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1 MONOGRAFIA

2 Universidade Anhanguera-Uniderp Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes DA APLICAÇÃO DA PROGRESSIVIDADE AO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCMD) EM RESPEITO AO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA JORGE JAEGER AMARANTE BRASÍLIA - DF

3 JORGE JAEGER AMARANTE DA APLICAÇÃO DA PROGRESSIVIDADE AO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCMD) EM RESPEITO AO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Monografia apresentada ao Curso de Pós- Graduação Lato Sensu TeleVirtual como requisito parcial à obtenção do grau de especialista em Direito Tributário. Universidade Anhanguera-Uniderp Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes Orientador: Prof. Crisley de Sousa Feitoza BRASÍLIA - DF

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha esposa e filho, que me fazem ter forças para, além do árduo trabalho diário na gestão de meu escritório, ser feliz no âmago familiar. 4

5 AGRADECIMENTOS Agradeço ainda a minha equipe da Jaeger & Alves da Costa Advogados Associados pelos debates acerca do tema escolhido, que sempre contribuem para a desenvoltura do labor. 5

6 RESUMO O objetivo específico deste trabalho é a análise pormenorizada, com base na sistemática legal, constitucional, doutrinária e jurisprudencial pátria, da aplicação da técnica da progressividade ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), precipuamente com escopo no princípio da capacidade contributiva e, logo, no preceito maior da isonomia. Com este fulcro, mesmo diante de um impasse jurídico acerca de tal aplicabilidade, se buscará colocar em debate as teses acerca do tema, explicando suas razões essenciais e defendendo aquela que parece ser a mais apropriada para atender aos anseios da sociedade brasileira sob a égide de um Estado Democrático de Direito, qual seja, a de que não só é viável, mas aconselhável se aplicar o conceito progressivo tributário ao tributo em comento. Palavras-chave: ITCMD, progressividade, capacidade, contributiva e isonomia. 6

7 ABSTRACT The specific aim of this study is to perform a detailed analysis, based on the legal, constitutional, doctrinal and jurisprudential brazilian system of application of the progressivity technique on the tax of inheritance and donation (ITCMD), with scope on the brazilian principles of capacity contributory and isonomy. With this fulcrum, even in absence of unanimity about such applicability on legal doctrine, we ll try to put into debate the theses about the application of the progressivity technique of the ITCMD, by explaining their main reasons and defending one that seems most appropriate to meet the needs of brazilian society under the aegis of a Democratic State of Right, which is, that is not only feasible but advisable to apply the concept of progressivity in such tax. Keywords: ITCMD, progressivity, capacity, contributory e isonomy. 7

8 LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS CF ou CR Constituição Federal CTN Código Tributário Nacional ITCMD ou ITCD Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação RG Repercussão Geral STF Supremo Tribunal Federal TJMG Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJRS Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul 8

9 SUMÁRIO LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES TEMÁTICAS E TÉCNICAS PRELIMINARES DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCMD) DO INSTITUTO DA PROGRESSIVIDADE FISCAL DA APLICABILIDADE DA TÉCNICA DA PROGRESSIVIDADE AO ITCMD... CONSIDERAÇÕES FINAIS... REFERÊNCIAS

10 INTRODUÇÃO A carga tributária brasileira não só é uma das mais pesadas do mundo, como ainda é uma das mais injustas. Além de totalmente arcaico e complexo, o sistema tributário nacional acaba muitas vezes observando demais a mera letra normativa atinente e deixa de aplicar princípios básicos previstos no texto legal e constitucional que poderiam, se não organizar, pelo menos trazer mais justiça aos contribuintes pátrios. Mas não se pode ficar inerte a tal situação, devendo todos os estudiosos de direito buscar, incessantemente, de forma técnica e científica, comprovar que no Direito Tributário, ao contrário do que muitas pessoas, inclusive do ramo, acreditam, há um grande espaço para o debate de questões em que, apesar de a legislação afirmar alguma coisa ou mesmo se omitir quanto a outras, a aplicabilidade prática de determinada regra se faz pela hermenêutica daqueles que aplicam o direito ao caso concreto. E é exatamente o que acontece com o tema objeto deste estudo, onde se demonstrará que há grande divergência na doutrina e, principalmente, na jurisprudência acerca da aplicabilidade da técnica da progressividade ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Atualmente, são poucos os Estados que, no Brasil, aplicam a referida técnica da progressividade em sua legislação atinente ao ITCMD, mas os que o fazem, tem sofrido constantemente com oposições doutrinárias e com declarações de inconstitucionalidade de suas normas respectivas, precipuamente pelos Tribunais de Justiça locais. Por outro lado, cada vez mais doutrinadores e, agora, algumas jurisprudências estaduais estão começando a analisar melhor a questão e a tendência tem sido de modificar o entendimento de inaplicabilidade para que seja permitida a utilização do sistema progressivo de alíquotas ao ITCMD, o que está levando a uma alteração de paradigmas. Não é por outra razão que o Supremo Tribunal Federal (STF) acertadamente reconheceu a Repercussão Geral da matéria e, em julgamento parcial, está ocorrendo uma 10

11 vitória esmagadora da tese que sustenta a aplicabilidade da técnica da progressividade ao referido tributo. Destarte, foi vislumbrando e utilizando a própria sistemática legislativoconstitucional brasileira, sob a vista da doutrina e da jurisprudência pátrias, que se promoveu a elaboração deste trabalho, de forma a trazer determinados preceitos normativos e principiológicos e contrapô-los a outros, de mesma ou diversa hierarquia, para buscar a prova de que, no que tange à aplicabilidade da técnica da progressividade ao ITCMD, é sim esta possível em âmbito nacional, seja em respeito a princípios tributários basilares, como os da capacidade contributiva e da isonomia, seja com a finalidade de se fazer justiça em favor dos contribuintes, diminuindo as desigualdades e melhorando a distribuição de renda na sociedade. 11

