OLHO INDICAÇÃO DE LEITURA VISÃO GERAL DO OLHO CAMADAS DO OLHO Túnica Corneoescleral Túnica Vascular ou Úvea

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1 1 OLHO INDICAÇÃO DE LEITURA 1) GARTNER, L. P. ; HIATT, J. L. Tratado de Histologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Capítulo 22, páginas ) JUNQUEIRA, L. C. U. ; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Capítulo 23, páginas ) ROSS, M. H. ; WOJCIECH, P. Histologia. Texto e Atlas. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Capítulo 24, páginas VISÃO GERAL DO OLHO O olho mede aproximadamente 2,5 cm de diâmetro. Está suspenso na cavidade óssea orbital por seis músculos extrínsecos que controlam seu movimento. Uma camada espessa de tecido adiposo envolve e acolchoa parcialmente o olho quando ele se move dentro da órbita. CAMADAS DO OLHO A parede do olho consiste em três camadas ou túnicas concêntricas: (1) a túnica corneoescleral, camada externa fibrosa, inclui a esclera, a porção branca, e a córnea, a porção transparente; (2) a túnica vascular (ou úvea), a camada média, inclui a corioide, o corpo ciliar e a íris; (3) a retina, a camada interna, inclui o epitélio pigmentado externo, a retina neural interna contínua com o sistema nervoso central através do nervo óptico que é a porção fotossensível da retina e o revestimento do corpo ciliar e da íris que é a porção não visual da retina. Observe a figura a seguir. Túnica Corneoescleral A túnica corneoescleral consiste na córnea transparente e na esclera opaca e branca. A superfície da córnea é convexa e é contínua com a esclera, o branco do olho. A esclera, um tecido conjuntivo denso, fornece a fixação para os músculos extrínsecos do olho. A túnica corneoescleral envolve externamente o globo ocular, exceto onde ela é penetrada pelo nervo óptico. Túnica Vascular ou Úvea A túnica vascular, a camada média, inclui a corioide, o corpo ciliar e a íris. A corioide fornece nutrientes para a retina. A corioide contém muitos capilares sanguíneos e está firmemente fixada à retina. A margem anterior da camada corioide estão o corpo ciliar e a íris. O corpo ciliar é um espessamento da corioide que se estende posteriormente à junção corneoescleral. Dentro do corpo ciliar está um músculo liso denominado músculo ciliar que é responsável por ajustar a lente do cristalino para focalizar objetos em diferentes distâncias. A íris é um diafragma contrátil que se estende sobre a superfície anterior da lente do cristalino contém células mioepiteliais dispersas no seu tecido conjuntivo responsáveis por controlar a abertura desse diafragma. A pupila é a abertura circular localizada no centro da íris e sua aparência de coloração escura é devida ao fundo do olho intensamente pigmentado pelo epitélio pigmentado da retina. No processo de adaptação, controlado pelos músculos da íris, a pupila muda de tamanho para controlar a quantidade de luz que atravessa a lente do cristalino para atingir a retina. O corpo ciliar e a íris contêm um epitélio pigmentado por melanina na sua porção posterior que confere a essas estruturas uma coloração marrom-escura intensa diminuindo a entrada de luz no olho, minimizando, dessa forma, a ofuscação.

