Guia Inteligente da Inovação nos Serviços

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1 Coleção de Guias Como apoiar a Política das PME com Fundos Estruturais Guia Inteligente da Inovação nos Serviços Enterprise and Industry 4

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3 3 Coleção de Guias Como apoiar a Política das PME com Fundos Estruturais Guia Inteligente da Inovação nos Serviços Como retirar todos os benefícios da inovação nos serviços para uma reforma estrutural regional e para a modernização industrial.

4 4 O presente guia foi elaborado pela unidade Agrupamentos empresariais (Clusters) e apoio às PME da Direção-Geral da Empresa e da Indústria da Comissão Europeia, em consulta com a unidade de Crescimento Inteligente e Sustentável da Direção-Geral de Política Regional. Baseia-se em informações recolhidas no âmbito de vários projetos e estudos realizados neste domínio. Embora o trabalho tenha sido efetuado sob a supervisão dos serviços da Comissão, os pontos de vista expressos no presente documento não representam necessariamente o parecer da Comissão Europeia. Para mais informações, contactar: Comissão Europeia Direção-Geral de Empresas e Indústria Unidade D.5: Agrupamentos empresariais (Clusters) e apoio às PME ENTR-CLUSTERS-AND-SUPPORT-FOR-SMES@ec.europa.eu URL: As traduções do presente documento em várias línguas europeias estão disponíveis no seguinte endereço Internet: Embora o presente guia tenha sido elaborado com a intenção de fornecer informações sobre como utilizar os Fundos Estruturais da UE, as informações são fornecidas sem que se assuma qualquer responsabilidade legal pela sua exatidão ou exaustividade. Os pedidos específicos para a utilização de Fundos Estruturais da UE terão sempre de ser apreciados no âmbito das normas em vigor aplicáveis à data no país em que é feito o pedido. O presente guia faz parte de uma Coleção. Os títulos publicados até à data são: N.º 1 Promover um Espírito Empreendedor e Competências de Empreendedorismo na UE N.º 2 Utilizar normas para apoiar o crescimento, a competitividade e a inovação N.º 3 Facilitar a Transmissão de Empresas N.º 4 Guia Inteligente da Inovação nos Serviços Nem a Comissão Europeia nem qualquer pessoa a agir em seu nome pode ser responsabilizada pela utilização que poderá ser dada às informações contidas na presente publicação, nem por quaisquer erros que possam surgir, não obstante a sua cuidadosa preparação e verificação. ISBN DOI /51902 Direitos reservados (copyright): União Europeia, 2012 Impresso na Bélgica A reprodução é autorizada mediante indicação da fonte, salvo indicação em contrário. Para utilização/ reprodução de material de terceiros especificado como tal, é necessária a obtenção de permissão pelo(s) titular(es) dos direitos de autor.

5 5 Prefácio Para promover o crescimento das regiões da Europa, é necessário facultar aos empresários e pessoas talentosas o ambiente e apoio certos, para que possam aproveitar ao máximo as oportunidades proporcionadas por novos modelos de negócio e ofertas de serviços. Para concretizar o objetivo de crescimento e empregos sustentáveis na Europa, será necessário seguir um conceito abrangente de inovação. É por este motivo que a Comissão Europeia incluiu, nas suas propostas para a futura regulamentação da Política de Coesão, o requisito que obriga as regiões a desenvolver estratégias de especialização inteligente. A inovação nos serviços tem um papel importante a desempenhar nestas estratégias. Tal deveria, nomeadamente, contribuir para dotar as pequenas e médias empresas de ecossistemas regionais favoráveis e ajudá-las a ser competitivas em cadeias de valor globais. A inovação nos serviços deve ser encarada de forma estratégica e integrada, a fim de definir novas indústrias e reestruturar as antigas. O presente guia apresenta exemplos de potenciais instrumentos destinados a desbloquear o poder transformador da inovação nos serviços, que podem ser utilizados pelas regiões na definição e execução de estratégias de especialização inteligente e serviços conexos de apoio à inovação para as PME. O presente guia mostra como pode a inovação nos serviços servir de catalisador à evolução da economia e de facilitador da fertilização intersetorial e novos modelos de negócio. Esperamos que o presente guia possa constituir uma fonte de inspiração valiosa. Antonio Tajani Vice-Presidente da Comissão Europeia Responsável pela Indústria e o Empreendedorismo Johannes Hahn Membro da Comissão Europeia Responsável pela Política Regional

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7 7 Índice 1. Introdução Apresentação Alguns esclarecimentos iniciais Margem para ação política a fim de tirar partido das potencialidades da inovação nos serviços Impacto através da aplicação de uma abordagem sistémica Ensinamentos do passado: erros a evitar Desbloquear o poder transformador da inovação nos serviços Instrumentos de apoio para promover a inovação nos serviços ao nível das empresas Clínicas de inovação em design: ajudar as empresas a desenvolver produtos e serviços atrativos e centrados nos utilizadores Vales de inovação: facultar o acesso a uma inovação inteligente nos serviços Treino e formação em gestão da inovação Facilitar o acesso ao financiamento Centros de incubação em matéria de serviços Instrumentos de apoio a nível setorial e do ambiente empresarial Centros de design Criação de Laboratórios Vivos Apoio aos clusters em indústrias emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços Assistentes em matéria de inovação Instrumentos de apoio a nível do mercado e promoção de repercussões Medidas de sensibilização a nível regional Incentivos à cooperação entre empresas fabricantes e designers Vales de inovação do lado da procura Incentivos à inovação nos serviços através da contratação pública Apoiar uma abordagem holística Conclusões...43

8 8 Índice das caixas de texto Caixa 1 Definição de inovação nos serviços e poder transformador da inovação nos serviços Caixa 2 Definição de indústrias tradicionais e indústrias emergentes Caixa 3 Definição de especialização inteligente Caixa 4 Margem de intervenção da política regional e de inovação industrial em prol da inovação nos serviços Caixa 5 O que é uma «abordagem baseada em projetos de demonstração em grande escala»? Caixa 6 Práticas aconselháveis e desaconselháveis para uma implementação bem sucedida da transformação através da inovação nos serviços Caixa 7 Financiar a exploração da inovação nos serviços com Fundos da Política de Coesão Caixa 8 Panorâmica dos instrumentos de apoio para tirar partido das potencialidades da inovação nos serviços... 22

9 9 Introdução O presente guia é dirigido a todas as partes interessadas a nível nacional, regional e local na promoção da reforma estrutural regional e modernização industrial, e, em particular, aos decisores políticos das Autoridades de Gestão no âmbito dos Fundos da Política de Coesão. Deve ser do interesse de todas as regiões, independentemente da sua estrutura regional e dos seus pontos fortes e fracos. Dirige-se igualmente às regiões com uma base industrial que não se encontre posicionada na fronteira tecnológica uma vez que a inovação nos serviços oferece oportunidades que lhes permitem reforçar a sua posição concorrencial, bem como a das suas empresas. O guia visa ilustrar como pode o apoio público estratégico a nível regional proporcionar um ambiente favorável às pequenas e médias empresas, e ajudá-las a retirar todos os benefícios da inovação nos serviços com o intuito de se manterem competitivas em cadeias de valor globais que incluem quer a indústria transformadora quer os serviços. Em virtude desta abordagem, o guia não abrangerá todas as formas de inovação nem todos os aspetos das estratégias regionais em matéria de inovação que podem ser apoiados a nível regional. Deve ser considerado antes como uma ferramenta prática com ideias e contributos recentes recebidos através do trabalho desenvolvido pelas partes interessadas a nível regional. Tem por objetivo determinar que ambiente, instituições e instrumentos de apoio podem ser utilizados a fim de facilitar a transformação de setores e estruturas industriais a nível regional «através» da inovação nos serviços. O guia inteligente inclui, sobretudo, exemplos de potenciais instrumentos que podem ser utilizados na execução de estratégias regionais neste sentido. Muitos dos exemplos beneficiaram de um cofinanciamento dos Fundos da Política de Coesão, enquanto outros não. No entanto, todos eles ilustram o modo como os Fundos da Política de Coesão podem ser utilizados para apoiar uma utilização mais estratégica da inovação nos serviços. O guia complementa o Manual de Orientações Políticas elaborado pelo Grupo de Trabalho de peritos dos Estados-Membros da UE no domínio das indústrias culturais e criativas sobre How to

10 10 strategically use the EU support programmes, including Structural Funds, to foster the potential of culture for local, regional and national development and the spill-over effects on the wider economy? (Como utilizar estrategicamente os programas de apoio da UE, incluindo os Fundos Estruturais, para estimular o potencial da cultura no desenvolvimento local, regional e nacional e os efeitos de repercussão na economia no seu conjunto?). 1 A elaboração do presente guia foi apoiada pelo projeto «TAKE IT UP» 2 que é o pilar de promoção da iniciativa «Europe INNOVA» para um melhor apoio à inovação, através de um mini- -estudo realizado por Jan Runge, da Spectrum. As partes interessadas na política de inovação foram consultadas acerca do conteúdo de uma versão anterior do presente guia, através do sítio Web da iniciativa «PRO INNO Europe». 3 Além disso, foram também consultadas as seguintes partes interessadas: Grupo das Autoridades Públicas (Mirror Group), um grupo consultivo constituído por altos representantes de redes, organizações internacionais e peritos empresariais e académicos internacionais. Compete-lhe prestar aconselhamento à Equipa Diretora no domínio da especialização inteligente, a Plataforma S³, sobre o seu trabalho, tanto em termos mais gerais, o que inclui a definição de prioridades, como a um nível mais pormenorizado, relativamente a atividades específicas destinadas a prestar apoio a profissionais e decisores políticos. 4 Parceiros do projeto «EPISIS». 5 O principal objetivo do projeto é facilitar a cooperação transnacional entre decisores políticos e agências inovadoras no domínio da inovação nos serviços, através de atividades politicas, estratégicas e operacionais realizadas em paralelo. Fórum INNO Partnering. 6 O Fórum INNO- -Partnering tem por objetivo identificar, desenvolver e explorar sinergias entre agências públicas de inovação na Europa e propor novas abordagens do apoio prestado às PME em matéria de inovação. O projeto centrase, especialmente, na exploração e experimentação de novas formas de prestação de serviços, visando acelerar a adoção dos mecanismos de inovação mais avançados com eficácia e impacto comprovados. Fórum KIS Partnering subordinado ao tema New ways to promote service innovation in Europe: the role of the Structural Funds (Novas formas de promover a inovação nos serviços na Europa: o papel dos Fundos Estruturais), realizado nos dias 27 e 28 de janeiro de 2011 em Varsóvia, na Polónia. Os participantes organizaram avaliações por pares e votaram em alguns dos exemplos constantes do presente guia. O presente guia será apresentado durante a 10.ª edição das Jornadas Abertas da Semana Europeia das Regiões e das Cidades em Bruxelas, em outubro de

11 11 Apresentação 2.1 Alguns esclarecimentos iniciais Os serviços e o setor dos serviços constituem motores de crescimento cada vez mais importantes na economia, sendo responsáveis por mais de dois terços do emprego e valor acrescentado bruto gerado pela UE. Garantem igualmente a maior parte do crescimento na Europa. 8 Contudo, os serviços não são uma panaceia. Não podem, por si só, resolver os problemas de competitividade da Europa nem substituir a indústria transformadora. A Europa ainda tem uma forte base industrial e uma liderança tecnológica em muitos domínios, que necessita de manter no futuro. A questão que se coloca não é a de saber se os setores transformador ou dos serviços são mais importantes do que a inovação tecnológica ou a inovação nos serviços, ou vice versa. Todos estes elementos são vitais para a economia europeia. O que importa salientar, no entanto, é o facto de as fronteiras tradicionais entre a indústria transformadora e o setor dos serviços serem cada vez menos claras. 9 O êxito da indústria transformadora depende muito, por exemplo, de serviços inovadores como o design, o marketing e a logística, bem como de serviços pós-venda relacionados com produtos, e viceversa. Cada vez mais empresas de serviços fabricam bens que se baseiam ou estão relacionados com os serviços que oferecem ou com os seus canais de distribuição. Mas, frequentemente, os instrumentos e políticas de desenvolvimento industrial e regional continuam a não ter suficientemente em conta estas alterações. A inovação nos serviços é, efetivamente, um motor de crescimento e reforma estrutural em todos os setores económicos. Contribui para tornar a economia mais produtiva e promove a inovação noutras indústrias. Tem, inclusivamente, potencial para criar novos pólos de crescimento e liderar mercados que tenham um impacto macroeconómico. A inovação nos serviços pode, assim, estimular reformas estruturais e económicas nas nossas sociedades, ao transformar o modo como vivemos, realizamos trocas comerciais e interagimos entre nós. 8 Documento de trabalho dos serviços da Comissão SEC (2009)1195 intitulado Challenges for EU support to innovation in services Fostering new markets and jobs through innovation, disponível em 9 Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços na UE (2011), Meeting the challenge of Europe 2020: The transformative power of service innovation, disponível em