12 CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES TEMÁTICAS E TÉCNICAS PRELIMINARES A situação-problema deste labor consiste na demonstração da aplicabilidade da técnica da progressividade ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), inobstante a classificação doutrinária e jurisprudencial deste como real ou pessoal e a falta de previsão expressa constitucional neste sentido. Com efeito, grande parte da doutrina e da jurisprudência nacional possui hermenêutica de que o ITCMD não é passível da aplicação da técnica da progressividade, como lembra o Professor Eduardo Sabbag 1, o que, conforme pretende se comprovar, não coaduna com o intuito social, legal e constitucional acerca do aludido tributo, muito menos com a busca de se tornar prática aos contribuintes o exercício concreto do princípio da capacidade contributiva, advinda do preceito maior da isonomia, motivo que está levando a uma mudança de paradigma quanto ao tema, confirmada pelo Doutrinador Luciano Amaro 2. questões: Em outros termos, visa-se com este trabalho indagar e responder às seguintes a) Qual o conceito, a proveniência normativa e as características principais do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)? b) O que são impostos reais e pessoais, explicando-os de forma concisa, e em qual categoria se encontra o ITCMD nesta classificação? c) O que é e qual a procedência da técnica da progressividade, bem como seu vínculo com o princípio da capacidade contributiva e, logo, com o preceito maior da isonomia? d) Quais são as hermenêuticas doutrinárias e jurisprudenciais acerca da aplicação da técnica da progressividade em relação ao ITCMD? 1 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p AMARO, Luciano. Direito tributário brasileiro, 12. ed. rev. e atual.. São Paulo: Saraiva, 2006, pp. 138/

13 e) Quais as razões para se constatar que a inaplicabilidade de referida técnica acaba por desrespeitar o princípio da capacidade contributiva e, por conseqüência, o da isonomia, levando-se inclusive a uma revisão na interpretação jurídica pela Corte Suprema acerca do tema? f) Qual a interpretação atende melhor aos anseios da sociedade no atual Estado Democrático de Direito brasileiro? Destarte, com base na resposta às indagações acima colacionadas, e em doutrina e jurisprudência em sentido favorável à tese que se pretende sustentar, tem-se por objetivo demonstrar que é sim aplicável, pela sistemática legislativo-constitucional brasileira, a técnica da progressividade ao tributo denominado ITCMD, com fulcro precipuamente no respeito ao princípio da capacidade contributiva e, desta feita, ao preceito maior da igualdade. Para tal, será promovida uma pesquisa exploratória do tema, descrevendo ainda as teses existentes e explicando, em seguida, qual delas merece afirmação prática e as razões para se entender de tal forma. Utilizar-se-á o método qualitativo para provar que a posição defendida é a que melhor se aplica na sistemática legislativo-constitucional brasileira atual. Extrair-se-á da Lei, da Constituição e da Doutrina o conceito do ITCMD e dos princípios da capacidade contributiva e da isonomia. Seqüencialmente, serão apontadas as posições doutrinárias acerca do tema, aplicabilidade da técnica da progressividade ao aludido tributo, seja contra ou a favor da tese defendida, que entende ser aplicável sim tal método progressivo à espécie tributária em comento. Em ato contínuo, auferir-se-á da Jurisprudência, precipuamente, mas não exclusivamente, do Supremo Tribunal Federal, as divergências jurisprudenciais acerca da matéria, apontado o rumo que parece que está sendo tomado pela Corte Suprema brasileira quanto à aplicabilidade da progressividade ao ITCMD, inclusive em função do reconhecimento da Repercussão Geral, fundamentando, assim, no âmbito da hermenêutica constitucional do país, a defesa da tese que ora se está a perseguir. Mostrar-se-á, por fim, por uma análise pragmática social, que em um Estado Democrático de Direito, como é o brasileiro, onde as regras jurídicas devem visar o 13

14 atendimento dos anseios da sociedade, que é de quem emana o Poder, a hermenêutica legal e constitucional que mais cumpre com a vontade do povo é a da aplicação da técnica da progressividade ao ITCMD, tendo em vista objetivar de forma clara a justiça tributária ao atender ao princípio da capacidade contributiva e, conseqüentemente, à busca pela igualdade entre os cidadãos. O referencial teórico, como deveras se pode verificar mais adiante, é proveniente principalmente de texto constitucional (arts. 145, 1º, e 155, inciso I e 1, inciso IV, da CF/88), legislativo (arts. 1º e 2º da Resolução nº 9/92 do Senado Federal e art. 35, parágrafo único, do CTN), doutrinário (Alberto Monteiro Alves, Andrea Aldrovandi, Melissa Demari, Eduardo Sabbag, Hugo de Brito Machado, Luciano Amaro, Luiz Emygdio F. da Rosa Júnior e Sacha Calmon Navarro Coelho) e jurisprudencial (julgados do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e precedente, inclusive com Repercussão Geral reconhecida, do Supremo Tribunal Federal). Conforme ficará consignado, inclusive por meio de citação direta de textos normativos, doutrinários e jurisprudenciais, há vasta hermenêutica contrária à tese aqui abordada, como lembra o Douto Eduardo Sabbag, ao lembrar em sua obra que (...) veda-se, à luz do entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, a progressividade para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 3, bem como a favor da que se quer ver confirmada, como austeramente afirma o Ilustre Jurista Hugo de Brito Machado, ao ser incisivo em falar que a progressividade é uma forma de realizar o princípio da capacidade contributiva, ou, mais exatamente, de adequação do tributo à capacidade de cada um 4. Apesar da divergência sobre o tema, precipuamente na jurisprudência pátria, como se mostrará na contraposição de julgados, provar-se-á que a tendência atual é de que a Corte Suprema brasileira consolide o entendimento no sentido da tese defendida, aplicando a técnica da progressividade ao ITCMD. 3 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 26ª ed., rev., atual. e ampl., São Paulo. Malheiros, 2005, p

