Sociologia. Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues Escola Cenecista Dr. José Ferreira

Transcrição

1 Sociologia Professor: Matheus Bortoleto Rodrigues Escola Cenecista Dr. José Ferreira

2 Cultura Objetivo: Problematizar o desenvolvimento das diferentes sociedades humanas em seu processo de produção cultural, bem como entender diversas abordagens trabalhadas por diferentes autores do conceito de cultura.

3 Contextualizando a temática Pode-se dizer que, tão logo o ser humano realiza os atos históricos iniciais, por assim dizer, vistos no primeiro trimestre, esses seres começam a produzir cultura, ou seja, o próprio ato de produção e reprodução da vida material, introduz os seres humanos em seu processo de formação cultural.

4 A cultura é especialmente estudada pela Antropologia, área do conhecimento científico que tem por objetivo expor sistematicamente os conhecimentos que se tem a respeito do ser humano. Em outras palavras, a Antropologia é uma ciência que se dedica ao estudo aprofundado do ser humano. É um termo de origem grega, formado por anthropos (homem, ser humano) e logos (conhecimento).

5 Conceito contemporâneo de Cultura.

6 Edward Tylor

7 Nasceu em Londres, no dia 2 de outubro de 1832, e faleceu em Wellington, no dia 2 e janeiro de É considerado por muitos como o pai do conceito moderno de cultura. É um representante da Antropologia evolucionista, ou do chamado Evolucionismo Social. Principal obra: Cultura primitiva (1971).

8 Antropologia Evolucionista O Evolucionismo foi inicialmente proposto no livro Ancient Society de Lewis Henry Morgan, em Morgan tinha a ideia de que todas as sociedades deveriam passar por três níveis evolucionários: da selvageria à barbárie, e de lá à civilização. Essa teoria era popular entre os colegas de Morgan, que tinham como certo que a sociedade Vitoriana foi o auge da civilização. Principais representantes: Morgan, Tylor e Frazer. Disponível em: < Acesso em 10 maio 2015.

9 A cultura, pela definição clássica de Edward B. Tylor, que é considerado o pai do conceito moderno de cultura, é o todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Disponível em: < Acesso em 10 maio 2015.

10 Franz Boas

11 Nasceu em Minden, em 9 de julho de 1858 e faleceu em Nova Iorque, em 21 de dezembro de É considerado por muitos como o pai da Antropologia Norte-Americana. Tem como uma das obras mais significativa o artigo As limitações do método comparativo na Antropologia. em que o autor tece duras críticas ao Evolucionismo.

12 Boas, por sua vez, foi um dos pioneiros a criticar essa visão, afirmando que toda cultura tem uma história própria, que se desenvolve de forma particular e não pode ser julgada a partir da história de outras culturas. Assim, Boas usou, já no início do século XX, a História para explicar a diversidade cultural, a grande diferença de culturas na humanidade, fazendo, pela primeira, vez uma aproximação entre História e Antropologia até hoje bastante utilizada, chegando a influenciar obras como Casa-grande e Senzala, de Gilberto Freyre, discípulo de Franz Boas. Disponível em: < >. Acesso em: 21/maio/2015.

13 Franz Boas, no começo do século XX, iniciou uma crítica sistemática às teorias até então vigentes que defendiam a existência de uma hierarquia entre culturas. Tais teorias, chamadas evolucionistas pela influência da obra de Charles Darwin, defendiam que todas as culturas passavam pelas mesmas etapas, ou estágios, durante sua existência, evoluindo, progredindo das mais primitivas para as mais avançadas ao longo do tempo, sendo que o estágio mais avançado da humanidade era o atingido pelo Ocidente, visão que dava ao etnocentrismo status de ciência. Disponível em: < >. Acesso em: 21/maio/2015.

