MONITORIA COMO FORMA DE DISSEMINAÇÃO DO ENSINO E DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO
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- Adelino Sousa Figueira
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1 MONITORIA COMO FORMA DE DISSEMINAÇÃO DO ENSINO E DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO Frank Freire Capuchinho¹ (PET)*, Ivano Alessandro Devilla 2 (PQ), Amanda Caroliny de Lima Silva 3 (PET). Universidade Estadual de Goiás Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas, Anápolis GO. ¹Graduando em Engenharia Agrícola, UEG CCET, (62) , frankcf13@gmail.com 2 Profº. Dr. em Engenharia Agrícola, UEG CCET. 3 Graduando em Engenharia Agrícola, UEG CCET. Resumo: O principal objetivo deste estudo foi disponibilizar monitores voluntários que são integrantes do Grupo PET ENG.AGRI@UEG, como forma de desenvolvimento pedagógico dos mesmos e de cumprimento de parte do planejamento do grupo para o semestre letivo 2015/2 da Universidade Estadual de Goiás, através da monitoria trabalhando no ensino nas principais disciplinas de exatas, pertencente ao curso de Engenharia Agrícola, situado no Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas em Anápolis GO. O quadro resultante indica que a universidade mesmo possuindo um Programa de Monitoria Acadêmica, notou-se em algumas disciplinas do curso a necessidade de um complemento, oferecendo a vantagem aos acadêmicos de terem dois programas de monitorias para agregar e melhorar ainda mais seus conhecimentos e principalmente seu desempenho. Para os participantes do Grupo PET, a experiência conseguiu desenvolver ainda mais o pedagógico de cada um, trabalhando em cima da proposta de ensino e interação social. Assim, o monitor tem contribuído para realizar um atendimento individualizado e auxiliado a qualificar o processo da aprendizagem de outros alunos no meio acadêmico. Nos resultados da análise sobre a experiência das disciplinas, percebemos que o monitor desempenha atividades diversas que refletem positivamente em sua vida acadêmica, embora encontrem algumas dificuldades. Palavras-chave: Conhecimento. Grupo PET. Educação. Introdução A palavra monitoria tem sua origem ligada ao sistema educacional. Historicamente, a instituição do monitor remonta à Antiguidade Clássica, quando o pedagogo era quem desempenhava as funções de monitoria, diferentes e auxiliares às do mestre. A instituição da monitoria sempre teve muita divulgação em todas as épocas, quer sob o aspecto didático do explicador, aquele que simplificava as aulas do mestre, quer sob o aspecto disciplinar, aquele que exercia o controle do grupo de estudantes (MONROE, 1974).
2 Como citado pela Doutora em Educação Otilia Maria Dantas (2011), Na idade Moderna, a monitoria se configura pelo método Lancaster, também conhecido como ensino mútuo ou monitorial. Esse método teve como objetivo ensinar um maior número de alunos usando pouco recurso, em pouco tempo e com qualidade. Seu criador, Joseph Lancaster, esperava que os alunos tivessem disciplinarização mental e física. O monitor, aluno mais adiantado que recebia, separadamente, orientação do professor para depois replicar aos outros, foi introduzido no meio escolar devido à falta de professores e à necessidade de ensinar para a massa. A monitoria no ensino superior tem se caracterizado como incentivadora, especialmente, à formação de professores. As variadas atividades que ocorrem mediante a relação teoria e prática necessitam configurar-se em trabalhos acadêmicos estimuladores de múltiplos saberes inerentes aos componentes curriculares, contribuindo para a formação crítica na graduação e na pós-graduação, e despertar, no formando, o interesse pela docência na educação superior (DANTAS, 2014). As instituições de Ensino Superior caminham cada vez mais para além da função de graduar alunos, ser uma organização socialmente responsável é ter agregado à sua imagem o compromisso com a educação superior de qualidade, já fazendo parte da missão da maioria das Universidades, dos Centros Universitários e das Faculdades do País. Imparcialidade, dedicação, conhecimento e paciência. Essas são características essenciais para quem quer se tornar um monitor. Não é fácil estimular os estudantes a encarar o desafio de dar aulas aos colegas. Assim o monitor tem contribuído para realizar um atendimento individualizado e auxiliado a qualificar o processo da aprendizagem de outros alunos. Nas ciências humanas, e mais ainda nas investigações em Educação, a necessidade de garantir a harmonia, consistência e coerência entre aquilo que se pesquisa - o objeto de estudo - e a forma de pesquisá-lo - o método do estudo é crucial (SOARES et al., 2013). A Teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Feuerstein, que tem como postulado que todo ser humano pode modificar suas estruturas cognoscentes, ou seja, pode aprender a aprender, desenvolver a inteligência, entendida como
