INSTITUTO ÁGORA DE EDUCAÇÃO. PROEFICIÊNCIA EM FILOSOFIA Thiago Cesar Lopes da Silva RESENHA ANTROPOLOGIA CULTURAL. Prof. Janaina Gonçalves Ribeiro.

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1 INSTITUTO ÁGORA DE EDUCAÇÃO. PROEFICIÊNCIA EM FILOSOFIA Thiago Cesar Lopes da Silva RESENHA ANTROPOLOGIA CULTURAL Prof. Janaina Gonçalves Ribeiro. COLOMBO 2015

2 A problemática central do estudo da Antropologia Cultural está no questionamento: o que determina a grande diversidade cultural da espécie humana mesmo observando a unidade biológica do ser humano?. A teoria do Determinismo Biológico atribui capacidades específicas inatas a raças ou outros grupos humanos, ou seja, as diferenças genéticas são determinantes para as diferenças culturais. Já a teoria do Determinismo Geográfico confere às diferenças ambientais o condicionamento da diversidade cultural. Entretanto, tanto o Determinismo Biológico quanto o Determinismo Geográfico foram incapazes de responder ao questionamento inicial, visto que as diferenças existentes entre os homens, portanto, não podem ser explicadas em termos de limitações que lhes são impostas pelo aparato biológico ou pelo meio ambiente. (LARAIA, 2001, p. 24). O que difere o homem dos demais seres que habitam a Terra é o fato dele ter Cultura. Esse foi o diferencial que fez os seres humanos superarem as próprias limitações e dominarem o mundo. Contudo, surge outro questionamento: o que é cultura? O conceito de Cultura foi sendo construído ao longo da história. É possível encontrar menção ao mesmo já no pensamento do filósofo John Locke em sua refutação ao princípio do Racionalismo. As ideias inatas, verdades impressas hereditariamente na mente humana, são combatidas pelo filósofo. Para ele, o ser humano tem a capacidade de obter ilimitado conhecimento através da endoculturação, o processo permanente de aprendizagem de uma cultura que se inicia com assimilação de valores e experiências a partir do nascimento de um indivíduo e que se completa com a morte. Este processo de aprendizagem é permanente, desde a infância até à idade adulta de um indivíduo. À medida que o individuo nasce, cresce, e desenvolve, ele aprende envolvendo-se cada vez mais a agir da forma que lhe foi ensinado. Nesse sentido, Jacques Turgot afirmou que o homem tem a capacidade de assegurar o acúmulo de ideias e as difundir. Assim também Jean Jacques Rousseau atribuiu a educação grande notoriedade no processo da endoculturação, considerando a evolução da humanidade em graduação, do menos avançado (primitivo) ao mais avançado (civilização), tudo graças a aprendizagem. Porém foi Edward Tylor o responsável pela elaboração do conceito de cultura tal como conhecemos atualmente. Este sintetizou o termo alemão Kultur, o qual se compreende por todos os aspectos espirituais de uma comunidade, e o termo francês Civilization, o qual se refere às realizações materiais de um povo. Originou-se, assim, o termo inglês Culture, o qual tomado em seu amplo sentido etnológico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade (LARAIA, 2001, p. 25). Tylor buscou evidenciar que a cultura

3 pode ser objeto de um estudo sistemático, já que se trata de um fenômeno natural, possuidora de causas e regularidades, o qual permite um estudo objetivo, além de análises capazes de proporcionar a formulação de leis. Tylor viveu o impacto que a obra de Charles Darwin produziu na Europa, que condicionou a nascente antropologia à perspectiva do evolucionismo unilinear. Tal perspectiva procurava estabelecer uma escala de civilização, na qual as nações europeias eram mais civilizadas, sendo modelo de civilidade para os chamados povos primitivos e bárbaros; sendo assim, a cultura desenvolve-se de maneira uniforme, de tal forma que era de se esperar que cada sociedade percorresse as etapas que já tinham sido percorridas pelas sociedades mais avançadas (LARAIA, 2001, p. ). O antropólogo americano Alfred Kroeber, em seu artigo O Superorgânico mostrou como a cultura age sobre o homem. O título de seu trabalho designou que garças a cultura a humanidade distanciou-se do mundo animal, passando o homem a ser considerado um ser que está além de suas limitações orgânicas. O antropólogo preocupou-se em evitar a confusão entre orgânico, no sentido biológico, e cultural. Dessa forma, demonstra que independentemente do sistema cultural ao qual pertença, o homem precisa satisfazer determinadas funções vitais, tais como a alimentação, o sono, a respiração, atividade sexual, etc, comum a toda a humanidade, porém cada cultura as realiza de forma distinta. Isso faz com que o homem seja considerado predominantemente cultural, não sendo seu comportamento determinado pelo biológico. Segundo o pensamento de Kroeber, a cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem; este age de acordo com os padrões culturais, diferente dos animais que agem por instinto, já que o homem eles foram praticamente anulados pelo longo processo evolutivo ao qual foi submetido; nem todos os instintos foram suprimidos, porém tudo o que o homem faz aprendeu de seus semelhantes e fora da cultura não os desenvolveria. O homem se adapta aos meios ecológicos através da cultura, pois ao invés de modificar seu mecanismo biológico, modifica seu equipamento superorgânico; foi assim que o homem conseguiu romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a Terra em seu habitat. A cultura possibilitou ai homem depender mais do aprendizado do que dos instintos, essa capacidade de aprender determina o comportamento humano e a capacidade artística e profissional. Assim, a cultura é um processo acumulativo, que traz toda a experiência história das gerações anteriores, limitando ou estimulando a criatividade do indivíduo; a comunicação é um exemplo desse processo de acumulação, pois a linguagem

