Simões Rodrigues Advogados Associados S. C. José Ricardo Simões Rodrigues OAB RO 8888 Cláudio Roberto Simões Rodrigues OAB RO 9999
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1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ROLIM DE MOURA - RO Autos N.: Classe: AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS Requerente: TATIANE DAS FLORES Requerido: JOÃO PENTEADO NETO JOÃO PENTEADO NETO, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG SSPRO, inscrito no CPF/MF sob N , residente e domiciliado na Rua da Saudade, N. 45, centro, telefone (69) , nesta cidade e comarca de Rolim de Moura - RO, por seu advogado abaixo assinado com escritório profissional na Av Aracaju, 6266, Centro, CEP , Rolim de Moura - RO, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, nos autos do processo em epígrafe, CONTESTAR, como de fato contesta, os termos da Ação, com fulcro nos arts. 300 e seguintes do CPC, pelos seguintes fatos e fundamentos: DOS FATOS ALEGADOS PELA AUTORA A requerente TATIANE DAS FLORES interpôs a presente ação de Indenização por dano material e moral em desfavor do requerido, ora contestante, alegando, em apertada síntese, o seguinte: 1. Que requerente e requerido mantiveram, desde 1996, relacionamento amoroso e que tal relacionamento é notório na cidade e que aos 05 de março do corrente houveram por bem marcar data para o matrimônio que se realizaria em 05 de Agosto do mesmo ano (Sic). 2. Que, objetivando dedicar-se aos preparativos do casamento, adiantou férias e Página 1 de 5
2 licença prêmio dedicando o mês de julho (Sic) a tão esperada festa e à compra do enxoval, convidando cerca de 400 pessoas. 3. Que a autora sempre sonhara com o dia do casamento e a constituição de um lar, de uma base sólida que lhe garantisse viver com segurança. 4. Que o requerido desatou o relacionamento às vésperas da cerimônia, deixandoa em situação constrangedora, e recusando-se a manter diálogo com a autora sendo que foi obrigada a cancelar o matrimônio 5. Ao final, requer seja o requerido condenado ao ressarcimento de dano material no valor de R$ ,00 e danos morais a serem fixados por Vossa Excelência e demais consectâneos legais. DO MÉRITO Da realidade dos fatos Na verdade os fatos não ocorreram como narrado pela autora em sua inicial. Alega a autora que ofereceram um jantar no dia 05 de março do corrente ano na casa da noiva (autora) e que passado um certo tempo após o noivado o casal optou pelo casamento marcando a data do mesmo para o dia 05 de Agosto do mesmo ano. Os fatos alegados pela autora estão posicionados pela autora erroneamente no corrente ano de 2006, quando na realidade ocorreram em 2005 e não da forma exposada. Apesar de longo, o relacionamento do requerido com a requerente sempre foi muito conturbado, pois trata-se a requerente de pessoa extremamente possessiva e de temperamento indócil. A autora alega que o requerido deu causa ao rompimento. Não menciona, porém que o desentendimento que desencadeu a ruptura do relacionamento deveu-se aos ciúmes doentios da requerente e ao fato de que acusava o requerido, talvez com base em boatos levianos de falsos amigos, de manter outro relacionamento. Página 2 de 5
3 Ora, conforme se provará durante a instrução processual, o requerido nunca manteve quaisquer outros relacionamentos senão o mantido com a requerente. Do dano moral Diz nosso ordenamento pátrio no artigo 186 do Código Civil em vigor: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. A reparação por dano moral constitui garantia constitucional, prevista no artigo 5, X, da Constituição Federal, onde lemos: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. O dano moral, na esfera do Direito, é todo sofrimento humano resultante de lesões de direitos estranhos ao patrimônio, encarado como complexo de relações jurídicas com valor econômico. Ora, não ostenta procedência o pedido de indenização por dano moral em decorrência de rompimento de noivado, visto esse fato por si só não constitui ato ilícito. A requerente não traz em sua inicial maiores elementos, de modo que restam infundadas suas alegações de dano moral sofrido. Também nossos Tribunais teêm assim decidido: TJPR ) RESPONSABILIDADE CIVIL - ROMPIMENTO DE NOIVADO - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - IMPROCEDÊNCIA. Não ostenta procedência o pleito de indenização por dano moral em decorrência de rompimento de noivado, visto esse fato por si só não constitui ato ilícito. Poderá concretizar-se um ato ilícito por força de circunstâncias outras e disso decorrentes, como é o caso de, com o rompimento, uma pessoa submeter a outra a constrangimento ou a humilhação. Mas a indenização decorrerá não do rompimento em si, mas tão somente desse constrangimento ou humilhação, em virtude do qual é atingida a honra pessoal de outrem. Decisão: Página 3 de 5
4 No mesmo sentido: Acordam os Desembargadores integrantes da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento a ambas as apelações 1. TJPR ) APELAÇÃO - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - ROMPIMENTO DE NOIVADO - IMPROCEDÊNCIA - DESPROVIMENTO. A indenização por danos morais só tem cabimento se comprovados a ilicitude do ato e os danos daí decorrentes. Decisão: Acordam os Desembargadores integrantes da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso 2. Do dano Material Alega a autora que, com vistas à realização do casamento das partes, realizou despesas da ordem de R$ ,00. Não trouxe porém aos autos qualquer prova de tais gastos nem indícios de que o requerido tenha concordado com gastos tão elevados para uma celebração de matrimônio. DOS REQUERIMENTOS ISTO POSTO, requer a Vossa Excelência: 1. No mérito, seja julgada improcedente a ação, com a condenação da Requerente nos consectâneos legais, inclusive em custas e honorários advocatícios, condenando-se ainda a Autora às penas da litigância de má-fé. 1 Apelação Cível nº , Acórdão 21115, 1ª Câmara Cível do TJPR, Ponta Grossa, Rel. Des. Pacheco Rocha. j Apelação Cível nº , Acórdão 20226, 1ª Câmara Cível do TJPR, Apucarana, Rel. Des. J. Vidal Coelho. j Página 4 de 5
5 2. Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos, nomeadamente testemunhal e documental. 3. Seja deferido prazo para juntada de procuração nos termos do art. 37 do CPC. Pede e espera Deferimento. Rolim de Moura, em 06 de junho de JOSÉ RICARDO SIMÕES RODRIGUES Advogado - OAB/RO 8888 Página 5 de 5
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