lítica Brasileira para o Complexo Econômico Industrial da Saú Uma Política Pública Orientada por Missão Bem Sucedida?
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- Vitória Sales Paranhos
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1 lítica Brasileira para o Complexo Econômico Industrial da Saú Uma Política Pública Orientada por Missão Bem Sucedida? PPED, Instituto de Caetano Penna Economia da UFRJ (baseado no estudo: Mazzucato, M., C. Penna, 2016, The Brazilian Innovation System: a Mission-Oriented Policy Proposal, Temas Estratégicos para o Desenvolvimento do Brasil, 1, Brasília: CGEE)
2 Pano de Fundo abouço conceitual (original) baseado na literatura sobre sistemas de inovação e políticas públicas orientadas por missões, combinados com o conceito expandido e desdobrado das capacidades públicas (política & estatal). udo de caso baseado em pesquisa documental e entrevistas com representantes de instituições públicas, privadas, e acadêmicas. rte do estudo publicado pelo CGEE focada na política para o CEIS no programa Inova empresa, executado pelo BNDES e a FINEP. ntifica-se seis fatores cruciais para o sucesso de políticas públicas orientadas por missões.
3 Políticas Públicas Orientadas por Missões? políticas orientadas por missões podem ser definidas como políticas sistêmicas ue se baseiam no estado da arte do conhecimento científico para solucionar problemas específicos ( big science deployed to meet big problems ). m retorno à lógica de se definir missões, desta vez para ncarar o triplo desafio de se alcançar um desenvolvimento nteligente, sustentável e inclusivo. ara se executar missões inovadoras seja para colocar o omem na lua ou mitigar as mudanças climáticos são ecessários esforços e investimentos tanto público, quanto rivado. á no entanto um papel central do Estado na articulação das issões com o setor privado, através da formação e criação e mercados.
4 Características das antigas e novas missões inovadoras igas (defesa e aeroespacial) bjetivos e direção da mudança tecnológica são finidos a priori por um grupo de tecnocratas. fusão das inovações é de importância menor ou cundária. issão é definida em termos técnicos, sem eocupação com viabilidade econômica. trole e coordenação centralizados em stituições públicas. icipação limitada a poucas empresas devido ao co em um pequeno número de inovações dicais. Novas (ambientais e societais) A direção da mudança tecnológica é definido por uma gama de partes interessadas. A difusão das inovações é um objetivo central e ativamente encorajada. A missão é definida em termos de soluções tecnic e economicamente viáveis. Controle decentralizado mas coordenação pública Maximização da participação de empresas para promover inovações radicais e incrementais
5 Capacidades públicas ratura sobre políticas públicas identifica diferentes aspectos do que chamamos capacidades públicas (Kar Kattel 2014, 2015; Painter and Pierre 2005): apacidade política (policy capacity) apacidade administrativa apacidade estatal ui definimos capacidade política como a capacidade de escolher e gerenciar meios para escolher ingir objetivos específicos (missões), enquanto a capacidade do Estado é a capacidade de localiza mobilizar e coordenar os diferentes interesses necessários para alcançar tais objetivos. Assim, a pacidade administrativa é, em parte, relacionada à capacidade política, e, em parte, à capacidad estatal, pois trata-se da capacidade pública de gerenciamento e coordenação. e Kattel(2014) argumentam que as capacidades públicas são fundamentais no processo de mudança ológica e inovação que sustenta o crescimento econômico e o desenvolvimento. Em outro artigo (Karoe Katt ), concluem que a abordagem das capacidades é a chave para entender como o Estado deve se organizar p lementar políticas orientadas por missões. O que fazemos, portanto, é relacionar esta abordagem aos conce teratura sobre políticas orientadas por missões.
