ARLISTON PEREIRA LEITE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ARLISTON PEREIRA LEITE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA USO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS VEGETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA: TESTANDO A HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA ARLISTON PEREIRA LEITE Areia-PB 2013

2 ARLISTON PEREIRA LEITE USO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS VEGETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA: TESTANDO A HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal da Paraíba como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. Reinaldo Farias Paiva de Lucena (UFPB) Co-orientador: Prof Dr. Severino Pereira de Souza Areia-PB 2013 ii

3 ARLISTON PEREIRA LEITE USO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS VEGETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA: TESTANDO A HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA Aprovado em: 25 de Abril de 2012 BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Reinaldo Farias Paiva de Lucena (UFPB) (ORIENTADOR) Prof. Dr. Severino Pereira de Souza (UFPB) (CO-ORIENTADOR) Prof. MSc. Carlos Antônio Belarmino (UEPB) (EXAMINADOR) Prof. Dr. Leossávio César de Souza (UFPB) (EXAMINADOR) iii

4 EPÍGRAFE... Plantar, mesmo que os campos se encontrem áridos!... Sonhar, mesmo que os planos já tenham fracassado!... Amar, mesmo sem dispor de recursos suficientes!... Crer, mesmo que as circunstâncias em nada favoreçam!... Lutar sempre, pois viver é ação e morrer é inércia! (Cícero Amaral Neto) iv

5 DEDICATÓRIA Ao meu bom Deus pelo dom da vida, Aos meus queridos pais, Antônio Pereira Leite Neto e Antônia Soares Pereira Leite e toda minha família Dedico. v

6 AGRADECIMENTOS Quero registrar os meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que se fizeram direta ou indiretamente presentes na minha vida durante todo o período do curso que passei e passarei na UFPB, instituição essa que me fez crescer e amadurecer como pessoa e profissional. Agradeço ao LET (Laboratório de Etnoecologia), na pessoa do meu orientador Professor Dr. Reinaldo Farias Paiva de Lucena, por ter me adotado como orientando, pela atenção, apoio, ajuda, paciência e, sobretudo, por se mostrar sempre como um pai, sempre preocupado com todos e sempre lembrarei de uma frase constantemente dita por ele: Só se atiram pedras em árvores que dão frutos... OBRIGADO POR TUDO! Bem como a Grande Família LET. Quero dizer que foi muito bom trabalhar com vocês e que nossos momentos no campo foram marcantes, Kamila Marques, Camila Lucena, Carlos (Fred), Shaieny, em especial que foram verdadeiros guerreiros nas matas de Itaporanga. Em meio a brincadeiras, Trabalho árduo, suor, lágrimas, enfim, momentos inesquecíveis, porém, de muito aprendizado! A toda equipe de profissionais, professores, aos quais pude aprender bastante seja na vida pessoal ou profissional. Cada um que aqui citei significou muito pra mim: seja pela amizade, carinho, admiração e respeito... Especialmente aos professores: Péricles Borges, Jacinto Batista e Djail Santos. Acreditem, jamais esquecerei vocês. Agradeço aos funcionários que sempre estiveram disponíveis quando precisei. MUITO OBRIGADO! E igualmente agradeço aos verdadeiros protagonistas desse estudo, fruto do acolhimento, da ajuda e atenção e acima de tudo de uma grande amizade já antes construída: os moradores da Comunidade Rural Pau D Arco, Itaporanga-PB. Especialmente a minha família que me apoiou e na execução do trabalho. Agradeço a cada membro da minha comunidade, principalmente aos chefes de famílias que foram o foco e objetivo principal da minha pesquisa e sem eles eu não teria conseguido concluir esse trabalho. Aos meus primos que correspondem a maior parte da comunidade, acreditem vocês são irmãos e guardarei pra sempre nas minhas lembranças os momentos bons que passamos juntos. Minhas palavras jamais terão a capacidade de expressar o tamanho da minha gratidão e carinho por todos... Agradeço a minha turma Agronomia , pelos laços de amizade construídos, somos uma turma muito querida por muitos professores, isso ninguém pode vi

7 negar. E aos grandes e eternos amigos de todas as horas: Amanda Tomaz, Gilmar Nunes, Anderson Carlos, Camila Alexandre, Maria Amália, Daniel Junio, Guilherme Monteiro, Heider Almeida e Marciano Nunes que considero como irmãos. Desejo sucesso a amizade construída com grandes amigas Jessica Trajano (Jeh), Daniela Andrade (Dani) e Mayra Soares. A convivência que tivemos fez-me refletir o quanto é verdadeira a frase: Quem tem um amigo, encontrou um tesouro! Hoje só tenho a agradecer a Deus por todos os momentos alegres, tristes, desafiantes que juntos passamos, mas que vencemos, pois somos amigos verdadeiros! Agradecer a Francisco Cabral, Flaviano Leite, Adelaido Araújo, Begna Janine, João Rodrigues, Antônio Fernando, Joel Cabral e Mileny grandes amigos do grupo PET. E também a Alex Sandro, Fernando Antônio, Fábio Araújo (amigos de críticas construtivas), Ítalo Oliveira, Júlia Medeiros, Joelson Germano, Islânia Nunes, Maiara Marques, Cláudio Junior (pessoas com toque especial que Deus colocou em meu caminho) e a um grande amigo muito especial para mim ADELMO DE MEDEIROS! Obrigado pessoal pelos momentos de descontração, o qual me fazia esquecer as dificuldades e enxergar a vida de uma forma simples e prazerosa! Agradeço à minha família (meus irmãos: Anne Larissa, Aline Laiane, meus pais: Antônio Leite e Antônia Soares), muito obrigado por acreditarem em mim, estar sempre ao meu lado, me motivando, me dando força a todo instante. Graças a vocês estou aqui. Agradeço a todas as pessoas, que assim como eu, tem o sonho de crescer na vida sem precisar humilhar ninguém e conseguir tudo com seu próprio trabalho e esforço, mas, com apoio de pessoas que também desejam crescer, pois é impossível crescer sozinho. Não poderia jamais esquecer em especial ao meu amigo fiel e protetor, meu refúgio e minha fortaleza - o meu Deus. Pela misericórdia, bondade, fidelidade, pelas bênçãos, pelas alegrias, pelas lutas, pelos desafios, pelos amigos, pelas pessoas que fazem parte da minha vida. Por tudo o que Ele é. Por tudo o que fez, faz, e que fará em minha vida. A ti toda honra, toda glória e todo louvor. vii

8 SUMÁRIO EPÍGRAFE... iv DEDICATÓRIA... v AGRADECIMENTOS... vi SUMÁRIO... viii I. LEGENDA DE TABELAS... ix II. LEGENDA DE FIGURAS... x RESUMO... xi ABSTRACT... xii 1. INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A caatinga Localização e georeferenciamento Potencial Forrageiro Potencial Medicinal Potencial Madeireiro Potencial Faunístico Agricultura A Etnobotânica A hipótese da Aparência Ecológica Valor de Uso REFERÊNCIAS MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo Inventário Etnobotânico Amostragem da Vegetação Análise de Dados Análise das Entrevistas Análise dos dados fitossociológicos RESULTADOS Inventário Etnobotânico Amostragem da vegetação Hipótese da Aparência Ecológica DISCUSSÃO Importância relativa vs disponibilidade Inventário da Vegetação Inventário Etnobotânico Valor de Uso Valor de Uso entre gêneros Implicações para a conservação CONCLUSÕES REFERÊNCIAS ANEXOS ANEXO I ( Termo de consentimento Livre e Esclarecido) ANEXO II (Formulário Geral Etnobotânico) ANEXO III (Certidão do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos) viii

9 I. LEGENDA DE TABELAS Tabela 1: Espécies registradas na amostragem fitossociológica da área A1(área conservada) e A2 (área degradada) citadas pelos informantes da comunidade Pau D arco, Itaporanga (PB), com número de indivíduos e índices fitossociológicos, Dens. Rel. = Densidade Relativa; Freq. Rel. = Frequência Relativa; Dom. Rel.=Dominância Relativa. Tabela 2: Riqueza de espécies e citações de uso nas categorias de uso na comunidade rural Pau D Arco, município de Itaporanga (Nordeste do Brasil). Tabela 3: Lista das espécies registradas no inventário etnobotânico de plantas lenhosas e valores de uso (geral, atual e potencial), registradas na comunidade "Pau D arco", no município de Itaporanga (Paraíba, Nordeste do Brasil). Categorias de uso: Al = alimento; Cb = combustível; Ct = construção; Fg = forragem; Ma = mágico religioso; Me = medicinal; Or = Ornamentação; Ot = outros; Tc = tecnologia; Ve = veneno abortivo; Vt = veterinário, Partes usadas: Cs = casca; Fl = folha; Fr = flor; Ft = fruto; Tp = toda planta; Tr = tronco. Tabela 4: Valores de uso (VU) das espécies registradas no inventário etnobotânico e fitossociológico na comunidade rural Pau D Arco, município de Itaporanga (Nordeste do Brasil). Tabela 5: Espécies identificadas na categoria alimento com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 6: Espécies identificadas na categoria combustível com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 7: Espécies identificadas na categoria construção com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 8: Espécies identificadas na categoria forragem com seus respectivos valores de uso dentro da categoria na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 9: Espécies identificadas na categoria medicinal com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 10: Espécies identificadas na categoria tecnologia com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 11: Espécies identificadas na categoria veterinária com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. ix

10 II. LEGENDA DE FIGURAS Figura 1: Localização do município de Itaporanga, estado da Paraíba, Nordeste do Brasil (Fonte: Sousa et al., 2012). Figura 2: Distribuição de riqueza de espécies nas diferentes categorias de uso na comunidade Pau D Arco, município de Itaporanga (Paraíba, Nordeste do Brasil). Figura 3: Número de usos e distribuição das espécies em classes de acordo com a quantidade de usos atribuídos pelos moradores da comunidade de Pau D Arco, Itaporanga (Paraíba, Nordeste do Brasil). x

11 USO E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS VEGETAIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA: TESTANDO A HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA RESUMO A Caatinga é representada por uma vegetação que suporta altas temperaturas e escassez de água na maioria dos meses do ano, sua vegetação caracteriza-se por ser do tipo arbustiva ou arbustivo-arbórea. Este ambiente abriga grande diversidade de espécies, incluindo espécies endêmicas, e possui uma área territorial de aproximadamente 800 mil km 2, estendendo-se desde o Planalto da Borborema até a Fachada Atlântica. A hipótese da aparência ecológica foi proposta por Fenny para explicar a relação dos herbívoros com as plantas que relacionava as espécies uteis sendo aquelas que eram preferíveis pelos animais herbívoros. A comunidade Pau D Arco na qual foi realizado o presente estudo se encontra no município de Itaporanga na Paraíba Nordeste do Brasil, localizado na mesorregião do Sertão e microrregião do Vale do Piancó, possuindo uma área territorial de 468 km 2, localizado nas coordenadas (7º18'14'' S e 38º09'00'' O). O cálculo do valor de uso das espécies foi realizado levando em consideração três formas de coleta e tratamento dos dados, sendo VU atual, VU potencial e VU geral. Foram registradas 19 espécies, 16 gêneros e 12 famílias, organizadas em dez categorias de uso, se destacando as categorias tecnologia, seguida por construção e combustível. Quando observada as citações de uso destacaram-se construção, seguida por tecnologia, e combustível, esses resultados mostram a grande utilização de produtos madeireiros pelas comunidades e uma possível pressão de uso exercida nas espécies utilizadas para tais finalidades. As espécies que obtiveram maiores valores de uso foram Amburana cearenses (Allemão) A. C. Sm (Cumarú) e Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Angico) para o VU geral, Mimosa pigra L. (Jurema Branca) para o VU atual e A. cearensis (Cumarú) para o VU potencial. A hipótese da aparência ecológica aparentemente parece explicar melhor a utilização dos recursos madeireiros na comunidade de Pau D Arco. A diferenciação no cálculo do valor de uso apresentou resultados diferentes com relação ao teste da hipótese, reforçando a necessidade de tal distinção em futuros estudos, que testem a aparência ecológica, assim como aqueles destinados a obterem informações sobre o uso real dos recursos vegetais da Caatinga. Palavras-chave: Etnobotânica, Caatinga, Conhecimento Popular. xi

12 ABSTRACT The Caatinga, which comprises much of the semiarid regions, are represented by a dry-type shrubby vegetation, shrubs and trees that support accented index of aridity, low amounts of annual rainfall and high temperatures for much of the year. This environment is home to a great diversity of species, including endemic (Bernardes, 1999; Giulietti et al., 2002), and has an area of approximately km2, extending from the Plateau Borborema to the Tropical Atlantic Facade (Alves, 2009, Albuquerque et al., 2012). The appearance of ecological hypothesis was proposed by Fenny (1976), Rhoades and Cates (1976), in the 70's, to explain the relationship of herbivores on plants. Based on the premise of this hypothesis, the authors cited above where the plants organized into two categories, the apparent plants (woody plants and herbaceous large) and not apparent (small herbaceous and woody species in early development and succession). The community Pau D'Arco in which this study was conducted is located in the municipality of Itaporanga Paraíba in northeastern Brazil, located in the region Sertão and micro Vale Piancó, having a land area of 468 km2, located in coordinates (7 º 18'14'' S and 38 º 09'00'' W), with an altitude of 191 m above sea level (IBGE, 2010). The calculation was performed considering three ways of collecting and processing the data, sendovu atual, and VU potencial VU geral. We recorded 36 species, 16 genera and 12 families, organized in ten categories of use, excelling technology with 21 species, followed by construction (17) and fuel (13). When observed the use of quotes stood out building with 244 citations (155 being current and potential 89), followed by technology (233, 100 and 133 current and potential) and fuel (109 with 92 current and 17 potential), these results show the wide use of wood products by communities and a possible use of pressure exerted on the species used for such purposes (Table 2). The species had higher rates of use were Amburana Ceará (Allemção) A. C. Sam and Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan with 5.33 for VU geral, Mimosa pigra L.com 3.93 for VU atual and A. cearensis with 2.20 to VU potencial. The hypothesis of ecological appearance apparently looks better explain the use of timber resources in the community of Pau D'Arco. The differentiation in the calculation of value in use showed different results with respect to Hypothesis Testing, reinforcing the need for such a distinction in future studies to test the ecological appearance, as well as those designed to obtain information about the actual use of plant resources Caatinga. Keywords: Ethnobotany, Caatinga, Ecological Appearance. xii

