NOTA SOBRE DIREITO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. Manuel Lopes Rocha, 2013

Transcrição

1 NOTA SOBRE DIREITO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Manuel Lopes Rocha, 2013

2 Sociedade da Informação, o que é?

3 Uma sociedade baseada nas Tecnologias da Informação A multiplicidade de etiquetas Direito da Web 2.0 Em cada momento, novas expressões fazem o seu caminho

4 Na base de tudo, o software e a democratização do seu uso 1991: um ano histórico Uma Directiva e uma nova era em Portugal

5 OS OBJECTOS ESPECÍFICOS 1.1 De um Software ao outro :da Directiva Protecção Jurídica dos Programas de Computador (91/250/CEE, de 14 de Maio) à fracassada tentativa de aprovação de uma directiva relativa à patenteabilidade de inventos relacionados com computadores

6 1.1.1 O regime da directiva ou uma entorse ao regime geral do DA: a descompilação O estranho artº 1º da nossa lei O antecedente da Lei da Criminalidade Informática

7 1.1.4 O estranho artº 13º da nossa lei 1.2 Um episódio nacional: a aplicação pioneira da jurisprudência Marleasing num tribunal português ou a integração do quadro legal dos programas de computador

8 1.2.1 A sentença do TJ de Faro (2ºJuízo Cível-Proc.278/94) Um episódio local sobre o regime juscomunitário do software: um caso de abstenção de reenvio prejudicial

9 1.3 Um fracasso europeu ou a crise das patentes: o flop da Proposta de Directiva do PE e do Conselho relativa à patenteabilidade dos inventos implementados através de computador Uma crise mais geral da política europeia de patentes

10 1.4 A Protecção Jurídica das Bases de Dados- Directiva do PE e do Conselho nº 96/9/CE, de 11 de Março, relativa à protecção jurídica das bases de dados Mais uma entorse juscomunitária: o direito sui generis do fabricante de bases de dados

11 AS DIRECTIVAS DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO A lei do comércio electrónico A assinatura electrónica A factura electrónica

12 O Decreto Lei 7/2004 A LEI DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO Liberdade de estabelecimento Responsabilidade dos prestadores de serviços Comunicações não solicitadas (SPAM) Resolução provisória de litígios Contratação electrónica Regime sancionatório Códigos de conduta

13 O REGIME DA RESPONSABILIDADE DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS EM REDE

14 EUA Digital Millennium Copyright Act (Sec. 512, Tit. 17, USC) 1998 PERSPECTIVA VERTICAL (uma categoria de direitos subjectivos Direito de Autor) UE Directiva 2000/31/CE (Arts. 12.º a 15.º) PERSPECTIVA HORIZONTAL (generalidade dos direitos subjectivos) No entanto, Semelhanças no que diz respeito ao regime da responsabilidade em si mesmo a Directiva inspirou-se no DMCA...

15 DMCA Sec. 512, Tit. 17, USC Direito de Autor (verticalidade) 4 Safe Harbors 512 a) Mero transporte de informações 512 b) Actividade de armazenagem temporária 512 c) Armazenagem de informação nos sistemas ou redes controlados pelos ISPs a pedido dos utilizadores 512 d) Utilização de instrumentos de localização de informação envolvendo hiperligações Tanto no DMCA como na Directiva (e, bem assim no DL 7/2004) o que é regulado é o regime dos pressupostos de facto para a aplicação das normas gerais sobre responsabilidade civil, v.g. Art.º 483.º do Código Civil

16 O DECRETO LEI 7/2004 A transposição da Directiva Princípios gerais Art.º 11.º - Princípio da Equiparação Mera especificação dos pressupostos de facto a que se aplicam as normas jurídicas que compõem o regime geral da responsabilidade civil Art.º 12.º - Ausência de um dever geral de vigilância ou investigação Os ISPs não estão obrigados a vigiar activamente os conteúdos que transmitem e/ou albergam, bem como não estão obrigados a investigar a proveniência e licitude dos mesmos

17 DL /2004, arts.13.º a 17.º Generalidade dos direitos (horizontalidade) Deveres comuns dos ISPs (art.º 13.º) INFORMAÇÃO informar as autoridades das ilicitudes de que tenham conhecimento [al. a)] RESPOSTA ao pedidos que lhes forem dirigidos pelas autoridades competentes [als. b) e d)] CUMPRIMENTO das decisões das mesmas autoridades Violação destes deveres art.º 37.º APLICAÇÃO DE COIMAS até ,00

18 Os Safe Harbors Portugueses Art.º 14.º (12.º Direct.) Simples Transporte [cfr. 512 a) DMCA] Art.º 15.º (13.º Direct.) Armazenagem intermediária [cfr. 512 b) DMCA] Art.º 16.º (14.º Direct.) Armazenagem principal [cfr. 512 c) DMCA] Art.º 17.º (21.º, 2 Direct.) Prestadores intermediários de serviços de associação de conteúdos [cfr. 512 d) DMCA]

19 O controverso Artigo 18.º do Decreto- Lei 7/2004 A resolução provisória de litígios Aspectos constitucionais

20 A Assinatura Electrónica : A dupla chave do Comércio Electrónico? Direito comparado UNCITRAL, Utah, Alemanha, Itália, E.U.A., Espanha, Macau

21 A Directiva Assinatura Electrónica - Directiva 1999/93/CE Características da assinatura electrónica: O novo poder das Entidades de Certificação

22 Breve nota histórica sobre a lei portuguesa: Decreto-Lei nº 220-D/99, de 2 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei nº 62/2003, de 3 de Abril transposição da Directiva

23 A Factura Electrónica: evolução de uma reforma atrasada O contexto prévio à criação legislativa: o RELATÓRIO CODIPOR 1995

24 A harmonização espontânea dos países do sul da Europa O Livro Verde da Sociedade da Iinfomação (1997)

25 O paradigma comunitário: Directiva n.º 2001/115/CE, do Conselho, de 20 de Dezembro, que altera a Directiva n.º 77/388/CEE, tendo em vista simplificar, modernizar e harmonizar as condições aplicáveis à facturação em matéria de imposto sobre o valor acrescentado

26 A Propriedade Intelectual na Internet: a Directiva 2001/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Maio de 2001, relativa à harmonização de certos aspectos de direito de autor e dos direitos conexos na sociedade da informação

27 A transposição no Direito Português: Lei 50/2004, de 24 de Agosto A alteração do CDADC e as inovações

28 Artº 68º: uma nova ideia sobre o esgotamento de direitos Uma opção larga : as execpções do artº 75º1

29 O P2P e a mais recente evolução A Tutela Penal: remissão

30 Os serviços da WEB 2.0 As redes sociais: Facebook O recente exemplo da lei eleitoral portuguesa