12 12 Caixa 1: Definição de inovação nos serviços e poder transformador da inovação nos serviços A inovação nos serviços inclui conceitos e ofertas de serviços novos ou significativamente melhorados, independentemente de serem introduzidos por empresas de serviços ou empresas fabricantes, bem como inovações no processo, na infraestrutura dos serviços, no processamento de clientes, nos modelos de negócio, na comercialização (vendas, marketing, entrega), na produtividade dos serviços e nas formas híbridas de inovação ao serviço de vários grupos de utilizadores, de diferentes formas, em simultâneo. Por poder transformador da inovação nos serviços entende-se o processo em que os serviços «perturbam os canais tradicionais para a comercialização e os processos e modelos de negócio, a fim de melhorar significativamente a experiência do cliente de uma forma que se repercute no conjunto da cadeia de valor». Deste modo, a inovação nos serviços define mercados, indústrias e setores emergentes, contribuindo para a reforma estrutural e a modernização industrial. Este «poder transformador da inovação nos serviços» 10 já se verificou em muitos setores. Alterou radicalmente algumas cadeias de valor, tal como se verificou na indústria musical. Antecipar e utilizar este poder transformador pode não só reforçar a competitividade das empresas como também a das regiões, se as mesmas conseguirem incorporar grandes partes ou aspetos centrais de novas cadeias de valor industriais. Proporcionar um ambiente favorável e incentivos à inovação nos serviços pode, assim, facilitar a reforma estrutural numa região. Tal reforma pode, no entanto, ser perturbadora, podendo inclusivamente enfrentar a oposição de interesses particulares. A transformação envolve sempre vencedores e perdedores: oferece novas oportunidades a alguns, mas também implica uma destruição «criativa» para os intervenientes estabelecidos, caso não se consigam adaptar adequadamente. Por conseguinte, para facilitar a reforma é necessário tomar decisões conscientes, definir prioridades e estabelecer uma comunicação clara para se ser bem-sucedido. A reforma faz sentido de um ponto de vista regional, pois não reagir às evoluções globais e industriais leva frequentemente as estruturas regionais e centrarem-se demasiadamente no seu conjunto tradicional de competências. Libertar o poder transformador da inovação nos serviços proporciona às regiões a hipótese de reforçarem a sua base industrial existente e facilitarem o desenvolvimento de novos setores e indústrias. Por exemplo, uma região com uma forte tradição industrial pode beneficiar de centros de design industrial destinados especificamente a acrescentar valor às indústrias existentes, bem como a renová-las. Ao atrair pessoas talentosas e proporcionar incentivos às pessoas provenientes de meios diferentes e possuidoras de experiência e competências distintas a fim de trabalharem juntas, uma região pode ajudar as suas indústrias a modernizarem-se e a criar novos postos de trabalho. Ao afetar todos os setores e mercados, o poder transformador da inovação nos serviços não só contribui para a transformação das indústrias tradicionais como também define indústrias emergentes nas fronteiras de competências e indústrias distintas. Uma vez que estas indústrias emergentes são, frequentemente, caracterizadas por elevadas taxas de crescimento e um potencial de mercado acrescido, são a chave para a sua competitividade e prosperidade futuras. Caixa 2: Definição de indústrias tradicionais e indústrias emergentes Por indústrias transformadoras tradicionais pode entender-se todos os setores envolvidos na transformação e produção de bens e serviços há muito existentes que não tenham sido objeto de grandes perturbações ou alterações nem tenham sofrido uma grande transformação ao fundir-se com outros setores ou sido desafiados por novos conceitos empresariais ou pela inovação nos serviços. São normalmente 10 Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços na UE (2011), Meeting the challenge of Europe 2020: The transformative power of service innovation, disponível em

13 13 designadas por «setor secundário» da indústria nos sistemas de classificação da indústria. Exemplos clássicos das referidas indústrias transformadoras tradicionais são a indústria automóvel, a indústria alimentar e de bebidas, a indústria têxtil, a indústria de bens de consumo, a indústria química, a indústria metalúrgica, etc. Por indústrias emergentes pode entender-se os novos setores industriais ou os setores industriais existentes que estão a evoluir ou a fundirse em novas indústrias. Têm frequentemente como motor, tecnologias facilitadoras essenciais, novos modelos de negócio, tais como conceitos de serviços inovadores, e desafios da sociedade, tais como exigências de sustentabilidade a que a indústria tem de dar resposta. Muitas indústrias emergentes, tais como as indústrias criativas, móveis e da mobilidade ou as indústrias eco inovadoras, têm em comum o facto de divergirem de indústrias já existentes e, por esse motivo, atravessam diferentes setores tradicionalmente definidos, ao construírem novas paisagens industriais e cadeias de valor que integram competências e ligações inter-setoriais. Para a Europa no seu conjunto e para as regiões individuais, é importante instaurar um quadro coerente para desbloquear este potencial da inovação nos serviços em prol de uma reforma estrutural e do crescimento económico. O referido quadro tem de ser instaurado no centro das políticas regionais, industriais e de inovação, em todos os níveis, a fim de enfrentar os desafios da estratégia Europa 2020, conforme sublinhado pelas recomendações do Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços na UE. 11 No âmbito do próximo período de financiamento da Política de Coesão , será solicitado às regiões europeias que elaborem estratégias nacionais e/ou regionais em matéria de inovação para uma especialização inteligente. 12 Os serviços e a inovação nos serviços desempenharão um papel importante neste aspeto, e os decisores políticos e partes interessadas ao nível regional devem estar conscientes do potencial subjacente ao poder transformador da inovação nos serviços quando conceberem políticas regionais «inteligentes», novas ou melhoradas. Caixa 3: Definição de especialização inteligente A especialização inteligente é um conceito importante para uma política de inovação melhor e mais orientada que tem vindo a ser incorporada na Política de Coesão pós As estratégias obrigatórias nacionais e/ou regionais de investigação e inovação para uma especialização inteligente (estratégias RIS3) que estão previstas são agendas integradas de base territorial em matéria de transformação económica que: centram o apoio às políticas e os investimentos em necessidades, desafios e prioridades nacionais/regionais fundamentais para um desenvolvimento assente no conhecimento; tiram partido dos pontos fortes, vantagens concorrenciais e potencial para a excelência de cada país/região; apoiam a inovação e a prática tecnológica, visando estimular o investimento do setor privado; atraem a participação das partes interessadas e incentivam todas as formas de inovação e experimentação; e baseiam-se em factos e incluem sistemas sólidos de monitorização e avaliação. O objetivo do presente guia não é fornecer aos decisores políticos elementos de prova que evidenciem este «potencial transformador da inovação nos serviços», nem fornecer exemplos de novas indústrias emergentes ou dos setores emergentes mais promissores no que toca ao desenvolvimento regional e à reforma industrial. Os referidos elementos de prova serão obtidos e disponibilizados às regiões e aos Estados-Membros pelo Centro Europeu de Inovação nos Serviços 13 e pelo Observatório Europeu de Clusters 14, que irão identificar e analisar os processos transformadores e as indústrias emergentes na Europa. O trabalho destas entidades deve ajudar a identificar as indústrias que reve- 11 Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços na UE (2011), Meeting the challenge of Europe 2020: The transformative power of service innovation, disponível em

14 14 lam características mais sólidas e a mostrar «o que» são e «onde» estão localizadas. O presente guia visa antes fornecer exemplos de «como» pode a execução de estratégias de especialização inteligente ser realizada, tirando partido do «poder transformador da inovação nos serviços». O motivo deste objeto específico deve-se ao facto de as políticas regionais em matéria de inovação continuarem grandemente centradas na inovação tecnológica e no financiamento de atividades de investigação, em vez de se concentrarem em apoiar todas as formas de inovação, conhecimento e criatividade. Consequentemente, os recursos não são afetados de forma otimizada, e perdem-se muitas oportunidades. Não basta simplesmente abrir os instrumentos tradicionais de modo a incluírem também a inovação nos serviços, e melhorar o acesso das empresas de serviços aos instrumentos em causa. Tal é necessário, mas não suficiente. 2.2 Margem para ação política a fim de tirar partido das potencialidades da inovação nos serviços A abordagem global defendida no presente guia exige o desenvolvimento e a conceção de novos instrumentos a fim de permitir ter em conta, em primeiro lugar e de uma forma mais adequada, a inovação nos serviços. Constituem exemplos dos referidos novos instrumentos os que se centram na promoção dos efeitos de repercussão entre indústrias e na emergência de novos conceitos de serviços, independentemente de serem introduzidos por empresas de serviços ou empresas fabricantes. Os instrumentos específicos que podem ser escolhidos para apoiar uma melhor utilização da inovação nos serviços podem ser implementados a diferentes níveis: (1) ao nível da atividade, por exemplo, através de projetos de investigação e apoios financeiros para o desenvolvimento de novos modelos de negócio; (2) ao nível da empresa, através da promoção de uma cultura empresarial geral, do reforço das capacidades das empresas para inovar melhor e mais rapidamente, através da prestação de apoio às empresas em fase de arranque, para a melhoria da gestão da inovação ou do acesso ao financiamento; (3) ao nível setorial, criando um ambiente empresarial favorável à inovação nos serviços, através de redes de empresas e clusters; e (4) ao nível do mercado, através da liberalização dos mercados de serviços, da proteção eficaz do consumidor ou de normas que apoiem a confiança e a interoperabilidade de serviços inovadores. 13 O Centro Europeu de Inovação nos Serviços será criado em 2012 pela Comissão Europeia através de um concurso. A sua principal tarefa será sensibilizar para o potencial e o impacto do potencial transformador da inovação nos serviços e prestar aconselhamento personalizado às regiões-modelo em matéria de demonstradores sobre como explorá-la e apoiá-la melhor. 14 Sítio Web do Observatório Europeu de Clusters:

15 15 A caixa abaixo fornece uma panorâmica mais detalhada de vários tipos de medidas políticas que podem ser aplicadas nestes quatro níveis. Caixa 4: Margem de intervenção da política regional e de inovação industrial em prol da inovação nos serviços Políticas de assimilação Políticas orientadas Infraestruturas imateriais e materiais Políticas horizontais Ao nível da atividade Ao nível da empresa Ao nível setorial (Ambiente empresarial) - Métodos de medição da inovação - Apoio à IDT pública - Facilitação da transferência de conhecimentos - Programas específicos de IDT - Promoção da utilização de TIC (Negócio eletrónico) - Promoção de novos modelos de negócio de serviços e de novos conceitos de serviços na indústria transformadora - Instituições de investigação em matéria de serviços - Instituições de formação especializadas para serviços - Incentivos fiscais - Auxílios estatais - Educação e formação - Contratação pública - Incubação empresarial, apoio ao crescimento e internacionalização - Apoio em matéria de PI e gestão em matéria de inovação - Acesso ao financiamento e disponibilidade para o investimento - Regimes específicos de apoio às empresas e à inovação industrial para empresas de serviços - Regimes específicos de financiamento de risco para serviços - Regimes de vales para apoiar a capacidade de inovação nos serviços - Centros de incubação e parques para serviços - Políticas empresariais para empresas em fase de arranque - Programas de mobilidade - Métodos de medição da inovação setorial - Prospeção em matéria de tecnologia e inovação nos serviços - Levantamento e análise por parte de clusters - Iniciativas políticas de clusters e industriais setoriais em setores de serviços (envolvimento do utilizador, cooperação, ligações intersetoriais, novas formas de agrupamentos (clustering ) - Parcerias público-privadas que demonstrem inovação organizacional e nos serviços - Projetos estratégicos de infraestruturas (por ex.: acesso banda larga, centros logísticos e de serviços, espaços conjuntos de trabalho) - Laboratórios vivos, centros de design - Políticas em matéria de DPI - Normalização específica do setor, como no caso das TIC Ao nível do mercado - Prospeção de mercado e observação de indústrias emergentes - Auto-regulação conduzida pela própria indústria, certificação e normas em matéria de interoperabilidade - Quadro jurídico e regulamentar para serviços (Comércio eletrónico) - Iniciativas de mercados-piloto em matéria de inovação nos serviços - Regimes de vales para aumentar as repercussões - Atividades de sensibilização - Desregulação/liberalização de serviços específicos - Autoridade de supervisão - Mercado interno dos serviços (por ex.: Diretiva dos Serviços) - Política em matéria de concorrência, incluindo controlo de fusões A diferença entre apoiar a inovação nos serviços ao nível da atividade e ao nível da empresa reside no facto de que, no primeiro caso, o desenvolvimento de novos modelos de negócio específicos é apoiado, enquanto no segundo caso a capacidade de inovação de uma empresa é orientada em geral independentemente do tipo de inovação nos serviços apresentada. O apoio à inovação nos serviços através de iniciativas em matéria de clusters a nível setorial vai ainda mais longe, ao melhorar, de forma mais geral, o ambiente empresarial no qual as empresas exercem a sua atividade e no qual inovam. Por outras palavras, os instrumentos a favor da inovação nos serviços implementados ao nível da atividade resultam em projetos. A implementação de instrumentos para a inovação nos serviços ao nível da empresa implica, na maior parte dos casos, subsidiar empresas para que inovem mais e mais rapidamente. Por último, os instrumentos de apoio à inovação nos serviços ao nível setorial exigem mais escolhas estratégicas e esforços a fim de melhorar o ambiente empresarial principalmente para grupos específicos de empresas. Tal como a inovação em geral, também a inovação nos serviços floresce melhor na presença de um cluster, ou «ecossistema» regional propício, que apoie um fluxo constante de novas ideias e a sua respetiva aplicação. Também nos serviços, as novas ideias podem ser alimentadas do ponto de vista sistémico. Embora ainda sejam necessários vários esforços para concluir a realização do mercado interno e melhorar o ambiente regulamentar global para todas as empresas especialmente as dos serviços, as referidas medidas jurídicas e regulamentares a nível horizontal e do mercado são, provavelmente, tratadas mais eficazmente a nível europeu do que a nível regional. No entanto, podem ser realizados muitos esforços a nível regional a fim de desbloquear o poder transformador da inovação nos serviços para facilitar a reforma empresarial e industrial. Habitualmente, as regiões podem ter um impacto mais forte na inovação nos serviços com políticas e instrumentos abordados ao nível da empresa e ao nivel setorial. O principal interesse das regiões é reforçar o desenvolvimento regional e a concorrência, através do apoio a empresas em fase de arranque que utilizam a inovação nos serviços e, da promoção de um ambiente empresarial favorável às PME.