13 1. INTRODUÇÃO A Caatinga, que compreende boa parte das regiões semiáridas, são representadas por uma vegetação seca do tipo arbustiva, arbustivo-arbórea que suportam acentuados índices de aridez, baixas quantidades anuais de chuva e temperaturas elevadas durante boa parte do ano. Este ambiente abriga grande diversidade de espécies, incluindo endêmicas (Bernardes, 1999; Giulietti et al., 2002), e possui uma área territorial de aproximadamente 800 mil km2, estendendo-se desde o Planalto da Borborema até a Fachada Atlântica Tropical (Alves, 2009; Albuquerque et al., 2012). Nos últimos anos, na Caatinga, diversos estudos vêm sendo realizados buscando registrar o conhecimento tradicional e uso de espécies vegetais, com destaque para os estudos de (Albuquerque e Andrade 2002a, 2002b; Lucena et al., 2007; Lucena et al 2012; Sousa et al., 2011). Os estudos etnobotânicos buscam registrar e entender o conhecimento e o uso das espécies vegetais pelas populações tradicionais (Luoga et al., 2000; Albuquerque e Andrade 2002a, 2002b; La Torre-Cuadros e Islebe 2003; Shanley e Rosa 2004; Ferraz et al., 2005, 2006; Hanazaki et al., 2006; Lucena et al., 2007; Reyes-García et al., 2005; Lucena et al., 2008; Ramos et al., 2008a, 2008b, Lucena et al 2012). Baseado nesse contexto, pesquisas e ações voltadas para o manejo e uso sustentável das plantas devem considerar as informações obtidas por meio desses estudos, os quais podem contribuir de forma consistente na compreensão da dinâmica da utilização dessas espécies, assim como todo o contexto cultural e sócio econômico que envolve essas relações. Vários estudos vêm buscando entender a dinâmica que ocorre entre as pessoas e os recursos vegetais, a relação entre uso e disponibilidade local dos recursos naturais, indo desde inventários etnobiológicos ao teste de hipóteses, dentre essas se destacando a da aparência ecológica, a qual vem sendo testada em diferentes regiões das florestas tropicais em diferentes países (Phillips e Gentry, 1993a,b; Mutchnick and McCarth, 1997; Galeano, 2000; Albuquerque et al. 2005; Lawrence et al. 2005; Lucena et. al. 2007; Lucena et. al. 2012). A hipótese da aparência ecológica foi proposta por Fenny (1976), Rhoades e Cates (1976), na década de 1970, para explicar a relação dos herbívoros com as plantas. Baseado na premissa dessa hipótese, onde os autores acima citado organizaram as plantas em duas categorias, as plantas aparentes (indivíduos lenhosos e herbáceas de grande porte) e as não aparentes (pequenas herbáceas e espécies lenhosas em fase inicial 13

14 de desenvolvimento e sucessão). Segundo essa caracterização, os herbívoros tenderiam a consumir as plantas aparentes, deixando as não aparentes em segundo plano. Nesse sentido, na década de 90, dois pesquisadores norte americanos fizeram uma adaptação dessa hipótese para os estudos etnobotânicos (Phillips e Gentry, 1993 a,b), onde consideraram as pessoas no lugar dos herbívoros, assumindo que as mesmas apresentariam uma tendência de coletar os recursos naturais que estivessem mais aparentes em uma floresta, estando mais disponíveis e fáceis de coletar. Levando em consideração esta hipótese, para uma espécie ser considerada importante na localidade, ela deve estar presente em abundância na vegetação e ser considerada útil pela população. Neste caso, as plantas aparentes seriam o maior alvo de procura. Para testar essa hipótese, Phillips e Gentry (1993a,1993b) utilizaram o índice quantitativo do valor de uso, o qual se baseia nas informações que as pessoas transmitem nas entrevistas sobre os usos das espécies vegetais. O mesmo é utilizado para determinar a importância relativa das espécies úteis (Albuquerque e Lucena, 2005). Contudo, Albuquerque e Lucena (2005) apontaram algumas limitações na aplicação e resultados obtidos por meio desse índice, principalmente, pelo fato do mesmo não separar o que seja uso atual (representando a utilização efetivas das espécies vegetais), de uso em potencial (potencial utilitário que uma espécie pode apresentar, porém não explorado), limitação esta também apresentada e comentada por outros autores (Stagegaard et al., 2002; La Torre-Cuadros e Islebe, 2003; Lucena et al. 2007; Lucena et al. 2012). Baseado nessas limitações, Lucena et al. (2012) propuseram outra modificação na forma do cálculo do valor de uso, sugerindo três cálculos, assim chamados de VU atual, VU geral e VU potencial, os quais são calculados por meio da distinção na hora da entrevista, das citações de uso em usos atuais e potenciais. Nesse caso, o que esses autores assumiram como VU geral é a forma como o valor de uso vem sendo calculado na literatura, utilizando todas as citações de uso sem distinção. Já o VU atual, foi calculado utilizando apenas as citações de uso atual, assim como o VU potencial só com as de uso potencial. Os resultados encontrados nesse estudo demonstraram que essa distinção interfere nos resultados da aparência ecológica. No presente estudo, adotaram-se esses cálculos buscando retificar ou ratificar tal perspectiva encontrada por Lucena et al. (2012). A aparência ecológica, por se tratar de uma hipótese interessante para se analisar a relação de uso e conhecimento dos recursos naturais pelas populações tradicionais, foi 14

15 sendo testada ao longo dos anos, principalmente em regiões de florestas úmidas (Paz y Minõ et al.,1991; Mutchnick e McCarthy, 1997; Galeano, 2000; Cunha e Albuquerque, 2006), e mais recentemente em florestas secas (Albuquerque et al., 2005; Lucena et al., 2007; Sousa 2011; Lucena et al. 2012). Contudo, nas florestas secas os estudos realizados apresentaram respostas diferentes no teste da hipótese, diferentemente dos realizados nas áreas úmidas, os quais obtiveram resultados semelhantes com a aparência ecológica. Com base nos resultados obtidos nas florestas secas, o presente estudo testou a hipótese da aparência ecológica, em sua vertente ecológica, utilizando o cálculo do valor de uso proposto por Lucena et al. (2012), buscando compreender a dinâmica das populações tradicionais com os recursos vegetais no município de Itaporanga no semiárido da Paraíba, contribuindo assim com novas informações sobre o teste da aparência ecológica na Caatinga. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 A caatinga Localização e georeferenciamento O Nordeste do Brasil tem a maior parte de seu território ocupado por uma vegetação xerófila, de fisionomia e florística variada, denominada Caatinga. Fitogeograficamente, a Caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional, abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais. Na cobertura vegetal das áreas da região Nordeste, a Caatinga representa cerca de km 2, o que corresponde a 70% da região (IBGE, Ao se analisar os recursos hídricos, aproximadamente 50% das terras recobertas com a caatinga são de origem sedimentar, ricas em águas subterrâneas. Os rios, em sua maioria, são intermitentes e os volume de água, em geral, é limitado, sendo insuficiente para a irrigação. A altitude da região varia de 0-600m. A temperatura varia de 24 a 28 o C, e a precipitação média de 250 a 1000 mm e déficit hídrico elevado durante todo o ano (Drumond et al, 2000). O estudo e a conservação da diversidade biológica da Caatinga é um dos maiores desafios da ciência brasileira. Há vários motivos para isto. Primeiro, a Caatinga é a única grande região natural brasileira cujos limites estão inteiramente restritos ao 15

16 território nacional. Segundo Leal et al (2005), esse Bioma é proporcionalmente o menos estudado entre as regiões naturais brasileiras, com grande parte do esforço científico estando concentrado em alguns poucos pontos em torno das principais cidades da região. Terceiro, a Caatinga é a região natural brasileira menos protegida, pois as unidades de conservação cobrem menos de 2% do seu território. Quarto, a Caatinga continua passando por um extenso processo de alteração e deterioração ambiental provocado pelo uso insustentável dos seus recursos naturais, o que está levando à rápida perda de espécies únicas, à eliminação de processos ecológicos chaves e à formação de extensos núcleos de desertificação em vários setores da região (Bernardes, 1999; Leal et al., 2005). O ecossistema Caatinga é caracterizado por longas estações de seca e chuvas com altas temperaturas e baixa umidade, abrange o Nordeste do Brasil desde o Planalto da Borborema até a Fachada Atlântica Tropical (Bernardes, 1999; Alves et al 2009). As populações rurais residentes nessa região tem, em sua maioria, renda baixa, recorrendo aos usos de recursos naturais encontrados nas áreas de vegetação local para atender suas necessidades básicas (Albuquerque et al, 2002 a,b; Lucena et al., 2007; Roque et al., 2009; Sousa et al. 2012a). A região do semiárido, onde se encontra a vegetação de caatinga é representada por tipos arbustivo, arbustivo/arbórea e parque (regiões da Caatinga que apresentam uma degradação natural), que se assemelham as savanas estépicas (Araújo et al., 2008). E é constituída, especialmente, de espécies lenhosas e herbáceas, de pequeno porte, geralmente dotadas de espinhos, sendo, geralmente, caducifólias, perdendo suas folhas no início da estação seca, e de cactáceas e bromeliáceas. Fitossociologicamente, a densidade, frequência e dominância das espécies são determinadas pelas variações topográficas, tipo de solo e pluviosidade (Drumond et al, 2000) Potencial Forrageiro Em termos forrageiros, a caatinga mostra-se bastante rica e diversificada. Entre as diversas espécies, merecem ser destacadas: o angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan, o pau-ferro (Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul.)L.P.Queiroz., a catingueira (Poincianella pyramidalis (Tul.) Queiroz, a catingueira rasteira (Caesalpinia microphylla Mart.), a canafistula (Senna spectabilis var. excelsa (Sharad) H.S.Irwine e Barnely, o marizeiro (Geoffraea spinosa Jacq.), o mororó (Bauhinia cheilantha (Bong), o sabiá (Mimosa caesalpinifolia Benth.), o rompe-gibão (Erythroxylum sp.) e o juazeiro 16

17 (Zizyphus joazeiro Mart.), entre as espécies arbóreas; a jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir), o engorda-magro (Desmodium sp), a marmelada de cavalo (Desmodium sp), o feijão bravo (Phaseolus firmulus Mart.), o mata-pasto (Senna sp) e as urinárias (Zornia sp), entre as espécies arbustivas e subarbustivas; e as mucunãs (Stylozobium sp) e as cunhãs (Centrosema sp), entre as lianas e rasteiras. A produção total de fitomassa da folhagem das espécies lenhosas e da parte aérea das herbáceas na caatinga atinge, em média, kg/ha, constituindose em forragem para caprinos, ovinos, bovinos e muares. Destacam-se como frutíferas o umbu (Spondias tuberosa Arruda - Anacardiaceae), araticum (Annona glabra L., A. coriacea Mart., A. spinescens Mart. - Annonaceae), mangaba (Hancornia speciosa Gomez - Apocynaceae), jatobá (Hymenaea spp.- Caesalpinaceae), juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart. - Rhamnaceae), murici (Byrsonima spp. - Malpighiaceae), e o Licuri, (Syagrus coronata (Mart.) Becc. - Arecaceae), que são exploradas de forma extrativista pela população local. Esta forma de exploração tem levado a uma rápida diminuição das populações naturais destas espécies vegetais, que estão ameaçadas de extinção (Drumond et al, 2000) Potencial Medicinal Entre as diversas espécies da caatinga, várias plantas são notoriamente consideradas como medicamentosas de uso popular, sendo vendidas as folhas, cascas e raízes, em calçadas e ruas das principais cidades, bem como mercados e feiras livres. Entre elas, destaca se a Myracrodruon urundeuva (adstringente), quatro-patacas (catártica), Libidibia ferrea (Mart. ex. Tul.)L.P.Queiroz (antiasmática e anticéptica), Poincianella pyramidalis (antidiarréica), Croton blanchetianus Baill. (antifebris), Anadenanthera colubrina (Vell.) Brean (adstringente), Ziziphus joazerio Mart. (estomacal). O pau d arco (Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex.D.C.) Stndl )foi uma das espécies que, na década de 1960, foi amplamente despojada de sua casca, a qual era tida como curativa de câncer. Esta prática levou a morte de vários exemplares desta espécie, uma vez que tal operação implica na remoção simultânea do tecido cambial (Drumond et al, 2000) Potencial Madeireiro Inventários florestais da região demonstram estoques lenheiro variando entre 7 a 100 m 3 de lenha. Como fonte madeireira, para a produção de lenha, carvão e estacas, 17

