QUÍMICA AMBIENTAL: CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO. Apresentação: Pôster
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- Kléber Braga Araújo
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1 QUÍMICA AMBIENTAL: CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO Apresentação: Pôster Iloane dos Santos Lima 1 ; Mércia dos Santos Freire 2 ; Ana Patrícia Siqueira Tavares Falcão 3 Introdução No Brasil, as questões sobre Educação Ambiental tornaram- se cada vez mais abordadas e discutidas através de Leis e diretrizes no mundo acadêmico, hoje temos a Lei criada pelo Plano Nacional de Educação Ambiental - PNEA que trás consigo a obrigatoriedade das aplicações em sala de aula do Ensino Médio e de outras etapas de Ensino as abordagens continuas sobre as questões Ambientais. Nesse sentido a Política Nacional de Educação Ambiental- Lei n 9795 e regulamentada pelo Decreto 4.281/02, em seu artigo 2 afirma que a educação ambiental é um componente 1 Curso Licenciatura em Química/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Vitória/Grupo de Pesquisa Educação e Saúde. iloane.lima@hotmail.com 2 Curso Licenciatura em Química/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Vitória/Grupo de Pesquisa Educação e Saúde. mel.m.s@hotmail.com 3 Docente do IFPE Campus Vitória/UPE/ Grupo de Pesquisa Educação e Saúde. ana.falcao@vitoria.ifpe.edu.br
2 essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. (BRASIL, 1999) Segundo CARVALHO: é importante não esquecer que esse encontro entre o ambiental e o educativo, no caso da Educação Ambiental- EA, se dá como um movimento proveniente do mundo da vida não da puramente biológica, mas da vida refletida, ou seja, do mundo social. A preocupação ambiental presente na sociedade repercute no campo educativo. A educação, nesse sentindo, tem-se mostrado um campo altamente sensível ás novas demandas e temáticas socioculturais, elegendo- as como objeto da pesquisa e da prática pedagógica. (2008, p. 151, 152) Nota-se que a prática do professor que introduz em suas aulas os conceitos da Educação Ambiental deve dialogar com seus discentes a respeito do que acontecem em seu dia a dia buscando interligar seus assuntos, nesse sentindo a maneira que o professor leva a discussão para sala de aula surgi como um artifício que facilita a discussão a respeito ao assunto do meio ambiente e a disciplina. Fundamentação Teórica As questões vinculadas à Educação Ambiental tornam-se bastantes visíveis no cotidiano, pois todos os veículos de comunicações de certa forma abordam as problemáticas que o mundo está vivenciando, como por exemplo, o aquecimento global que está sendo fortemente discutido nos meios científicos e acadêmicos. Quando estudamos sobre a Educação Ambiental notamos que há vários posicionamentos a respeito das abordagens da Educação Ambiental, nessa perspectiva será apresentada uma corrente de pensamento, a Corrente Crítica Social. 1. Corrente Crítica Social A Educação Ambiental quando envolve conceitos de construção de conhecimento a partir de um saber que envolva o aluno com o intuito de despertar seu interesse de efetuar uma ação através dos conceitos adquiridos quando for abordada a teoria, é tida como Educação Ambiental Crítica, que propõe aos discentes um pensar acerca da teoria e prática que estão sendo abordados nas aulas de Ensino de Ciência. De acordo com Freire (1967): [...] por ser educação, haveria de ser corajosa, propondo ao povo a reflexão sobre si mesmo, sobre seu tempo, sobre suas responsabilidades, sobre seu papel no novo
3 clima cultural da época de transição. Uma educação que lhe propiciasse a reflexão sobre seu próprio poder de refletir e que tivesse sua instrumentalidade, por isso mesmo, no desenvolvimento desse poder, na explicitação de suas potencialidades, de que decorreria sua capacidade de opção (freire, 1967, p. 59). É perceptível que o papel do professor torna-se fundamental para a aplicabilidade das discussões propostas, verificando que sua formação deve contribuir para tal aplicabilidade, vamos discutir sobre algumas diretrizes para formação dos professores. 1.1 Formação de Professores A Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), foi formada para regulamentar a ampliação educacional no intuito de gerar uma Educação de qualidade para todos. Nesse contexto o parágrafo único do artigo n 61 da LDB afirma; A formação dos profissionais da Educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da Educação básica, terá como fundamentos: a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados, e capacitação em serviço e o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades. Com isso, verificamos que a formação do docente deve ser composta por vários elementos que o proporcione a realização de suas práticas com notoriedade, elementos esses que devem ser discutidos não apenas ao longo da sua formação, mas também ao longo da sua carreira profissional, pois as questões sociais, por exemplo, são modificadas a cada instante. Metodologia Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de campo do tipo descritiva onde buscou investigar as concepções de professores acerca da abordagem sobre Educação Ambiental nas aulas de Química. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Professora Amélia Coelho, localizada na cidade de Vitória de Santo Antão - PE. Os sujeitos envolvidos foram dois professores de Química do Ensino Médio da referida escola. Como instrumento investigativo foi utilizado uma entrevista semi-estruturada visando: (i) Identificar as concepções dos docentes acerca da importância das abordagens sobre o Meio Ambiente nas aulas de Química; (ii) Avaliar se suas concepções condizem com suas práticas em sala de aula.
