização. Financiamento à engenharia automotiva Foi criada no BNDES uma linha de financiamento para engenharia automotiva. O programa tem como itens financiáveis: mão de obra; projeto básico; desenvolvimento de protótipos e novos produtos, além de construção de centros de desenvolvimento. Foram contratadas seis operações envolvendo investimentos da ordem de R$ 684 milhões e financiamento de R$ 425 milhões. Deste, já foram liberados R$ 233 milhões. Existem outras duas operações já aprovadas e mais seis em análises, envolvendo investimentos da ordem de R$ milhões e financiamento de R$ milhões. 148

150 5.2 Bens de Capital Desoneração tributária a depreciação acelerada, a compensação dos créditos tributários federais, a alteração dos prazos de recolhimento de IPI, a desoneração de PIS-Cofins e IPI na aquisição de bens de capital. Financiamento à produção e modernização o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) foi de vital importância para a manutenção e a retomada do nível de atividade da indústria. Segundo dados do BNDES, foram utilizados aproximadamente R$ 62 bilhões somente para projetos envolvendo o setor de bens de capital. A redução dos spreads bancários operados pelo BNDES foi recebida pelo mercado como uma medida positiva, já que amplia e facilita o acesso a financiamentos para um maior número de empresas. Inovação e capacitação a importância de produtos inovadores é relevante quando tratamos da inserção e da competitividade internacional. Essa ação tem um conjunto de 14 medidas que em grande parte estão sendo executadas. Assim, os recursos da Finep, a depreciação acelerada para bens de capital utilizados nas atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação e, também, a ampliação de linhas de financiamento são medidas governamentais de significativa importância para o aumento no nível de investimento em inovação das empresas. 5.3 Têxtil e Confecções Novo Revitaliza linha de financiamento voltada às atividades produtivas intensivas em mão de obra com dotação orçamentária de R$ 9 bilhões (entre 2009 e 2010). Destacam-se a reestruturação e a renovação do programa anterior, com a exclusão do limite de receita operacional bruta das empresas e adequação ao atendimento de toda a cadeia produtiva. Como resultado, em 2009 o desembolso para o setor de confecções foi de R$ 27,55 milhões e para o setor têxtil de R$ 85,96 milhões. Ampliação do limite do Cartão BNDES de R$ 250 mil para R$ 500 mil e, posteriormente para R$ 1 milhão. Os juros cobrados nos financiamentos foram reduzidos de 1,13% para 0,99% ao mês; e o prazo de amortização foi ampliado de 36 meses para 48 meses. Facilitação do acesso ao crédito e divulgação das linhas existentes foi estendido o prazo do Proex Financiamento e Equalização para os Setores Têxtil e de Confecções, Madeira e Móveis, Couro e Calçados e foi ampliado de R$ 60 milhões para R$ 600 milhões o limite de crédito das 149

151 empresas habilitadas para captar recursos do programa (Portaria MDIC 112 de e Resolução Camex 10 de ). 5.4 Madeira e Móveis Implantação de um Novo Revitaliza aprovado o Novo Revitaliza: excluído o requisito de limite de receita operacional bruta das empresas e redefinidos os parâmetros (Lei /2008, Resolução BNDES 1.641/2008 e Resolução Bacen 3.630). Ampliação do prazo de financiamento do Proex para o setor calçadista estendido o prazo de financiamento para Madeira e Móveis (de quatro meses para 12 meses) (Portaria MDIC 112, de , revogada pela Portaria MDIC 98, de ). Implantação do Programa de Fortalecimento da Cadeia Produtiva e Desenvolvimento de Fornecedores de Madeira e Móveis do Mercosul elaborada, pelo MDIC/SDP, proposta do Projeto Regional de Competitividade da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis adequada às normas FOCEM para países-partes. 5.5 Higiene, Perfumaria e Cosméticos Internacionalização do setor reestruturação do projeto do setor com a Apex, a aprovação da Resolução GMC que estabelece os Critérios para a Assinatura de Acordos de Simplificação de Procedimentos de Controle Sanitário de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes Grau 1 fabricados no Mercosul. Fortalecimento da cadeia concluída a etapa 1 do Plano de Desenvolvimento Setorial (PDS) (convênio Sebrae-ABDI-Abihpec) e iniciada a etapa 2. O plano consiste em promover ações que fortaleçam as indústrias de HPPC por meio de medidas estruturantes para o setor e atividades pontuais em núcleos regionais. Modernização das normas aplicadas ao setor destaque para a Lei Complementar 128, que modificou a Lei Geral do Simples, e também para a Anvisa, que implementou algumas modificações, como a isenção de registro e notificação dos produtos de HPPC produzidos exclusivamente para exportação. Utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo realizadas ações para fomentar a adoção de práticas de produção mais limpa e de reciclagem, tais como a realização de quatro capacitações sobre Produção Mais Limpa, nos núcleos regionais de SP, PE e CE. 150

