WELLINGTON ROMUALDO DE ALMEIDA MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DA ILHA BIMBARRAS, REGIÃO NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA, BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "WELLINGTON ROMUALDO DE ALMEIDA MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DA ILHA BIMBARRAS, REGIÃO NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA, BRASIL"

Transcrição

1 WELLINGTON ROMUALDO DE ALMEIDA MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DA ILHA BIMBARRAS, REGIÃO NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA, BRASIL FEIRA DE SANTANA BA 2013

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA MACROALGAS MARINHAS BENTÔNICAS DA ILHA BIMBARRAS, REGIÃO NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA, BRASIL WELLINGTON ROMUALDO DE ALMEIDA Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Botânica. ORIENTADOR: PROF. DR. CARLOS WALLACE DO NASCIMENTO MOURA (UEFS) CO-ORIENTADORA: PROFA. DRA. SILVIA MARIA PITA DE BEAUCLAIR GUIMARÃES (IBT-SP) FEIRA DE SANTANA BA 2013

3

4

5 Aos meus pais, por contribuírem sempre.

6 A Taxonomia, a mais subestimada de todas as Ciências, é a pedra fundamental das disciplinas históricas. Stephen Jay Gould

7 Agradecimentos A realização deste trabalho teve o apoio e auxílio de diversas instituições e pessoas. Nesse momento, gostaria de agradecer: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa de Mestrado. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), pelo financiamento de parte da pesquisa e pelo auxílio financeiro para a realização das coletas. À Universidade Estadual de Feira de Santana, pelo apoio logístico, e ao Programa de Pós-Graduação em Botânica (PPGBot) pelo auxílio financeiro concedido para a realização de visitas a universidades e instituições de pesquisa nacionais e para a participação em eventos científicos. Ao Prof. Dr. Carlos Wallace do Nascimento Moura, pela orientação, amizade, confiança, apoio em todos os momentos do trabalho, e principalmente, por sempre ter contribuído em minha formação profissional com seus conselhos e ensinamentos. À Profa. Dra. Silvia Maria Pita Beauclair Guimarães, por aceitar a co-orientação deste trabalho, pelo auxílio prestado na confirmação da identificação taxonômica de algumas espécies, pelas sugestões e leitura criteriosa de grande parte do texto. Obrigado pelo apoio prestado durante minha passagem pelo Instituto de Botânica (IBt) e pela solicitude demonstrada em todos nossos contatos. Agradeço também, à Dra. Nair Yokoia por esclarecer as dúvidas sobre o cultivo de algas verdes monostromáticas, e à Dra. Mutue Toyota Fujii pela sua atenção, disponibilidade e acesso à sua biblioteca. À Profa. Dra. Maria Beatriz de Barros Barreto, pelo auxílio na identificação das espécies de Ceramiaceae. Obrigado pela amizade, apoio e auxílios prestados durante minha estadia na cidade do Rio de Janeiro. À Profa. Dra. Maria Teresa Menezes de Széchy, pela solicitude, auxílio na identificação das espécies de Sargassum e pelos esclarecimentos sobre aspectos da taxonomia desse gênero. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana, por contribuírem em minha formação acadêmica, e às secretárias Adriana Estrela e Gardênia Aires pelas informações e auxílio prestado em todos os momentos solicitados.

8 Aos residentes do alojamento do Instituto de Botânica, pela troca de experiências, amizade, convivência e receptividade durante toda minha estadia na cidade de São Paulo, e os funcionários, especialmente à Sra. Dinorah, pela atenção e presteza. Ao pessoal do Laboratório de Ficologia da Universidade Estadual de Feira de Santana: à bióloga MSc. Kátia Lidiane Moniz-Brito, pelo tombamento no HUEFS de todo material analisado, organização de exsicatas, revisões de artigos e do texto da dissertação; à MSc. Aigara Miranda Alves, pelo auxílio na identificação das espécies de Cladophorophyceae, pelas leituras e sugestões feitas ao trabalho; à Profa. MSc. Alana Araujo dos Santos, por sempre estar disposta a ajudar na identificação das Rhodophyta, pelas leituras e sugestões feitas ao trabalho; a Geraldo José Peixoto Ramos, colega, amigo e companheiro de bancada nesses últimos anos, pela amizade, confiança, troca de conhecimentos, conversas, e também pelo compartilhamento de angústias, preocupações e conquistas oriundas deste trabalho; à Dra. Ivania Batista de Oliveira, pelo apoio e amizade; à Camila dos Anjos Ribeiro, pela boa convivência e amizade; à Daniela Dias Silva dos Reis, pelo auxílio prestado na herborização e tombamento do material analisado; à Jamile Santana Bento, pela solicitude, companheirismo e auxílio prestado em quase todas as coletas realizadas e pelo auxílio na herborização do material e confecção das inúmeras exsicatas; à Ionara Pascoal, pela revisão do abstract, boa convivência, amizade e momentos de descontração. Obrigado a todos vocês!! Aos colegas de turma do Mestrado, pela boa convivência, companheirismo nas disciplinas e pela amizade. Aos amigos, novos e antigos, pela amizade e apoio de sempre! À Maria Oliveira Mendes Ramos, e a sua família, por me receberem tão bem durante minha estadia na cidade do Rio de Janeiro. Agradeço por tudo! À toda minha família, que indiretamente participou da realização deste trabalho. Agradeço especialmente aos meus pais e a minha irmã, pelo apoio incondicional e incentivos de sempre, pelo companheirismo nos momentos de alegria, de cansaço e de dificuldades e pela compreensão nos momentos de ausência. Aos meus avós, tios e primos, que de perto ou de longe, estiveram sempre ao meu lado, com palavras de apoio e incentivo. À Deus, por sempre me conceder forças e sabedoria nos momentos de dificuldade, transformando obstáculos em experiências e aprendizados. A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho, os meus sinceros agradecimentos. Muito obrigado!!!

9 Lista de Figuras Figura 01. Mapa de localização da Ilha Bimbarras na Baía de Todos os Santos, estado da Bahia... 9 Figura 02. Vista aérea da Ilha Bimbarras evidenciando o recife descontínuo em sua porção oeste Figura 03. A-E. Ambientes de coleta da Ilha Bimbarras Figura 04. A-J. Bangiopsis subsimplex (Mont.) F.Schmitz Figura 05. A-B. Stylonema alsidii (Zanardini) K.M.Drew. C. Erythrotrichia carnea (Dillwyn) J.Agardh. D-H. Jania adhaerens J.V.Lamour.. 38 Figura 06. A-D. Amphiroa anastomosans Weber Bosse. E-G. Amphiroa fragilissima (L.) J.V.Lamour Figura 07. A-B. Acrochaetium microscopicum (Nägeli ex Kütz.) Nägeli. C- H. Colaconema codicola (Børgesen) Stegenga, J.J.Bolton & R.J.Anderson. I-K. (?) Colaconema hallandicum (Kylin) Afonso-Carr. et al Figura 08. A-C. Dichotomaria marginata (J.Ellis & Sol.) Lam. D-F. Dichotomaria obtusata (J.Ellis & Sol.) Lam. G-I. Galaxaura rugosa (J.Ellis & Sol.) J.V.Lamour Figura 09. A-I. Crouania attenuata (C.Agardh) J.Agardh Figura 10. A-H. Centroceras gasparrinii (Menegh.) Kütz. I-K. Ceramium codii (H.Richards) Feldm.-Maz Figura 11. A-B. Ceramium comptum Børgesen. C-G. Gayliella sp. (Ceramium dawsonii A.B.Joly) Figura 12. A-J. Dasya baillouviana (S.G.Gmel.) Mont Figura 13. A-L. Dasya rigidula (Kütz.) Ardiss Figura 14. A-H. Heterosiphonia crispella (C.Agardh) M.J.Wynne var. laxa (Børgesen) M.J.Wynne. I-L. Caloglossa leprieurii (Mont.) G.Martens Figura 15. A-D. Acanthophora spicifera (Vahl) Børgesen. E-K. Bostrychia montagnei Harv Figura 16. A-F. Bostrychia moritziana (Sond. ex Kütz.) J.Agardh. G-L. Bostrychia radicans (Mont.) Mont. in Orb Figura 17. A-G. Bostrychia tenella (J.V.Lamour.) J.Agardh. H-M. Figura 18. Chondria cf. collinsiana M.Howe A-B. Herposiphonia tenella (C.Agardh) Ambronn. C-K. Laurencia catarinensis Cord.-Mar. & M.T.Fujji Figura 19. A-K. Lophocladia trichoclados (C.Agardh) F.Schmitz Figura 20. A-H. Neosiphonia gorgoniae (Harv.) S.M.Guim. & M.T.Fujii. I- M. Palisada perforata (Bory) K.W.Nam Figura 21. A-G. Polysiphonia decussata Hollenb. H-M. Polysiphonia cf. denudata (Dillwyn) Grev. ex Harv. in Hook Figura 22. A-D. Wrightiella tumanowiczii (Gatty ex Harv.) F.Schimtz Figura 23. Figura 24. A-F. Spyridia clavata Kütz. G-J. Spyridia filamentosa (Wulfen) Harv. in Hook A-D. Griffithsia cf. schousboei Mont. in Webb. E-K. Tiffaniella gorgonea (Mont.) Doty & Meñez

