MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOCULTURA DE CORTE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR SETOR PALOTINA ANA CAROLINA FORNARI BORGES DE CARVALHO CARLA GOMES PAULA INGRIDY MULLER WALTER JESSIKA LUCASIEVECZ JOENCK LARISSA YURIKA TANABE THALYANE RODRIGUES WILIAM DA SILVA PRIETO MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOCULTURA DE CORTE PALOTINA PR 2017

2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA RECURSOS GENÉTICOS E ESTRATÉGIAS DE MELHORAMENTO PRINCIPAIS RAÇAS Principais raças zebuínas Principais raças taurinas Raças sintéticas PARÂMETROS GENÉTICOS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Características reprodutivas Características de crescimento Características relacionadas ao produto Características morfológicas Outras características MÉTODOS DE SELEÇÃO Método de Tandem Método dos níveis independentes de eliminação Método de Índices de Seleção CRUZAMENTOS Cruzamento simples Cruzamento contínuo Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo Cruzamento triplo ou tricross Cruzamento duplo entre 4 raças BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO ALIADAS AO MELHORAMENTO GENÉTICO Inseminação artificial (IA) Inseminação artificial em tempo fixo (IATF) Transferências de embriões por superovulação Transferência in vitro de embriões PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO...26

3 2.8.1 PROMEBO CAT (Centro de Avaliação e Comercialização de Touros) Teste de avaliação de bovinos a campo CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...32

4 1. INTRODUÇÃO O estabelecimento de um mercado, interno e externo, com demandas cada vez mais exigentes têm forçado a adaptação dos setores de produção, de modo a suprir as necessidades do consumidor, principalmente em qualidade de produto e baixo custo, bem como manter a competitividade. Soma-se a isso ainda, preocupações com o bem-estar animal, conservação ambiental, aspectos sociais dos sistemas produtivos, e a pressão imposta pelo surgimento de novos mercados, e assim, não só a economia é agitada, mas padrões e conhecimentos precisam ser moldados de maneira a oferecer possibilidades de crescimento e expansão deste mercado (KEPLER, 1996). A pecuária de corte brasileira se inseriu no mercado internacional como forte competidora, consolidando-se como importante produtora de alimentos, e ocupando colocações de destaque entre os maiores exportadores de carne bovina. Desta maneira, a atividade tem exigido melhorias em aspectos econômicos, gerenciais e nos índices zootécnicos, de modo a assegurar sua permanência como empreendimento economicamente atraente. Conciliar tecnologias de alto resultado e que gerem baixo custo é imprescindível para que haja uma maior rentabilidade na atividade pecuária, e neste âmbito, o melhoramento genético figura como principal. De maneira geral, o melhoramento genético visa sintonizar melhores níveis de produção, produtividade e qualidade do produto, com o sistema de produção e as exigências do mercado e permite que o produtor possa aumentar a produtividade de seus rebanhos, sem gastos elevados (CARDOSO, 2007). Para o alcance deste objetivo, várias características expressas pelos animais precisam ser monitoradas, como adaptabilidade, eficiência reprodutiva, viabilidade, pesos corporais, taxas de crescimento, qualidade da carcaça e da carne, dentre outros (ROSA, 2013). A exploração das diferenças genéticas existentes entre os animais pertencentes a uma população é o princípio básico do melhoramento genético, que assim, leva à variação, que é a base utilizada pelo produtor para mudar a estrutura genética da população. Deve-se levar em consideração as diferenças ambientais, juntamente com as genéticas, sendo que estas permitem, por 4

5 métodos de seleção adequados, escolher indivíduos portadores de cargas genéticas superiores, as quais serão repassadas aos seus descendentes, e que quando associadas à boas condições de criação, contribuem para o aumento do desempenho médio do rebanho (ROSA, 2013). 5

6 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 RECURSOS GENÉTICOS E ESTRATÉGIAS DE MELHORAMENTO No intuito de alcançar a maior produtividade com programas de melhoramento é necessária a monitoração de diversas características expressas no rebanho. Deve-se levar em consideração a influência do ambiente nestas características, sendo que tem efeito direto nos fenótipos dos animais expostos, contribuindo positiva ou negativamente (LEAL et al, 2001). As táticas de melhoramento contam com diversas opções, tais quais como formação de novas raças, cruzamentos, e ainda, sistemas combinados. O melhoramento pode, então, ser realizado através de seleção sendo o principal critério características de produtividade, dando-se preferência à medidas de fácil obtenção (esses e outros critérios de seleção serão mais detalhados na sessão 2.4). Também é possível realizar melhoramento via cruzamento visando maior produção. O melhor método de acasalamento deverá ser escolhido após o estabelecimento do objetivo final, assim, pode ser feito cruzamento endogâmico para melhoramento direto da raça ou exogâmico para melhoramento de rebanhos (KEPLER, 1996). É possível realizar uma avaliação visual do melhoramento genético e, assim, realizar a seleção para características qualitativas, tendo como objetivo avaliar os animais que cumprirão o propósito desejado em menos tempo. Com os dados obtidos nessa avaliação é possível obter uma estimativa do valor genético dos animais avaliados. É importante levar em consideração que um biótipo não é eficiente para todos os ambientes, pois estes apresentam divergências entre si, assim, para cada ambiente é estabelecido um biótipo diferente, melhorando a eficiência da análise. Nessa avaliação, podemos utilizar três métodos diferentes: EPMURAS, CPMU e SAM. No método de EPMURAS é avaliada estrutura corporal, observando comprimento corporal e profundidade das costelas; precocidade, com avaliação de profundidade de costelas comparado à altura de membros (deposição de gordura é um sinal positivo neste ponto); musculosidade, quanto maior o tamanho dos músculos maior o indicativo de melhor rendimento e qualidade de carcaça; umbigo; bainha e prepúcio, onde é buscado alterações morfológicas 6

