OS DESAFIOS DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO EM UM CENÁRIO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E CRONIFICAÇÃO DE DOENÇAS

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1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL UNIDERP REDE DE ENSINO LUIZ FLÁVIO GOMES REDE LFG OS DESAFIOS DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO EM UM CENÁRIO DE ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E CRONIFICAÇÃO DE DOENÇAS EDUARDO R. F. COSTA AZEVEDO RIO DE JANEIRO SETEMBRO/2010

2 2 UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DO PANTANAL UNIDERP REDE DE ENSINO LUIZ FLÁVIO GOMES REDE LFG OS DESAFIOS DAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE DE AUTOGESTÃO EM UM CENÁRIO DEENVELHECIMENTO POPULACIONAL E CRONIFICAÇÃO DE DOENÇAS EDUARDO R. F. COSTA AZEVEDO Monografia apresentada à Universidade Anhanguera, Universidade Para o Desenvolvimento da Região do Pantanal UNIDERP e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes REDE LFG, como requisito para a conclusão do Curso de Pós- Graduação Lato Sensu TeleVirtual em Gestão de Planos de Saúde, sob a orientação da Professora Ana Lúcia Spina. RIO DE JANEIRO SETEMBRO/2010

3 3 AZEVEDO, Eduardo R. F. Costa. Os Desafios das Operadoras de Planos de Saúde de Autogestão em um Cenário de Envelhecimento Populacional e Cronificação de Doenças. Rio de Janeiro: REDE LFG, (Monografia apresentada à Universidade Anhanguera, Universidade Para o Desenvolvimento da Região do Pantanal UNIDERP e Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes REDE LFG. Curso de Pós- Graduação Lato Sensu TeleVirtual em Gestão de Planos de Saúde). Resumo: Trata de identificar de que formas as operadoras de planos de saúde de Autogestão poderão sobreviver e garantir sua sustentabilidade, mantendo níveis satisfatórios de sinistralidade, constituindo garantias financeiras e possibilitando que seus beneficiários, em especial os idosos, vivam mais e com mais qualidade, sem onerar demasiadamente o sistema. Palavras-Chaves: Operadoras de Planos de Saúde de Autogestão, Sustentabilidade, Envelhecimento Populacional, Doenças Crônicas, Seleção Adversa e Sinistralidade.

4 4 DEDICATÓRIAS Aos meus pais Mercêdes e Antônio Costa e à minha esposa Nazaré, pela compreensão e apoio irrestritos. Aos companheiros de batalha que compartilham comigo o desafio de administrar operadoras de plano de saúde ao longo dos últimos 22 anos.

5 5 AGRADECIMENTOS Quero expressar meus agradecimentos às seguintes instituições e pessoas que contribuíram para realização deste trabalho monográfico: Em primeiro lugar, a Deus, pelo dom precioso da vida, pela força, coragem, persistência e perseverança que me dá para continuar estudando e buscando continuamente o aprimoramento profissional. À CAPESESP, entidade da qual tenho orgulho de ser colaborador desde 1992, que patrocinou esse curso de Pós-Graduação Lato Sensu TeleVirtural em Gestão de Planos de Saúde e que forneceu diversos dados para a elaboração do trabalho. Ao Dr. João Paulo dos Reis Neto, Médico Cardiologista, Diretor de Previdência e Assistência da CAPESESP e Diretor da Analisys Consultoria, pelos ensinamentos e experiências transmitidos no convívio profissional mantido diariamente ao longo dos últimos dezessete anos. A todos meus amigos, familiares, colegas de trabalho e de universidade que direta ou indiretamente contribuíram para este trabalho de conclusão de curso..