16 Impacto através da aplicação de uma abordagem sistémica A fim de beneficiar plenamente do poder transformador da inovação nos serviços é necessário seguir uma abordagem holística e estratégica. Tal abordagem combina políticas horizontais com políticas específicas destinadas a criar melhores infraestruturas e prestar mais apoio a empresas inovadoras, proporcionando-lhes um ambiente empresarial favorável e resolvendo deficiências específicas do mercado a fim de explorar a inovação nos serviços. Um exemplo da referida abordagem holística é o que o Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços apelidou de «projetos de demonstração em grande escala». A expressão «grande escala» não se refere ao montante de apoio financeiro concedido para um projeto específico, mas à dimensão da implantação de um processo faseado de experimentação e implementação, apoiado com medidas de acompanhamento. Esta abordagem visa «demonstrar em grande escala» o potencial impacto da inovação nos serviços e apresentar soluções para o «sistema de serviços» para dar resposta a desafios específicos. Por exemplo, o Painel de Peritos propôs o lançamento de demonstradores para mostrar como transformar e reforçar a competitividade das regiões fortemente industrializadas (Demonstrador 1A: zonas industriais em fase de transição) ou apoiar o turismo sustentável e a economia da experiência em zonas rurais (Demonstrador 2: criação de regiões dinâmicas). A necessidade de criar comunidades sustentáveis através da eficiência dos recursos, da redução das emissões de carbono, de soluções inteligentes de transporte urbano, ou de facilitar o desenvolvimento de indústrias emergentes e a reforma estrutural originada pelas novas tecnologias, exigências de sustentabilidade e pela inovação nos serviços são desafios comuns entre as regiões. Caixa 5: O que é uma «abordagem baseada em projetos de demonstração em grande escala»? De acordo com o Painel de Peritos sobre Inovação nos Serviços na UE, os demonstradores em grande escala «representam uma forma eficaz de reduzir os riscos que o desenvolvimento envolve e expandir novos sistemas de serviços, incentivando o compromisso com partes interessadas e utilizadores, partilhando experiências em toda a Europa e identificando clusters de competência e oportunidades de parceria...». Esta é uma abordagem que passa dos protótipos em pequena escala ou projetos-piloto para projetos em grande escala em vias de comercialização, na qual é testada uma vasta gama de soluções em condições reais com vista a explorar melhor o poder transformador da inovação nos serviços para enfrentar os desafios societais, dar resposta a necessidades ou problemas específicos ou apoiar uma visão de mudança para melhor. O conceito está orientado para os resultados e a experiência do utilizador, e exige que o «proprietário» incontestável do desafio ou problema, como por exemplo um município, assuma a liderança. Tal definição de políticas está relacionada com a forma como as regiões podem proporcionar incentivos que levem à realização de atividades empresariais e reformas, tanto ao nível da indústria como ao da sociedade. Por conseguinte, tal apoia a reestruturação de indústrias existentes e a criação de novas estruturas industriais competitivas. Implica a utilização eficaz de investimentos públicos, na medida em que concentra recursos escassos num pequeno número de regiões que prometem manter ou desenvolver uma vantagem concorrencial no que diz respeito à base industrial regional. A fim de reforçar a capacidade de inovação da região e, assim, promover o crescimento económico e a prosperidade, é necessário rever e redefinir as políticas regionais para que captem melhor o «poder transformador da inovação nos serviços».

17 17 Como tal, o conceito de demonstradores em grande escala constitui uma nova abordagem para estimular a inovação. Proporciona às regiões um instrumento que lhes permite estabelecer uma melhor ligação entre todos os intervenientes públicos e privados, nomeadamente a indústria, prestadores de serviços baseados no conhecimento, instituições de investigação, entidades reguladoras e utilizadores/cidadãos, a fim de promover a partilha de conhecimentos, contribuir para o aumento da experiência profissional e articular as suas necessidades e competências. Ao mesmo tempo, proporciona um contexto e incentivos ao desenvolvimento, experimentação e implementação de novas abordagens para dar resposta a problemas e desafios específicos. Deste modo, a política tradicional de inovação é completamente reformulada. Em vez de apoiar a comercialização da investigação e inovação per se, os demonstradores em grande escala apoiam a experimentação de soluções que deem resposta a um desafio específico. Por outras palavras, o conceito aborda, em primeiro lugar, o problema, e não a solução. Uma nova oferta de serviços ou uma nova cadeia de valor industrial colocará em perigo tudo o que as atuais partes interessadas têm em jogo e porá em causa os procedimentos administrativos estabelecidos. Se não for aceite como ambiente de aprendizagem para a região e incentivado a desencadear reformas institucionais, nenhum demonstrador conseguirá reforçar a competitividade ou criar muitos postos de trabalho. Por conseguinte, é fundamental adotar um compromisso político duradouro para com o demonstrador, como parte das estratégias a longo prazo. Esperar que as empresas explorem mercados estrangeiros com novos serviços enquanto não estiverem dispostas a pôr à prova as estruturas nacionais não terá, provavelmente, um impacto real. A inovação nos serviços que dá resposta, com êxito, aos desafios regionais e estruturais tem, provavelmente, potencial para ser implementada noutra região e reconhecer um maior potencial de mercado. O marketing, a divulgação e a aprendizagem de políticas têm de ser parte integrante dos demonstradores sistémicos em grande escala, a fim de promover a sensibilização a nível internacional e o reconhecimento público a nível local. O incentivo da reprodução bem-sucedida de novos conceitos de serviços fora de uma região pode ser apoiado através da partilha de experiências e da aprendizagem entre as partes interessadas a nível regional. 2.4 Ensinamentos do passado: erros a evitar Os decisores políticos e profissionais estão constantemente à procura da «próxima prática» que lhes permitirá melhorar as suas políticas e instrumentos. Para tal, as perspetivas para além das suas próprias atividades e fronteiras regionais e nacionais são cruciais. No entanto, extrair os ensinamentos corretos nem sempre é um exercício simples. Uma vez que não existe um modelo único nem «melhores práticas» para apoiar o domínio da inovação, todas as regiões têm de encontrar o seu próprio caminho na criação de vantagens concorrenciais com base nos seus ativos e pontos fortes a nível local, inspirando-se em tendências e redes mundiais. Por vezes, as «melhores estratégias» podem ser encontradas nas regiões que mais têm de se esforçar para oferecer uma perspetiva de futuro aos seus cidadãos. Por vezes, a inovação só se verifica quando os intervenientes são desafiados e é necessária uma solução para resolver um problema específico. De facto, muitas regiões já praticam o que outras podem considerar impossível. O desafio consiste em reproduzir estas histórias de sucesso e as experiências positivas tão plenamente quanto possível e transformá-las em políticas regionais eficazes, tendo sempre em conta as especificidades regionais e locais. Todas as regiões são pressionadas para demonstrar a eficácia dos seus investimentos em programas e projetos ainda mais no clima atual em que os recursos públicos são reduzidos. Assim, é normal que as histórias de sucesso sejam amplamente publicitadas e que outros estejam dispostos a estudá-las para se inspirarem. O facto de nem todos estes casos

18 18 passarem no teste de excelência também não é novidade, mas simplesmente a natureza da excelência. Também nem sempre é possível saber que parte do êxito se deveu à medida salientada e que parte foi fruto do acaso. Por conseguinte, é mais importante olhar com atenção para a base factual, embora tal nem sempre seja possível uma vez que as avaliações de acompanhamento e monitorização nem sempre são planeadas de início. O que ainda é mais difícil de descobrir é o que não se deve fazer. Para sermos capazes de evitar erros já efetuados por outros é necessário conhecê-los. E é aí que o problema começa. A tendência inerente de não divulgar os fracassos não é surpresa nenhuma no entanto, poderia ser extremamente importante para outros. Por este motivo, na secção seguinte são apresentados algumas armadilhas comuns que devem ser evitadas. Cópia incondicional: não adaptar as medidas às especificidades regionais O erro mais comum é a tentativa de reproduzir o êxito de outros copiando um programa ou projeto supostamente bem-sucedido sem o adaptar. Isto pode funcionar algumas vezes, mas, na grande maioria dos casos, conduzirá provavelmente a um desperdício dos financiamentos públicos. Os desafios, objetivos, condicionalismos sistémicos, recursos e estruturas industriais de cada região têm de ser analisados atentamente. Se as iniciativas e medidas políticas não forem adaptadas às especificidades de cada região, provavelmente não conseguirão atingir o seu objetivo. Por conseguinte, a cópia incondicional de medidas que não correspondem ao nível de desenvolvimento e/ ou ao perfil específico de uma região deve ser evitada. Avançar sozinhas: duplicação e soluções isoladas As regiões têm de dar resposta a desafios complexos a fim de encontrarem soluções rápidas para problemas pertinentes. O problema é que, frequentemente, fazem-no sozinhas e empreendem a ação de forma isolada, sem terem em consideração os seus parceiros ou soluções alternativas. Tal pode conduzir a soluções insuficientes e, uma vez mais, a um potencial desperdício de verbas públicas. Por conseguinte, as regiões devem ser incentivadas a cooperar e procurar sinergias nas suas ações, por exemplo, aquando da implementação de grandes projetos em matéria de infraestruturas que exijam investimentos consideráveis. O resultado é mais importante do que os seus elementos. Não só devem a partilha de experiências e a aprendizagem bilateral ser fortemente incentivadas, como devem ser iniciadas atividades conjuntas em matéria de cooperação intersetorial a nível regional e transregional. Tal poderia evitar a duplicação e permitiria testar um grande número de potenciais soluções em matéria de sistemas de serviços. A existência de diferentes opções exploradas em grande escala em cenários da vida real tende a permitir uma tomada de decisão melhor documentada e promete uma maior taxa de sucesso na implementação. Uma avaliação de impacto ex ante deve comparar eventuais disposições no domínio dos serviços privados com os serviços públicos e explorar conceitos alternativos em matéria de implementação. Manter a simplicidade muito simples: investimentos em infraestruturas e nada mais Muitos investimentos em infraestruturas, tais como centros de conferências ou aeroportos, foram efetuados ou estão a ser desenvolvidos sem o acompanhamento de medidas de apoio e conceitos de serviços que promovam o dinamismo empresarial. Uma consideração estratégica do potencial da inovação nos serviços na conceção destas medidas e a integração de medidas de apoio conexas no processo de implementação proporciona um maior impacto. Isto aplica-se igualmente às verbas atribuídas a outras prioridades políticas, tais como a diversidade cultural. Por exemplo, os investimentos de infraestruturas em museus são, frequentemente, combinados com eventos culturais. Ainda assim, devem igualmente ser complementados por medidas para promo-

19 19 ver oportunidades para empresários ativos no domínio das indústrias criativas, por exemplo, integrando espaços conjuntos de trabalho ou lançando regimes de vales de inovação a fim de incentivar novas oportunidades, repercussões e a cooperação com outros. Além disso, sempre que estiverem envolvidas em processos de contratação pública, as regiões devem ter sempre em consideração os custos totais do ciclo de vida dos produtos e comparar o preço com disposições alternativas em matéria de serviços como o leasing. Evitar alterações: continuar centradas na inovação tradicional Na maioria dos casos, o apoio à inovação continua a ser mobilizado predominantemente para se centrar no fomento da investigação e da inovação orientada para a tecnologia. Embora esta seja uma orientação importante e fundamental que a política regional deve seguir, não é suficiente para tirar o melhor partido do potencial da inovação a nível regional. É necessário ter em consideração todas as formas de conhecimento e inovação e desbloquear o potencial das mesmas. Frequentemente é a combinação híbrida estratégica da inovação tecnológica com a inovação nos serviços que origina os melhores resultados. 15 Começar a meio: seguir as tendências e não os pontos fortes Outro erro comum é começar a agir sem conhecer o contexto mais vasto. O que pode ser percecionado como um ponto forte a nível regional pode não ser competitivo a nível internacional e, em contrapartida, um pequeno nicho de competências numa região pode ter uma dimensão mundial. Para possibilitar a elaboração de políticas baseadas em dados factuais deve ser prestado aconselhamento, em primeiro lugar, a partir das análises e comparações internacionais disponíveis, aos que tiverem de tomar decisões, para que sejam capazes de avaliar o âmbito do problema e a capacidade de resolvê-lo. Neste contexto, existe uma ordem comum que é, habitualmente, seguida por muitos decisores políticos e profissionais. Primeiro identificam as tendências de crescimento a galinha dos ovos de ouro e, posteriormente investigam qual a melhor forma de lá chegar através da promoção de setores prováveis de crescimento, desenvolvendo depois uma estratégia de crescimento para os mesmos. Muito mais promissor pode ser começar por avaliar os pontos fortes a nível regional e, posteriormente, identificar ligações, em primeiro lugar entre setores e competências numa região que possam ser combinados e, posteriormente, com os referidos setores e competências de outras regiões, tanto a nível nacional como internacional. Uma estratégia que visa retirar todos os benefícios dos pontos fortes a nível regional e facilitar a fertilização intersetorial poderá produzir melhores resultados e ter potencial para originar novos nichos, setores e mercados a que outros poderão ainda não responder e, assim, fomentar o crescimento futuro. Esquecer as instituições de apoio adequadas que podem facilitar a reforma Uma reforma requer agentes ativos que a implementem. Os referidos agentes não podem ser sempre os mesmos, podendo diferir consoante os desafios, objetivos e condicionalismos. As regiões devem, por exemplo, explorar os recursos e a função multiplicadora dos clusters que representam grupos de empresas especializadas e outros intervenientes no domínio da inovação numa determinada área. Se não existirem organizações especializadas e entidades homólogas numa região que possam agir como parceiras a fim de implementar uma agenda em matéria de reforma, a região tem de considerar quem poderia desempenhar melhor tal papel ou se há necessidade de criar uma nova organização para o efeito. Estes erros comuns foram reunidos na seguinte lista simplificada de princípios a seguir sempre que se levem ações a cabo. 15 Ver resultados do Estudo «IMP³rove II» - Gaining Competitiveness with Innovations beyond Technology and Products: Insights from IMP³rove, julho de 2011, disponível em

20 20 Box 6: Ten Do s and Don ts for successfully implementing transformation through service innovation Práticas desaconselháveis Centrar-se apenas na investigação e na inovação tecnológica Apoiar a inovação nos serviços per se Apoiar empresas individuais especializadas Centrar-se num determinado conjunto de setores dos serviços Copiar incondicionalmente uma melhor prática Seguir tendências de crescimento sem refletir Seguir uma abordagem horizontal sem um objeto específico Seguir uma abordagem setorial restrita Práticas aconselháveis Centrar-se em todas as formas de conhecimento e inovação Apoiar a transformação através da inovação nos serviços Apoiar clusters ou redes de empresas conexas Centrar-se na indústria transformadora e dos serviços Procurar a próxima prática Retirar todos os benefícios das competências regionais para o desenvolvimento de indústrias emergentes Seguir uma abordagem sistémica Seguir uma abordagem intersetorial Lançar projetos-piloto isoladamente Encontrar um problema para uma inovação (isto é, procurar a comercialização) Lançar projetos de demonstração em grande escala através de uma abordagem sistémica Encontrar uma inovação que possa resolver um problema (isto é, dar resposta a desafios)