18 destaca-se o angico (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brean), o angico de bezerro (Piptadenia obliqua (Pres.) Macbr.), a catingueira rasteira (Caesalpinia microphyla), o sete-cascas (Tabebuia spongiosa), a aroeira (Myracrodruon urundeuva Alemão), a baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), a jurema preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret), pau d arco (Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.), a catingueira verdadeira rasteira (Caesalpinia pyramidalis Tul.), o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) e a umburana (Commiphora leptophloeos Engl.), dentre outras.em face da importância da aroeira e umbuzeiro na economia dos agricultores,estas espécies foram proibidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção na região (Drumond et al, 2000) Potencial Faunístico Os seres humanos estabelecem relações com a fauna desde tempos remotos, representando uma das mais antigas formas de interação entre humanos e a biodiversidade (Alves et al., 2007; Alves e Souto, 2010). Dentre essas interações, a caça é uma das mais antigas atividades humanas que se tem conhecimento (Alves et al., 2010); Este tipo de atividade foi fundamental para o melhoramento da aquisição proteica, vestimenta, controle de predadores, cura de doenças, locomoção e transporte de cargas (Cartwright, 2000; Stanford, 1999; Stanford e Bunn, 2001; Poirier e McKee, 1999; Fernandes-Ferreira, 2010). A dependência do ser humano para com a fauna torna-se ainda maior na região semiárida, mais precisamente no ecossistema Caatinga. A população rural desta região, em algumas localidades, é caracterizada por extrema pobreza (Sampaio e Batista, 2004), e as mudanças sazonais extremas que ocorrem neste ecossistema fez com que as populações desenvolvessem uma forte necessidade de uso para com os recursos naturais disponíveis no ambiente, mantendo uma grande variedade de interações com os recursos faunísticos e florísticos locais (Alves, 2009; Albuquerque et al., 2010). Os mamíferos são de pequeno porte, sendo os roedores os mais abundantes e as espécies encontradas em maior número na Caatinga são aquelas que apresentam comportamento migratório nas épocas de seca. Algumas espécies já constam como desaparecidas, ou em vias de extinção, como os felinos (gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado catingueiro e a capivara) e outros em processo de extinção (ararinha azul, pombas de arribação e abelhas nativas), acarretado pela caça predatória e destruição do seu habitat natural (Drumond et al, 2000). 18

19 2.1.6 Agricultura Historicamente a agricultura praticada na região semiárida é nômade, itinerante ou migratória, onde os agricultores desmatam queimam e plantam por um curto período (em torno de dois ou três anos) e mudam para outras áreas repetindo a mesma prática, na expectativa de uma recuperação da capacidade produtiva dos solos, o que entretanto vem reduzindo consideravelmente a biodiversidade. A agricultura é de uma ocupação territorial desordenada e impactante em razão da falta de tradição de planejamento, o que dificulta (ainda que não impossibilite) a reordenação dos espaços (Drumond et al, 2000). Os sistemas de produção tradicionais, praticados pelos pequenos produtores do semiárido brasileiro, compreendem cultivos de subsistência e produção animal. Sousa (2006), afirma que a consorciação de culturas é uma prática comum, cujo objetivo é reduzir os riscos de perdas. O milho e o feijão estão entre os principais cultivos anuais. Para as áreas com precipitação ao redor de 400 mm por ano, a chance de colher um rendimento superior a 50% do potencial produtivo, é de apenas 30% (Porto et. al, 1983). Duque (2002), afirma que no Nordeste 70% das propriedades são de pequenos produtores, cuja área corresponde a pequenas áreas produtivas (minifúndios), com menos de 10 hectares. A área total que eles detêm é de apenas 5,4% dos 91,9 milhões de hectares de terras disponíveis para a agricultura na região. Esta situação de escassez de terras é particularmente trágica no Semiárido. Na Paraíba, lugar onde foi realizada a presente pesquisa, o Semiárido ocupa um total de 77,3% da área total do Estado, que possui uma área de hectares para produção, sendo, hectares usadas para o cultivo de lavouras (permanentes/temporárias) e de hectares destinados às pastagens, sendo a área restante ocupada por matas e florestas (IBGE - Censo Agropecuário Geral 2006). 2.2 A Etnobotânica Nas últimas décadas, muitos estudos etnobotânicos foram realizados enfocando a conservação da biodiversidade em diversas partes do mundo, sob diferentes perspectivas (Dhar et al. 2000; Albuquerque e Andrade 2002a,b; Begossi et al. 2002; Kristensen et al. 2003; Lykke et al. 2004; Gavin e Anderson 2005; Florentino et al. 2007; Reyes-García et al. 2007; Lucena et al., 2008; Ramos et al. 2008a,b; Nascimento 19

20 et al. 2009; Almeida et al. 2010; Paré et al. 2010; Lucena et al. 2011; Sousa, 2011; Lucena et al. 2012; Sousa et al. 2012). Seguindo essa tendência mundial nos estudos etnobiológicos, pesquisas estão sendo conduzidas no Brasil, principalmente na região do semiárido, buscando registrar e analisar a dinâmica envolvida no conhecimento e uso dos recursos naturais pelas populações tradicionais, os quais vêm registrando uma ampla diversidade de espécies reconhecidas por seu potencial utilitário, indo desde usos madeireiros a usos não madeireiros (Florentino et al. 2007; Lucena et al. 2007; Albuquerque et al. 2008; Monteiro et al. 2008; Ramos et al. 2008a,b; Sá e Silva et al. 2009; Lucena et al. 2011; Lucena et al. 2008; Sousa 2011; Lucena et al. 2012a, ; Lucena et al. 2012b; Sousa et al. 2012; Albuquerque et al. 2012, Nascimento et al. 2012; Ramos e Albuquerque 2012a). As plantas são utilizadas pelo homem desde tempos imemoráveis que remontam o surgimento da própria consciência humana (Schultes e Reis, 1995). Empiricamente ao longo dos tempos nas mais diferentes etnias do globo, o conhecimento sobre a utilização das plantas foi sendo estruturado e passado de geração em geração pela prática oral, de acordo com as necessidades. Eventualmente muito desse conhecimento pode ter se perdido (Milliken et al., 1992). De acordo com Borges e Peixoto (2009), comunidades tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais, desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e a manutenção da diversidade biológica. Diegues e Arruda (2001) destacam a importância da contribuição que os estudos em etnobotânica trouxeram e como eles procuram descobrir a lógica subjacente ao conhecimento humano do mundo natural, as taxonomias e classificações totalizadoras. Para esses autores, o conhecimento tradicional pode ser definido como "o conhecimento e saber-fazer sobre o mundo natural e sobrenatural, que são transmitidos oralmente de geração em geração. 2.3 A hipótese da Aparência Ecológica A hipótese da aparência ecológica enfatiza que uma espécie de alta importância e utilização local é a que for mais facilmente encontrada na vegetação e foi aplicada e adaptada para estudos etnobotânicos na década de 1990, e vem sendo testada por alguns pesquisadores (Salick et al., 1999; Luoga et al., 2000; Ladio e Lozada 2004). No entanto, sua grande maioria, em florestas úmidas, tendo-se registro de poucos estudos 20

21 realizados em florestas secas, os quais encontraram perspectivas diferentes das encontradas nas áreas úmidas (Lucena et al., 2007; Lucena et al., 2012). E mesmo os realizados só nas áreas secas, ainda encontraram dados diferentes, provavelmente, por terem sido realizados em tipos de Caatinga com baixa pluviosidade (Lucena et al., 2012) e alta pluviosidade (Lucena et al., 2007), as quais apresentam uma dinâmica ambiental peculiar. Fenny (1976) afirma que as plantas pertencem a dois grupos distintos, de acordo com a herbívora: aparentes (aquelas facilmente visível em virtude do seu grande porte (árvores, arbustos e ervas grandes) e ciclo de vida) e não aparentes (são aquelas de menor porte representadas por pequenas herbáceas e plantas em estágios iniciais de sucessão). Phillips e Gentry (1993a,b) adaptaram esta hipótese para que a mesma pudesse ser utilizada nos estudos etnobotânicos, trocando o papel dos herbívoros pelas populações humanas. Desta forma as plantas aparentes seriam alvos principais para coleta e uso por seres humanos, devido a sua visibilidade e disponibilidade na vegetação. Segundo Phillips e Gentry (1993a,b), as espécies mais abundantes são mais fáceis de serem visualizadas e, portanto, de serem agrupadas aos sistemas de usos das populações locais. 2.4 Valor de Uso Estudos etnobotânicos têm buscado métodos e técnicas capazes de estimar quais espécies vegetais estão sofrendo pressão de uso (Phillips e Gentry 1993a,b; Stagegaard et al. 2002; Albuquerque e Lucena 2005; Lucena 2009; La Torre-Cuadros e Islebe 2003), e que teoricamente, necessitariam de atenções conservacionistas. Nesse sentido, um método que tem sido bastante utilizado nas pesquisas etnobotânicas é o do Valor de Uso (VU) que foi desenvolvido por Phillips e Gentry (1993a,b) e modificado por Rossato et al. (1999), sendo utilizado, testado e analisado em diversos estudos ao longo do anos (Galeano, 2000; Stagegaard et al., 2002; La Torre- Cuadros e Islebe 2003; Albuquerque e Lucena 2005; Lucena 2009, 2007; Fraser e Junqueira, 2010). Além disso, Stagegaard et al. (2002) ratificam que o VU é uma importante ferramenta de identificação de espécies, ou habitats, que necessitam de planos de manejo e conservação. Contudo, alguns autores (La Torre-Cuadros e Islebe 2003; Albuquerque e Lucena 2005) evidenciaram limitações neste índice por não distinguir uso atual (espécies com uso efetivo), de uso em potencial (potencial utilitário apresentado pela espécie, porém, não explorado). Essa limitação também foi mencionada por Stagegaard et al. 21

22 (2002), que afirmaram que existe fragilidade neste método ao valorar um grande número de usos em potencial, sem que os mesmos não estejam sendo efetuados. Outro ponto de fragilidade do VU foi evidenciado por Lucena (2009), o qual ressalta que espécies com maior importância relativa sofreriam uma maior pressão de uso, desconsiderando a frequência e quantidade coletadas, o modo como a comunidade extrai esses recursos, e sua disponibilidade na vegetação local. Essa fragilidade foi comentada por Fraser e Junqueira (2010) enfatizando a necessidade de se distinguir a importância relativa do uso de cada espécie, sugerindo uma análise que considere uso, frequência e importância, destacando também o que seria uso atual e usos conhecidos (uso potencial). Apenas um trabalho foi realizado testando na prática e em pesquisa de campo essas distinções, o qual associou o valor de uso ao teste da hipótese da aparência ecológica (Lucena, 2009). Para Albuquerque e Andrade (2002a), os estudos etnobotânicos indicam que a estrutura de comunidades vegetais e paisagens são sempre afetadas pelas pessoas, tanto sob aspectos negativos, como beneficiando e promovendo os recursos manejados. Os seres humanos agem como agente seletivo para plantas, alterando ciclos de vida, padrões de mortalidade, reprodução e sobrevivência de suas populações, bem como modificando e tirando vantagens das defesas químicas para seu benefício (Albuquerque e Andrade 2002a). Phillips e Gentry (1993a,b) adotaram em seu estudo o índice quantitativo o valor de uso (VU), o qual é utilizado para avaliar a importância relativa dos recursos vegetais utilizados pela população local, baseado nas citações de uso ditas pelos informantes no momento da entrevista. Este índice foi adotado em estudos posteriores (La Torre- Cuadros e Islebe 2003; Albuquerque e Lucena 2005; Lucena et al. 2007; Ayantude et al. 2009), com isso nos estudos de (Albuquerque e Lucena 2005; Stagegaard et al., 2002; La Torre-Cuadros e Islebe, 2003; Lucena et al. 2007; Lucena et al. 2012a), os autores observaram uma deficiência neste índice a não diferenciação de uso (uso atual/uso potencial), a qual poderia vim a interferir nas considerações finais das pesquisas. Para Galeano (2000), somente nas últimas décadas o desenvolvimento e aplicações de métodos quantitativos na etnobotânica receberam maior atenção. Phillips e Gentry (1993a;b) buscaram abordagens quantitativas e estatísticas para os dados de levantamentos etnobotânicos, de forma a proporcionar o uso de testes de hipóteses e de técnicas de estimativas de parâmetros, ao mesmo tempo em que defenderam a adoção do valor de uso como uma variável quantitativa capaz de refletir a importância de cada espécie. Ainda para Galeano (2000), é importante que a avaliação do valor de uso seja 22

23 feita por categorias de uso para que assim reflita o manejo aplicado pela comunidade à floresta e possibilite identificar as espécies objeto de coletas destrutivas. O valor de uso estimado para cada espécie citada pelos informantes-chave e pela comunidade em geral foi estimado pela fórmula (1), adaptada de Phillips e Gentry (1993a), entrevistando-se uma única vez cada informante: Onde: VUs = Valor de uso da espécie s; Us = número de usos mencionados por cada informante para a espécie s; e n = número total de informantes (Ferraz et. al, 2006). 23

24 3. REFERÊNCIAS Albuquerque, U.P.; Lucena, R.F.P. (2005). Can apparency affect the use of plants by local people in tropical forests? Interciencia 30: Albuquerque U.P. E Andrade L.H.C. 2002a). Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de caatinga no Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta Botânica Brasilica 16: Albuquerque, U.P.; Andrade, L.H.C. (2002b). Uso de recursos vegetais da caatinga: o caso do agreste do estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil). Interciência 27: Albuquerque, U.P.; Araújo, E.L.; El-Deir, A.C.A. (2012). Conservation of na Important Seasonal Dry Forest. The Scientificworld Journal. 18 pages. Almeida, C.F.C.B.R., Ramos, M.A., Amorim, E.L.C., Albuquerque, U.P., (2010). A comparison of knowledge about medicinal plantas for three rural communitieis in the semi-arid region of northeast of Brazil. Journal of Ethnopharmacology 127: Alves, J.A.A. (2009). Caatinga do Cariri Paraibano. GEONOMOS 17(1): Alves, R.R.N.; Rosa, I.L.; Santana, G.G. (2007). The Role of Animal-derived Remedies as Complementary Medicine in Brazil. BioScience, 57: Alves, R.R.N.; Mendonça, L.E.T.; Confessor, M.V.A.; Vieira, W.L.S.; Lopez, L.C.S. (2009). Hunting strategies used in the semi-arid region of northeastern Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 5(12): Alves, R.R.N.; Souto, W.M.S (2010). Etnozoologia: conceitos, considerações históricas eimportância. In: Alves, R.R.N. (Org.). Etnozoologia no Brasil: importância, status atual e perspectivas. 1. ed. Recife: NUPEEA. Araujo, T.A.S., Alencar, N.L., Amorin, E.L.C., Albuquerque, U.P., (2008). A new approach to study medicinal plants with tannins and flavonoids contents from the local knowledge. Journal of Ethnopharmacology.120:

25 Ayantunde, A.A.; Hiernaux, P.; Briejer, M.; Udo, H.; Tabo, R. (2009). Uses of local plant species by agropastoralists in south-western Niger. Ethnobotany Research and Applications 7: Begossi A.; Hanazaki N.; Tamashiro J.Y. (2002). Medicinal Plants in the Atlantic Forest(Brazil): Knowledge, Use, and Conservation. Human Ecology 30: Bernardes, N.(1999). As Caatingas. Estudos avançados. 13 (35). Borges, R. e Peixoto, A.L. (2009). Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade caiçara do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica. Brasilica. 23(3): Borges, R. e Peixoto, A.L. (2009). Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade caiçara do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica. Brasilica. 23(3): Cartwright, J. (2000). Evolution and Human Behaviour. Mendham: Aardvark. Dhar, U.; Rawal, R. S.; Upreti, J. (2000). Setting priorities for conservation of medicinal plants a case study in the Indian Himalaya. Biological Conservation, v. 95, n. 1, p Diegues, A.C.S. e Arruda, R.S.V. (2001). Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente; São Paulo, USP. (Biodiversidade 4). 176p. Drumond et al, (2000), Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga. Documento para discussão no GT estratégias para uso sustentável, Petrolina, Duque, G. (Org.). Agricultura Familiar Meio Ambiente e Desenvolvimento: Ensaios e Pesquisas em Sociologia Rural. João Pessoa: Universitária/UFPB, p. Fernandes-Ferreira, H. (2010). Atividades cinegéticas em um Brejo de Altitude no Nordeste do Brasil: Etnozoologia e Conservação. João Pessoa PB. 182p. Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Universidade Federal da Paraíba. 25

26 Ferraz, J.S.F, Albuquerque, U.P, Meunier, I.M.J.; (2006). Valor de uso e estrutura da vegetação lenhosa às margens do riacho do Navio, Floresta, PE, Brasil. Acta bot. bras. 20(1): Florentino, A.T.N.; Araújo, E.L. Alburqueque, U.P. (2007). Contribuição de quintais agroflorestais na conservação de plantas da Caatinga, município de Caruaru, PE, Brasil. Acta Botanica Brsílica, v.21; n 1, p Franser, J. A.; Junqueira, A. B. (2010). How importante is a use? Critical reflections on the conceptualization of use and importance in quantitative ethnobotany. In: ALBUQUERQUE, U.P., HANAZAKI, N. (Eds.). Recent Developments and Case Studies in Ethnobotany. NUPEEA, Recife P Galeano, G. (2000). Forest Use at the Pacifi Coast of Chocó, Colombia: A Quantitative Approach. Economic Botany. 54(3) pp Gavin, M. C.; Anderson, G. J. (2005). Testing a rapid quantitative ethnobiological technique: first steps towards developing a critical conservation tool. Economic Botany, v. 59, n. 2, p IBGE, Produção Agrícola Municipal 2005; Malha municipal digital do Brasil: situação em Rio de Janeiro: IBGE, Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal Kristenen, M.; Balslev, H. (2003). Perceptions, use and availability of woody plants among the Gourounsi in Burkina Faso. Biodivers Conserv 12: Ladio, A.H.; Lozanda, M. (2004). Patterns of use and knowledge of wild edible plants in distinct ecological environments: a case study of a Mapuche community from northwestern Patagonia. Biodiversity and Conservation 13: La Torre-Cuadros, M.A., Islebe, G.A. (2003). Traditional ecological knowledge and use of vegetation in southeastern México: a case study from Solferino, Quintana Roo. Biodiversity and Conservation 12, 2455 e Leal, I. R.; Tabarelli, M; Silva, J. M. C. (2005). Ecologia e conservação as ccatinga: uma introdução ao desafio. In: Leal, Inara R.; Tabarelli, Marcelo; Silva, José Maria Cardoso. Ecologia e conservação da caatinga. 2. ed. UFPE: Recife, Introdução, p. XIII. 26

27 Lykke, A.M.; Kristensen, M.K.; Ganaba, S. (2004). Valuation of local use and dynamics of 56 woody species in the Sahel. Biodiversity and Conservation 13: Lucena, R.F.P.; Araújo, E.L.; Albuquerque, U.P. (2007). Does the local availability of woody Caatinga plants (Northeastern Brazil) explain their use value? Economic Botany 61(4): Lucena, R.F.P.; Nascimento, V.T.; Araújo, E.L.; Albuquerque, U.P. (2008). Local uses of native plants in na area of Caatinga vegetation (Pernambuco, NE Brazil). Ethnobotany Research e Applications 6: Lucena, Reinaldo Farias Paiva; (2009). Avaliando a eficiência de diferentes técnicas de coleta de dados voltados para a conservação da biodiversidade a partir do conhecimento local f. Dissertação (1) - Universidade Federal Rural do Recife, Recife, Lucena, R.F.P.; Farias D.C.; Carvalho T.K.N.; Lucena C.M.; Vasconcelos Neto, C.F.A.; Albuquerque, U.P. (2011). Uso e conhecimento da aroeira (Myracrodruon urundeuva) por comunidades tradicionais no Semiárido brasileiro. Sitientibus série Ciências Biológicas 11(2): Luoga, E.J.; Witkowski, E.T.F.; Balkwill, K. (2000). Differential utilization and ethnobotany of trees in Kitulanghalo Forest Reserve and surrounding communal lands, Eastern Tanzania. Economic Botany 54: Milliken, W.; Miller, R. P.; Pollard, S. R.; Wanderlli, E. V. (1992). Ethnobotany of the Waimiri Atroari indians. Royal Botanic Gardens Kew, Londres, 146 p. (1992). Monteiro, J. M.; Lucena, R. F. P.; Alencar, N. L.; Nascimento, V. T.; Araújo, T. A. S.; Albuquerque, U. P. (2008). When intention matters: comparing three ethnobotanical data collection strategies. In: ALBUQUERQUE, U. P.; RAMOS, M. A. (Orgs.). Current Topics in Ethnobotany. Índia: Research Signpost,. p Nascimento, L.G., Sousa, A.G.C., Alves, E. L., Araújo., Albuquerque, U. P. (2009). Rural fences in agricultural landscapes and their conservation role in an area of caatinga (dryland vegetation) in Northeast Brazil. Environ Dev Sustain. 11:

28 Nascimento, V.T.; Vasconcelos, M.A.S.; Maciel, M.I.S.; Albuquerque, U.P. (2012). Famine Foods of Brazil s Seasonal Dry Forests: Ethnobotanical and Nutritional Aspects. Economic Botany 66 (1) Pare, S., Savadogo, P., Tigabu, M., Ouadba, J.M.Q., Oden, P.C., (2010). Consumptive values and local perception of dry forest decline in Burkina Faso, West Africa. Environ Dev Sustain 12: Phillips, O. e Gentry, A.H. The useful plants of Tambopata, Peru: I. Statistical hypotheses test with new quantitative technique. Economic Botany. v.47, n.1, p a. Phillips, O. e Gentry, A.H. The useful plants of Tambopata, Peru: II. Additional hypothesis testing in quantitative ethnobotany. Economic Botany. v.47, n.1. p b. Poirier, F.E.; Mckee, J.K. (1999). Understanding human evolution. Englewood Clifs: Prentice Hall. Porto, E.R.; Garagorry, F.L.; Moita, A.W., Silva, A.S. Risco climático: estimativa de sucesso da agricultura dependente de chuva para diferentes épocas de plantio. I Cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.). Petrolina, PE: EMBRAPA-CPATSA, p. (EMBRAPA-CPATSA. Documentos, 23). Ramos, M.A.; Medeiros, P.M.; Almeida, A.L.S.; Feliciano, A.L.P.; Albuquerque, U.P. (2008a). Use and knowledge of fuelwood in an área of caatinga vegetation in NE, Brazil. Biomass e Bioenergy 32: Ramos, M.A.; Medeiros, P.M.; Almeida, A.L.S.; Feliciano, A.L.P.; Albuquerque, U.P. (2008b). Can wood quality justify local preferences for firewood in an area of caatinga (dryland) vegetation. Biomass e Bioenergy 32: Ramos, M.A. e Albuquerque, U.P., (2012a). The domestic use of firewood in rural communities of the Caatinga: How seasonality interferes with patterns of firewood collection. Biomass and Bioenergy. 39: Reyes-Garcia, V.; Vadez, V.; Huanca, T.; Leonard, W.; Wilkie, E.D. (2005). Knowledge and consumption of wild plants: a comparative study in two Tsimane villages in the Bolivian Amazon. Ethnobotany Research e Applications 3:

29 Rossato, S.C.; Leitão-Filho, H.F.; Begossi, A. (1999). Ethnobotay of Caiçaras of the Atlantic Forest Coast (Brazil). Economic Botany 53: Roque, A.A. e Loiola, M.I.B. (2009). Potencial de uso dos recursos vegetais em uma comunidade rural no semiárido do rio grande do norte, nordeste do brasil. Dissertação de mestrado, UFRN. Sá e Silva, I. M. M.; Marangon, L. C.; Hanazaki, N.; Albuquerque, U. P. (2008). Use and knowledge of fuelwood in three rural caatinga (dryland) communities in NE Brazil. Environment, Development and Sustainability (no prelo) Salick, J.; Biun, A.; Martin, G.; Apin, L.; Beamam, R.; (1999). Whence useful plants? A direct relationship between biodiversity and useful plants among the Dusun of Mt. Kinabalau. Biodiversity and Conservation 8: Schultes, R.E. e Reis, S.V. (eds.). (1995). Ethnobotny: evolution of a discipline. Cambridge, Timber Press. Sousa, R.F et al, (2011). Aparência ecológica pode explicar a utilização de espécies úteis em uma comunidade rural na região do seridó paraibano? (Monografia em Licenciatura em ciências biológicas). Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais. Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Centro de Ciências Agrárias, Areia-PB. Sousa, R.F.; Gomes, D.S.; Leite, A.P.; Santos, S.S.; Alves, C.A.B.; Lucena, R.F.P. (2012). Estudo Etnobotânico de Myracrodruon urundeuva Allemão em uma Comunidade Rural na Microrregião de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Biofar. v. 7; n. 1; p Sousa, L.G Economia, política e sociedade: a economia no semiárido. Campina Grande. 209 p. Disponível em: < Acesso em: 30 abr Stagegaard, J.; Sorensen, M.; Kvist, E.L.P. (2002). Estimations of the importance of plant resources extracted by inhabitants of the Peruvian Amazon flood plains. perspectives in Plant Ecology, Evolution and Systematics 5: Stanford, C.B. (1999). The Hunting Apes: meat eating and the origins of human behaviour. 1. ed. Princeton: Priceton University Press. 29

30 Stanford, C.B.; Bunn, H.T. (2001). Meat-eating and human evolution. 1. ed. New York: Oxford University Press. 30

31 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 Área de estudo A comunidade Pau D Arco na qual foi realizado o presente estudo se encontra no município de Itaporanga na Paraíba Nordeste do Brasil (Figura1), localizado na mesorregião do Sertão e microrregião do Vale do Piancó, possuindo uma área territorial de 468 km2, localizado nas coordenadas (7º18'14'' S e 38º09'00'' O), com altitude de 191 m acima do nível do mar (IBGE, 2010), limitando-se ao Sul com Boa Ventura, Diamante e Pedra Branca, a Oeste com São José de Caiana, a Norte com Aguiar e Igaracy, a Nordeste com Piancó e a Leste com Santana dos Garrotes, ocupa uma área de 479,8km2, ficando a uma distância de 430 km de João Pessoa capital do estado. Encontra-se inserida nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, sub-bacia do Rio Piancó. A economia do município é basicamente composta da agropecuária de pequenos produtores, os quais realizam criações de pequenos e grandes ruminantes, cultivo de feijão e milho (Ministério De Minas E Energia, 2005). Figura 1: Localização do município de Itaporanga, estado da Paraíba, Nordeste do Brasil (Fonte:Sousa et al., 2012). 31

32 A comunidade Pau D`Arco localiza-se, aproximadamente, a 8 km do centro urbano do município. Na referida comunidade encontram-se oito residências habitadas. Possui um campo de futebol, uma capela de crença católica, sete açudes (todos privados) e uma escola desativada. Devido à escassez de chuvas na região, foi construído um poço artesiano, por meio de uma ação governamental, para suprir as necessidades hídricas dos moradores. Os primeiros contatos com a comunidade foram mediados por agentes de saúde da localidade, sendo informados sobre a finalidade e a importância do trabalho. Foram entrevistados moradores locais que conhecem e fazem uso de plantas para diferentes finalidades. Na equipe de pesquisadores envolvidos na pesquisa, tinham um membro que era natural de Itaporanga, e sua família residia na comunidade, o que facilitou o acesso aos informantes, garantindo uma maior confiabilidade das informações (Sousa et al. 2012). 4.2 Inventário Etnobotânico Para registrar o uso das espécies vegetais, foram realizadas entrevistas semiestruturadas (Anexo II) no ano de 2011, sendo visitadas todas as residências da comunidade, e entrevistando todos os chefes de família obtendo um total de 15 informantes, sendo oito homens e sete mulheres (100%). O objetivo do estudo foi explicado para cada informante e em seguida foram convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo I) que é exigido pelo Conselho Nacional de Saúde por meio do Comitê de Ética em Pesquisa (Resolução 196/96). O presente estudo foi desenvolvido com a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP) do Hospital Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba, com registro de protocolo CEP/HULW nº 297/11, Folha de Rosto nº (Anexo III). O formulário semiestruturado utilizado nas entrevistas abordou perguntas específicas sobre as espécies conhecidas e utilizadas pelos moradores, por meio das quais foi possível perceber quais destas são úteis, bem como as categorias nas quais as mesmas se enquadraram. As categorias foram determinadas de acordo com a literatura, selecionando para tal definição estudos realizados na caatinga (Albuquerque e Andrade 2002a, b; Ferraz et al. 2006; Lucena et al. 2007, 2008, 2012), sendo elas: alimentação, combustível, construção, forragem, medicinal, tecnologia, veneno/abortiva, veterinária, mágico religioso, ornamentação e outros usos. Na categoria outros usos estão incluídos 32

