Tradução: Paula Caetano Pré-impressão: Catarina Sequeira Gaeiras. Copyright Larousse 2014 Tradução Brilho das Letras, Lisboa, 2016

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Leila Chaves Canejo
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1 Título original: Plantes Medicinales Pour Mon Balcon Autor: Serge Schall Criação gráfica: Sophie Compagne Criação da capa: Véronique Laporte Conceção: Anne Raynaud Copyright Larousse 2014 Tradução Brilho das Letras, Lisboa, 2016 Tradução: Paula Caetano Pré-impressão: Catarina Sequeira Gaeiras Impresso em Espanha Depósito legal n.º /17 1.ª edição, Lisboa, setembro, 2016 Reimpressão, Lisboa, setembro, 2017 Jacarandá é uma chancela da Brilho das Letras Reservados todos os direitos para Portugal à Brilho das Letras Uma empresa Editorial Presença Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo Barcarena facebook.com/jacarandaeditora

2 Introdução Desde os primórdios da humanidade que o homem tenta tudo para cuidar de si, para adiar o inevitável. De entre todas as possibilidades, as plantas tiveram um papel primordial, muito mais do que as substâncias animais e minerais. Até antes da Antiguidade, as plantas eram as componentes essenciais dos remédios. E continuam a sê-lo atualmente, não obstante a química moderna ter-se imposto desde o final do século XIX e termos entrado, desde há algumas décadas, na nova era dos medicamentos ligados às biotecnologias. Recentemente, redescobriram-se os remédios tradicionais. Agora, preferimos tratar-nos ou prevenir-nos contra as doenças com receitas do campo, simples e eficazes. Tisanas, xaropes, preparados caseiros, associados a fórmulas farmacêuticas apresentadas em cápsulas, essências ou óleos essenciais voltaram a fazer parte do nosso dia a dia. Haverá alguma coisa que nos faça mais felizes do que voltarmos a cuidar de nós, tal como cuidamos da nossa alimentação e da nossa vida? E haverá algo que nos dê mais satisfação do que cultivarmos as nossas plantas medicinais? Para isso, não é preciso ter um jardim. Se definirmos bem aquilo de que necessitamos e fizermos uma escolha acertada das espécies, podemos cultivá-las numa varanda ou num terraço. O objetivo deste livro é dar-lhe todos os conselhos necessários para a escolha das plantas certas e para o sucesso do cultivo de plantas medicinais na sua varanda ou no seu terraço. Aprenda também a usá-las para tratar os pequenos mal- -estares que nos indispõem no dia a dia. Por isso, não hesite: prepare os vasos e a terra, o mel e as chávenas para fazer as suas infusões. A saúde está na sua varanda! 4

3 Îndice As plantas medicinais em vaso 8 Um bom substrato é fundamental! 10 O transplante 11 A manutenção 13 A sementeira 16 A multiplicação 18 Colheita e conservação 20 Varandas e terraços de saúde 23 Utilização das plantas em vaso 26 Plantas medicinais em vaso de A a Z 29 Glossário 120 Índice das plantas 122 Índices de pequenos mal-estares e patologias 124 Pictogramas Altura da planta Diâmetro do vaso Sol direto Sol indireto Sombra

Como um pequeno jardim Se já tem de cuidar de alguns vasos, aproveite para potenciar o gosto pela jardinagem, produzindo plantas úteis.

4 As plantas medicinais em vaso A cultura de plantas medicinais no jardim é relativamente simples, exigindo apenas algum acompanhamento. É igualmente fácil cultivá-las na varanda ou no terraço, embora este modo de cultura tenha mais particularidades. Como um pequeno jardim Se já tem de cuidar de alguns vasos, aproveite para potenciar o gosto pela jardinagem, produzindo plantas úteis. É frequente pensarmos em ervas aromáticas ou vegetais, mas nem sempre nos lembramos de cultivar plantas medicinais na varanda, embora sejam tão úteis quanto decorativas. Embora não proporcione as possibilidades de um jardim com terra, a cultura em vasos apresenta muitas vantagens. Bastam alguns vasos para se tornar o feliz proprietário de um pequeno jardim, versátil e fácil de cuidar. Do ponto de vista decorativo, vá rodando as plantas em função da estação do ano. A sálvia não está em grande forma? Corte-a bem curta e esconda-a atrás de um bonito loureiro. Do ponto de vista medicinal, escolha as plantas conforme as suas necessidades. Quer plantas para dormir melhor, para recuperar uma boa digestão ou para melhorar a circulação sanguínea? 8