6 6 EPÍGRAFE Para ser grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago A lua toda brilha, Porque alta vive. Fernando Pessoa

7 7 RESUMO A questão da sustentabilidade das operadoras de planos de saúde de Autogestão vem ganhando contornos dramáticos nos últimos anos e não tem despertado o destaque merecido nas discussões do mercado de saúde suplementar. O segmento de Autogestão, que já possui uma maior proporção de idosos, comparado com as demais modalidades (Medicina de Grupo, Seguradoras, Cooperativas Médicas, dentre outras), está com uma carteira de beneficiários cada vez mais envelhecida e portadora de doenças crônicas, o que faz aumentar cada vez a sinistralidade de seus planos de saúde. Como agravante dessa situação, há ainda o fato de que nas operadoras de planos de saúde de Autogestão com patrocinador, há uma baixa rotatividade no quadro de pessoal, uma vez que seus beneficiários titulares em sua maioria são servidores da administração pública federal, estadual e municipal. Outro aspecto relevante, é que a Lei nº 9.656/98 deu ao aposentado o direito de permanecer vinculado ao plano coletivo caso tenha contribuído durante o vínculo empregatício. Poucos concursos públicos foram realizados nas últimas décadas, o que faz, por exemplo, que uma operadora dessa natureza, de abrangência nacional, sediada no Rio de Janeiro, cujo principal patrocinador é uma fundação subordinada ao Ministério da Saúde, com cerca de 150 mil vidas, possua beneficiários titulares com uma média de idade de 55 anos. E, para completar esse quadro alarmante, os diversos segmentos do mercado de saúde suplementar estão sendo equiparados pela ANS. As normas divulgadas pela agência reguladora em 2007 estabeleceram novas exigências para as entidades de Autogestão e criaram o risco de transformar o setor de saúde suplementar em um grande negócio para investidores que tenham pouca preocupação com a qualidade da assistência à saúde dos seus beneficiários, em especial os idosos. A proposta dessa monografia é analisar o problema e seus coadjuvantes e lançar uma visão estratégica no âmbito corporativo e social. Palavras-Chaves: Operadoras de Planos de Saúde de Autogestão, Sustentabilidade, Envelhecimento Populacional, Doenças Crônicas, Seleção Adversa, Sinistralidade.

8 8 LISTA DE ABREVIATURAS AIPC Agência Internacional para Pesquisa em Câncer AMUC Auxílio Medicamento de Uso Contínuo ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar AVC Acidente Vascular Cerebral BI Bussiness Intelligence CID Classificação Internacional de Doenças CPES Centro Paulista de Economia da Saúde DIOPS Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Saúde DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica GDC Gerenciamento de Doenças Crônicas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICC Insuficiência Cardíaca Congestiva IDSS Índice de Desempenho de Saúde Suplementar IESS Instituto de Estudos da Saúde Suplementar IN Instrução Normativa INCA Instituto Nacional do Câncer IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada OMS Organização Mundial da Saúde PNAD Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios RN Resolução Normativa SBOT Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia SUS Sistema Único de Saúde TI Tecnologia da Informação UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro UnATI Universidade Aberta da Terceira Idade UNIDAS União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde UNIFESP Universidade Federal de São Paulo

9 9 SUMÁRIO Capítulo 1 O Problema 1.1 Preâmbulo Objetivos Objetivo Final Objetivos Intermediários Delimitação do Estudo Justificativa Metodologia Tipo de Pesquisa Quanto aos Fins Quanto aos Meios Bibliográfica Pesquisa de Campo Pesquisa Participante Pesquisa Documental Quanto à Abordagem Quanto ao Método Quanto ao Procedimento Universo e Amostra Sujeito da Pesquisa Coleta de Dados Tratamento de Dados Limitações do Método...15 Capítulo 2 Referencial Teórico 2.1 Introdução Coadjuvantes do Problema Envelhecimento Populacional Fenômenos da Seleção Adversa e do Risco Moral Doenças Crônicas e Degenerativas e os Cânceres Indicadores da Pesquisa 2008 Publicada pela UNIDAS Sinistralidade no Mercado de Saúde Suplementar Desafios das Operadoras de Saúde de Autogestão Excelência de Gestão Governança Corporativa e Controles Internos Programas de Prevenção de Doenças e Promoção de Saúde Questionável Criação de Novos Produtos Mais Atraentes e Rentáveis Apêndice: Exemplo de Sucesso da AMIL, a Operadora de Planos de Saúde com Melhor Taxa de Sinistralidade Considerações Finais Bibliografia...61