33 as citações para higiene pessoal (creme dental, shampoo, etc.), bioindicadores (sinal de chuva e seca) e sombra. As informações foram enriquecidas e confirmadas com a utilização de outras técnicas investigativas como a observação direta e a turnê guiada (Albuquerque et al. 2010), por meio das quais o pesquisador, juntamente com alguns membros da comunidade que se dispuseram em colaborar nessa etapa da pesquisa, realizaram um passeio pelas casas e áreas de vegetação da comunidade, procurando identificar as espécies que foram citadas nas entrevistas. Com relação ao acesso à educação, as crianças da comunidade Pau D Arco se deslocam para a comunidade vizinha (São Pedro) para estudarem na escola municipal de ensino fundamental Joaquim Gomes de Melo. Alguns moradores trabalham como diaristas em fazendas locais e em outras comunidades vizinhas. Algumas mulheres ainda trabalham como professoras na escola do município, e como domésticas em casa e/ou nas fazendas da região (Sousa et al. 2012). A vegetação da comunidade é predominantemente um estrato arbustivo-herbáceo, com predomínio de espécies como Croton blanchetianus Baill. (marmeleiro), Poincinela pyramidalis Tul. (catingueira) e Aspidosperma pyrifolium Mart. (pereiro), com uma presença pouco expressiva de cactáceas (Sousa et al. 2012). 4.3 Amostragem da Vegetação Para testar a hipótese da aparência ecológica foram feitas amostragens na vegetação por meio de um estudo fitossociológico. Nas áreas selecionadas foram registrados todos os indivíduos lenhosos que apresentaram um diâmetro do caule no nível do solo (DNS) igual ou superior a três centímetros, excluindo-se cactos, bromélias, trepadeiras, lianas e pequenas herbáceas (Araújo e Ferraz, 2010). Para tal, foram delimitadas 100 parcelas, com tamanho de 10 x 10 metros, sendo 50 em uma área distante da comunidade (área conservada - A1), e outras 50 nas proximidades da comunidade (área degradada A2), totalizando um hectare inventariado. Além do DNS, foi anotada a altura de cada indivíduo. Os parâmetros fitossociológicos adotados foram: área basal, valor de importância, densidade relativa, dominância relativa e frequência relativa, sendo analisados de acordo com Araújo e Ferraz (2010), em que a Densidade Relativa (DRt, %), foi estimada pelo número de indivíduos de um determinado táxon com relação ao total de indivíduos amostrados. Frequência Relativa (FRt, %), foi estimada com base na FAt (Frequência absoluta da espécie em questão), em relação à Frequência Total (FT, %), 33

34 que representa o somatório de todas as frequências absolutas. A Dominância Relativa (DoRt,%) representa a porcentagem de DoA (dominância absoluta da espécie em questão), com relação à dominância total (DoT). As espécies coletadas foram identificadas com a ajuda de chaves analíticas e pela comparação com o material depositado no herbário Herbário Jaime Coêlho de Moraes, (UFPB) Universidade Federal da Paraíba e por consulta a especialistas. Depois de montadas, as exsicatas foram incorporadas ao acervo do herbário UFPB. 4.4 Análise de Dados Análise das Entrevistas Na análise dos dados etnobotânicos, para se testar a relação entre uso e disponibilidade local só foi considerada às espécies lenhosas nativas e úteis que foram registradas no levantamento fitossociológico e no inventário etnobotânico, excluindo aquelas que apareceram apenas em um. Para todas as espécies calculou-se o valor de uso pela fórmula: VU = ΣUi/n, descrita por Rossato et al. (1999), em que: Ui = número de usos mencionados por cada informante, n = número total de informantes. Os valores de uso das espécies por categoria utilitária também foram calculados segundo a fórmula adotada por Rossato et al. (1999), onde: VUc = ΣVU/nc, sendo VUc = valor de uso de cada espécie na categoria, Nc = número de espécies na categoria. Foi adotado no presente estudo a distinção ente citações de uso atual e potencial no cálculo do VU de acordo com a proposta de Lucena et al. (2012), O VU atual é calculado utilizando apenas as citações de uso atual (conhece e utiliza) às espécies, o VU potencial utilizando as citações potenciais (conhece mais não utiliza) as espécies e o VU geral utilizando todas as citações onde não diferem atuais e potenciais. Utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson para comparar os valores de uso atribuídos às espécies por homens e mulheres, e na comparação entre os valores de usos (VU geral, VU atual e VU potencial ) utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson e o teste de Wilcoxon (Sokal e Rholf 1995) Análise dos dados fitossociológicos Foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Spearman para testar a relação entre o valor de uso e disponibilidade das plantas. Buscou-se observar se há relação entre os VU e os parâmetros fitossociológicos (área basal, dominância relativa, valor de importância, frequência relativa e densidade relativa). Para verificar a relação entre os 34

35 valores de uso com os parâmetros fitossociológicos, considerando todas as categorias utilitárias, optou-se por realizar a análise dos dados das espécies que ocorreram na amostragem de vegetação, mas que também apresentaram citações de uso pelos informantes. Para a análise por categorias de uso, foram incluídas as espécies que obtiveram alguma citação de uso para a categoria em questão. 5. RESULTADOS 5.1 Inventário Etnobotânico Foram registradas 19 espécies úteis, 16 gêneros e 12 famílias (Tabela 1), organizadas em dez categorias de uso, se destacando tecnologia com 21 espécies, seguida por construção (17) e combustível (13). Quando observada as citações de uso destacaram-se construção com 244 citações (sendo 155 atual e 89 potencial), seguida por tecnologia (233, sendo 133 atual e 100 potencial) e combustível (109 com 92 atual e 17 potencial), esses resultados mostram a grande utilização de produtos madeireiros pelas comunidades e uma possível pressão de uso exercida nas espécies utilizadas para tais finalidades (Tabela 2). As espécies que obtiveram maiores valores de uso foram Amburana cearenses (Allemção) A. C. Sm e Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan com 5,33 para o VU geral, Mimosa pigra L.com 3,93 para o VU atual e A. cearensis com 2,20 para o VU potencial (Tabela 3). 35

36 Tabela 1: Espécies registradas na amostragem fitossociológica da área A1(área conservada) e A2 (área degradada) citadas pelos informantes da comunidade Pau D arco, Itapor (PB), com número de indivíduos e índices fitossociológicos, Dens. Rel. = Densidade Relativa; Freq. Rel. = Frequência Relativa; Dom. Rel. = Dominância Relativa. 36

37 37

38 38

39 Tabela 2: Riqueza de espécies e citações de uso nas categorias de uso na comunidade rural Pau D Arco, município de Itaporanga (Nordeste do Brasil). Na comparação realizada entre as médias dos VU com o desvio padrão, observouse que as espécies sofrem uma alteração significativa entre os maiores e menores valores, a média 1,18 (±1,54) para o VU geral, 0,74 (±1,04) para o VU atual, 0,44 (±0,57) para o VU potencial. As espécies em destaque com relação ao VU geral foram Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (5,33) Myracrodruon urundeuva Allemão (5,27) e Tabebuia impetiginosa (Mart. ex. D.C.) Standl (4,93). No VU atual foram Croton blanchetianus Baill. (3,93) A. colubrina (3,67) e M. urundeuva Allemão (3,13). No VU potencial foram A. colubrina (2,20) T. impetiginosa (1,93) e M.urundeuva Allemão (1,60) (Tabela 4). O teste de Wilcoxon (Sokal e Rholf 1995) e o Coeficiente de Correlação de Pearson mostraram que houve forte correlações entre VUgeral e VUatual (r=0,9704; p<0,0001),vugeral e VUpotencial (r=0,8998; p<0,0001), VUatual e VUpotencial foi menos expressivo (r=0,7677; p<0,0001). O Coeficiente de Correlação de Pearson evidenciou que homens e mulheres valorizam as mesmas espécies como as importantes (VUgeralH e VUgeralM, r=0,8698, p<0,0001; VUatualH e VUatualM, r=0,8593, p<0,0001; VUpotencialH e VUpotencialM, r=0,8590, p<0,0001), apesar dos homens conhecerem mais os produtos madeireiros do que as mulheres. 39

40 40

41 41

42 42

43 Tabela 4. Valores de uso (VU) das espécies registradas no inventário etnobotânico e fitossociológico na comunidade rural Pau D Arco, município de Itaporanga (Nordeste do Brasil). 5.2 Amostragem da vegetação Foram registradas na área conservada, 30 espécies (17 úteis) pertencendo a 16 gêneros e 12 famílias, e na área degradada, 36 espécies (20 úteis) pertencendo a19 gêneros e a 14 famílias, só foram consideradas úteis às espécies lenhosas nativas que obtiveram registro na amostragem de vegetação e no inventário etnobotânico. Foram reconhecidas 15 espécies, 14 gêneros e 11 famílias em comum nas duas áreas. Ocorreu a predominância de C. blanchetianus na área conservada (1320 indivíduos) e na área degradada (1082 indivíduos). Com relação às famílias, destacou-se nas duas áreas Euphorbiaceae. As espécies que tiveram destaque na área conservada em relação ao valor de importância (VI) são: C. blanchetianus (159,72) Combretum fruticosum (Coefl) Stuntz (22,07) A. colubrina (13,36). Na área degradada são: C. blanchetianus (113,32) C. fruticosum (26,68) A. pyrifolium Mart. (18,10). O valor de importância destacou na área conservada as seguintes famílias: Euphorbiaceae (163,08) Fabaceae (38,80) Combretaceae (24,42), já na área degrada: Euphorbiaceae (117,21) Fabaceae (39,92) 43

44 Apocynaceae (30,05), o domínio da primeira família nas duas áreas foi devido a abundância de C. blanchetianus. 5.3 Hipótese da Aparência Ecológica Registraram-se correlações positivas apenas na área conservada entre os usos e a disponibilidade local das espécies, entre VUgeral com área basal (rs=0,50; p<0,05), densidade (rs=0,50; p<0,01), dominância (rs=0,54; p<0,01), frequência (rs=0,49; p<0,05) e valor de importância (rs=0,50; p<0,05), e entre VUatual com área basal (rs=0,55; p<0,01), densidade (rs=0,55; p<0,01), dominância (rs=0,57; p<0,01), frequência (rs=0,55; p<0,01) e valor de importância (rs=0,55; p<0,01). Na análise das categorias de uso, a única que obteve correlação significativa foi combustível e apenas na área conservada entre o VU geral com área basal (rs=0,88; p<0,01), densidade (rs=0,84; p<0,01), dominância (rs=0,88; p<0,01), frequência (rs=0,84; p<0,01) e valor de importância(rs=0,85; p<0,01), e entre VU atual com área basal (rs=0,70; p<0,05), densidade (rs=0,68; p<0,05), dominância (rs=0,70; p<0,05), frequência (rs=0,68; p<0,05) e valor de importância (rs=0,70; p<0,05) (tabelas 5 a 11). Tabela 5: Espécies identificadas na categoria alimento com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. 44

45 Tabela 6: Espécies identificadas na categoria combustível com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 7: Espécies identificadas na categoria construção com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. 45

46 Tabela 8: Espécies identificadas na categoria forragem com seus respectivos valores de uso dentro da categoria na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 9: Espécies identificadas na categoria medicinal com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. 46

47 Tabela 10: Espécies identificadas na categoria tecnologia com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. Tabela 11: Espécies identificadas na categoria veterinária com seus respectivos valores de uso dentro da categoria, na comunidade de Pau D Arco, município de Itaporanga, Paraíba, Brasil. 47

48 6. DISCUSSÃO 6.1 Importância relativa vs disponibilidade A relação de uso e disponibilidade de recursos vegetais nas florestas tropicais (florestas secas e úmidas) vem sendo analisada por diversos pesquisadores (Galeano 2000, La Torre-Cuadros e Islebe 2003, Albuquerque et al. 2005; Lawrence et al. 2005, Cunha e Albuquerque 2006, Ferraz et al. 2006, Lucena et al. 2007, Ayantude et al. 2009, Thomas et al. 2009, Sousa 2011; Balcázar 2012; Lucena et al. 2012), os quais tem procurado entender essa relação utilizando a hipótese da aparência ecológica, e avaliando se a mesma é adequada na busca de tais respostas. Essa hipótese tem apresentado resultados mais robustos nas áreas de florestas tropicais úmidas, nas quais os pesquisadores têm encontrados correlações positivas entre o uso e a disponibilidade dos recursos vegetais (Phillips e Gentry 1993a,1993b; Mutchnick and McCarth, 1997, Galeano 2000, La Torre- Cuadros e Islebe 2003, Lawrence et al. 2005, Cunha e Albuquerque 2006, Thomas et al. 2009). Ayantude et al. (2009), em seu estudo realizado na África, registraram que as espécies lenhosas receberam uma maior importância relativa que as herbáceas, confirmando a relação uso e disponibilidade, na qual as espécies lenhosas são mais sujeita a utilização devido a sua dominância no ambiente em que se encontra, dessa forma confirmando a perspectiva das plantas aparentes assumidas na aparência ecológica. Nesse contexto, o presente estudo aplicou essa hipótese em uma área de Caatinga no estado da Paraíba, mas precisamente no Vale do Piancó, buscando dados para comparar com os já realizados na Caatinga (Albuquerque et al. 2005; Ferraz et al. 2006; Lucena et al. 2007; Balcázar 2012; Lucena et al. 2012), para desta forma tentar verificar se a mesma é adequada para analisar a relação do uso e disponibilidade local de recursos vegetais no semiárido nordestino, já que os esses autores encontraram respostas diferentes em seus respectivos estudos. Partindo das comparações entre os valores de uso e os dados fitossocilógicos, observou-se que na comunidade Pau D Arco obteve-se correlações positivas do VU geral e do VU atual das espécies com todos os parâmetros fitossociológicos, e somente na área conservada. Já Lucena et al. (2012), não encontrou correlações com os três tipos de VU (VU geral /VU atual / VU potencial ), mas somente com área basal e dominância. Já, em outra área de Caatinga, em Caruaru (PE), Lucena et al. (2007) só encontraram correlações, e 48