152 5.6 Construção Civil Inclusão de materiais de construção entre os itens financiáveis pelo cartão BNDES e criação de linha de financiamento para projetos industriais de produção de soluções para a construção industrializada. Implantado Regime Especial Tributário (RET) com alíquota reduzida do patrimônio de afetação para empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS), com redução de 7% para 1% da alíquota do RET até 2013, substituindo a incidência de PIS, Cofins, IRPJ e CLSS relativo a Patrimônio de Afetação em empreendimentos de habitação de interesse social até R$ 60 mil (Lei /2009). Redução do IPI em 30 itens de materiais de construção, a partir de março Publicação, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, em , da Norma Técnica NBR-ISO que versa sobre a "Organização da Informação da Construção", primeira etapa para implantação no País do Building Information Modelling (BIM) (Modelagem da Informação da Construção), prevista na PDP Construção Civil, para a definição de um padrão nacional e o seu respectivo sistema de classificação de componentes da construção. Complexo de Serviços Desenvolvimento dos Módulos Venda (Exportação) e Aquisição (Importação) do Siscoserv. O desenvolvimento do Módulo Venda encontra-se em fase de testes pelo setor privado, faltando apenas a publicação da regulamentação do sistema. O desenvolvimento do Módulo Aquisição está na fase inicial. Elaboração e publicação da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). Ampliação da disponibilização de recursos do Proex para as empresas exportadoras de serviços. Aprovação, mediante a Resolução Camex 45/2009 e a Portaria 191/2009, de nova modalidade do Proex Financiamento à Produção Exportável, com acesso restrito pelas empresas com faturamento anual máximo de R$ 60 milhões. Concessão de alçada ao Banco do Brasil para aprovação de operações de financiamento à exportação de serviços, ao amparo do Proex, de até US$ 1 milhão por operação. 151

153 Ampliação de alçada do Banco do Brasil para aprovação de operações de financiamento à exportação, ao amparo do Proex, de até US$ 10 milhões/produção audiovisual (inclusive propaganda); Redução a zero da alíquota do Imposto de Renda para as remessas ao exterior referente à promoção comercial de serviços brasileiros no exterior, mediante a participação em feiras ou pesquisa de mercado (Sisprom Módulo Serviços). Capacitação de empresas em comércio exterior, mediante Acordo de Cooperação Técnica entre a SCS/MDIC e o Banco do Brasil. Promoção da desconcentração das exportações de serviços mediante a ampliação em 50% dos Projetos Setoriais de serviços da Apex, em Complexo de Serviços Desenvolvimento dos Módulos Venda (Exportação) e Aquisição (Importação) do SISCOSERV. O desenvolvimento do Módulo Venda se encontra em fase de testes pelo setor privado, faltando apenas a publicação da regulamentação do sistema. O desenvolvimento do Módulo Aquisição está na fase inicial. Elaboração e publicação da Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). Ampliação da disponibilização de recursos do PROEX para as empresas exportadoras de serviços. Aprovação, mediante Resolução CAMEX nº 45/2009 e da Portaria nº 191/2009, de nova modalidade do PROEX - Financiamento à Produção Exportável, com acesso restrito às empresas com faturamento anual máximo de R$ 60 milhões. Concessão de alçada ao BB para aprovação de operações de financiamento à exportação de serviços, ao amparo do PROEX, de até US$ 1 milhão por operação. Ampliação de alçada ao BB para aprovação de operações de financiamento à exportação, ao amparo do PROEX, de até US$ 10 milhões/produção audiovisual (inclusive propaganda); Redução a zero da alíquota do Imposto de Renda para as remessas ao exterior referente à promoção comercial de serviços brasileiros no exterior, mediante a participação em feiras ou pesquisa de mercado (SISPROM Módulo Serviços). Capacitação de empresas em comércio exterior, mediante Acordo de Cooperação Técnica entre a SCS/MDIC e o Banco do Brasil. 152