2 Retina A retina é uma camada delicada e fina formada principalmente pela retina neural e pelo epitélio pigmentado da retina (EPR). A retina neural é uma camada interna que contém neurônios e células fotossensíveis. A retina neural consiste em grande parte em células fotorreceptoras, denominadas cones e bastonetes, e interneurônios. A informação visual codificada pelos cones e bastonetes e é enviada para o cérebro através de impulsos transmitidos ao longo do nervo óptico. A retina também reveste internamente o corpo ciliar e a íris, porém essa região da retina é a sua parte não visual. Externamente, a retina se apoia na corioide e, internamente, ela está associada ao corpo vítreo discutido posteriormente. O epitélio pigmentado da retina (EPR) é uma camada externa de epitélio simples, composta de células cúbicas contendo melanina. 2 CÂMARAS DO OLHO As câmaras do olho são a câmara anterior, a câmara posterior e câmara vítrea. A câmara anterior é o espaço entre a córnea e a íris. A câmara posterior é o espaço entre a superfície posterior da íris e a superfície anterior da lente do cristalino. A câmara vítrea é o espaço entre a superfície posterior da lente do cristalino e a retina neural. A córnea, as câmaras anterior e posterior e seus conteúdos e a lente do cristalino constituem o segmento anterior do olho. A câmara vítrea, a retina visual, o EPR, a esclera posterior e o corioide constituem o segmento posterior do olho. Observe a figura a seguir. Os componentes transparentes do olho, em número de quatro, são meios refrativos que alteram o trajeto da luz para direcioná-la na retina, sendo eles: (1) a córnea que é a janela anterior do olho, (2) o humor aquoso que é o líquido aquoso localizado nas câmaras anterior e posterior, (3) a lente do olho (cristalino) que é uma estrutura bicôncava, transparente e suspensa na câmara posterior por um anel de fibras formadas pela proteína fibrilina (componente das fibras elásticas) orientadas radialmente, a zônula ciliar de Zinn e (4) o humor vítreo que é uma substância gelatinosa e transparente que preenche a câmara vítrea participando também da manutenção da forma do olho. A córnea é o principal elemento refrativo do olho. A lente do cristalino ocupa o segundo lugar em relação à córnea na refração dos raios luminosos. O humor aquoso e o humor vítreo têm apenas papéis menores na refração. Entretanto, o humor aquoso é importante em fornecer nutrientes às duas estruturas avasculares, a lente do cristalino e a córnea. VISÃO MICROSCÓPICA DO OLHO CÓRNEA A córnea consiste em cinco camadas: três camadas celulares (epitélio corneal, estroma corneal e endotélio corneal) e duas camadas não celulares (membrana limitante anterior e membrana limitante posterior). A córnea transparente tem apenas 0,5 mm de espessura em seu centro e cerca de 1 mm de espessura na periferia.

3 3 Epitélio Corneal O epitélio corneal é um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado consistindo em aproximadamente cinco camadas de células não queratinizadas e mede cerca de 50 µm de espessura. Ele é contínuo com o epitélio conjuntival que recobre a esclera (o branco do olho). As células epiteliais aderem às células vizinhas através de desmossomos. Assim como o epitélio da pele, as células proliferam a partir de uma camada basal e se tornam pavimentosas na superfície. As células basais são colunares baixas com núcleos redondos e ovoides. À medida que as células migram para a superfície, as organelas citoplasmáticas gradualmente desaparecem, indicando um declínio progressivo na atividade metabólica. O epitélio corneal tem uma notável capacidade de regeneração com um tempo de renovação de, aproximadamente, 7 dias. As células-tronco verdadeiras para o epitélio corneal residem no limbo corneoescleral, a junção da córnea com a esclera. Essas células-tronco são importantes na manutenção do epitélio corneal, mas também atuam como uma barreira para as células epiteliais da conjuntiva impedindo sua migração para o epitélio corneal. As células-tronco do epitélio corneal podem ser parcial ou totalmente depletadas por doença ou lesão extensa, resultando em anormalidades no epitélio corneal que levam à conjuntivalização da córnea, causando desconforto ocular e diminuição da visão. Lesões menores no epitélio corneal regeneram rapidamente pela indução da