3 modificável, ao longo da vida, por experiências de aprendizagens significativas (MEYER; GARCIA, 2007). Segundo o autor, as capacidades e habilidades humanas desenvolvem-se, nos processos interacionais, especialmente quando a experiência de aprendizagem é mediada, ou seja, quando há um ser humano que se interpõe, intencionalmente, entre o mediado e o conhecimento para ampliar as possibilidades de aprendizagem. Vários são os compromissos de um Programa de Monitoria Acadêmica, dentre eles o desenvolvimento de autonomia do aluno monitor, o aumento do senso de responsabilidade e a ampliação do vínculo do professor, monitor, alunado (GONDIM, 201-[?]). Independente da área de estudo, em todo os níveis e caminhos acadêmicos, faz-se a necessidade de complementar o Ensino da sala de aula e a interação entre os acadêmicos e também com os professores, trabalhando em cima de atividades que consigam disseminar conhecimento. Por vontade própria ou incentivo dos professores, os alunos procuram a monitoria com o objetivo de melhorar o currículo, somar pontos para o mestrado, conhecer o trabalho do professor, além de interagir com outras pessoas do campus. Logo, o Grupo PET ENG.AGRI@UEG desde a sua formação na Universidade Estadual de Goiás, tem utilizado de monitorias para ajudar a complementar e a facilitar os estudos para os acadêmicos do curso de Engenharia Agrícola, beneficiando-os em matérias onde a maioria tem dificuldade de aprendizagem, não conseguindo desenvolver o conteúdo passado em sala de aula. Material e Métodos No planejamento das atividades do grupo no semestre letivo de 2015/2, dividiu-se entre os participantes que se voluntariaram nas disciplinas de Cálculos I, II e III; Físicas I, II e III; Computação I; Programação para a Engenharia Agrícola; Hidráulica, Mecânica e de Fenômenos de Transporte. Cada disciplina teve dois ou três monitores, que melhor se destacaram quando foram alunos das mesmas. Os dias e horários das monitorias foram decididos por quem as dariam, normalmente em horário de almoço ao longo da semana, já que o curso de Engenharia Agrícola é integral. Após terem sido definidos os dias, horários e monitores, foi feita a
4 divulgação para os graduandos do 1º ao 6º período, que estavam matriculados nas disciplinas escolhidas, disponibilizando monitorias coletiva e individual. Na disciplina de Fenômenos de Transporte, em consenso com a Professora Flávia Queiroz, utilizou-se o método de incentivo pontual extra acumulativo. O aluno que comparecesse em todas as monitorias, teria um valor de 0,5 décimos extra no resultado final de avaliação. Resultados e Discussão Durante o estudo de monitorias, percebemos o interesse do monitor em aprofundar o conhecimento sobre a disciplina e a desenvolver habilidades para o futuro exercício da docência, aprendendo a lidar com as pessoas e com diferentes situações, tornando-se mais ágil e perspicaz na hora de tomar decisões importantes. Para a disciplina de Fenômenos de Transporte, o método de pontuação extra acumulativa foi satisfatório, sendo que houve presença da maioria dos matriculados nessa disciplina, tendo como resultado aprovação da maioria. Nas disciplinas de Mecânica, Físicas, Cálculos, Computação I, Programação para a Engenharia Agrícola e Hidráulica apesar de muitos alunos reconhecerem a importância da monitoria, no entanto acabaram não as frequentando. Percebemos que o monitor desempenha atividades diversas que refletem positivamente em sua vida acadêmica, embora encontrem dificuldades, como: lidar com o desinteresse dos alunos em buscar o atendimento da monitoria que por vezes gera dificuldades no trabalho do monitor e a impossibilidade de assistir as aulas do professor devido a sobreposição dos horários de aula. Considerações Finais Mesmo com a disponibilidade de Programas de Monitorias Acadêmicas, compreendemos a necessidade de melhorar o acompanhamento e a refletir sobre o processo de avaliação; de aproximar as atividades de monitoria da pesquisa e da extensão; de estimular professores e alunos a ampliarem o número de publicações científicas sobre o trabalho da monitoria.
5 Agradecimentos Agradeço aos professores das disciplinas escolhidas para este estudo, aos integrantes do Grupo PET, e aos acadêmicos que participaram das monitorias. Referências GARCIA, Sandra Regina Rezende; ABED, Anita Lilian Zuppo; SOARES, Tufi Machado; RAMOS, Mozart Neves. O prazer de ensinar e de aprender: contribuições de uma metodologia no aprimoramento das práticas pedagógicas. In: Instituto MindGroup, MONROE, Paul. História da Educação. 10. ed. São Paulo: Nacional, DANTAS, Otília Maria A. Monitoria: Fonte de saberes à docência superior. Natal: PPGEd/UFRN, MEIER, Marcos, GARCIA, Sandra. Mediação da Aprendizagem: contribuições de Feuerstein e Vygotsky. Curitiba, Edição do autor, GONDIM, Elizabeth. A importância da monitoria para o processo de formação acadêmica. Disponível em: < temid=50> Consultado em 28 de ago
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