154 Promoção da desconcentração das exportações de serviços mediante a ampliação em 50% dos Projetos Setoriais de serviços da APEX, em Indústria Marítima Apoio à expansão e à modernização industrial está pautado nas encomendas da Transpetro, que continuam formando as principais medidas indutoras da PDP Marítima. No Promef, foram licitados 46 navios. No Prorefam, outras 49 embarcações de apoio marítimo foram licitadas. PLV 1/2010, derivado da MP 472/2009, que, nos artigos 34 a 36, autoriza a União a conceder crédito aos agentes financeiros do Fundo da Marinha Mercante (FMM) no montante de até R$ 15 bilhões para viabilizar o financiamento de projetos aprovados pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM). Desoneração tributária por meio do mesmo PLV 1/2010, alcançou-se parcialmente o objetivo de desonerar os investimentos em ativos fixos de produção destinados aos estaleiros, pois incluiu no 5º do artigo 2º obras de infraestrutura no setor de indústria naval, para a construção de navios, diques flutuantes e plataformas para exploração e produção de petróleo, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Regulamentação da Lei pelo Decreto 6.887/2009, reduzindo a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações registradas ou pré-registradas no Registro Especial Brasileiro (REB); e pelo Decreto 6.704/2008, suspendendo a incidência do IPI na aquisição, realizada por estaleiros navais brasileiros, de materiais e equipamentos, incluindo partes, peças e componentes, destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no REB. Promoção do investimento em P,D&I cinco projetos relacionados à construção naval aprovados na chamada pública MCT/Finep/CT-AQUAVIÁRIO 01/2008 e o lançamento da chamada pública MCT/Finep/CT-AQUAVIÁRIO 01/2010. Formação da rede de P&D de construção naval e offshore instituída por cinco núcleos de atuação: tecnologia de construção naval e offshore; projeto de embarcação e sistemas offshore; cadeia de suprimentos; regional do Recife e Pernambuco; e regional de Rio Grande. 153

155 Aprovação, pelo BNDES, da concessão de financiamento de R$ milhões em favor da InterOcean Engenharia, destinado ao desenvolvimento de projeto de engenharia naval de embarcação do tipo PSV Na ação Promoção da Qualificação Profissional, todos os novos estaleiros instalados em Suape (PE), Rio Grande (RS) e Navegantes (SC) criaram cursos de formação de mão de obra necessária aos respectivos estaleiros. Houve, também, um incremento naqueles já existentes, principalmente em Niterói (RJ). Fortalecimento da cadeia produtiva diminuíram-se o risco de crédito e a performance das operações de financiamento do FMM aos estaleiros por meio da Lei de 2009 e da Lei de Esta havia criado o Fundo Garantidor da Construção Naval e aquela incluiu o risco performance na finalidade do FGCN. Catálogo Navipeças. 5.9 Couro, Calçados e Artefatos Aprovado Novo Revitaliza: excluído o requisito de limite de receita operacional bruta das empresas e redefinidos os parâmetros (Lei /2008, Resolução BNDES 1.641/2008 e Resolução Bacen 3.630) Estendido o prazo de financiamento do Proex para o setor: Madeira e Móveis e Couro (de quatro meses para 12 meses), Calçados (de seis meses para 12 meses) e Artefatos de Couro (de seis meses para 12 meses), (Portaria MDIC 112, de , revogada pela Portaria MDIC 98, de ). Apoio à internacionalização de componentes de calçados By Brasil participação em 22 feiras e estabelecidas três redes comerciais. Fortalecimento do programa de assessoria na análise de riscos em projeto, fabricação e operação de máquinas normas de segurança discutidas e definidas em conjunto com Ministério do Trabalho. Em fase de validação de protótipos. Fortalecimento do programa de incorporação do Design-Moda previsão de capacitação de 520 empresas nas quatro edições do projeto (média de 130 por semestre). Em implantação projeto de assistência técnica internacional. 154