15 Com isto, se provará ainda que esta mudança de paradigmas vem ocorrendo no intuito de atender aos anseios da sociedade, buscando, pela aplicação da técnica da progressividade neste momento ao ITCMD, a utilização prática dos princípios da capacidade contributiva e, logo, da isonomia, fazendo verdadeira justiça tributária. Destarte, mesmo havendo base da síntese, a antítese também é plenamente sustentável, o que faz com que a tese aqui defendida tenha pleno substrato teórico e até mesmo prático para utilização em Direito. Em outros termos, vislumbrando o quadro da interpretação legislativa, constitucional, doutrinária e, principalmente, jurisprudencial pretérita, presente e que começa a se desenhar para o futuro, ou seja, temporal, é que se comprovará que a tendência da hermenêutica jurídica sobre o tema está pendendo à favor da tese ora defendida, qual seja, de que é sim aplicável ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) a técnica da progressividade, em respeito ao princípio da capacidade contributiva e, por conseqüência, ao da isonomia. 15

16 CAPÍTULO 2 DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCMD) O tema aqui versado é de relevância ímpar, especial, precipuamente se vislumbrado os inúmeros e constantes pedidos de abertura de inventários e partilhas, bem como de doações efetivadas no Brasil, em que o tributo cobrado dos bens e direitos (pecuniários ou não) transferidos de forma gratuita é exatamente o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). in verbis: Vale destacar inicialmente o que dispõe a Carta Magna acerca do referido tributo, Art Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (...) 1.º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;. Na forma da Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 155, inciso I, conforme explica Hugo de Brito Machado 5, o ITCMD tem sua instituição de competência dos Estados e do Distrito Federal e se destina à arrecadação fiscal sobre qualquer transmissão de bens e direitos, desde que gratuitas, ou seja, não incide sobre as operações a título oneroso. Sua base de cálculo, como preceituado pelo art. 35 do Código Tributário Nacional, é fixada com fulcro no valor venal dos bens ou direitos transmitidos ou doados, sendo suas alíquotas, de competência para implementação pelo legislativo dos Estados ou do Distrito Federal, limitadas, na forma do art. 155, 1, inciso IV, da Carta Maior, por Resolução do Senado Federal. 5 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 26ª ed., rev., atual. e ampl., São Paulo. Malheiros, 2005, pp. 358/

17 Até ai não existem controvérsias acerca do ITCMD. Contudo, quando se fala na aplicação da técnica da progressividade ao referido tributo, passa-se a ter uma grande controvérsia, mas que antes de adentrar à mesma, mister se entender qual o conceito e características de tal instituto de alíquotas progressivas. 17

18 CAPÍTULO 3 DO INSTITUTO DA PROGRESSIVIDADE FISCAL O preceito da progressividade é intrinsecamente ligado ao princípio da capacidade contributiva, que impõe, na esteira da justiça distributiva, que aqueles cidadão que possuem maior poder aquisitivo devem pagar impostos com alíquotas maiores, de forma que o sacrifício econômico por eles sentidos seja proporcionalmente maior que o suportado pelos contribuintes menos favorecidos 6. Diante desta premissa, nota-se que a aplicação da progressividade de alíquotas se trata de técnica que visa atender ao princípio da capacidade contributiva, com escopo inclusive no Brasil em âmbito constitucional, pelo previsto no 1º do art. 145 da Carta Magna pátria. Acerca deste sistema de progressão, aduz o Prof. Eduardo Sabbag: A progressividade traduz-se em técnica de incidência de alíquotas variadas, cujo aumento se dá à medida que se majora a base de cálculo do gravame. O critério da progressividade diz com o aspecto quantitativo, desdobrando-se em duas modalidades: a progressividade fiscal e a progressividade extrafiscal. A primeira alia-se ao brocardo quanto mais se ganha, mais se paga, caracterizando-se pela finalidade meramente arrecadatória, que permite onerar mais gravosamente a riqueza tributável maior e contempla o grau de riqueza presumível do contribuinte. A segunda, por sua vez, fia-se à modulação de condutas, no bojo do interesse regulatório. Consoante a previsão explícita na Carta Magna, exsurgem 3 (três) impostos progressivos: o imposto sobre a renda, o IPTU e o ITR. A lista é composta de um imposto municipal e dois impostos federais. Ademais, o IPTU é o único imposto municipal (ou não federal) expressamente progressivo. Por fim, frise-se que a tributação sobre a propriedade, seja ela urbana ou rural, por meio do IPTU e do ITR, respectivamente, será sempre progressiva. 7. Contudo, ressalvada a aplicabilidade da progressividade expressamente determinada normativamente, a aludida técnica possui, no entendimento de grande parte da doutrina e jurisprudência pátria, como se reforçará mais adiante nesta obra, limitações de índole classificatória dos impostos, precipuamente quanto à classificação em pessoais ou reais. Entende-se como reais os impostos que incidem sobre uma riqueza, uma situação ou um ato econômico, sem levar em conta a pessoa que possui a riqueza, a que se 6 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p Ibidem, p