7 pois esta característica apresenta alta herdabilidade; caracterização racial, avaliando parâmetros básicos da raça; aprumo determinando machos para a monta natural e as fêmeas que suportam o peso; e na sexualidade é avaliado a funcionalidade de órgãos genitais. No CPMU tem-se avaliação de conformação, onde o escore corporal é medido de 1 a 5, levando em consideração tamanho de carcaça e profundidade de costelas; a precocidade avalia a deposição de gordura na carcaça; e musculosidade, que é medido pelo volume de massa muscular. O método SAM avalia os aspectos do animal na desmama, comparandoo com o soberano. Os métodos observados consistem em: tamanho de carcaça, precocidade ao desmame, profundidade de costela e musculosidade. 2.2 PRINCIPAIS RAÇAS Mundialmente, há um grande número de raças de bovino que são utilizadas para o corte, cerca de mil, mas apenas 250 tem importância para a pecuária, sendo que no Brasil, esse número cai para aproximadamente 60 raças (BARBOSA, 1990). A grande variação zootécnica, fisio e morfológica é decorrente das diferentes pressões de seleção que esses animais foram submetidos. Há três formas de usar esta grande variabilidade: para introdução de raças puras, formação de novas raças e realizar cruzamento entre raças, aproveitando as melhores características genéticas de duas ou mais raças. Temos diferenciações das raças bovinas em raças: britânicas, europeias de grande porte, europeias adaptadas e zebuínas (MONTSANTO, [s.d.]) Principais raças zebuínas Raças zebuínas tem por característica apresentar alta resistência à temperaturas elevadas e a parasitas, alta habilidade materna e alta taxa de sobrevivência. Segundo uma raça muito adaptada ao Brasil, e apesar de apresentar grande rusticidade, quando comparada às raças europeias, apresentam índices inferiores em rendimento de carne e precocidade (MERCADANTE et al, 1995). 7

8 Nelore É a raça mais utilizada no Brasil, sendo que representa mais de 70% de todo o rebanho zebuíno e esse espaço conquistado, segundo a Associação Brasileira de Criadores, se deve à rusticidade da raça. Possui coloração de pelagem branca ou cinza claro, boa conformação, cabeça pequena e leve e chifres pequenos. Gir É uma raça de dupla aptidão, podendo ser criada tanto para produção de carne quanto de leite, uma vez que esta última característica é significativa e bastante valorizada pois beneficia o desenvolvimento do bezerro. A raça apresenta pelagem em tons de amarelo e vermelho escuro e possui grandes chifres. Guzerá Atualmente é a terceira raça zebuína mais prevalente no Brasil devido à sua alta adaptabilidade ao clima quente e úmido. É uma das raças com maior tamanho de carcaça entre os zebuínos, tem boa produção de carne e é muito rústica. Sua pelagem é cinza prateada com várias tonalidades Raças taurinas Se destacam pelo ganho de peso pré e pós desmama, fertilidade e habilidades materna, podendo ser usado para produção de leite. Outras características importantes são acabamento de carcaça e qualidade da carne, principalmente em relação à maciez, característica que levou ao cruzamento com animais zebuínos para melhoramento genético. Não são tão resistentes quanto às raças zebuínas, assim as raças europeias são ideias para climas temperados (O CONNOR, 1997 apud JUNIOR, 2009). Charolês São animais pesados e grandes e com boa distribuição de gordura na carcaça, características que se destacam ainda mais quando criados em 8

9 confinamento. A pelagem possui cor branca ou creme e é uniforme, a pele é despigmentada, assim como mucosas, focinho, cascos e chifres. Hareford São bovinos essencialmente de clima frio, assim, é encontrado principalmente no sul do Brasil. A principal característica dessa raça é na qualidade da carne, onde a gordura se encontra entremeada e muito bem distribuída pela carcaça. A cor de sua pelagem é vermelha com cabeça, toráx, abdômen, parte inferior dos membros e ponta da cauda de cor branca. Dentre as raças europeias, esta é a que mais se destaca em relação à resistência. Angus Animais dessa raça apresentam carcaça grande e é altamente reconhecido devido à sua qualidade de carne pela boa marmorização. Possui alta adaptabilidade, o que permite à esta raça ser difundida por todo o mundo, tem boa conversão alimentar e apesar de os bezerros nascerem pequenos, crescem rapidamente. A pelagem pode ser preta ou avermelhada, sendo fina e densa. Caracu É um animal muito resistente que consegue sobreviver e se reproduzir até mesmo em pastagens de baixa qualidade. Possui pelagem que varia do amarelo até o vermelho, sendo que a mucosa ao redor dos olhos é desprovida de pigmentação. É uma raça de dupla aptidão e tem bom desempenho na monta natural Raças sintéticas Existem duas ferramentas básicas para promover o melhoramento genético dos rebanhos: a seleção e o cruzamento. A seleção é um processo contínuo de escolha dos animais que serão pais da próxima geração. O cruzamento de raças, aliado ao processo de seleção, permite o aproveitamento dos resultados da seleção e da heterose. Além disso, o 9

10 cruzamento é uma maneira rápida de modificar a composição genética do rebanho para atender às exigências do mercado consumidor. A utilização destas ferramentas de forma racional resulta no aumento dos índices produtivos e da lucratividade do sistema de produção (TORAL, 2002). No contexto de pecuária de corte, raças sintéticas constituem indivíduos e/ou grupos genéticos formados por meio de cruzamentos entre raças diferentes. Segundo trabalho realizado por Alencar (2015), o cruzamento entre raças é muito utilizado principalmente para quatro finalidades: 1. Formar base genética ampla para o desenvolvimento de nova raça; 2. Combinar características desejáveis de duas ou mais raças; 3. Obter as vantagens da complementaridade entre raças; 4. Obter as vantagens da heterose (vigor híbrido) naquelas características que a expressam. Braford É um cruzamento entre duas raças, sendo aproximadamente 3/8 Brahman e 5/8 Hareford. Essa raça herdou precocidade sexual, temperamento dócil, alta velocidade de ganho de peso, carcaça grande e resistência. A característica da pelagem é ser curta e avermelhada. Purunã Esta raça é resultado de acasalamentos controlados, incorpora as raças Charolês, Caracu, Aberdeen, Angus e Canchim, assim, busca-se obter as melhores características de cada raça. São animais muito resistentes ao calor e parasitas. Possuem boa conversão alimentar, alta velocidade em ganho de peso e elevada porcentagem de cortes nobres. As fêmeas são dóceis, precoces, possuem boa habilidade materna e tem tamanho moderado. A distribuição de gordura é ideal para garantir um bom marmoreio, deixando a carne dessas raças ainda mais procurada pelo mercado consumidor. 10

