Necessidades de emergência poderão aumentar durante o pico da época de escassez
|
|
- Raul Cesário di Castro
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 MOÇAMBIQUE Perspectiva de Segurança Alimentar Outubro de 2016 a Maio de 2017 Necessidades de emergência poderão aumentar durante o pico da época de escassez DESTAQUES Numa altura em que o país enfrenta os efeitos típicos da época de escassez, a FEWS NET estima que entre Outubro e Dezembro, cerca de 1,8 milhões de pessoas poderão enfrentar uma situação de Crise (IPC Fase 3) e, por conseguinte, necessitarão de assistência humanitária urgente. Um número menor de famílias, especialmente nas zonas de conflicto, poderão estar numa Situação de Emergência (IPC Fase 4), mas as necessidades, no geral, deverão aumentar e atingir o pico em Janeiro/Fevereiro de A assistência está actualmente sendo prestada em várias zonas e diferentes modalidades, ajudando a mitigar a situação de insegurança alimentar. Figura 1. Resultados estimados de segurança alimentar, Outubro de 2016 De Janeiro a Março de 2017, a FEWS NET estima que o número de pessoas em Crise (IPC Fase 3) ou pior suba para cerca de 2,3 milhões, incluindo as potencialmente afectadas pelas cheias. Embora existam planos e algum financiamento garantido até Março/Abril, não existe qualquer garantia de que o nível de assistência humanitária necessária será prestada em tempo útil. Na ausência de assistência adequada e sustentável até o pico da época de escassez, o número de famílias que enfrentam situação de Emergência (IPC Fase 4) poderá aumentar no Sul e partes do centro durante este período. A preparação da terra e sementeira estão em curso em partes do sul e centro, onde a previsão aponta para a ocorrência de precipitação normal para acima do normal durante a primeira metade da época. Os alimentos verdes ficarão Fonte: FEWS NET Este mapa representa os resultados de insegurança alimentar aguda relevante para a tomada de decisão de emergência. Não reflecte necessariamente uma insegurança alimentarcrónica. Visite aqui para mais detalhes sobre esta escala. disponíveis na zona Sul em Fevereiro, seguidos pela colheita em Março. De Março em diante, na sequência das colheitas, a maioria das famílias estará a consumir alimentos de produção própria e poderá passar para a situação de insegurança alimentar de Estresse (IPC Fase 2) ou insegurança alimentar aguda mínima (IPC Fase 1). Os volumes de alimentos básicos apresentam uma oferta adequada na maioria dos mercados monitorados, com excepção de partes do Sul, onde a quantidade do milho se encontra muito abaixo da média. O comportamento dos preços do milho foi misto entre Agosto e Setembro, mas permanece a 120 por cento acima do ano passado e 182 por cento acima da média de cinco anos. Estes preços elevados poderão continuar até Fevereiro, dificultando o acesso aos alimentos pelos mais pobres. Os fluxos de milho são ligeiramente constrangidos, principalmente do norte ao sul, devido à tensão político-militar. CALENDÁRIO SASONAL NUM ANO NORMAL Fonte: FEWS NET FEWS NET MOZAMBIQUE fews.mozambique@fews.net A FEWS NET é uma actividade financiada pela USAID. O conteúdo deste relatório não reflecte necessariamente o ponto de vista da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ou do Governo dos Estados Unidos
2 PANORAMA NACIONAL Situação Actual Actual Situação de Segurança Alimentar A época de escassez começou mais cedo do que o habitual este ano em Agosto, em vez de Outubro, em grande parte das regiões sul e centro devido ao rápido esgotamento das reservas de alimentos e renda limitada das famílias causados por dois anos consecutivos de fraca produção agrícola relacionada com a seca. A época 2015/16, em particular, foi afectada por seca severa, que esteve ligada a um dos mais fortes eventos El Niño jamais registados. Com base nas estimativas da FEWS NET, existem actualmente cerca de 1,8 milhões de pessoas em Crise (IPC Fase 3) ou situação pior, e necessitarão de assistência humanitária de emergência. A maioria das famílias rurais não afectadas pela seca consegue satisfazer as suas necessidades alimentares básicas e não enfrenta qualquer situação de insegurança alimentar (IPC Fase 1) em grande parte devido à disponibilidade de reservas de alimentos da sua produção, produção de vegetais da segunda época, e compras locais de alimentos. Figura 2. Resultados projectados de segurança alimentar, Out a Jan De acordo com a análise do IPC agudo de Agosto pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), os dados recolhidos usando os indicadores da Pontuação do Consumo de Alimentos (FCS) mostraram que na província de Gaza cerca de 26 por cento dos agregados familiares possuem fraco consumo de alimentos, seguido de Manica (20 por cento), Sofala (16 por cento), Tete (14 por cento), e Inhambane (11 por cento). Todas as outras províncias têm menos de 10 por cento dos agregados familiares com fraco consumo de alimentos. Em relação ao Índice das Estratégias de Sobrevivência Reduzidas (rcsi), um indicador de segurança alimentar que focaliza-se no uso de estratégias de sobrevivência baseadas no consumo, indicou que pelo menos 25 por cento de famílias em Gaza, Maputo, Sofala e Zambézia reduziram o número de refeições no geral, enquanto a redução do consumo de alimentos em adultos em prol das crianças foi maior em Maputo, Manica e Zambézia. Ademais, muitas famílias, tais como aquelas chefiadas por mães solteiras ou idosos, que não conseguem executar outras oportunidades de trabalho, são obrigadas a depender apenas do consumo de alimentos silvestres e assistência humanitária. No entanto, a seca também reduziu a disponibilidade de alimentos silvestres típicos. No geral, as províncias do norte têm aplicado estratégias de sobrevivência menos baseadas no consumo devido à maior disponibilidade de alimentos. Fonte: FEWS NET Figura 3. Resultados projectados de segurança alimentar, Fev. a Maio 2017 Preparação da Época Agrícola 2016/17 A época agrícola 2016/17 foi oficialmente lançada pelo Governo de Moçambique a 28 de Outubro, um pouco mais tarde do que o habitual. A preparação da terra começou em Setembro na maioria das zonas do Sul e partes da região centro em Outubro, e espera-se que se estenda gradualmente para a região norte até o início de Novembro. De acordo com a Departamento de Culturas e Aviso Prévio (DCAP) do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), a partir de meados de Outubro, a preparação da terra na região Sul atingiu 70 por cento da área total prevista, enquanto nas regiões centro e norte a preparação da terra atingiu 50 por cento da área total planificada. Nas zonas costeiras do Sul, a sementeira já começou, especialmente do milho, amendoim e feijão nhemba. Nas regiões centro e norte, a sementeira deverá começar entre meados de Novembro e meados de Dezembro, quando as chuvas começarem efectivamente. A disponibilidade de insumos agrícolas, principalmente sementes, será crucial para ajudar os agricultores, particularmente as famílias afectadas pela seca, a tirar o máximo proveito das condições agro-climatéricas favoráveis esperadas ligadas aos efeitos similares aos do fenómeno La Niña. Normalmente, as famílias pobres dependem da sua própria semente, mas este ano devido às dificuldades de acesso aos alimentos, algumas poderão acabar por consumir as suas sementes. O Governo de Moçambique, em coordenação com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e outras 2 Fonte: FEWS NET Este mapa representa os resultados de insegurança alimentar aguda relevante para a tomada de decisão de emergência. Não reflecte necessariamente uma insegurança alimentarcrónica. Visite aqui para mais detalhes sobre esta escala.