proliferação das células-tronco e migração das células do limbo corneoescleral para preencher o defeito. Várias terminações nervosas livres no epitélio corneal fornecem a ele extrema sensibilidade ao toque. A estimulação desses nervos desencadeia o piscar das pálpebras, o fluxo de lágrimas e, algumas vezes, dor intensa. Apesar da constante exposição do epitélio corneal à luz ultravioleta, o câncer desse epitélio é extremamente raro. Ao contrário da epiderme, que também é exposta à luz ultravioleta, a melanina não está presente como mecanismo de defesa no epitélio corneal. A presença de melanina na córnea diminuiria a transmissão luminosa. Em vez disso, recentemente foi mostrado que os núcleos das células do epitélio corneal contêm ferritina, uma proteína de armazenamento do ferro. Estudos experimentais com córneas de aves mostraram que a ferritina nuclear protege o DNA das células do epitélio corneal contra danos provocados por radicais livres causados pela exposição à luz ultravioleta. Membrana Limitante Anterior (Membrana de Bowman) A membrana limitante anterior é a membrana basal de aparência homogênea sobre a qual repousa o epitélio corneal. Essa lâmina tem aproximadamente 8 a 10 µm de espessura e está localizada entre o epitélio corneal e o estroma corneal subjacente e termina abruptamente no limbo corneoescleral. A lâmina limitante anterior age como uma barreira para a disseminação de infecções. Ela não se regenera e, consequentemente, se lesionada, forma-se uma cicatriz opaca que pode comprometer a visão. Estroma Corneal O estroma corneal constitui 90% da espessura da córnea e é constituído por cerca de 60 lamelas de fibras colágenas dispostas paralelamente com fibroblastos localizados por entre as lamelas. Membrana Limitante posterior (Membrana de Descemet) A lâmina limitante posterior é a membrana basal das células do endotélio corneal podendo ter espessura de até 10 µm que separa o endotélio corneal do estroma corneal adjacente. Ao contrário da lâmina limitante anterior, essa membrana regenera-se rapidamente após lesão. Diferentemente da membrana limitante anterior, a membrana limitante posterior estende-se sob a esclera. Endotélio Corneal O endotélio corneal é uma camada única de células pavimentosas que recobre a superfície da córnea em contato com a câmara anterior propiciando a troca metabólica entre a córnea e o humor aquoso contido nessa câmara. As células são unidas por zônulas de adesão e desmossomos. Praticamente todas as trocas metabólicas da córnea ocorrem através do endotélio corneal, importante para manter o conteúdo de água no estroma corneal favorecendo a transparência da córnea. O endotélio corneal humano tem uma capacidade proliferativa limitada tanto que danos nesse endotélio podem levar à opacidade da córnea. Observe a fotomicrografia a seguir que mostra em (a) um corte através da espessura completa da córnea, em (b) um aumento maior da superfície anterior da córnea e em (c) um aumento maior da superfície posterior da córnea. A seta indica uma célula superficial do epitélio corneal em descamação.

4 4 ESCLERA A esclera é uma camada opaca que consiste predominantemente em tecido conjuntivo denso contendo fibras colágenas dispostas aleatoriamente. Entremeadas por entre as fibras colágenas estão finas redes de fibras elásticas e uma quantidade moderada de substância fundamental. Os fibroblastos estão dispersos por entre as fibras. A opacidade da esclera, assim como outros tecidos conjuntivos densos, é atribuída principalmente a irregularidades de sua estrutura. A esclera é atravessada por vasos sanguíneos e nervos e é local de fixação dos tendões dos músculos extrínsecos do olho. Na região de transição entre a córnea e a esclera, a membrana de Bowman termina abruptamente. O epitélio, nesse local, espessa-se passando de 5 camadas na região do epitélio corneal para aproximadamente 10 camadas de células na região do epitélio conjuntival. Nessa junção, as lamelas do estroma corneal tornam-se menos regulares à medida que se fundem com os feixes oblíquos de fibras de colágeno da esclera. Uma transição abrupta da córnea avascular para a esclera bem vascularizada também ocorre nessa região. A região do limbo, especificamente no ângulo iridocorneal, contém o aparelho que permite a drenagem do humor aquoso. Esse aparelho é formado por