11 Brahman Surgiu a partir do cruzamento entre Nelore, Guzerá, Gir, Valley e Sindi, herdando alta produtividade. Essa raça é utilizada para produção de carne. Possui tamanho de carcaça intermediário e as cores da pelagem são em tons de cinza, vermelho e preto. Indubrasil Cruzamento entre Gir, Guzerá e Nelore, ocupando o quarto lugar entre as principais zebuínas criadas no Brasil. São animais resistentes, de carcaça grande e são utilizados principalmente para a produção de carne. A pelagem pode variar entre branca, amarela, cinza ou vermelhas. Tabapuã É resultado do cruzamento entre Nelore e Guzerá, sendo mais prevalente a primeira. É a primeira variedade de zebuína mocha, despertando o interesse de criadores devido à segurança e maior facilidade no transporte. Possui características de precocidade, maior velocidade de ganho de peso e rendimento de carcaça. A pelagem é branca ou cinza claro. Canchim Produzido na Embrapa Pecuária Sudeste de São Carlos pelo cruzamento de Charolês e Zebu (5/8 Charolês e 3/8 Zebu), principalmente Indubrasil, além de Nelore e Guzerá. Possui adaptabilidade às condições de pasto e clima do Brasil e é utilizado em cruzamentos com vacas zebus, produzindo mestiços pesados e precoces, muito convenientes para os sistemas de criação e de engorda (CNPC, 2016). Simbrasil Resultado de cruzamento industrial, constituído por 5/8 Simental (Bos taurus) e 3/8 zebuína (Bos indicus) como Nelore, Guzerá, Indubrasil, Gir, Tabapuã e Sindi. Nos Estados Unidos foi criada uma raça equivalente ao Simbrasil, chamada de Simbrah, que apresenta o mesmo grau de sangue do Simbrasil, porém sua adaptação é diminuída por possuir menor rusticidade e prolificidade devido a base zebuína ser constituída por genitor da raça 11

12 Brahman, segundo a ABCRSS (Associação Brasileira de Criadores das raças Simental e Simbrasil). As fêmeas desta raça apresentam grande habilidade materna devido sua alta produção leiteira, proveniente do cruzamento de Simental e Guzerá. Além disso, possuem alta adaptação e rendimento, possibilitando maior lucratividade e crescimento econômico. Bravon Raça sintética ainda pouco difundida no território brasileiro, produzida pela Associação Brasileira de Criadores de Devon, que por meio de cruzamento industrial decidiu desenvolver uma raça sintética que aliasse as características do Devon às qualidades do Nelore. Com esse cruzamento, conseguiu-se unir a precocidade, fertilidade, habilidade materna e qualidade de carcaça da raça Devon, com as características preponderantes do Nelore, como sua rusticidade, adaptabilidade, longevidade, resistência a endo e ectoparasitas (CNPC, 2008). Brangus Proveniente do cruzamento entre Brahman e Aberdeen Angus, que permitiu unir em uma única raça as características de rusticidade do Zebu, com a qualidade de marmoreio, fertilidade e a precocidade existente no Angus (CNPC, 2016). 2.3 PARÂMETROS GENÉTICOS Os parâmetros genéticos são definidos pelos componentes de variância, nas diversas populações, ou seja, são específicos para determinada população. Há três tipos de parâmetros genéticos: Herdabilidade (h2); Repetibilidade (R); e Correlação genética (r). Enquanto a herdabilidade e a repetibilidade referem-se a determinados caracteres quantitativos, a correlação refere-se a dois caracteres quantitativos simultaneamente. Tem-se como o parâmetro de maior importância a Herdabilidade (h2), pois determina a estratégia a ser usada no melhoramento da característica em 12

13 questão. Por referir-se a características quantitativas, uma parte da variação observada tem origem genética e outra é resultado de fatores ambientais. Sabe-se então que se a maior parte da variação é genética de origem, as diferenças de produção são devidas aos genes que os indivíduos possuem, logo grande parte será transmitida a sua progênie, e se a proporção maior das diferenças entre os animais é devida ao ambiente, estes efeitos não são transmitidos à progênie. Os valores de herdabilidade podem variar de 0 a 1, onde h2 baixa indica uma seleção não eficiente, e h2 alta, seleção eficiente (Ganho genético). A repetibilidade (R) é um parâmetro que se aplica as características medidas mais de uma vez na vida do animal, e em geral, aplica-se a produções anuais do mesmo animal. Trata-se da correlação entre medidas repetidas, não sendo uma constante biológica de um caracter, pois depende da composição genética da população e das circunstancias ambientais as quais a população está ou será submetida. Em virtude das características serem medidas várias vezes no mesmo animal, ocorre efeito do ambiente, podendo ser temporário ou permanente. O efeito de ambiente temporário (Et) afeta apenas uma determinada característica, sem alterar outras, enquanto que o efeito ambiente permanente (Ep) afeta o animal permanentemente em todas as características que se busca medir. O valor da repetibilidade oscila entre 0 e 1. Predizer a futura produção de um animal baseado em uma ou mais produções anteriores é o principal uso da repetibilidade em melhoramento animal, podendo ser chamada de Produção mais Provável. A Correlação genética (r) indica o grau de associação genética existente entre duas características, possibilitando a seleção por determinado caráter (x), obtendo resposta a seleção nas seguintes gerações e simultaneamente obtendo respostas em outras características (y) demonstrando resposta correlacionada. O coeficiente de correlação varia entre -1 e +1. O conhecimento das herdabilidades e das correlações genéticas dos critérios de seleção tem importância fundamental na determinação do método de seleção e na predição do ganho genético para a população de interesse. 13