3 organizações, tem estado a fornecer sementes às famílias afectadas pela seca desde Agosto, e distribuições adicionais estão previstas para o período de Outubro a Dezembro conforme indicado abaixo (vide pressuposto sobre insumos). Rendimentos Com o mercado a ser a principal fonte de alimentos para a maioria das famílias pobres nas regiões sul e centro, a fim de obter dinheiro, as famílias continuam a fazer o que podem para ganhar renda que lhes permita fazer compras. AS oportunidades de trabalho agrícola começam a aumentar gradualmente, particularmente as relacionadas com o desmatamento, preparação da terra e sementeira. No entanto, devido ao poder de pagamento reduzido das famílias médias e ricas, o acesso à renda através destas actividades pode ser adiada até depois da colheita. Onde as actividades agrícolas ainda não estão disponíveis, as famílias pobres têm ocasionalmente vendido galinhas ou outros pequenos animais em sua posse num ritmo acelerado quando comparado com a média. Além da venda de aves de capoeira, as famílias conseguem obter dinheiro através do trabalho informal, que inclui as actividades de construção, colecta de água; e actividades de auto-emprego, incluindo a recolha e venda de produtos naturais tais como capim, corte e venda de estacas para construção, caniço; produção e venda de carvão vegetal; recolha e venda de lenha; fabrico de bebidas; cobertura de casas; e artesanato. No entanto, alguns dos produtos, tais como capim e caniço, também são afectados pela seca, o que levou a uma redução da disponibilidade e qualidade destes produtos. A produção de bebidas tradicionais também é afectada pela fraca disponibilidadeda da matéria-prima. Também, com mais e mais pessoas envolvidas em actividades de auto-emprego, as oportunidades de venda são reduzidas, limitando os rendimentos. Com o começo das chuvas, algumas dessas actividades serão ligeiramente reduzidas apesar da alta demanda de todas as oportunidades de geração de renda. A migração para a vizinha África do Sul em busca de oportunidades de emprego continua a um ritmo crescente, muitas vezes ilegalmente. Devido a dificuldades em encontrar trabalho estável na África do Sul, a maioria destes emigrantes não conseguem enviar remessas aos seus familiares em Moçambique. Internamente, famílias inteiras ou membros das famílias migram temporariamente e por vezes permanentemente para lugares com melhores condições de segurança alimentar. Um número indeterminado de pessoas, especialmente os jovens, deslocam-se para zonas com oportunidades de mineração, particularmente nas províncias de Tete, Manica e Zambézia, onde praticam a mineração de subsistência ou artesanal geralmente de forma ilegal. Figura 4. Preços de milho de Setembro Comparados à média de cinco anos Preços e funcionamento dos mercados A oferta de alimentos básicos e outros produtos é adequada na maioria dos mercados monitorados, com excepção de partes do Sul, onde a disponibilidade do milho encontra-se muito abaixo da média devido à combinação de baixa produção e tensão político-militar que dificulta a circulação normal entre norte/centro e sul. De acordo com o último boletim do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), as fontes de produtos alimentares são as mesmas de sempre, mas em alguns mercados, tais como Chókwe, que normalmente é abastecido pelo milho produzido localmente, este ano está a ser abastecido pela região centro, particularmente a Província de Manica. Os preços do milho entre Agosto e Setembro apresentaram um padrão misto. Os preços do grão do milho subiram em Chimoio e Tete (10 por cento), Gorongosa (11 por cento), Mocuba (18 por cento) e Maputo (34 por cento), diminuiram na Beira (-12 por cento), Chókwe (-9 por cento), e foram estáveis em Maxixe, Nampula e Pemba. Uma comparação entre os preços deste ano e a média de cinco anos mostra que os preços actuais estão acima da média em todos os mercados em 182 por cento em média e acima dos preços do ano passado por 120 por cento, em média (vide Figura 4). Fonte: FEWS NET Conflito Devido ao conflicto político-militar em curso, um número indeterminado de pessoas em partes do centro do país foram forçadas a sair das suas casas em busca de locais mais seguros. As que ficaram poderão estar em piores condições de 3
4 segurança alimentar, provavelmente numa situação de Emergência (IPC Fase 4), uma vez que as famílias pobres têm se preocupado mais na sua segurança do que em suas formas de vida. Estas famílias pobres poderão estar a enfrentar grandes défices de alimentos, a utilizar mecanismos de sobrevivência de emergência, e se a situação tornar-se insustentável, serão forçadas a se deslocar para áreas seguras onde poderão receber assistência humanitária. Os impactos negativos do conflicto político-militar em curso também estão a afectar os esforços do Governo de Moçambique e parceiros de prestação de assistência humanitária de emergência aos necessitados nas zonas remotas afectadas pelo conflicto. Assistência humanitária De acordo com os parceiros do Grupo de Segurança Alimentar (Food Security Cluster), em Setembro, cerca de pessoas nas províncias de Gaza, Inhambane, Sofala e Tete receberam assistência alimentar através de uma combinação de acções de distribuição de alimentos em espécie e através de senhas. Com base nas actuais estimativas das necessidades de 1,8 milhões de pessoas, esta assistência cobriu apenas 23 por cento das necessidades totais nacionais em Setembro. Em Gaza e Inhambane, duas províncias particularmente muito afectadas, a cobertura em Setembro atingiu mais de 60 por cento do total das necessidades nestas duas províncias. Doadores tais como USAID/Food for Peace, USAID/OFDA, DFID, SIDA, ECHO, bem como outros doadores e organizações privadas todos comprometeram fundos para estas formas de assistência humanitária em todas as sete províncias afectadas pela seca, incluindo Maputo, Manica e Zambézia, onde não acontece actualmente qualquer assistência pela Equipa Humanitária Nacional (HCT), com as expectativas de assistência ir até Março/Abril de Por outro lado, o Governo de Moçambique tem vindo a prestart e continua a planificar a assistência humanitária de emergência para a cobrir os défices das necessidades. Actualmente, o PMA e Visão Mundial Internacional (WVI) estão a distribuir rações de alimentos em espécie que cobrem pelo menos 50 por cento do valor mínimo de quilocalorias (kcal) por pessoa por dia (ppd). No entanto, o PMA encontra-se actualmente a realizar uma revisão do orçamento/projecto com a proposta de aumentar a quantidade em espécie para cobrir cerca de 90 por cento das necessidades mínimas diárias. Esta acção será quase consistente com o nível da assistência via senhas em curso e poderá ser implementada assim que o projecto for aprovado e recursos disponibilizados. A CHEMO, composta pela WVI e Food for the Hungry (FFH), e COSACA, um consórcio de ONGs composto pela Concern, Oxfam, Save the Children e CARE, está a distribuir senhas no valor de USD 50 (convertido em Meticais) por família por mês. Actualmente esta senha pode comprar alimentos suficientes para cobrir cerca de 90 por cento das kcal ppd. Dada as flutuações dos preços bem como depreciação da moeda nacional, esta mesma senha não poderá proporcionar a mesma quantidade de alimentos durante o pico da época de escassez altura em que os preços dos alimentos atingem níveis mais altos, o que provavelmente vai exigir um reajuste. Pressupostos Pressupostos Nacionais A perspectiva de segurança alimentar para o período de Outubro de 2016 a Maio de 2017 é baseada nos seguintes pressupostos a nível nacional: Disponibilidade de alimentos Défice do milho. De acordo com estimativas da FEWS NET, em parte baseadas no Índice de Satisfação das Necessidades Hídricas e no Balanço Alimnetar preliminar para a campanha de comercialização 2016/17, há um défice inicial de 393 mil toneladas de milho. Este número não inclui quaisquer importações projectadas, que são oficialmente estimadas em 175 mil toneladas, e também não exclui as exportações informais transfronteiriças estimadas em 110 mil toneladas. Importações internacionais de milho. Espera-se que o milho seja importado da África do Sul através dos canais comerciais existentes e, principalmente, pelas empresas moageiras. De acordo com o PMA, o grão de milho é importado da Zâmbia, África do Sul e Malawi e complementada por compras locais. Défice de arroz. Com base em estimativas oficiais, a produção nacional de arroz é estimada em 212 mil toneladas com reservas iniciais de 121 mil. Com as necessidades de consumo estimadas de 574 mil toneladas, isto resultará num défice inicial de 241 mil toneladas a ser coberto por importações próximas da média de cerca de 220 mil toneladas, principalmente da Ásia, resultando num défice de cerca de 21 mil toneladas. Prvisão Sazonal Impacto dos efeitos similares aos do fenómeno La Niña. De acordo com a NOAA, a mais recente previsão indica impactos similares aos efeitos de La Niña até o final de Ademais, com a previsão do Dipolo Subtropical do Oceano Índico (SIOD) 4
5 positivo até o início de 2017, a maior parte do país tem uma alta probabilidade de receber precipitação normal para acima do normal. Espera-se precipitação normal para abaixo do normal para o Norte de Outubro a Dezembro, mas as implicações serão menores dado que a época agrícola efectiva nesta região não iniciará até meados de Dezembro. Em Março, partes do extremo sul de Moçambique poderão receber precipitação normal para abaixo do normal, mas esta precipitação poderá cair depois do começo da colheita. (Vide a Figura 5 abaixo, que mostra quando a chuva começa normalmente em todo o país.) Maior actividade ciclónica. Entre Dezembro de 2016 e Março de 2017, a actividade ciclónica no Sudoeste do Oceano Índico será acima da média devido ao previsto SIOD positivo e condições semelhantes às da La Niña até o início de 2017, o que aumentará a probabilidade de ocorrência de ciclones em Moçambique. O destino mais frequente de ciclones são as zonas costeiras entre as províncias de Nampula e Inhambane. Em caso de um ciclone, a maioria das famílias afectadas pode manter-se em situação de segurança alimentar, mas as famílias mais pobres podem entrar temporariamente uma situação de insegurança alimentar de estresse (IPC Fase 2) e de Crise (IPC Fase 3) podendo necessitar de assistência humanitária urgente. Nas zonas afectadas pela seca há possibilidade de algumas famílias virem a enfrentar piores situações. Figura 5. Início médio das chuvas (em dekadas) com base na análise de dados de 2005 a 2015 Hidrologia Os níveis dos rios começam a recuperar. A previsão de chuvas normais para acima do normal poderá repor os níveis dos rios e das barragens, a partir de Novembro, mas, dados os níveis actuais de secura, os níveis continuarão abaixo dos níveis normais durante a primeira metade da época (Outubro a Dezembro 2016), mas poderão chegar aos níveis normais durante a segunda metade da época (Janeiro a Março 2017). Fonte: USGS/FEWS NET Cheias Cheias moderadas a severas esperadas. Particularmente associadas com uma maior atividade ciclónica devido aos impactos similares as do fenómeno La Niña sobre a precipitação, entre Dezembro de 2016 e Março de 2017, especialmente nas zonas propensas às cheias tais como as bacias dos rios Umbeluzi, Incomati, Mutamba, Inhanombe, Púngoè, Licungo, Ligonha, Meluli, Megaruma, Montepuez, Messalo e Lugenda, são prováveis cheias moderadas a severas. Em caso de cheias, infra-estruturas tais como estradas, pontes entre outras podem ficar parcialmente ou totalmente intransitáveis e/ou destruídas. As águas das cheias colocarão em perigo a vida humana e animal e algumas famílias deslocadas terão que ser evacuadas de emergência para locais seguros. As famílias deslocadas, em particular as pobres e muito pobres, poderão necessitar de assistência humanitária urgente, incluindo abrigo, ajuda alimentar, cuidados de saúde e saneamento, por causa do impacto previsto das cheias nas infra-estruturas, acesso ao mercado, e preços dos alimentos. No entanto, os efeitos deverão ser localizados, e o número das famílias afectadas deverá ser relativamente baixo devido aos reassentamentos anteriores de populações em risco. Insumos Se os agricultores tiverem acesso oportuno aos insumos e sementes certificadas, cuja situação ainda não está clara neste ponto, há potencial para uma boa campanha agrícola. De acordo com o DCAP/MASA, de forma a maximizar a campanha agrícola 2016/17 e apoiar o processo de recuperação das famílias afectadas pela seca, o Governo de Moçambique, através do MASA e com o apoio de parceiros, deverá fornecer sementes certificadas, incluindo 480 toneladas de variedades polinizadas de milho (OPV), 80 toneladas de milho híbrido, 400 toneladas de arroz, 100 toneladas de mapira, e 100 toneladas de feijão nhemba. O apoio do MASA também incluirá o fornecimento de motobombas e 2 mil kits relacionados de irrigação. Em paralelo, a FAO também está a operacionalizar um plano de distribuição de sementes para começar em meados de Novembro e cobrir cerca de 42 mil famílias nas províncias de Gaza, Tete, Sofala e Manica. O plano de distribuição de sementes pela FAO inclui kg de mapira, kg de feijão nhemba, 453,375 kg de milho OPV, e kg de abóbora. A quantidade de sementes por família pela distribuição da FAO será composta de 12,5 kg de milho ou cinco kg de mapira, dois quilos de feijão nhemba, e 0,1 kg de abóbora. Uma série de outras ONGs, incluindo a CHEMO e 5