10 10 Capítulo 1 O Problema 1.1 Preâmbulo O mercado de saúde suplementar possui diversos segmentos que estão sendo equiparados pela ANS. O segmento de Autogestão possui uma maior proporção de idosos, envelhecimento da massa assistida e cronificação de doenças, o que evidencia a preocupação em mantê-los em vez de expulsá-los dos programas assistenciais, como acaba acontecendo nos planos de saúde de Medicina de Grupo e Seguradoras, em virtude dos preços proibitivos. Antes de julho de 1991, o mercado de saúde suplementar operava sem nenhuma regulamentação de garantias financeiras, ocasionando instabilidade, tanto para operadoras de planos de saúde quanto para beneficiários. Mas, alguns problemas têm sido enfrentados pelo segmento de Autogestão, como a equiparação com o mercado lucrativo de planos de saúde de Medicina de Grupo e Seguradoras, na obrigatoriedade de constituição de garantias financeiras. As normas divulgadas pela ANS em 2007 estabeleceram novas exigências para as entidades de Autogestão e criaram o risco de transformar o setor de saúde suplementar em um grande negócio para investidores que tenham pouca preocupação com a qualidade da assistência à saúde dos seus beneficiários. Grande parte dos titulares de planos de saúde de Autogestão com patrocinador é composta de servidores públicos (federais ou estaduais ou municipais), onde a rotatividade de pessoal é baixa. Os planos de saúde deste segmento possuem uma massa de assistidos cada vez mais envelhecida e portadora de doenças crônicas. E quanto maior a frequência de consultas, exames e internações, maior a sinistralidade. Em planos de saúde dessa natureza, 3 a 5% dos usuários utilizam entre 40 a 45% dos recursos disponíveis. De acordo a contextualização apresentada é que se passa a formular os seguintes problemas de pesquisa: Como os planos de saúde de Autogestão poderão sobreviver nos próximos anos? Como será possível manter esses planos sustentáveis, constituindo garantias financeiras, com boa taxa de sinistralidade e possibilitando que seus beneficiários, em especial os idosos,

11 11 vivam mais e com mais qualidade, sem onerar demasiadamente o sistema, em um cenário de envelhecimento populacional e cronificação de doenças? 1.2 Objetivos Objetivo Final Identificar de que formas as operadoras de planos de saúde de Autogestão poderão sobreviver e garantir sua sustentabilidade, mantendo níveis satisfatórios de sinistralidade, constituindo garantias financeiras e oferecendo saúde suplementar de qualidade para seus beneficiários, em um cenário de envelhecimento populacional e cronificação de doenças Objetivos Intermediários a) Compreender as estratégias de bloqueio ou desestímulo do ingresso de idosos nas carteiras de beneficiários, adotadas por algumas operadoras de planos de saúde. b) Estudar alterações na legislação e regulamentação que tornem viável a implantação de formas diferenciadas de precificação de um plano de saúde, considerando o perfil do usuário e o zelo por sua saúde, isto é, baseado em suas escolhas individuais, como ser ou não fumante, praticar ou não exercícios físicos e adotar alimentação saudável. c) Propor revisão nos limites que foram arbitrariamente definidos, sem qualquer evidência empírica, que impedem que o preço do plano de saúde para o idoso seja superior a seis vezes o preço dos indivíduos de 0 a 18 anos, bem como proíbem a aplicação de reajustes nos valores de beneficiários com mais de 60 anos, o que acaba gerando a seleção adversa e o risco moral. d) Entender porque a maioria das operadoras que lançam programas de atenção gerenciada de crônicos não implanta a cultura de monitoramento e mensuração dos resultados desses programas. e) Avaliar se a abertura do mercado de servidores públicos com predominância das operadoras de planos de saúde de Autogestão também para as empresas de Medicina de Grupo e Cooperativas é ou não saudável. f) Analisar como tornar os produtos oferecidos pelas operadoras de planos de saúde de Autogestão, gessados pela rígida legislação, mais atraentes e rentáveis.