14 Esses parâmetros genéticos dependem da frequência gênica e da variabilidade ambiental, sendo, portanto, variáveis em populações mantidas em ambientes diversos (CARDOSO, et. al. 2004). Recentemente, Cardoso et al. (2001) apresentaram estimativas de parâmetros genéticos para caracteres da fase pré-desmama de animais Angus criados no Sul do Brasil. O período pós-desmama é importante na avaliação genética de bovinos de corte por corresponder a uma fase próxima do produto final e por melhor representar o ambiente de criação, não sendo diretamente influenciado por efeitos maternos. O peso ao sobreano, entretanto, é afetado por componentes genéticos aditivos diretos e materno, pois é composto pelo peso à desmama mais o ganho de peso pós-desmama (CARDOSO, et. al. 2004). Caracteres de conformação do animal vivo são também avaliados com o objetivo de descrever a composição do crescimento em termos de musculatura, acabamento de gordura e tamanho. As características reprodutivas têm grande importância econômica na produção de bovinos de corte (Brumatti et al., 2011), mas não são amplamente utilizadas nos programas de avaliação genética (Silva et al., 2003). Um dos motivos para esse uso limitado é a baixa herdabilidade das características de fertilidade, além das dificuldades de mensuração e interpretação de algumas delas (Silva et al., 2003; Boligon et al., 2007), assim, a busca por métodos adequados para coleta e análise destas características é de grande interesse para os programas de melhoramento genético de bovinos de corte. Além disso, os problemas reprodutivos são os principais limitantes da eficiência produtiva em bovinos de corte (Mattos & Rosa, 1984), e apesar da importância das características reprodutivas, o peso corporal ou a taxa de crescimento de machos e fêmeas em idades jovens ainda é o critério de seleção mais utilizado pela maioria dos criadores de bovinos de corte no Brasil. 2.4 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO Os critérios de seleção são as características expressadas com base nas quais os animais são escolhidos, sendo o meio mais utilizado para se atingir os objetivos de seleção produzindo animais mais próximos do ideal 14

15 desejado. Faz-se seleção com o intuito de combinar características importantes economicamente dentro de um sistema de produção, levando em conta dois fatores: o sistema de produção e o mercado consumidor (ALENCAR, 2002). No sistema de produção, o próprio desempenho do rebanho determina o que precisa ser melhorado, e este desempenho também é influenciado pelo ambiente, manejo reprodutivo, nutricional e sanitário e, a infraestrutura para a criação. Já o mercado envolve três fatores a serem visados: a sociedade, abrangendo o consumidor final, que pode desejar uma carne mais magra ou mais gorda, mais macia e suculenta, e cortes maiores ou menores; o frigorífico, que pode desejar carcaças maiores, animais mais jovens e bem terminados; e ainda, o próprio produtor, que pode ter por objetivo produção de touros e fêmeas de reposição, ou a produção de animais de abate. Para alcançar tais objetivos os programas de seleção geralmente estimam a diferença esperada na progênie (DEP), direta e/ou materna, para características de crescimento, reprodutivas e morfológicas Características reprodutivas Medidas de fertilidade são formas de quantificar produção de progênie do rebanho, as características reprodutivas são importantes no sucesso do programa de melhoramento genético, salvo dentro de suas proporções de herdabilidade. Idade ao primeiro parto Sendo uma característica de fácil medição, é extremamente vantajoso incluí-la nos programas de melhoramento. Entretanto, a herdabilidade é baixa a média. A redução da idade ao primeiro parto antecipa a idade produtiva, proporciona recuperação mais rápida do investimento, aumenta a vida útil, possibilita maior intensidade de seleção nas fêmeas e reduz o intervalo entre gerações (MATTOS e ROSA, 1984). Intervalo entre partos O intervalo entre partos corresponde ao período de tempo compreendido entre duas parições consecutivas e sua magnitude determina a eficiência 15

16 reprodutiva da vaca bem como a produção total de crias durante sua vida útil. Entretanto, o uso desta característica como critério de seleção é questionável, pois pode ser considerada tendenciosa e por ter herdabilidade baixa. Mesmo assim, dias para parir é uma variável dentro do intervalo entre partos que permite identificar as matrizes que emprenham mais cedo, no início da estação de monta (ROSA et al, 2013). Duração da gestação A duração da gestação, embora não seja propriamente uma medida de fertilidade, é estreitamente relacionada com o período reprodutivo, por possibilitarem maior produção de kg de bezerro/hectare/ano, além de maior vida útil das mães. Não é considerada uma característica economicamente importante quando avaliada isoladamente, mas sim como uma característica reprodutiva auxiliar no processo de seleção. Apresenta herdabilidade de baixa a alta magnitude. Habilidade de permanência no rebanho/hpr/stayability A HPR leva a um maior intervalo de gerações, com diminuição da resposta anual à seleção. A herdabilidade da habilidade de permanência no rebanho é de baixa a média magnitude. Probabilidade de prenhez aos 14 meses de idade (P14) Variável de fácil medição, sendo as novilhas colocadas em reprodução ainda jovens, e concedendo-se uma nota de um ou zero, se conceberem ou não. Possui herdabilidade média a alta, fortemente associada à precocidade reprodutiva, porém tem correlações negativas com tamanho adulto, implicando em consequente diminuição nos pesos de carcaça. Perímetro escrotal: O objetivo da seleção para esta característica é obter animais mais precoces sexualmente. Normalmente medido a desmama, ao ano e ao sobreano, é de fácil medição e apresenta herdabilidade de média a alta (ALENCAR, 2002). O perímetro escrotal apresenta correlação negativa e favorável com a idade ao primeiro parto de fêmeas e correlação positiva e favorável com características de desempenho ponderal. 16

