REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DA ADMINISTRACÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA
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- João Guilherme Arantes Lima
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1 REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTÉRIO DA ADMINISTRACÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA INSTITUTO NACIONAL DE GESTÃO DE CALAMIDADES DIRECÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DAS ZONAS ARIDAS E SEMI- ÁRIDAS(DÁRIDA s) Projectos implementados nas Zonas Áridas e Semi-Áridas Maputo, 07 de Novembro de 2016 Velasco Mahanjane
2 Conteúdo da apresentação 1. Nota introdutória 2. Zonas áridas 3. Funções 4. Conceito de CERUM 5. Projectos implementados 6. Desafios
3 1. NOTA INTRODUTÓRIA O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), através da Direcção de Desenvolvimento de Zonas Áridas e Semi-Áridas (DARIDAS) tem vindo a implementar projectos relacionados com a redução do risco de calamidades e criação de formas de sobrevivência para as populações residentes nos Distritos áridos e semi-áridos das Zonas Sul, Centro e Norte do Pais.
4 2. ZONAS ÁRIDAS As zonas áridas e semi-áridas caracterizam-se por apresentar secas cíclicas, as chuvas são muito irregulares, a precipitação média anual inferior a 500mm, os solos são predominantemente arenosos e pouco férteis.
5 3. FUNÇÕES Promover a construção de reservas de água para abastecer as populações que vivem nas regiões semi-áridas do país; Articular os diferentes actores e programas concebidos para a prevenção e mitigação dos efeitos da seca; Desenvolver e replicar tecnologias geradas a nível nacional e internacional para o desenvolvimento das zonas áridas e semi-áridas;
6 3. FUNÇÕES (Cont.) Mobilizar recursos financeiros e materiais direccionados para o desenvolvimento das zonas áridas e semi-áridas; Conceber e implementar programas de capacitação das comunidades com vista a torna-las mais resilientes a seca; Promover formas de processamento e armazenamento dos produtos agrícolas; Promover culturas e variedades agrícolas tolerantes à seca bem como culturas domésticas com valor nutricional; Investigação de recursos naturais existentes para orientar a população e as instituições públicas e privadas, para o seu melhor aproveitamento
7 4. Centro de Recursos e Uso Múltiplo(CERUM) É uma instituição ou organização de parceria do Governo com as comunidades locais com base no Distrito; Funções Agir de forma interventiva com as comunidades no resgate da auto-estima, desenvolvimento de tecnologias para o armazenamento e gestão de água, construção de infra-estruturas, processamento e preparação de alimentos dentre outros; Divulgar informação sobre a gestão de risco de calamidades; promover a troca de experiências entre Distritos; é um local de refúgio em caso de desastre natural não esperado; Gerir meios de comunicação comunitário(rádio TV comunitária para difundir mensagens relacionada com metereologia, hidrologia, agricultura, saúde, gestão de água e segurança alimentar
8 4. Centro de Recursos e Uso Múltiplo (CERUM) No período foram implantados 7 projectos e operacionalizados 6 CERUMs, nomeadamente Massangena, Chigubo e Chicualacuala, na Província de Gaza, Funhalouro e Mabote, na Província de Inhambane e Mutarara, em Tete, CERUM de Machaze em Manica. A institucionalização de CERUMs contribuiu para a redução do número de pesssoas em Insegurança alimentar (ex. de pessoas em 2005/6 para cerca de em 2014 e em 2015)
9 Centro de Recursos e Uso Múltiplo(CERUM)
10 5. Projectos implementados Mapeamento de zonas de risco de calamidades Um mapa de riscos ajuda a: Identificar os riscos nas comunidades; Encontrar soluções para se tomarem providências para diminuir os riscos (Prevenção e Mitigação); Fornecer informações para que as autoridades e as organizações locais tomem decisões e planifiquem; e Registar os efeitos de desastres anteriores e mostrar abrigos comunitários para serem usados em caso de desastre.
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12 5 Projectos implementados(cont.) Promoção de actividades não agrícolas para o aumento da renda Principais actividades Capacitação de artesãos de celeiros melhorados modelo Gorongosa e entrega de kits Realização de dias de campo tanto a nível da comunidade como na troca de experiências com outras comunidades; Desenvolvimento de actividades de artesanato Agroprocessament de frutos silvestres e produtos agrícolas
13 Celeiro Tradicional
14 Celeiro melhorado Tipo Gorongosa Cerca de pessoas benefeciam-se da conservação das suas sementes e cereais até a época seguinte com segurança e têm mobilizado os seus recursos materiais para fazer replica desta tecnologia
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16 Agro-processamento/Artesanato
17 O processamento artesanal de frutos silvestres tem vindo a ter um impacto positivo pois permite que as famílias conservem os seus produtos para os períodos de carência alimentar
18 5. Projectos implementados Agricultura de Conservação Abertura de campos de produção de Hortícolas e cereais diversos numa área de 1000 m 2 beneficiando uma família, representando um aumento na produtividade na ordem de 40%. Capacitação de produtores e promotores em técnicas de plantio (sulcos nivelados, mulching, microbacias etc). Estabelecimento do sistema de irrigação de baixo custo para hortícolas, usando potes de barro
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20 Introdução de técnicas de irrigação efecientes e relativamente de baixo custo :uso de potes de barro. (Minimiza o efeito da salinidade na produção ) Há necessidade de mudar a abordagem para áreas maiores de 3 ou mais hectares por localidade, envolvendo associações e não nos anteriores moldes que envolviam o uso de parcelas de 1000 m 2, devido ao numeroso trabalho necessário.
