Métodos Legislativos. Métodos Mecânicos. Métodos Culturais
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- João Henrique Aires Rijo
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1 MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Métodos Legislativos Métodos Mecânicos Métodos Culturais
2 Métodos Legislativos Leis e portarias federais ou estaduais Introdução de espécies exóticas que se tornam praga problema crescente Serviço quarentenário: evitar a entrada de possíveis organismos não desejáveis que podem estar associados aos organismos benéficos e impedir sua disseminação
3 Serviço de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura (portos, aeroportos e fronteiras)- desinfestar, destruir ou impedir a entrada de vegetais atacados, mantendo-os em quarentena Quarentena: locais planejados físicas seguras fornecer condições Exportações e importações: impedindo a saída e entrada de produtos agrícolas atacados por pragas
4 Vários países: barreiras alfandegárias que proíbem a importação de determinada planta hospedeira de uma praga que não ocorra em seu território Brasil não exporta frutas in natura para os EUA e Japão devido ao risco de introduzir moscas-das-frutas naqueles países Melões: exportados para os EUA, desde que tenham sido cultivados em regiões livre da mosca-das-cucurbitáceas
5 Ponto de vista quarentenário praga é qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes patogênicos, nocivos para os vegetais ou produtos vegetais Identificação: presença ou ausência em uma área de risco, sua distribuição, importância econômica e se é ou não controlada oficialmente
6 É classificada em: Praga quarentenária A1: importância econômica potencial para a área de risco e onde ainda não se encontra presente Praga quarentenária A2: importância econômica potencial para a área de risco e onde não se encontra amplamente disseminada e está sendo oficialmente controlada Praga quarentenária regional A2: apresenta disseminação localizada e está submetida a controle oficial por um ou mais países da região
7 Países: normas próprias Comitê de Sanidade Vegetal do Sul (COSAVE) - Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai bcritérios para o reconhecimento de pragas quarentenárias em seus territórios bdivulga lista das pragas quarentenárias A1 e A2 de cada país bestabelece a regulamentação fitossanitária (normas oficiais para evitar, conter, controlar ou erradicar pragas) certificação fitossanitária
8 Tipos de tratamentos quarentenários usados para frutíferas no Brasil Tratamentos Frutas Fumigação Trat. frio Trat. quente Irradiação Banana X Manga X X Melão X Nectarina X Pêssego X X Uva X Fonte: Sugayama & Malavasi, 2000
9 Fumigação ou expurgo: exterminar os insetos que se encontram no produto em suas diferentes fases evolutivas (ovo adulto) produtos químicos: fumigantes (fosfina e brometo de metila) Fumigantes aparelho respiratório dos insetos (intoxicação)
10 Mais ativos em temperaturas (menor dose e menor tempo de exposição ao produto) Fosfina não provoca efeito fitotóxico nos produtos expurgados Brometo de metila inibe a germinação e deve ser evitado no tratamento de sementes; toxicidade ao homem Vantagem do brometo sobre a fosfina: tempo de exposição
11 Inseticidas usados para expurgo
12 Fumigação de produtos a granel Trigo, milho, sorgo e soja: próprias células de armazenamento (completamente vedadas, sem possibilidade de vazamento) Armazéns graneleiros: lençóis plásticos, para cobertura da massa armazenada e sondas metálica perfuradas, para aplicação do fumigante (fosfina)
13 Silo com aparelhagem para forçar a circulação do ar: aplicado na tubulação do sistema de circulação de ar e atinge os insetos abrigados na massa ensilada brometo de metila (20cm 3 ou 35 g por m 3 de massa ensilada, com uma exposição de 24 horas) Fumigação com fosfina (comprimido, pastilha ou tablete) silos que apresentem ou não sistema de circulação de ar
14 Fumigação dos produtos ensacados b câmaras fixas ou móveis Fixas alvenaria ou metálicas Custo elevado Dosagem do gás depender do volume do produto a ser tratado Exigência de movimentação da sacaria até o interior das câmaras.