21 21 Unlocking the transformative power of service innovation Com base nos princípios sublinhados na secção anterior sobre como retirar todos os benefícios do potencial da inovação nos serviços em grande escala, é possível alcançar maior impacto através de uma combinação de vários instrumentos e ferramentas. Esta mistura de oferta de instrumentos dependerá do conjunto de desafios e oportunidades identificadas e que devem ser abordadas. Cada região ficará com a sua própria gama de políticas, dependendo de um processo fechado e da avaliação de desempenho realizada durante a preparação de uma estratégia mais vasta para a região. A implementação de tais estratégias para desbloquear o poder transformador da inovação nos serviços pode ser apoiada no âmbito da Política de Coesão, nomeadamente pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FE- DER), o Fundo de Coesão, o Instrumento de Assistência de Pré-Adesão (IPA) e/ou o Fundo Social Europeu. Box 7: Financiar a exploração da inovação nos serviços com Fundos da Política de Coesão 16 De um modo geral, o quadro regulamentar da UE relativo à utilização de Fundos da Política de Coesão é relativamente vasto, e o apoio a uma melhor utilização da inovação nos serviços é abrangido pelo âmbito de aplicação de vários objetivos e categorias de despesa. Aquando da conceção de programas operacionais, reavaliação de estratégias de investimento ou elaboração de estratégias de especialização inteligente, cada região e Estado-Membro da Europa é livre de colocar mais ênfase na inovação nos serviços. Existem vários instrumentos elegíveis ao abrigo do atual Regulamento FEDER de 2006 (em vigor até 2014), nomeadamente ao abrigo dos artigos 3.º «Âmbito de Intervenção», 4.º «Convergência», 5.º «Competitividade regional e emprego» e 6.º «Cooperação territorial europeia». As prioridades de investimento e temáticas do próximo período de programação ( ) dos Fundos da Política de Coesão em geral e do FEDER em particular permitem igualmente apoiar investimentos e ações a favor da inovação nos serviços. 16 Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho, de 11 de julho de 2006, que estabelece disposições gerais sobre o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coesão, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 1260/1999. Disponível em: docoffic/official/regulation/newregl0713_en.htm. Para obter informações detalhadas após 2014, recomenda-se a consulta das propostas para um Regulamento do Conselho para o próximo período de programação, , COM(2011)615, objetivos temáticos, estipulados no artigo. 9.º, bem como as prioridades específicas de investimento especificadas no âmbito da proposta para um regulamento relativo a disposições específicas para o FEDER (artigo 5.º), COM (2011)614. Disponível em:

22 22 Quando se observa a Europa, grande parte do apoio à inovação mobilizado através dos fundos da Política de Coesão continua centrado principalmente, no fomento da inovação tecnológica. Mas é possível encontrar bons exemplos de instrumentos existentes ou novos instrumentos centrados na inovação nos serviços e que são implementados através dos fundos regionais da UE. A presente secção apresenta exemplos concretos dos referidos bons exemplos que foram ou poderiam ser implementados através da utilização de instrumentos da Política de Coesão. Os instrumentos e ferramentas são apresentados ao abrigo das rubricas de três tipos de níveis em que é possível conceder apoio: (1) ao nível da empresa, (2) a nível setorial ou do ambiente empresarial e (3) apoiando ações propícias a repercussões implementadas a nível do mercado. O quadro seguinte apresenta uma panorâmica dos exemplos fornecidos no próximo capítulo que dão resposta a problemas ou desafios regionais através da inovação nos serviços. Algumas das medidas de apoio, como os centros de design e os vales de inovação são referenciados mais do que uma vez, na medida em que servem diferentes objetivos e foram implementadas a diferentes níveis. Caixa 8: Panorâmica dos instrumentos de apoio para tirar partido das potencialidades da inovação nos serviços Instrumentos de apoio a nível da empresa Clínicas de inovação no domínio do design Vales de inovação do lado da oferta Apoio à gestão da inovação Facilitar o acesso ao financiamento Centros de incubação de serviços Instrumentos de apoio a nível setorial e do ambiente empresarial Centros de design Laboratórios Vivos Apoio aos clusters em indústrias emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços Assistência em matéria de inovação Apoiar uma abordagem holística Instrumentos de apoio a nível do mercado e promoção de repercussões Medidas de sensibilização a nível regional Incentivos à cooperação entre empresas fabricantes e designers Vales de inovação do lado da procura Iniciativas de contratação pública 3.1 Instrumentos de apoio para promover a inovação nos serviços ao nível das empresas O pensamento orientado para a inovação de muitos fabricantes continua a ser dominado por engenheiros e pessoal orientado para as tecnologias, embora haja margem de manobra para que a inovação nos serviços possa tornar-se uma parte natural dos processos de inovação e uma parte fundamental do êxito das empresas. A inovação nos serviços pode ser alcançada, por exemplo, através de um novo conceito de comercialização ou sob a forma de um serviço pós-venda melhorado, mas também pode assumir a forma de novos modelos de negócio que privilegiem menos a venda de produtos a fim de manterem contratos em matéria de serviços pela sua utilização (leasing).

23 23 Um estudo realizado pela IMP³rove European Innovation Management Platform (ver exemplo de boas práticas abaixo) mostrou que os campeões de inovação, com um melhor desempenho do que os restantes, são «inovadores híbridos» que combinam a inovação de produtos e de serviços nos seus projetos de inovação. 17 Inovar de forma tão abrangente envolve um processo complexo de gestão, e reconhece-se que muitas PME não têm processos estabelecidos que lhes permitam utilizar todo o conhecimento e criatividade disponíveis nas suas empresas, além de não possuírem experiência nem disporem de competências para inovar. Um maior apoio às PME para a inovação poderia colmatar estas limitações. Os tradicionais prestadores públicos de apoio à inovação estão apenas a começar a dar resposta a estas necessidades, enquanto muitos prestadores privados de serviços muitos deles pequenas e médias empresas enfrentam dificuldades em matéria do acesso a clientes. A próxima secção apresenta as medidas e os instrumentos que podem ser utilizados para este efeito, como parte da implementação de estratégias regionais a fim de desbloquear o poder transformador da inovação nos serviços: Clínicas de inovação no domínio do design Vales de inovação do lado da oferta Apoio à gestão da inovação Facilitar o acesso ao financiamento Centros de incubação de serviços Clínicas de inovação no domínio do design: ajudar as empresas a desenvolver produtos e serviços atrativos e centrados nos utilizadores Numa economia em rede, em que o valor de uma marca constitui uma componente essencial do sucesso comercial, os serviços no domínio do design ajudam as empresas, de forma progressiva, a desenvolver produtos e serviços atrativos e centrados nos utilizadores. As empresas que investem no domínio do design têm tendência para ser mais inovadoras, rentáveis e para crescerem mais rapidamente do que as que não o fazem. 18 Existe uma ligação entre a utilização de design e a competitividade. Para as regiões e os Estados- Membros, isto significa que o papel do design e da inovação não tecnológica orientada para os utilizadores e centrada nos mesmos deve ser reconhecida, devendo ser oferecidas medidas de apoio adequadas. As clínicas de inovação no domínio do design constituem mecanismos simplificados de apoio que se caracterizam por um processo de aplicação fácil e rápido para uma empresa participante. As referidas clínicas lidam com ideias e modelos de negócio, em vez de com patentes. Uma clínica de inovação pode ser oferecida por uma agência pública de inovação ou por um prestador privado de serviços de alta intensidade cognitiva, como um serviço de consultadoria a empresas. Proporciona habitualmente uma análise e presta aconselhamento em matéria de inovação a uma organização, empresa ou empresário individual durante um período limitado (habitualmente 1 2 horas, mas pode prolongar-se por um dia). O referido aconselhamento pode estar relacionado com a identificação de um requisito em matéria de inovação, a orientação dos clientes para colaboradores potenciais, embora ainda desconhecidos, ou com a definição de um roteiro inovador relacionado com uma oportunidade de negócio. As clínicas de inovação no domínio do design prestam o referido serviço relativamente à inovação induzida pelo design, e têm por objetivo criar modelos de negócio, produtos e serviços mais acessíveis aos utilizadores e traçar novas vias para o mercado. Conforme ilustrado pelo exemplo abaixo, frequentemente ajudam a construir pontes entre o domínio empresarial e o do design. Design Pressure Cooker Região de Noord Brabant, Países Baixos A Design Pressure Cooker (DPC) é uma clínica de inovação no domínio do design oferecida pela Syntens uma agência de inovação sem fins lucrativos criada pelo Ministério Neerlandês dos Assuntos Económicos. O método utilizado estabelece uma ligação entre um designer e uma PME ou empresário que 17 Ver resultados do Estudo «IMP³rove II» - Gaining Competitiveness with Innovations beyond Technology and Products: Insights from IMP³rove, julho de 2011, disponível em 18 Documento de trabalho dos serviços da Comissão Design as a driver of user-centred innovation, Bruxelas, , SEC(2009)501 final Ver

24 24 precisa de dar resposta a uma necessidade em termos de design. Durante a sessão de um dia, os dois trabalham juntos na questão no domínio do design. No final do dia, há que desenvolver uma nova ideia ou produto. O instrumento constitui uma forma de se familiarizar com a utilização e as possibilidades do design. A atenção é dividida igualmente entre a conceção, os processos e os aspetos visuais do design, que muitos empresários de PME têm em mente quando contratam uma agência de design. Exemplos de serviços oferecidos: Design Pressure Cooker Leisure avaliação de inovações na indústria do lazer Design Pressure Cooker Health inovações relacionadas com a saúde Design Pressure Cooker Green desenvolvimento de soluções ambientais sustentáveis e inteligentes A investigação realizada sobre os impactos do programa sugere que os principais benefícios são os seguintes: 19 Aumento da sensibilização para os impactos em matéria de inovação que o design pode provocar (88 % dos participantes avaliaram positivamente o design) As empresas participantes conseguiram tomar uma decisão sobre as suas estratégias de inovação induzidas pelo design após um curto período Muitas PME continuam a trabalhar com os designers com os quais estabeleceram uma ligação após o método DPC Cerca de 50 % das PME participantes no método DPC introduzem novos produtos ou serviços no mercado e melhoram os seus processos em matéria de inovação. O método Design Pressure Cooker foi utilizado no projeto regional «MKB Design. Brabant», durante o qual cerca de 70 PME participaram num Design Pressure Cooker. O projeto «MKB Design.Brabant» foi realizado durante 2010 e Foi financiado por Provincie Noord-Brabant, Syntens Innovatiecentrum, CapitalD, Câmara de Comércio Zuid-West Nederland e Brabantse Ontwikkelingsmaatschappij (BOM). O montante do financiamento foi de 1,2 milhões de euros. 20 Para obter mais informações: and Vales de inovação: facultar o acesso a uma inovação inteligente nos serviços Os condicionalismos no domínio da inovação entre PME estão frequentemente relacionados com a falta de conhecimentos especializados num domínio específico e, por vezes, com uma tendência institucional para determinadas práticas em matéria de inovação. Por exemplo, uma empresa que possa ter uma posição de liderança no domínio da inovação orientada para a tecnologia, como uma empresa de engenharia, pode subestimar o potencial da inovação nos serviços. Ao prestar aconselhamento às PME através de peritos externos em matéria de inovação nos serviços, estes condicionalismos podem ser eficazmente ultrapassados sem uma grande sobrecarga administrativa. A intervenção pública continua a ser ligeira e os destinatários dos vales decidem com que perito ou prestadores de serviços pretendem trabalhar. Os vales de inovação constituem uma abordagem liberal a fim de incentivar as organizações a adotarem novas formas de pensar e agir. As agências públicas de inovação podem conceder às empresas ou outras organizações públicas um vale, que as referidas empresas podem gastar para obter determinados serviços externos pré-definidos em matéria de inovação. Desse modo, os destinatários dos vales, bem como os prestadores, são orientados para uma maior colaboração e numa situação ideal serão desenvolvidos produtos 19 Berends, H et al., External designers in product design processes of small manufacturing firms, Design Studies (2010) e Noteborn & Berends (2012). 20 Dados fornecidos por Cees Hogendoorn, Senior Innovatieadviseur na Syntens, por correio eletrónico, em

25 25 ou serviços novos ou melhorados. No contexto da inovação nos serviços, os vales podem ser utilizados para permitir que as organizações repensem os seus modelos em matéria de serviços ou desenvolvam novas abordagens para colaborar com os seus parceiros de negócio e clientes. A denominada «Declaração de Riga» 21 propõe algumas orientações de caráter geral no tocante ao design de programas de vales em matéria de inovação, a fim de explorar todo o potencial destes programas de micro-subvenções para as diversas atividades das PME no domínio da inovação. Se forem bem geridos, os programas de vales em matéria de inovação podem ser um instrumento eficaz de apoio à inovação. GreenConServe 22 França, Alemanha e Noruega O vale GreenConServe constitui um novo regime de financiamento a fim de oferecer apoio técnico e empresarial a entidades inovadoras em matéria de serviços ecológicos na indústria da construção que é testado pelas agências públicas de inovação OSEO (FR), Projektträger Jülich (DE), Innovation Norway (NO) e pela Norwegian Defence Estates Agency (NDEA). O projeto faz parte da Plataforma da Comissão Europeia da Inovação nos Serviços com Utilização Intensiva de Conhecimentos (KIS-IP). A maioria dos parceiros emitiu vales durante um período de 12 meses desde a primavera de O valor médio de um vale é de euros. O vale permite às empresas de serviços de construção e PME gestoras de instalações contratar peritos técnicos e empresariais e, desse modo, realizar avaliações de impacto, estudos de mercado, apresentar ofertas de preços relativamente a avaliações regulamentares e ideias específicas. O projeto oferece uma aplicação simples e rápida e um processo de seleção: O formulário de candidatura tem duas páginas e está disponível em linha É garantida uma resposta no prazo de duas semanas Se a candidatura for aprovada, os candidatos podem começar imediatamente a colaborar com o perito escolhido O custo total da ação ascende a 3,9 milhões de euros, com uma contribuição do Programa para a Competitividade e a Inovação (PCI) da UE de 1,7 milhões de euros. A ação começou em setembro de 2009, no âmbito da iniciativa «Europe INNOVA», e termina em dezembro de Para obter informações suplementares: Treino e formação em gestão da inovação A gestão da inovação em PME é complexa, uma vez que os processos em matéria de inovação raramente são lineares. A gestão bem-sucedida da inovação depende da mobilização de muitas competências e de um equilíbrio cuidadoso entre improvisação, experimentação e gestão rigorosa de projetos. Frequentemente, os empresários e gestores de PME não dispõem dos instrumentos e recursos que lhes permitem conduzir as suas empresas através destes processos de inovação. Os serviços de consultadoria externa e a comparação com o desempenho de outras PME em matéria de inovação podem, por conseguinte, ajudá-los a melhorar as suas próprias abordagens no que toca à gestão da inovação. As agências de inovação podem ajudar as PME a desenvolver e melhorar a gestão da inovação através de comparações, treinos e formações. Tal pode ser efetuado através de vários serviços de consultadoria prestados por prestadores externos de serviços (públicos ou privados), bem como permitindo às empresas que avaliem o seu desempenho e o comparem com o de empresas semelhantes Estudo de caso parcialmente baseado em informações fornecidas por Katharina Krell, A-D na Greenovate, em 30 de maio de 2011.