Aloysia triphylla Família: verbenáceas Outros nomes comuns: bela-luísa, erva-luísa Origem: América do Sul Ciclo: perene Lúcia-lima 2-4 m 50 cm Este arbusto atinge uma altura de 2 a 4 m; tem um porte

São muito aromáticas. No verão, grandes espigas frouxas, de 20 a 40 cm, cobrem-se de inúmeras pequenas flores rosadas.

5 Aloysia triphylla Família: verbenáceas Outros nomes comuns: bela-luísa, erva-luísa Origem: América do Sul Ciclo: perene Lúcia-lima 2-4 m 50 cm Este arbusto atinge uma altura de 2 a 4 m; tem um porte rígido, mas um pouco desordenado. Os numerosos ramos esguios têm folhas caducas, inteiras, reunidas em grupos de três. As folhas são alongadas, ásperas, num tom verde-claro próximo do amarelo. São muito aromáticas. No verão, grandes espigas frouxas, de 20 a 40 cm, cobrem-se de inúmeras pequenas flores rosadas. A lúcia-lima na sua varanda Um único pé bem desenvolvido é suficiente para fazer as infusões de que necessita. Embora a lúcia-lima se contente com um vaso relativamente pequeno, aconselhamos a transplantá-la assim que é adquirida para um recipiente grande, de modo a obter depressa um arbusto bem desenvolvido. Se fizer o transplante para um vaso com 50 cm de diâmetro, poderá ficar descansado durante alguns anos. Complemente o substrato habitual com um terço de terra de jardim, para lhe dar corpo. Exponha o vaso plenamente ao sol, mas ao abrigo do vento. A lúcia-lima é 36

6 Ajuda a digestão, acalma a ansiedade e contribui para melhorar o sono. É aconselhada para as vias nasais e para os brônquios. suficientemente resistente (-15 C) para ser cultivada um pouco por todo o lado. Em todo o caso, a bacia do Mediterrâneo é um dos locais onde se torna mais vigorosa. De vivência fácil e de raras doenças, só precisa de ser regada ocasionalmente. Uma rega por semana é quanto basta e permite que a terra seque entre duas regas. A poda é muito simples e indispensável A SECO! Suspenda totalmente a rega pelo menos 15 dias antes da colheita. Dessa forma, a lúcia-lima produzirá mais essência aromática. para manter um arbusto harmonioso. No fim do inverno, elimine todos os ramos do ano anterior. Corte-os bem curtos, deixando dois ou três rebentos na base. A planta voltará sempre a ter muitos rebentos na primavera. Conserve três ou quatro ramos principais e areje o centro. Como tratar-se com lúcia-lima A tisana de lúcia-lima é um clássico para um final de dia tranquilo. Tal como as de tília e as de camomila, é incontornável. Use-a para ajudar a digestão, acalmar a flatulência e o inchaço, as náuseas e a azia. Contribui para melhorar o sono, acalmar a ansiedade e as palpitações, assim como para atenuar vertigens. Ao longo de todo o período de crescimento da planta, vá apanhando as folhas e guardando provisões de folhas secas. Substitua os tradicionais óleos essenciais por uma mão-cheia de folhas e faça uma fumigação para desentupir o nariz e as vias nasais e para descongestionar os brônquios. Acrescente um punhado de folhas ao seu banho, pelo prazer que lhe dará e pelos efeitos sedativos. A INFUSÃO Coloque 60 g de folhas em infusão em 1 litro de água a ferver e vá bebendo ao longo do dia. Mesmo fria é refrescante. Embeba compressas na infusão e aplique-as sobre os olhos inchados para os descongestionar. 37

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