12 Delimitação do Estudo Para melhor delimitação do estudo, foram consideradas operadoras de saúde de Autogestão, em especial aquelas com patrocinadores e que possuem, como beneficiários titulares: servidores públicos federais. Assim sendo, dentre as informações coletadas, estão, dentre outros, os dados estatísticos dos servidores públicos federais divulgados pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; dados da PNAD, publicada pelo IBGE; indicadores da Pesquisa Nacional publicada pela UNIDAS; e dados de uma operadora de planos de saúde de Autogestão de abrangência nacional com cerca de 150 mil vidas. 1.4 Justificativa O segmento de Autogestão, com mais de 140 instituições que administram (de forma direta) planos de saúde para seus empregados e familiares, representa mais de cinco milhões de beneficiários, o que corresponde a 14% do mercado de saúde suplementar. De acordo com uma pesquisa realizada em 2006 por um grupo de pesquisadores da UnATI da UERJ, os planos de Autogestão apresentam o maior percentual de idosos entre os seus beneficiários em todo o Brasil: 17%. No Rio de Janeiro, por exemplo, de acordo com a mesma pesquisa, esse percentual é significativamente maior que a média nacional: 26,3%. Estudar, portanto, caminhos para a sustentabilidade e sobrevivência do segmento de Autogestão, é falar de uma fatia relevante do mercado de saúde suplementar. 1.5 Metodologia Tipo de Pesquisa Quanto aos fins

13 13 A pesquisa quanto aos fins foi exploratória, haja vista que é o tipo de pesquisa que busca ampliar o maior número de informações, além de aprimorar um assunto importante no mercado de saúde suplementar, onde vários índices e informações corroboraram para a percepção sobre o tema. E foi ao mesmo tempo descritiva porque é o tipo de pesquisa que foca na descrição de determinada questão estabelecendo correlações entre variáveis, pois o enfoque do estudo trata de um grande mercado onde a visão do problema pode ser tratada sob um novo prisma. E, finalmente, a pesquisa foi explicativa, pois é a modalidade de pesquisa concentrada na indicação e identificação dos fatores que influenciam na incidência dos fenômenos estudados ou, em outras palavras, que estuda o porquê das coisas, isto é, um mergulho sobre o conhecimento da realidade Quanto aos meios Bibliográfica: pesquisa alicerçada, formulada e desenvolvida com base em publicações na área da Saúde Suplementar, através de textos, artigos, pesquisas, periódicos, revistas especializadas, palestras, apostilas e demais obras a respeito do tema foco do estudo Pesquisa de campo: pesquisa que trata dos fenômenos e dos fatos sem a menor interferência, ou seja, fielmente como são na realidade. A obtenção de dados, a análise e interpretação dos mesmos foram base para uma fundamentação teórica encorpada visando não só à compreensão como também à explicação do assunto pesquisado. Como o pesquisador é colaborador de uma operadora de saúde de Autogestão e está totalmente inserido no campo que está sendo pesquisado, foram feitas entrevistas e observações na empresa junto aos dirigentes, de maneira a levantar dados precisos e sustentáveis para a pesquisa.

