V Jornada das Licenciaturas da USP/IX Semana da Licenciatura em Ciências Exatas - SeLic: A
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- Rodrigo de Caminha Imperial
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1 A Universidade no processo de divulgação cientifica Jéssica Barbieri ; Mariana Cruz Pereira Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto Departamento de Química Pró reitoria de Cultura e Extensão Eixo 2: Ciências Exatas e da Terra RESUMO O CEIQ (Centro de Ensino Integrado de Química) do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo é um Centro Complementar do Departamento da referida Faculdade, situado no Campus de Ribeirão Preto. Busca contribuir para a melhoria do ensino de química nas escolas de educação básica e no ensino superior, juntamente com atividades de extensão universitária do Departamento de Química, em especial aquelas voltadas à promoção e à divulgação da ciência, tecnologia e cultura em geral. Entre elas destacam-se a ORQ (Olimpíada Regional de Química) e a realização de cursos e palestras voltadas à formação inicial e continuada dos professores de química e ciências. Realiza o empréstimo e aperfeiçoamento de materiais pedagógicos e informações para uso de alunos e professores da educação básica e da universidade, colaborando assim com o trabalho do professor em sala de aula e com o aprendizado de seus respectivos alunos.. INTRODUÇÃO O Centro de Ensino Integrado de Química (CEIQ) é um centro complementar do Departamento de Química. Foi criado em 1991 por um grupo de professores de áreas específicas da Química, cuja principal preocupação era a pouca procura pelo Curso de Química e a pequena quantidade de alunos que se formavam neste curso. Em anos anteriores à criação do centro, o curso de química chegou a formar turmas com apenas 5 alunos. Então, com intenção de divulgar a Química e concomitantemente os Cursos do Departamento de Química, criou-se este Centro que passou a desenvolver atividades principalmente nas escolas de Ribeirão Preto e região. Estas atividades tinham como
2 principal enfoque os alunos e professores do ensino básico. Nesta época, o Curso de Licenciatura em Química era junto com o Bacharelado em Química. Nos estágios envolvendo regência, os licenciandos recorriam ao Centro principalmente para realizar empréstimos de vidrarias e reagentes. Ainda neste período, o CEIQ contava com uma funcionária contratada e dedicada a suas atividades. Esta funcionária tinha formação na área da Química, e a ela cabia o contato com as escolas. Porém, por motivos de saúde esta funcionária foi afastada e as atividades foram praticamente paralisadas por aproximadamente cinco anos. Em 2002, foi contratada pelo Departamento de Química a técnica e atual coordenadora do Centro, Daniela Gonçalves de Abreu. Os objetivos principais da época eram retomar as atividades do CEIQ e, juntamente com os membros docentes prever/articular sua relação com o curso de Licenciatura em Química (que foi implantado em 2003 desvinculado do curso de Bacharelado em Química). Na reativação, o Prof. Maurício Matos foi o primeiro Coordenador seguido pela Profa. Maria Lúcia de Arruda Moura Campos. Aos poucos, atividades como visitas de alunos da escola básica aos laboratórios do Departamento de Química, oficinas sobre temas científicos oferecidas na universidade e em outros espaços como, a Casa da Ciência Galileu Galilei, pertencente à Secretaria de Educação Municipal de Ribeirão Preto foram sendo retomadas. Com o objetivo de mobilizar e incentivar o interesse dos alunos do ensino básico pela ciência, e mostra a importância do papel da química na sociedade, criamos a olimpíada Regional de Química. Nesta, a mobilização é mais importante que competição e isto é refletidas na forma de organização do evento. Neste ínterim, a funcionária Daniela terminou seu Doutorado e em 2006 assumiu a função de docente e posteriormente coordenadora do Centro de Ensino Integrado de Química. Durante sua gestão, as atividades foram consolidadas e expandidas. A Olimpíada Regional de Química, que começou com 13 escolas inscritas, gradativamente aumentou para 30 escolas e atualmente, em 2014, mobiliza cerca de 40 escolas. O Regimento interno do centro foi revisto e buscaram-se formas de incentivar que professores de áreas específicas da química se envolvessem com as atividades de divulgação científica. Contudo, tal trabalho é uma construção constante e por vezes desgastante. Muitas tentativas de articular o CEIQ e disciplinas pedagógicas da Licenciatura em Química foram
3 realizadas. Exposições temáticas chegaram a ser organizadas pelo Centro, docentes de disciplinas de atividades científico-culturais e alunos da mesma disciplina. Os estágios de regências continuam contando com o empréstimo de materiais e com apoio pedagógico oferecido principalmente pelo técnico contratado atual, Thiago de Souza Cavallini. Porém, uma grande dificuldade enfrentada é que o funcionário não é exclusivo para o CEIQ, e divide seu horário em laboratórios de atividades de pesquisa. DESENVOLVIMENTO O Centro de Ensino Integrado de Química sendo responsável pelas atividades de cultura e extensão promove a divulgação do ensino cientifico através de atividades como o empréstimo de materiais didáticos para professores e alunos. Possui como principal projeto, A Olímpiada Regional de Química. A Olímpiada Regional de Química ocorre anualmente no Departamento de Química e é dividida em duas fases..a primeira fase conta com uma visita de 40 alunos da escola participante, cuja intenção de é somente conhecer o Departamento de Química. Nesta visita, é apresentada aos alunos uma palestra explicando o tema da prova e os tópicos que nela serão abordados. Ao término desta palestra, os