10 Figura 25. A-L. Wrangelia penicillata (C.Agardh) C.Agardh Figura 26. A-C. (?) Gelidium sp. / Pterocladiella sp. D-F. Gelidiella acerosa (Forssk.) Feldmann & Hamel. G-F. Hypnea cervicornis J.Agardh Figura 27. A-D. Hypnea musciformis (Wulfen in Jacq.) J.V.Lamour. E-J. Hypnea spinella (C.Agardh) Kütz Figura 28. A-E. Agardhiella subulata (C.Agardh) Kraft & M.J.Wynne Figura 29. A-F. Meristotheca gelidium (J.Agardh) E.J.Faye & Masuda in E.J.Faye et al Figura 30. A-E. Gracilaria cuneata Aresch Figura 31. A-E. Gracilaria domingensis (Kütz.) Sond. ex Dickie. F-J. Hydropuntia caudata (J.Agardh) Gurgel & Fredericq Figura 32. A-B. Cryptonemia crenulata (J.Agardh) J.Agardh. C-H. Chrysymenia enteromorpha Harv Figura 33. A-I. Champia parvula (C.Agardh) Harv Figura 34. A-H. Canistrocarpus cervicornis (Kütz.) De Paula & De Clerck. I-L. Dictyopteris jamaicensis W.R.Taylor Figura 35. A-C. Dictyota bartayresiana J.V.Lamour. D-J. Dictyota implexa (Desf.) J.V.Lamour Figura 36. A-F. Padina antillarum (Kütz.) Picc. G-L. Padina boergesenii Allender & Kraft Figura 37. A-F. Padina gymnospora (Kütz.) Sond. G-I. Padina sanctaecrucis Børgesen Figura 38. A-C. Sphacelaria rigidula Kütz. D-H. Sphacelaria tribuloides Menegh Figura 39. A-C. Sargassum filipendula C.Agardh. D-F. Sargassum hystrix Figura 40. J.Agardh. G-I. Sargassum polyceratium Mont A-D. Feldmannia irregularis (Kütz.) Hamel. E-H. Feldmannia mitchelliae (Harv.) H.-S. Kim. I-L. Rosenvingea intricata (J.Agardh) Børgesen Figura 41. A-E. Rosenvingea orientalis (J.Agardh) Børgesen. F-H. Rosenvingea sp Figura 42. A-F. Asterocladon rhodochortonoides (Børgesen) Uwai et al Figura 43. A-M. (?) Gayralia sp Figura 44. A-C. Ulva chaetomorphoides (Børgesen) Hayden et al. D-G. Ulva flexuosa Wulfen subsp. flexuosa. H-K. Ulva flexuosa Wulfen subsp. paradoxa (C.Agardh) M.J.Wynne Figura 45. A-E. Phaeophila dendroides (P.Crouan & H.Crouan) Batters Figura 46. Figura 47. Figura 48. Figura 49. Figura 50. A-D. Chaetomorpha aerea (Dillwyn) Kütz. E-G. Chaetomorpha brachygona Harv. H-I. Chaetomorpha ligustica (Kütz.) Kütz. J- L. Chaetomorpha vieillardii (Kütz.) M.J.Wynne A-D. Cladophora brasiliana G.Martens. E-H. Cladophora laetevirens (Dillwyn) Kütz. I-O. Cladophora socialis Kütz A-E. Rhizoclonium africanum Kütz. F-J. Rhizoclonium riparium (Roth) Kütz. ex Harv A-G. Boodlea composita (Harv.) F.Brand. H-M. Cladophoropsis membranacea (H.Bang ex C.Agardh) Børgesen. N-Q. Dictyosphaeria versluysii Weber Bosse A-C. Bryopsis hypnoides J.V.Lamour. D-F. Bryopsis plumosa (Huds.) C.Agardh

11 Figura 51. A-F. (?) Derbesia marina (Lyngb.) Solier. G-I. (?) Derbesia tenuissima (Moris & De Not.) P.Crouan & H.Crouan Figura 52. A-F. Codium decorticatum (Woodw.) M.Howe. G-L. Codium isthmocladum Vickers Figura 53. A-C. Codium taylorii P.C.Silva. D-F. Caulerpa cupressoides (H.West in Vahl) C.Agardh. G-H. Caulerpa fastigiata Mont Figura 54. A-B. Caulerpa mexicana Sond. ex Kütz. C-E. Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. macrophysa (Sond. ex Kütz.) W.R.Taylor. F-G. Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. occidentalis (J.Agardh) Børgesen Figura 55. A-B. Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. peltata (J.V.Lamour.) Eubank. C-F. Caulerpa scalpelliformis (R.Br. ex Turner) C.Agardh Figura 56. A-B. Caulerpa sertularioides (S.G.Gmel.) M.Howe. C-D. Caulerpa taxifolia (H.West in Vahl) C.Agardh. E-H. Caulerpa verticillata J.Agardh Figura 57. A-D. Halimeda opuntia (L.) J.V.Lamour. E-H. Halimeda simulans M.Howe Figura 58. A-F. Boodleopsis pusilla (Collins) W.R.Taylor et al. G-I. Penicillus capitatus Lam Figura 59. A-E. Neomeris annulata Dickie. F-J. Neomeris mucosa M.Howe 333 Figura 60. A-G. Acetabularia caliculus J.V.Lamour. in Quoy & Gaimard Figura 61. A-G. Acetabularia schenckii K.Möbius Figura 62. Percentual da riqueza florística das divisões das macroalgas bentônicas registradas na Ilha Bimbarra, Baía de Todos os Santos, Bahia Figura 63. Número de táxons por ordens de Rhodophyta, Heterokontophyta e Chlorophyta ocorrentes na Ilha Bimbarras, Baía de Todos os Santos, Bahia Figura 64. Número de táxons por famílias de Rhodophyta, Heterokontophyta e Chlorophyta ocorrentes na Ilha Bimbarras, Baía de Todos os Santos, Bahia Figura 65. Comparação da diversidade de macroalgas bentônicas da Ilha Bimbarras com a biodiversidade de macroalgas bentônicas de algumas ilhas da Baía de Todos os Santos (Ilha de Itaparica, Ilha dos Frades e Ilha de Maré), Bahia

12 Lista de Tabelas Tabela 1. Tabela 2. Frequência de Ocorrência Absoluta (FA), Frequência de Ocorrência Relativa (FR), Classificação em Categorias (CAT: CO = Constantes, frequência > 50%; AC = acessórias, frequência de 25 a 50%; e ACI = acidentais, frequência < 25%) e Tipos de organização do talo (FS: talo filamentoso simples; FR: talo filamentoso ramificado; P: talo parenquimatoso; C: talo cenocítico; V: talo vesiculoso) dos táxons de macroalgas bentônicas ocorrentes na Ilha Bimbarras, Baía de Todos os Santos, Bahia Comparação do número de táxons inventariados na Ilha Bimbarras com outros levantamentos florísticos realizados em algumas ilhas da Baía de Todos os Santos (Ilha de Itaparica, Ilha dos Frades e Ilha de Maré), Bahia

13 Lista de Abreviaturas e Siglas µm micrômetro (10-6 m) μmol micromol(s) cm centímetro (10-2 m) cm 2 centímetro quadrados (10-4 m 2 ) m metro m 3 metro cúbico mm milímetro (10-3 m) km quilômetro (10 3 m) km metros quadrados (m 2 ) h hora(s) º grau(s): medida do ângulo em relação ao Equador ou a um meridiano de referência ºC grau(s) Celsius minuto de grau segundo de grau % porcentagem > maior que < menor que < menor ou igual a + mais ou menos S ponto cardeal Sul W ponto cardeal Oeste N.N.E. norte-nordeste S.S.W. sul-sudeste Nº número cf. confer = confronte com, compare com compr. comprimento diâm. diâmetro DNA ácido desoxirribonucleico (ADN, português ou por convenção, DNA) fig. figura figs. figuras fótons.m 2.s -1 fótons por metro quadrado/segundo HCl Ácido Clorídrico HUEFS Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana ITS região entre espaços internos transcritos, refere-se a um ponto não funcional larg. largura LSU grande subunidade de DNA ou RNA ml mililitro ml.l -1 mililitro/litro nom. cons. nomem conservandum = nome conservado p. página ph potencial hidrogeniônico pr. prancha psba gene que codifica o polipeptídeo D1 do fotossistema II

14 rbcl rdna RNA rrna sp. s.n. SSU tufa UPS var. gene que codifica a subunidade grande da Rubisco DNA ribossômico ácido ribonucleico (RNA por convenção) RNA ribossômico espécie sem número pequena subunidade de DNA ou RNA gene que codifica a síntese de proteína fator de alongamento EF-Tu Unidade Padrão de Salinidade variedade

15 Sumário Lista de Figuras Lista de Tabelas Lista de Abreviaturas e Siglas 1. Introdução Objetivos Geral Específicos Área de Estudo Material e Métodos Material estudado Coleta do material Análise do material Cultivo de macroalgas Descrição, identificação e ilustração do material Análises estatísticas Resultados e Discussão Sinopse dos táxons estudados Descrições e comentários dos táxons estudados Rhodophyta Heterokontophyta Chlorophyta Composição florística das espécies de macroalgas da Ilha Bimbarras, BTS, Bahia Considerações Finais Resumo Abstract Referências Índice Remissivo dos Táxons

16 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Introdução As regiões litorâneas comportam um dos mais ricos e mais importantes conjuntos de ecossistemas naturais, cuja preservação depende dos ciclos vitais de inúmeros organismos que os compõem (Suguio 2003). Dentre esses organismos, aqueles que constituem o bentos (animais ou vegetais que vivem em relação direta com o substrato, seja consolidado ou não consolidado) possuem grande importância econômica e ecológica. Diversos ecossistemas marinhos e costeiros como manguezais, recifes de corais, marismas e estuários, por possuírem um importante componente bentônico, suportam uma grande diversidade biológica e fornecem uma grande quantidade de benefícios como sítios de refúgio, desova, reprodução e proteção de linha de costa (Barros et al. 2012). Dentre os componentes bentônicos costeiros, as comunidades de macroalgas desempenham um importante papel ecológico na manutenção dos ecossistemas marinhos. O hábito séssil desses organismos tende a integrá-los aos efeitos dos diversos elementos do meio circundante, tornando-os eficientes sensores biológicos das condições ambientais e das tendências evolutivas de seus ecossistemas (Díez et al. 1999, Brito et al. 2012). As macroalgas juntamente com um pequeno grupo de angiospermas marinhas constituem o fitobentos (Oliveira et al. 1999), e são representadas pelas divisões Chlorophyta, Heterokontophyta e Rhodophyta. Esses organismos apresentam grande representatividade no ecossistema marinho, sendo abundantes na região entremarés e em ambientes de infralitoral. As macroalgas podem ser encontradas fixas em algum tipo de substrato e geralmente apresentam organização morfológica simples e grande complexidade fisiológica (Yoneshigue-Valentin et al. 2006). Como organismos fotossintetizantes, as macroalgas contribuem largamente para o funcionamento dos ecossistemas aquáticos. Estas atuam na oxigenação do meio, absorção e transformação de nutrientes inorgânicos (Yoneshigue-Valentin et al. 2006). Outra importância ecológica atribuída às algas (principalmente a algumas espécies de macroalgas que depositam calcário em seus talos) refere-se à capacidade desses organismos formarem

17 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 2 os recifes organogênicos. Esses ecossistemas, os quais apresentam uma biodiversidade comparável à das florestas tropicais (Oliveira et al. 1999), servem de abrigo, local de desova e alimentação para muitas espécies de animais marinhos. De acordo com Oliveira et al. (1999), a diversidade de organismos marinhos está correlacionada, de uma certa forma, com a diversidade das comunidades algais. Para esses autores, essa diversidade aumenta a estabilidade dos ecossistemas na medida em que um maior número de espécies funcionalmente equivalentes, com diferentes capacidades de tolerância a fatores ambientais, pode melhor resistir a alterações do meio marinho, inclusive aquelas causadas por atividades antrópicas. Nessa perspectiva, o conhecimento da diversidade macrofitobentos pode favorecer estratégias de conservação de ecossistemas aquáticos. Horta et al. (2001), baseados na distribuição das algas bentônicas no litoral do Brasil e tendo como base as importantes considerações ficoflorísticas apresentadas por Oliveira Filho (1977), reconheceram que as espécies de macroalgas da costa brasileira se distribuem em dois grupos principais (um tropical e outro temperado quente) separados por uma região de transição. O litoral da Bahia está enquadrado na região tropical (correspondente à zona Ocidental proposta por Oliveira Filho 1977), caracterizada por apresentar uma flora relativamente rica, estabelecida dominantemente sobre arrecifes de arenito incrustados por algas calcárias e corais. Na região dominam elementos de águas quentes e oligotróficas e abundância de substratos que propiciam grande diversificação da flora marinha (Oliveira Filho 1977, Horta et al. 2001). Apesar dos fatores acima citados, no estado da Bahia, assim como na maior parte do litoral brasileiro, os estudos de macrofitobentos estão na sua maioria restritos à zona de entremarés da plataforma continental (Joly 1965, Martins et al. 1991, Altamirano & Nunes 1997, Nunes 1997, 1998a, b, 1999, Nunes et al. 1999, Nunes & Paula 2000, 2001, 2002, 2004a, b, 2006, Nunes et al. 2001, 2005, 2008a, b; Lucio & Nunes 2002, Alves & Moura 2005, Nunes 2005a, b, 2007, 2008, Lyra et al. 2007, Nunes & Guimarães 2009, Alves et al. 2009, 2010, 2011, Santos & Moura 2010, 2011, Alves et al. 2012a, b, c, d), sendo incipientes em ambientes de infralitoral (Taylor 1930, 1931, Teixeira et al. 1985, Barros- Barreto et al. 2004, Marins-Rosa et al. 2005, Nunes 2005b, Nunes et al. 2005, Marins et al. 2008, Yoneshigue-Valentin et al. 2006, Nunes & Guimarães 2010) e em ambientes insulares (Joly et al. 1969a, Figueiredo 2006a, b, Santos 2010, Torrano-Silva 2010). Em relação ao último ambiente, Villaça et al. (2006), destaca o aspecto preocupante das