156 Criação de programa de normalização de conforto para o setor calçadista Elaboradas as Normas ABNT NBR 14834/2008, ABNT NBR 14835/2008, ABNT NBR 14836/2008, ABNT NBR 14837/2008, ABNT NBR 14838/2008, ABNT NBR 14839/2008 e ABNT NBR 14840/2008. Qualificação da indústria para aplicação de tecnologia de setup rápido firmado convênio entre ABDI e ABRAMEQ e iniciado levantamento para diagnóstico do setor. Criação de programa de capacitação em gestão socioambiental definido o escopo da pesquisa: identificação e comparação de padrões de emissão de efluentes líquidos industriais (sete UFs e recomendação de medidas corretivas). Enfrentamento da crescente concorrência dos produtos importados no mercado interno editada a Resolução Camex 14, de , aplicando direito antidumping de US$ 13,85/par sobre importações de calçados chineses com validade até março de Sistema Agroindustrial Inclusão produtos agropecuários no Drawback Verde-Amarelo a inclusão foi feita no texto Drawback Integrado da Lei de Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Inclusão das cooperativas no Drawback Integrado as cooperativas foram incluídas na Lei /09. Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Eliminação de restrição para empresas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado no Drawback Verde-Amarelo. Lei , de , conversão da MP 451/2008; Portaria Conjunta RFB/Secex 467 de Ampliação do acesso ao crédito rural pelo produtor disponibilização de recursos adicionais de vários fundos no total de R$ 5 bilhões; aumento do crédito direcionado com compulsório (de 25% para 30% = R$ 5,5 bilhões) e do direcionamento dos recursos da poupança rural para a agricultura (de 65% para 70% = R$ 2,5 bilhões); extensão do PGPAF para operações de investimento do Pronaf contratadas a partir da safra ; ampliação do prazo para renegociação das dívidas rurais após a Lei de ; ampliação de R$ 2 milhões para até R$ 10 milhões do valor financiado pelo Pronaf Comercialização quando destinado a cooperativas centrais; ampliação de R$ 10 milhões para R$ 20 milhões do limite dos empréstimos do governo federal; linha de R$ 500 milhões para produtores do Centro-Oeste. Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para leite e vinho, com garantia de preço mínimo. 155

157 Criação da Linha Especial de Comercialização (LEC) na safra para lã de carneiro, pêssego, maçã, mel e leite (deverá ser estendida para aves e suínos). Ampliação do prazo de pagamento de impostos para alimentos prorrogada por 18 meses a desoneração do PIS-Cofins incidente sobre trigo, farinha de trigo e pão francês (MP 465 de ). Inclusão de produtos não transgênicos em enquadramento especial no Proex. Criação de linhas de crédito com regras de enquadramento diferenciadas o BNDES criou duas novas linhas de capital de giro isolado com o objetivo de promover a competitividade das empresas: Programa Especial de Crédito (PEC), que atende às empresas dos setores da indústria, do comércio e de serviços e financia capital de giro isolado no valor de até R$ 200 milhões por beneficiário limitado a 20% da ROB; e Programa de Crédito Especial Rural (Procer), que atende a empresas agroindustriais dos seguintes CNAES: C.10 (exceto C.10.8 e C.10.9); C.12; C.13.11; C13.12; C.15.1; C.16.1; C.17.1; C.19.3; C.20.5; C.28.3 e financia capital de giro isolado no valor de até R$ 200 milhões por beneficiária, limitado a 20% da ROB. Criação de um fundo para absorver os contratos e mitigar o risco dos produtores na aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas por meio de Resolução CNM, foram reduzidos para 4,5% ao ano os custos das linhas BNDES Finame Leasing, BNDES Finame Agrícola, BNDES Automático e BNDES Exim Pré-Embraque na aquisição de máquinas e equipamentos nacionais. Apoio a estudos para ampliar a aporte científico, tecnológico e inovador da cadeia produtiva de caprinos e ovinos o CNPQ lançou o Edital 017/2010 com recursos do Fundo Setorial de Agronegócio (CT-Agronegócio). Elaboração de diagnóstico do perfil tecnológico atual das MPEs do café e estudo de novos modelos tecnológicos nos processos produtivos e também de estudos de modelos de novos negócios para ampliar oportunidades das MPEs do café. Inclusão de frutas no Revitaliza. Estabelecimento de selo fiscal para o vinho. Apoio às pesquisas relacionadas à tipificação e caracterização de méis, a caprinos e ovinos. Diagnósticos da produção de uva e vinho, introdução de frutas tropicais em balas, polinização de abelhas para gestão das colmeias, diagnóstico da cadeia pesqueira, fortalecimento de análise de 156