6 COSACA, também estão em processo de operacionalização dos seus planos de acção para o fornecimento de insumos de produção, incluindo sementes certificadas. Embora estes esforços não possam satisfazer todas as necessidades, vão ajudar as famílias pobres em sementes necessárias para a época agrícola. 2016/17 Perspectivas Agrícolas Produção Agrícola. Com base na previsão de chuvas, esperam-se condições de cultivo favoráveis em todo o Moçambique para a campanha agrícola 2016/17. Como resultado, espera-se uma produção agrícola próxima da média Alimentos silvestres. Com as chuvas iniciais, a partir de Novembro, a disponibilidade de alimentos silvestres vai aumentar dos seus níveis actuais - abaixo do normal, proporcionando uma fonte de alimentos necessários e de algum rendimento uma vez que podem ser vendidos. Os alimentos silvestres incluem, mas não estão limitados a, nhica, Massanica, Malambe, Macucua e Xicutsi. Alimentos verdes. Os alimentos verdes poderão estar disponíveis em Fevereiro de 2017 na região sul, Março na região centro, e Abril na região norte antes da colheita principal. Sendo uma fonte de alimentos muitos necessários, espera-se que o nível da disponibilidade de alimentos verdes esteja próximo do normal, dadas as condições agro-climatéricas favoráveis. Mercados e Comércio Fluxos normais do comércio transfronteiriço com o Zimbabwe, enquanto os fluxos com o Malawi reduzirão significativamente. Durante o período do cenário, o nível do comércio transfronteiriço com o Zimbabwe não terá mudanças significativas uma vez que o comércio está em grande parte concentrada em produtos manufacturados ou alimentos processados perto da fronteira. Por outro lado, o comércio normalmente significativo com o Malawi, particularmente do milho, poderá levar a volumes reduzidos devido às medidas locais em Moçambique sobre restrições no fluxo do milho para Malawi. Depreciação da Moeda. A taxa de câmbio de USD para Metical (MZN) continua a aumentar e de Outubro a Fevereiro, a depreciação do MZN poderá continuar com a mesma tendência do ano passado. De acordo com XE, em um ano a taxa de câmbio de USD para MZN aumentou 83 por cento com aumentos mensais variáveis de 4,2 a 10,2 por cento. Por outro lado, a partir de Outubro de 2016 e Janeiro de 2017, a depreciação do MZN em relação ao Rand Sul Africano (ZAR) poderá aumentar devido à crescente demanda do Rand para compras na África do Sul. Fluxo interno de produtos. Dentro da região norte, os alimentos básicos têm fluído intensamente; No entanto, nas regiões sul e centro, o fluxo de produtos alimentares é relativamente mais lento este ano, em comparação com a média devido à disponibilidade abaixo da média de produtos e mudança nas principais fontes tradicionais de alimentos. Embora existam fluxos da província de Tete e de Manica, este ano, a região norte tornou-se a principal fonte, mas o número de comerciantes dispostos a arriscar e a envolver-se no transporte do grão de milho para a região sul é reduzido devido aos custos de transação mais altos e insegurança ao longo das rotas principais. Enquanto observa-se algum fluxo do norte ao centro, há fluxos muito menores do norte para sul. Este cenário deverá permanecer ao longo de todo o período de consumo a menos que o Governo de Moçambique coloca em prática algumas medidas destinadas a encorajar este fluxo. Para as culturas que tradicionalmente são oriundas da região norte, tais como o feijão comum e amendoim, o fluxo permanecerá próximo da média, excepto devido a restrições causadas pelo conflicto em zonas localizadas ao longo das rotas. Comércio informal. O comércio informal continuará a ser o principal factor motriz do fluxo de produtos alimentares das zonas excedentárias para as zonas deficitárias. Durante o período do cenário, a dinâmica do sector informal será reduzida em comparação ao normal devido aos constrangimentos causados pelo conflicto em curso. Preços de alimentos básicos acima da média. De Outubro de 2016 a Fevereiro 2017, os preços do milho poderão manterse acima da média e continuarão a subir durante o pico da época de escassez, atingindo cerca de 180 por cento acima da média em Fevereiro, em Gorongosa, que é um mercado que representa tendências nacionais. Este ano, com perspectivas de uma boa colheita, espera-se que os preços do milho comecem a diminuir a partir de Março/Abril, na sequência das colheitas. Os preços da farinha de milho, que normalmente são estáveis durante todo o período de consumo, continuarão a subir até Fevereiro de 2017, devido à falta do milho; posteriormente, deverão permanecer estáveis até a colheita em Março/Abril. Em Gorongosa, espera-se que os preços da farinha de milho permaneça acima da média de cinco anos em 96 por cento em média, e acima dos preços do ano passado em 62 por cento, em média. Da mesma forma, os preços do arroz, que também ficam geralmente estáveis durante todo o período de consumo, deverão permanecer acima da média 6
7 e dos preços do ano passado até Fevereiro de 2017 e depois deverão baixar até Maio altura em que aumenta a disponibilidade de alimentos das famílias na sequência da colheita. Em Gorongosa, espera-se que os preços do arroz estejam em média 117 por cento acima da média de cinco anos e 89 por cento acima do ano passado. Recursos de pastagem O pastagem poderá deteriorar-se antes do início da época a partir de agora até meados de Novembro, mas espera-se que as condições comecem a melhorar gradualmente depois, durante todo o período do cenário. Animais Movimentação. As famílias que possuem animais poderão continuar a movimentar o seu gado para locais longícuos em busca de pasto e água até o início das chuvas. De Dezembro a Maio, as distâncias caminhadas poderão reduzir significativamente com a recuperação das condições de pasto. Aspecto físico. De Outubro até o início das chuvas em Novembro, as condições físicas do gado deverão deteriorar-se, e o tamanho dos rebanhos deverá baixar devido à morte causada por falta de pasto, água e aumento de vendas. No entanto, em Dezembro, espera-se que o aspecto físico dos animais melhore gradualmente ao longo do resto do período do cenário. Preços. De Outubro até Fevereiro, espera-se que os preços do gado nas zonas afectadas pela seca no Sul e centro estejam abaixo da média, até 25 por cento, devido à degradação da massa corporal dos animais e aumento da oferta. (Em outras zonas, os preços do gado bovino e caprino permanecerão semelhantes aos preços de 2015.) No entanto, espera-se que os preços comecem a recuperar gradualmente a partir de Março até o final do período do cenário uma vez que as chuvas terão melhorado a massa corporal e as vendas terão diminuído com o início das colheitas. Disponibilidade do trabalho agrícola e remunerações No geral, dadas as condições agro-climatéricas favoráveis para a campanha agrícola 2016/17, com a perspectiva de impactos associados aos efeitos similares aos do fenómeno La Nina, normalmente relacionados com precipitações normais para acima do normal, durante o período do cenário (Outubro a Maio), espera-se que as oportunidades de trabalho agrícola estejam próximas do normal em todo o país. Nas regiões Sul e centro, espera-se que as famílias pobres ganhem remunerações próximos da média durante todo o período do cenário, mas os pagamentos em espécie e outras modalidades são mais prováveis uma vez que as famílias médias e ricas terão constrangimentos financeiros na sequência da seca. Algumas famílias ricas até poderão prometer pagar parte ou totalidade dos valores referentes às remunerações depois da colheita. Oportunidades de auto-emprego e rendimento Embora típico durante a estação seca a partir de agora até Novembro, um número cada vez maior de famílias pobres está envolvido em actividades de auto-emprego para ganhar dinheiro necessário para compras de alimentos no mercado. Como resultado, as oportunidades para venda de bens ou serviços e ganhar rendimento são limitadas devido à concorrência, exceptuando o carvão vegetal por causa da alta demanda nas zonas urbanas, sendo que algumas tais como a venda de capim, foram limitadas pela seca. Durante todo o período do cenário, com uma ligeira queda durante o pico das chuvas, espera-se que todos os grupos de riqueza produzam e vendam carvão e lenha particularmente nas zonas semi-áridas, apesar dos custos ambientais. No entanto, logo que as chuvas começarem e famílias pobres a concentrarem na sua própria produção agrícola, outras oportunidades de auto-emprego, tais como artesanato, fabrico de bebidas e construção, poderão baixar até Maio, mas não ao mesmo nível como o normal devido a demanda pelo dinheiro, geralmente coberta pelo trabalho agrícola. Migração para os centros urbanos em Moçambique e África do Sul, especialmente no Sul, está a aumentar, principalmente por pessoas mais jovens, que se envolvem significaivamente em pequenos negócios nos grandes centros de comércio informal. Durante todo o período do cenário, espera-se que a migração para estes centros esteja acima da média devido à severidade dos impactos da seca. Assistência humanitária de emergência Durante o pico da época de escassez, de Janeiro a Março de 2017, a FEWS NET estima que 2,3 milhões de pessoas poderão enfrentar uma situação de insegurança alimentar aguda de Crise (IPC Fase 3) ou situação mais grave, e necessitarão de ajuda humanitária de emergência. (O SETSAN realizará uma avaliação rápida em algumas zonas seleccionadas em Novembro, juntamente com a FEWS NET e outros parceiros humanitários, para reavaliar essa estimativa.) Actualmente 7