18 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 3 comunidades algais que compõem a flora desses locais. Nesses ambientes restritos, geralmente existe o isolamento geográfico, o qual inviabiliza a reposição de comunidades que sofrem algum tipo de alteração. Segundo Oliveira et al. (1999), as áreas mais rasas da plataforma continental e, sobretudo, as baías fechadas situadas próximas a regiões metropolitanas e locais de grande concentração industrial, estão mais susceptíveis a impactos antrópicos. Para esses autores, grandes baías do litoral brasileiro como Baía de Todos os Santos (BA), São Luiz (MA) e Paranaguá (PR) poderão ao longo do tempo ter uma diminuição da biodiversidade marinha em decorrência da poluição. Apesar de sua inegável importância para manutenção da biodiversidade e como fonte de sustento para milhares de pessoas que vivem no seu entorno, a Baía de Todos os Santos (BTS) vem, ao longo dos anos, sofrendo forte ação antrópica que afeta, sobretudo a ecologia da região em decorrência da poluição de origem urbana e industrial. Segundo Oliveira et al. (1999), estas áreas são susceptíveis à eutrofização decorrente de esgotos domésticos e industriais, que podem causar um desequilíbrio localizado nas áreas de despejo, favorecendo o florescimento de espécies de algas oportunistas, de ciclo de vida rápido em detrimento das espécies de ciclo de vida mais longo. Além do processo de poluição resultante do acúmulo de nutrientes, historicamente, a BTS vem apresentando problemas relacionados à contaminação por metais pesados provenientes das atividades petroquímicas desenvolvidas na região (Amado-Filho et al. 2001, 2008, Hatje & Andrade 2009, Brito et al. 2012, Rocha et al. 2012). Tais contaminantes, ao longo do tempo, comprometem a biota local e acarretam o desaparecimento de espécies sensíveis, promovendo a perda de biodiversidade, associada à fragmentação de habitats, à redução do tamanho das populações e a diminuição do fluxo gênico (Oliveira et al. 1999). Apesar das perspectivas acima citadas, muitos dos hábitats costeiros da BTS, a exemplo de alguns estuários, manguezais e recifes de corais, ainda apresentam um bom estado de conservação e desenvolvem importantes funções ecológicas, econômicas e sociais (Barros et al. 2012). Por manter funções tão importantes, esses ambientes naturais demandam estudos sistemáticos capazes de caracterizar as comunidades que compõem a BTS, visando, portanto, a manutenção da biodiversidade. Embora o atual conhecimento da flora ficológica do litoral baiano não exclua as comunidades da BTS, o estudo do macrofitobentos na área é incipiente diante da grande

19 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 4 importância ecológica que esses organismos desempenham na manutenção dos ecossistemas marinhos. Na área da BTS existem 45 ilhas, no entanto, poucos são os estudos florísticos realizados nessas localidades, restringindo-se apenas a amostragens pontuais. A Ilha de Itaparica, a qual possui a maior extensão territorial, apresenta o maior número de trabalhos dentre os quais merecem destaque: Nunes & Paula (2000), que listaram quatro espécies do gênero Padina Adans.; Alves & Moura (2005), que registraram cinco espécies de Codium Stackh.; Amorim et al. (2008), que listaram três táxons dos gênero Halimeda J.V.Lamour., um de Penicillus Lam. e dois de Udotea J.V.Lamour.; Nunes et al. (2008a), 12 táxons da família Ceramiaceae; Santos et al. (2008), sete espécies de Gracilaria Grev.; Alves et al. (2009), nove espécies de Chaetomorpha Kütz. e duas de Rhizoclonium Kütz.; Alves et al. (2010), quatro táxons da família Valoniaceae; Santos (2010), que registrou 75 espécies epífitas de Acetabularia crenulata J.V.Lamour.; Santos & Moura (2010), que reportaram a ocorrência de Colaconema hypneae (Børgesen) A.A.Santos & C.W.N.Moura para o litoral do Nordeste; Santos & Moura (2011), que reportaram uma nova ocorrência (Chroodactylon ornatum (C.Agardh) Basson) para o Atlântico Sul, duas novas ocorrências (Chondria collinsiana M.Howe e Phaeophila dendroides (P.Crouan & H.Crouan) Batters) para o litoral do Nordeste e duas (Ulva clathrata (Roth) C.Agardh e Ulva flexuosa Wulfen subsp. paradoxa (C.Agardh) M.J.Wynne) para a Bahia; Alves et al. (2012a), que registraram 12 espécies do gênero Cladophora Kütz.; e Alves et al. (2012b), que registraram Boodlea composita (Harv.) F.Brand como nova ocorrência para o litoral do Nordeste. Outras amostragens pontuais do macrofitobentos também foram realizadas nas Ilhas dos Frades, de Maré e Itaparica, a saber: Barros-Barreto et al. (2004), que registraram cinco novas ocorrências de macroalgas para o estado da Bahia, três para o litoral do Nordeste e uma para o litoral do Brasil; Marins-Rosa et al. (2005), que identificaram um total de 100 táxons ocorrentes nas comunidades das formações recifais; Marins et al. (2008), que reportaram 141 táxons para o sub-litoral das formações recifais de ilhas da BTS; e Nunes & Guimarães (2008), que registraram cinco novas ocorrências de rodofíceas para a área. Até o momento, no entanto, não há nenhum estudo sistemático sobre as macroalgas bentônicas da Ilha Bimbarras (e também outras ilhas da BTS), com esforço amostral e intervalo de tempo consideráveis, que pudessem caracterizar a comunidade de macrofitobentos local.

20 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 5 Diante do incipiente conhecimento do macrofitobentos de ecossistemas insulares da BTS e reconhecendo a importância de estudos florísticos para o conhecimento e preservação da biodiversidade, o presente estudo visou: 1.1. Objetivos Geral Realizar o levantamento da biodiversidade das macroalgas marinhas bentônicas (Chlorophyta, Heterokontophyta e Rhodophyta) ocorrentes na Ilha Bimbarras, Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil Específicos Identificar, descrever e ilustrar as espécies de macroalgas da Ilha Bimbarras, incluindo, quando possível, o acompanhamento em condições controladas de cultivo em laboratório de espécies de difícil caracterização taxonômica; Estudar as características morfológicas, anatômicas e reprodutivas dos espécimes amostrados, visando apontar os caracteres diacríticos empregados na separação das espécies; Ampliar a distribuição geográfica das macroalgas bentônicas no litoral da Bahia, e consequentemente, no litoral do Brasil, e Fornecer subsídios a projetos de monitoramento ambiental que demandam, necessariamente, do conhecimento da composição florística local.

21 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Área de Estudo A Baía de Todos os Santos (BTS), localizada entre as coordenadas S e W, estado da Bahia, é considerada o segundo maior acidente geográfico da costa brasileira, com uma área máxima de 1223 km 2, profundidade média de 9,8 m (Cirano & Lessa 2007) e um volume aproximado de 6,39 x 10 9 m 3 (Silva et al. 1996). Com aproximadamente 184 km de extensão costeira, a BTS apresenta um grande número de reentrâncias, representadas por outras pequenas baías, enseadas e uma região litorânea bastante extensa resultante das muitas ilhas existentes. Dentro da baía, encontram-se 45 ilhas, as quais apresentam 221 km de extensão litorânea (Silva et al. 1996), sendo as ilhas de Itaparica, Madre de Deus e Matarantiba as maiores em extensão. A BTS caracteriza-se ainda por suas expressivas formações recifais e diversos outros ambientes (praias arenosas e/ou rochosas e manguezais) de extrema importância ecológica (Barros-Barreto et al. 2004). Tais características, associadas aos fatores geoquímicos e geofísicos da área, levaram o governo do estado da Bahia a propor a criação da Área de Proteção Ambiental Baía de Todos os Santos a partir do Decreto N de 05 de junho de Esta área foi classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como de extrema importância biológica dentre as áreas prioritárias para a conservação da Zona Costeira Brasileira (Brasil 2004). A Ilha Bimbarras está localizada entre as coordenadas geográficas 12º43 29,4 S e 38º38 09,0 W, na região norte da BTS, Município de São Francisco do Conde (Figura 01). A ilha possui área de 1,74 km 2 (nona em tamanho dentre as 45 ilhas da BTS), sendo caracterizada por apresentar vegetação de Mata Atlântica e restingas localizadas em sua porção oeste, e extensas faixas de manguezais localizadas em suas porções norte e oeste (Freitas 2008) (Figura 02). A ilha apresenta recifes desenvolvidos a partir de extrato rochoso não recifal (arenito), com topo plano e borda externa irregular (Figura 02). O corpo recifal apresenta colônias de corais pétreos, fragmentos esqueletais de corais, esponjas e bivalves em