19 refere essa situação ou esse ato econômico. Por sua vez, os denominados impostos pessoais são aqueles cuja quantidade de tributo se determina tendo em conta a pessoa do contribuinte 8. A progressividade, se não expressamente prevista a sua aplicação, se pauta nos conceitos em questão para validar a sua aplicação, como bem explica também o já citado Prof. Eduardo Sabbag, in verbis: Ademais, a menção ao caráter pessoal sinaliza a vocação do imposto para se relacionar com a pessoa do sujeito passivo da obrigação tributária principal, diante dos indícios e indicadores que melhor aquilatem o fato tributável. Entretanto, a mencionada sistemática de variação gradualística de alíquotas não será facilmente adaptável a todos os impostos. De fato, existem gravames que não se coadunam com a técnica da progressividade. São classificados pela Ciências das Finanças, ainda que de forma pouco científica, como impostos reais. 9. Em razão disto, a corrente majoritária dos juristas brasileiros entende que só se aplica a progressividade aos impostos tidos como pessoais, nunca os reais. Desta feita, retomando o tema deste trabalho, por supostamente não ter o ITCMD um caráter pessoal, mas tão somente real 10, tendo em vista incidir sobre os bens e direitos a serem transmitidos (coisas), muitos defendem que não poderia lhe ser aplicada a técnica da progressividade, pois violaria a subjetividade exigida para a progressão tributária em comento. De tal assertiva é que surgem as teses acerca da aplicação ou não da técnica da progressividade ao ITCMD, conforme de agora em diante se explicará minuciosamente, abordando as linhas teóricas existentes para, após, defender aquela que se entende a melhor aplicável na sistemática normativa e pragmática brasileira. CAPÍTULO 4 8 ALVES, Alberto Monteiro. Teoria geral da tributação. Jus Navigandi, Teresina, ano 2, n. 5, 19 jan Disponível em: Acesso em 01 de julho de SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio F. da. Manual de direito financeiro e direito tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p

20 DA APLICABILIDADE DA TÉCNICA DA PROGRESSIVIDADE AO ITCMD Como, em tese, o ITCMD incide apenas em virtude da riqueza transferida, não se levaria em conta a situação da pessoa e, logo, lhe seria inaplicável a progressividade. Em ato contínuo, não há expressamente previsão normativa para a incidência de tal preceito sobre o ITCMD, o que configuraria mais um óbice à aplicabilidade em comento. Foram estas razões que levaram o Douto Eduardo Sabbag a lembrar em sua obra que (...) veda-se, à luz do entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, a progressividade para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 11. Nesta linha de entendimento também há jurisprudência, principalmente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), onde a legislação acerca de tal tributo aplica a técnica da progressividade e é continuamente atacada pelos interessados, em regra pessoas que estão recebendo valores relevantes e que, logo, sofrem maior incidência do ITCMD. Vale salientar alguns julgados da aludida Egrégia Corte gaúcha, a título de exemplo, cujas ementas se seguem: SEPARAÇÃO CONSENSUAL. IMPOSTO DE TRANSMISSÃO. PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS. VEDAÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A progressividade de alíquotas é prevista no art. 145, 1º, da Constituição Federal apenas para os impostos de natureza pessoal, não se estendendo aos impostos de natureza real, incidentes sobre o patrimônio, como é o caso do ITCD. 2. Está pacificado, no âmbito deste Tribunal de Justiça, o entendimento de que a progressividade de alíquotas prevista no art. 18 da Lei Estadual n.º 8.821/89 é inconstitucional. Recurso desprovido. (TJRS. AI ª Câmara Cível. Unânime. Rel. Des. Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves. j.08/08/07). SUCESSÕES. TRIBUTÁRIO. ITCD. PROGRESSIVIDADE DAS ALÍQUOTAS INCONSTITUCIONALIDADE. Por afrontar o artigo 145, 1º da Constituição Federal, é vedada a progressividade das alíquotas do Imposto de Transmissão Mortis Causa e doações (ITCD) previstas na Lei Estadual Alíquota máxima de 1%. Precente do Órgão Especial desta Corte. NEGADO SEGUIMENTO. (Agravo de Instrumento Nº , Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Berenice Dias, Julgado em 08/09/2006). SUCESSÕES. INVENTÁRIO. ITCD. IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO "CAUSA MORTIS" E DOAÇÃO, DE QUAISQUER BENS OU DIREITOS. IMPOSTO REAL. PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA. 11 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p

21 INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTIGOS DA LEI ESTADUAL QUE ESTABELECEU A PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. A Constituição Federal veda a progressividade de alíquotas para os impostos de natureza real, que são aqueles em que a definição do fato gerador leva em consideração apenas a realidade tributável, sem qualquer vinculação com a pessoa e as condições do sujeito passivo. A progressividade de alíquota no ITCD, por ser um imposto real, é inconstitucional. Em razão da inconstitucionalidade da progressividade da alíquota do imposto, deve ser aplicada a menor alíquota prevista. NEGADO SEGUIMENTO AO RECURSO. (Agravo de Instrumento Nº , Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Claudir Fidelis Faccenda, Julgado em 06/09/2006). A situação se consolidou de tal forma naquele Estado da federação, que o Eminente TJRS acabou por decidir em incidente de inconstitucionalidade o seguinte posicionamento: CONSTITUCIONAL. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE. ITCD. ALÍQUOTAS. PROGRESSIVI DADE. 1. Não é admissível o incidente de inconstitucionalidade de norma já declarada inconstitucional em ação direta. Incidente conhecido em parte. 2. A progressividade da alíquota do ITCD é inconstitucional, à vista dos artigos 155, 1., IV, c/c art. 145, 1., da CF/ INCIDENTE JULGADO PROCEDENTE EM PARTE. VOTO VENCIDO. (Incidente de Inconstitucionalidade nº , Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Araken de Assis, Julgado em 25/06/2007). Da mesma forma compreende a matéria parte dos julgadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), onde também há norma aplicativa do sistema progressivo de alíquotas para o ITCMD, entendendo ser inconstitucional a aludida previsão legislativa, como se vê do julgamento no seguinte caso, in verbis: Constitucional e Tributário. ITCD. Progressividade. Alíquotas diferenciadas. A Constituição Federal não autoriza a instituição de alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão 'causa mortis' e doação - ITCD, realizando-se o princípio da capacidade contributiva proporcionalmente ao valor dos bens ou direitos transmitidos. Concede-se a segurança. (MS nº , Rel. Des. ALMEIDA MELO, 2º Grupo de Câmaras Cíveis, julgado em 03/09/2008, DJ 24/10/2008). Como fica evidente dos julgados acima colacionadas, dois são os argumentos básicos para o entendimento de que não seja aplicável a técnica da progressividade ao ITCMD, quais sejam: (i) por se este um tributo real, e não pessoal ; e (ii) por não haver expressa autorização legal ou constitucional que expressamente autorize a implementação de tal sistema progressivo de alíquotas ao referido imposto. 21