17 2.4.2 Características de crescimento Irão determinar, direta ou indiretamente, na eficiência de produção do rebanho, sendo o que é visado durante a seleção dos animais e o que pode ser averiguado como resultado durante as fases de vida do animal. Peso ao nascimento A utilização do peso ao nascimento em programas de seleção é importante principalmente para raças europeias, pois estas têm mais propensão a ter problemas com partos distócicos. Aconselha-se o uso de touros com DEP de baixa magnitude ou até mesmo negativa, para peso ao nascer, evitando-se problemas futuros por ocasião do nascimento dos bezerros (ROSA et al, 2013). Peso maternal e peso à desmama Aferidos, em geral, dos 3 aos 5 e dos 6 aos 9 meses de idade, respectivamente, os pesos na fase maternal e à desmama avaliam tanto a capacidade de crescimento do próprio indivíduo (efeito direto) como a habilidade materna das vacas (efeito materno), pela produção de leite e cuidados dispensados à cria. Peso ao sobreano e peso adulto O peso ao sobreano é avaliado dos 13 aos 18 meses de idade, e reflete a capacidade do próprio indivíduo em ganhar peso no período pós-desmama. A seleção para maiores pesos ou ganhos de peso em idades jovens promove aumento do peso adulto dos animais, mas nem sempre esta é uma característica desejável, pois pode acarretar em maiores custos de manutenção das matrizes e produção de animais pais tardios, o que poderia diminuir o lucro obtido. Ganhos de peso pré e pós-desmama Segundo Bergman (2003), o cálculo dos ganhos de peso nas diferentes fases auxilia no processo seletivo dos animais e vem substituindo, em parte, a 17

18 medida de peso, pois possibilitaria a escolha de animais mais precoces. O ganho de peso pré-desmama tem forte efeito materno, enquanto o ganho de peso no período pós-desmama permite avaliar o potencial genético do próprio indivíduo, visto que esse potencial é pouco influenciado pelo efeito materno. São características de herdabilidade baixa a média Características relacionadas ao produto Características envolvidas com o objetivo final no mercado consumidor e a qualidade de produto ofertado. É possível e aplicável aferir tais resultados com o animal em vida, facilitando o melhoramento. Área de olho de lombo (AOL) A área de olho de lombo medida por ultrassonografia, a partir de imagem da seção vertical do músculo Longissimus dorsi, apresenta herdabilidade de valores de médios a altos e correlações favoráveis com o grau de musculosidade do animal, de um modo geral em toda a carcaça, taxas de crescimento e rendimento da carcaça (BERTRAND et al., 2001). Espessura de gordura subcutânea (EGS) Também medida por ultrassonografia na mesma região utilizada para aferição da AOL, expressa em milímetros, indica o grau de acabamento da carcaça. Apresenta valores de herdabilidade de médios a altos, além de correlações favoráveis com a precocidade sexual e de acabamento da carcaça, sendo negativamente correlacionada com o tamanho à maturidade (BERTRAND et al., 2001). Marmoreio É a gordura entremeada no músculo, aferida por ultrassonografia, na mesma região utilizada para mensuração da AOL. Apresentando elevados valores de herdabilidade. Pode ser um critério de seleção interessante para melhoria da qualidade do produto, em função de sua associação com a suculência e sabor da carne (BERTRAND et al., 2001). 18

19 Maciez de carne Dentre os fatores organolépticos associados à qualidade da carne, a maciez é dos mais importantes para a aprovação do consumidor ao produto. Existem processos eletroquímicos e mecânicos que podem induzir ou preservar a maciez da carne, embora não estejam sendo utilizados em larga escala em função, principalmente, da implicação em aumento dos custos operacionais da indústria. Por outro lado, variações de origem genética associadas à atividade da calpastatina, característica que, dentre outras, está ligada à maciez da carne, poderão ser utilizadas após serem vencidas dificuldades relacionadas à obtenção dessas informações (ROSA et al, 2013) Características morfológicas Características que estão ligadas às produtivas ou reprodutivas por consequência afetam eficiência do rebanho. Altura do animal Medida na garupa, tem herdabilidade média e é medida ao sobreano (ALENCAR, 2002). CPM (conformação precocidade e musculatura) A conformação combina a presença de musculatura e quantidade estimada de carne na carcaça; a precocidade avalia a capacidade do animal chegar ao acabamento mínimo de carcaça com peso mínimo não muito elevado; e a musculosidade avalia os grupos musculares por avaliação no antebraço, paleta, lombo e garupa (ALENCAR, 2002). As três possuem herdabilidade de baixa a média e são medidas à desmama e ao sobreano. Tamanho de umbigo Avaliado na desmama e ao sobreano, sendo uma importante forma de prever a probabilidade de um touro de sofrer lesões prepuciais, que podem acarretar na redução do desempenho reprodutivo ou até mesmo perda do animal. 19

20 2.4.5 Outras características Resistência a parasitas Conforme Rosa (2013), parte das diferenças observadas entre indivíduos para resistência a parasitas externos e internos é de origem genética, razão pela qual é possível identificar animais geneticamente superiores nas populações para esta característica. Em climas tropicais, a ocorrência de infestações parasitárias é uma importante causa de queda de produção. A seleção para aumento de resistência é um desafio para os selecionadores, principalmente para aqueles que trabalham com raças taurinas e/ou compostas, uma vez que as raças zebuínas puras são, naturalmente, mais tolerantes. Temperamento O temperamento é característica importante, já que raças tidas como bravias aumentam os custos de produção, mão de obra, manutenção de benfeitorias e tempo de realização das práticas de manejo. Além disso, raças temperamentais tendem a produzir um produto de qualidade inferior, por causa do estresse. Entretanto, não é simples medir o temperamento de bovinos de corte, pois esta característica compreende um conjunto de comportamentos que muitas vezes são difíceis de serem diferenciados. Eficiência alimentar Esta característica apresenta relação estreita com os custos de produção, e deve ser avaliada pelo monitoramento do consumo de alimentos. Em regime de pastagens, essa tarefa ainda é difícil de ser feita. Em confinamentos, no entanto, o uso de cochos com sistemas automatizados de alimentação pode facilitar este trabalho. Melhoras nos índices de eficiência implicam em redução nos custos de produção com um consequente aumento do balanço econômico do sistema de produção como um todo. 20