14 Pesquisa participante: pesquisas cujos dados foram coletados através de fontes de pessoas, razão pela qual foi realizada pelo próprio pesquisador, colaborador da operadora de saúde de Autogestão, contando com a decisiva participação de outros colaboradores que estão inseridos no campo pesquisado Pesquisa documental: pesquisa cujos dados foram obtidos por meio de documentos e, consequentemente, com a leitura dos mesmos, foram obtidas as respectivas conclusões. Não deve ser interpretada como análoga à pesquisa bibliográfica, pois as fontes foram documentos, tais como publicações da ANS Quanto à abordagem Quanto ao método O método adotado foi o indutivo e o dedutivo. Onde o indutivo é aquele que começa com questões particulares até culminar nas conclusões generalizadas, criando um entendimento ímpar da observação de fenômenos comuns. O dedutivo, ao contrário, parte de pressupostos gerais, buscando a verdade particular, provando que um fato é uma pequena parte ou porção de algo que já foi explorado, estudado e fundamentado Quanto ao procedimento Quanto ao método de procedimento foi estudo de caso por se tratar de um estudo na singularidade de operadoras de plano de saúde de Autogestão, como a entidade da qual o pesquisador faz parte do quadro funcional. Foram abordados temas e problemas que estão implícitos no ambiente interno e externo da entidade, bem como foram buscadas alternativas para o futuro da instituição Universo e amostra

15 15 O universo da pesquisa é o segmento de Autogestão, com mais de cinco milhões de beneficiários, e, em especial, uma operadora de planos de saúde dessa natureza, com aproximadamente 150 mil vidas (dados de dezembro/2009), dos quais 3% são considerados integrantes da carteira de alto risco. A entidade escolhida, com boa estrutura de TI e ferramentas de BI, e com estudos epidemiológicos consistentes, funcionou como bom espelho do segmento do qual faz parte, e seus dirigentes puderam contribuir favoravelmente à pesquisa, expondo suas críticas e sugestões Sujeito da pesquisa Foram selecionados para a pesquisa os gestores da entidade escolhida, nas três esferas (assistencial, administrativa e financeira). Entretanto, os gestores da esfera assistencial, mais especificamente aqueles com poder decisório sobre os caminhos e estratégias adotadas para a administração do plano de saúde, foram mais explorados e entrevistados Coleta de Dados Os dados da pesquisa foram coletados por meio de entrevistas com gestores da entidade selecionada que gentilmente forneceu informações existentes em suas bases de dados e ainda consulta de literatura disponível Tratamento de Dados Os dados e informações existentes na presente pesquisa tiveram um tratamento qualitativo, pois é adequado quando se deseja desvendar o tamanho do objeto do estudo. E quantitativo, pois é adequado quando se quer investigar valores, atitudes, motivações e percepções do mercado pesquisado, com a finalidade de entendê-lo em toda sua profundidade Limitações do método

16 16 A dificuldade em ter uma resposta clara e objetiva esbarrou nas convicções de alguns gestores que preferem manter-se em sua zona de conforto, após anos de administração das empresas de Autogestão, por critérios muitas das vezes políticos, em detrimento dos fatores técnicos, ou porque não estão preparados para a nova realidade de rígida regulação e grande competitividade e concorrência. Capítulo 2 Referencial Teórico 2.1 Introdução Em um cenário de baixa rotatividade no quadro de pessoal dos servidores públicos federais, envelhecimento da massa de beneficiários e cronificação de doenças, vale ressaltar que nesse contexto existem excelentes artigos de Renato Veras 1, bem como de Cláudia Berenstein e Simone Wajnman 2, e ainda de Thiago Borges 3 e José Alberto de Carvalho 4, já publicados e que se basearam fundamentalmente em dados coletados e organizados no suplemento de saúde da PNAD, divulgado de cinco em cinco anos, desde 1998, pelo IBGE. Entretanto, de um modo geral, tais artigos abordam o tema de maneira genérica, ora tratando o setor privado como um todo e ora se debruçando sobre o SUS. O debate de idéias no âmbito específico das operadoras de planos de saúde de Autogestão ainda é bastante restrito. Assim sendo, esse trabalho propõe também uma revisão da literatura existente, focando a discussão nesse importante segmento do mercado de saúde suplementar. Há um consenso de que o foco de atuação das operadoras de planos de saúde de Autogestão deve estar principalmente nos usuários que comprometem a relação de sinistralidade do plano para poder sanear o plano como um todo. Questão de sobrevivência para as empresas de Autogestão. 2.2 Coadjuvantes do Problema Envelhecimento Populacional O Mundo está envelhecendo. O Brasil está envelhecendo. E a massa de beneficiários assistidos pelas operadoras de planos de saúde de Autogestão está envelhecendo em uma velocidade ainda maior.