22 Inobstante, parte considerável da doutrina pátria vem revisando esta hermenêutica da inaplicabilidade da progressividade aos tributos tidos como reais, até mesmo pela inadequação técnica de tal tipo de conceituação (imposto real e pessoal), e com isto ganha força a possibilidade de sua aplicação ao ITCMD, como explica também o Jurista Eduardo Sabbag: Frisa-se, em tempo, que a presente classificação, que divide os impostos em reais e pessoais, não desfruta de endosso generalizado entre os juristas pátrios. Para o insigne Sacha Calmon Navarro Coêlho, separa os impostos em pessoais, quando incidirem sobre as pessoas, e reais quando incidirem sobre as coisas, é atitude falha, uma vez que os impostos, quaisquer que sejam, são pagos sempre por pessoas. Mesmo o imposto sobre o patrimônio, o mais real deles, atingirá o proprietário independentemente da coisa, em face do vínculo ambulant cum dominus, designando que a coisa segue o dono. 12. No que pese o ITCMD ser um imposto real, pois incide sobre o patrimônio do sujeito passivo, ele não só pode, como deve, observar critérios do contribuinte, em que situação ficará este com o recebimento da riqueza, para onerar o mesmo tributariamente, o que configura o caráter também pessoal de tal tributo, tornando o mesmo, em verdade, um imposte de caráter misto, pode-se assim dizer. assim lecionam: Não por outra razão que as Professoras Andrea Aldrovandi e Melissa Demari Com relação ao sujeito passivo, a Constituição Federal nada dispôs a este respeito e atualmente inexiste Lei Complementar que dite norma geral acerca do tema. Nas hipóteses em que o fato gerador é a transmissão causa mortis, o herdeiro ou legatário obviamente será o responsável pelo seu pagamento. Neste caso, importa referir que os adquirentes da propriedade causa mortis, serão definidos pelas regras da sucessão legítima, se o falecido não tiver deixado testamento, ou pela sucessão testamentária, se o testador houver regulado o destino de seus bens por tal ato. Assim, para cálculo do imposto de transmissão ITCD deve-se considerar o fato gerador - que é a morte. É a abertura da sucessão (morte) que definirá a alíquota aplicável ao caso (a alíquota vigente na época da morte), não importando se a lei vigente na abertura do inventário determina uma alíquota inferior ou superior. Se, por outro lado, o fato gerador do imposto for a doação, ante a inexistência de disposição constitucional ou norma geral de natureza complementar acerca do assunto, há o reconhecimento de uma certa liberdade ao legislador estadual ordinário, de modo que o sujeito passivo poderá ser tanto o doador como o donatário, conforme dispuser a lei estadual respectiva SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p ALDROVANDI, Andrea; DEMARI, Melissa. A inconstitucionalidade da progressividade do ITCD aos casos de sucessão aberta antes da vigência da Lei Estadual nº /2009, do Rio Grande do Sul. Jus Navigandi, Teresina, ano 15, n. 2599, 13 ago Disponível em: Acesso em 01 de julho de

23 Não sendo um imposto estritamente real, mas também pessoal (ou em outras palavras: misto ), o 1º do art. 145 da própria Carta Magna, exaltando o denominado princípio da capacidade contributiva, proeminência do preceito maior da igualdade (art. 5º, caput, da CF/88), assim dispõe, in verbis: 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.. O termo sempre que possível disposto no texto constitucional reforça mais ainda a tese de que, se há azo para a interpretação favorável de um caráter pessoal para os impostos, este deverá ser reconhecido, facultando ao Poder Público identificar os tributos passíveis e aplicar a regra da progressividade, como forma de se observar a capacidade contributiva e se respeitar a isonomia cogente na implementação do Direito Tributário aos casos concretos. Reforçando esta compreensão, o próprio Poder Público, por meio do Senado Federal, instituiu a Resolução nº 09/92, prevendo a progressividade para o ITCMD, no que comentou o já acima citado Professor Eduardo Sabbag: Não se pode perder de vista, entretanto, que a Resolução n. 9/92, do Senado Federal, ao estabelecer alíquota máxima para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de que trata a alínea a, inciso 1, e 1º, inciso IV do art. 155 da CF, dispõe: (I) a alíquota máxima do ITCMD será de oito por cento, a partir de 1º de janeiro de 1992; (II) as alíquotas dos impostos, fixadas em lei estadual, poderão ser progressivas em função do quinhão que cada herdeiro efetivamente receber, nos termos da Constituição Federal. 14. Com efeito, o art. 155, 1, inciso IV, da Carta Magna concedeu competência ao Senado Federal para estabelecer alíquotas máximas do ITCMD, limitando com isto o poder de tributar do Legislador Estadual com relação ao referido tributo. Os Estados, no entanto, continuam com a liberdade constitucional para regular por meio de Leis Estaduais o percentual de suas alíquotas internas, devendo ser obedecido a 14 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 2ª ed. São Paulo. Saraiva, 2010, p