22 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 7 abundância. O sedimento perirecifal é bastante fino. De acordo com Cirano & Lessa (2007), os sedimentos predominantes na metade norte da BTS correspondem a sedimentos lamosos oriundos da drenagem de grãos finos de rochas sedimentares em processo de erosão. Na zona anterior ao recife são observadas regiões arenosas planas e de substrato não consolidado onde há desenvolvimento de bancos de fanerógamas marinhas, especialmente de Halodule wrightii Aschers. Pouco ou nenhum hidrodinamismo é registrado na ilha, o que caracteriza uma região de interior de baía (Figura 03). Apesar de receber descarga de três grandes bacias de drenagem associadas aos rios Paraguaçu, Jaguaribe e Subaé, além de outras 91 pequenas bacias que geram um efeito de descarga difusa durante os meses úmidos, a BTS possui características essencialmente marinhas em sua maior parte. No seu interior, a circulação é predominantemente forçada pelas marés, sendo que a descarga fluvial média é inferior a 1% da vazão associada às marés na saída da BTS. A coluna d água é caracteristicamente bem misturada e condições estuarinas são observadas apenas próximo à saída dos rios, em estuários com ecofisiologia complexa, os quais abrigam uma rica biodiversidade de alto interesse ecológico e extrativista (Hatje & Andrade 2009). As marés na BTS tem característica semi-diurna (Silva et al e Lessa et al. 2001), e sua amplitude máxima chega a 2,7 m durante a maior parte do ano. No Porto de Salvador, o nível médio do mar está a 31 cm acima do ponto mais baixo de maré. A corrente de enchente dura 5 h e tem direção N.N.E, enquanto que a corrente de vazão tem direção S.S.W. (Silva et al. 1996). Segundo Silva et al. (1996) e Cirano & Lessa (2007), o clima tropical úmido compreende a maior parte da BTS, e é caracterizado por totais pluviométricos anuais entre 1750 e 2086 mm, com elevada média térmica anual. O clima apresenta dois períodos distintos: um seco (novembro a fevereiro) e um chuvoso (março a junho). A amplitude térmica é sempre mais alta que 18ºC no interior da baía (Marins et al. 2008). As temperaturas mais altas (ao redor dos 30 C) são frequentemente registradas nos meses de janeiro, fevereiro e março, enquanto as mais baixas (entre 21 C e 22 C) são registradas nos meses de julho, agosto e setembro (Lessa et al. 2009). Medidas de salinidade das águas superficiais no Canal de Itaparica/Salvador, em maio de 1977, mostraram valores entre 36,2 e 37 UPS, enquanto que na parte central da Baía e no Canal de Itaparica, os valores variaram entre 35 e 36,2 UPS (Silva et al. 1996). Mais recentemente, Cirano & Lessa (2007) registraram salinidade de 32,2 UPS nas águas

23 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 8 do interior da BTS. A temperatura das águas superficiais é de 27ºC a 30 C, com decréscimos verticais variando em torno de 1ºC. Nas lagunas recifais, os valores de temperatura são em torno de 30ºC (Moura 1979).

24 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía... 9 Figura 01. Mapa de localização da Ilha Bimbarras na Baía de Todos os Santos, estado da Bahia (Modificado de Lessa et al. 2001).

25 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Figura 02. Vista aérea da Ilha Bimbarras evidenciando o recife descontínuo em sua porção oeste (Fonte: Vieira et al. 2001).

26 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Figura 03. A-E. Ambientes de coleta da Ilha Bimbarras. A. Vista geral da ilha evidenciando o baixo hidrodinamismo local. B-C. Detalhes do platô recifal. D. Detalhe dos bancos de fanerógamas (Halodule wrightii Asch.) e macroalgas marinhas associadas na região entremarés. E-F. Manguezal.

27 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Material e Métodos 3.1. Material estudado O material para o presente estudo corresponde às macroalgas (exceto as coralináceas incrustantes e rodolitos) encontradas fixas ao substrato na região entremarés (platô recifal, bordas de recife e poças de maré), infralitoral (um a sete metros de profundidade) e manguezais da Ilha Bimbarras, BTS Coleta do material O material foi obtido a partir de 20 coletas bimestrais, realizadas no período de setembro de 2008 a março de 2012, durante as baixa-marés de sizígia diurnas. Para determinação das datas das coletas, foram consultadas as Tábuas de Maré do Porto de Madre de Deus, editadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil (2008, 2009, 2010, 2011, 2012). As algas foram coletadas de acordo com os procedimentos usualmente empregados nos estudos de macroalgas marinhas bentônicas (Cordeiro-Marino et al. 1984, Nunes 2010). Para a coleta do material foram utilizadas espátulas metálicas, visando à obtenção de exemplares inteiros, sendo estes acondicionados em sacos de polietileno ou potes plásticos devidamente etiquetados e, posteriormente, fixados em solução de formalina a 4% preparada com água do mar. Ainda em campo, foram realizadas observações sobre associações, tipo de substrato e ambiente em que os espécimes se desenvolviam. Durante as coletas, alguns materiais foram selecionados ao acaso e transportados para o Laboratório de Ficologia (LAFICO) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), em caixas térmicas contendo água do mar, visando acompanhar os estágios iniciais de desenvolvimento do talo de ulvofíceas monostromáticas e o desenvolvimento do talo de algas epífitas e de pequeno porte em condições controladas de laboratório.

28 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Análise do material No Laboratório de Ficologia/UEFS foram realizadas as triagens adicionais e complementares às observações de campo. A análise do material foi feita com o auxílio de microscopia fotônica de rotina: estereomicroscópio (marca Kyowa Coleman) e microscópio binocular (marca Carl Zeiss, modelo ICS Standard 25 ou marca Leica, modelo DM LS2). Para cada táxon foram observadas, descritas e ilustradas características da morfologia externa e das estruturas anatômicas vegetativas e reprodutivas. A visualização das estruturas anatômicas dos espécimes foi realizada através de lâminas montadas com água destilada. Quando necessário, foram feitos cortes histológicos manuais, com o auxílio de lâmina de barbear, sendo os mesmos corados em solução aquosa 1% de Azul de Anilina, acidificada com HCl a 1% (Womersley 1984). A dissociação de estruturas, quando necessária, foi realizada com o auxílio de estiletes. A descalcificação de materiais calcificados foi feita com HCl a 10%. Para a aferição das medidas das estruturas analisadas, utilizou-se uma ocular micrométrica. As dimensões foram estabelecidas através de medidas feitas ao acaso para cada espécime analisado. As medidas apresentadas correspondem aos valores mínimo e máximo, sendo mediana expressa entre parênteses. Após a identificação, os espécimes coletados foram herborizados de acordo com os métodos usualmente empregados em Ficologia (Cordeiro-Marino et al. 1984, Nunes 2010) Cultivo de macroalgas Os experimentos de cultivo in vitro do material coletado foram conduzidos no Laboratório de Cultivo do LAFICO/UEFS. Os exemplares das algas epífitas e de pequeno porte foram cultivados em frascos de vidro tipo baby-food (5,5 cm de diâmetro x 5,5 cm de profundidade, 140 ml), previamente autoclavados, contendo 100 ml de água do mar esterilizada (com salinidade de UPS) enriquecida com 25% da solução PES (Provasoli 1968). A água do mar utilizada na preparação do meio foi previamente filtrada em membrana de celulose de 0,45 μm e fervida durante duas horas em banho-maria (Oliveira et al. 1995), a qual adicionou-se dióxido de germânio (ph 8,2; 1 ml.l -1 de água do mar), para minimizar contaminação por diatomáceas. A troca do meio foi realizada quinzenalmente.

29 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía O acompanhamento dos estágios iniciais de desenvolvimento do talo de ulvofíceas monostromáticas foi realizado a partir de espécimes coletados nos meses de julho e setembro de 2011, crescendo aderidos em pneumatóforos de mangue. Após a coleta, os talos foram lavados em água do mar esterilizada para remoção de epífitas e sedimentos, enxutos em papel toalha para retirar o excesso de água das frondes, e mantidos em placas de Petri na geladeira (18ºC), durante 72h. Após esse período, pedaços marginais da fronde, com cerca de 1 cm 2, foram cortados e dispostos sobre lâminas de vidro (2x2 cm) no interior de placas de Petri contendo meio de cultura (PES 25%), este renovado a cada dois dias. Os espécimes foram mantidos em culturas estagnadas, sob temperatura de 22±1 C, irradiância de 30±5 μmol de fótons.m -2.s -1 fornecida por tubos de luz branca fria fluorescente, dispostos horizontalmente em relação aos recipientes, e fotoperíodo de 12:12 h (claro:escuro) (Bravin et al. 2006). O desenvolvimento do talo de ulvofíceas monostromáticas foi acompanhado por um período de 30 a 60 dias, sendo as observações feitas diariamente ao microscópio, a partir de lâminas montadas com água do mar estéril. Quando possível, as espécies de algas epífitas foram cultivadas isoladamente. O crescimento dos talos foi analisado e fotografado através de estereomicroscópio (marca Kyowa Coleman) e microscópio (marca Carl Zeiss) acoplado à máquina fotográfica (marca Sony, modelo Cyber-Shot DSC-W7) Descrição, identificação e ilustração do material As descrições e ilustrações dos táxons foram baseadas em dados obtidos neste estudo. Para cada táxon inventariado são fornecidos: referência da descrição original; basônimo, quando possuir, e sua referência; localidade tipo; referências selecionadas para comparação do material analisado; descrição detalhada do material examinado; material examinado; referências para o litoral da Bahia; referências para a BTS; distribuição no litoral do Brasil;

30 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía comentários envolvendo aspectos de habitat, problemas de identificação e nomenclaturais e comparação com táxons afins, e; ilustrações. Foram elaboradas chaves de identificação dos táxons analisados, exceto para os monoespecíficos ou representados por apenas uma espécie na área estudada. A identificação taxonômica dos espécimes coletados foi, sempre que possível, em nível infragenérico, baseada em bibliografia especializada, incluindo revisões, dissertações, teses e trabalhos monográficos. Para a caracterização dos tipos de organização de talos dos táxons estudados, seguiu-se a classificação proposta por Yoneshigue-Valetin et al. (2008), com os seguintes níveis de organização: talo filamentoso simples, talo filamentoso ramificado (heterotríquio, pseudoparenquimatoso, crostoso, uniaxial, multiaxial), parenquimatoso (compreendendo as feofíceas mais avançadas) e cenocítico. O táxon Dictyosphaeria versluysii Weber Bosse foi considerado no presente estudo como talo vesiculoso. O ordenamento taxonômico dos táxons estudados segue Wynne (2011a), exceto para as espécies Colaconema codicola (Børgesen) Stegenga, J.J.Bolton & R.J.Anderson, Asterocladon rhodochortonoides (Børgesen) Uwai, Nagasato, Motomura & Kogame, Dictyota implexa (Desf.) J.V.Lamour., Feldmannia mitchelliae (Harv.) H.-S. Kim e Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. macrophysa (Sond. ex Kütz.) W.R.Taylor. A abreviatura dos nomes dos autores de táxons segue Brummitt & Powell (1992). As ilustrações do aspecto geral e morfologia externa dos táxons estudados foram obtidas através de máquina fotográfica digital (marca Sony, modelo Cyber-shot DSC-W7). As fotomicrografias das estruturas anatômicas analisadas foram obtidas com auxílio de fotomicroscópio acoplado com máquina fotográfica digital (marca Sony, modelo Cybershot DSC-W7). Os voucheres dos materiais estudados foram depositados na coleção ficológica do Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) Análises estatísticas A partir dos resultados obtidos, os seguintes índices foram determinados: riqueza global dos táxons: corresponde ao número total de táxons encontrados;

31 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía frequência de ocorrência absoluta de cada táxon: corresponde ao total de vezes que cada táxon ocorreu; frequência de ocorrência relativa de cada táxon: apresenta resultados expressos em percentagem, através da seguinte fórmula: F = n.100/n, onde n (= número de coletas em que um táxon foi registrado) e N (= número total de coletas realizadas). A partir do cálculo da frequência de ocorrência relativa, os táxons foram classificados em categorias, segundo Rodrigues (2006): táxons constantes (F>50%), acessórios (25<F<50%) e acidentais (F<25%).