14 "Em substituição ao Evolucionismo, [Boas] propôs o princípio do particularismo histórico. Como sustentava que cada cultura continha a sua própria história, em alguns casos poderia ser reconstruída pelos antropólogos. Ele via valor intrínseco na pluralidade das práticas culturais no mundo e era profundamente cético com relação a qualquer tentativa, política ou acadêmica, de interferir nessa diversidade" (História da Antropologia, Eriksen e Nielsen).

15 Bronislaw Malinowski

16 Nasceu na Cracróvia, em 7 de abril de 1884 e faleceu em New Haven, em 16 de maio de Antropólogo de grande importância pela criação do método de pesquisa etnográfico. Considerado pertencente à corrente da Antropologia Funcionalista. Possui como obra mais importante Os Agronautas do Pacífico Ocidental etnografia realizada nas ilhas Trobiand, atual Nova Guiné.

17 Antropologia Funcionalista O Funcionalismo é a corrente da Antropologia que enfatiza a pesquisa de campo (observação participativa) como forma de produzir um conhecimento sistemátizdo, buscando apreender uma cultura em sua totalidade e compreendendo as funções que as instituições sociais exercem na manutenção da dinâmica social. Segundo essa corrente, cada indivíduo tem certo número de necessidades, e cada cultura tem a função de satisfazer essas necessidades individuais. Isso se realiza com a criação de instituições (econômicas, políticas, jurídicas, educacionais etc.) que fornecem respostas coletivas organizadas e constituem, cada uma a seu modo, soluções originais que permitem atender a essas necessidades. Vários autores. Sociologia em Movimento. São Paulo: Moderna, 2013, p.61.

18 Clifford Geertz

19 Nasceu em São Francisco em 23 de agosto de 1926 e faleceu na Filadélfia em 30 de outubro de Um dos maiores difusores da Antropologia Interpretativa. Possui como uma de suas principais obras o livro A interpretação das Culturas (1973). Autor que tem seus trabalhos fortemente influenciados pela teoria weberiana, interpretativa.

20 O conceito de cultura que eu defendo (...) é essencialmente semiótico. Acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal amarrado à teia de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e a sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa à procura do significado (Geertz, 1978: 15). GEERTZ, Clifford. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. In: A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989, p

21 Claude Lévi-Strauss

22 Nasceu em Bruxelas, em 28 de novembro de 1908, e faleceu em Paris, no dia 30 de outubro de Considerados por muitos como um dos principais intelectuais do século XX e o maior representante da Antropologia Estruturalista. Defensor da etnologia (estudo dos fatos e documentos levantados pela etnografia) como principal método de pesquisa. Foi um dos representantes da missão francesa, que fundou a USP. Possui, como uma de suas principais contribuições, o livro As estruturas elementares de parentesco.

23 Antropologia Estruturalista Inicialmente desenvolvido na linguística, o Estruturalismo corresponde a uma atitude vulgarizada nas Ciências Sociais a partir dos anos 60. Consiste em explicar o real não apenas a partir dos seus elementos, mas sobretudo a partir da sua estrutura, na qual se vê uma realidade independente. Nas Ciências Sociais, essa estrutura será o sistema de relações que está na base da unidade dos grupos humanos. Como sistema, qualquer alteração que se produza num dos seus elementos implicará alterações em todos os outros. Cada transformação na estrutura corresponderia a um modelo, o que pressupõe a possibilidade de prever o modo de reação do modelo quando se altera um dos seus elementos. Disponível em: < Acesso em: 22/maio/2015.

24 Lévi-Strauss e a cultura Cultura: como um conjunto de sistemas simbólicos que atuam no modo integrado e constitui a totalidade social. Considera que haveria elementos universais na cultura (estruturas) entendidos como partes irredutíveis e atemporais que perpassariam o modo de pensar dos seres humanos. [...] Dessa maneira, o estudo de cultura deve buscar explicar os modelos inconscientes que determinam os parâmetros pelos quais os indivíduos e grupos explicam a si mesmos e ao seu mundo. Vários autores. Sociologia em Movimento. São Paulo: Moderna, 2013, p.62.