24 alíquota máxima fixada pelo Senado Federal, nada obstando a aplicação de alíquotas progressivas em razão do valor sua da base de cálculo. As resoluções do Senado Federal têm função precípua de limitar a atuação do Legislador, nunca a de substituir a legislação estadual. Assim, o art. 1º da Resolução nº 9/92 limitou em 8% a alíquota máxima do ITCMD, sendo que o art. 2º desta mesma norma autoriza expressamente a progressividade, desde que, lógico, observado o patamar máximo imposto pela norma em questão, fazendo cair por terra as alegações de falta de previsão expressa da viabilidade de utilização do sistema progressivo de alíquotas quanto ao aludido tributo. No que pese ser passível de avaliação de constitucionalidade desta imposição de limite pelo Senado Federal acerca do referido tributo, certo é que não há equívoco o vício de validade na norma em destaque acerca da possibilidade da progressão tributária ao aludido imposto. Isto porque, observada a Resolução nº 9/92, que preserva a competência dada pelo art. 155, 1, inciso IV, da Carta Maior, em composição com o 1º do art. 145 da Constituição Federal, se deixa clara a legalidade e constitucionalidade da aplicação da técnica da progressividade, em atendimento à capacidade contributiva e à isonomia, ao ITCMD. Por sua vez, a legislação estadual, em alguns casos, estabelece que as alíquotas progressivas do ITCMD sejam definidas com base no resultado da soma do valor venal da totalidade dos bens e direitos transmitidos, contrariando, por conseqüência, o disposto no art. 35, parágrafo único, do CTN que instituiu que: Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Sendo assim, pode-se concluir que as bases de cálculo do aludido imposto devem ser separadas, considerando aquele que recebe a herança ou doação como contribuinte do ITCMD, e não aquele que a transmite, e as alíquotas progressivas podem ser aplicada em razão do valor dos bens recebidos por cada sucessor ou 24

25 donatário individualmente, considerando a capacidade contributiva de cada um deles, tal qual instituído pelo art. 145, 1º, da Constituição Federal. A progressividade deve estar diretamente relacionada com o princípio da capacidade contributiva, ou seja, adequação do tributo à capacidade econômica de cada um dos herdeiros ou receptores de doação, criando-se, com isto, desestímulo à acumulação de riqueza e contribuindo, de maneira concreta, com a redistribuição de renda no Brasil. seguinte lição: Não é por outra razão que Sacha Calmon Navarro Coelho ensina neste sentido a o caráter pessoal do tributo, afirmando que além da transmissão de bens e direitos, o ITMCD traz consigo acréscimo ao patrimônio do beneficiário (seja ele herdeiro, legatário ou donatário), e que se não houvesse a tributação sobre a transmissão essa se daria na área do imposto de renda. A progressividade assegura a graduação dos impostos conforme a capacidade econômica do contribuinte, constituindo-se em conseqüente lógico do princípio da igualdade e, portanto, dispensando qualquer previsão expressa. Se a Constituição é enfática na vontade de assegurar a igualdade, é evidente que uma medida que assegure esta igualdade é repleta de constitucionalidade. A tributação progressiva do ITCMD não fere nenhum princípio constitucional, tampouco agride cláusula pétrea. 15. Por esta mesma linha de raciocínio lógico, a outra parte do Eg. TJMG também acabou seguindo, em divergência ao entendimento já acima citado, no julgamento de outro caso quanto ao tema, o seguinte posicionamento: TRIBUTÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - ITCD - CARÁTER REAL - PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS - LEI ESTADUAL N.º / ART. 145, 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE POSSIBILIDADE - GRADUAÇÃO SEGUNDO CAPACIDADE ECONÔMICA DO CONTRIBUINTE. 1 - É legítima a progressividade do ITCD, não havendo inconstitucionalidade no art. 10 da Lei Estadual n.º / A expressão ""sempre que possível"" contida no 1º do art. 145 da Constituição da República de 1988 refere-se tãosomente ao caráter pessoal do imposto, sendo que o comando determina que os impostos, em geral, deverão ser graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. 3 - Em reexame necessário, reformar a sentença, prejudicado o recurso voluntário. (Reex. Nec. em MS nº , Rel. Des. EDGARD PENNA AMORIM, 8ª Câmara Cível, julgado em 15/01/2009, DJ 07/04/2009). Desta maneira, se tem que se tal tributo tiver aplicável sobre si a técnica da progressividade, certamente as pessoas que mais receberem, mais pagarão, assim como as que 15 COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de direito tributário brasileiro. 11ª edição. São Paulo: Editora Forense, 2010, p.. 25