32 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Resultados e Discussão O levantamento florístico das macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras revelou a ocorrência de 114 táxons, distribuídos em 23 ordens, 41 famílias e 67 gêneros Sinopse dos táxons estudados Onde: (***) Nova referência para o litoral do Brasil/Atlântico Sul, (**) Nova referência para o litoral do Nordeste, (*) Nova referência para a BTS. RHODOPHYTA Rhodophytina Stylonematophyceae Stylonematales Stylonemataceae Bangiopsis subsimplex (Mont.) F.Schimitz** Stylonema alsidii (Zanardini) K.M.Drew Compsopogonophyceae Erythropeltidales Erythrotrichiaceae Erythrotrichia carnea (Dillwyn) J.Agardh Florideophyceae Corallinophycidae Corallinales Corallinaceae Corallinoideae Jania adhaerens J.V.Lamour.

33 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Lithophylloideae Amphiroa anastomosans Weber Bosse Amphiroa fragilissima (L.) J.V.Lamour. Nemaliophycidae Acrochaetiales Acrochaetiaceae Acrochaetium microscopicum (Nägeli ex Kütz.) Nägeli Colaconematales Colaconemataceae Colaconema codicola (Børgesen) Stegenga, J.J.Bolton & R.J.Anderson* (?) Colaconema hallandicum (Kylin) Afonso-Carr. et al. Nemaliales Galaxauraceae Dichotomaria marginata (J.Ellis & Sol.) Lam. Dichotomaria obtusata (J.Ellis & Sol.) Lam. Galaxaura rugosa (J.Ellis & Sol.) J.V.Lamour. Rhodymeniophycidae Ceramiales Callithamniaceae Crouania attenuata (C.Agardh) J.Agardh Ceramiaceae Centroceras gasparrinii (Menegh.) Kütz. Ceramium codii (H.Richards) Feldm.-Maz. Ceramium comptum Børgesen Gayliella sp. (Ceramium dawsonii A.B.Joly) Dasyaceae Dasya baillouviana (S.G.Gmel.) Mont.* Dasya rigidula (Kütz.) Ardiss. * Heterosiphonia crispella (C.Agardh) M.J.Wynne var. laxa (Børgesen) M.J.Wynne Delesseriaceae Caloglossa leprieurii (Mont.) G.Martens* Rhodomelaceae Acanthophora spicifera (Vahl) Børgesen

34 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Bostrychia montagnei Harv.* Bostrychia moritziana (Sond. ex Kütz.) J.Agardh* Bostrychia radicans (Mont.) Mont. in Orb.* Bostrychia tenella (J.V.Lamour.) J.Agardh* Chondria cf. collinsiana M.Howe Herposiphonia tenella (C.Agardh) Ambronn Laurencia catarinensis Cord.-Mar. & M.T.Fujji* Lophocladia trichoclados (C.Agardh) F.Schmitz* Neosiphonia gorgoniae (Harv.) S.M.Guim. & M.T.Fujii Palisada perforata (Bory) K.W.Nam Polysiphonia decussata Hollenb.** Polysiphonia cf. denudate (Dillwyn) Grev. ex Harv. in Hooker Wrightiella tumanowiczii (Gatty ex Harv.) F.Schimtz* Spyridiaceae Spyridia clavata Kütz.* Spyridia filamentosa (Wulfen) Harv. in Hook. Wrangeliaceae Griffithsia cf. schousboei Mont. in Webb Tiffaniella gorgonea (Mont.) Doty & Meñez* Wrangelia penicillata (C.Agardh) C.Agardh** Gelidiales Gelidiaceae/Pterocladiaceae (?) Gelidium sp. / Pterocladiella sp. Gelidiellaceae Gelidiella acerosa (Forssk.) Feldmann & Hamel Gigartinales Cystocloniaceae Hypnea cervicornis J.Agardh Hypnea musciformis (Wulfen in Jacq.) J.V.Lamour. Hypnea spinella (C.Agardh) Kütz. Solieriaceae Agardhiella subulata (C.Agardh) Kraft & M.J.Wynne Meristotheca gelidium (J.Agardh) E.J.Faye & Masuda in E.J.Faye et al.

35 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Gracilariales Gracilariaceae Gracilaria cuneata Aresch. Gracilaria domingensis (Kütz.) Sond. ex Dickie Hydropuntia caudata (J.Agardh) Gurgel & Fredericq Halymeniales Halymeniaceae Cryptonemia crenulata (J.Agardh) J.Agardh Rhodymeniales Rhodymeniaceae Chrysymenia enteromorpha Harv. * Champiaceae Champia parvula (C.Agardh) Harv. HETEROKONTOPHYTA Phaeophyceae Dictyotales Dictyotaceae Canistrocarpus cervicornis (Kütz.) De Paula & De Clerck Dictyopteris jamaicensis W.R.Taylor Dictyota bartayresiana J.V.Lamour. Dictyota implexa (Desf.) J.V.Lamour.* Padina antillarum (Kütz.) Picc. Padina boergesenii Allender & Kraft Padina gymnospora (Kütz.) Sond. Padina sanctae-crucis Børgesen Sphacelariales Sphacelariaceae Sphacelaria rigidula Kütz. Sphacelaria tribuloides Menegh. Fucales Sargassaceae Sargassum filipendula C.Agardh

36 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Sargassum hystrix J.Agardh* Sargassum polyceratium Mont. Ectocarpales Acinetosporaceae Feldmannia irregularis (Kütz.) Hamel Feldmannia mitchelliae (Harv.) H.-S. Kim Scytosiphonaceae Rosenvingea intricata (J.Agardh) Børgesen Rosenvingea orientalis (J.Agardh) Børgesen Rosenvingea sp. Asterocladales Asterocladaceae Asterocladon rhodochortonoides (Børgesen) Uwai et al. CHLOROPHYTA Ulvophyceae Ulvales Gayraliaceae (?) Gayralia sp. Ulvaceae Ulva chaetomorphoides (Børgesen) Hayden et al.* Ulva flexuosa Wulfen subsp. flexuosa Ulva flexuosa Wulfen subsp. paradoxa (C.Agardh) M.J.Wynne Phaeophilales Phaeophilaceae Phaeophila dendroides (P.Crouan & H.Crouan) Batters Siphonocladophyceae Cladophorales Cladophoraceae Chaetomorpha aerea (Dillwyn) Kütz. Chaetomorpha brachygona Harv. Chaetomorpha ligustica (Kütz.) Kütz. Chaetomorpha vieillardii (Kütz.) M.J.Wynne

37 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Cladophora brasiliana G.Martens Cladophora laetevirens (Dillwyn) Kütz. Cladophora socialis Kütz. Rhizoclonium africanum Kütz. Rhizoclonium riparium (Roth) Kütz. ex Harv. Siphonocladales Boodleaceae Boodlea composita (Harv.) F.Brand Cladophoropsis membranacea (H.Bang ex C.Agardh) Børgesen Siphonocladaceae Dictyosphaeria versluysii Weber Bosse Bryopsidophyceae Bryopsidales Bryopsidaceae Bryopsis hypnoides J.V.Lamour.* Bryopsis plumosa (Huds.) C.Agardh Derbesiaceae (?) Derbesia marina (Lyngb.) Solier* (?) Derbesia tenuissima (Moris & De Not.) P.Crouan & H.Crouan** Codiaceae Codium decorticatum (Woodw.) M.Howe Codium isthmocladum Vickers Codium taylorii P.C.Silva Caulerpaceae Caulerpa cupressoides (H.West in Vahl) C.Agardh Caulerpa fastigiata Mont.* Caulerpa mexicana Sond. ex Kütz. Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. macrophysa (Sond. ex Kütz.) W.R.Taylor Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. occidentalis (J.Agardh) Børgesen Caulerpa racemosa (Forssk.) J.Agardh var. peltata (J.V.Lamour.) Eubank Caulerpa scalpelliformis (R.Br. ex Turner) C.Agardh Caulerpa sertularioides (S.G.Gmel.) M.Howe Caulerpa taxifolia (H.West in Vahl) C.Agardh*

38 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Caulerpa verticillata J.Agardh Halimedaceae Halimeda opuntia (L.) J.V.Lamour. Halimeda simulans M.Howe Udoteaceae Boodleopsis pusilla (Collins) W.R.Taylor et al. Penicillus capitatus Lam. Dasycladophyceae Dasycladales Dasycladaceae Neomeris annulata Dickie Neomeris mucosa M.Howe*** Polyphysaceae Acetabularia caliculus J.V.Lamour. in Quoy & Gaimard* Acetabularia schenckii K.Möbius* 4.2. Descrições e comentários dos táxons estudados Rhodophyta Rhodophytina Stylonematophyceae Stylonematales Stylonemataceae Bangiopsis F.Schmitz in Engl. & Prantl. (1896). Bangiopsis subsimplex (Mont.) F.Schimitz (1896, Die natürlichen Pflanzenfamilien... I. Teil, Abt. 2, p. 315). Basônimo: Compsopogon subsimplex Mont. (1850, Ann. Sci. Nat. Bot., ser. 2, ser. 3, 14, pp ). Localidade tipo: Cayenne, Guiana Francesa (Silva et al. 1996: 86). Figura 04 A-J

39 Almeida, W.R. Macroalgas marinhas bentônicas da Ilha Bimbarras, Região Norte da Baía Referências selecionadas: Como Compsopogon subsimplex: Montagne (1850: ). Como Bangiopsis subsimplex: Børgesen (1915:10-11, figs ); Krishnamurthy (1957: , figs ); West et al. (2005: tab. 01, figs 18-23). Em cultivo: Talo de cor vermelho-vinácea, diminuto, constituído por filamento flexuoso, gelatinoso, com até 1,5 mm de comprimento, fixo ao substrato por disco basal. Filamento unisseriado na região apical tornando-se irregularmente multisseriado, 3-6 células nas regiões mediana e basal; proliferações unisseriadas curtas a longas presentes nas porções basais do talo. Ramificação não observada. Filamento na região apical medindo 18-(19,9)-23,7 μm de diâm., tornando-se mais espesso nas regiões mediana e basal, alcançando até 35-(48,7)-50 μm de diâm. Células pequenas envoltas por bainhas individuais, espaçadas umas das outras em uma massa gelatinosa comum; célula apical cilíndrica, ápice arredondado; células subapicais subcirculares a quadráticas, 7,5-(10)-12,5 μm de compr. e 7,5-(7,5)-10 µm diâm.; células basais circulares a subcirculares, 7,5-(10)- 12,5 μm de compr. e 5-(7,5)-10 µm diâm.; cloroplasto estrelado com pirenoide central conspícuo. Estruturas reprodutivas não observadas. Material examinado: BRASIL. BAHIA: Ilha Bimbarras, São Francisco do Conde, 03/VII/2011, W.R. Almeida & E.B.S. Neto s.n. (HUEFS ). Referências para o litoral da Bahia: presente estudo. Distribuição no litoral do Brasil: São Paulo (Joly 1965, como Bangiopsis humphreyi (Collins) G.Hamel, Creed et al. 2012). Comentários: Dentre os gêneros filamentosos pertencentes à ordem Stylonematales, Bangiopsis é morfologicamente próximo de Purpureofilum J.A.West, G.C.Zuccarello & J.L.Scott, contudo este é distinto por apresentar talo diminuto (até 1 mm), sistema basal unicelular, células com cloroplasto único com múltiplos lobos e sem pirenoides e esporos imóveis e não sendo formados em pacotes (West et al. 2005). West et al. (2007), ao combinarem os dados de sequências parciais da subunidade menor ribossomal RNA (SSU) e do gene psba (DNA), observaram que na árvore de

ESTUDO DAS MACROALGAS BENTÔNICAS OCORRENTES EM TRÊS PRAIAS DO PIAUÍ E SUA IMPORTÂNCIA AMBIENTAL

ESTUDO DAS MACROALGAS BENTÔNICAS OCORRENTES EM TRÊS PRAIAS DO PIAUÍ E SUA IMPORTÂNCIA AMBIENTAL ESTUDO DAS MACROALGAS BENTÔNICAS OCORRENTES EM TRÊS PRAIAS DO PIAUÍ E SUA IMPORTÂNCIA AMBIENTAL Introdução Tuany Kelly Correia de Assis¹ Mayara Oliveira da Costa¹ Maria Helena Alves¹, 2 1 Universidade

Leia mais

Figura 2.1. Baía de Todos os Santos (Grupo de Recomposição Ambiental/ Gérmen).

