INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

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1 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA 1) A figura reproduzida abaixo representa uma epidemia de Dengue tipo I ocorrida num agrupamento de garimpeiros trabalhando em área remota do Pará. O grupo total era composto de 550 trabalhadores. Nenhum deles era nativo da área endêmica, representando este o primeiro contato deles com o vírus causador da doença. Como pode ser visto no diagrama, os primeiros casos iniciaram em 17/06 e o último em 01/08. No total ocorreram 32 casos e 8 óbitos. Calcule: a. Taxa de ataque b. Coeficiente de letalidade. c. Coeficientes de incidência para os meses de: a) junho e b) julho. d. Coeficiente de prevalência no dia 15 de julho. e. Coeficiente de prevalência no mês de julho. f. O que aconteceria ao coeficiente de prevalência em 15/07 se as datas de início de cada caso permanecessem as mesmas mas se a duração da doença fosse reduzida pela metade? g. E se a duração da doença fosse duas vezes maior em cada caso? h. Para efeito do exercício considere que após a recuperação o doente não se torne imune ao vírus. Qual seria o coeficiente de incidência para o mês de julho? 2. "Em uma comunidade rural nordestina em 1988, a população suscetível ao sarampo pertencente ao grupo etário recomendável para a vacinação antisarampo era de crianças. No início de 1988 foi instituída uma campanha geral de vacinação contra essa doença que resultou em crianças vacinadas na comunidade. Ao curso desse ano constataramse 240 casos de sarampo, dos quais 160 em não vacinados." Calcule: a. Cobertura vacinal b. Coeficiente de Incidência de Sarampo nos Vacinados. c. Coeficiente de Incidência de Sarampo nos não vacinados d. Interprete os achados. 3) Em duas indústrias A e B, trabalharam durante o ano em cada uma, 1000 operários; em 1973 ocorreram na indústria A, 20 casos de intoxicação por produto químico e 40 na B. Considere que na indústria A: 50 operários trabalharam o ano todo, 450 trabalharam seis meses, 500 trabalharam três meses e que na indústria B 1000 trabalhadores trabalharam o ano todo. Em qual das duas indústrias foi maior a ocorrência de casos de intoxicação aguda? Material modificado a partir do conteúdo disponível no link:

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3 EXERCÍCIOS TESTES DIAGNÓSTICOS SENSIBILIDADE, ESPECIFIDADE E VALOR PREDITIVO 1. Em artigo recentemente publicado *, os autores analisam os valores preditivos positivos e negativos do teste Elisa para detecção de anticorpos contra a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) quando o teste é aplicado em diferentes segmentos populacionais (viciados em drogas injetáveis nos EUA, hemofílicos nos EUA, homossexuais suíços, homossexuais de San Francisco e população geral americana) Atribuindo ao teste Elisa uma sensibilidade de 97,7% e uma especificidade de 92,6%, foram calculados os valores preditivos nos grupos acima citados, os quais apresentam, obviamente, diferentes prevalências de infectados pelo vírus HTLVIII. Neste exercício objetivase discutir as implicações práticas dos achados. Para tanto, iniciaremos por refazer os cálculos para cada um dos grupos estudados, utilizando 1 milhão de pessoas como denominador. A Grupo dos viciados em drogas injetáveis Prevalência 36% ELISA VP = VP = B Grupo dos homossexuais suíços Prevalência 10% ELISA VP = VP = C Grupo dos homossexuais de San Francisco Prevalência 65% ELISA VP = VP =

4 D Grupo dos hemofílicos Prevalência 62% ELISA VP = VP = E População geral americana (excluídos indivíduos dos grupos de alto risco) Prevalência 0,044% ELISA VP = VP = Com estes dados, preencher o quadro abaixo: GRUPO POPULACIO NAL População geral Homossexuais suiços Viciados em drogas Hemofílicos Homossexuais de San Francisco PREVALÊNCIA VALOR PREDITIVO VALOR PREDITIVO Que relação você faz da prevalência com os valores preditivo positivo e negativo? Que implicações isto tem para a prática clínica e para os procedimentos de checkup e triagem (screening)? * SIVAK, S.L. & WORMSER, G.P. Predictive value of a screening test for antibodies to HTLVIII. Am. J. Clin. Pathol. 85:700703,1986.