canais revestidos por endotélio localizados na esclera denominados retículo trabecular (ou espaços de Fontana) que se fundem para formar o seio venoso da esclera (canal de Schlemm). O humor aquoso é produzido pelos prolongamentos ciliares (processos ciliares) que margeiam a câmara posterior do olho, na superfície posterior do corpo ciliar. O líquido passa da câmara posterior para a câmara anterior por uma abertura entre a íris e a lente do cristalino, entra nas aberturas do retículo trabecular (espaços de Fontana) e continua seu curso entrando no seio venoso da esclera (canal de Schlemm). Alterações no ângulo iridocorneal podem acarretar o bloqueio da drenagem do humor aquoso, causando glaucoma. ÍRIS A íris, a parte mais anterior da túnica vascular, forma um diafragma contrátil à frente da lente do cristalino e se estende a partir da borda anterior do corpo ciliar. A íris consiste em estroma de tecido conjuntivo ricamente vascularizado que é revestido em sua superfície posterior por células altamente pigmentadas, o epitélio pigmentado posterior. O grau de pigmentação é tão grande que nem o núcleo e nem o citoplasma podem ser visualizados pela microscopia óptica. Localizada anteriormente ao epitélio pigmentado posterior se encontra uma camada de células mioepiteliais, o epitélio pigmentado anterior. As porções posteriores dessas células mioepiteliais estão repletas de grânulos de melanina, que efetivamente obscurecem seus limites com as células do epitélio pigmentado posterior. As porções anteriores das células mioepiteliais possuem prolongamentos contendo elementos contráteis que se estendem radialmente e em conjunto constituem o músculo dilatador da pupila da íris. Esse músculo é inervado por nervos simpáticos que emergem do gânglio cervical superior e é responsável por aumentar o tamanho da pupila em resposta à luz fraca. Já a constrição da pupila é produzida pelas células musculares lisas localizadas no estroma da íris próximo da margem pupilar da íris. Em conjunto, essas células, orientadas circunferencialmente, compõem o músculo esfíncter da pupila. Esse músculo é inervado por nervos parassimpáticos que emergem do gânglio

5 ciliar, cujas fibras cursam no nervo oculomotor (nervo craniano III) sendo responsável por reduzir o tamanho da pupila em resposta à luz intensa. A falha da pupila em responder quando uma luz intensa é direcionada ao olho é um importante sinal clínico de ausência de função nervosa ou cerebral. O estroma da íris contém fibroblastos e melanócitos. O número de melanócitos no estroma é responsável pela variação na cor do olho determinada pela luz refletida pelos pigmentos presentes nos melanócitos do estroma da íris. A função desses pigmentos na íris é absorver os raios luminosos. Se existirem poucos melanócitos no estroma da íris, a luz refletida será azulada e o olhos serão azuis. À medida que a quantidade de melanócitos aumenta, a cor dos olhos se modifica de azul para azul-esverdeado e, por fim, castanho. CORPO CILIAR O corpo ciliar é a porção anterior espessada da túnica vascular e está localizado entre a íris e a corioide e estende-se até a ora serrata. A ora serrata marca o limite entre a parte neural da retina e a sua porção não visual. No terço anterior do corpo ciliar encontram os prolongamentos (processos) ciliares. As fibras da zônula ciliar de Zinn originam-se dos sulcos entre os prolongamentos ciliares. Observe a fotomicrografia a seguir que mostra o corpo ciliar, uma parte da íris e o ângulo iridocorneal. 5 As camadas do corpo ciliar são semelhantes àquelas da íris e consistem em um estroma e em um epitélio. O estroma é dividido em duas camadas: (1) a camada externa de músculo liso, o músculo ciliar, constitui a maior parte do corpo ciliar e (2) uma região vascular interna que se estende até os prolongamentos ciliares. Como as fibras da zônula ciliar de Zinn se inserem no cristalino de modo cruzado, a contração do músculo ciliar reduz a tensão sobre a lente do cristalino, fazendo com que a lente se acomode permitindo focalizar objetos próximos. De modo inverso, o relaxamento do músculo ciliar promove o achatamento da lente do cristalino permitindo focalizar objetos distantes. A contração do músculo ciliar também ajuda a abrir o ângulo iridocorneal para facilitar a drenagem do humor aquoso. O músculo ciliar, da