Figura 2.1. Baía de Todos os Santos (Grupo de Recomposição Ambiental/ Gérmen). 18 2 Área de Estudo A Baía de Todos os Santos (BTS) (figura 2.1), localizada no estado da Bahia, considerada como área núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica é a maior Baía do Brasil, com cerca

Leia mais

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens - 2013 CAP. 02 O território brasileiro e suas regiões.( 7º ano) *Brasil é dividido em 26 estados e um Distrito Federal (DF), organizados em regiões. * As divisões

Leia mais

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano Projeto 1 Onde existe Vida? Tempo Previsto: 4 quinzenas (do 1ºPeríodo) Ciências Naturais A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO MATERIAIS TERRESTRES 1.ª Fase: Terra um planeta com vida 2.ª Fase: A importância

Leia mais

INVENTÁRIO DAS FONTES POLUIDORAS/CONTAMINANTES DOS RECURSOS VIVOS MARINHOS DO BRASIL

INVENTÁRIO DAS FONTES POLUIDORAS/CONTAMINANTES DOS RECURSOS VIVOS MARINHOS DO BRASIL INVENTÁRIO DAS FONTES POLUIDORAS/CONTAMINANTES DOS RECURSOS VIVOS MARINHOS DO BRASIL ANTECEDENTES Em continuidade aos trabalhos do Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro (GERCO), o Ministério do Meio

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 9º 3º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente

Leia mais

Mudanças Cimáticas Globais e Biodiversidade Aquática. Odete Rocha. Departamento de Ecologia Universidade Federal de São Carlos

Mudanças Cimáticas Globais e Biodiversidade Aquática. Odete Rocha. Departamento de Ecologia Universidade Federal de São Carlos Mudanças Cimáticas Globais e Biodiversidade Aquática Odete Rocha Departamento de Ecologia Universidade Federal de São Carlos O que sabemos e o que devemos fazer?" O funcionamento dos ecossistemas aquáticos

Leia mais

45 mm INDICADORES DE PALEOLINHAS DE COSTA E VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NA PLATAFORMA CONTINENTAL SUL DE ALAGOAS

45 mm INDICADORES DE PALEOLINHAS DE COSTA E VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NA PLATAFORMA CONTINENTAL SUL DE ALAGOAS INDICADORES DE PALEOLINHAS DE COSTA E VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NA PLATAFORMA CONTINENTAL SUL DE ALAGOAS Fontes, L.C.S. 1 ; Santos, L.A. 1 ; Santos J.R. 1 ; Mendonça, J.B.S. 1 ; Santos, V.C.E 1 ; Figueiredo

Leia mais

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005. Estudo da vegetação 1. Introdução A intensa actividade humana desenvolvida na região Centro ao longo dos últimos milénios conduziu ao desaparecimento gradual de extensas áreas de floresta autóctone, que

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Prof. MSc. Leandro Felício

Prof. MSc. Leandro Felício Prof. MSc. Leandro Felício Ecossistema: Sistema integrado e auto funcionante que consiste em interações dos elementos bióticos e abióticos e cujas dimensões podem variar consideravelmente. Bioma: Conjunto

Leia mais

Aula prática sobre influência do factor ambiental salinidade no metabolismo de bivalves

Aula prática sobre influência do factor ambiental salinidade no metabolismo de bivalves Aula prática sobre influência do factor ambiental salinidade no metabolismo de bivalves Objectivo da aula: Demonstrar o efeito de um factor ambiental salinidade sobre as comportamento fisiológico de bivalves

Leia mais

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq)

QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL. O 2(g) O 2(aq) QUESTÕES DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE AMBIENTAL Questão 01 O agente oxidante mais importante em águas naturais é, sem a menor dúvida, o oxigênio molecular dissolvido, O 2. O equilíbrio entre o oxigênio

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS Introdução Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra As partes mais profundas atingem quase 11000 metros Profundidade média dos oceanos é 3800 m. Volume

Leia mais

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas

3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 3º BIMESTRE 2ª Avaliação Área de Ciências Humanas Aula 148 Revisão e avaliação de Humanas 2 Tipos de vegetação Vegetação é caracterizada como o conjunto de plantas de uma determinada região. Em razão da

Leia mais

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades

Climatologia. humanos, visto que diversas de suas atividades Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (8.º ANO) 2015/2016 Docentes: João Mendes, Madalena Serra e Vanda Messenário 1 Metras Curriculares Estratégias Tempo Avaliação TERRA UM PLANETA COM VIDA Sistema Terra: da

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas CFH Departamento de Geociências Curso de Graduação de Geografia

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas CFH Departamento de Geociências Curso de Graduação de Geografia Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Filosofia e Ciências Humanas CFH Departamento de Geociências Curso de Graduação de Geografia Impactos potenciais das alterações do Código Florestal

Leia mais

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp

BIOMA. dominante. http://www.brazadv.com/passeios_ecol %C3%B3gicos_mapas/biomas.asp BIOMAS DO BRASIL BIOMA Definição: Bioma, ou formação planta - animal, deve ser entendido como a unidade biótica de maior extensão geográfica, compreendendo varias comunidades em diferentes estágios de

Leia mais

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO

FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Aluno (a): Disciplina GEOGRAFIA Curso Professor ENSINO MÉDIO FERNANDA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO Série 1ª SÉRIE Número: 1 - Conteúdo: Domínios morfoclimáticos - estudar as interrelações

Leia mais

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climatologia GEOGRAFIA DAVI PAULINO Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Diversidade global de climas Motivação! O Clima Fenômeno da atmosfera em si: chuvas, descargas elétricas,

Leia mais

PROJETO ALGAS MARINHAS DA ILHA DO ARVOREDO

PROJETO ALGAS MARINHAS DA ILHA DO ARVOREDO FURG PROJETO ALGAS MARINHAS DA ILHA DO ARVOREDO Variabilidade sazonal da estrutura da comunidade de macroalgas no infralitoral da Ilha do Arvoredo, ReBioMar do Arvoredo, SC (Licença de Pesquisa n 186/2006)

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

OS ESTUÁRIOS NA MARGEM CONTINENTAL SUL dialética do acontecimento sedimentar

OS ESTUÁRIOS NA MARGEM CONTINENTAL SUL dialética do acontecimento sedimentar OS ESTUÁRIOS NA MARGEM CONTINENTAL SUL dialética do acontecimento sedimentar Publicado no site em 13/11/2014 Euripedes Falcão Vieira*/** Na margem continental sul-brasileira a presença de dois estuários

Leia mais

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO

Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Climas do Brasil GEOGRAFIA DAVI PAULINO Grande extensão territorial Diversidade no clima das regiões Efeito no clima sobre fatores socioeconômicos Agricultura População Motivação! Massas de Ar Grandes

Leia mais

Figura 5: Ponto 3 Banho próximo a ponte que dá acesso ao município de Alto Alegre, Boa Vista - RR.

Figura 5: Ponto 3 Banho próximo a ponte que dá acesso ao município de Alto Alegre, Boa Vista - RR. 32 Figura 5: Ponto 3 Banho próximo a ponte que dá acesso ao município de Alto Alegre, Boa Vista - RR. Figura 6: Ponto 4 Deságue do igarapé Caranã no rio Cauamé, Boa Vista - RR. 33 3.3 Coleta e Preservação

Leia mais

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Ministério da Educação MEC

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira INEP. Ministério da Educação MEC 01) Qual o seu estado civil? A) Solteiro(a). B) Casado(a). C) Separado(a)/desquitado(a)/divorciado(a). D) Viúvo(a). E) Outro. 02) Como você se considera? A) Branco(a). B) Negro(a). C) Pardo(a)/mulato(a).

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro Informação Prova de Equivalência à Frequência

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro Informação Prova de Equivalência à Frequência Informação Prova de Equivalência à Frequência CIÊNCIAS NATURAIS Abril de 2015 2ºCiclo do Ensino Básico (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho) Prova 02/2015 Tipo de Prova: Escrita Duração: 90 minutos

Leia mais

MANEJO E MANUTENÇÃO DE NOVA ESPÉCIE DE DENDROBATIDAE (AMPHIBIA: ANURA) NO ZOOPARQUE ITATIBA: UM MODELO PARA CONSERVAÇÃO EX- SITU

MANEJO E MANUTENÇÃO DE NOVA ESPÉCIE DE DENDROBATIDAE (AMPHIBIA: ANURA) NO ZOOPARQUE ITATIBA: UM MODELO PARA CONSERVAÇÃO EX- SITU MANEJO E MANUTENÇÃO DE NOVA ESPÉCIE DE DENDROBATIDAE (AMPHIBIA: ANURA) NO ZOOPARQUE ITATIBA: UM MODELO PARA CONSERVAÇÃO EX- SITU Felipe Garcia de Camargo¹ ¹ Zooparque Itatiba, Rodovia Dom Pedro I, Km 95,5.