4 Resultados e Discussões Os professores envolvidos na pesquisa foram convidados a responder um questionário que continha questões que abordavam a temática sobre o Meio Ambiente relacionado ao componente curricular de Química. Participaram da pesquisa dois professores de Química do Ensino Médio. Constatou-se que os professores conseguem enxergar a real importância de levar para sua sala de aula assuntos que correlacionem a Química com o Meio Ambiente, como pode- se observar na fala abaixo: Quando falamos em Química, lembramos logo de que? Reação... O que acontece no Meio Ambiente? Segundo Lavoisier Nada se cria tudo se transforma, e para se transforma existe Química. Sendo assim, a Química está envolvida diretamente com todos os acontecimentos no Meio Ambiente tendo uma importância imensurável (Professor A). Conseguimos ver a importância, por exemplo, no que está acontecendo com a camada de ozônio, trazendo vários malefícios para a saúde das pessoas. (Professor B). Por ser uma Ciência relacionada à natureza e reconhecendo-se a importância e a necessidade de se buscar soluções para problemas ambientais, a Química tem tido papel importante na geração de alguns problemas associados à poluição da natureza (MOZETO; JARDIM, 2002). Nesse sentindo, as abordagens em sala de aula sobre os problemas ambientais devem ser vinculados com a Química de tal maneira que os estudantes percebam que a Química não é a grande vilã que a maioria das pessoas propaga ser, mas sim, a maneira que a conduzem faz com que a Química prejudique o Meio Ambiente, dessa forma a maneira que tal componente é abordado em sala transmite o modo dos alunos a pensar sobre a Química. Como podemos observar abaixo: Fazemos trabalhos de reciclagem. (Professor B). Tratamos sobre a importância de alguns elementos que passam tempo maior para se degradar, causando algum prejuízo ao meio. (Professor B). No programa da disciplina a gente não ver muito a abordagem das questões ambientais, porém, até pela minha formação de engenheiro agrônomo eu consigo aborda muito sobre meio ambiente nas aulas de Química. (Professor A). Nesse sentindo, constatou- se que os professores realizam abordagens sobre as questões ambientais, mas de forma superficial que não levam os alunos a discutirem profundamente sobre as questões ambientais ligadas a disciplina que estão estudando, facilitando que os discentes não possuam uma posição crítica sobre a Química no Meio Ambiente. Nota-se que as práticas dos docentes nas aulas que foram observadas trazem algumas abordagens da Química que os discentes
5 podem correlacionar com o seu cotidiano, mas o tempo das aulas não permite que os professores possam aborda de maneira mais aprofundada algumas temáticas que são vistas na atualidade como essenciais para o desenvolvimento de um ser mais social e crítico, como no caso das abordagens sobre a Educação Ambiental, os docentes possuem apenas duas aulas por semana e possuem toda a sua carga horária preenchidas, ensinando física, matemática além de Química. Conclusões Constatou- se que as discussões realizadas em sala de aula pelos docentes necessitam de uma prática mais estruturada que ajudem seus alunos a construir um senso crítico a respeito dos assuntos correlacionados. A formação do professor torna-se a fundamental chave para a melhoria da sua prática diária, notamos que a busca para aperfeiçoar a prática por parte dos docentes é notável, mas o tempo disponível para os mesmo não se torna favorável a buscar constantemente o aperfeiçoamento da sua prática, a carga horária dos professores é intensiva até mesmo exigindo do próprio a necessidade de ensinar em outra escola. Referências BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Disponível em: Acesso em: 28/10/2014. BRASIL. Decreto 4.281, de 25 de junho de Regulamenta a Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e outras providências Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo. Brasília, DF, 26.jun Disponível em: < d4281.htm>. Acesso em: 28/10/2014 CARVALHO. I. C. de Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4. ed. São Paulo: Cortez, P
6 MOZETO, A. A.; JARDIM, W. F. A Química Ambiental no Brasil. Química Nova, v.25, supl., p. 7-11, FREIRE, Paulo. Conscientização. São Paulo: Editora Moraes, 1967.
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