5 2. Com o propósito de aferir a capacidade diagnóstica da ausência de fosfatidilglicerol (FG) no último apósito vulvar para prédeterminar doença pulmonar da membrana hialina (DPMH) foi conduzida por ESTOL, em 1987, uma pesquisa que obteve os resultados seguintes: "Foram diagnosticados em 253 recémnascidos 27 casos, dos quais 23 foram corretamente identificados como imaturos na gravidez por apresentar ausência de FG no apósito vulvar. Em 191 dos 226 neonatos que não apresentaram DPMH foi possível fazer o diagnóstico correto antenatal de "maduro" pela identificação de FG no último apósito vulvar dentro de 72 horas anteriores ao nascimento. Dos 58 casos com diagnóstico de "imaturo" (FG ausente), 23 neonatos apresentaram DPMH". Complete o quadro abaixo e responda: "imaturos" FG ausente "maduros" FG presente Doentes Sadios a. Qual a prevalência da DPMH? b. Qual a sensibilidade do teste diagnóstico fosfatidilglicerol para prever Doença Pulmonar da Membrana Hialina? c. Qual a especificidade? d. Dos indivíduos com teste negativo ("maduros"), qual a probabilidade de acerto (não desenvolver DPMH), valor preditivo negativo? e. Dos indivíduos com teste positivo ("imaturos"), qual a probabilidade de acerto (desenvolver DPMH), valor preditivo positivo? f. Este exame pode ser usado como triagem da Doença Pulmonar da Membrana Hialina? Por quê? 3. Uma das grandes discussões clínicas a respeito do uso de testes é de se saber qual é o ponto de corte a ser usado na classificação de indivíduos em normais e anormais. Para isto, 403 pacientes foram analisados, avaliandose um determinado ponto de corte no valor da glicemia para o diagnóstico presuntivo de diabete. Calcule a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo. DIABETE GLICEMIA ELEVADA Presente Ausente Sim Não Este ponto de corte está adequado? Do total de pessoas com glicemia acima do ponto de corte qual o percentual que está realmente com diabete? Você recomendaria: manter, baixar ou elevar o ponto de corte da glicemia para o diagnóstico de diabete?

6 RISCOS 1. CARONRUFFINO & RUFFINONETTO estudaram a associação entre alcoolismo e tuberculose pulmonar (Rev. Saúde Públ., 13:18394,1979) através de um estudo casocontrole. Os resultados estão expressos abaixo: Hábito de ingestão Casos Controles Total alcoólica Sim Não Total Calcule a razão de chances (odds ratio). Há indício de associação entre alcoolismo e tuberculose. 2. Doll e Hill estudaram, através de entrevistas, pacientes com câncer de pulmão e 1357 controles investigando a quantidade de cigarros consumidos nos últimos 10 anos, pelos entrevistados. Os resultados obtidos foram os seguintes: Número médio de cigarros fumados por dia 0 0 a 4 5 a a a e Pacientes Controles Analise os dados apresentados. Calcule o oddsratio entre fumantes e não fumantes, agregando as categorias e montando a tabela da forma correta. (Doll, R. and Hill, A.B.ä A study of the aetiology of the carcinoma of the lung. Brit. Med. J. 2: ,1952). 3. Os resultados de triagem visual de 411 escolares, feita por professores de ensino de primeiro grau, foram comparados com os realizados por oftalmologistas, nas mesmas crianças. Os achados foram os seguintes: OFTALMOLOGISTAS PROFESSORES SIM NÃO SIM 56 5 NAO a. Calcule a sensibilidade, especificidade, valores preditivo positivo e negativo. b. A triagem visual por professores pode ser útil? 4. Em 1995 foi realizado um estudo na localidade de Serrano, município de Cururupu, Maranhão. Os pesquisadores realizaram exame de fezes em uma amostra de 294 pessoas, representativa da população. Interrogaram, também sobre a freqüência do contato com águas naturais e obtiveram os seguintes resultados: FREQÜÊNCIA EXAME DE FEZES DOS CONTATOS Positivo Negativo Risco IC Não Esporádica Diária ou Semanal

7 a. Que tipo de estudo foi realizado? c. Calcule a prevalência e o seu intervalo de confiança (para proporções), segundo níveis de freqüência de contatos. d. Há associação entre freqüência dos contatos com águas naturais e esquistossomose? e. Esta associação é causal?

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