49 mesmo assim fraca, entre o VU (no caso, VU geral ) com a frequência relativa na área distante, e nenhuma correlação na área próxima a comunidade estudada. Já no presente estudo, a frequência relativa também não apresentou correlação nenhuma. As espécies que obtiveram destaque em relação a quantidades de categorias utilitárias foram Anadenanthera columbrina (seis categorias), Cronton Blanchetianus (seis categorias) e Myracrodruon urundeuva (seis categorias). Já em relação a quantidades de citações de usos, as espécies A. columbrina (80), M. urundeuva (79) e Tabebuia impetiginosa (74). A espécie que demonstrou maior quantidade de partes utilizáveis foi Ziziphus joazeiro Mart com cinco partes. O tronco (madeira) foi à parte mais utilizada com 568 citações de uso (76,54%), seguido de folha com 66 citações (8,89%) e casca com 53 citações (7,14%). As categorias que mais enquadraram espécies foram tecnologia com 21, construção com 18, e combustível com 14. A categoria que obteve menor número de espécies foi ornamental com apenas três (Figura 2). Estas mesmas categorias receberam maior número de citações, construção com 242, tecnologia com 230, e combustível com 110. As categorias mágico/religioso, ornamental e veterinário foram as menos citadas com uma, três e nove citações de uso, respectivamente. Figura 2: Distribuição de riqueza de espécies nas diferentes categorias de uso na comunidade Pau D Arco, município de Itaporanga (Paraíba, Nordeste do Brasil). Partindo para uma análise entre gêneros no que diz respeito ao domínio do conhecimento sobre a utilização das espécies, na comunidade Pau D Arco, os homens 49

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BIOMA CAATINGA: A FLORA LOCAL SOB O OLHAR DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BIOMA CAATINGA: A FLORA LOCAL SOB O OLHAR DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BIOMA CAATINGA: A FLORA LOCAL SOB O OLHAR DE ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Habyhabanne Maia de Oliveira e-mail: haby_habanne@hotmail.com Larrissa Araújo Santos e-mail:

Leia mais

Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP

Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS CAATINGA 844 Mil Km 2 (9,9%) Território Brasileiro = 9,9% Nordeste = 55,6% Cobertura Atual 30% Fonte: IBAMA 2002 Elaboração:

Leia mais

LEVANTAMENTO DAS PLANTAS NATIVAS UTILIZADAS NA DIETA DE PEQUENOS RUMINANTES NO MACIÇO DE BATURITÉ.

LEVANTAMENTO DAS PLANTAS NATIVAS UTILIZADAS NA DIETA DE PEQUENOS RUMINANTES NO MACIÇO DE BATURITÉ. LEVANTAMENTO DAS PLANTAS NATIVAS UTILIZADAS NA DIETA DE PEQUENOS RUMINANTES NO MACIÇO DE BATURITÉ. José Wilson Nascimento de Souza 1, Silas Primola Gomes 2, António Fernando de Barros Pereira Pinto 3,

Leia mais

Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN

Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN Plano De Manejo Florestal Sustentável Da Caatinga Na Região Central Do RN Mayara Freire Paiva da Silva (1) ; Marcelo da Silva Rebouças (2) ; Eduarda Ximenes Dantas (3) ; Paulo Rogério Soares de Oliveira

Leia mais

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO PRELIMINAR DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM QUIXADÁ-CE

LEVANTAMENTO FLORÍSTICO PRELIMINAR DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM QUIXADÁ-CE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO PRELIMINAR DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM QUIXADÁ-CE Jéssica Dandara da Silva Bezerra¹; Maria Amanda Menezes Silva². 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Leia mais

ESTUDO ETNOBOTÂNICO DE MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL)

ESTUDO ETNOBOTÂNICO DE MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL) 72 ESTUDO ETNOBOTÂNICO DE MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL) Rodrigo Ferreira de Sousa 1, Daniel da Silva Gomes 2, Arliston Pereira Leite 2, Suellen da Silva Santos

Leia mais

ETNOBOTÂNICA E DISTRIBUIÇÃO LOCAL DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae) NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL

ETNOBOTÂNICA E DISTRIBUIÇÃO LOCAL DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae) NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL ETNOBOTÂNICA E DISTRIBUIÇÃO LOCAL DE AROEIRA (Myracrodruon urundeuva Allemão Anacardiaceae) NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL Carlos Antônio Belarmino Alves(1); Luciene Vieira de Arruda(2); Reinaldo Farias

Leia mais

Aula 07 Os Sertões Brasileiros Caatinga (floresta branca) Savana Estépica

Aula 07 Os Sertões Brasileiros Caatinga (floresta branca) Savana Estépica Universidade Federal do Paraná Ecossistemas Brasileiros Aula 07 Os Sertões Brasileiros Caatinga (floresta branca) Savana Estépica Candido Portinari Retirantes 1944 932 sps Plantas 148 sps Mamíferos 185

Leia mais

USO E DISPONIBILIDADE DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL: UMA ANÁLISE DA HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA

USO E DISPONIBILIDADE DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL: UMA ANÁLISE DA HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA PÁGINA 110 USO E DISPONIBILIDADE DE ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS NO SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL: UMA ANÁLISE DA HIPÓTESE DA APARÊNCIA ECOLÓGICA Use and plant species native availability in semiarid of

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2012.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2012. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2012.2 Instruções: Leia atentamente cada questão antes de respondê-las

Leia mais

Definição Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos

Leia mais

OS CERRADOS. Entre as plantas do cerrado, podemos citar a sucurpira, o pequi, a copaíba, o angico, a caviúna, jatobá, lobeira e cagaita.

OS CERRADOS. Entre as plantas do cerrado, podemos citar a sucurpira, o pequi, a copaíba, o angico, a caviúna, jatobá, lobeira e cagaita. Os principais biomas brasileiros (biomas terrestres) são: A floresta Amazônica, a mata Atlântica, os campos Cerrados, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. OS CERRADOS Localizados nos estados de Goiás, Tocantins,

Leia mais

POTENCIALIDADES DA CAATINGA

POTENCIALIDADES DA CAATINGA POTENCIALIDADES DA CAATINGA João Luiz da Silva* A caatinga ocupa uma área de mais de 800.000km², atingindo todos os estados do Nordeste incluindo também parte do norte de Minas Gerais. A vegetação da caatinga

Leia mais

Parâmetros fitossociologicos do estrato arbóreo de áreas de Caatinga em sistema agrossilvipastoril 1

Parâmetros fitossociologicos do estrato arbóreo de áreas de Caatinga em sistema agrossilvipastoril 1 Parâmetros fitossociologicos do estrato arbóreo de áreas de Caatinga em sistema agrossilvipastoril 1 Carlos Mikael Mota 2, Antonio Edie Brito Mourão 2, Maria Monique de Araújo Alves 3, Henrique Rafael

Leia mais

Composição Florística dos Indivíduos Regenerantes de um Remanescente de Caatinga na Região de Pombal, PB

Composição Florística dos Indivíduos Regenerantes de um Remanescente de Caatinga na Região de Pombal, PB Composição Florística dos Indivíduos Regenerantes de um Remanescente de Caatinga na Região de Pombal, PB Flaubert Queiroga de Sousa¹; Alan Cauê de Holanda²; Ana Lícia Patriota Feliciano³; Manoel de Sousa

Leia mais

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade). BIOMAS Um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Caracterizado por um tipo principal de vegetação (Num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma

Leia mais

Critérios de Inclusão de Plantas Medicinais em Farmacopéias Tradicionais:

Critérios de Inclusão de Plantas Medicinais em Farmacopéias Tradicionais: Área temática: Etnobotânica e Medicina Tradicional Critérios de Inclusão de Plantas Medicinais em Farmacopéias Tradicionais: O CONTINUUM O CONTINUUM ALIMENTO-MEDICINA ALIMENTO-MEDICINA Dimensões para discussão

Leia mais

PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE

PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE PROPOSTAS PARA CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO PARQUE ESTADUAL SERRA DO AREAL E REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE RIACHO PONTAL PETROLINA/PE ASPECTOS LEGAIS Lei Federal nº 9.985/2000 Institui o Sistema Nacional

Leia mais

Cadeia Produtiva da Silvicultura

Cadeia Produtiva da Silvicultura Cadeia Produtiva da Silvicultura Silvicultura É a atividade que se ocupa do estabelecimento, do desenvolvimento e da reprodução de florestas, visando a múltiplas aplicações, tais como: a produção de madeira,

Leia mais

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS Profº Gustavo Silva de Souza Os Biomas Brasileiros O Brasil possui grande diversidade climática e por isso apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIEÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA DEFESA DE MONOGRAFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIEÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA DEFESA DE MONOGRAFIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIEÊNCIAS FLORESTAIS E DA MADEIRA DEFESA DE MONOGRAFIA ANÁLISE ESPACIAL DOS REMANESCENTES FLORESTAIS DO BIOMA MATA ATLÂNTICA

Leia mais

Experiências Agroflorestais na Comunidade de Boqueirão. Renato Ribeiro Mendes Eng. Florestal, Msc

Experiências Agroflorestais na Comunidade de Boqueirão. Renato Ribeiro Mendes Eng. Florestal, Msc Experiências Agroflorestais na Comunidade de Boqueirão Renato Ribeiro Mendes Eng. Florestal, Msc Localização da área de estudo Dados Climáticos da Região Clima Tropical semi-úmido, com 4 a 5 meses de seca

Leia mais

Herança dos saberes tradicionais sobre plantas nativas da caatinga no Sítio Sabiá, Juazeiro do Norte, CE, Brasil.

Herança dos saberes tradicionais sobre plantas nativas da caatinga no Sítio Sabiá, Juazeiro do Norte, CE, Brasil. 11289 - Herança dos saberes tradicionais sobre plantas nativas da caatinga no Sítio Sabiá, Juazeiro do Norte, CE, Brasil. Inheritance of traditional knowledge about plants native to the caatinga in the

Leia mais

Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas

Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas Comparação de Variáveis Meteorológicas Entre Duas Cidades Litorâneas F. D. A. Lima 1, C. H. C. da Silva 2, J. R. Bezerra³, I. J. M. Moura 4, D. F. dos Santos 4, F. G. M. Pinheiro 5, C. J. de Oliveira 5

Leia mais

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia Biomas do Brasil Ciências Humanas e suas Tecnologias Professor Alexson Costa Geografia Biomas Biomas: conjunto de diversos ecossistemas. Ecossistemas: conjunto de vida biológico. Biomassa: é quantidade

Leia mais

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas VEGETAÇÃO BRASILEIRA DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas Floresta Amazônica ou Equatorial Características: Latifoliada,

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A CULTURA DA MANGABA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A CULTURA DA MANGABA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A CULTURA DA MANGABA Embrapa Brasília, DF 2015 Coleção Plantar, 73 Produção

Leia mais

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Prof ª Gustavo Silva de Souza O bioma pode ser definido, segundo o IBGE, como um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de

Leia mais

Estratégias para a Redução das Vulnerabilidades da Biodiversidade da Caatinga

Estratégias para a Redução das Vulnerabilidades da Biodiversidade da Caatinga SECRETARIA DE EXTRATIVISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL SEDR/MMA DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMETNO RURAL SUSTENTÁVEL Estratégias para a Redução das Vulnerabilidades da Biodiversidade da Caatinga JOÃO

Leia mais

POTENCIAL DE REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS NATIVAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

POTENCIAL DE REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS NATIVAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO POTENCIAL DE REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS NATIVAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Documento Síntese Vitória ES Março de 2014 1 POTENCIAL DE REGENERAÇÃO NATURAL DE FLORESTAS NATIVAS

Leia mais

Germinação de sementes de espécies nativas da Caatinga em cenários futuros de mudanças climáticas

Germinação de sementes de espécies nativas da Caatinga em cenários futuros de mudanças climáticas Germinação de sementes de espécies nativas da Caatinga em cenários futuros de mudanças climáticas Barbara F. Dantas Embrapa Semiárido barbara.dantas@embrapa.br O futuro clima do Brasil Marengo, 2014, Revista

Leia mais

ANÁLISE ESTATÍSTICA DO REGIME PLUVIOMÉTRICO E DE SUA TENDÊNCIA PARA OS MUNICÍPIOS DE PORTO DE PEDRAS, PALMEIRA DOS ÍNDIOS E ÁGUA BRANCA

ANÁLISE ESTATÍSTICA DO REGIME PLUVIOMÉTRICO E DE SUA TENDÊNCIA PARA OS MUNICÍPIOS DE PORTO DE PEDRAS, PALMEIRA DOS ÍNDIOS E ÁGUA BRANCA ANÁLISE ESTATÍSTICA DO REGIME PLUVIOMÉTRICO E DE SUA TENDÊNCIA PARA OS MUNICÍPIOS DE PORTO DE PEDRAS, PALMEIRA DOS ÍNDIOS E ÁGUA BRANCA Alaerte da Silva Germano 1, Rosiberto Salustino da Silva Júnior,

Leia mais

USO E CONHECIMENTO DE ESPÉCIES VEGETAIS ÚTEIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL).