21 Produtividade Consiste na combinação entre eficiência produtiva e reprodutiva. Assim, a característica Produtividade Acumulada (PAC) indica a produtividade da fêmea, em quilogramas de bezerros desmamados por ano, durante toda a permanência da vaca no rebanho. A PAC expressa a capacidade da fêmea de reproduzir regularmente, com menor idade, e de desmamar o maior peso de bezerros ao longo de sua vida produtiva (LÔBO et al., 2001). 2.5 MÉTODOS DE SELEÇÃO A seleção pode ser feita para uma ou várias características e a seleção considerada mais eficiente é a que faz maior progresso genético por unidade de tempo. Entretanto, quanto maior o número de características envolvidas na seleção, menor será o progresso genético em cada característica isoladamente, ligado à correlação que essas características possuem Método de Tandem Consiste na seleção de uma característica isolada, excluindo-se a observação de todas as outras, até que ela atinja o nível desejado. Quando esta atingir o objetivo, outra característica receberá a atenção da seleção. O método possui muitas limitações, pois supõe que ao selecionar uma característica, as outras permanecem constantes, o que não acontece na prática, pois a maioria das características tem algum tipo de relação entre si. Então, pelas mesmas razões de funcionar para as características com correlação positiva como a possibilidade de ocorrerem correlações indesejadas, por instância o ganho ser anulado pela perda em outra Método de níveis independentes de eliminação Consiste no estabelecimento de níveis mínimos ou máximos para as características sob seleção, abaixo ou acima dos quais os candidatos à 21

22 seleção são eliminados, permitindo a eliminação de animais no momento em que as características sejam medidas. A desvantagem de este método é não permitir compensações entre as características, isto é, se o indivíduo passar muito bem em todos os níveis, com exceção de um, será eliminado da seleção; por esta razão, corre-se o risco de perder para a reprodução animais superiores em muitos aspectos por apresentarem valores fenotípicos inferiores em uma única característica. Tem a vantagem, no entanto, de uniformizar os animais, com mínimos para cada característica Método de índices de seleção Os índices de seleção combinam as informações de fontes diferentes e de caracteres distintos, em um só valor para cada indivíduo; o objetivo é predizer o mérito genético combinando todas as características em apenas um número para cada animal. Assim, a seleção se realiza ordenando os indivíduos da população segundo seus índices, de acordo com a percentagem que se queira selecionar para cada característica CRUZAMENTOS É chamado cruzamento o acasalamento entre diferentes raças, ou ainda entre espécies. A mistura de raças pode possibilitar incremento significativo ao melhoramento genético em relação à produção e produtividade em geral. Os cruzamentos podem ser realizados de formas diversas, tendo-se como modelos principais: sistema de cruzamento simples, cruzamento contínuo, cruzamento rotacionado ou alternado contínuo, cruzamento triplo ou tricross e o cruzamento duplo entre quatro raças Cruzamento simples É o cruzamento de fêmeas e machos puros, em que visa mandar ao abate a F1. Neste sistema é necessário ter fêmeas puras para produção de 22

23 fêmeas para reposição, visto que, a progênie não fica no rebanho. Ele aproveita a complementariedade e busca manter 50% em heterozigose Cruzamento contínuo Também podendo ser chamado de absorvente, este cruzamento é usado para que através do uso contínuos da raça haja um aumento no potencial genético pela geração de animais puros por cruza. Entretanto, apesar de obter sucessivos graus de sangue, conforme os animais vão se tornando mais puros suas exigências nutricionais também aumentam Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo Nesta forma de acasalamento existem três subtipos que podem ser utilizados: entre 2 raças, com repetição do produtivo e o alternado entre 3 raças. O cruzamento rotacionado feito entre duas raças faz o uso destas raças alternando o reprodutor, obtendo assim dois graus de sangue. Ele é ideal para um menor nível de criação, necessita de machos das duas raças e as fêmeas podem ser repostas do próprio plantel. Já o sistema com repetição do produtivo também cruza duas raças, mas visa uma maior proporção da raça produtiva em relação à raça adaptada, por exemplo, 7/8 Europeu e 1/8 Zebu. Por último o acasalamento alternado entre 3 raças, que da mesma forma que o entre 2 raças alterna o reprodutor, tem as fêmeas repostas do próprio plantel, e também precisa de machos puros só que das 3 raças. Entretanto, ele dificulta o manejo reprodutivo, já que os animais devem ser cruzados visando ter as três raças em certas proporções, como por exemplo, 5/8 A + 1/8 B e 2/8 C Cruzamento triplo ou tricross Esta forma de acasalamento se assemelha por utilizar de 3 raças como um dos subtipos do cruzamento rotacionado, porém, diferentemente do alternado contínuo, o animal tricross gerado é encaminhado ao abate e não permanece no rebanho, o que facilita o manejo, mas adiciona a necessidade 23

24 de ter machos puros e fêmeas meio sangue. Assim, são utilizadas fêmeas F1 (cruzamento da raça A com a raça B) e sêmen de uma terceira raça pura (raça C). Tendo como progênie final um animal 50% raça C, 25% raça B, 25% raça A, possibilitando um alto grau de heterose e um aumento da produção Cruzamento duplo entre 4 raças Neste cruzamento são acasalados animais que são produtos de acasalamento de 2 raças diferentes (½ AB e ½ CD). Para isso são adquiridos machos e fêmeas cruzados para a reposição, obtendo uma F1 composta por 4 raças distintas. Portanto, é aproveitada a heterose individual do hibrido duplo através da heterose materna e paterna. 2.7 BIOTÉCNICAS DA REPRODUÇÃO ALIADAS AO MELHORAMENTO GENÉTICO Para que o melhoramento genético seja executado os animais precisam se reproduzir, e quanto mais rápido e eficientemente isto ocorrer, mais rápido o retorno produtivo ao rebanho, devido ao ganho genético, acontecerá. Com a finalidade de que esta progressão genética se torne possível algumas biotécnicas de reprodução podem ser utilizadas. Dentre elas, serão citadas neste trabalho a inseminação artificial (IA), a utilização de protocolos associados que permitem a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), a transferência de embriões por superovulação (SOV) e a produção in vitro (PIV) de embriões Inseminação artificial (IA) Esta biotécnica agrega maior ganho genético advindo da parte paterna, visto que, é possível utilizar sêmen de machos com alto potencial genético que muitas vezes não poderiam ser criados nas propriedades, devido a suas altas exigências e custos associados em ter um animal de alto valor gênico. Ela também permite o controle de doenças venéreas, diminuição de custos com 24