158 riscos e pragas em vegetais, análise do rebanho leiteiro, pesquisa e qualificação de café torrado e moído Brinquedos Capacitação Profissional foram realizadas diversas reuniões entre setor privado, Senai, Sebrae e MDIC a fim de elaborar um Programa de Capacitação Profissional do setor, o qual, no momento, encontra-se em fase final de negociação de parceria para a disponibilização dos treinamentos. Promoção das Exportações e Defesa Comercial está em apreciação na Camex o pleito da Abrinq de inclusão de partes e peças de brinquedos na Lista de Exceção da Tarifa Externa Comum. A medida visa reduzir o custo do insumo do produto final para torná-lo mais competitivo tanto no mercado nacional quanto no internacional. Proposta de estímulos fiscais e creditícios a atividade relacionada a design de brinquedos foi inserida na lista de itens financiáveis pelo Cartão BNDES. Tal medida constitui uma ação do pacote de incentivo à produção de design de brinquedos no Brasil, considerado atualmente o elo frágil da cadeia produtiva. Divulgação da importância da brincadeira na formação do cidadão inclusão na legislação educacional da importância das brincadeiras. Foi publicada pelo Ministério da Educação a Resolução 5, de 17 de dezembro de 2009, a qual ressalta a importância das brincadeiras nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Eletrônica de Consumo Apresentação de algumas propostas de natureza tributária e de financiamento com vistas a incrementar a qualificação e a capacitação de mão de obra no setor e a estimular a inovação no setor, ainda que de forma muito ampla. Desoneração tributária em função da crise internacional, houve uma ação de desoneração tributária do IPI, implementada em abril de 2009 e que durou até o final de janeiro de As alíquotas dos produtos essenciais refrigeradores, fogões e máquinas de lavar roupa e tanquinho foram reduzidas, o que permitiu aumento da produção e das vendas, bem como a manutenção dos empregos no setor. 157

159 5.13 Trigo Obtenção de recursos para a pesquisa (R$ 3,5 milhões) no Fundo Setorial do Agronegócio. Aprovação de Convênio MDIC/Abima para o Diagnóstico do Consumo de Trigo e seus Derivados (R$ 200 mil). Estabelecimento de especificações de farinha para os diferentes usos (realizado pela empresa Vilma Alimentos). Acordo acerca de novo padrão de classificação em reunião realizada nos dias 7 e 8 de abril para a consolidação das contribuições de consulta pública. Construção de um centro de capacitação para a agroindústria do trigo com conclusão prevista para o 1º semestre de Implementação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras de Trigo, em vigência desde janeiro de Plásticos Aumento da competitividade do setor de transformados plásticos a principal ação em execução é a estabelecida no GT de Modernização do Parque Industrial, coordenado pela Abimaq, que em menos de um ano reuniu a cadeia produtiva, alinhou uma proposta que foi aprovada no Fórum e encontra-se em fase de implementação no BNDES e no Inmetro. Construção da Agenda Tecnológica Setorial (ATS) agenda tecnológica com cinco ações, das quais três em fase de execução e duas em detalhamento. Utilização da sustentabilidade como diferencial competitivo destaca-se a elaboração do estudo sobre o mapeamento da reciclagem dos plásticos no Brasil pela Plastivida, a construção da planta de polietileno verde da Braskem no RS (feito a partir do álcool de cana-de-açúcar) e a ação de Desenvolvimento de Tecnologia de Recuperação Energética de Resíduos Sólidos da ATS do setor. 158