USO E CONHECIMENTO DE ESPÉCIES VEGETAIS ÚTEIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL). 133 USO E CONHECIMENTO DE ESPÉCIES VEGETAIS ÚTEIS EM UMA COMUNIDADE RURAL NO VALE DO PIANCÓ (PARAÍBA, NORDESTE, BRASIL). Arliston Pereira Leite 1, Kamila Marques Pedrosa 2, Camilla Marques de Lucena 3,

Leia mais

ANÁLISE DA TEMPERATURA DO AR EM AREIA - PB, EM ANOS DE OCORRÊNCIA DE EL NIÑO

ANÁLISE DA TEMPERATURA DO AR EM AREIA - PB, EM ANOS DE OCORRÊNCIA DE EL NIÑO ANÁLISE DA TEMPERATURA DO AR EM AREIA - PB, EM ANOS DE OCORRÊNCIA DE EL NIÑO T. S. A. da COSTA (1) ; J. F. da COSTA FILHO (2) ; D. C. BARACHO (3) ; T. S. dos SANTOS (4) ; E. C. S. MARINHO (5). 1 Eng. Agrônoma,

Leia mais

Ecossistemas Brasileiros

Ecossistemas Brasileiros Campos Sulinos Ecossistemas Brasileiros Estepe (IBGE, 1991) Mosaico campoflorestal Campos Sulinos Estepe (Campos Gerais e Campanha Gaúcha): Vegetação gramíneo-lenhosa com dupla estacionalidade (Frente

Leia mais

MATA ATLÂNTICA Geografia 5 º ano Fonte: Instituto Brasileiro de Florestas

MATA ATLÂNTICA Geografia 5 º ano Fonte: Instituto Brasileiro de Florestas MATA ATLÂNTICA Geografia 5 º ano Fonte: Instituto Brasileiro de Florestas Bioma Mata Atlântica Este bioma ocupa uma área de 1.110.182 Km², corresponde 13,04% do território nacional e que é constituída

Leia mais

Empresa Júnior de Consultoria Florestal ECOFLOR Brasília/DF Tel: (61)

Empresa Júnior de Consultoria Florestal ECOFLOR Brasília/DF Tel: (61) UTILIZAÇÃO DE IMAGENS LANDSAT5 EM ÉPOCAS ESTACIONAIS DIFERENTES NA INTERPRETAÇÃO DO USO ANTRÓPICO Beatriz Garcia Nascimento 1,2,Patrícia Gimenez Carluccio 1,2 Bianca Vigo Groetaers Vianna 1,2, Bruno Mariani

Leia mais

EFEITOS DAS ESTRADAS NA FRAGMENTAÇÃO AMBIENTAL NO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL SIANE CAMILA LUZZI¹, PAULO AFONSO HARTMANN²

EFEITOS DAS ESTRADAS NA FRAGMENTAÇÃO AMBIENTAL NO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL SIANE CAMILA LUZZI¹, PAULO AFONSO HARTMANN² EFEITOS DAS ESTRADAS NA FRAGMENTAÇÃO AMBIENTAL NO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL SIANE CAMILA LUZZI¹, PAULO AFONSO HARTMANN² 1 Engenheira Ambiental formada pela Universidade Federal da Fronteira Sul, campus

Leia mais

Governo do Estado da Paraíba. Ricardo Vieira Coutinho Governador. Rômulo José de Gouveia Vice-Governador

Governo do Estado da Paraíba. Ricardo Vieira Coutinho Governador. Rômulo José de Gouveia Vice-Governador Governo do Estado da Paraíba Ricardo Vieira Coutinho Governador Rômulo José de Gouveia Vice-Governador Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca Marenilson Batista da Silva Secretário

Leia mais

FLUTUAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM ALAGOA NOVA, PARAÍBA, EM ANOS DE EL NIÑO

FLUTUAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM ALAGOA NOVA, PARAÍBA, EM ANOS DE EL NIÑO FLUTUAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO EM ALAGOA NOVA, PARAÍBA, EM ANOS DE EL NIÑO Vicente de Paulo Rodrigues da Silva 1 ; Raimundo Mainar de Medeiros 2 ; Manoel Francisco Gomes Filho 1 1 Prof. Dr. Unidade Acadêmica

Leia mais

LEVANTAMENTO E MANEJO ECOLÓGICO DE PRAGAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF S): ESTUDO DE CASO DE UM SAF SUCESSIONAL NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL

LEVANTAMENTO E MANEJO ECOLÓGICO DE PRAGAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF S): ESTUDO DE CASO DE UM SAF SUCESSIONAL NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL LEVANTAMENTO E MANEJO ECOLÓGICO DE PRAGAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF S): ESTUDO DE CASO DE UM SAF SUCESSIONAL NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL PROJETO DE PESQUISA PROFESSOR: MARCELO TAVARES DE CASTRO ALUNA:

Leia mais

ANÁLISE DE CONTEÚDO SOBRE O BIOMA CAATINGA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO. Apresentação: Pôster

ANÁLISE DE CONTEÚDO SOBRE O BIOMA CAATINGA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO. Apresentação: Pôster ANÁLISE DE CONTEÚDO SOBRE O BIOMA CAATINGA EM LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO Apresentação: Pôster Danilo Dantas da Silva 1 ; Laiane Firmo de Lima 1 ; Raquel Maria da Conceição 1 ; Dalila Regina Mota

Leia mais

Fonte:

Fonte: com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente; Fonte: http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/biomas.html O Brasil é formado por seis (6) BIOMAS de características

Leia mais

MONITORAMENTO AMBIENTAL: A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMI-ARIDO DO NORDESTE BRASILEIRO

MONITORAMENTO AMBIENTAL: A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMI-ARIDO DO NORDESTE BRASILEIRO MONITORAMENTO AMBIENTAL: A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NO TRÓPICO SEMIARIDO DO NORDESTE BRASILEIRO SÁ I.B. de 1 1. INTRODUÇÃO O Nordeste brasileiro, sobretudo sua porção semiárida, vem sofrendo cada vez mais

Leia mais

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA

SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA SISTEMA DE PLANTIO E PRODUTIVIDADE DA MAMONEIRA CULTIVADA EM ÁREA DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE CASA NOVA-BA Marcos Antonio Drumond 1, José Barbosa dos Anjos 2 e Luiz Balbino Morgado 3 Embrapa Semi-Árido

Leia mais

BIOMAS BRASILEIROS. - Biodiversidade - Principais características - Importância. Por Priscila de Souza Bezerra

BIOMAS BRASILEIROS. - Biodiversidade - Principais características - Importância. Por Priscila de Souza Bezerra BIOMAS BRASILEIROS - Biodiversidade - Principais características - Importância Por Priscila de Souza Bezerra O que são biomas? (bios=vida; omas= massa,grupo) Conjunto de ecossistemas com características

Leia mais

PFNM: conceitose importância

PFNM: conceitose importância Universidade Federal de Rondônia Curso de Eng. Florestal Manejo de produtos florestais não madeireiros PFNM: conceitose importância Emanuel Maia emanuel@unir.br www.emanuel.acagea.net Apresentação Introdução

Leia mais

Uso da terra na bacia hidrográfica do alto rio Paraguai no Brasil

Uso da terra na bacia hidrográfica do alto rio Paraguai no Brasil 102 Resumos Expandidos: XI Mostra de Estagiários e Bolsistas... Uso da terra na bacia hidrográfica do alto rio Paraguai no Brasil Cezar Freitas Barros 1 João dos Santos Vila da Silva 2 Resumo: Busca-se

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

Caracterização geral da população e do clima de 3 municípios do semiárdo do nordeste brasileiro para o período

Caracterização geral da população e do clima de 3 municípios do semiárdo do nordeste brasileiro para o período Trabalho final da disciplina CST310-População, Espaço e Meio Ambiente Caracterização geral da população e do clima de 3 municípios do semiárdo do nordeste brasileiro para o período 1991-2010 Rosa Carolina

Leia mais

A FALTA DE CHUVAS E AS DIFICULDADES PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES DO SEMI-ÁRIDO ALIMENTAREM OS ANIMAIS NA SECA

A FALTA DE CHUVAS E AS DIFICULDADES PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES DO SEMI-ÁRIDO ALIMENTAREM OS ANIMAIS NA SECA A FALTA DE CHUVAS E AS DIFICULDADES PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES DO SEMI-ÁRIDO ALIMENTAREM OS ANIMAIS NA SECA Nilton de Brito Cavalcanti, Geraldo Milanez de Resende, Luiza Teixeira de Lima Brito. Embrapa

Leia mais

Composição florística de um fragmento de caatinga do município de Itapetim, Pernambuco

Composição florística de um fragmento de caatinga do município de Itapetim, Pernambuco SCIENTIA PLENA VOL. 8, NUM. 4 2012 www.scientiaplena.org.br Composição florística de um fragmento de caatinga do município de Itapetim, Pernambuco E. C. A. Silva 1 ; I. S. Lopes 1 ; J. L. Silva 1 1 Programa

Leia mais

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP.

TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP. TÍTULO: A INFLUÊNCIA DA FRAGMENTAÇÃO DE HABITATS E PERDA DA BIODIVERSIDADE: ESTUDO DE CASO DA MATA DOS MACACOS EM SANTA FÉ DO SUL - SP. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ECOLOGIA

Leia mais

Prof.: Anderson José Soares (Unama) A Região Nordeste apresenta aspectos bem diferenciados no seu espaço geográfico, como...

Prof.: Anderson José Soares (Unama) A Região Nordeste apresenta aspectos bem diferenciados no seu espaço geográfico, como... GOIÂNIA, / / 2015 No Anhanguera você é Prof.: Anderson José Soares DISCIPLINA: Geografia SÉRIE:7º ALUNO (a): + Enem Lista de atividades P2 Bimestre:2 01 - O Nordeste é a região que possui a maior quantidade

Leia mais

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA.

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA. HIRAI, Eliana Harumi ; CARVALHO, João Olegário Pereira de. INTRODUÇÃO

Leia mais

Leia o texto a seguir para fazer as lições de Língua Portuguesa.

Leia o texto a seguir para fazer as lições de Língua Portuguesa. Troca do livro Lições de Francês, Língua Portuguesa, História 5º A 5º B e C e Vivência Religiosa 5º ano terça-feira quinta-feira Semana de 5 a 9 de junho 2017. Leia o texto a seguir para fazer as lições

Leia mais

CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS

CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS CLIMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS Anglo Atibaia 1º ano Aulas 42 46 Professor Marcelo Gameiro CLIMAS DO MUNDO Climas do mundo Baixa latitude Média latitude Alta latitude ZONA INTERTROPICAL ZONA TEMPERADA ZONA

Leia mais

Usos múltiplos de espécies nativas do bioma Cerrado no Acampamento Terra Firme, Uberlândia (MG)

Usos múltiplos de espécies nativas do bioma Cerrado no Acampamento Terra Firme, Uberlândia (MG) Usos múltiplos de espécies nativas do bioma Cerrado no Acampamento Terra Firme, Uberlândia (MG) Multiple uses of native species of the Cerrado biome on Camp Terra Firme, Uberlandia (MG) Kita, Ana Marcela

Leia mais

Ecological Apparency Hypothesis and Availability of Useful Plants: Testing different use values

Ecological Apparency Hypothesis and Availability of Useful Plants: Testing different use values Ecological Apparency Hypothesis and Availability of Useful Plants: Testing different use values Research João Everthon da Silva Ribeiro, Thamires Kelly Nunes Carvalho, João Paulo de Oliveira Ribeiro, Natan

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO UNIDADES DE CONSERVAÇÃO As florestas e demais formas de vegetação são reconhecidas no Brasil como bens de interesse comum a todos os habitantes do país, sendo que algumas destas áreas, legalmente determinadas

Leia mais

FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7

FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7 FORMAÇÕES VEGETACIONAIS AULA 7 Climas quentes Clima Equatorial Quente e úmido; Médias térmicas entre 24 a 28 C; Baixa amplitude térmica; Elevado índice pluviométrico, acima de 2.000 mm; Ex: Amazônia, Floresta

Leia mais

Registro de Visitantes Florais de Anadenanthera colubrina (VELL.) Brenan Leguminosae), em Petrolina, PE

Registro de Visitantes Florais de Anadenanthera colubrina (VELL.) Brenan Leguminosae), em Petrolina, PE Registro de Visitantes Florais de Anadenanthera colubrina (VELL.) Brenan 35 Registro de Visitantes Florais de Anadenanthera colubrina (VELL.) Brenan Leguminosae), em Petrolina, PE Occurrence Records of

Leia mais

UM ESTUDO SOBRE A VEGETAÇÃO NATIVA DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO JABRE, NA SERRA DO TEIXEIRA, PARAÍBA

UM ESTUDO SOBRE A VEGETAÇÃO NATIVA DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO JABRE, NA SERRA DO TEIXEIRA, PARAÍBA UM ESTUDO SOBRE A VEGETAÇÃO NATIVA DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO JABRE, NA SERRA DO TEIXEIRA, PARAÍBA 1 José Ozildo dos Santos; 1 Rosélia Maria de Sousa Santos; 2 Patrício Borges Maracajá RESUMO 1Centro

Leia mais

Geografia. Clima. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Clima. Professor Luciano Teixeira. Geografia Clima Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia CLIMA O Estado está inserido na zona intertropical. Duas tipologias climáticas dominam o Estado de Pernambuco, cada qual

Leia mais

RISCO CLIMÁTICO PARA O CULTIVO DE MILHO DEPENDENTE DE CHUVA: QUATRO CASOS NO SEMI-ÁRIDO

RISCO CLIMÁTICO PARA O CULTIVO DE MILHO DEPENDENTE DE CHUVA: QUATRO CASOS NO SEMI-ÁRIDO RISCO CLIMÁTICO PARA O CULTIVO DE MILHO DEPENDENTE DE CHUVA: QUATRO CASOS NO SEMI-ÁRIDO Everaldo Rocha Porto, Engº Agrº, Ph.D., Fernando Luís Garagorry, Matemático, Ph.D. Luiza Teixeira de Lima Brito,

Leia mais

POTENCIALIDADES E RIQUEZAS NATURAIS DO SEMIÁRIDO: A SERRA DE SANTA CATARINA COMO ÁREA DE EXCESSÃO

POTENCIALIDADES E RIQUEZAS NATURAIS DO SEMIÁRIDO: A SERRA DE SANTA CATARINA COMO ÁREA DE EXCESSÃO POTENCIALIDADES E RIQUEZAS NATURAIS DO SEMIÁRIDO: A SERRA DE SANTA CATARINA COMO ÁREA DE EXCESSÃO Elânia Daniele Silva Araújo; Estanley Pires Ribeiro; Emanuele Barbosa dos Santos; Jonas Otaviano Praça