26 26 IMP³rove UE, Israel e Austrália A plataforma IMProve³ visa ajudar as PME a melhorar os seus processos internos de gestão da inovação. A medida de apoio foi inicialmente desenvolvida pela Comissão Europeia através de um grande consórcio de parceiros, sendo atualmente coordenada pela empresa de consultadoria empresarial internacional AT Kearney, e exerce a sua atividade em vários Estados-Membros, em colaboração com consultores individuais no domínio da inovação. A abordagem da IMP3rove combina uma plataforma eletrónica global para autoavaliação e aprendizagem eletrónica com um processo de consultadoria presencial individual. Ao utilizar a plataforma eletrónica, as empresas são objeto de uma avaliação de desempenho abrangente no tocante ao seu desempenho em matéria de gestão da inovação. Podem avaliar o seu desempenho e compará-lo com o de outras empresas semelhantes. Uma rede abrangente de consultores experientes no domínio da gestão da inovação acompanha as PME neste processo e presta serviços de consultadoria relacionados com a melhoria da capacidade de gestão da inovação no seio da empresa. Assim que o processo em linha estiver concluído, é oferecida às PME uma entrevista estruturada de análise do seu desempenho. Desde setembro de 2012, mais de 495 consultores em todos os Estados-Membros receberam formação sobre a caixa de ferramentas da IMP³rove, e quase PME concluíram o processo de avaliação referente ao seu desempenho em matéria de gestão da inovação. Alguns Estados-Membros integraram a IMP³rove e o seu modelo de gestão da inovação em PME nos seus programas públicos de apoio e em programas de ensino académico como os cursos MBA, ou ministraram formação a pessoal em agências públicas de inovação. Em consequência do seu êxito, está atualmente a ser criada a «IMP³rove European Innovation Management Academy», sob a forma de uma entidade independente e sem fins lucrativos. A Academia continuará a prestar quatro serviços distintos: (I) serviços de formação e certificação para consultores no domínio da gestão da inovação; (II) manutenção e garantia da qualidade de uma plataforma que permite às PME comparar o seu desempenho em matéria de gestão da inovação e desenvolver planos de ação a fim de melhorar o desempenho juntamente com os consultores que tenham recebido formação; (III) ajudar os ministérios e as agências de inovação a integrar aspetos da gestão da inovação nos seus programas de apoio às PME; e (IV) ajudar as instituições académicas a integrar módulos sobre a gestão da inovação, por exemplo, nos seus cursos MBA com o objetivo de aumentar continuamente o fornecimento de gestores competentes no domínio da inovação à indústria europeia. A criação e exploração inicial da plataforma IMP³rove foram contratadas pela Comissão Europeia por 4,9 milhões de euros em Em foi apoiada no âmbito da iniciativa «Europe INNOVA» através de uma subvenção adicional de 1,95 milhões de euros provenientes do CIP, que foram complementados por mais de 1 milhão de euros concedido pelos parceiros do projeto. Para obter informações suplementares:

27 Facilitar o acesso ao financiamento Para implantar e tirar todos os benefícios da inovação em serviços específicos, é necessário que empresários dinâmicos e PME tenham um maior acesso ao financiamento para poderem mobilizá- -los. O setor público pode promover o desenvolvimento de um ambiente financeiro favorável à inovação nos serviços, oferecendo apoio em matéria de disponibilidade para o investimento a estas empresas (isto é, ajuda na redação de planos empresariais adequados), facilitando a ligação em rede com investidores públicos e privados, bem como criando instrumentos em matéria de investimento apoiados publicamente para indústrias existentes e emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços. As empresas que pretendem conseguir um maior financiamento para as suas atividades, para utilizarem a inovação nos serviços, consideram frequentemente isto como um desafio. O financiamento público e privado favorece frequentemente a inovação tecnológica em termos de produtos com uma valiosa propriedade intelectual, em vez da inovação nos serviços centrada no cliente, que é menos concreta. É necessário ultrapassar vários desafios relacionados com esta problemática: os investidores não dispõem de dados concretos nem compreendem o potencial da inovação nos serviços. Ao mesmo tempo, muitas empresas de serviços principalmente PME não dispõem de informações sobre potenciais fontes, mecanismos de financiamento e sobre a melhor forma de obtê- -los. Por último, a inovação nos serviços não está, regra geral, bem incorporada em sistemas de inovação regionais e nacionais, além de não possuir o perfil político e público necessário exigido para libertar níveis de financiamento adequados. Embora os termos de referência e critérios de elegibilidade de programas e fundos de investimento possam não excluir explicitamente a inovação nos serviços, a mesma é, frequentemente, implicitamente excluída ao não ser devidamente tida em consideração e ao não serem fornecidas explicações sobre as especificidades da inovação nos serviços. Por exemplo, os investidores públicos e privados, como os bancos, estarão menos inclinados a conceder financiamento a empresários que pretendam explorar novos modelos de negócio e a inovação nos serviços, se não existirem incentivos ou medidas específicas para o efeito. Assim, é necessário realizar esforços para ultrapassar a tendência inerente segundo a qual esses modelos de negócio e indústrias dispõem de financiamento, são bem compreendidos e têm mais ativos corpóreos para apresentar. Há uma vasta gama de instrumentos disponíveis para abordar esta questão e melhorar as condições de acesso ao financiamento, relativamente à inovação nos serviços. Além disso, estão a ser testadas novas formas de financiamento, como o financiamento coletivo, quanto à sua aptidão como instrumento de apoio (C-I Factor). 23 Os exemplos apresentados na caixa abaixo proporcionam uma panorâmica. Finance Readiness Programme for Entrepreneurs and SMEs, Coach and Connect Baden-Württemberg, Alemanha Coach and Connect é um regime de criação de redes e mentoria à escala regional operado pela Baden-Württemberg: Connected e.v. bwcon para preparar as PME e as empresas em fase de arranque para o crescimento e possibilitar que encontrem financiamento público ou privado para a próxima fase do seu desenvolvimento. Centra-se, em grande medida, em empresas no domínio das TIC e do software que facilitam a inovação nos serviços. As empresas participantes recebem aconselhamento personalizado individual sobre planeamento empresarial e são apresentadas a gestores executivos da indústria das TIC que atuam como mentores e fornecem orientações relativamente a instrumentos financeiros disponíveis. O programa tem sido cofinanciado através do Fundo Social Europeu. Criou uma parceria formal com a High Tech Gründerfonds (HGTF) do Governo Federal da Alemanha, que faculta às empresas de serviços no domínio das TIC acesso a este regime de financiamento público. O custo total do regime ascende a euros, com um financiamento total igual a euros. O cofinanciamento da UE através 23 Ações semelhantes relacionadas com um melhor acesso ao financiamento são FAME, no âmbito da Aliança Europeia das Indústrias Criativas, e MOBICAP e EMMINVEST, no âmbito da Aliança Europeia dos Serviços Móveis e da Mobilidade. Para obter informações suplementares, ver project/fame/ e

28 28 do FSE objetivo 3 -, corresponde a 47 %, enquanto os restantes 53 % são abrangidos por financiamentos privados da rede de empresas da bwcon. A duração do projeto foi de 3 anos, tendo o mesmo sido concluído em O programa foi continuado como Coach & Connect+. Para obter informações suplementares: www. bwcon.de/bwcon_coach.html?&l=3 Micro-Financiamento para a Inovação nos Serviços Criativos Cultuur-Ondernemen, Países Baixos A Cultuur-Ondernemen, nos Países Baixos, trabalha, desde 2006, para colmatar a lacuna financeira que, frequentemente, impede os artistas e as micro e pequenas empresas criativas de qualquer sub-setor criativo de aceder ao financiamento privado. Um dos objetivos do seu fundo de garantia é permitir que as empresas criativas tenham acesso a novos mercados e trabalhar com empresas de outras indústrias com vista a melhorar os seus serviços. Neste contexto, a Cultuur-Ondernemen concede um micro-financiamento até euros e garantias para empréstimos bancários a partir de euros a artistas plásticos, intérpretes, designers e outras empresas criativas. Dá formação a artistas por ano no tocante ao desenvolvimento das suas estratégias comerciais e à colaboração com outras empresas Realiza cerca de 40 projetos culturais e artísticos por ano com diversas organizações, para que as organizações repensem a sua estratégia isto está frequentemente relacionado com a inovação nos serviços e a sensibilização dos consumidores Ao longo dos últimos 6 anos, a organização teve um efeito de alavanca de 25 milhões de euros para mais de 500 artistas e criativos, através de um fundo de garantia de maneio no valor de 1,9 milhões de euros. 26 Para obter informações suplementares: Instrumentos de Investimento como a iniciativa JEREMIE UE A iniciativa JEREMIE (Recursos Europeus Conjuntos destinados às Empresas de Micro a Média Dimensão) é uma iniciativa conjunta da Comissão Europeia e do Fundo Europeu de Investimento com o Banco Europeu de Investimento. Visa melhorar o acesso ao financiamento para as micro, pequenas e médias empresas, em particular através da concessão de capital de risco, empréstimos, garantias, micro-crédito e outras formas inovadoras de financiamento. São os próprios Estados-Membros e regiões que decidem sobre as prioridades de investimento e também pode ser utilizada para financiar a inovação nos serviços. Apesar de, até à data, tal não ter sido feito com frequência, é certamente possível, conforme ilustrado pela região da Lombardia (IT), cuja estratégia de investimento realça particularmente os investimentos nos serviços. 27 Para obter informações suplementares: C-I Factor: Parceria europeia com parceiros da Hertogenbosch, Amesterdão, Londres e Mons A ação concreta intitulada Bringing creative businesses together with investment (C-I Factor) está a tentar melhorar as condições de acesso das empresas criativas na Europa ao financiamento, centrando-se especialmente em formas de melhorar o efeito de alavanca do financiamento coletivo. Esta parceria europeia transfronteiriça, sob a liderança do European Design Centre (EDC), reúne quatro parceiros experientes de empresas de financiamento das indústrias criativas. A referida parceria está a implementar uma ação-piloto para estabelecer ligações entre formas informais de financiamento coletivo e investidores profissionais, como investidores de capital de risco, business angels (investidores privados não institucionais) e o Fundo Europeu de Inves- 24 Dados fornecidos por Konstantin Schneider da MFG, por correio eletrónico, em 5 de setembro de Dados fornecidos por Joost Heinsius da Cultuur-Ondernemen, por correio eletrónico, em Ver Estudo de Caso sobre a utilização do fundo Jeremy em:

29 29 timento. O C-I Factor visa também sensibilizar os investidores para o potencial económico das indústrias criativas e testar novos programas em matéria de disponibilidade para o investimento e personalizar serviços de apoio especificamente para os empresários das indústrias criativas. Esta parceria europeia transfronteiriça que visa melhorar o acesso ao financiamento ao abrigo da Aliança Europeia das Indústrias Criativas previu um orçamento de 1,9 milhões de euros ( ), com uma contribuição da UE de 1,25 milhões de euros. Para obter informações suplementares: Factor/ Centros de incubação no domínio dos serviços Há uma grande reciprocidade entre a inovaçao em produtos, tecnologias e serviços. No entanto, muitos nos setores da economia e da investigação, bem como no setor público, continuam a pensar e agir apenas nos setores tecnológicos, departamentais e industriais. Por conseguinte, os benefícios mútuos de uma colaboração mais cruzada são, frequentemente, ignorados. Verifica-se uma falta de compreensão relativamente à forma como a inovação nos serviços pode ajudar as empresas europeias (especialmente as pequenas e médias empresas) a reforçar, ou mesmo reinventar, os seus modelos de negócio. Os empresários e gestores raramente dispõem dos recursos ou do leque abrangente de competências exigidas para penetrar na complexidade da inovação nos serviços. Os centros de apoio especializados podem ajudar a ultrapassar estes obstáculos. Os Centros de Incubação no domínio dos serviços aplicam essencialmente o conceito de incubação de empresas - ou de empresas em fase de arranque - ao fomento da inovação nos serviços. Os centros ajudam as empresas e organizações do setor público no desenvolvimento de inovações nos serviços que acrescentam valor à sua atividade principal e/ou alteram fundamentalmente a forma como as mesmas realizam as suas atividades. Tal pode implicar a avaliação dos modelos de serviços existentes, a identificação de novas procuras e de novos mercados para serviços não existentes, a reformulação de fluxos de informação e capital em torno da cadeia de fornecimento, a formulação e experimentação de novos conceitos de serviços e a identificação de novas vias para o mercado, para as empresas. Fábrica de Serviços Fraunhofer Nuremberga, Alemanha A Fábrica de Serviços foi criada recentemente pelo Instituto Fraunhofer na Alemanha. A Fábrica está localizada em Nuremberga, e centra-se na prestação de aconselhamento à incubação no domínio dos serviços a empresas regionalmente próximas, acrescentando assim uma dimensão de serviço ao sistema de inovação regional. A Fábrica está associada ao Fraunhofer Institute for Integrated Circuits (IIS), um instituto especialista em tecnologia digital, TIC e sistemas de comunicação, ilustrando assim a forte relação entre os avanços na tecnologia e a inovação nos serviços. Em conjunto, prestam aos seus parceiros e clientes um serviço homogéneo de consultadoria, que abarca desde os novos conceitos de serviços à comercialização dos mesmos. Os pontos fortes da Fábrica de Serviços são uma mistura única que envolve a compreensão de inovações de ponta na tecnologia, nos mercados, nos processos e na dinâmica das redes. A Fábrica centra-se igualmente na investigação de serviços relacionados com a inovação, especialmente nos domínios da «Servitization» e do «Conceber o Design do Serviço». A Fábrica foi criada em 2010 e recebe apoio no valor de 11 milhões de euros, durante um período de cinco anos, do programa regional de Fundos Estruturais. É o segundo maior projeto financiado pelo programa na região. Para obter informações suplementares:

30 Instrumentos de apoio ao nível do enquadramento empresarial setorial O reconhecimento do poder transformador da inovação nos serviços não pode verificarse apenas ao nível da empresa. A intervenção ao nível da empresa pode reforçar a competitividade de uma empresa individual, salvar ou criar postos de trabalho, mas raramente consegue ser capaz de dar resposta aos desafios societais ou criar novas indústrias à escala exigida. Os fundos nacionais, regionais e europeus contribuíram em grande medida, e continuam a fazê-lo, para os investimentos setoriais, como os efetuados em infraestruturas. A Europa possui muitos aeroportos e estradas bem desenvolvidos, e uma rede de banda larga cada vez mais bem conectada. É menos evidente que outras infraestruturas, imateriais, estão a ser construídas e reforçadas em toda a Europa como parte do objetivo de proporcionar às empresas um ambiente favorável à inovação nos serviços. No entanto, as referidas infraestruturas imateriais são uma componente crucial, por exemplo, para o desenvolvimento e utilização de serviços abrangentes móveis e de mobilidade, bem como para serviços modernos de turismo em regiões rurais com base em aplicações móveis. Torna-se bastante evidente que são necessárias novas dinâmicas se a Europa quiser beneficiar, em geral, de todo o potencial da inovação nos serviços e, em particular, nas indústrias emergentes. O apoio estratégico ao desenvolvimento de redes energéticas inteligentes, parques de computação em nuvem, zonas abrangentes Wi-Fi, sistemas de transporte inteligentes ou incubadoras de empreendedorismo, entre outras é essencial se a Europa quiser ser bemsucedida no desenvolvimento de uma economia de serviços competitiva no século XXI. Os exemplos que se seguem ilustram alguns dos instrumentos de apoio que podem ser utilizados para criar uma ecologia inovadora favorável à inovação nos serviços: Centros de design Laboratórios Vivos Apoio aos clusters em indústrias emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços Assistência à inovação Centros de design Em toda a Europa, as PME de várias indústrias estão sob pressão para «inovar mais» do que a concorrência global, uma vez que a concorrência com base nos preços é cada vez mais difícil, nomeadamente para PME sedeadas em países com elevados custos de mão de obra. O desenvolvimento de serviços verdadeiramente centrados no utilizador, bem como a integração de elementos criativos, culturais e estéticos em produtos e serviços é, assim, cada vez mais importante na atual economia da experiência. Frequentemente, as PME não possuem conhecimentos especializados a nível interno nem compreendem como podem implementar estas alterações. Por conseguinte, podem beneficiar de infraestruturas proporcionadas externamente. Exemplos das referidas infraestruturas são os centros de design que promovem e sensibilizam para a contribuição do design para o êxito das empresas, bem como para progressos societais mais vastos. No tocante à inovação nos serviços, as abordagens no domínio do design desempenham um papel cada vez mais importante na avaliação e repensar de ofertas de serviços contemporâneos. Os centros de design podem trabalhar com os gestores das empresas para integrar o pensamento no domínio do design nas suas estratégias e promover o design como um setor inovador junto dos decisores políticos a nível local e regional. Centro para o Design e a Inovação, c4di Aberdeen, Escócia O Centro para o Design e a Inovação foi criado em 2008 pela Robert Gordon University Aberdeen com um financiamento de cerca de 1,2 milhões de euros (1 milhão de libras esterlinas) concedido pelo FEDER na escó-

31 31 cia. O Centro trabalha com a Scottish Enterprise, Skills Development Scotland e com a Câmara Municipal de Aberdeen, e oferece os seus serviços a um público vasto. A filosofia central do centro baseia-se na adoção de uma abordagem criativa e induzida pelo design para dar resposta aos desafios empresariais, utilizando técnicas e um leque de ferramentas de design únicas centradas no utilizador para ajudar as PME na Escócia a dar resposta a esses desafios e desenvolver soluções inovadoras. Tal inclui inovações relacionadas com a estratégia empresarial global, prestação de serviços, desenvolvimento de produtos ou branding. Exemplos de serviços oferecidos: Comunicação ajudar as PME a comunicar melhor com os seus parceiros e clientes através da utilização do design Inovações promover uma geração de ideias mais criativas e intuitivas e a gestão da inovação junto das empresas Serviços centrar-se no modo como as PME podem envolver os utilizadores nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços para reduzir os custos e ir ao encontro das expectativas (muitas vezes escondidas) dos consumidores Cultura ajudar as empresas a criar ambientes de trabalho e estruturas de gestão que alimentem a colaboração e a criatividade Para obter informações suplementares: Criação de Laboratórios Vivos À medida que a Europa tem de aumentar os seus esforços para transformar os seus resultados em termos de investigação de elevada qualidade em sucessos comerciais, é necessária uma maior colaboração entre empresas, partes interessadas em matéria de investigação e inovação e utilizadores finais. Além disso, as empresas só podem desenvolver produtos e serviços de ponta se testarem constantemente a sua aplicação em testes realizados em situações da vida real. Os serviços melhorados, as inovações no domínio dos serviços e um maior envolvimento dos utilizadores finais estão no centro da abordagem que envolve os Laboratórios Vivos. Os Laboratórios Vivos incentivam todas as partes interessadas em matéria de inovação e colaborar em atividades de investigação e desenvolvimento e a testar ideias, produtos e serviços numa fase inicial do seu desenvolvimento. O objetivo é tornar as soluções finais mais orientadas para o mercado, sustentáveis e acessíveis aos utilizadores. De uma perspetiva política, a Comissão Europeia define-os do seguinte modo: «Um Laboratório Vivo é um ecossistema aberto em matéria de inovação orientado para o utilizador baseado numa parceria empresa cidadão governo, que permite que os utilizadores tenham um papel ativo no processo de investigação, desenvolvimento e inovação». 28 Devido a uma forte tónica nos utilizadores finais e nas aplicações, os resultados dos Laboratórios Vivos são, frequentemente, serviços melhorados ou inovações nos serviços. Além disso, os Laboratórios Vivos possuem uma dimensão espacial, uma vez que habitualmente apresentam e testam a aplicação de produtos e serviços nas suas proximidades e, por conseguinte, são frequentemente apoiados pelas autoridades locais ou regionais. Um Laboratório Vivo pode centrarse numa indústria ou domínio específico. Os domínios em causa vão desde o fabrico eletrónico, a jogos e sistemas de transporte inteligentes, entre outros. 29 Living Lab Salud Andalusia Andaluzia, Espanha O Living Lab Salud Andalusia (LLSA) é uma rede aberta em matéria de inovação que reúne organismos administrativos, universidades, empresas no domínio das TIC e utilizadores finais (cidadãos, pacientes e profissionais da área da saúde). Procura criar «ambientes de teste», plataformas e recursos para o desenvolvimento de tecnologias, serviços e incia- 28 Comissão Europeia, Living Labs for user-driven open innovation, disponível em: 29 Mais informações sobre os laboratórios vivos podem ser consultadas em:

32 32 tivas inovadoras no domínio da saúde, com especial destaque para o envolvimento dos utilizadores finais. O LLSA é o resultado de uma iniciativa conjunta impulsionada pelo Ministério Regional da Economia, da Inovação e da Ciência e pelo Ministério da Saúde do Governo Regional Andaluz. Foi criado no final de 2008 com a assinatura de um acordo-quadro que reuniu um grupo de 99 organizações públicas e privadas no domínio da saúde e das tecnologias. O principal objeto do laboratório vivo é facilitar as inovações nos serviços no setor da saúde, tal como nos processos inovadores no setor da saúde, a interoperabilidade, a telemedicina e teleassistência, novas formas de chegar aos cidadãos, sistemas de apoio à tomada de decisões, a formação e áreas profissionais de parceria. Para obter informações suplementares: www. livinglabsalud.es/en/ Apoio aos clusters em indústrias emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços As pequenas empresas inovadoras em indústrias emergentes dependem tanto de ecossistemas favoráveis a prestadores de serviços, fornecedores, peritos externos e associações como de empresas das grandes indústrias instaladas. No caso das indústrias emergentes impulsionadas pela inovação nos serviços, estes ecossistemas estão, frequentemente, subdesenvolvidos. Várias empresas pequenas e inovadoras, bem como investigadores e instituições do setor público precisam de tomar consciência do potencial económico e societal de uma nova indústria específica. As organizações de apoio aos clusters prestam ou canalizam serviços específicos de apoio a um grupo específico de empresas e agentes relacionados com a inovação. Assim, promovem redes espaciais, setoriais e intersetoriais específicas de empresas, fornecedores e organizações associadas (instituições de investigação, associações, etc.) com vista a promover o desenvolvimento económico e a inovação. HAMAC - Hellenic Association of Mobile Services Companies, Grécia Os serviços móveis têm potencial para transformar profundamente os modelos de negócio e o envolvimento dos consumidores, virtualmente, em todas as indústrias destinadas aos consumidores. Em grande medida, os referidos serviços têm um impacto nos modelos de serviços de muitas empresas, tal como o verificado pela Internet ao longo dos últimos quinze anos. Para antecipar e promover oportunidades, as iniciativas dos clusters podem ajudar a estabelecer uma ligação entre prestadores de serviços móveis, potenciais empresas beneficiárias, agentes no domínio da investigação associados à inovação nos serviços móveis (telecomunicações, estudos de empresas, meios de comunicação digitais, etc.) e instituições do setor público. A HAMAC é um cluster sem fins lucrativos que visa prestar os referidos serviços. Engloba empresas de alta tecnologia ativas no desenvolvimento de aplicações móveis, serviços de valor acrescentado para empresas de telecomunicações, serviços de comunicação inovadores, conteúdos e aplicações em matéria de marketing móvel. Tem por objetivo promover a sensibilização geral para a relevância da inovação nos serviços móveis junto da indústria, mas também junto do público em geral, dos meios de comunicação social e das instituições relevantes do setor público. Representa 31 empresas que, por sua vez, representam aproximadamente 90 % do volume de negócios total do mercado nacional na indústria. A HAMAC emprega mais de pessoas, das quais são cientistas de elevado nível académico. Com um volume de negócios total de 400 milhões de euros, a HAMAC exerce a sua atividade em 40 países. As ambições da HAMAC são as seguintes: Desenvolver um espírito de cooperação entre os seus membros e promover a colaboração entre eles

33 33 Promover a colaboração entre os seus membros com empresas semelhantes/ associações no estrangeiro Promover empresas no setor, através de ações específicas, e contribuir para a inovação e extroversão Apresentar propostas e planos de negócios a autoridades governamentais Organizar cursos de formação com o objetivo de melhorar as competências administrativas e técnicas dos seus membros Monitorizar as evoluções científicas, técnicas, financeiras e educativas no setor, e fornecer informações aos seus membros Promover e proteger os interesses dos seus membros Representar o setor a nível local, regional e internacional, e estar presente em eventos nacionais e internacionais 30 A criação da HAMAC foi um dos resultados das atividades do projeto MOBIP, que foi uma Plataforma Pan-Europeia no domínio da Inovação nos Serviços Móveis criada no âmbito da iniciativa «Europe INNOVA», que foi cofinanciada pela UE. Este projeto foi também fundamental na alavancagem dos Fundos Estruturais para o regime grego de vales no domínio digital móvel (30 milhões de euros) e o regime de subvenções ICT- 4Growth (120 milhões de euros). Para obter informações suplementares: Assistentes em matéria de inovação A inovação nos serviços não se verifica com frequência suficiente em muitas PME nem em empresas com pouca diversidade em matéria de I&D. As indicações apontam para uma falta de conhecimentos especializados sobre inovação entre empresários e gestores de PME e para uma carência de recursos. O facto de muitas empresas terem apenas laços ténues com estabelecimentos de ensino superior e terem uma taxa de empregados com diplomas universitários inferior à média amplifica os obstáculos à inovação. Os assistentes em matéria de inovação são empregados que facilitam a inovação, ao darem o seu contributo e alterarem projetos em empresas. Neste contexto, muitas regiões europeias utilizam os Fundos Estruturais para ajudar empresas individuais a contratar licenciados e investigadores jovens para conduzirem a I&D a nível interno, implementar projetos inovadores e, assim, ajudar a aumentar a sustentabilidade destas empresas e, simultaneamente, criar postos de trabalho. Ao pagarem uma percentagem dos encargos salariais e de segurança social durante um período definido e oferecerem treino, formação e orientação, os referidos programas apoiam consideravelmente a capacidade de inovação das empresas participantes. Assistente em matéria de Inovação Baixa Áustria, Áustria O programa de Assistente de Inovação é operado pelo Departamento de Economia, Turismo e Tecnologia do Governo regional da Baixa Áustria desde O regime visa aumentar a capacidade de inovação das empresas, principalmente as PME, de todas as indústrias, cofinanciando a utilização de um Assistente de Inovação Um Assistente de Inovação é um licenciado universitário que dedicará os seus conhecimentos especializados à implementação de projetos de inovação na empresa. O regime é principalmente dirigido a empresas que tenham uma taxa de empregados com diploma universitário inferior à média. Frequentemente, os projetos de inovação implementados estão relacionados com a inovação nos serviços (novas estratégias de comercialização, utilização de meios de comunicação social, implementação de novos sistemas de gestão das relações com os clientes ou outro software empresarial, etc.). O regime não só cofinancia os custos salariais e de segurança social como dá formação a PME e Assistentes de Inovação, além de oferecer um regime de cursos de pós-graduação a tempo 30 Com base numa troca de correios eletrónicos com um dos fundadores da HAMAC, Sr. Manglis da Atlantis Research, em 20 de maio de 2011