26 menos forem beneficiadas, menos terão que arcar, atendendo-se não só o princípio da capacidade contributiva, mas também o da isonomia, tratando os iguais como iguais e os desiguais como desiguais na medida em que se desigualam. Como fica evidente da divergência doutrinária e jurisprudencial acerca do tema, a questão é deveras controversa e acabou por ter sua Repercussão Geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, conforme se pode ver do seguinte aresto: EMENTA: CONSTITUCIONAL. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS ITCD. ALÍQUOTA PROGRESSIVA. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Questão relevante do ponto de vista econômico, social e jurídico que ultrapassa o interesse subjetivo da causa. (RE RG, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 01/02/2008, DJe-036 DIVULG PUBLIC EMENT VOL PP-01070) 16. No caso concreto sob análise do STF, como já era de se esperar, o Estado do Rio Grande do Sul busca reverter o entendimento do TJRS, que declarou a inconstitucionalidade do art. 18 da Lei Estadual nº 8.821/89, que prevê o sistema progressivo de alíquotas para o ITCMD da seguinte forma: Art No Imposto sobre a Transmissão "Causa Mortis" a alíquota é definida com base no resultado da soma do valor venal da totalidade dos bens imóveis, móveis, títulos e créditos, bem como dos direitos a eles relativos, do patrimônio inventariado, estabelecendo-se: I - isenção, se os valores supra referidos não excedem Unidades de Padrão Fiscal; II - em um por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre 2001 e 4000 Unidades de Padrão Fiscal; III - em dois por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre 4001 e 6000 Unidades de Padrão Fiscal; IV - em três por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre 6001 e 9000 Unidades de Padrão Fiscal; V - em quatro por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre 9001 e Unidades de Padrão Fiscal; VI - em cinco por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre e Unidades de Padrão Fiscal; VII - em seis por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre e Unidades de Padrão Fiscal; VIII - em sete por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem entre e Unidades de Padrão Fiscal; IX - em oito por cento, se os valores referidos no "caput" deste artigo estiverem acima de Unidades de Padrão Fiscal.. 16 Supremo Tribunal Federal - RE nº / RG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Publicado em 29/02/

27 Como já haviam precedentes do Pretório Excelso em sentido contrário ao posicionamento do TJRS, o Estado do Rio Grande do Sul prontamente apresentou o competente Recurso Extraordinário, cuja Repercussão Geral escorreitamente fora reconhecida. No próprio aresto do STF supracitado se apontam os entendimentos da Suprema Corte quanto ao tema, se recordando os seguintes julgados: a) Recurso Extraordinário nº /SP, da relatoria do Ministro Carlos Velloso, contrário à progressividade, cuja ementa ficou assim consignada: EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE IMÓVEIS, INTER VIVOS - ITBI. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. C.F., art. 156, II, 2º. Lei nº , de , do Município de São Paulo, SP. I. - Imposto de transmissão de imóveis, inter vivos - ITBI: alíquotas progressivas: a Constituição Federal não autoriza a progressividade das alíquotas, realizando-se o princípio da capacidade contributiva proporcionalmente ao preço da venda. II. - R.E. conhecido e provido. (RE , Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 08/04/1999, DJ PP EMENT VOL PP ). b) Decisão monocrática no Agravo de Instrumento nº /PE, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, assentando-se a impossibilidade da progressividade, em que o decisório foi consubstanciado da seguinte maneira: DECISÃO: Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a, de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco assim ementado (f. 73): "CONSTITUCIONAL e TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ICD). NATUREZA. COBRANÇA. PROGRESSIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. DECISÃO INDISCREPANTE. - A Constituição Federal adotou o sistema de progressividade de alíquotas para hipóteses taxativamente elencadas, enumerando, expressamente, quais os impostos a serem exigidos dessa maneira, excluindo desse delimitado âmbito o ICD, que não possui caráter pessoal. - Os impostos de natureza real e proporcional, a exemplo do ICD, não se submetem ao princípio da graduação tributária, isto é, a uma escala de alíquotas, variável consoante a capacidade econômica do contribuinte. - A Lei Estadual n.º /96 não contempla como teto tributável o valor de cada quinhão hereditário, mas determina que o ICD seja calculado e cobrado, progressivamente, de acordo como valor total dos bens e direitos transmitidos ou doados. Vício de inconstitucionalidade. Precedentes do TJPE. - À unanimidade de votos, deu-se provimento ao agravo de instrumento interposto." Alega o RE, em suma, a constitucionalidade da cobrança do ITCD progressivo, haja vista se tratar de imposto direto e pessoal, e ser imprescindível a observância dos princípios constitucionais da igualdade e da capacidade contributiva. Decido. O acórdão recorrido se ajusta ao entendimento do STF, adotado no julgamento plenário do RE , Velloso, RTJ 173/325, cuja ementa possui o seguinte teor: "CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE IMÓVEIS, INTER VIVOS - ITBI. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. C.F., art. 156, II, 2º. Lei nº , de , do Município de São Paulo, SP. I. - Imposto de transmissão de imóveis, inter vivos - ITBI: alíquotas progressivas: a Constituição Federal não autoriza a progressividade das 27