25 reposição e a redução na frequência de genes recessivos indesejáveis. Entretanto, necessita de uma equipe capacitada para executar a técnica e também para detectar o cio assim como ferramentas que auxiliem, visando não ter cios despercebidos e aumento do período de dias não produtivos e o intervalo entre partos, acarretando uma diminuição no número de bezerros nascidos Inseminação artificial em tempo fixo (IATF) Como solução do problema da detecção de cio encontrado na IA tradicional a IATF veio primeiramente para sincronizar o de cio através da indução do estro para depois realizar a inseminação, o que não solucionava o problema em si, visto que, ainda era necessário identificar o cio. Posteriormente vieram os protocolos mais atuais que objetivam sincronizar a ovulação, mesmo sem sinais de cio, possibilitando inseminar animais prédeterminados sem detectar seu cio. Assim quando comparada, a IATF traz como vantagens: 1) eliminar a necessidade de observação de cio; 2) evitar a inseminação de vacas em momento errado; 3) induzir a ciclicidade em vacas em anestro pós-parto; 4) concentrar as atividades e diminuir a mão de obra; 5) diminuir investimentos com touros; e 6) diminuir o intervalo entre partos e encurtar a estação de monta, dentre outras. Entretanto esta técnica tem um custo elevado devido a sua utilização, às vezes de mais um de um protocolo, além de aumentar o manejo destes animais Transferência de embriões por superovulação Esta técnica vem sendo utilizada há certo tempo e ao longo dos anos foi sendo aprimorada e desenvolvida de modo que seu custo foi reduzido, possibilitando um aumento da eficiência e seu maior uso pelos produtores. Ela é baseada no princípio da multiplicação de forma acelerada, onde as doadoras são submetidas a tratamentos com hormônios, que atuarão sobre os ovários causando múltiplas ovulações (superovulação). Assim, os embriões coletados e considerados viáveis são transferidos para as fêmeas receptoras ou 25

26 congelados. Com isso, em uma doadora podem ser feitas várias coletas durante um ano, o que permite uma produção de muitos bezerros por ano, sendo que, em condições normais, ela produziria apenas um. Porém geralmente, 20-30% dos animais não respondem à SOV, enquanto outros 20-30% respondem apenas modestamente e com baixas taxas de fertilização, sendo esta uma das suas principais limitações de uso, além do pessoal treinado e de seu custo Produção in vitro de embriões A produção in vitro de embriões (PIV), aliada à aspiração folicular guiada por ultrassonografia (OPU), permitiu aumentar o uso do potencial genético de fêmeas de alto valor zootécnico, bem como de animais portadores de infertilidade adquirida e incapazes de produzir descendentes, mas que podem ainda assim transferir seu potencial genético. O Brasil sendo um país com alta disponibilidade de receptoras tem possibilidade de alta difusão da técnica. Ela consiste em coletar oócitos imaturos que serão mantidos em cultura in vitro, que são capazes de sofrer maturação nuclear sem qualquer estímulo hormonal. Entretanto para que eles atinjam o desenvolvimento completo até o estágio embrionário de préimplantação em condições in vitro é necessário utilizar alguns hormônios que após término do processo pode ser transferido para uma receptora que irá gestar e dar à luz a este animal. Sua limitação está ligada a necessidade de alta tecnologia associada, laboratórios capacitados e equipe treinada, mas da mesma forma que a SOV possibilita que esta fêmea produza muito mais descendentes quando compara a sua produção natural. 2.8 PROGRAMAS DE MELHORAMENTO GENÉTICO PROMEBO O Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (PROMEBO) é o mais antigo programa de melhoramento bovino brasileiro, e consiste em um moderno e econômico sistema que promove, através da seleção, o 26

27 melhoramento genético de rebanhos de corte em todo o território brasileiro, sendo possível sua aplicação tanto em animais puros de origem, como puros controlados e cruzamentos. O sistema objetiva aumentar a pressão de seleção para determinadas características que além de serem herdáveis, tenham impacto econômico, tais como peso ao nascimento, ganho de peso do nascimento ao desmame, ganho de peso pós-desmame, precocidade de acabamento, conformação de carcaça, aptidão materna, etc (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES "HERD- BOOK COLLARES", 2015). O PROMEBO através da Metodologia de Modelos Mistos, que é atualmente o sistema mais preciso e moderno na estimativa do mérito genético, e das relações genéticas existentes, decorrente da utilização de biotécnicas reprodutivas e sêmen de mesmos touros. Desta forma, permite com que seja realizada comparações fidedignas entre animais de uma mesma população ou dentro de uma mesma raça, comparando rebanhos de uma mesma raça, fornecendo a chamada Diferença Esperada na Progênie (DEP), que pode ser obtido através de um banco de dados que contém as informações de todos os rebanhos que sejam vinculados ao programa. Sendo assim, os animais de foco são geneticamente comparados com todos os demais animais da mesma raça do programa. Desta maneira, é possível manipular os acasalamentos para perpetuar os genes daqueles considerados superiores geneticamente e descartar da reprodução os inferiores para aquela característica (LEAL; OLIVEIRA, 2001). O processo de avaliação é simples e econômico, e é realizada em dois momentos, uma na desmama e outra pós-desmama, geralmente no sobreano. Os animais são avaliados através de um conjunto de características objetivas e escores visuais por avaliadores treinados, sendo que as características avaliadas por escores visuais tem alta correlação com as mesmas medidas de forma objetiva, sendo cientificamente comprovada sua acurácia. Na desmama bem como no pós-desmame, os seguintes parâmetros são avaliados: ganho de peso do nascimento a desmama (6-7 meses de idade) ou pós-desmama (entre 365 e 550 dias de idade, de acordo com o manejo da propriedade), conformação, precocidade de terminação a desmama, musculosidade e tamanho (LEAL; OLIVEIRA, 2001). 27