alunos são direcionados ao laboratório, onde são mostrados experimentos relacionados com a avaliação e as normas de segurança do laboratório químico, como o uso de jaleco, óculos de proteção, entre outros. Quando estes alunos retornam ao departamento para concluir a segunda fase da olímpiada (são selecionados apenas seis alunos de cada escola participante, sendo dois para cada série do ensino médio), estes trazem consigo uma redação com o tema da olímpiada. A prova de segunda fase é dividida em teórica e prática, sendo realizada em equipe e abordando questões relacionadas com o conteúdo de química visto no ensino médio e com o tema apresentado na palestra da primeira fase. Em seguida, a prova prática é baseada nos experimentos apresentados na primeira fase e nas normas de segurança do laboratório químico. Durante a segunda fase da Olimpíada Regional de Química, anualmente são oferecidas oficinas para os professores de química de ensino médio. Porém, enfrentamos obstáculos como pequeno porte de espaço físico, e número pequeno de funcionários e bolsistas. Deste modo, a olimpíada acaba tornando-se um meio de despertar e estimular o interesse do aluno pela ciência, incentivando os alunos a perceberem a importância da química e
4 possibilitando que estes vivenciem a profissão do químico e sua importância no atual conceito social. A ORQ também conta com uma premiação aos alunos participantes, onde o primeiro lugar ganha uma semana de estágio em um dos laboratórios do Departamento e o restante ganha medalhas. RESULTADOS E DISCUSSÕES. Ao longo de nossas atividades no CEIQ, recebemos no primeiro semestre de 2014 até a presente data, cerca de 40 escolas que trouxeram em média 1000 alunos. Bueno (2008) afirma que o processo de divulgação científica necessita de uma adaptação na linguagem científica a fim de torna-la compreensível a uma vasta audiência, dizendo que: A divulgação científica compreende a utilização de recursos, técnicas, processos e produtos (veículos ou canais) para a veiculação de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações ao leigo. É importante perceber que divulgação científica pressupõe um processo de recodificação, isto é, a transposição de uma linguagem especializada para uma linguagem não especializada, com o objetivo primordial de tornar o conteúdo acessível a uma vasta audiência (BUEN0, 2008, p.4). Sendo assim, o desenvolvimento dos projetos do CEIQ são embasados em referenciais teóricos que seguem a mesma linha de raciocino do autor citado. Compreendemos que, as palestras que ministramos e elaboramos aos alunos que visitam o departamento, são meios de divulgar o ensino científico de modo abrangente e com uma linguagem de fácil compreensão ao público que nos visita. Deste modo, é possível despertar o interesse e o aprendizado na área das ciências. CONCLUSÃO Podemos concluir que ao longo de sua existência o CEIQ vem colaborando com suas atividades para a divulgação do ensino científico na cidade de Ribeirão Preto e região. Ao longo de nossas atividades percebemos a importância do contato com os alunos no momento da escolha do curso de graduação e as dúvidas quanto à universidade, e principalmente quanto à retirada do distanciamento dos alunos em relação às ciências exatas, onde existe enrustido o velho preconceito relacionado à sua dificuldade.
5 Nos nossos eventos percebemos uma deficiência de estímulos para o aprendizado em ciências de escolas públicas, pois poucas vezes os alunos possuem a oportunidade de realizar e vivenciar experimentos nas salas de aulas. A pesar de nosso subprojeto Formação inicial e continuada se encontram na experimentação buscar quebrar esse déficit o numero de pessoas atingidas por ele ainda são poucas para vermos uma mudança significativa na educação da sociedade brasileira. O que precisa ser feito é uma politica pública melhorando o investimento da experimentação na educação cientifica. O principal objetivo do CEIQ é auxiliar o professor nas realizações de experimentos com kits e fugir do ambiente escolar, que muitas vezes pode gerar comodidade e desatenção por parte dos alunos. Temos que nos adaptar com a difusão de conhecimento por formas distintas, como em escolas particulares, juntamente com os técnicos, nosso foco é mais voltado para a informação de cursos superiores, as áreas de trabalho que um químico poderá atuar e na informação e divulgação da química como trabalho e fonte de renda. E com escolas públicas priorizamos difundir conceitos mais básicos sobre Química, como despertar a curiosidade dos alunos e a divulgar os auxílios oferecidos em universidades públicas, tanto no vestibular quanto na manutenção dos universitários. Muitos chegam para nós sem o conhecimento de como ingressar e nem quais são as Universidades Públicas existentes. Isso demonstra que apesar de todo o incentivo para os menos favorecidos ingressarem em cursos de nível superior não há a divulgação adequada de tal informação. O CEIQ ajuda os envolvidos (bolsistas e voluntários) a amadurecerem, todavia que a função de ministrar e planejar palestras pelos alunos de graduação do curso de Licenciatura em Química dará a oportunidade de aplicar os conhecimentos práticos, encontrar uma didática adequada e subjetiva ao ensino de Química e qualificar o profissional criando um diálogo entre os futuros e os professores já em atuação no ensino médio. Bem como, qualificar a atuação desses professores no que se refere às aulas experimentais de química.
6 REFERÊNCIAS BUENO, W. C. Jornalismo ambiental: explorando além do conceito. In: Girardi,I. M. T. Girardi; Schwaab, R. T. (Org.). Jornalismo ambiental: desafios e reflexões. Porto Alegre: Dom Quixote, 2008, v. p 4-10.
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