34 34 parcial em gestão da inovação a todos os licenciados. Em média, cada assistente em matéria de inovação custa cerca de euros ao longo de 15 meses 50 % dos encargos salariais são financiados nos primeiros 8 meses 35 % dos encargos salariais são financiados nos últimos 7 meses O programa financia igualmente formações, o regime de pós-graduações e a avaliação por um consultor externo De acordo com a autoridade regional da Baixa Áustria, cada projeto individual gerou, em média, um investimento adicional de euros, e três a quatro postos de trabalho permanentes. Em 60 % dos casos, o contrato de trabalho dos Assistentes de Inovação foi prorrogado após concluído o período de 15 meses que beneficiava de apoio. 31 O custo total do projeto ascende a 1,1 milhões de euros, euros dos quais foram cofinanciados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A duração inicial do projeto era de um ano e meio, de julho de 2002 a janeiro de 2004, mas o projeto foi continuado posteriormente, através de financiamento a nível regional. 32 Para obter informações suplementares: Instrumentos de apoio a nível do mercado e promoção de repercussões As políticas de inovação e investigação na UE centram-se há muito na promoção da I&D tecnológica, sem estabelecer a ligação entre a excelência da investigação europeia e as necessidades reais dos consumidores e cidadãos europeus. Frequentemente, a inovação nos serviços pode ajudar a colmatar esta lacuna entre a inovação científica e as exigências do mercado. Ao promover junto da procura uma maior incorporação da inovação nos serviços, os decisores políticos podem orientar empresas e setores inteiros para a inovação e a colaboração intersetorial. Tal pode ser realizado incentivando os beneficiários e utilizadores a adquirir determinados serviços em matéria de inovação em vez de recorrer aos prestadores. Neste contexto, a secção seguinte examina: Medidas de sensibilização a nível regional Incentivos à cooperação entre fabricantes e designers Vales de inovação do lado da procura Iniciativas de contratação pública Medidas de sensibilização a nível regional O Painel Europeu de Peritos sobre Inovação nos Serviços salientou, no seu relatório final, 33 a importância da inovação nos serviços para dar resposta ao desafio da agenda da estratégia «Europa 2020» da Comissão Europeia a fim de alcançar um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. O potencial da inovação nos serviços para transformar estruturas industriais existentes isto é, o seu «poder transformador» - foi especialmente salientado. Eventos de sensibilização a nível regional ajudaram a promover as recomendações deste relatório e a questão junto dos decisores políticos e partes interessadas relevantes. No entanto, é necessário ir mais longe. Em todos os Estados-Membros e regiões da UE é possível verificar variados níveis de desenvolvimento no tocante às estratégias para utilizar a inovação nos serviços. O facto de os esforços desenvolvidos não incidirem nos serviços e na inovação nos serviços, em alguns países e regiões, está provavelmente associado ao facto de a questão se fazer sentir em múltiplos domínios económicos e organizacionais e, frequentemente, não existirem competências claras para promover a inovação nos serviços. 31 Andrzej Mikolajczuk, Innovation Assistant - A Lower Austrian funding scheme for firms, name=dlfe pdf Meeting the challenge of Europe The Transformative Power of Service Innovation, disponível em: olderid=383528&name=dlfe pdf

35 35 Além disso, numa sociedade complexa e digitalmente conectada, a inovação e, em particular, a inovação nos serviços tem lugar através de uma aprendizagem, colaboração e experimentação contínuas. Para acompanhar um cenário em evolução permanente de novos produtos, serviços, tecnologias e necessidades dos consumidores, as empresas, assim como a comunidade no domínio da investigação e inovação, necessitam de informações atualizadas. A agência de inovação do Reino Unido, NESTA, realça que uma das mais importantes tarefas dos governos neste contexto é adotar estratégias em matéria de inovação que se centrem muito mais na avaliação dos mercados, tendências e intervenções de apoio para depois divulgar os dados resultantes de forma abrangente. 34 A falta de informações e dados sólidos constitui um dos principais obstáculos ao aumento da capacidade de inovação das economias ocidentais modernas. As medidas de sensibilização relacionadas com a inovação nos serviços dão resposta a esta necessidade. As conferências, feiras, exposições e plataformas de intercâmbio de políticas constituem medidas de sensibilização que podem permitir às partes interessadas aprender o valor da inovação nos serviços e ajudar a criar um entendimento comum sobre as questões futuras. Quando muito, ajudam a criar uma comunidade de partes interessadas que prossigam ativamente os trabalhos em matéria de inovação nos serviços num vasto leque de domínios distintos e mandatar os Governos para que ponham a questão na primeira linha das suas prioridades políticas. Conferência ServDes Oslo, Noruega, Linköping, Suécia e Espoo, Finlândia A Conferência ServDes é uma conferência no domínio da investigação que visa o intercâmbio de conhecimentos sobre o design de serviços e a inovação nos serviços. O principal objetivo é aprender e promover a investigação original no design dos serviços e a inovação nos serviços, e estabelecer ligações entre investigadores e profissionais da indústria e decisores políticos. Nas cidades onde teve lugar, a conferência ajudou a sensibilizar consideravelmente para o valor do design dos serviços e da inovação nos serviços. Para obter informações suplementares: Estratégias de design de serviços com base em casos reais Turismo e design de serviços Inovação social através do design Conceção do design como uma abordagem de gestão Serviços de saúde e segurança social para pessoas com necessidades complexas Jogos alternados sobre a realidade e narrativas participativas para além do entretenimento Further information: Incentivos à cooperação entre fabricantes e designers Os fabricantes europeus e especialmente as pequenas e médias empresas nestas indústrias são concorrentes que têm um melhor desempenho que outros a nível mundial em termos dos seus conhecimentos especializados tecnológicos e saber-fazer técnico. No entanto, frequentemente não dispõem das competências criativas e colaborativas necessárias para colocar no mercado os seus produtos tecnicamente superiores com o êxito devido, porque não incluem as perspetivas dos utilizadores nos processos de desenvolvimento. É necessária uma maior colaboração com os prestadores de serviços criativos (tais como designers, especialistas em comercialização, empresários no domínio dos meios de comunicação social, etc.) a fim de ultrapassar estes obstáculos à inovação induzida pelo design. Os projetos de apoio que procuram facilitar uma maior e melhor colaboração entre fabricantes e peritos no domínio do design podem dar origem a inovações nos serviços. Os designers podem 34

36 36 ajudar os fabricantes a repensar o desenvolvimento do produto, o fornecimento e os modelos de negócio de forma centrada no utilizador. Uma abordagem interdisciplinar, experimental e estética que coloque o ênfase na participação dos clientes em protótipos de teste através do processo de desenvolvimento está no centro destas novas colaborações. Design Reaktor Berlim, Alemanha A Design Reaktor Berlin é uma iniciativa experimental em matéria de investigação e inovação da University of the Arts Berlin que junta estudantes de várias disciplinas da universidade com PME de várias indústrias para desenvolver novas ideias centradas no utilizador a fim de criar produtos, serviços e modelos de negócio inovadores. Cinquenta e cinco PME e mais de oitenta e dois estudantes participaram inicialmente em séries de sessões de reflexão e grupos de trabalho de duas semanas que procuraram apresentar conceitos relacionados com o pensamento no domínio do design e uma geração de produtos e serviços centrados no utilizador a todos os participantes. Os estudantes eram de diversas disciplinas criativas: moda e design de produto, design digital, planeamento e comunicação estratégica, design de comunicação, fotografia e vídeo. A ação envolveu doze departamentos universitários diferentes. Na sequência deste exercício, foram desenvolvidas 52 soluções-protótipo em projetos colaborativos. Até à data, já foram patenteadas seis destas soluções. O projeto está atualmente na sua segunda fase, altura em que a universidade e as colaborações entre PME e estudantes trabalham cada vez mais com intermediários públicos e privados, como os centros de transferência de tecnologia, as agências de promoção de exportações, os consultores empresariais e as agências de comunicação, a fim de introduzir algumas das soluções desenvolvidas no mercado. Os custos totais do programa de apoio ao design ascenderam a euros, e o programa foi co-financiado pelos Fundos Estruturais (FEDER) com euros durante um período de 2 anos entre O programa foi acompanhado privativamente e prorrogado por um ano com euros adicionais, devido ao sucesso do projeto. 35 Para obter informações suplementares: Vales de inovação do lado da procura Os empresários e empresas ativos das indústrias de alta intensidade cognitiva que trabalham em rede e em colaboração enfrentam cada vez mais condicionalismos relacionados com a aversão ao risco, a incerteza sobre a futura evolução do mercado, os processos de inovação institucionalizados e a falta de conhecimentos especializados (isto é, estratégias digitais, competências criativas, etc.). O simples facto de possuir um produto tecnicamente superior não se traduz, necessariamente, num sucesso comercial. A colaboração com prestadores externos de serviços que ajudam as empresas a ser criativas e considerar opções de várias perspetivas permite ultrapassar alguns destes entraves imateriais à inovação. A inovação e a política industrial devem, por conseguinte, apoiar cada vez mais as empresas que pretendem colaborar com outras partes interessadas do mundo da inovação, servir de intermediárias em novas relações intersetoriais e disponibilizar as informações resultantes à indústria. Os vales de inovação do lado da procura constituem intervenções públicas ligeiras destinadas a oferecer à PME um incentivo para a aquisição de serviços inovadores (serviços criativos, investigação e desenvolvimento, consultadoria empresarial, formação, etc.) e, assim, ultrapassar os entraves sistémicos da inovação. Caracterizam-se por procedimentos administrativos simples e, frequentemente, por um alcance financeiro restrito (aproximadamente euros euros). Um vale é emitido por 35 Entrevista telefónica com Marc Piesbergen, coordenador de projetos da Design Reaktor, em 30 de maio de 2011, e informações fornecidas por Tanja Mühlhans, Berline Senate administration, por correio eletrónico, em 31 de agosto de 2012.

37 37 uma organização intermediária (departamento governamental regional, fundo de inovação, Agência de Desenvolvimento Regional, etc.) e assinala um compromisso no sentido de reembolsar a PME beneficiária ou em alguns casos o prestador do serviço inovador. Em alguns regimes, as PME têm de contribuir com uma percentagem mínima dos custos do vale a fim de reforçar o seu compromisso para com o projeto colaborativo. Vales de inovação no âmbito da Aliança Europeia das Indústrias Criativas Três das quatro ações concretas para um maior apoio às empresas através de vales de inovação no âmbito da Aliança Europeia das Indústrias Criativas uma iniciativa política da UE a implementar entre com financiamento do Programa para a Competitividade e a Inovação apoiam a procura intersetorial por serviços das indústrias criativas, ajudando as PME das indústrias tradicionais (eletrodomésticos, turismo e produtos agroalimentares, por exemplo) a aceder a tais serviços. As empresas beneficiarão diretamente dos vales de inovação, com um valor médio de euros por vale. Estas três ações em matéria de vales de inovação envolvem, ao todo, prestadores de serviços a empresas e indústrias criativas de dez países da UE. Os resultados finais destas ações-piloto alimentarão debates regionais e nacionais no âmbito da Plataforma para Aprendizagem das Políticas da Aliança sobre como deve ser planeado e implementado o futuro apoio às empresas em geral e às indústrias criativas, em particular. O primeiro regime, intitulado «Vouchers In Creative Industries», VINCI emite vales para PME da região austríaca de Salzburgo para implementar projetos de inovação em cooperação com indústrias criativas. Este regime piloto conta com a participação de prestadores de serviços a empresas de indústrias criativas da região de Salzburgo e de outros países europeus. Os vales VINCI são emitidos pelo Austria Wirtschaftsservice (aws), o banco austríaco de promoção empresarial. O segundo vale piloto de inovação para prestar serviços de indústrias criativas a outras indústrias é implementado no País Basco, em Espanha. O objetivo do regime «+INNOVA CREATI- VITY» é alargar progressivamente o dinamismo criativo e os procedimentos inovadores das indústrias criativas aos setores tradicionais que não estão diretamente relacionados com as indústrias criativas mas, que podem beneficiar dos contributos criativos e efeitos de repercussão. A ação-piloto estabelece igualmente uma colaboração estreita com empresas de outros centros criativos europeus. O terceiro regime de vales de inovação do lado da procura, For Creative Challenge Celtic Crescent North West (4CNW), liderado pela Junta do Condado de Sligo na Irlanda, visa reforçar o papel da criatividade como catalisador da inovação nos serviços no noroeste da Europa. Ajudará as indústrias tradicionais na Irlanda a acederem a serviços de clusters de fortes indústrias criativas da Escócia e Escandinávia. A ação visa ainda demonstrar como pode uma integração orientada das existências do lado da oferta e da procura ser explorada por autoridades locais e regionais a fim de apoiar melhor novos instrumentos para a transferência de conhecimentos e obter repercussões entre diferentes indústrias. O custo total de cada uma das três ações ascende, em média, a cerca de euros, com uma contribuição da UE de aproximadamente euros. As ações tiveram início em dezembro de 2011 e terminarão em novembro de Para obter informações suplementares: Incentivos à inovação nos serviços através da contratação pública A utilização da contratação pública para originar uma procura por determinadas inovações é, há muito, debatida a nível da UE, assim como a nível nacional e regional. A referida prática promete, por um lado, uma melhoria dos servi-