15 Móveis grande aplicação na atualidade (uso de lençóis plásticos de PVC - 0,2mm de espessura) Tendas de plástico para cobertura da sacaria ou do milho em palha para a operação de fumigação aliado à eficiência e facilidade de aplicação da fosfina Tecnologia barata, eficiente e de fácil utilização no controle de pragas dos produtos armazenados
16 Tratamento a Frio Câmara com temperatura baixas Mosca-mexicana (Anastrepha ludens) em pêssego, nectarina e uva temperatura da polpa (0,55 o C por 18 dias; 1,11 o C por 20 dias ou 1,66 o C por 22 dias) tempo de exposição ao frio: tratamento combinado com fumigação; para o pêssego (1,11 o C, reduz-se o tempo de exposição para 4 dias)
17 Mosca mexicana (Anastrepha ludens) Adulto Larva
18 Tratamento a quente Vapor de água ou hidrotermia Vapor água: temperatura da polpa da fruta deve ir aumentando até que o centro dela atinja 43,3 o C em 8 horas (T o C mantida por 6h) Hidrotermia: submergir a fruta no mínimo 9 cm abaixo da superfície da água (T C da polpa atingir 21,1 o C - 65 a 90 min)
19 Irradiação Raios gama do Cobalto ( 60 Co) ou Césio ( 137 Cs) ou raios de elétrons com a energia da radiação até 10 MeV Vantagem: bcontrola a infestação da praga bmelhora a qualidade e aumenta a conservação do fruto (retarda o amadurecimento e reduz a contaminação microbiana nos frutos)
20 Gases atmosféricos : bgases inertes (hélio e nitrogênio) bbaixas concentrações de O 2 (2% ou menos) baltos níveis de dióxido de carbono (5 a 60%) bcombinação entre eles CB de pragas (clássico ou aplicado): parasitóides ou predadores QUARENTENA Atualmente: Jaguariúna/SP (Lab. Quarentena Costa Lima da Embrapa)
21 Medidas obrigatórias de controle Algodão: destruição dos restos de cultura até 15 de julho de cada ano, para prevenção contra o ataque da broca e da lagarta rosada (decreto Estadual n A, de 27/07/1950) contribui para a redução da população do bicudo RS: (lei n de 25/06/1956) coleta e queima de galhos de acácia negra para diminuir a infestação do besouro-serrador Oncideres impluviata.
22 Bicudo do algodoeiro
23 Métodos Mecânicos Medidas usadas em casos específicos: Curuquerê-da-couve em pequenas hortas (catação de lagartas e esmagamento de ovos) Catação manual de bichos-cestos em cafezal Esmagamento de brocas de ramos e tronco em frutíferas como a figueira
24 Curuquerê-da-couve ovo lagarta pupa adulto
25 Corte de lagartas em fumo e mandioca com tesouras Formação de barreiras ou sulcos contra ataque do curuquerê-dos-capinzais e gafanhotos em surtos graves Uso de armadilhas (frasco caça-moscas contra moscas-das-frutas) Tela anti-afídeos (casa de vegetação)
26 Frasco caça-mosca Ceratitis spp.
27 Métodos culturais Rotação de culturas: plantio alternado (anos sucessivos) controle de pragas específicas de determinadas plantas; insetos com pequeno número de plantas hospedeiras Aração do solo: destruição de larvas e pupas de insetos que normalmente se desenvolvem no solo
28 Época de plantio e colheita: antecipação ou atraso do plantio ou colheita causa uma diminuição considerável no ataque Destruição de restos culturais: destruir o substrato que pode atuar como hospedeiro intermediário de pragas (Helicoverpa zea)
29 Helicoverpa zea
30 Cultura no limpo: presença do mato na cultura ou nas proximidades pode favorecer a infestação de certas pragas Pulgões: infestação é menor nas proximidades do mato, porque este fornece abrigo e favorece a sobrevivência de inimigos naturais Poda: bastante útil em fruticultura. Empregada em plantas perenes como meio de controlar pragas como brocas, cochonilhas, etc
31 Adubação e irrigação: planta equilibrada nutricionalmente apresenta maior resistência ao ataque de pragas Aspersão: redução da população de pequenos insetos, como tripés, pulgão, etc., eliminados por lavagem
32 Plantio direto: altera o habitat das comunidades que viviam no ambiente criado pelo plantio convencional Alteração na entomofauna benéfica ou prejudicial nesse novo ambiente Essas alterações ocorrem devido: regime de água no solo (conteúdo de água) estrutura e temperatura do solo maior ou menor disponibilidade de nutrientes
33 Rotação de culturas prevista nesse sistema: aumenta ou diminui a ocorrência de determinadas pragas Maiores influências: insetos que vivem no solo Plantio convencional: aração como medida de controle de insetos de solo, para que fiquem expostos à ação de raios solares e inimigos naturais Plantio direto: umidade do solo favorece patógenos: atacam insetos que tem fase de pupa no solo
34 Lagarta Elasmo: incidência no plantio direto (inseto de ambiente mais seco), tem sua atuação prejudicada pela umidade criada no plantio direto Compactação do solo: prejudica a emergência do inseto, e o excesso de matéria orgânica existente nesse sistema serve como fonte alternativa de alimento, diminuindo os prejuízos
35 Maior incidência de crisomelídeos e Sternechus subsignatus (curculionídeo) Pulgões: Em trigo, a cobertura do solo, no plantio direto, exerce uma ação repelente sobre pulgões (superfície refletiva)
36 Percevejos, Crisomelídeos e Curculionídeos: Maior incidência de percevejo em soja, no sistema de plantio direto pela maior permanência da cultura no campo Outras pragas (como a larva alfinete, Diabrotica speciosa): aumentaram sua importância em áreas de plantio direto, com solos escuros ricos em matéria orgânica e úmidos (rígidos)
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