Leia mais

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016 1 EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA- PESCA E AQUICULTURA FUNDAÇÃO AGRISUS RELATÓRIO PARCIAL-01/10/2016 CONSÓRCIO DE MILHO COM BRAQUIÁRIA: COMPREENDENDO OS RISCOS DO ESTRESSE HÍDRICO NA

Leia mais

Uso e conhecimento da aroeira (Myracrodruon urundeuva) por comunidades tradicionais no Semiárido brasileiro

Uso e conhecimento da aroeira (Myracrodruon urundeuva) por comunidades tradicionais no Semiárido brasileiro R. F. P. Lucena et al. Conhecimento tradicional da aroeira (Myracrodruon urundeuva) e conhecimento da aroeira (Myracrodruon urundeuva) por comunidades tradicionais no Semiárido brasileiro 255 Reinaldo

Leia mais

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA Definição de DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS: Pode ser compreendido como uma região que apresenta elementos naturais específicos que interagem resultando em uma determinada

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Embrapa Belém, PA 2014 CARACTERIZAÇÃO FENOLÓGICA DA ESPÉCIE Catharanthus roseus

Leia mais

O GÊNERO RUELLIA L. (ACANTHACEAE) NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

O GÊNERO RUELLIA L. (ACANTHACEAE) NO SEMIÁRIDO PARAIBANO O GÊNERO RUELLIA L. (ANTHACEAE) NO SEMIÁRIDO PARAIBANO Fernanda Kalina da Silva Monteiro1; José Iranildo Miranda de Melo1 1 Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento

Leia mais

Agricultura Brasileira: importância, perspectivas e desafios para os profissionais dos setores agrícolas e florestais

Agricultura Brasileira: importância, perspectivas e desafios para os profissionais dos setores agrícolas e florestais Agricultura Brasileira: importância, perspectivas e desafios para os profissionais dos setores agrícolas e florestais Claudio Aparecido Spadotto* A importância da agricultura brasileira Nesse texto o termo

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO CONTEXTO DO BIOMA CAATINGA: O CASO DO MONUMENTO NATURAL DOS MONÓLITOS DE QUIXADÁ CE

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO CONTEXTO DO BIOMA CAATINGA: O CASO DO MONUMENTO NATURAL DOS MONÓLITOS DE QUIXADÁ CE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO CONTEXTO DO BIOMA CAATINGA: O CASO DO MONUMENTO NATURAL DOS MONÓLITOS DE QUIXADÁ CE SAMUEL ANTÔNIO MIRANDA DE SOUSA (MESTRADO ACADÊMICO EM GEOGRAFIA-UECE, samueldesousa@gmail.com)

Leia mais

GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL

GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL (26/10/2016 às 15h ) 1) Há um domínio morfoclimático brasileiro, que está situado em zona climática temperada, mas ainda sob efeito dos trópicos, por isso in uenciado por um

Leia mais

ESTIMATIVA DE SUCESSO DA AGRICULTURA DEPENDENTE DE CHUVA PARA DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO: UM ESTUDO DE CASO COM O MILHO EM TRÊS MUNICIPIOS DO PIAUÍ

ESTIMATIVA DE SUCESSO DA AGRICULTURA DEPENDENTE DE CHUVA PARA DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO: UM ESTUDO DE CASO COM O MILHO EM TRÊS MUNICIPIOS DO PIAUÍ ESTIMATIVA DE SUCESSO DA AGRICULTURA DEPENDENTE DE CHUVA PARA DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO: UM ESTUDO DE CASO COM O MILHO EM TRÊS MUNICIPIOS DO PIAUÍ Everaldo Rocha Porto 1. Fernando Luís Garagorry 2.

Leia mais

2 Histórico e tendências atuais da recuperação ambiental

2 Histórico e tendências atuais da recuperação ambiental 2 Histórico e tendências atuais da recuperação ambiental Danilo Sette de Almeida SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros ALMEIDA, DS. Histórico e tendências atuais da recuperação ambiental. In: Recuperação

Leia mais

INCIDÊNCIA DE INSETOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE HORTALIÇAS PRÓXIMAS A UM SISTEMA AGROFLORESTAL NO DISTRITO FEDERAL PROJETO DE PESQUISA

INCIDÊNCIA DE INSETOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE HORTALIÇAS PRÓXIMAS A UM SISTEMA AGROFLORESTAL NO DISTRITO FEDERAL PROJETO DE PESQUISA INCIDÊNCIA DE INSETOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE HORTALIÇAS PRÓXIMAS A UM SISTEMA AGROFLORESTAL NO DISTRITO FEDERAL PROJETO DE PESQUISA PROFESSOR: MARCELO TAVARES DE CASTRO ALUNO: EDNEI PEREIRA DO PRADO CURSO:

Leia mais

Construindo pontes entre saberes

Construindo pontes entre saberes Construindo pontes entre saberes Características do enfoque científico convencional Reducionismo Mecanicismo Universalismo Agroecossistema como objeto de organização do conhecimento na pesquisa em

Leia mais

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DO SUB-MÉDIO SÃO FRANCISCO EM EVENTOS CLIMÁTICOS DE EL NIÑO E LA NIÑA

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DO SUB-MÉDIO SÃO FRANCISCO EM EVENTOS CLIMÁTICOS DE EL NIÑO E LA NIÑA ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DO SUB-MÉDIO SÃO FRANCISCO EM EVENTOS CLIMÁTICOS DE EL NIÑO E LA NIÑA. Ana Paula Lima Marques da Silva 1 ; Otto Corrêa Rotunno Filho 2 ; Isimar de Azevedo Santos 3, Cláudio

Leia mais

Geografia. Prof. Franco.

Geografia. Prof. Franco. Geografia Prof. Franco Email: ffrancogeo@bol.com.br BIOMAS Bioma Tundra Taiga (Florestas Boreais) Florestas Temperadas Precipitação e umidade umidade e chuva moderadas umidade e chuva moderadas chuva

Leia mais

APLICAÇÕES DO MÉTODO DE VALORAÇÃO CONTINGENTE NO BRASIL: Um estudo de caso das regiões Norte e Nordeste

APLICAÇÕES DO MÉTODO DE VALORAÇÃO CONTINGENTE NO BRASIL: Um estudo de caso das regiões Norte e Nordeste APLICAÇÕES DO MÉTODO DE VALORAÇÃO CONTINGENTE NO BRASIL: Um estudo de caso das regiões Norte e Nordeste Leila Divina Cintra 1, Joana D arc Bardella Castro 2 1 Graduanda em Ciências Econômicas, Universidade

Leia mais

I Fórum sobre Controle da Verminose em Pequenos Ruminantes no Nordeste Brasileiro

I Fórum sobre Controle da Verminose em Pequenos Ruminantes no Nordeste Brasileiro I Fórum sobre Controle da Verminose em Pequenos Ruminantes no Nordeste Brasileiro Laboratório de Doenças Parasitárias do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da

Leia mais

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ Medeiros, R.M. (1) ; Santos, D.C. (1) ; Correia, D. S, (1) ; Oliveira, V.G (1) ; Rafael, A. R. (1) mainarmedeiros@gmail.com (1) Universidade

Leia mais

05/05/2013. O que perdemos quando perdemos diversidade biológica? O VALOR DA BIODIVERSIDADE Quem notou que hoje há 150 espécies menos que ontem?

05/05/2013. O que perdemos quando perdemos diversidade biológica? O VALOR DA BIODIVERSIDADE Quem notou que hoje há 150 espécies menos que ontem? O VALOR DA BIODIVERSIDADE Quem notou que hoje há 150 espécies menos que ontem? O que perdemos quando perdemos diversidade biológica? - O valor da Biodiversidade Valor instrumental ou utilitário Valor intrínseco

Leia mais

NOVO MAPA NO BRASIL?

NOVO MAPA NO BRASIL? NOVO MAPA NO BRASIL? Como pode acontecer A reconfiguração do mapa do Brasil com os novos Estados e Territórios só será possível após a aprovação em plebiscitos, pelos poderes constituídos dos respectivos

Leia mais

Manejo Florestal na Chapada do Araripe: Uma Técnica de Combate à Desertificação

Manejo Florestal na Chapada do Araripe: Uma Técnica de Combate à Desertificação Manejo Florestal na Chapada do Araripe: Uma Técnica de Combate à Desertificação Iêdo Bezerra Sá 1 ; Marcos Antonio Drumond¹; Tony Jarbas Ferreira Cunha 2 ; Tatiana Aiako Taura 3 Resumo O presente trabalho

Leia mais

Distribuição Da Precipitação Média Na Bacia Do Riacho Corrente E Aptidões Para Cultura Do Eucalipto

Distribuição Da Precipitação Média Na Bacia Do Riacho Corrente E Aptidões Para Cultura Do Eucalipto Distribuição Da Precipitação Média Na Bacia Do Riacho Corrente E Aptidões Para Cultura Do Eucalipto Jailson Silva Machado ( ¹ ) ; João Batista Lopes da Silva (2) ; Francisca Gislene Albano (3) ; Ilvan

Leia mais

Soc o i c o i - o B - io i d o i d v i e v r e si s da d de do Brasil

Soc o i c o i - o B - io i d o i d v i e v r e si s da d de do Brasil Socio-Biodiversidade do Brasil Megabiodiversidade Brasileira BRASIL: Principais Estatísticas Ano Base 2008 População total 184 milhões Área total 851 milhões ha Área florestal por habitante 2,85 ha Proporção

Leia mais

Anais do III Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais

Anais do III Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais OCORRÊNCIA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS NO ESTADO DO PARANÁ NO ANO DE 2011 Heitor Renan Ferreira, Alexandre França Tetto, Antonio Carlos Batista Departamento de Ciências Florestais Universidade Federal do Paraná,

Leia mais

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho Atualmente, pode-se dizer que um dos aspectos mais importantes no manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho refere-se à época de aplicação e

Leia mais

Projeto Agrupado de Reflorestamento na Área de Proteção Ambiental do Pratigi. OCT Organização de Conservação da Terra do Sul da Bahia Volney Fernandes

Projeto Agrupado de Reflorestamento na Área de Proteção Ambiental do Pratigi. OCT Organização de Conservação da Terra do Sul da Bahia Volney Fernandes Folha de rosto CCB i.nome do projeto: ii. Localização do projeto iii. Proponente do projeto iv. Auditor Projeto Agrupado de Reflorestamento na Área de Proteção Ambiental do Pratigi Bahia, Brasil OCT Organização

Leia mais

I Congreso Internacional de Biodiversidad del Escudo Guayanés Santa Elena de Uairén Venezuela de Marzo / 2006

I Congreso Internacional de Biodiversidad del Escudo Guayanés Santa Elena de Uairén Venezuela de Marzo / 2006 Biodiversidad (e ecosistemas) de las sabanas de rio Branco, Roraima, Brasil Dr. Reinaldo Imbrozio Barbosa INPA-Roraima I Congreso Internacional de Biodiversidad del Escudo Guayanés Santa Elena de Uairén

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA UTILIZAÇÃO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO SERTÃO PARAIBANO

DIAGNÓSTICO DA UTILIZAÇÃO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO SERTÃO PARAIBANO DIAGNÓSTICO DA UTILIZAÇÃO DE CISTERNAS PARA ARMAZENAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS NO SERTÃO PARAIBANO Jéssica Araújo Leite Martildes 1 ; Elisângela Maria da Silva 2 Universidade Federal de Campina Grande UFCG

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA SOBRE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO

CONSULTA PÚBLICA SOBRE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO CONSULTA PÚBLICA SOBRE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO A Araupel, empresa 100% brasileira, é um dos maiores players nacionais dos setores de reflorestamento e beneficiamento de produtos de alto padrão

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS PETROLINA ZONA RURAL CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS PETROLINA ZONA RURAL CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO CAMPUS PETROLINA ZONA RURAL CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA FITOSSOCIOLOGIA DO EXTRATO ARBÓREO DE UM FRAGMENTO DE CAATINGA -

Leia mais

Restauração Florestal de Áreas Degradadas

Restauração Florestal de Áreas Degradadas Restauração Florestal de Áreas Degradadas Seminário Paisagem, conservação e sustentabilidade financeira: a contribuição das RPPNs para a biodiversidade paulista 11/11/ 2016 Espírito Santo do Pinhal (SP)

Leia mais

TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS NO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO PETROLINA-PE/JUAZEIRO-BA. ANTÔNIO H. de C. TEIXEIRA 1

TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS NO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO PETROLINA-PE/JUAZEIRO-BA. ANTÔNIO H. de C. TEIXEIRA 1 TENDÊNCIAS CLIMÁTICAS NO CENTRO DE DESENVOLVIMENTO PETROLINA-PE/JUAZEIRO-BA ANTÔNIO H. de C. TEIXEIRA 1 1 Eng. Agrônomo, Pesq. III, Depto. de Agrometeorologia, Embrapa Semiárido, Petrolina/PE, Fone: (0

Leia mais

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável

Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve. Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável Nuno de Santos Loureiro Universidade do Algarve Combate à Desertificação e Desenvolvimento Sustentável 1992, Junho Na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de

Leia mais

BIOMAS BRASILEIROS PROF.ª ALEXANDRA M. TROTT

BIOMAS BRASILEIROS PROF.ª ALEXANDRA M. TROTT BIOMAS BRASILEIROS PROF.ª ALEXANDRA M. TROTT Biomas: Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional,

Leia mais

Estado dos palmeirais de Phoenix atlân-ca em Cabo Verde. Maria da Cruz Gomes Soares Eng.ª Florestal

Estado dos palmeirais de Phoenix atlân-ca em Cabo Verde. Maria da Cruz Gomes Soares Eng.ª Florestal Estado dos palmeirais de Phoenix atlân-ca em Cabo Verde Maria da Cruz Gomes Soares Eng.ª Florestal Plano de Apresentação Breve caracterização de Cabo Verde Floresta em Cabo Verde Estado dos palmeirais

Leia mais