38 38 ços públicos e, por outro lado, tem o potencial de contribuir consideravelmente para a dinâmica da inovação durante o ciclo de vida de novos produtos e serviços. No entanto, o papel da contratação pública raramente foi considerado relativamente ao apoio à inovação nos serviços, e há uma margem considerável para repensar as despesas públicas neste contexto. A utilização da contratação pública para desenvolver a inovação nos serviços implica que a criação de um processo moderno de contratação pública esteja associada à estratégia de inovação dos contratantes e que sejam tidas em consideração novas tendências em matéria de inovação nos serviços. Neste contexto, a contratação pública pode ajudar a promover a inovação numa fase inicial do seu desenvolvimento (início) ou quando o mercado para a inovação específica nos serviços já estiver mais desenvolvido (consolidação). 36 Contratação em matéria do Sistema de Fornecimento de Voz sobre IP Heidelberg, Alemanha A cidade de Heidelberg (DE) adquiriu em 2004 um sistema de telecomunicações de fornecimento de voz sobre protocolo de internet (VoIP) para substituir o antigo sistema de telefonia, que tinha sido destruído num incêndio. A empresa vencedora foi a Alcatel e o orçamento para a primeira instalação de unidades foi de euros. Os critérios de seleção da Alcatel foram, alegadamente, a flexibilidade de resposta para as necessidades específicas de combinação de um sistema tradicional com um moderno, a manutenção e os custos reduzidos. Tecnicamente, o VoIP integra voz e outros serviços de comunicação numa única plataforma. Permite uma colaboração mais homogénea com os cidadãos que contactam a administração da cidade (por exemplo, através de um serviço telefónico assistido por computador muito mais eficaz). Permite também que os diferentes departamentos da administração de uma cidade organizem melhor as suas equipas virtuais e proporcionem balcões únicos para dar resposta às questões colocadas pelos cidadãos. Em termos de contratação pública, foram seguidos os procedimentos habituais de concursos públicos da UE, após uma investigação intensiva de mercado realizada pela equipa de contratação pública da administração da cidade. De acordo com uma avaliação realizada como parte do estudo supracitado, foram identificados os seguintes fatores de sucesso: Desenvolvimento de informações sólidas sobre o mercado pela entidade adjudicante antes do lançamento do concurso, com base em pesquisa documental e entrevistas com vários potenciais prestadores Independência da equipa de contratação pública que decidiu qual o sistema a adquirir Instalação faseada do novo sistema, envolvendo ensaios com departamentos de menor dimensão a fim de garantir uma transição suave Para obter informações suplementares: ftp:// ftp.cordis.europa.eu/pub/innovation-policy/ studies/chapter4_case_studies_intro.pdf 36 Ver o estudo Public Procurement and Innovation: Review of Issues at Stake para obter mais informações sobre a investigação da CE relacionada com este assunto:

39 Apoiar uma abordagem holística Nas secções anteriores foram apresentados instrumentos de apoio ao nível da empresa, setorial e do mercado. Todos eles são importantes mas, frequentemente, não são suficientes para alcançar um impacto elevado numa escala mais vasta. Uma estratégia mais promissora consiste em seguir uma abordagem holística que combina diferentes políticas e instrumentos como parte de uma estratégia comum. Para a aplicação prática da referida abordagem holística e estratégica, a presente secção apresentará três exemplos de abordagens baseadas em projetos de demonstração em grande escala, nas quais diferentes partes interessadas trabalham juntas e adaptam uma gama de medidas de apoio para dar resposta a um problema ou desafio societal comum a nível regional. A referida gama pode incluir atividades de apoio a empresas, ligações intersetoriais e o desenvolvimento de um enquadramento empresarial favorável à reforma industrial e estrutural. A abordagem baseada em projetos de demonstração em grande escala para a inovação nos serviços representa uma nova abordagem sistémica que requer liderança regional e definição de prioridades. Fornece contextos e cenários para testar a viabilidade económica, aperfeiçoar a prestação de serviços e dar resposta à política regional. Para as pequenas e médias empresas, os projetos de demonstração em grande escala podem fornecer um espaço aberto que lhes permita contribuir para a visão do desenvolvimento regional e, simultaneamente, desenvolver em colaboração produtos e serviços competitivos que encontrem o seu lugar em cadeias de valor globais. A abordagem baseada em projetos de demonstração em grande escala tem início com a procura por parte do consumidor ou da sociedade o «problema» e continua, a partir dos desafios e das necessidades do utilizador, para as soluções em matéria de inovação nos serviços e técnicas potenciais e o apoio correspondente necessário. O desenvolvimento e experimentação destas soluções em condições reais é diferente da experimentação da viabilidade tecnológica através de projetos de replicação do mercado, que podem ou não funcionar num ambiente diferente daquele em que foram inicialmente criados e estabelecidos. O objetivo é oferecer formas novas e melhores de atrair novos clientes e satisfazer melhor as suas necessidades, que estão em constante evolução. Consequentemente, podem ser delineadas novas competências na região que originem vantagens concorrenciais que oferecem oportunidades em termos do mercado mundial. Em dezembro de 2011 foram criados três projetos de demonstração em grande escala CULTWAyS, LIMES e Grow Mobile, no âmbito da Aliança Europeia dos Serviços Móveis e da Mobilidade, 37 que estão agora a apresentar os primeiros resultados. A abordagem do LIMES é descrita mais pormenorizadamente em seguida. LIMES, Large Scale Innovative and Mobile European Services for Culture Tourism in Rural Areas Alemanha, Áustria e Bulgária As fronteiras romanas são o único património cultural europeu que liga 10 países europeus, do noroeste do Reino Unido ao sudeste da Bulgária, e são um monumento ímpar em muitas regiões, além de já serem parcialmente designadas património mundial da UNESCO. Através do demonstrador LIMES, esta antiga fortificação do império romano terá oportunidade de se tornar um ponto de desenvolvimento do turismo cultural no futuro, uma vez que apenas uma pequena parte está acessível atualmente. As fronteiras atravessam regiões rurais onde o turismo não está completamente desenvolvido e nem sempre se encontram ligadas entre si. O demonstrador está a centrar-se no desenvolvimento de serviços móveis e na criação de novas cadeias de valor inovadoras. O objetivo é que as regiões demonstrem a viabilidade da exploração de serviços móveis inovadores a fim de fomentar o turismo sustentável em regiões rurais. 37 hhttp://

40 40 Três países (Alemanha, Áustria e Bulgária) assumiram a liderança e, através das suas parcerias existentes, estão a incluir os outros sete países que possuem fronteiras romanas. As atividades de transferência desempenharão um papel importante a fim de disponibilizar os serviços móveis para o setor do turismo em todos os países. Espera-se que o LIMES chegue a pessoas interessadas em turismo cultural nos três países parceiros, assim como a agentes locais (na qualidade de utilizadores dos serviços móveis e embaixadores das suas regiões). Outros beneficiários serão as empresas, especificamente as empresas inovadoras em fase de arranque, e os promotores regionais. Pelo menos 15 novas empresas serão apoiadas no quadro do projeto e cerca de 10 agências regionais beneficiarão diretamente dos resultados do projeto. Além disso, um dos objetivos do projeto é um investimento de euros do setor do turismo nas regiões ao longo das fronteiras. A ligação destas regiões através de serviços móveis comuns permite melhorar o perfil deste património ímpar para que atraia mais visitantes e, simultaneamente, apoiar o desenvolvimento económico das referidas regiões graças ao apoio prestado a novas empresas e à criação de postos de trabalho. Principais objetivos: ligar locais turísticos ao longo das fronteiras em 10 países europeus (Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Roménia e Bulgária) dar visibilidade à identidade e à história europeia comum e torná-las acessíveis a visitantes de todo o mundo desenvolver e implementar serviços móveis inovadores ao longo da via que apoia a intermediação de informação, a mobilidade para viajar e serviços adicionais para visitantes e para as populações locais apoiar novas empresas ao longo da via, através destes serviços gerar rendimento e criar postos de trabalho em regiões rurais. O LIMES faz parte de uma iniciativa política financiada pelo PCI designada por «Aliança Europeia dos Serviços Móveis e da Mobilidade» (EMMIA). A EMMIA reúne decisores políticos europeus e regionais e representantes da indústria, com o objetivo de desenvolver soluções mais sustentáveis no domínio da mobilidade apoiada por serviços móveis, através de uma melhor utilização das iniciativas atuais e planeadas e do reforço da cooperação transnacional neste domínio. O custo total do projeto é de euros, com uma contribuição europeia equivalente a euros. O projeto teve início em dezembro de 2011 e terminará em novembro de Para obter informações suplementares: A fim de ganhar mais experiência na exploração de uma abordagem baseada em projetos de demonstração em grande escala no domínio da inovação nos serviços, a Direção-Geral da Empresa e da Indústria selecionou seis regiões modelo em matéria de demonstradores através de um convite informal à manifestação de interesse, que receberão, em 2013, um tipo de assistência técnica prestada por peritos do futuro Centro Europeu de Inovação nos Serviços e serão avaliadas por pares no tocante à conceção e implementação de estratégias que melhor utilizam a inovação nos serviços para dar resposta a um desafio ou problema regional específico.

41 41 Seis regiõesmodelo em matéria de demonstradores no domínio da inovação nos serviços A região Basca, a região das Ilhas Canárias, a Emilia-Romagna, o Luxemburgo, a Irlanda do Norte e a região da Alta Áustria foram selecionadas, em junho de 2012, como regiões modelo em matéria de demonstradores no domínio da inovação nos serviços. As seis regiões não beneficiarão do apoio direto da UE, mas beneficiarão gratuitamente apoio e aconselhamento por parte do Centro Europeu de Inovação nos Serviços. As regiões demonstrarão, em grande escala, formas novas ou melhoradas de conceção e desenvolvimento de políticas que tirem o máximo partido da inovação nos serviços a fim de dar resposta a um problema ou desafio regional específico. Foram selecionadas três regiões modelo em matéria de demonstradores de entre as regiões com uma predominância de «indústrias transformadoras tradicionais» (ver definição na página 12). O objetivo é mostrar o impacto que a inovação nos serviços pode ter para que as referidas indústrias tradicionais mantenham ou ganhem uma posição forte em cadeias de valor globais. Neste contexto, os exemplos estão relacionados com a obtenção de valor acrescentado através do design, a criatividade e/ou a cooperação intersetorial. Tal procurará dar resposta à questão de saber como pode a inovação nos serviços apoiar a modernização de setores industriais e facilitar a reforma estrutural na transição da indústria de base industrial para uma economia moderna. Foram selecionadas três regiões modelo de entre as regiões que pretendem ser líderes na inovação e competitividade pelo apoio prestado ao desenvolvimento de «indústrias emergentes» (ver definição na página 13), isto é, serviços móveis e de mobilidade, indústrias criativas ou a economia da experiência. Tal coloca a questão de saber quais os ecossistemas mais adequados para apoiar a emergência de novas indústrias de serviços e como podem as políticas ajudar a desbloquear o seu potencial, por exemplo, através de políticas modernas de clusters que ultrapassam as fronteiras setoriais definidas estritamente e seguem uma abordagem holística e temática mais abrangente. Espera-se que as regiões-modelo em matéria de demonstradores trabalhem de perto com as suas indústrias locais ou regionais, prestadores de serviços, institutos de investigação e conhecimento e outras partes interessadas relevantes a fim de definir e implementar uma estratégia coerente que tire todos os benefícios do papel transformador da inovação nos serviços. Para obter informações suplementares: get_file?folderid=736469&name=dl- FE pdf Por último, é apresentada uma breve síntese das futuras Regiões Criativas Europeias, que procuram utilizar a inovação nos serviços e as indústrias criativas para rejuvenescer as economias regionais. Estão a ser selecionadas duas propostas para as referidas regiões para terem início até ao final de 2012, no seguimento de um convite à apresentação de propostas do PCI. A abordagem das Regiões Criativas Europeias também é nova na medida em que leva a abordagem da Aliança Europeia das Indústrias Criativas que consiste em combinar a aprendizagem transnacional de políticas com ações concretas para um maior apoio às empresas, um melhor acesso ao financiamento e em facilitar o desenvolvimento de clusters para o nível regional. Projeto piloto «Regiões Criativas Europeias» Os dois projetos piloto das «Regiões Criativas Europeias», que serão lançados no final de 2012, terão como objetivo demonstrar o poder transformador das indústrias criativas para o rejuvenescimento de regiões industriais tradicionais. Tal incluirá,

42 42 em particular, a promoção de todas as formas de criatividade e uma melhor utilização da inovação nos serviços e das indústrias criativas a fim de estimular a reforma estrutural para uma indústria cultural, do artesanato e de base industrial. O projeto «Regiões Criativas Europeias» incentivará atividades com um impacto forte e visível. Basear-se-á numa abordagem holística que reúna um grande número de agentes regionais em matéria de inovação a fim de criar um ecossistema favorável à inovação nos serviços e às indústrias criativas. Os governos regionais e comunidades empresariais são, assim, exortados a criar infraestruturas técnicas de apoio e condições empresariais que facilitem a inovação nos serviços, em particular através de indústrias criativas, e, desse modo, reforcarem o seu papel na economia local, incluindo as repercussões noutras indústrias da região. Para obter informações suplementares: www. howtogrow.eu/ecia

43 43 Conclusões Uma melhor utilização da inovação nos serviços exige uma mudança de mentalidade para aceitar que nem todas as inovações se baseiam na investigação e, que os institutos de investigação podem nem sempre ser os melhores parceiros para ajudar as empresas a desenvolver novas iniciativas e introduzi-las no mercado. O presente guia pretende contribuir para este processo. Este guia defende igualmente, que a atenção das políticas regionais e de apoio às PME não deve centrar-se na promoção de serviços ou setores de serviços uma vez que a inovação nos serviços se verifica tanto nos serviços como na indústria transformadora. Mais exatamente, o presente guia nem sequer se centra na promoção da inovação nos serviços per se. Em vez de se centrar na inovação nos serviços enquanto atividade, determina que o enquadramento, as instituições e os instrumentos de apoio às PME podem ser utilizados a fim de facilitar a transformação de setores e estruturas industriais a nível regional «através» da inovação nos serviços. Por conseguinte, o presente guia espera fornecer às partes interessadas a nível regional um contributo valioso e ideias sobre como implementar estratégias regionais «mais inteligentes» e que utilizem melhor a inovação nos serviços. Os exemplos de medidas de apoio salientados no presente guia devem ajudar os decisores políticos regionais a conceber estratégias de especialização inteligente e de clusters a fim de alcançar um impacto elevado. A inovação nos serviços não é uma panaceia, mas tem potencial para contribuir para o rejuvenescimento de estruturas económicas regionais, ao acrescentar valor às indústrias existentes e dar origem a indústrias emergentes. Este poder transformador da inovação nos serviços representa uma força latente para contribuir para o crescimento e a criação de postos de trabalho, domínios que ainda têm de ser amplamente explorados em muitas regiões. Seguir um ou dois exemplos do presente guia como inspiração para um novo projeto ou programa não será, no entanto, suficiente para alcançar este objetivo. A fim de promover consideravelmente o dinamismo empresarial e o

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