MESA REDONDA. Gestão de Recursos de Uso Comuns: Rumo à co-gestãoadaptativa para o desenvolvimento territorial sustentável
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- Amadeu Barateiro Alcântara
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1 IX Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia Florianópolis, 28 de novembro de 2012 MESA REDONDA Gestão de Recursos de Uso Comuns: Rumo à co-gestãoadaptativa para o desenvolvimento territorial sustentável Rede de Programa de Pós-Graduação - Edital CAPES Ciências do Mar Gestão Integrada e Compartilhada de Territórios Marinho-Costeiros: Implicações para a Pesca Artesanal e para a Conservação da Biodiversidade UNICAMP, FURG, UFSC, UFPR
2 Adaptações e transformações na organização social e no uso de recursos naturais são necessárias Rockstrom, et. al. A Safe Operating Space for Humanity. Nature(2009).
3 Homo sapiens is not an external disturbance, it is a keystone species within the system (O Neill, 1999) Necessidade: Analisar a complexidade das mudanças de forma integrada entre sistemas sociais e ecológicos SISTEMAS SOCIOECOLÓGICOS (Berkes et al. 1998; Berkeset al. 2003)
4 Nosso caminho Recursos de uso comum (Commons) Problemas: Exclusão & Subtração Exemplos: água, floresta, pescados, ar Problemática da degradação socioambiental na zona costeira Diversos atores, interesses, formas de conhecimentos que utilizam e/ou manejam recursos de uso comuns
5 Diferentes atores (stakeholders) Petróleo & Gás Esgoto urbano Maricultura Diferentes grupos de pescadores Usinas nucleares Atividade portuária Pesquisas Áreas protegidas Atravessadores Marinha Banhistas e surfistas Barcos de passeio Mergulho
6 Paralidarcomacrise... Nosso caminho Necessidade de conciliar ações de conservação da biodiversidade e manutenção ou restauração de serviços ecossistêmicos e ações de desenvolvimento de grupos marginalizados que dependem desta biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos para viver, reproduzirse socialmente, e melhorar sua qualidade de vida. Muitas pesquisas/ações com foco em comunidades de pescadores artesanal Crise nos sistemas de pesca artesanal diversos vetores de mudanças: novas tecnologias, globalização, mudanças ambientais, sobrepesca; conflitos Comunidades se tornando cada vez mais empobrecidas e/ou vulneráveis
7 Objetivo do Programa Investigar processos de gestão de recursos de uso comuns em regiões laboratório no litoral brasileiro de forma a contribuir com propostas de gestão colaborativa e adaptativa(co-gestão adaptativa) para o desenvolvimento territorial sustentável(dts) Promover e fortalecer uma rede de pesquisadores, pós-graduandos, gestores, comunitários, ONGs envolvidas na formação / capacitação de agentes de mudanças para lidar com as questões de conservação e desenvolvimento integrados de forma mais inclusiva e participativa.
8 Co-manejoadaptativo/ Co-gestãoadaptativa Surge da integração de duas abordagens: Teoria dos Recursos de Uso Comuns(Commons) Co-manejo (Co-management) Manejo de base comunitária Pensamento de Sistemas Complexos Resiliência Manejo adaptativo (Holling1978, Walters 1986)
9 Sistemas adaptativos complexos: sistemas em que os componentes interagem em busca de um ajuste em resposta às condições de mudanças (Levin, 1999). Propriedades: Não-linearidade, Diversidade, Incerteza, Auto-organização, Resiliência Resiliência Ecológica Capacidade de um sistema sofrer uma perturbação e ainda assim manter sua estrutura e função (Holling 1973, 1986; Gunderson, 2000). ResiliênciaSocioecológica: (i) magnitude da perturbação que um sistema pode absorver e permanecer no mesmo estado; (ii) aograuaoqualosistemaécapazdesereorganizar; (iii) e ao grau que o sistema pode construir capacidade para aprendizado e adaptação (Folke et al. 2002)
10 Manejo Adaptativo (Holling 1978, Walters 1986, Holling, Berkes e Folke 1998) Reconhece incertezas ambientais e lacunas de conhecimento Implementa ações de manejo não as adia até ter suficiente conhecimento Gestão com deficiência de informação (Data-less management, R. Johannes) Usa conhecimento ecológico local/ tradicional Monitoramentoqualitativo e/ou quantitativo de variáveis ecológicas Re-avalia manejo como base no conhecimento adquirido Baseia-se em aprendizagem por retroalimentação: Aprender fazendo Implica colaboração: gestores, cientistas e outros stakeholders Necessita de instituições flexíveis Aprendizagem social e institucional
11 Co-gestão Processo que envolve: Participação dos usuários nas tomadas de decisão Compartilhamento de poder e responsabilidades Parcerias entre usuários, governo, pesquisa, e outros stakeholders (atores sociais) como instituições financiadoras (Jentoft 2003) Diversos termos: ora sinonímias, ora níveis distintos de compartilhamento de poder gestão participativa, co-manejo, gestão compartilhada, manejo comunitário, manejo participativo, manejo local, e co-gerenciamento
12 Arranjos institucionais diversos no Brasil Formais ou Informais Dentro e fora de Unidades de Conservação (UC) Resex, RDS, outras UCs, Acordos de Pesca, Termos de compromissos Fóruns de Agenda 21 e de Pesca Maíra Almeida
13 Co-gestãoadaptativa: componentes (Plummer& Armitage 2007) Capacidade de evoluir e adaptar frente a mudanças. Aprendizado social no qual ações são desenvolvidas, testadas, refletidas e revisadas Comunicação Compartilhamento de autoridade Compartilhamento nas tomadas de decisão
14 Co-gestãoadaptativa Um processopeloqualarranjosinstitucionaise conhecimento ecológico são testados e revisados num processoauto-organizativo, dinâmicose contínuo e de aprender fazendo (Olsson et al. 2004,p.75).
15 Pesquisa e Extensão Mais de 20 pesquisadores Comunidades inseridas ou não em UC sde uso sustentável ou proteção integral Rio de Janeiro Porto Alegre Salvador BRAZIL Brasil. Rio de Janeiro. Salvador. São Paulo. Florianópolis. Porto Alegre Sul da Bahia Sul da Bahia Norte de SP e sul do RJ Litoral de SC Estuário da Lagoa dos Patos
16 Ecosystems are moving targets, with multiple potential futures that are uncertain and unpredictable. Therefore management has to be flexible, adaptive, and experimental at scales compatible with the scales of critical ecosystem functions (Walters, 1986).
17 Rede TransForMar Rede Transdiciplinar de Formação em Gestão Participativa para Conservação e Desenvolvimento de Territórios Marinhos e Terrestres ASA Núcleo de análise socioambiental
18 OBRIGADA! Cristiana Simão Seixas Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Conservação e Gestão de Recursos de Uso Comum CGCommons
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