160 6. Balanço das Metas por Programa e Desafios para o Futuro 6.1 Complexo Automotivo A meta de produção para 2010, de 4,3 milhões de veículos, pode não vir a ser atingida em conseqüência da crise internacional, mas a meta para produção para 2013 de 5,1 milhões de unidades continua sendo factível. A meta de exportar 930 mil veículos não será atingida já que a expectativa para as exportações em 2010 é da ordem de 530 mil veículos, 11% maior do que as exportações de 2009, porém 40% menor do que o melhor resultado já obtido, em A PDP do Complexo Automotivo terá, numa segunda fase, o grande desafio de cumprir uma agenda relacionada às mudanças de paradigma, quais sejam, os tecnológicos, os de marco regulatório, os de mobilidade urbana e os de comportamento, relacionados, entre outros, ao desenvolvimento mundial de veículos mais compactos (urbanos), híbridos e elétricos. 6.2 Bens de Capital A forte retração da demanda no período da crise reduziu os investimentos originalmente planejados. A crise econômica foi a principal causa para o não cumprimento das metas preestabelecidas. Contudo, em relação à exportação, outros fatores também cooperaram, como o Custo Brasil e a taxa de câmbio apreciada. Estudos demonstram que, para o setor de bens de capital, o custo Brasil é superior em 43,85 pontos percentuais, se comparado a economias desenvolvidas. Dados do setor demonstram que, no ano de 2008, o Brasil exportou US$ 12,84 milhões e, em 2009, US$ 7,64 milhões. Novas ações estão sendo propostas pelo governo para que ocorra um aumento no percentual de exportação, tais como: (i) devolução mais rápida de créditos tributários federais; (ii) exclusão da receita de exportação para o enquadramento no Sistema Integrado de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES); (iii) Modernização do Sistema Público de Garantia; e (iv) Criação do Exim-Brasil. 6.3 Têxtil e Confecções A meta de ampliação do faturamento para US$ 41,6 bilhões foi cumprida com êxito, e o faturamento do setor está atualmente no patamar de US$ 47 bilhões. 159

161 As medidas da PDP Têxtil e de Confecções buscam desenvolver produtos com maior valor agregado, expandir exportações, combater práticas desleais de comércio, fortalecer a cadeia produtiva, modernizar a estrutura dos seus elos e apoiar a consolidação empresarial. 6.4 Madeira e Móveis As metas definidas no lançamento da PDP foram revistas em razão da crise econômica mundial: os percentuais previstos para vendas internas e exportações foram reduzidos; foi acrescida uma quarta meta, relacionada ao consumo no mercado interno; a meta relacionada a investimento em P,D&I não foi alterada. A par dos desafios relacionados ao desenvolvimento do setor, existe outro desafio a ser superado: a integração da cadeia produtiva. As dificuldades na elaboração da Agenda de Ação foram resultantes dessa falta de integração. Em decorrência disso, a capacidade de articulação do Fórum de Competitividade fica reduzida, tendo como reflexo o baixo comprometimento e desempenho do setor em relação à PDP. 6.5 Higiene, Perfumaria e Cosméticos US$ 700 milhões de exportações em 2010 (crescimento médio anual de 10%). Em 2008: US$ ; em 2009: US$ ; 2010 até abril: apesar da crise financeira internacional, o setor apresentou crescimento deflacionado em seu faturamento de 9,8% em relação a Entretanto, as exportações foram atingidas pela redução do poder de compra internacional e também pela valorização cambial do real frente ao dólar. As exportações para a América do Sul representaram cerca de 75% das vendas externas do setor em O desafio maior é o de manter o ritmo de crescimento observado há mais de 10 anos, consolidando o país como o segundo maior mercado do mundo, bem como no desenvolvimento de produtos que confiram identidade à indústria nacional e fortaleça a presença de marcas brasileiras no exterior. Nesse sentido, torna-se fundamental a integração produtiva com a América Latina, a começar pela instalação do Foro Mercosul de HPPC. 6.6 Construção Civil A meta prevista para o programa é aumentar a produtividade em 50% e reduzir as perdas em 50%. Essa meta foi inicialmente prevista para 2010 e depois adiada para