21 5. Projectos implementados Construção e reabilitação de cisternas e represas Construção de pequenos poços e o sistema de tela alambrado com capacidade de litros; Abertura de furos; Montagem de sistemas de captação de águas pluviais com capacidade de 5000 litros. Construção de pequenas cisternas de 1000 litros de capacidade.
22 Métodos tradicionais de coleta de água
23 Sistemas de captação de águas pluviais
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25 Cisterna de Tela Galvanizada de Alambrado Segmentos da cisterna a Betonagem da base Fixação da rede sombrite (tela de sombra) no cilindro Colocação dos segmentos da cobertura Acabamento da parede interna e do piso Cisterna pronta
26 Sistema de irrigação de baixo custo rega gota a gota
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29 5. Projectos implementados Investigação e extensão de culturas tolerantes a seca Demonstração prática, entrega de kits de insumos e multiplicação de diversas culturas adaptadas ás zonas secas (gergelin, mandioqueira, batata doce, etc). Treinados aproximadamente 5400 promotores) As comunidades adoptaram culturas como a mandioca e batata doce que antes não faziam parte da sua dieta alimentar.
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31 5. Projectos implementados Reflorestamento Produção em estufas tradicionais e convencionais de diversas espécies de plantas nativas com valor nutricional e medicinal nas comunidades (exemplos, Moringa oleifera, Cactus, Vangueira infausta (Mafilwa), Acácias diversas,etc). Desenvolvidas iniciativas de reflorestamento em curso nas escolas e comunidades, (um aluno - uma árvore; um líder - uma floresta, um saco de carvão - uma árvore) lideradas pelos CERUMs.
32 Demonstrações práticas no terreno das técnicas de plantio e distribuição de plantas para plantio definitivo.
33 Observação: Mapear e Definir junto das Autoridades Locais (SDPI, SDAE) áreas específicas para o reflorestamento, envolver as comunidades e ter em conta o calendário das chuvas.
34 PROJECTO Actividades não agrícolas para o aumento da renda NÍVEL DE ADOPÇÃO 100% Agricultura de conservação 70% Construção e reabilitação de represas e cisternas Investigação e extensão de culturas tolerantes a seca 45% 30% Reflorestamento 20%
35 6. DESAFIOS A curto/médio prazo Em coordenação com outros sectores Garantir a abertura de novos furos e a reabilitação dos furos existentes; construção de poços ao longo dos rios; promover a construção de furos multifuncionais; campos de furos; construção de reservatórios escavados; massificação de sistemas de captação de águas pluviais de baixo custo; Implementar tecnologias de dissalinização de água de baixo custo para as famílias e também dissalinizadores comunitários
36 6. DESAFIOS A curto/médio prazo (cont.) Promover estudos para identificação de soluções sustentáveis de pequenas infra-estruturas de captação e retenção de água; Promover o uso de culturas tolerantes á seca; actividades não agrícolas para geração de renda; Rentabilizar as zonas húmidas para a produção de alimentos; Mapear os aquíferos e estudar novos aproveitamentos hidráulicos e melhorar as reservas de água nas depressões existentes para aumentar a capacidade de armazenamento de água. Promover a divulgação de estudos de caso, boas práticas usando os meios de comunicação de massas
37 6. DESAFIOS A curto/médio prazo (cont.) Mapear as principais fontes da água existentes em cada região (poços, furos, lago, rios, represas, barragens, etc.); Mapear factores relacionados com a carência da precipitação que concorrem para a baixa produção e produtividade agrária nas zonas áridas e semi-áridas; Massificação das tecnologias promissoras para as zonas áridas e semi-áridas
38 6. DESAFIOS A longo prazo Promover a construção de reservatórios escavados e Barragens Subterrâneas; Promover o turismo nos locais onde existem parques. Nos locais onde existam bacias permanentes de água construir condutas ou desviar cursos de água para o transporte de água a áreas com carência para o consumo humano, animal e viabilização de projectos agrários.
39 Quadro de pessoal dos CERUMs Técnico Superior Técnico Médio Auxiliar Admnistrativo Guardas Chigubo 1 2 Funhalouro Massangena 1 2 Machaze 1 Mabote 1 1
40 Muito Obrigado
Actividades da Direcção de Desenvolvimento de Zonas Áridas e Semi-Áridas. Maputo, 03 de Outubro de 2014
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