17 17 Como foi amplamente demonstrado em uma série de reportagens de Fabiana Ribeiro publicadas no jornal O Globo 5, de 06 a 10/12/2009, esse processo de envelhecimento populacional é uma tendência mundial. O Brasil tem 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos que movimentam R$ 255,6 bilhões por ano 68,1% desse total são benefícios de aposentadoria, pensão por morte e assistência social, nas contas do IPEA. Tais números reafirmam a importância da discussão sobre o impacto da nova pirâmide populacional brasileira na economia do país. População Brasileira (Número de Pessoas em Milhões) 80 anos ou mais 70 a 79 anos 60 a 69 anos 40 a 59 anos 25 a 39 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos Fontes: IBGE, Ministério da Previdência Social, IPEA e OMS As citadas matérias do jornal O Globo 5, demonstram que o Brasil acompanha a tendência mundial de envelhecimento. De acordo com a OMS, em 2000, havia 600 milhões de idosos no planeta. As previsões apontam que eles serão 1,2 bilhões em E atingirão dois bilhões em A população mundial deve saltar, nesses 50 anos, de seis bilhões para nove bilhões, ou seja, 50% de aumento. Segundo Alexandre Kalache, ex-diretor de programas de envelhecimento da OMS, o aumento de idosos será mais enfático nos países em desenvolvimento: dos 400

18 18 milhões em 2000 para 1,7 bilhões em No Brasil, serão 60 milhões de idosos em 2050, contra os 28 milhões de A esperança de vida ao nascer da população de ambos os sexos no Brasil é de 72,86 anos. Há dez anos, era de 69,66 anos. A expectativa de vida do brasileiro de 60 anos é de 81,16 anos. Aos 80 anos de idade, a esperança é viver, em média, até os 89,5 anos. E o motivo do envelhecimento populacional nem é tanto pelo número de idosos, mas sim pela diminuição no número de jovens. Nos anos 70, a média de filhos por mulher era de praticamente seis; hoje está abaixo de dois. Para ilustrar a realidade do envelhecimento populacional, vale ressaltar que o Brasil tem hoje cerca de quatro mil asilos é uma instituição para cada 700 idosos acima de 80 anos, de acordo com dados do IPEA. No Estado do Rio de Janeiro, com a maior proporção de idosos do país, das suas 289 instituições apenas uma é federal. A ausência do Estado cada vez mais exigirá segundo especialistas que a família assuma a tarefa de cuidar do seu parente mais velho. Mais que isso: exigirá que toda a sociedade tenha um olhar mais atento ao idoso. No mercado de saúde suplementar, o envelhecimento populacional é dramaticamente maior no segmento de Autogestão. De acordo com uma pesquisa realizada em 2006 por um grupo de pesquisadores da UnATI da UERJ, primeira universidade voltada para os idosos no Brasil, do total de beneficiários de planos de saúde no Brasil, cerca de 80% encontravam-se nas Regiões Sudeste e Sul, dos quais 55% estavam em São Paulo e Rio de Janeiro. Tendo por base os números da citada pesquisa, observou-se que os planos de Autogestão apresentaram o maior percentual de idosos entre os seus beneficiários em todo o Brasil, se comparados a outros segmentos de saúde suplementar. O Rio de Janeiro é o estado com maior proporção de pessoas acima de 60 anos do país: são 2,3 milhões, isto é, 14,9% do total da sua população. Os planos de Autogestão apresentaram percentual significativamente maior no Rio de Janeiro que a média nacional: 26,3%. Como bem afirmou Fabiana Ribeiro na reportagem publicada na edição de 07/12/2009 do jornal O Globo 5, a terra do samba e do culto ao corpo também é a capital brasileira do idoso.