8 existem planos de ajuda alimentar financiada para cerca de 1,1 milhões de pessoas em todos as sete províncias afectadas pela seca que será faseada em todas as zonas começando em Outubro de 2016 até pelo menos Março de 2017, de acordo com a Equipa Humanitária Nacional (HCT) a partir do dia 24 de Outubro. A dimensão do financiamento prometido até a data poderá ter um impacto positivo na situação de segurança alimentar, mas actualmente cobre menos de 50 por cento das necessidades totais estimadas. Mais importante ainda, dado o actual nível de informação sobre as taxas de cobertura distrital e beneficiários destes programas, incluindo a incerteza sobre a sua implementação no que diz respeito ao calendário, aquisições, logística e questões de acessibilidade, é difícil determinar o nível exacto do impacto desta assistência; e como resultado, esses programas não foram incluídos na análise da FEWS NET. Conflito Político-Militar Em zonas localizadas na região centro, especificamente em partes das províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, muitas famílias poderão migrar para zonas mais seguras devido à tensão político-militar em curso. Até agora, um número indeterminado de pessoas abandonaram as suas casas na província de Sofala para a província de Manica e de Tete e Zambézia para o vizinho Malawi. Esta tendência deverá manter-se durante todo o período do cenário, a menos que medidas de mitigação sejam tomadas pelas partes envolvidas. As famílias deslocadas serão desviados das suas actividades de subsistência, principalmente as agrícolas, o que pode contribuir para perpetuar a sua dependência na assistência humanitária. A desistência escolar também deverá continuar. Além disso, há receios de que a insegurança em partes da zona centro afectadas pelo conflicto poderá dificultar os esforços para alcançar os que mais necessitam de assistência humanitária. Nutrição A prevalência nacional da Desnutrição Agua Global (GAM) em Moçambique é inferior a dez por cento, e prevê-se que se mantenha abaixo deste nível durante o período do cenário (Outubro 2016 a Maio de 2017). No entanto, existem disparidades geográficas e há actualmente níveis mais elevados de desnutrição aguda em vários distritos do Centro e Norte do país (Tete, Sofala, Gaza, Zambézia e Nampula). No entanto, o nível geral da desnutrição aguda, poderá deteriorar-se ligeiramente em todo o país, e em algumas zonas afectadas pela seca a prevalência do GAM poderá estar acima de 10 por cento até o final de Fevereiro de Isto é devido ao acesso reduzido à quantidade e diversificação de alimentos até a próxima colheita e o esperado aumento contínuo dos preços de alimentos básicos. Além disso, há outros factores que também podem ter impacto na prevalência do GAM incluindo a probabilidade de ocorrência de cheias e conflicto, o que poderá afectar os serviços de saúde e acesso; aumento da incidência de doenças sazonais, tais como a diarréia e a malária; fraco acesso a água e saneamento; e baixa cobertura dos programas de reabilitação nutricional. No entanto, depois da colheita em Março de 2017, a prevalência da desnutrição aguda em crianças com menos de cinco anos de idade deverá ser reduzida. Situação de Segurança Alimentar Mais Provável De Outubro a Janeiro de 2017, o país continuará sofrendo os efeitos típicos da época de escassez, altura em que a maioria das famílias terá esgotado as reservas de alimentos da sua própria produção, a oferta de alimentos locais será baixa e os preços dos produtos serão elevados. Durante este período, as famílias pobres começarão a expandir as suas estratégias de formas de vida e de sobrevivência para satisfazer as suas necessidades alimentares, mas algumas dessas estratégias têm sido usadas desde Agosto e poderão não render o mesmo valor de renda como anteriormente. Por exemplo, as famílias pobres continuarão a reduzir despesas em bens não alimentares para a compra de alimentos básicos. Estas famílias também intensificarão as actividades de fabrico e venda de bebidas tradicionais para geração de renda; corte e venda de estacas; venda de produtos naturais, tais como lenha e carvão vegetal; e procura do trabalho agrícola informal, preparação da terra e sementeira. As oportunidades de trabalho agrícola poderão aumentar com a evolução gradual da campanha agrícola 2016/17 e poderão estar próximas da média dada a previsão de uma precipitação associada a efeitos similares de La Niña caracteriazada por ser normal para acima do normal. Também, o início das chuvas de Novembro criará condições para o surgimento de uma variedade de alimentos silvestres e sazonais que irão melhorar gradualmente a disponibilidade de alimentos nas famílias pobres até a disponibilidade dos alimentos verdes em Fevereiro e Março de As frutas sazonais, incluindo a manga e castanha de caju também estarão disponíveis em Janeiro. Nas zonas afectadas pela seca e condições secas durante a época anterior, a situação de insegurança alimentar de Crise (IPC Fase 3) prevalecerão uma vez que as famílias pobres e muito pobres continuarão a enfrentar défices de consumo de alimentos mesmo com a expansão das suas estratégias de formas de vida e de sobrevivência. A FEWS NET realizou, em Setembro último, uma Análise de segurança alimentar através da Abordagem das Economias Familiares (HEA) a qual corrobora essas expectativas. 8
9 Para algumas famílias pobres, os alimentos silvestres sazonais serão a sua única fonte de alimentos. Algumas populações mais afectadas deverão registar maiores défices nas suas necessidades alimentares básicas e estarão em situação de Emergência (IPC Fase 4). A assistência alimentar em espécie e senhas para compras no mercado está programada a vários níveis nas sete províncias afectadas pela seca até pelo menos Dezembro, o que poderá mitigar a insegurança alimentar, mas dado o nível de informação sobre a cobertura distrital e beneficiários destes programas, é difícil determinar o seu nível exacto de impacto. Além disso, a possível ocorrência de cheias moderadas a severas em finais de Janeiro poderá afectar as formas de vida das famílias afectadas. Com base nas estimativas das cheias severas anteriores, mais de pessoas, particularmente das famílias pobres e muito pobres já afectadas pela seca e/ou não afectadas pela seca, poderão enfrentar temporariamente uma situação de insegurança alimentar aguda de Crise (IPC Fase 3) ou mais severa caso as cheias devastem casas e mercados. Fora das áreas inundadas, a disponibilização gradual de alimentos silvestres sazonais apoiará a disponibilidade de alimentos. Nas zonas não afectadas pela seca do país, espera-se uma situação de insegurança alimentar aguda Mínima (IPC Fase 1) continue durante este período. De Fevereiro a Maio 2017, a disponibilidade dos alimentos em Moçambique vai mudar drasticamente de um extremo para o outro. Em Fevereiro, os alimentos verdes começarão gradualmente a tornar-se disponíveis em partes da região sul, mas no geral a maioria das famílias pobres, que não conseguirá ter acesso aos alimentos verdes em caso destes ainda não estiverem disponíveis, continuará a depender de estratégias de sobrevivência e compras no mercado. No entanto, ainda espera-se que o rendimento continue baixo, e o poder de compra será limitado uma vez que os preços poderão continuar a subir este mês. Na região sul, particularmente em Maputo e zonas costeiras das províncias de Gaza e Inhambane, a colheita verde está prevista em Fevereiro e a colheita começará em Março. No interior de Gaza e Inhambane, a colheita verde deverá ter lugar em meados de Março e a colheita em Março. Em grande parte das zonas centro e norte, prevê-se que a colheita comece em April e Maio, respectivamente. Para além dos alimentos verdes, a maioria das famílias pobres nestas zonas continuará a depender de uma gama de formas de vida e estratégias de sobrevivência típicas. Estima-se que de Janeiro até Março de 2017, o número de pessoas enfrentando uma situação de insegurança alimentar aguda de Crise (IPC Fase 3) ou mais severa pode atingir 2,3 milhões, incluindo potenciais pessoas afectadas pelas cheias, que podem necessitar de assistência alimentar de emergência. No entanto, ainda não há clareza sobre o nível de assistência humanitária provável, financiada e planificada deverá começar em Janeiro, o auge da época de escassez. Como resultado, se não houver assistência alimentar adequada para cobrir estas necessidades até Março de 2017, a FEWS NET prevê que a situação de insegurança alimentar para um número maior de famílias pobres pode agravar-se para além da fase de Crise (IPC Fase 3) para Emergência (IPC Fase 4), porque essas famílias não terá a capacidade de ganhar renda suficiente para a satisfação das suas necessidades básicas mínimas devido aos preços dos alimentos básicos extremamente elevados. A partir de Abril, com a disponibilidade das colheitas, a maioria das famílias pobres terá acesso aos alimentos da sua própria produção e o seu nível de insegurança alimentar aguda vai reduzir e variar estar entre estress (IPC Fase 2) e Mínima (IPC Fase 1), dependendo da severidade da sua situação anterior. (Note-se, que o mapeamento da FEWS NET para Fevereiro a Maio de 2017 reflecte a situação de insegurança alimentar mais severa esperada durante os meses de Fevereiro e Março e não a melhoria gradual que acontecerá mais tarde.) A colheita poderá restaurar a disponibilidade de alimentos em todo o país, mas, dada a extensão da seca e o facto de esta ser a segunda época agrícola fraca consecutiva, os pobres precisarão de mais tempo após o período de cenário, para restaurarem completamente as suas formas de vida. Dependendo da magnitude de quaisquer cheias, que são possíveis até Março, algumas famílias afectadas ainda podem estar a enfrentar défices de alimentos até que se recuperem através da produção pós-cheias em Maio/Junho. Além disso, nas zonas de conflicto, algumas famílias pobres ainda podem enfrentar uma situação de insegurança alimentar de Crise (IPC Fase 3) em Março, e possivelmente até Maio, uma vez que não conseguirão semear adequadamente dada a insegurança. ÁREAS DE MAIOR PREOCUPAÇÃO Zona de Formas de Vida 22 - Semi-árida de Cereais e Gado do Sul (província de Gaza distritos de Massangena, Chigubo, partes do norte dos distritos de Chicualacuala, Mabalane, Guijá, e Chibuto; Província de Inhambane distritos de Mabote, Funhalouro, Panda, e partes do norte do distrito de Homoíne) Situação Actual Com a maioria das famílias pobres nesta zona a depender de mercados por algum tempo, o problema continua a ser não o da disponibilidade de alimentos, mas de acesso, devido aos baixos rendimentos e preços elevados. O grão só pode ser encontrado no maior mercado de referência, Chókwe, mas os mercados locais estão a oferecer uma diversidade de alimentos maioritariamente processados tais como a farinha de milho, o arroz, óleo, açúcar e outros alimentos, incluindo algumas culturas 9
10 produzidas localmente nas zonas baixas com alguma humidade residual. Em Setembro, os preços do milho em Chókwe situaram-se em 262 por cento acima da média de cinco anos e 182 por cento acima do mesmo período do ano passado. Como resultado, a maioria das famílias pobres continua a recorrer ao auto-emprego para ganhar algum dinheiro. No entanto, os níveis de renda que podem ser obtidos estão substancialmente abaixo dos habituais como resultado da queda global do rendimento em todos os grupos de riqueza devido à seca e aumento da concorrência da mão-de-obra. Um fenômeno comum na zona, que tem estado a crescer, inclui a migração para os centros urbanos e África do Sul, principalmente por pessoas mais jovens, onde se envolvem maioritariamente em pequenos negócios nos principais centros de comércio informal. Desde Setembro, tem havido um aumento nas oportunidades de trabalho agrícola na limpeza e preparação da terra. No entanto, dada a capacidade reduzida de pagamento das famílias médias e ricas, o pagamento em espécie é mais provável do que em dinheiro. Além disso, tem havido um aumento nas vendas de galinhas e cabritos pelas famílias pobres, que ainda têm reservas remanescentes para compra de alimentos. Independentemente disso, a coleta de alimentos silvestres tem estado a decorrer onde existem condições favoráveis, mas a disponibilidade é relativamente menor comparado com a média para esta época do ano. Alguns dos frutos e raízes tais como Malambe (fruta de embondeiro), Macucua e Xicutsi são consumidos e por vezes vendidos nos mercados locais. De acordo com a Análise de HEA da FEWS NET em Setembro, nesta zona de formas de vida, existem aproximadamente pessoas (cerca de 43 por cento da população na zona de formas de vida) em situação de Crise (IPC Fase 3) ou pior que necessitam de assistência alimentar urgente a partir de agora até a próxima colheita em Março de Estas pessoas representam, principalmente, as famílias muito pobres e pobres, que enfrentam défices de consumo de alimentos, porque elas não conseguem ter acesso aos alimentos suficientes para a satisfação das suas necessidades alimntares mínimas e básicas. Estes défices de alimentos permanecem mesmo depois de as famílias terem utilizado todas as estratégias de formas de vida e de sobrevivência, forçando-as a começar a aplicar estratégias de sobrevivência insustentáveis e de crise que incluem a renúncia das necessidades não alimentares, desistência escolar, esgotamento de bens. Tal como já indicado no panorama nacional, a assistência alimentar nesta zona, realizada através de uma combinação de assistência em espécie e senhas em Setembro, cobriu mais de 60 por cento das necessidades e deverá cobrir uma maior percentagem até Março de A avaliação rápida da segurança alimentar da FEWS NET na Província de Gaza em Setembro revelou que a assistência humanitária está a jogar um papel importante e ajudar a mitigar a situação de insegurança alimentar para as famílias pobres. Pressupostos Além dos pressupostos de nível nacional, os seguintes pressupostos se aplicam a esta área preocupante: Previsão sazonal. Dada a previsão, a zona de formas de vida 22 é poderá receber uma precipitação média para acima da média de Novembro de 2016 para Março de 2017, que poderá ser favorável para condições de cultivo uma vez que as necessidades hídicas médias das culturas para a zona são de 400 a 500 mm e poderão ser superadas. Fluxos atípicos das regiões centro e norte para a zona. Dado o fracasso quase total das culturas no Sul, espera-se que algumas quantidades de milho fluam de partes da região centro e norte para os mercados do sul. Como resultado, o mercado de Chókwe poderá continuar a receber milho das regiões centro e norte até a colheita em Março de Preços dos alimentos básicos. Os preços do milho em Chokwe, o mercado de referência para a zona de formas de vida, poderão continuar a subir até o pico em Fevereiro, com probabilidade de atingir níveis entre 260 a 280 por cento acima da média de cinco anos devido à falta da disponibilidade. No entanto, os preços poderão começar a cair a partir de Março, após a colheita, até Maio. Os preços da farinha de milho em Chókwe seguirão um padrão semelhante e poderão continuar a subir até Fevereiro/Março, permanecendo acima da média de cinco anos em 66 por cento em média, e acima dos preços do ano passado em 51 por cento em média, em seguida baixarão na sequência da colheita. Devido à alta demanda pelos substitutos, espera-se que os preços do arroz em Chokwe subam até Fevereiro, atingindo um pico de 133 por cento acima da média de cinco anos, mas, em seguida, os preços poderão baixar até Maio. Aumento da venda de carvão. Devido à gravidade dos impactos da seca, mais e mais famílias estarão envolvidas na produção e venda de carvão em níveis muito acima da média até Novembro até o começo das chuvas. Depois, a produção de carvão diminuirá até o final do período do cenário. Situação de Segurança Alimentar Mais Provável 10