mesma forma que o músculo constritor da íris, recebe fibras parassimpáticas que emergem do gânglio ciliar cujas fibras cursam no nervo oculomotor (nervo craniano III). Os prolongamentos ciliares são cobertos por uma dupla camada de células epiteliais colunares, o epitélio ciliar, que tem duas funções principais: (1) secreção do humor aquoso e (2) secreção e ancoragem das fibras zonulares (zônula ciliar de Zinn) que formam o ligamento suspensor da lente do cristalino. As células da camada interna do epitélio ciliar não são pigmentadas e estão voltadas para a câmara posterior. A camada externa que está voltada para o estroma de tecido conjuntivo do corpo ciliar é intensamente pigmentada e é contínua com a camada epitelial pigmentada da retina. Esse epitélio ciliar de dupla camada continua sobre a íris, onde se torna o epitélio pigmentado posterior e o mioepitélio pigmentado anterior. As fibras zonulares estendem-se desde as células epiteliais não pigmentadas dos prolongamentos ciliares até a lente do cristalino. Além disso, as células não pigmentadas estão diretamente envolvidas na produção do humor aquoso. A composição iônica do humor aquoso é semelhante à do plasma, mas contém menos de 0,1% de proteínas (comparado a 10% de proteínas no plasma). O humor aquoso passa entre a íris e a lente do cristalino, antes de alcançar a câmara anterior do olho. Na câmara anterior do olho, o humor aquoso passa

6 pelo ângulo iridocorneal formado entre a córnea e a íris. Nesse local, ele penetra nos espaços labirínticos do retículo trabecular (espaços de Fontana) onde é reabsorvido e, finalmente, alcança o seio venoso da esclera (canal de Schlemm), que se comunica com as veias da esclera. CORIOIDE A corioide é a porção da túnica vascular que se situa entre a esclera e a retina. Duas camadas podem ser identificadas na corioide: (1) a camada coriocapilar, uma camada vascular interna e (2) a lâmina basilar da corioide (membrana de Bruch). Os vasos sanguíneos da camada coriocapilar, que termina na ora serrata, fornecem nutrientes às células da retina. A lâmina basilar da corioide (membrana de Bruch) se situa entre a camada coriocapilar e o epitélio pigmentado da retina (EPR). RETINA A retina representa a camada mais interna do olho e consiste em duas camadas básicas: (1) a retina neural ou a retina propriamente dita, é a camada interna que contém os fotorreceptores e (2) o EPR, a camada externa que repousa sobre a lâmina basilar da corioide (membrana de Bruch). Essas duas camadas da retina podem ser separadas mecanicamente nas preparações histológicas. No entanto, a separação dessas camadas (descolamento da retina) também pode ocorrer em vida por doença ou traumatismo ocular. Na retina neural, são reconhecidas duas regiões ou porções com funções diferentes: (1) a região não fotossensível (porção não visual), anterior à ora serrata que reveste a parte interna do corpo ciliar e a superfície posterior da íris e (2) a região fotossensível (porção óptica) reveste a superfície interna do olho posteriormente à ora serrata, exceto onde é atravessada pelo nervo óptico. O local onde o nervo óptico se une à retina é denominado disco óptico. Como o disco óptico não tem fotorreceptores, representa um ponto cego no campo visual da retina. Já a fóvea central, uma depressão superficial localizada lateralmente ao disco óptico, é a área de maior acuidade visual sendo a região da retina com a maior concentração dos elementos visuais. Observe a figura a seguir que mostra a localização de diversas estruturas do globo ocular incluindo o disco óptico e a fóvea. 6 Camadas da Região Fotossensível da Retina Dez camadas de células e seus prolongamentos formam a retina. Porém, antes de discutir as dez camadas da retina, é importante identificar os tipos de células encontrados. A identificação ajuda na compreensão das relações funcionais dessas células. Estudos da retina em primatas identificaram pelo menos 15 tipos de neurônios que formam pelo menos 38 tipos diferentes de sinapses. Por conveniência, os neurônios e as células de sustentação podem ser classificados em quatro grupos de células: 1)