19 19 No caso específico de operadoras de planos de saúde de Autogestão patrocinados, cujos principais patrocinadores são órgãos federais, muitos deles ainda sediados no Rio de Janeiro, o envelhecimento populacional é também uma herança dos tempos da capital federal. A carteira de beneficiários dessas operadoras no Rio de Janeiro, por exemplo, possui uma sinistralidade altíssima, o que quase inviabiliza a existência dos mesmos. No gráfico abaixo, divulgado pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 6, é demonstrada a distribuição dos servidores públicos civis da administração federal, por faixa etária. Fonte: Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão A Lei nº 9.656/98 deu ao aposentado o direito de permanecer vinculado ao plano coletivo caso tenha contribuído durante o vínculo empregatício, o que agrava ainda mais a situação das operadoras de planos de saúde de Autogestão. No gráfico seguinte 6, pode facilmente ser observada a grande proporção de servidores aposentados em relação aos ativos, no período de 1997 a 2008.

20 20 Fonte: Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Essa combinação de fatores ajuda a entender a grande proporção de idosos existente na carteira de beneficiários das operadoras de planos de saúde de Autogestão. Proporção de Idosos entre os Beneficiários de Algumas Modalidades de Planos de Saúde, no Brasil, SP e RJ 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% Brasil SP RJ 5,0% 0,0% Medicina de Grupo Seguradoras Filantropia Autogestão Fonte: UnATI da UERJ

21 21 Nos gráficos abaixo, publicados na Pesquisa UNIDAS , é demonstrada a distribuição dos beneficiários das operadoras de planos de saúde de Autogestão, segundo a Lei nº 9.656/98 e a Resolução Normativa nº 63/2003. Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS

22 22 No gráfico abaixo, é demonstrada a distribuição por sexo dos beneficiários das operadoras de planos de saúde de Autogestão com mais de 70 anos. Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS No gráfico abaixo, é demonstrado um comparativo da população beneficiária com mais de 70 anos das operadoras de planos de saúde de Autogestão em relação aos números globais da ANS, envolvendo todos os segmentos de saúde suplementar. Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS

23 23 O envelhecimento populacional nas operadoras de planos de saúde de Autogestão é uma realidade que não mostra sinais de reversão e que ajuda a compreender as estratégias de bloqueio ou desestímulo do ingresso de idosos nas carteiras de beneficiários, adotadas por algumas operadoras de planos de saúde, em especial do segmento de Medicinas de Grupo. O segmento de Autogestão tem uma excelente oportunidade de ser pioneiro na elaboração de estratégias que permitam em um país em desenvolvimento como o Brasil, exportar políticas sustentáveis para uma realidade demográfica que veio para ficar Os Fenômenos da Seleção Adversa e do Risco Moral Como brilhantemente destacou José Cechin 8, é inerente ao mercado de saúde suplementar, como a tantos outros, o problema da assimetria de informações, que dificulta o funcionamento desse mercado com total eficiência. Os beneficiários têm mais informação sobre o seu estado de saúde do que as operadoras. Os primeiros usam a seguinte regra para decidir se adquirem ou não o plano de saúde: eles o fazem somente se o custo for inferior ao que eles esperam gastar com saúde. Dessa forma, quanto mais saudável o indivíduo, menos disposto a gastar com plano de saúde ele estará. As operadoras, por sua vez, apenas aceitam vender o plano de saúde a um preço superior ao gasto esperado pelo indivíduo saudável. Porém, a operadora não analisa o estado de saúde do consumidor, exceto por algumas características observáveis, como sexo, histórico de saúde, exames, se fumante, dentre outras; mas, por força da regulação, não pode diferenciar o preço a ser cobrado com base nesses fatores. Assim sendo, dois problemas surgem em decorrência dessa assimetria de informações. O primeiro é o fenômeno da seleção adversa, que diz respeito à organização do mercado e à capacidade dos indivíduos de optar por participar ou não desse mercado. E o segundo é risco moral, ou moral hazard, que se refere ao comportamento dos agentes. Como bem José Cechin explana sobre o tema, a um determinado preço, apenas os consumidores com gastos esperados superiores a esse preço, isto é, os menos saudáveis, estarão dispostos a comprar o plano de saúde. Conhecendo a