11 De Outubro de 2016 a Janeiro de 2017, as oportunidades de trabalho agrícola tornar-se-ão gradualmente disponíveis com o começo gradual das chuvas e da época agrícola 2016/17. A previsão de precipitação normal para acima do normal ligada às condições semelhantes ao fenómeno La Niña é vista como um evento positivo que vai melhorar gradualmente a situação de segurança alimentar nas zonas afectadas pela seca. No entanto, em Outubro e início de Novembro, ainda prevalecerão condições secas e a situação só poderá começar a mudar a partir de meados de Novembro. No geral, durante este período, o rendimento esperado, tanto do trabalho agrícola como casual serão inadequados como resultado dos preços elevados. Em Outubro, a maioria das famílias estará envolvida na preparação das terras, e de Novembro começarão a semear onde terão caido quantidades adequadas de precipitação. As famílias pobres com animais tais como bois, cabritos, porcos, ovelhas e galinhas, poderão vender os seus animais sempre que for necessário para gerar algum dinheiro para a compra de alimentos; no entanto, os preços de venda poderão ser inferiores aos preços desejados devido as condições deploráves dos animais em termos de aspecto físico e vendas desesperadas por parte das famílias. O início das chuvas em Novembro também irão proporcionar a água sazonal tanto para o consumo humano como animal e vai melhorar o pasto, o que irá melhorar as condições físicas do gado. Com o início das chuvas, a maioria das famílias vai trazer os seus animais de volta dos lugares distantes para onde os tinham deslocados em busca de água e pasto. Por outro lado, a precipitação vai aumentar a disponibilidade de alimentos silvestres sazonais que normalmente se tornam disponíveis durante esta época do ano. No entanto, os efeitos de duas más colheitas sucessivas, com reservas de alimentos das famílias esgotadas, persistirão até a disponibilidade de culturas recém-colhidas em Março de A oferta de alimentos nos mercados locais será reduzida e a procura aumentará até Janeiro de 2017, atingindo o pico da época de escassez. O acesso aos alimentos dos mercados vai deteriorar-se porque os preços dos alimentos básicos vão subir mais rapidamente quase no pico da época de escassez em Janeiro/Fevereiro imediatamente antes da colheita e os rendimentos não cobrirão as necessidades básicas. O consumo de alimentos menos preferidos e alimentos silvestres, redução das refeições, e utilização da assistência humanitarian ajudarão as famílias mais vulneráveis a sustentar suas vidas e a satisfazer as suas necessidades alimentares básicas. As actividades de auto-emprego serão gradualmente substituídas pelas atividades agrícolas, especialmente com o começo das chuvas, mas como a necessidade de obter dinheiro será crucial, as famílias pobres terão que balancear entre o seu autoemprego e o trabalho agrícola. Por outro lado, a disponibilidade de sementes, e o tempo dessa disponibilidade, será um factor determinante para a dimensão da sementeira. As famílias pobres continuarão a enfrentar défices de alimentos e necessitarão de assistência alimentar até que tenham acesso à sua própria produção em Março de Análise do HEA de Setembro pela FEWS NET mostrou que as famílias pobres e muito pobres nesta zona poderão permanecer em situação de Crise (IPC Fase 3) na ausência de assistência alimentar devido aos défices de consumo de alimentos, enquanto outras terão de enfrentar uma situação de insegurança alimentar aguda de emergência (IPC Fase 4). De Fevereiro a Maio de 2017, a situação de segurança alimentar será distinta da primeira metade comparativamente com a segunda. Durante a primeira metade, Fevereiro a Março de 2017 as famílias pobres estarão enfrentando condições semelhantes e respondendo da mesma forma como fizeram em Dezembro de 2016 e Janeiro de As famílias continuarão a depender fortemente do mercado para a compra de alimentos e a empregar estratégias de sobrevivência tais como a venda de animais quanto possível e intensificação das suas actividades de auto-emprego. No entanto, uma distinção em Fevereiro é que algumas famílias começarão a ter acesso aos alimentos verdes, e em Março, a colheita começará mas não poderá imediatamente parar a necessidade de realização de compras no mercado. Os preços dos alimentos permanecerão muito acima da média mas começarão a estabilizar-se. As famílias pobres e muito pobres sem animais e com poucas opções de sobrevivência continuarão a depender de alimentos silvestres e assistência alimentar durante esta primeira metade. Estas famílias poderão enfrentar uma situação de insegurança alimentar aguda de Crise (IPC Fase 3) e de Emergência (IPC Fase 4) e necessitarão de assistência alimentar de emergência. Durante a segunda metade do período, Março a Maio de 2017, o acesso aos alimentos começará a melhorar gradualmente com a disponibilidade de culturas recém-colhidas. Durante este período, a maioria das famílias começará a ter acesso aos alimentos da sua própria produção, incluindo uma variedade de alimentos sazonais tais como a melancia, o grão de milho e feijão nhemba. Com a disponibilidade dos alimentos, as famílias pobres dependerão cada vez menos das compras no mercado. A demanda decrescente e aumento da oferta dos mercados locais concorrerão para uma redução dos preços a partir de Março/Abril depois de um pico em Fevereiro. No entanto, dados os preços significativamente elevados dos alimentos básicos tais como o milho, os preços permanecerão acima da média em mais de 100 por cento. O consumo de alimentos vai melhorar de forma significativa, resultando numa melhoria significativa do estado nutricional das crianças e adultos. A disponibilidade de água também vai melhorar uma vez que a maioria das fontes de água será reabastecida, permitindo que os membros das famílias tenham mais tempo para se dedicar a outras atividades domésticas, e não em busca da água. O pasto e água para o consumo animal também vai melhorar significativamente, resultando na melhoria das suas condições físicas e disponibilidade do leite. O nível de venda 11
MOÇAMBIQUE Perspectiva de Segurança Alimentar Outubro 2015 a Março 2016
Impactos do El Niño poderão prolongar condições de Estresse em partes da região sul DESTAQUES Actualmente verificam-se, no geral, condições de insegurança alimentar aguda Mínimas (IPC Fase 1) em todo o
Leia maisPerspectiva de Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Julho a Dezembro Destaques
Perspectiva de Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Julho a Dezembro 2012 Destaques Em todo o país, a maioria das famílias rurais estão actualmente em condições de satisfazer as suas necessidades alimentares
Leia maisÁreas Afectadas Moçambique Classificação INSA aguda IPC Julho/16 a Fev/17
CLASSIFICAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR AGUDA EM FASES JULHO 2016/FEVEREIRO2017 República DE MOÇAMBIQUE Áreas Afectadas Moçambique Classificação INSA aguda IPC Julho/16 a Fev/17 Números agregados de PIOR
Leia maisSistemas de Aviso Prévio Contra a Fome. 24 de Julho de Destaques
Sistemas de Aviso Prévio Contra a Fome Actualização da Segurança Alimentar em Moçambique 24 de Julho de 24 Destaques O balanço alimentar ao nível nacional, elaborado pela Direcção Nacional do Comércio
Leia maisActualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Novembro de 2008
Já em pleno período de fome, persistem níveis moderados de insegurança alimentar em partes do país, particularmente na zona sul, que foi severamente atingida pela seca e em zonas afectadas pelas cheias
Leia maisActualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Setembro de 2009
Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Setembro de 2009 Embora as reservas alimentares estejam a registar queda acentuada, após uma safra relativamente boa, a maioria das famílias continua a
Leia maisMOÇAMBIQUE Perspectiva da Segurança Alimentar Junho 2016 a Janeiro 2017
MOÇAMBIQUE Perspectiva da Segurança Alimentar Junho 2016 a Janeiro 2017 DESTAQUES Seca relacionada com El Niño leva a necessidades atipicamente altas em 2016/17 Nas zonas afectadas pela seca resultante
Leia maisEspera-se um período de escassez alimentar mais prolongado no sul de Moçambique
Espera-se um período de escassez alimentar mais prolongado no sul de Moçambique DESTAQUES A segurança alimentar para maioria das famílias rurais em todo o país é relativamente favorável. No geral, os alimentos
Leia maisMOZAMBIQUE Boletim de Preços mvam #1: Julho 2016
Boletim de Preços mvam #1: Julho 2016 Milho em grão duas vezes mais caro do que em Julho de 2015 Destaques: A seca reduziu a produção de cereais, tornando o milho em grão duas vezes mais caro em Gaza,
Leia maisSituação de Crise esperada até pelo menos Março devido a efeitos das secas, cheias e ciclone
MOÇAMBIQUE Perspectiva de Segurança Alimentar Fevereiro a Setembro de 2017 Situação de Crise esperada até pelo menos Março devido a efeitos das secas, cheias e ciclone DESTAQUES Espera-se que o número
Leia maisActualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Outubro de 2009
Embora o país esteja no meio do período de fome, a maioria das famílias ainda tem acesso razoável aos alimentos uma vez que a oferta e os preços do mercado continuam geralmente estáveis e em conformidade
Leia maisPerspectiva da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Abril a Setembro de 2010
Perspectiva da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Abril a Setembro de 2010 Os alimentos estão disponíveis na maior parte dos mercados, incluindo alimentos verdes provenientes das colheitas no norte. Apesar
Leia maisCondições de stress de insegurança alimentar continuam em partes das zonas semi-áridas
Actualização da Perspectiva de Segurança Alimentar em MOCAMBIQUE Maio 2012 Condições de stress de insegurança alimentar continuam em partes das zonas semi-áridas Destaques Enquanto se espera pela realização,
Leia maisA Disponibilidade de Produtos e o Poder de Compra dos Consumidores: Farinhas de Milho e Arroz
7 de Julho de 1997 IODVK No. 8P Resultados das investigações do Projecto de Segurança Alimentar em Moçambique MAP-Direcção de Economía-Dpto. Estatística* A Disponibilidade de Produtos e o Poder de Compra
Leia maisQuarta Avaliação Nacional da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique,
Quarta Avaliação Nacional da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique, 2014-15 Ministério da Economia e Finanças Outubro 2016 Introdução O PARP 2011 2014 estabelece que A avaliação do PARP 2011 2014 [ ] será
Leia maisA expansão dos recursos naturais de Moçambique. Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria do Algodão em Moçambique?