Leia mais

Relatório da CPA (Comissão Própria de Avaliação) da Pesquisa com os Estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

Relatório da CPA (Comissão Própria de Avaliação) da Pesquisa com os Estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Relatório da CPA (Comissão Própria de Avaliação) da Pesquisa com os Estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos A presente pesquisa foi realizada em junho de 2011, no Campus

Leia mais

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais DIRUR Eixo Temático: Sustentabilidade

Leia mais

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS

ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - I COBESA ASPECTOS CONSTRUTIVOS E AMBIENTAIS DE TELHADOS VERDES EXTENSIVOS Matheus Paiva Brasil (1) Graduando em Engenharia Sanitária e Ambiental

Leia mais

HABITATS MARINHOS E COSTEIROS

HABITATS MARINHOS E COSTEIROS HABITATS MARINHOS E COSTEIROS Manguezais Marismas e planícies de maré Estuários e Lagunas Praias Costões Rochosos Recifes de Coral Plataforma Continental Mar Profundo Fontes Hidrotermais MANGUEZAIS Compreendem

Leia mais

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos

Leia mais

Revisão de Estatística Básica:

Revisão de Estatística Básica: Revisão de Estatística Básica: Estatística: Um número é denominado uma estatística (singular). Ex.: As vendas de uma empresa no mês constituem uma estatística. Estatísticas: Uma coleção de números ou fatos

Leia mais

- Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas;

- Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas; CAPÍTULO 01 A CÉLULA - Nosso corpo é formado por inúmeras estruturas macro e microscópicas; - O funcionamento interligado e harmonioso dessas estruturas mantém o corpo vivo, em funcionamento; A ORGANIZAÇÃO

Leia mais

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério

www.tiberioge.tibe o.c rioge om.br o.c A Ge G og o r g afi f a Le L va v da d a Sério 1 FLORESTA AMAZÔNICA 2 Características Localiza-se: Região Norte; parte do norte do Mato Grosso e Goiás; e parte oeste do Maranhão; O maior bioma brasileiro ocupa, praticamente, um terço da área do País.

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL NA COSTA LESTE DE SALINAS DA MARGARIDA-BAHIA

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL NA COSTA LESTE DE SALINAS DA MARGARIDA-BAHIA I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental COBESA CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO ECOSSISTEMA MANGUEZAL NA COSTA LESTE DE SALINAS DA MARGARIDA-BAHIA Augusto César da Silva Machado Copque Geógrafo

Leia mais

4. Reuniões Técnicas (Mini-Seminário por Bioma) Objetivo das Reuniões Técnicas

4. Reuniões Técnicas (Mini-Seminário por Bioma) Objetivo das Reuniões Técnicas (Mini-Seminário por Bioma) Objetivo das Reuniões Técnicas. Definição dos objetos conservação. Definição de metas de importância relativa de cada objeto. Definição das principais fontes de dados/informações

Leia mais

Compilar, organizar e disponibilizar os resultados das pesquisas científicas sobre a Unidade de Conservação;

Compilar, organizar e disponibilizar os resultados das pesquisas científicas sobre a Unidade de Conservação; 4. PROGRAMAS DE MANEJO 4.1 PROGRAMA DE PESQUISA Objetivo Geral Visa dar suporte, estimular a geração e o aprofundamento dos conhecimentos científicos sobre os aspectos bióticos, abióticos, sócio-econômicos,

Leia mais

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo

O Clima do Brasil. É a sucessão habitual de estados do tempo O Clima do Brasil É a sucessão habitual de estados do tempo A atuação dos principais fatores climáticos no Brasil 1. Altitude Quanto maior altitude, mais frio será. Não esqueça, somente a altitude, isolada,

Leia mais

Regiões Metropolitanas do Brasil

Regiões Metropolitanas do Brasil Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia IPPUR/UFRJ CNPQ FAPERJ Regiões Metropolitanas do Brasil Equipe responsável Sol Garson Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Juciano Martins Rodrigues Regiões Metropolitanas

Leia mais

Nosso Território: Ecossistemas

Nosso Território: Ecossistemas Nosso Território: Ecossistemas - O Brasil no Mundo - Divisão Territorial - Relevo e Clima - Fauna e Flora - Ecossistemas - Recursos Minerais Um ecossistema é um conjunto de regiões com características

Leia mais

Recursos Genéticos brasileiros. Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa

Recursos Genéticos brasileiros. Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa Recursos Genéticos brasileiros Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa Acesso aos recursos genéticos (antes da CDB ECO - RIO 1992) recursos

Leia mais

Observação microscópica de seres vivos de uma infusão

Observação microscópica de seres vivos de uma infusão Escola Secundária Francisco Franco Técnicas Laboratoriais de Biologia Bloco I Observação microscópica de seres vivos de uma infusão Relatório elaborado: Eduardo Freitas Nº5 12º6 Funchal, 3 de Dezembro

Leia mais

www.google.com.br/search?q=gabarito

www.google.com.br/search?q=gabarito COLEGIO MÓDULO ALUNO (A) série 6 ano PROFESSOR GABARITO DA REVISÃO DE GEOGRAFIA www.google.com.br/search?q=gabarito QUESTÃO 01. a) Espaço Geográfico RESPOSTA: representa aquele espaço construído ou produzido

Leia mais

REINO PROTISTA. Protistas. Filo Myxomycota Filo Dictyosteliomycota Filo Oomycota. Protista heterotróficos

REINO PROTISTA. Protistas. Filo Myxomycota Filo Dictyosteliomycota Filo Oomycota. Protista heterotróficos REINO PROTISTA Protistas Protista heterotróficos Filo Myxomycota Filo Dictyosteliomycota Filo Oomycota Protistas fotossintetizantes (algas) Filo Euglenopyta Filo Cryptophyta Filo Rhodopyta Filo Dinopyta

Leia mais

A árvore das árvores

A árvore das árvores A árvore das árvores Resumo O documentário apresenta os múltiplos usos do carvalho para as sociedades, desde tempos remotos até os dias de hoje; além de retratar lendas e histórias sobre essas árvores

Leia mais

C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa;

C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa; Guiné-Bissau SNIRH C.P.L.P. Fundado em 17 de Julho de 1996; Comunidade dos países de língua portuguesa; Países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor

Leia mais

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO

COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO COLÉGIO MARQUES RODRIGUES - SIMULADO Estrada da Água Branca, 2551 Realengo RJ Tel: (21) 3462-7520 www.colegiomr.com.br PROFESSOR ALUNO ANA CAROLINA DISCIPLINA GEOGRAFIA A TURMA SIMULADO: P3 501 Questão

Leia mais

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil

Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Domínios Florestais do Mundo e do Brasil Formações Florestais: Coníferas, Florestas Temperadas, Florestas Equatoriais e Florestas Tropicais. Formações Herbáceas e Arbustivas: Tundra, Pradarias Savanas,

Leia mais

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na 1 Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na composição predominante da vegetação. O padrão climático (temperatura e precipitação) representa o principal aspecto utilizado

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL

PROJETO DE PESQUISA ESTUDO DOS COMPONENTES LENHOSOS NA COBERTURA VEGETAL DA ENCOSTA DA FACULDADE MACHADO SOBRINHO, JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, BRASIL PROJETO DE PESQUISA Professor Flávio José Soares Júnior Biólogo graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa; Doutorando em Botânica

Leia mais

DNA barcoding é um método que utiliza um trecho do DNA de cerca de 650 nucleotídeos como marcador para caracterizar espécies. Trata-se de uma sequência extremamente curta em relação à totalidade do genoma,

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS BRASILEIROS 2011 Aula VII BRASIL E VARIABILIDADE FITOGEOGRÁFICA O Brasil possui um território de dimensões continentais com uma área de 8.547.403 quilômetros quadrados. 4.320

Leia mais

BIODIVERSIDADE DE MACROALGAS BENTÔNICAS DO PIAUÍ

BIODIVERSIDADE DE MACROALGAS BENTÔNICAS DO PIAUÍ BIODIVERSIDADE DE MACROALGAS BENTÔNICAS DO PIAUÍ Larissa Micaele de Oliveira Carvalho (Bolsista do PIBIC/ UFPI), Maria Helena Alves (Orientadora Licenciatura plena em Biologia UFPI) INTRODUÇÃO De acordo

Leia mais

ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA

ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DO COMPONENTE ÁRBOREO DE UMA FLORESTA OMBRÓFILA EM PORTO VELHO, RONDÔNIA Priscilla Menezes Andrade Antônio Laffayete Pires da Silveira RESUMO: O presente estudo foi realizado

Leia mais

A importância do continente europeu reside no fato de este ter

A importância do continente europeu reside no fato de este ter Conhecido como velho mundo, o continente europeu limitase a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais

Leia mais

Areias e Ambientes Sedimentares

Areias e Ambientes Sedimentares Areias e Ambientes Sedimentares As areias são formadas a partir de rochas. São constituídas por detritos desagregados de tamanhos compreendidos entre 0,063 e 2 milímetros. Areias: Ambiente fluvial As areias

Leia mais

OS CUIDADOS COM A ÁGUA NA ESCOLA FUNDAMENTAL PROFESSOR ADAILTON COELHO COSTA

OS CUIDADOS COM A ÁGUA NA ESCOLA FUNDAMENTAL PROFESSOR ADAILTON COELHO COSTA OS CUIDADOS COM A ÁGUA NA ESCOLA FUNDAMENTAL PROFESSOR ADAILTON COELHO COSTA Dantas 1, Mayara; Gomes 1, Márcia; Silva 1, Juliene; Silva 1, Jaciele; 1 Discente do Curso de Bacharelado em Ecologia; 2 Professora

Leia mais

Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental

Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental Conteúdo Específico do curso de Gestão Ambiental 1.CURSOS COM ÊNFASE EM : Gestão Ambiental de Empresas 2. CONCEPÇÃO DOS CURSOS: O Brasil possui a maior reserva ecológica do planeta sendo o número um em

Leia mais

FLORA DO BRASIL ONLINE 2020

FLORA DO BRASIL ONLINE 2020 FLORA DO BRASIL ONLINE 2020 O projeto Flora do Brasil Online 2020 (FBO 2020) visa atender metas nacionais e internacionais assumidas pelo governo brasileiro, tendo como objetivo principal a consolidação

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 5.º ANO

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 5.º ANO DE CIÊNCIAS NATURAIS 5.º ANO Ano Letivo 2015 2016 PERFIL DO ALUNO No domínio da Água, o ar, as rochas e o solo - materiais terrestres, o aluno deve ser capaz de: Compreender a Terra como um planeta especial

Leia mais

O USO DA BIODIVERSIDADE COMO PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O USO DA BIODIVERSIDADE COMO PRESERVAÇÃO AMBIENTAL O USO DA BIODIVERSIDADE COMO PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Stefani de Souza Patricia de Freitas Co-autor - Prof. MSc. Cristian Coelho Silva cristian_coelho@yahoo.com.br luscheuer@hotmail.com Palavras-chave: sustentabilidade,

Leia mais

O COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR NA ÁREA URBANA DE IPORÁ-GO. Valdir Specian¹, Elis Dener Lima Alves²

O COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR NA ÁREA URBANA DE IPORÁ-GO. Valdir Specian¹, Elis Dener Lima Alves² O COMPORTAMENTO DA TEMPERATURA E UMIDADE DO AR NA ÁREA URBANA DE IPORÁ-GO. Valdir Specian¹, Elis Dener Lima Alves² ¹Professor do Curso de Geografia da UnU Iporá. - UEG ² Bolsista PBIC/UEG, Acadêmico do

Leia mais

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente / Terra e universo Tema Água e vida / ciclo hidrológico do planeta Conteúdos Águas subterrâneas Usos / objetivos Aprofundamento do estudo sobre as águas

Leia mais

BIOTA MARINHA DA COSTA OESTE DO CEARÁ

BIOTA MARINHA DA COSTA OESTE DO CEARÁ BIOTA MARINHA DA COSTA OESTE DO CEARÁ BIOTA MARINHA DA COSTA OESTE DO CEARÁ INTRODUÇÃO O litoral do Estado do Ceará é caracterizado por apresentar grandes extensões de praias arenosas e planícies de acumulação

Leia mais

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015

Formações de Santa Catarina. Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 Formações de Santa Catarina Profa. Elisa Serena Gandolfo Martins Março/2015 O Estado de Santa Catarina está totalmente inserido dentro do Bioma Mata Atlântica. A Mata Atlântica "O espaço que contém aspectos

Leia mais

Estado da arte sobre estudos de rodolitos no Brasil

Estado da arte sobre estudos de rodolitos no Brasil Estado da arte sobre estudos de rodolitos no Brasil Alexandre B. Villas-Boas 1 ; Marcia A. de O. Figueiredo 2 ; Gilberto Dias 3 ; Ricardo Coutinho 1 1 Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira,

Leia mais

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução Quando deixamos um alimento aberto ou fora da geladeira por alguns dias, ele estraga. Aparece mofo, bolor e, dependendo da quantidade de tempo, pode aparecer até larvas. O tipo de alimento

Leia mais

Palavras-chave: campo rupestre, síndromes de dispersão, Serra dos Pireneus.