162 O aumento da produtividade e a redução de perdas estão diretamente relacionados ao grande desafio de promover a construção industrializada. Dificuldades têm sido encontradas na formalização e implementação de convênios para a implementação de projetos, tais como o Sistema On-line de Licenciamento e Acompanhamento de Obras Silo. Esse projeto diz respeito à difusão de ferramentas de TI para os processos de licenciamento e habite-se nos municípios. Como a meta está relacionada a 2015, alguns desafios permanecem: coordenação de políticas, programas e ações para modernização da indústria e melhorar a integração da cadeia produtiva, com implantação da coordenação modular e de maior interoperabilidade técnica. E outros desafios se apresentam: disseminação da inovação ao longo da cadeia produtiva; coordenação com outras políticas (habitacional, fiscal, compras governamentais, crédito e financiamento, TICs); criação/acesso a novas fontes de recursos; promoção da sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva; e formação de mão de obra para atender à demanda crescente. 6.7 Complexo de Serviços Meta de capacitação em exportação de serviços de cinco mil empresários até 2010 foram treinados pelo Banco do Brasil 897 empresários nos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal. Em relação à meta de ampliação das exportações de serviços para 1% do comércio mundial de serviços, ou US$ 40 bilhões, em 2010, os dados disponíveis mostram que as exportações de serviços totalizaram 0,8% das exportações mundiais de serviços, ou US$ 26,3 bilhões, em Com respeito à capacitação em exportações de serviços, os entraves no caminho do alcance da meta têm a ver, por um lado, com as dificuldades no estabelecimento da parceria entre os três órgãos envolvidos (além do Banco do Brasil, participam a SCS/MDIC e o Sebrae) e, por outro, com o fato de o Siscoserv não ter sido implementado como previsto, tendo em vista a não regulamentação. Os principais desafios futuros são a ampliação da integração dos órgãos públicos que compõem o Comitê Executivo e a articulação com o setor privado. 161

163 6.8 Indústria Marítima Aumentar o uso de navipeças nacionais de 65% para até 85% não há, ainda, como avaliar o impacto das medidas relacionadas ao Promef e Prorefam, já que as embarcações dos programas começam a ser entregues em A meta de elevação do conteúdo de navipeças nacionais estava atrelada aos resultados dos programas de renovação da frota da Transpetro, portanto, o horizonte dessa meta deve coincidir com as últimas entregas de embarcações desses programas, ou seja, Não há também dados disponíveis para avaliação da segunda meta ampliar a participação da bandeira na Marinha Mercante mundial para 1%. Entretanto, em número de embarcações, houve um aumento superior a 25% na frota de bandeira brasileira nos últimos dois anos. A terceira meta gerar mais 25 mil empregos na cadeia produtiva foi praticamente atingida com a geração de mais de 24 mil empregos na indústria de construção naval, saltando de 22 mil (em 2008) para empregados (março de 2010), segundo dados do Relatório Sinaval do 1º trimestre de Couro, Calçados e Artefatos A agenda de ação do setor coureiro-calçadista deverá priorizar objetivos menos imediatistas, de investimento de mais longo prazo de maturação e em áreas de fronteira, como desenvolvimento de novas tecnologias, portadoras de futuro etc. A Agenda Tecnológica Setorial (ATS) será importante instrumento para um novo direcionamento das prioridades da Agenda de Ação do setor Sistema Agroindustrial Ampliar as exportações do sistema agroindustrial em 25% até 2010 em 2009, apesar de as exportações do agronegócio terem aumentado sua participação percentual na Balança Comercial, passando de 36% para 42,5%, a quantidade exportada diminui, caindo de US$ 71,8 bilhões, em 2008, para US$ 64,7 bilhões, em Esse fato foi explicado pela queda maior nas exportações dos outros setores. Elevar em 100% os investimentos em P,D&I falta indicador para aferir a meta. 162