A expansão dos recursos naturais de Moçambique Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria do Algodão em Moçambique? O algodão esta entre as 10 principais exportações de Moçambique
Leia maisMINAG/DE DINÂMICAS DE PARTICIPAÇÃO E DESEMPENHO NOS MERCADOS AGRÍCOLAS DO CENTRO E NORTE DE MOÇAMBIQUE NUM AMBIENTE DE ALTOS PREÇOS:
MINAG/DE DINÂMICAS DE PARTICIPAÇÃO E DESEMPENHO NOS MERCADOS AGRÍCOLAS DO CENTRO E NORTE DE MOÇAMBIQUE NUM AMBIENTE DE ALTOS PREÇOS: EVIDÊNCIA DE UM INQUÉRITO-PAINEL A FAMÍLIAS RURAIS [2008-2011]! Rui!M.!S.!Ben+ica!e!David!L.!Tschirley!
Leia maisPrognostico da Estação Chuvosa e sua Interpretação para Agricultura
Prognostico da Estação Chuvosa 2016-2017 e sua Interpretação para Agricultura Setembro de 2016 PROGNÓSTICO SOBRE A ESTAÇÃO CHUVOSA 2016/2017 E INTERPRETAÇÃO PARA AGRICULTURA 1. INTRODUÇÃO A Oscilação Sul
Leia maisA expansão dos recursos naturais de Moçambique. Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria de Tomate em Moçambique?
A expansão dos recursos naturais de Moçambique Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria de Tomate em Moçambique? O tomate em Moçambique é cultivado por cerca de 271,000 pequenos
Leia maisApoio Internacional ao Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário (PNISA) e Nutrição. Junho de Matthew Brooke, Delegação da UE, Moçambique
Apoio Internacional ao Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário (PNISA) e Nutrição Junho de 2013 Matthew Brooke, Delegação da UE, Moçambique 1 Breve Historial Mais de 70%vivem da agricultura Pequenos
Leia mais23 de Abril de 2014 Quente-Quente No. 981
5 Preco real (Mts/kg) 10 15 20 Preco real (Mts/kg) 22 24 26 28 30 23 de Abril de 2014 Quente-Quente No. 981 Informação Semanal de Mercados Agrícolas no País, Região e Mundo Publicação do Sistema de Informação
Leia maisAtualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Fevereiro 2009
Atualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Fevereiro 2009 No sul e, as condições de seca nos últimos dois anos, preços de alimentos extremamente elevados, e o atraso do começo das chuvas nesta época,
Leia maisDeterminantes do Rendimento, Pobreza, e Percepção do Progresso Económico dos Agregados Familiares nas Zonas Rurais de Moçambique em
Determinantes do Rendimento, Pobreza, e do Progresso Económico dos Agregados Familiares nas Zonas Rurais de Moçambique em 2001-2002 Reunião Nacional da Direcçao de Economia do MADER Pemba, Junho de 2004
Leia maisINFORMAÇÃO SOBRE O MERCADO INTERNACIONAL DE CEREAIS E AÇÚCAR
Agência Nacional de Segurança Alimentar INFORMAÇÃO SOBRE O MERCADO INTERNACIONAL DE CEREAIS E AÇÚCAR Ano: 2010 Mês: Junho 1. Resumo Global O mercado global dos grãos começou o mês de Junho em baixa, dominado
Leia maisMOÇAMBIQUE Projecção de Segurança Alimentar Outubro 2013 a Março de 2014
MOÇAMBIQUE Projecção de Segurança Alimentar Outubro 2013 a Março de 2014 Espera-se período de escassez menos severo devido a boa produção da segunda época e preços de alimentos estáveis DESTAQUES Figura
Leia maisAtualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Junho 2009
Atualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Junho 2009 Apesar de no global haver melhorias na segurança alimentar, nos distritos semi áridos do sul da província Tete e noroeste da província de Gaza,
Leia maisBalanço do PES I Semestre 2016
Balanço do PES I Semestre 2016 Índice 1. Sumário Executivo... 1 2. Introdução... 2 3. Determinantes do ambiente Económico e Social... 2 4. Análise Global do Desempenho... 3 4.1.Produção e Distribuição
Leia maisActualização de Uso de Insumos Agrícolas em Moçambique
Actualização de Uso de Insumos Agrícolas em Moçambique Workshop sobre Impacto a longo prazo do subsídio temporário de insumos agrícolas em Moçambique 15 de Setembro de 2014 Conteúdo da Apresentação I.