6 Seis dimensões fundamentais para as políticas orientadas por missões mensão do diagnóstico e do prognóstico: o que e como o desafio será abordado a definição da própria missão. mensão da rede (partes interessadas): envolvimento e coordenação uma ampla gama de atores públicos e privados em uma rede específica. mensão econômica: promoção da difusão no me ercado (criação/indução de demanda). mensão científico-tecnológica: identificação de tecnologias existentes e / ou criação de futuras tecnologias. mensão empresarial ou produtiva: apoio à capacidade produtiva existente ou fomento à nova. mensão dos instrumentos de política: combinação de diferentes instrumentos de política voltados tanto para o lado da procura quanto da oferta (policy mix).
7 Estudo de caso: A Política Brasileira para o Complexo Econômicoo Industrial da Saúde
8 O Complexo Econômico Industrial da Saúde
9 Fonte: Button e Oliveira (2012)
10 Linha do tempo da política para o CEIS 1988 Constituição Federal 1990 Lei Orgânica de Saúde 8080/90: criação do SUS 1996 Programa de Saúde Familiar 1998 Política Nacional de Medicamentos 1999 Criação da Anvisa e FUNASA Política Nacional de Genéricos 2000 Departamento de Ciência e Tecnologia (MS) 2003 SAMU 2004 PN de Assistência Farmacêutica BNDES Profarma (1ª. Fase) 2007 BNDES Profarma (2ª. Fase) e PDPs Licenciamento compulsório EFAVIRENZ 2008 Portaria 978 (MS): alinhamento Profarma Grupo Executivo do CEIS (decreto) 2010 Anvisa RDC 55: produtos biológicos 2011 Política Nacional de Gestão de Tecnologias da Saúde 2012 Plano Brasil Maior (margem de preferência para empresas nacionais) 2013 BNDES Profarma (3ª. Fase) e Inova Novo Marco regulatório Anvisa
11 O Sucesso relativo da política para o CEIS Dimensão do diagnóstico e do prognóstico: desenvolvimento e aplicação prática do conceito do CEIS pelo MS (GEIS) para cumprir a missão do sistema universal, público e gratuito de saúde. Dimensão da rede: a rede coordenada pelo MS com outras instituições públicas (MDIC, MCTI, MPOG, Ministério da Fazenda, MRE, Casa Civil, ANVISA, FIOCRUZ, BNDES, INPI, ABDI, INMETRO, FINEP), laboratórios e empresas. Dimensão econômica:poder de compra do SUS de medicamentos, vacinas, equipamentos etc. (bem como indução da demanda privada). Dimensão científico-tecnológica: base de conhecimento criada por laboratórios de universidades públicos, pela rede da Fiocruz, e por departamentos das empresas privadas (principalmente nacionais). Dimensão produtiva: a existência de um número crescente de empresas nacionais que se beneficiam do apoio ativo do BNDES Profarma, do poder de compra do SUS, das PDPs, do Inova Saúde (BNDES/FINEP) etc. Dimensão dos instrumentos de política: uma gama de instrumentos de políticas públicas foram mobilizados, tais como compras públicas, incentivos financeiros, aporte de capital, difusão de informação, regulamentações e normas, estabelecimento de redes de produção específicas atrav das PDPs etc..
12 O Uso do Poder de Compra do SUS Ministério da Saúde Processos Rotineiros de compras 2º artigo 24/ Retirada do Limite Temporal para encomenda junto aos Produtores Públicos Principais impactos: 1. Redução da vulnerabilidade do SUS 2. Economia de recursos públicos com acesso universal 3. Parcerias das Instituições Públicas com empresas inovadoras 4. Novos modelos de gestão: contratualização 5. Marco legal seguro para as parcerias público-privadas de desenvolvimento e transferência de tecnologia ICTs Parques Tecnológicos Parcerias Tecnológicas Produtores Públicos Encomendas Tecnológicas Artigo 24 da Inciso XXXII: Transferência de Tecnologia (TT) com aquisição de produto Empresas Privadas Fonte: MS
13 Discussão: os contraexemplos do INOVA va Energia va Petro va Sustentabilidade va Aerodefesa
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