7 Fotorreceptores: os cones e os bastonetes, (2) Neurônios condutores: neurônios bipolares e células ganglionares, (3) Neurônios associativos: células horizontais e células amácrinas e (4) Células de sustentação (neuróglia): células de Müller e células microgliais. O arranjo e as associações específicas dos núcleos e dos prolongamentos dessas células resultam em uma retina organizada em dez camadas que são visualizadas no microscópio óptico. As dez camadas da retina, de fora para dentro, são: 1) Epitélio pigmentado da retina (EPR): a camada externa da retina que, na verdade, não faz parte da retina neural, mas está intimamente associada a ela. 2) Camada dos cones e dos bastonetes: contém os segmentos externo e interno desses fotorreceptores. 3) Membrana limitante externa: onde se encontra a membrana plasmática apical das células de Müller. 4) Camada nuclear externa: contém os núcleos dos cones e bastonetes. 5) Camada plexiforme externa: contém os prolongamentos (fibras internas) dos cones e dos bastonetes e os prolongamentos dos neurônios das células horizontais, das células amácrinas e dos neurônios bipolares, sendo esse o local de sinapses entre essas células. 6) Camada nuclear interna: contém os corpos celulares das células horizontais, das células amácrinas, dos neurônios bipolares e das células de Müller. 7) Camada plexiforme interna contém os prolongamentos das células horizontais, das células amácrinas, dos neurônios bipolares que fazem sinapse com os prolongamentos dos neurônios denominados células ganglionares, cujos corpos celulares estão na camada seguinte. 8) Camada de células ganglionares: contém os corpos celulares (núcleos) das células ganglionares 9) Camada de fibras do nervo óptico: contém prolongamentos das células ganglionares que vão da retina até o cérebro 10) Membrana limitante interna: onde se encontra a membrana plasmática basal das células de Müller. Observe a figura a seguir acompanhando a descrição de cada camada. 7 1) Epitélio pigmentado da retina (EPR) O EPR é uma camada única de células cúbicas que repousam sobre a lâmina basilar da corioide (membrana de Bruch) com a função absorver a luz que passa através da retina neural para evitar ofuscamento.

8 2) Camada dos cones e bastonetes A luz que alcança os cones e os bastonetes deve passar primeiramente através de todas as camadas internas da retina neural. A retina contém aproximadamente 7 milhões de cones e 120 milhões de bastonetes. Funcionalmente, os bastonetes são mais sensíveis à luz e são os receptores usados durante um período de baixa intensidade luminosa. Os pigmentos dos bastonetes fornecem imagens compostas de tons em cinza com aquelas vistas em fotos em preto e branco. Existem três classes de cones: L, M e S (sensíveis a comprimentos de onda longos, médios e curtos, respectivamente), que não podem ser distinguidas morfologicamente. Os cones são menos sensíveis à luz fraca e mais sensíveis aos comprimentos de onda das luzes vermelha, verde e azul do espectro visual. Os cones fornecem uma imagem colorida composta pela mistura das luzes vermelha, verde e azul. Observe a figura a seguir que mostra esquematicamente a estrutura dos cones e dos bastonetes. 8 A visão é um processo pelo qual a luz que atinge a retina é convertida em impulsos nervosos que são então transmitidos ao cérebro. A conversão da luz incidente em impulsos nervosos é denominada processamento visual e ocorre por esses dois tipos de fotorreceptores: os cones e os bastonetes. 3) Membrana limitante externa A membrana limitante externa não é uma membrana verdadeira pois é, na verdade, uma fileira de zônulas de adesão entre as células de Müller e os cones e bastonetes. 4) Camada nuclear externa A camada nuclear externa contém os núcleos dos cones e bastonetes. Os núcleos dos cones coram-se levemente e são maiores e mais ovais que os núcleos dos bastonetes. 5) Camada plexiforme externa A camada plexiforme externa é formada pelos prolongamentos dos cones e dos bastonetes e pelos prolongamentos dos neurônios denominados células horizontais, células amácrinas e neurônios bipolares. Esses prolongamentos permitem a passagem do impulso nervoso das células fotorreceptoras para esses neurônios especializados através de sinapses. Normalmente, muitas células fotorreceptoras fazem sinapse com um único neurônio bipolar formando redes neurais. Os prolongamentos dendríticos das células horizontais e das células amácrinas fazem sinapse com as células fotorreceptoras por toda a retina aumentando a complexidade das conexões neurais. 