28 alíquotas, realizando-se o princípio da capacidade contributiva proporcionalmente ao preço da venda. II. - R.E. conhecido e provido." Na ocasião, assentei: "Sr. Presidente, creio aplicável ao caso, com mais razão, as considerações feitas por mim ao aderir ao voto do Sr. Ministro Moreira Alves no RE , relativo ao IPTU, ao entender que o art. 145, 1º, impõe uma distinção entre impostos pessoais e não pessoais, e só quanto aos primeiros permite a graduação conforme a capacidade contributiva, que é a característica dos impostos progressivos. Naquele caso de IPTU, acentuei, para acompanhar o voto do em. Ministro Moreira Alves (RE ): 'Toda a minha inclinação pessoal seria pela admissão da progressividade da alíquota do IPTU, conforme o valor da propriedade urbana. Nem divisaria, em tese, impossibilidade de o IPTU ser disciplinado como imposto pessoal, tomado o valor do imóvel como presunção absoluta juris et de jure, da capacidade contributiva do proprietário. Não creio, entretanto, que a Constituição federal o permita.' E depois de refutar que a autorização da progressividade do IPTU. Se pudesse extrair do art. 156, 1º, da Constituição, prossegui: 'Restaria o princípio geral do art. 145, 1º, a estabelecer: ' 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte'. Creio que, se tivesse parado aqui o dispositivo, haveria margem ao menos para entender que o problema tinha uma solução dogmaticamente equívoca, o que abriria espaço para dar prevalência aos princípios de justiça social e de autonomia municipal que, acredito, melhor seriam atendidos pela admissão da progressividade do IPTU, conforme o valor do imóvel. Mas, depois de longa reflexão, não me consegui libertar do que resulta da parte final desse mesmo 1º, onde explicitamente se prescreveu que para conferir efetividade a esses objetivos - isto é, aos de que, sempre que possível, 'os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte", é "facultado à administração tributária identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e a atividade econômica do contribuinte'. Parece claro daí que a capacidade contributiva a tomar como critério de graduação do imposto é a capacidade econômica efetiva, real e global do contribuinte, o que, lamentavelmente para mim, afasta o meu primeiro impulso, que seria o de admitir, com os professores Roque e Elizabeth Carrazza, a tese de que a propriedade imobiliária de grande valor geraria presunção juris et de jure de capacidade contributiva: deveria gerar, de lege ferenda mas a Constituição impede que assim se considere. Não me animo a sobrepor-lhe o meu wishfull thinking.' Esse último argumento é plenamente aplicável ao caso presente e com base nele é que acompanho a conclusão do voto de V. Exª para dar provimento ao recurso." Nego provimento ao agravo. Brasília, 16 de março de Ministro Sepúlveda Pertence - Relator (AI , Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, julgado em 16/03/2006, publicado em DJ 06/04/2006 PP-00078). c) Decisão monocrática no Recurso Extraordinário nº /RS, da relatoria do Ministro Eros Grau, em que se conclui pela constitucionalidade do sistema progressivo, sendo fundamentado o entendimento da seguinte forma: DECISÃO: Discute-se no presente recurso extraordinário a constitucionalidade da progressividade da alíquota do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação - ICD. 2. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul afirmou ser constitucional a legislação estadual que fixa alíquotas progressivas para o aludido tributo. 3. O recorrente alega violação do disposto nos artigos 145, 1º, e 52, da Constituição do Brasil. 4. O Ministro Carlos Velloso, no julgamento do RE n , Pleno, DJ de , ressaltou que "enquanto na transmissão causa mortis, ou no imposto sucessorial, realiza-se o princípio da capacidade contributiva mediante alíquotas progressivas, na transmissão inter vivos aquele princípio realiza-se proporcionalmente ao preço da venda" [RE n , Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de ]. 5. Nesse recurso extraordinário, o 28

29 Ministro Marco Aurélio consignou: "Leio o preceito para minha reflexão, para minha tranqüilidade maior quanto à conclusão a que vou chegar acerca do tema: 'Art. 145 (...) 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte'. A meu ver não temos, no teor do dispositivo, qualquer distinção, qualquer limitação quanto ao alcance do que nele se contém. O alvo do preceito é único, a estabelecer uma gradação que leve à justiça tributária, ou seja, onerando aqueles com maior capacidade para o pagamento do imposto". 6. No que respeita à violação ao disposto no artigo 52 da CB/88, dada a ausência de preceitos normativos de caráter geral --- editados pela União --- os Estados-membros possuem competência legislativa plena para disciplinar o ICD [artigo 24, 3º, da CB/88]. 7. O artigo 34 do ADCT prevê que "[p]romulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema tributário nacional nela previsto". 8. Ademais, o acórdão recorrido firmou que o Estadomembro observou a alíquota máxima fixada pelo Senado Federal [artigo 155, 1º, IV, da CB/88]. Nego provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, 1º, do RISTF. Publique-se. Brasília, 15 de maio de Ministro Eros Grau - Relator (RE , Relator(a): Min. EROS GRAU, julgado em 15/05/2006, publicado em DJ 31/05/2006 PP-00072). d) Decisão monocrática proferida no Recurso Extraordinário nº /RS, da relatoria do Ministro Marco Aurélio de Mello, em que declarada a constitucionalidade da progressividade do imposto em análise, consolidando o entendimento diverso do STF quanto ao tema da seguinte maneira: DECISÃO: IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO - ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS - CAPACIDADE CONTRIBUTIVA - PRECEDENTE - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PROVIMENTO. 1. O Tribunal de origem, ao entender inconstitucional a fixação de alíquotas progressivas na disciplina do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, proferiu acórdão conflitante com interpretação desta Corte. Confiram, a propósito, trecho do voto do ministro Carlos Velloso, ao relatar o Recurso Extraordinário nº /SP, decidido por unanimidade no Plenário: Tem-se, portanto, a regra: enquanto na transmissão causa mortis, ou no imposto sucessorial, realiza-se o princípio da capacidade contributiva mediante alíquotas progressivas, na transmissão inter vivos aquele princípio realiza-se proporcionalmente ao preço da venda. Naquela oportunidade, discorrendo sobre o princípio da capacidade contributiva, consignei: Leio o preceito para minha reflexão, para minha tranqüilidade maior quanto à conclusão a que vou chegar acerca do tema: Art. 145 (...) 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. A meu ver não temos, no teor do dispositivo, qualquer distinção, qualquer limitação quanto ao alcance do que nele se contém. O alvo do preceito é único, a estabelecer uma gradação que leve à justiça tributária, ou seja, onerando aqueles com maior capacidade para o pagamento do imposto. 2. Ante o precedente, conheço e dou provimento ao extraordinário para, reformando o acórdão de origem, assentar a constitucionalidade da progressividade do imposto sobre transmissão causa mortis e doação, prevista na norma legal estadual. 3. Publiquem. Brasília, 22 de junho de Ministro Marco Aurélio Relator (RE , 29

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