4 humana é produto cultural. Entretanto, não haveria cultura se o homem não fosse capaz de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral. A gênese da cultura constitui uma das principais preocupações dos estudiosos dessa área. Assim, busca-se compreender como o homem adquiriu tal processo extra-somático que o distinguiu de todos os animais e lhe deu um lugar extraordinário na vida terrestre. Um argumento comum é o de que o homem adquiriu, ou melhor, produziu cultura a partir do momento em que seu cérebro, modificado pelo processo evolutivo dos primatas, foi capaz de assim proceder (LARAIA, 2001, p. 53). Entretanto, frente a tal argumentação, surge uma questão mais profunda: como e por que houve tal alteração do cérebro do primata, a ponto de atingir a dimensão e a complexidade que permitem o aparecimento do homem? A paleontologia humana e seus expoentes se debruçaram sobre tal questão e sugerem respostas, tais como o bipedismo, como conjunto de pressões seletivas, onde o animal parecia maior e mais intimidante, facilitando também o transporte de objetos e utilização de armas; também a habilidade manual, possibilitada pela posição ereta, que possibilitou maiores estímulos ao cérebro e, por consequência, contribuiu para o desenvolvimento da inteligência humana e o surgimento da cultura, como resultado de um cérebro mais volumoso e complexo. Porém, mais do que analisar as explicações paleontológicas, é necessário considerar o pensamento de dois dos mais importantes antropólogos sociais contemporâneos a esse respeito. Claude Lévi-Strauss considerava o surgimento da cultura a partir da convenção da primeira regra, que seria a proibição da relação sexual com certas categorias de mulheres. Lesli White considera a criação de símbolos como evento fundante da cultura, já que entende que é o exercício da faculdade da simbolização que cria a cultura e o uso de símbolos que torna possível a sua perpetuação. Sem o símbolo não haveria cultura, e o homem seria apenas um animal, não um ser humano... (LARAIA, 2001, p. 55). Além de considerar que só se pode conhecer um determinado símbolo a partir do conhecimento da cultura que o gerou. É importante destacar também que a cultura foi um processo, que se formou aos poucos, assim como o corpo dos seres humanos tal qual conhecemos hoje. Nesse sentido, não há saltos no que diz respeito à cultura. Uma das principais correntes da Antropologia Cultural é o Funcionalismo. O Funcionalismo foi, primeiramente, um segmento que surgiu da Etnologia, ramo das ciências humanas que tem por objeto o conhecimento do conjunto dos caracteres de cada etnia, a fim de estabelecer as linhas gerais da estrutura e da evolução das sociedades, por volta do ano de Seus fundadores são Bronisław K. Malinowski, com a obra Argonautas do Pacífico Ocidental, e outro etnólogo conhecido, o Sr. Alfred R. Radcliffe-Brown, com a obra The

5 Andaman Islanders. Estas duas obras clássicas foram as que fizeram o primeiro esboço funcionalista da Etnologia, com um método estabelecido. No entanto, essa teoria tem certas características um tanto complicadas e por isso elucida-se o conceito de Função pensado segundo a Sociologia. Para esta ciência, o conceito de Função pode ser a contribuição ou necessidade que proporciona um feito social, uma estrutura ou uma Instituição (Por exemplo, a família, o direito) para conseguir determinadas condições do sistema (por exemplo, autoconservação, equilíbrio ou troca social regulada). Estas manifestações sobre a Função de um feito social pressupõe-se que podem ser determinadas com precisão, e assim saber se essas situações devem ser funcionais ou disfuncionais. Em geral poderemos provar, para um feito social, várias Funções e para a condição do sistema pode haver também vários meios sociais funcionais. Portanto podemos classificar dois tipos de funções: a Função manifesta, quando as consequências de um meio social para a conexão de determinadas condições do sistema são conhecidas e intencionadas; e a Função Latente, quando estas consequências não são nem conhecidas nem intencionadas. Enfim, A cultura é um processo criação/ aprendizagem/ criação e pode ser melhor desenvolvida, transformada, em um processo constante, consciente ou inconsciente, por acaso e por necessidade. Dessa forma, a cultura evidencia, registra e regula as condutas humanas. Assim, a cultura é tudo aquilo que é apreendido e partilhado pelos membros de uma sociedade. Esse conceito utiliza-se do método funcional, ou seja, a sociedade sofreu segmentação causada pela divisão de trabalho; a cultura se baseia em modelo de pensamento que se transfere de pessoa para pessoa. Apesar desses pensamentos situarem-se na mente das pessoas, ficam cristralizados nas instituições e nos produtos tangíveis de uma sociedade; a cultura é tudo aquilo que é socialmente apreendida e partilhada pelos membros de uma sociedade. Desta forma, conclui-se que a antropologia funcional explica a gênese da cultura de uma sociedade e que as subculturas nasceram dentro deste mesmo processo funcional, pelo motivo de a sociedade ter sofrido segmentação causada pela divisão de trabalho e ainda que cultura é adequada por surgir uma necessidade a ser satisfeita, e se manteve porque se provou ser conveniente para um fim colimado; a cultura é um modelador de comportamento e está presente em qualquer agrupamento de pessoas com características próprias a cada um deles. Malinowski afirma que a cultura não é estática e que acompanha as modificações da sociedade; desta forma conclui-se que a organização formal é dinâmica e assim se transforma de acordo com as interações sociais.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Material de Apoio da Disciplina, desenvolvido pela Profª Janaina Gonçalves Ribeiro LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

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