Leia maisMINAG. Os Conteúdos da Apresentação
MINAG Análise da Renda e Dinâmica de Pobreza nas Zonas Rurais de Moçambique 00- Apresentação no Seminário Nacional de Harmonização da Planificação para 009. Namaacha, -3/Junho/008 Apresentado por Gilead
Leia maisMOÇAMBIQUE ACTUALIZAÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR JANEIRO 2006
CONTEÚDOS Sumário e implicações...1 Actuais riscos...1 Sumário da segurança alimentar...1 Actualização sobre a precipitação e campanha agrícola...2 Preços do milho...4 MOÇAMBIQUE ACTUALIZAÇÃO DA SEGURANÇA
Leia maisMercados Registam Queda de Preço de Milho Branco
12 de Março de 20034XHQWH4XHQWHNo. 401,QIRUPDomR6HPDQDOGH0HUFDGRV$JUtFRODVQR3DtV5HJLmRH0XQGR Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) MADER-Direcção de Economia-Dpto. Estatística
Leia maisRede de Sistemas de Aviso Prévio Sobre a Fome 15 de Dezembro 2003
Actualização da Segurança Alimentar em Moçambique Rede de Sistemas de Aviso Prévio Sobre a Fome 15 de Dezembro 2003 Destaques À medida que a época chuvosa evolui, nota-se uma preocupação crescente de um
Leia maisBalanço dos Compromissos Políticos do Governo de Moçambique. Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional Maputo, 10 e 11 de Abril de 2013
Balanço dos Compromissos Políticos do Governo de Moçambique Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional Maputo, 10 e 11 de Abril de 2013 1 1 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
Leia maisA resposta do produtor Moçambicano ao ambiente de preços altos
A resposta do produtor Moçambicano ao ambiente de preços altos Benedito Cunguara, David Mather, David Tschirley Presentation at MSU/IFPRI conference on Agricultural Public Investments, Policies, and Markets
Leia maisREPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA SAÚDE DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA. Situação da epidemia de Cólera em Moçambique em 2009
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA SAÚDE DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA Situação da epidemia de Cólera em Moçambique em 2009 Maputo, Janeiro de 2010 I. Introdução Tradicionalmente, a epidemia de
Leia mais2014: ANO INTERNACIONAL DA. AGRICULTURA FAMILIAR Reassentamentos e produção alimentar: o caso de Cateme, Moatize
2014: Ano internacional da 2014: ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR (ONU-FAO) AGRICULTURA FAMILIAR Reassentamentos e produção alimentar: o caso de Cateme, Moatize (Resultados preliminares) António
Leia maisCompetitividade das Culturas de Rendimento em Moçambique: O caso da Castanha de Caju
Competitividade das Culturas de Rendimento em Moçambique: O caso da Castanha de Caju Monitoria e Análise de Políticas Agroalimentares (MAFAP) RESULTADOS PRELIMINARES Helder Zavale (CEPPAG-UEM) Luis Monroy
Leia maisDIAGNÓSTICO MULTISSECTORIAL PARA GUIAR DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES NO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PRONAE)
DIAGNÓSTICO MULTISSECTORIAL PARA GUIAR DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES NO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PRONAE) Projecto Trilateral Complementar (Moçambique/Brasil/EUA) de Apoio Técnico aos Programas
Leia maisDados do TIA: Vozes das Famílias Rurais
MINAG Dados do TIA: Vozes das Famílias Rurais Apresentação na Reunião Nacional de Planificação Chimoio, 10-13 de Maio de 2010 Cynthia Donovan Michigan State University 1 Conteúdos da Apresentação Estatísticas
Leia maisProcura de Feijão Manteiga em Alta em Angónia
21 de Abril de 20044XHQWH4XHQWHNo. 459,QIRUPDomR6HPDQDOGH0HUFDGRV$JUtFRODVQR3DtV5HJLmRH0XQGR Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) MADER-Direcção de Economia-Dpto. Estatística
Leia maisInforme 6 Novembro de 2008
Parceria para os Direitos da Criança em Moçambique Informe 6 Novembro de 28 O QUE DIZ A PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO 29 SOBRE A PREVISÃO DE RECURSOS NO SECTOR DE ACÇÃO SOCIAL? Mensagens Chave A Proposta
Leia maisPreço de Milho Branco Estável em Alguns Mercados Grossistas
14 de Agosto de 20024XHQWH4XHQWHNo. 371,QIRUPDomR6HPDQDOGH0HUFDGRV$JUtFRODVQR3DtV5HJLmRH0XQGR Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) MADER-Direcção de Economia-Dpto. Estatística
Leia maisObjectivos e hipótese Produção alimentar Recursos para a agricultura Modelo de política agrária A província daa Zambézia Políticas públicas
Apresentação: Objectivos e hipótese Produção alimentar Recursos para a agricultura Modelo de política agrária A província daa Zambézia Políticas públicas Objectivo: Qual a razão da Zambézia, com grande
Leia maisAnexo Tabelas: Resultados do TIA Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural Michigan State University
Mortalida em Adultos e s Sobrevivência nas Zonas Rurais Moçambique: Resultados Preliminares e Implicações para os Esforços Mitigação HIV/AIDS Anexo Tabelas: Resultados do TIA 2002 Ministério Agricultura
Leia mais17 de Fevereiro de 2016 Quente-Quente No. 1075
17 de Fevereiro de 2016 Quente-Quente No. 1075 Informação Semanal de Mercados Agrícolas no País, Região e Mundo Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) Ministério da Agricultura
Leia maisEstratégias para Desenvolver o Sector Agrário rio em Moçambique. Introdução
Estratégias para Desenvolver o Sector Agrário rio em Moçambique Componente de Pesquisa: Comercialização Agrícola Por Danilo Carimo Abdula (MINAG-DE DE-DAP/MSU) DAP/MSU) Julho,, 2007 Introdução Objectivo
Leia maisActividades da Direcção de Desenvolvimento de Zonas Áridas e Semi-Áridas. Maputo, 03 de Outubro de 2014
REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DA ADMINISTRACÃO ESTATAL INSTITUTO NACIONAL DE GESTÃO DE CALAMIDADES DIRECÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DAS ZONAS ARIDAS E SEMI- ARIDAS(DÁRIDAS) Actividades da Direcção de Desenvolvimento
Leia maisRELATÓRIO DE FIM DE TEMPORADA MAURITÂNIA
O presente Relatório de fim de temporada do Africa RiskView é uma publicação da Capacidade Africana de Risco (ARC). O relatório discute as estimativas do Africa RiskView de precipitação, seca e da população
Leia maisO Sector Agrário em Moçambique: Análise situacional, constrangimentos e oportunidades para o crescimento agrário
O Sector Agrário em Moçambique: Análise situacional, constrangimentos e oportunidades para o crescimento agrário MINAG/DE Benedito Cunguara & James Garrett 21 Julho 2011 Sequência da apresentação Contextualização
Leia maisDESTAQUE RURAL Nº3 - Março de 2014 PRODUÇÃO ALIMENTAR: UM PROBLEMA CENTRAL POR RESOLVER João Mosca
DESTAQUE RURAL Nº3 - Março de 214 PRODUÇÃO ALIMENTAR: UM PROBLEMA CENTRAL POR RESOLVER João Mosca 1. INTRODUÇÃO A produção alimentar é a base do combate à pobreza. O défice de alimentos ao nível das famílias
Leia maisOutline. I. Introdução. II. Importância do algodão na economia. III. A Cadeia de valor do algodão. VI. Análise SWOT. V. Factores de competitividade
Outline I. Introdução II. Importância do algodão na economia III. A Cadeia de valor do algodão VI. Análise SWOT V. Factores de competitividade VI. Conclusões I. Introdução A cultura do algodão constitui
Leia maisAnálise da Comercialização Agrícola nas Zonas Rurais de Moçambique. Implicações para Estratégias de Segurança Alimentar e Alívio à Pobreza
Análise da Comercialização Agrícola nas Zonas Rurais de Moçambique Implicações para Estratégias de Segurança Alimentar e Alívio à Pobreza Resultados do TIA 2002 Apresentado por Danilo Abdula e Pedro Arlindo
Leia maisUBERABA, 13 A 15 DE FEVEREIRO DE 2017
DISCURSO DE S.E. NELSON COSME, EMBAIXADOR DE ANGOLA NO BRASIL NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA CPLP, SOBRE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E ERRADICAÇÃO DA POBREZA POR MEIO DA AGRICULTURA UBERABA, 13 A 15 DE
Leia maisPreços de bens alimentares BOLETIM Nº 1. Mercados da Cidade de Maputo Mês de Maio de 2017
Preços de bens alimentares BOLETIM Nº 1 Mercados da Cidade de Maputo Mês de Maio de 17 1. Introdução O Observatório do Meio Rural (OMR) iniciou em princípio de Maio um trabalho de recolha de preços dos
Leia maisAnálise do Crescimento do Rendimento dos Agregados Familiares Rurais em Moçambique :
Análise do Crescimento do dos Agregados Familiares Rurais em Moçambique 1996-2002: Implicações para o Desenvolvimento Agrário no contexto do ProAgri 2 e PARPA II Preparado por técnicos da Direcção de Economia,
Leia maisPreços de bens alimentares BOLETIM Nº 3. Mercados da Cidade de Maputo Julho de Yara Pedro Nova 1 e Jonas Ubiza 2
Preços de bens alimentares BOLETIM Nº 3 Mercados da Cidade de Maputo Julho de 17 Yara Pedro Nova 1 e Jonas Ubiza 2 1. Introdução O Observatório do Meio Rural (OMR) iniciou no passado mês de Maio o trabalho
Leia maisDinâmicas de Investimento Privado em Moçambique: tendências e questões preliminaries para análise
Dinâmicas de Investimento Privado em Moçambique: tendências e questões preliminaries para análise Carlos Muianga, Helena Pérez-Nino, Sara Stevano, Michael Sambo Conference Paper nº 41 III CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
Leia maisREPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Governo da Província de Gaza FACIM 2012 POTENCIALIDADES E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM GAZA Maputo, 31 de Agosto de 2011 Gaza Zimbabwe LOCALIZAÇÃO DA PROVÍNCIA Rio Save & Província
Leia maisA expansão dos recursos naturais de Moçambique. Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria de Soja em Moçambique?
A expansão dos recursos naturais de Moçambique Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria de Soja em Moçambique? A soja tem um enorme potential de crescimento em Moçambique Procura
Leia maisFUNAB FUNDO NACIONAL DO AMBIENTE DE MOÇAMBIQUE FONTES INTERNAS DE FINANCIAMENTO. Lisboa, 20 de Junho de 2009
FUNAB FUNDO NACIONAL DO AMBIENTE DE MOÇAMBIQUE FONTES INTERNAS DE FINANCIAMENTO Lisboa, 20 de Junho de 2009 INTRODUÇÃO O FUNAB é uma pessoa colectiva, de direito público, com personalidade jurídica e dotado
Leia maisA Disponibilidade de Produtos e o Poder de Compra dos Consumidores: Grãos de Milho e Arroz
10 de Abril de 1997 flash... No. 7P Resultados das investigações do Projecto de Segurança Alimentar em Moçambique MAP-Direcção de Economía-Dpto. Estatística * A Disponibilidade de Produtos e o Poder de
Leia maisRELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL. Preços do trigo e do milho registam aumento em Junho
www.arfa.cv Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares RELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL RMMI Nº 61 - MENSAL - Junho de do trigo e do milho registam aumento em Junho Cereais
Leia maisBalanço do PES Índice
Balanço do PES 2015 Índice 1. Sumário Executivo... 1 2. Introdução... 1 3. Determinantes do ambiente Económico e Social... 2 4. Análise Global do Desempenho... 2 4.1.Produção e Distribuição de Mudas...
Leia maisRELATÓRIO SOBRE A CIRCULAÇÃO INTERNA DE PRODUTOS DA PESCA
RELATÓRIO SOBRE A CIRCULAÇÃO INTERNA DE PRODUTOS DA PESCA I. INTRODUÇÃO O controlo da circulação interna dos produtos da pesca, é preconizado pelo artigo 22 do Regulamento de Inspecção e Garantia de Qualidade
Leia maisAGRICULTURA E NUTRIÇÃO: TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO E RETENÇÃO
AGRICULTURA E NUTRIÇÃO: TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO E RETENÇÃO DE NUTRIENTES E ANALISE DE PADRÕES NUTRICIONAIS Rui Benfica Cynthia Donovan Jaquelino Massingue Michigan State University Projecto de Fortalecimento
Leia maisPolíticas Pública de Redução da Pobreza
Políticas Pública de Redução da Pobreza Ministério da Planificação e Desenvolvimento Direcção Nacional de Planificação Por: Cristina Matusse (Técnica de Planificação) Maputo, 16 de Abril de 2009 Estrutura
Leia maisRELATÓRIO DE FIM DE TEMPORADA MALI
O presente Relatório de fim de temporada do Africa RiskView é uma publicação da Capacidade Africana de Risco (ARC). O relatório discute as estimativas do Africa RiskView de precipitação, seca e da população
Leia maisMERCADO INTERNACIONAL DE CEREAIS E AÇÚCAR INFORMAÇÃO MENSAL
MERCADO INTERNACIONAL DE CEREAIS E AÇÚCAR INFORMAÇÃO MENSAL Ano: 20 Mês: Setembro 1. Resumo Global Preços globais dos grãos mantiveram firmes em Setembro, com os preços do trigo atingindo novos picos relativamente
Leia mais8 de Setembro de 2016 Quente-Quente No Preços de Cereais tendem a Subir nos Mercados
8 de Quente-Quente No. 1104 Informação Semanal de Mercados Agrícolas no País, Região e Mundo Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar-DPCI-Dpto.