28 Para garantir a qualidade dos dados obtidos através do programa, alguns procedimentos devem ser tomados, tais como realizar a correta identificação dos animais, tanto para controle individual, como para monitoramento genético dos rebanhos, além do controle fiel de nascimentos e paternidade desses indivíduos. Realizar a formação de grupos contemporâneos, que se realizado com rigor, garante com que as informações sejam precisas, pois permite com que se estabeleça dentro da avaliação genética o que é causa realmente genética e não fator ambiental. Entre rebanhos também deve-se ser estabelecido conectabilidade, através da utilização de sêmen de touros que sejam utilizados em outras propriedades, criando laços genéticos entre os rebanhos e consequentemente possam ser comparados. Deve-se proceder as mensurações com os animais em jejum de horas, pois se é sabido que condições como ingestão de água e aporte gastrointestinal também podem provocar variações que não devem ser atribuídas à diferença genética para a característica em questão (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANGUS, 2013). Dentre as informações passíveis de serem coletadas, essas podem ser classificadas como obrigatórias ou opcionais, sendo que as obrigatórias são aquelas que vão compor os índices de desmama e sobreano do programa, e as opcionais acabam por ser um complemento na avaliação e seleção de outras características na hora do produtor escolher o animal. São dadas como características obrigatórias, peso a desmama e ao sobreano; conformação (C), avaliando a quantidade de carne na carcaça na desmama e sobreano; precocidade de terminação (P) na desmama e sobreano, ou seja, a capacidade de o animal chegar a um grau de acabamento mínimo de carcaça, com peso vivo não elevado; musculatura (M) na desmama e sobreano, analisando o desenvolvimento da massa muscular como um todo; padrão racial (R) no sobreano de acordo com o que se é estabelecido pela associação e perímetro escrotal (PE) no sobreano, sendo indicadora da precocidade sexual e, também, por ser uma medida corporal, da velocidade de crescimento (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES "HERD-BOOK COLLARES", 2015). Estas características são importantes para que se possa identificar quais são os animais mais equilibrados e produtivos. A avaliação é realizada através 28

29 de escores visuais com variação de 1 a 5, tanto na desmama quanto no sobreano, sempre de forma relativa à média do lote, quanto mais alto o escore, mais marcante a característica naquele indivíduo. Os animais devem ser separados de acordo com o sexo e se são cruzados ou não, faz-se uma análise subjetiva do escore do lote através de inspeção geral, e individualmente e de forma comparativa com o escore do rebanho atribui-se as notas. O ideal é ter dentro do rebanho uma porção de 20% dos animais com as notas extremas (mantendo-se uma proporção similar 10/10), 20% com nota 2 e 20% com nota 4, e os demais com nota 3, mantendo uma proporção maior (animais na média) (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES "HERD-BOOK COLLARES", 2015) CAT (Centro de Avaliação e Comercialização de Touros) O CAT foi uma iniciativa entre criadores e empresas parceiras que através da submissão do animal a testes de performance, primeiramente o animal passa por um período de adaptação, e entram em regime de confinamento, com a finalidade de ganhar peso para suportarem a bateria de testes, sendo que durante o longo período em que são avaliados, os animais passam por pesagens periódicas e análises de aprumos e desempenho produtivo e reprodutivo. Ao final, gera-se um relatório individual detalhado contendo informações tais como ganho de peso diário (GPD), perímetro escrotal, conformação, precocidade, musculosidade, área de olho de lombo, espessura de gordura e nível de marmoreio (taurinos), que demonstram o valor genético desse animal, imprimindo maiores ganhos aos rebanhos (MENDES, 2002) Teste de avaliação de bovinos a campo Neste programa, têm-se como critérios para avaliação e seleção o ganho de peso médio diário (GMD), a avaliação fenotípica exterior dos animais e como um diferencial pode-se estabelecer a realização do exame andrológico (LEAL e OLIVEIRA, 2001). O exame andrológico tem por maior importância principalmente nos casos de histórico de infertilidade individual, mas deve ser 29

30 estabelecida a todo animal que se tem o objetivo de alocar na vida reprodutiva se possível, visando caracterizar o potencial reprodutivo dos touros e deve atender ao diagnóstico da saúde sexual, saúde hereditária e saúde reprodutiva, além da avaliação geral do animal (ALFARO, 2011). 30

31 3. CONCLUSÃO A percepção das dificuldades facilita a criação dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência, e em uma pecuária forte e expressiva como a do Brasil a busca por inovações nos últimos anos colocaram e mantem o país a par e passo com os mais importantes produtores do mundo. A bovinocultura de corte é uma atividade que gera empregos e renda para os brasileiros, sendo de grande importância para a economia do país, justificando o uso das técnicas de melhoramento, buscando maximizar o potencial genético dos animais. Para o país maximizar a produção, além de manter os mercados e conquistar novos, inclusive de melhor remuneração, se faz necessário ter competitividade, ou seja, é preciso que o setor tenha bons desempenhos e seja eficiente, para garantir que sejam disponíveis produtos de qualidade a preços acessíveis. Nesse contexto, melhorias do potencial genético dos animais e sua adequação ao ambiente e ao manejo continuam sendo pontos importantes para se alcançar maior eficiência dos sistemas. Grande parte do progresso genético dos rebanhos brasileiros é oriundo do melhoramento, porém as exigências em melhoria de potencial genéticos dos rebanhos continua, tanto em razão da pressão do mercado consumidor, como pela própria competição entre mercados, demandando por não só maior produção, mas também por maior adequação dos animais ao ambiente de criação e manejos. 31

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