6) Camada nuclear interna A camada nuclear interna consiste em núcleos de células horizontais, de células amácrinas, de neurônios bipolares e de células de Müller. As células de Müller formam um arcabouço para toda a retina. Seus prolongamentos revestem outras células da retina de modo tão completo que elas preenchem a maior parte do espaço da retina. As extremidades basal e apical das células de Müller formam as membranas limitantes interna e externa, respectivamente. Os neurônios bipolares e seus prolongamentos estendem-se desde a camada plexiforme externa onde fazem sinapses com os cones e os bastonetes até a camada plexiforme interna, onde fazem sinapse com

9 diversas células ganglionares. Os outros neurônios dessa camada formam interconexões complexas em que seus prolongamentos se ramificam intensamente para oferecer locais de conexões sinápticas com as terminações axônicas dos neurônios bipolares. 7) Camada plexiforme interna A camada plexiforme interna consiste em conexões sinápticas entre axônios dos neurônios bipolares e dendritos das células ganglionares. 8) Camada de células ganglionares A camada de células ganglionares consiste em corpos celulares de grandes neurônios multipolares denominados células ganglionares. Essas células nervosas têm núcleos redondos levemente corados com nucléolos proeminentes e corpúsculos de Nissl em seu citoplasma. Um prolongamento axônico emerge do corpo celular, adentra a camada de fibras nervosas e, em seguida, penetra no nervo óptico. Na maior parte da retina, uma única célula ganglionar pode fazer sinapse com uma centena de neurônios bipolares. Em um contraste acentuado, na região macular que circunda a fóvea, os neurônios bipolares são menores e fazem conexões uma a uma com as células ganglionares. Na maior parte da retina, as células ganglionares são apenas uma única camada de células. Entretanto, na mácula, elas estão empilhadas em uma camada de até oito células. Dispersas por entre as células ganglionares estão pequenas células neurogliais com núcleos densamente corados. 9) Camada das fibras do nervo óptico Os prolongamentos axônicos não mielinizados das células ganglionares formam uma camada que cursa paralelamente à superfície da retina. Essa camada aumenta de espessura à medida que os axônios se aproximam do disco óptico. Os vasos retinianos, incluindo a rede capilar superficial, estão principalmente localizados nessa camada. 10) Membrana limitante interna A membrana limitante interna consiste na membrana plasmática basal da célula de Müller. CRISTALINO A lente do cristalino é uma estrutura biconvexa, avascular e transparente. É suspensa entre as bordas do corpo ciliar pelas fibras zonulares (zônula ciliar de Zinn). A lente do cristalino tem três componentes principais: (1) a cápsula da lente, uma lâmina basal espessa produzida pelas células do epitélio subcapsular, (2) o epitélio subcapsular, uma camada cúbica de células presentes apenas na superfície anterior da lente do cristalino e (3) as fibras da lente, estruturas derivadas das células epiteliais subcapsulares. Observe a figura a seguir. 9 A cápsula da lente, composta principalmente de colágeno do tipo IV e de proteoglicanas é flexível. Ela é mais espessa onde as fibras da zônula (zônula ciliar de Zinn) se aderem a ela. As células do epitélio subcapsular produzem novas fibras durante a fase de crescimento do indivíduo, porém a velocidade dessa produção torna-se cada vez menor ao longo da vida, após a fase de crescimento. Á medida que são produzidas, as fibras da lente se tornam altamente alongadas e aparecem como estruturas

10 finas e achatadas. As células do epitélio subcapsular perdem seus núcleos e suas organelas à medida que se tornam preenchidas com proteínas denominadas cristalinas. Próximo do centro da lente, no núcleo, as fibras estão comprimidas e condensadas em tal grau que é impossível reconhecer as fibras individualmente. Apesar de sua densidade a lente é normalmente transparente. As alterações na lente estão associadas ao envelhecimento. Com o avançar da idade, a lente gradualmente perde sua flexibilidade e consequentemente, a capacidade de se acomodar. Porém, o músculo ciliar também pode estar envolvido. Essa condição, denominada presbiopia, em geral ocorre na quarta década de vida. Ela é facilmente corrigida com o uso