Palavras-chave: campo rupestre, síndromes de dispersão, Serra dos Pireneus. 1 TIPOLOGIA DE FRUTOS E SÍNDROMES DE DISPERSÃO DE UMA COMUNIDADE DE CAMPO RUPESTRE NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DOS PIRENEUS, GOIÁS. Sabrina do Couto de Miranda 1,4 ; Marineide Abreu Batista 1,4 ; Jair

Leia mais

INFORMATIVO CLIMÁTICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO GOVERNO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO MARANHÃO O estabelecimento do fenômeno El Niño - Oscilação Sul (ENOS) e os poucos

Leia mais

ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DAS ALGAS ARRIBADAS DO NORTE DO ESTADO DA BAHIA, BRASIL

ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DAS ALGAS ARRIBADAS DO NORTE DO ESTADO DA BAHIA, BRASIL G.N. Santos et al. Algas do norte da Bahia, Brasil 13 Acta Botanica Malacitana 38. 13-24 Málaga, 2013 ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DAS ALGAS ARRIBADAS DO NORTE DO ESTADO DA BAHIA, BRASIL Gabriel do Nascimento

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR

CLIMAS DO BRASIL MASSAS DE AR CLIMAS DO BRASIL São determinados pelo movimento das massas de ar que atuam no nosso território. É do encontro dessas massas de ar que vai se formando toda a climatologia brasileira. Por possuir 92% do

Leia mais

CAPACITAÇÃO SOBRE A AVALIAÇÃO EMPRESARIAL DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS (ESR) Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE)

CAPACITAÇÃO SOBRE A AVALIAÇÃO EMPRESARIAL DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS (ESR) Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE) CAPACITAÇÃO SOBRE A AVALIAÇÃO EMPRESARIAL DE SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS (ESR) Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE) MAIO 2014 + Agenda Horário Atividade Facilitador 10:00 Boas Vindas e

Leia mais

Brasília, 9 de maio de 2013

Brasília, 9 de maio de 2013 Brasília, 9 de maio de 2013 Discurso do Diretor de Regulação do Sistema Financeiro, Luiz Awazu Pereira da Silva, na reunião ordinária do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras.

Leia mais

IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO: EFEITOS DA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR

IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO: EFEITOS DA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO LITORAL DO ESTADO DE SÃO PAULO: EFEITOS DA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR Celia Regina de Gouveia Souza Pesquisadora Científica - Instituto Geológico-SMA/SP Profa. Colaboradora

Leia mais

Contribuição ao conhecimento e preservação das algas multicelulares bentônicas do Costão dos Cavaleiros Macaé, estado do Rio de Janeiro

Contribuição ao conhecimento e preservação das algas multicelulares bentônicas do Costão dos Cavaleiros Macaé, estado do Rio de Janeiro Contribuição ao conhecimento e preservação das algas... 129 n n Contribuição ao conhecimento e preservação das algas multicelulares bentônicas do Costão dos Cavaleiros Macaé, estado do Rio de Janeiro Yocie

Leia mais

ANEXO CHAMADA III DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES PARA GESTÃO E AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS

ANEXO CHAMADA III DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES PARA GESTÃO E AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS ANEXO CHAMADA III DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES PARA GESTÃO E AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS OBJETIVO Esta chamada tem por objetivo financiar projetos relacionados a ações de gestão e avaliação

Leia mais

BIODIVERSIDADE E MANEJO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA TROPICAL 1 BIODIVERSIDADE

BIODIVERSIDADE E MANEJO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA TROPICAL 1 BIODIVERSIDADE BIODIVERSIDADE E MANEJO SUSTENTÁVEL DA FLORESTA TROPICAL 1 João Artur Silva 2 Márcio Ribeiro² Wilson Junior Weschenfelder² BIODIVERSIDADE Modelos de Diversidade A diversidade biológica varia fortemente

Leia mais

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Ciências Nome: Ano: 5º Ano 1º Etapa 2014 Colégio Nossa Senhora da Piedade Área do Conhecimento: Ciências da Natureza Disciplina:

Leia mais

TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE QUELÔNIOS AMAZÔNICOS E SEU USO EM CONTEÚDOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE QUELÔNIOS AMAZÔNICOS E SEU USO EM CONTEÚDOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS 61 TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE QUELÔNIOS AMAZÔNICOS E SEU USO EM CONTEÚDOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS Elieder Bonet ABENSUR Augusto Fachín TERÁN Universidade do Estado do

Leia mais

CURSOS PRÁTICAS EM BOTÂNICA PRÁTICAS EM BOTÂNICA NA MATA ATLÂNTICA CATARINENSE

CURSOS PRÁTICAS EM BOTÂNICA PRÁTICAS EM BOTÂNICA NA MATA ATLÂNTICA CATARINENSE CURSOS PRÁTICAS EM BOTÂNICA PRÁTICAS EM BOTÂNICA NA MATA ATLÂNTICA CATARINENSE 17 a 20 de dezembro de 2011 (sábado a terça-feira) 1. Local: RPPN Reserva Volta Velha, município de Itapoá, SC (área total:

Leia mais

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL

Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL Termo de Referência para Elaboração do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) TR GERAL ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) ATENÇÃO O DOCUMENTO DEVE CONTER,

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

Quais foram as evidências anatômicas presentes que permitiram reconhecer a estrutura como:

Quais foram as evidências anatômicas presentes que permitiram reconhecer a estrutura como: 1)Analisando-se ao microscópio óptico uma lâmina contendo um corte transversal de uma estrutura vegetal, chegou-se a conclusão de que se tratava de um caule de Monocotiledônea típico. Quais foram as evidências

Leia mais

MEMÓRIA URBANA DE PALMAS-TO: LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E MATERIAL SOBRE O PLANO DE PALMAS E SEUS ANTECEDENTES

MEMÓRIA URBANA DE PALMAS-TO: LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E MATERIAL SOBRE O PLANO DE PALMAS E SEUS ANTECEDENTES MEMÓRIA URBANA DE PALMAS-TO: LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES E MATERIAL SOBRE O PLANO DE PALMAS E SEUS ANTECEDENTES Nome dos autores: Gislaine Biddio Rangel¹; Ana Beatriz Araujo Velasques². 1 Aluna do Curso

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS

CADERNO DE EXERCÍCIOS GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Disciplina: Ecologia de Ecossistema e da Paisagem

Leia mais

DNA Darwin Não Atento?

DNA Darwin Não Atento? DNA Darwin Não Atento? PÁGINA 1 DE 6 CIÊNCIAS BIOLOGIA QUÍMICA Darwin foi um dos maiores cientistas de todos os tempos. Ele percebeu que variações ocorrem nas populações ou seja, diferenças são encontradas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS-PIBID 2º SEMESTRE 2013. Bolsistas: Jaqueline Kovalechucki Ricardo Rossa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS-PIBID 2º SEMESTRE 2013. Bolsistas: Jaqueline Kovalechucki Ricardo Rossa UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS-PIBID 2º SEMESTRE 2013. Bolsistas: Jaqueline Kovalechucki Ricardo Rossa CURITIBA 2013 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...3 2. LOCALIZAÇÃO DO COLÉGIO...4-5

Leia mais

4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA

4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA 4. ANÁLISE DA PLUVIOMETRIA A pluviosidade representa o atributo fundamental na análise dos climas tropicais, refletindo a atuação das principais correntes da circulação atmosférica. No extremo sul da Bahia,

Leia mais

EMENDA AO PLDO/2003 - PL Nº 009/2002-CN ANEXO DE METAS E PRIORIDADES

EMENDA AO PLDO/2003 - PL Nº 009/2002-CN ANEXO DE METAS E PRIORIDADES Emenda Nº: 656 0468 CIENCIA E TECNOLOGIA PARA A GESTÃO DE ECOSSISTEMAS 4134 DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS SOBRE FRAGMENTAÇÃO NA MATA ATLANTICA PESQUISAS REALIZADAS 20 Para conservar biodiversidade precisamos,

Leia mais

. a d iza r to u a ia p ó C II

. a d iza r to u a ia p ó C II II Sugestões de avaliação Geografia 7 o ano Unidade 5 5 Unidade 5 Nome: Data: 1. Complete o quadro com as características dos tipos de clima da região Nordeste. Tipo de clima Área de ocorrência Características

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A FLORESTA AMAZÔNICA 2011 Aula XII O bioma Amazônia representa aproximadamente 30% de todas as florestas tropicais remanescentes do mundo e nele se concentra a maioria das florestas

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE DE ANATOMIA, MICROBIOLOGIA E BIOTÉRIO

REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE DE ANATOMIA, MICROBIOLOGIA E BIOTÉRIO UNIFAE REGULAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE DE ANATOMIA, MICROBIOLOGIA E BIOTÉRIO 2006 I. Introdução Os laboratórios de Anatomia, Microbiologia e Biotério do Unifae, são locais vinculados aos cursos de Fisioterapia,

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE PROPÁGULOS DA RIZOPHORA MANGLE EM DOIS TRATAMENTOS

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE PROPÁGULOS DA RIZOPHORA MANGLE EM DOIS TRATAMENTOS TÍTULO: AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE PROPÁGULOS DA RIZOPHORA MANGLE EM DOIS TRATAMENTOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ECOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES):

Leia mais

B I O G E O G R A F I A

B I O G E O G R A F I A B I O G E O G R A F I A BIOMAS DO MUNDO SAVANAS E DESERTOS 2011 Aula VI AS PRINCIPAIS FORMAÇÕES VEGETAIS DO PLANETA SAVANAS As savanas podem ser encontradas na África, América do Sul e Austrália sendo

Leia mais