164 Estimular em 30% o crescimento da produção de fertilizante (NPK) a meta transcende o alcance das medidas da Agenda de Ação por exigir um grande volume de recursos. A meta foi superestimada. Apoiar cooperativas agroindustriais no processo de gestão e inserção internacional houve uma aproximação com o departamento responsável no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o desenvolvimento de ações que estão sendo executadas, como o banco de dados para cooperativas, a inclusão das cooperativas no Drawback Integrado, além de programas específicos de financiamento pelo BNDES e missões internacionais de promoção comercial para cooperativas agroindustriais. Os principais desafios para o futuro são: criar e/ou adequar infraestrutura/logística que permita o crescimento do agronegócio brasileiro; garantir a qualidade e a segurança dos produtos agroindustriais; aprimorar a legislação fundiária, trabalhista e ambiental vigentes; simplificar e desonerar o sistema tributário; fortalecer PD&I para o sistema agroindustrial brasileiro; reduzir e simplificar a burocracia no setor agroindustrial; difundir práticas e tecnologias disponíveis para aumento de eficiência; fortalecer e melhorar a articulação entre os elos do sistema agroindustrial; e conhecer as reservas de fertilizantes no Brasil Brinquedos O tempo decorrido desde o lançamento do programa em 4 de agosto de 2009 até o presente momento não é suficiente para possibilitar a averiguação do alcance das metas. O principal desafio para o futuro é promover fortemente a capacitação profissional do setor, considerado seu grande gargalo Eletrônica de Consumo A agenda de ação do setor encontra-se, ainda, em fase de construção. Algumas ações já identificadas estão sendo implementadas, mas o planejamento do setor volta-se para

165 6.13 Trigo A Agenda de Ações foi consolidada recentemente, portanto o balanço de metas necessita de um espaço de tempo mais dilatado para uma análise mais consistente. A PDP do trigo é considerada uma conquista, por assegurar um tratamento diferenciado para o setor, oriundo do sistema agroindustrial. Assim, foram fortalecidas parcerias com o governo, principalmente MDIC e MAPA, na busca de estratégias para o setor. Espera-se a consolidação de um trabalho para um setor extremamente dependente de importações no mercado internacional Plásticos US$ 2,2 bilhões em exportação de produtos transformados plásticos em 2010 em 2008: US$ 1,4 bilhões; em 2009: US$ 1,2 bilhões A meta de exportação não será atingida em função da crise mundial. Estimular as exportações e reduzir o déficit comercial houve um aumento no número de empresas transformadoras e no número de empregados no setor, ambos com crescimento de 1,7%, além de apresentar um leve aumento na produção, em toneladas, passando de mil t. para mil t, crescimento de 1%. Entretanto, o faturamento bruto encolheu 12% de 2008 para 2009, com uma redução de R$ 40,92 bilhões para R$ 35,90 bilhões. Nos próximos anos, os desafios concentram-se na execução dos projetos elaborados ou já em curso e na discussão dos novos temas a serem tratados nos grupos de trabalho. No âmbito da Agenda Tecnológica, por se tratar de ações estruturantes e de longo prazo, a atenção deve ser dada ao estabelecimento e ao cumprimento das metas intermediárias, tais como a criação do Centro Tecnológico do setor e a elaboração do estudo referente à Recuperação Energética de Resíduos Sólidos. O Balanço das Metas e os Desafios para o Futuro têm sido discutidos nos Comitês Executivos dos Programas, com base nos resultados alcançados e nos desafios que se impuseram no decorrer do período, e também no âmbito da Coordenação dos Programas para Fortalecer a Competitividade. O debate que se estabeleceu entre o Coordenador e os Gestores dos programas possibilitou a criação de sinergias, o encaminhamento conjunto de questões transversais e o compartilhamento de experiências. 164

166 Por fim, ressalta-se que, para todos os Coordenadores dos Programas para Fortalecer a Competitividade, começam a ser estudadas possibilidades para o direcionamento de medidas que decorram de grandes eventos esportivos previstos para os próximos anos a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de

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