de óculos de leitura ou de uma lente de aumento. A perda da transparência da lente ou de sua cápsula também é uma condição relativamente comum associada ao envelhecimento. Essa condição, denominada catarata, pode ser causada por vários fatores incluindo alterações conformacionais das proteínas da lente. A catarata, que compromete significativamente a visão, em geral pode ser corrigida cirurgicamente pela remoção da lente e sua substituição por uma lente de plástico implantada na câmara posterior. HUMOR VÍTREO O humor vítreo é uma substância gelatinosa e transparente que preenche a câmara vítrea e entra em contato com a membrana limitante interna da retina. O humor vítreo é um gel homogêneo contendo aproximadamente 99% de água, colágeno, glicosaminoglicanas (principalmente hialurona) e uma pequena população de células denominada hialócitos. Acredita-se que essas células sejam responsáveis pela síntese de colágeno e de glicosaminoglicanas. Os hialócitos na preparação de rotina com hematoxilina e eosina (HE) são difíceis de serem visualizados. CONJUNTIVA A conjuntiva é uma membrana mucosa transparente e fina que se estende do limbo corneoescleral localizado na margem periférica da córnea revestindo a esclera (conjuntiva bulbar) e a superfície interna das pálpebras (conjuntiva palpebral). Ela consiste em um epitélio estratificado cilíndrico contendo inúmeras células caliciformes e repousa sobre a lâmina própria composta de tecido conjuntivo frouxo. A secreção das células caliciformes é um componente das lágrimas que banham o olho. A conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva que comumente é denominada olho vermelho, é caracterizada por vermelhidão, irritação e lacrimejamento. GLÂNDULA LACRIMAL A glândula lacrimal produz lágrima que umedece a córnea sendo depois transportada para o ducto nasolacrimal. As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais e, em um menor grau, pelas glândulas lacrimais acessórias. A glândula lacrimal está localizada no lado lateral superior da orbita e consiste em diversos lóbulos e seus ácinos têm grandes lúmens revestidos por células cilíndricas. As células mioepiteliais, localizadas abaixo das células epiteliais, ajudam na liberação das lágrimas. Aproximadamente 12 ductos secretam lágrima na conjuntiva logo abaixo da pálpebra superior. As lágrimas são drenadas no ângulo medial do olho através de pequenas aberturas denominadas canalículos lacrimais superiores e inferiores que se unem para formar o canalículo comum, que se abre no saco lacrimal. O saco lacrimal é contínuo com o ducto nasolacrimal, que se abre na cavidade nasal abaixo da concha nasal inferior. O epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado (epitélio respiratório) reveste o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal. Observe a figura a seguir. 10

11 As lágrimas protegem o epitélio corneal e contêm agentes antibacterianos e protetores contra a radiação ultravioleta. As lágrimas, quando fluem, também lavam o olho de materiais estranhos em direção aos canalículos quando fluem através da superfície corneal na direção do ângulo medial do olho onde se encontram os canalículos. As lágrimas contêm proteínas (albumina da lágrima, Iactoferrina), enzimas (lisozima), lipídios, metabólitos e eletrólitos. A lactoferrina, proteína catiônica da lágrima, aumenta a atividade de vários agentes antimicrobianos como a lisozima. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO OLHO O movimento do olho dentro da órbita é produzido por seis músculos denominados músculos extrínsecos do olho, sendo eles: (1) o músculo reto medial, (2) o músculo reto lateral, (3) o músculo reto superior, (4) o músculo reto inferior, (5) o músculo oblíquo superior e (6) o músculo oblíquo inferior. O músculo reto lateral é inervado pelo nervo abducente (nervo craniano VI). O músculo oblíquo superior é inervado pelo nervo troclear (nervo craniano IV). Todos os outros músculos extrínsecos do olho são inervados pelo nervo oculomotor (nervo craniano III). A ação combinada e controlada desses músculos permite o movimento vertical, lateral e rotacional do olho. Normalmente, as ações dos músculos de ambos os olhos são coordenadas de modo que os olhos se movam em paralelo (denominado olhar conjugado). 11

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