Leia maisPerspectiva da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE. Outubro de 2010 a Março de 2011. Destaques. Calendário sazonal e eventos críticos
Destaques A maioria das famílias rurais conseguirá satisfazer as suas necessidades alimentares básicas durante o período da projecção. Apesar da produção abaixo do normal em algumas partes do sul e centro
Leia maisOs conteúdos de apresentação
MINAG IIAM DE Fortalecimento da Capacidade Moçambicana para Aumento da Produtividade, Segurança Alimentar e Redução da Pobreza MSU- FOOD SECURITY III/MZ PROJECT Uma apresentação no workshop sobre Reforçando
Leia maisRELATÓRIO DE FIM DE TEMPORADA GÂMBIA
O presente Relatório de fim de temporada do Africa RiskView é uma publicação da Capacidade Africana de Risco (ARC). O relatório discute as estimativas do Africa RiskView de precipitação, seca e da população
Leia maisApresentação de Angola na XII Reunião dos Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais Os Desafios na Protecção Social para alcançar a Segurança
Apresentação de Angola na XII Reunião dos Ministros do Trabalho e dos Assuntos Sociais Os Desafios na Protecção Social para alcançar a Segurança Alimentar e Nutricional Maputo, 25 de Abril de 2013 Constituição
Leia maisRELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL. Preços do milho e do trigo registam aumento pelo 2º mês consecutivo
www.arfa.cv Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares RELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL RMMI Nº 62 - MENSAL - Julho de do milho e do trigo registam aumento pelo 2º mês
Leia maisResultados das Investigações do SIMA-Dest e Departamento de Análise de Políticas MADER-Direcção de Economia
30 de Agosto de 2003 )ODVK N 36P Resultados das Investigações do SIMA-Dest e Departamento de Análise de Políticas MADER-Direcção de Economia Produção e Comercialização de Culturas Alimentares: Que Expectativas
Leia maisOportunidades e desafios na introdução de fogões melhorados em Maputo
Oportunidades e desafios na introdução de fogões melhorados em Maputo Contexto A pobreza urbana é um fenómeno de cariz mundial crescente A manifestação da pobreza urbana tem maior gravidade em países em
Leia maisMudanças no padrão de cultivo e uso de insumos no centro e norte de Moçambique
MINAG/DE Mudanças no padrão de cultivo e uso de insumos no centro e norte de Moçambique Cunguara, B., Mudema, J., Mather, D., Tschirley, D. 1 Abril 2013 Palestra no Instituto Nacional de Investigação Agrária,
Leia maisNovo recorde da produção do milho na safra 2014/15
www.arfa.cv Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares RELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL RMMI Nº 47 - MENSAL - Março de Novo recorde da produção do milho na safra /15 Cereais
Leia maisQuadro I - Produção, Consumo, Comércio e Stock
MERCADO INTERNACIONAL DE CEREAIS E AÇÚCAR INFORMAÇÃO MENSAL Ano: 20 Mês: Janeiro 1. Resumo Global Os preços internacionais dos grãos e oleaginosas aumentaram fortemente em Dezembro e novamente em Janeiro,
Leia maisA SITUAÇÃO DA PROTECÇÃO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE
República de Moçambique REUNIÃO NACIONAL DE CONSULTA A SITUAÇÃO DA PROTECÇÃO SOCIAL EM MOÇAMBIQUE Março de 2006 a Março de 2008 1 CONTEUDO Introdução Antecedentes Progressos realizados por Moçambique Conclusões
Leia maisRELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL. Produção mundial do arroz deverá atingir novo recorde em 2015/16
www.arfa.cv Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares RELATÓRIO DO MERCADO INTERNACIONAL RMMI Nº 60 - MENSAL - Maio de Produção mundial do arroz deverá atingir novo recorde
Leia maisSistemas de Aviso Prévio Contra a Fome. 28 de Abril de Destaques
Sistemas de Aviso Prévio Contra a Fome Actualização da Segurança Alimentar em Moçambique 28 de Abril de 2004 Destaques O princípio de Abril foi caracterizado por chuvas intensas nas zonas costeiras das
Leia maisA expansão dos recursos naturais de Moçambique. Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria da Banana?
A expansão dos recursos naturais de Moçambique Quais são os Potenciais Impactos na Competitividade da indústria da Banana? Moçambique beneficia de excelentes condições para cultivar banana a nível comercial
Leia mais,QIRUPDomR6HPDQDOGH0HUFDGRV$JUtFRODVQR3DtV5HJLmRH0XQGR
06 de Fevereiro de 2001 4XHQWH4XHQWH No. 292,QIRUPDomR6HPDQDOGH0HUFDGRV$JUtFRODVQR3DtV5HJLmRH0XQGR MADER-Direcção de Economía-Dpto. Estatística Telef (01) 46 01 31 / 46 01 45 Fax (01) 46 01 45 / 46 02
Leia maisResultados das investigações do Projecto de Segurança Alimentar em Moçambique MAP-Direcção de Economía-Dpto. Estatística *
05 de Fevereiro de 1998 IODVK No. 12P Resultados das investigações do Projecto de Segurança Alimentar em Moçambique MAP-Direcção de Economía-Dpto. Estatística * 1 Preços mais Estáveis, mas Ligeiramente
Leia maisAGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA AEP / GABINETE DE ESTUDOS Julho de 2006 1. Sectores a montante da indústria agroalimentar Os sectores a montante da indústria agroalimentar
Leia maisPreparado por: Meneses ROBERTO Cell: Dulce Mavone Novela Cell:
WORKSHOP TECNICO SOBRE OS PRINCIPIOS ORIENTADORES DOS NOVOS INVESTIMENTOS NA AGRICULTURA Maputo, 23-24/04/2015 Preparado por: Meneses ROBERTO chiteleka57@yahoo.com Cell: 824021466 Dulce Mavone Novela Cell:
Leia maisPROGRAMA NACIONAL DE MECANIZAÇÃO AGRÁRIA (PNMA) Brazil, Minas Gerais,Uberaba, 14 de Fevereiro de 2017
PROGRAMA NACIONAL DE MECANIZAÇÃO AGRÁRIA (PNMA) Brazil, Minas Gerais,Uberaba, 14 de Fevereiro de 2017 ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO I. CONTEXTUALIZAÇÃO II. III. IV. OBJECTIVOS ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO RESULTADOS
Leia maisEVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DAS CARNES
EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO SECTOR DAS CARNES Versão actualizada em Fevereiro de 211 Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS DO
Leia maisRui Benfica e David Tschirley
7 de Dezembro de 2012 flash No. 61P Departamento de Análise de Políticas Agrárias Ministério da Agricultura Direcção de Economia Tel: (+258) 82 30 10 538, Fax: (+258 1) 21 41 47 01 Dinâmicas de Participação
Leia mais02 de Abril de 2015 Quente-Quente No. 1029
02 de Abril de 2015 Quente-Quente No. 1029 Informação Semanal de Mercados Agrícolas no País, Região e Mundo Publicação do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA) Ministério da Agricultura -
Leia maisBalanço 2016 Perspectivas Fruticultura
Fruticultura 93 94 Balanço 2016 Perspectivas 2017 Perspectivas 2017 ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO E PÓS-COLHEITA SERÃO OS DESTAQUES DA FRUTICULTURA Mesmo com as adversidades climáticas que atingiram
Leia maisINFO. MENSAL SUMÁRIO 1. ABASTECIMENTO FACTO RELEVANTE DO MÊS. BOLETIM MENSAL Nº 158 Março 2016
INFO MENSAL Observatório do Mercado de s Alimentares de Primeira Necessidade INFO Mensal é uma publicação editada pela Agência de Regulação e Supervisão dos s Farmacêuticos e Alimentares - ARFA, que trata
Leia maisO Impacto da Política Agrária em Moçambique
O Impacto da Política Agrária em Moçambique Dezembro de 2010 ORAM e ROSA Pesquisa realizada: Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais CEMO António Álvaro Francisco Hortêncio Sunde Manuel Lopes e
Leia maisPROJECTO ACES Diagramas casuais: perceber a relação entre serviços de ecossistemas e bem-estar rural. 5 de Agosto de 2015 Lichinga
PROJECTO ACES Diagramas casuais: perceber a relação entre serviços de ecossistemas e bem-estar rural 5 de Agosto de 2015 Lichinga Introdução Acções para Melhorar o Bem Estar Rural e Ecossistema Florestal
Leia maisREPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DA ADMINISTRACÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA
REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DA ADMINISTRACÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA INSTITUTO NACIONAL DE GESTÃO DE CALAMIDADES DIRECÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DAS ZONAS ARIDAS E SEMI- ÁRIDAS(DÁRIDA s) Projectos
Leia maisDinâmica do Sector Agrário em Moçambique
Dinâmica do Sector Agrário em Moçambique O Papel da Agricultura Comercial Familiar na Redução da Pobreza A transformação estrutural da economia: papel do sector agrário Nível macro: Ao longo do tempo,
Leia maisNOTAS PARA A INTERVENCÃO NO ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA DO MOZEFO NO DIA 4 DE DEZEMBRO 2015, MAPUTO, MOCAMBIQUE
NOTAS PARA A INTERVENCÃO NO ENCERRAMENTO DA CONFERÊNCIA DO MOZEFO Finn Tarp NO DIA 4 DE DEZEMBRO 2015, MAPUTO, MOCAMBIQUE 1. Introdução Vossas excelências, caros colegas e amigos de Moçambique. É uma grande
Leia mais28 de Agosto de 2002. Destaques
Famine Early Warning Systems Network 28 de Agosto de 2002 Destaques Uma avaliação rápida de necessidades alimentares foi levada a cabo de 22 de Julho a 11 de Agosto de 2002 por equipas do PMA, FEWS NET,
Leia maisResultados do Exercício. cio de Priority Setting
Resultados do Exercício cio de Priority Setting (Namaacha, 9 Maio Junho, 6) Raúl Pitoro de Junho, 6 MINAG Apresentação Metodologia Resultados do exercício cio de priorização Constatações e Recomendações
Leia mais