24 24 regra usada pelos beneficiários, a operadora constata que apenas consumidores que têm um gasto médio com saúde superior ao preço do plano de saúde decidem comprá-lo. Para que isso não acarrete prejuízo para a operadora, o preço é recalculado para um valor igual ao custo médio. O mesmo fenômeno ocorre após o novo aumento de preço; apenas os beneficiários com gasto com saúde acima ou igual ao novo preço comprarão o plano de saúde, o que faz com que o custo médio do grupo situe-se acima do novo preço. Isso leva a um novo aumento de preço para igualar o custo médio. À medida que a operadora eleva o preço, ela seleciona os beneficiários em piores condições de saúde e com maiores gastos esperados com tratamento. Esse fenômeno é conhecido como seleção adversa e é uma consequência da assimetria de informação. A seleção adversa nos planos de saúde, portanto, consiste na autoexclusão dos beneficiários que têm gastos com saúde esperados inferiores ao preço cobrado no mercado. A exclusão desses beneficiários eleva o custo médio do atendimento, levando a um aumento do preço e nova exclusão dos consumidores. Quanto menos avesso ao risco, mais os indivíduos tendem a se auto-excluir. Imaginando uma situação extrema, no limite não haveria negócios mercado de planos de saúde; e, de fato, não haveria mercado de planos de saúde. Mas, esse resultado foge à realidade, pois existe mercado de planos de saúde. A explicação é que são tomadas medidas que reduzem a assimetria de informação. Talvez a mais popular seja o período de carência, que é o intervalo de tempo no qual ocorre a exclusão de cobertura para determinados procedimentos. A idéia é que características não observáveis do beneficiário na hora da compra do plano como algumas doenças se tornarão visíveis nesse intervalo de tempo, quando o plano de saúde ainda não é responsável pela cobertura de algumas despesas. A carência constitui um mecanismo que favorece o comportamento prudente dos indivíduos, mesmo aqueles que consideram baixa sua probabilidade de despesa com saúde. A inexistência de prazos de carência levaria a um comportamento pendular de entrada e saída dos planos de saúde, governado pela necessidade dos indivíduos de utilização de serviços médico-hospitalares, ou seja, após a ocorrência do sinistro. Os efeitos negativos para o mercado, nesse caso, são evidentes.

25 25 No caso específico das operadoras de planos de saúde de Autogestão que possuem como patrocinadores órgãos da administração federal, estadual e municipal, e que apresentam o maior percentual de idosos entre os seus beneficiários em todo o Brasil (17%), o ingresso de novos beneficiários idosos tem que ser criteriosamente avaliado. Aumentar o número de vidas já foi o sonho de toda operadora de planos de saúde, em especial das áreas comercial e de marketing. Hoje, em dia, em especial para as Autogestões, a realidade superou esse sonho, o que faz com que a busca seja predominantemente pelos associados mais jovens e saudáveis, o que ajuda a mitigar os efeitos da alta sinistralidade. Por outro lado, o período de carência cria um custo para o beneficiário mudar de operadora. Caso decida mudar, o beneficiário tem que passar novamente pelo período. Sem regulação, as operadoras poderiam aumentar significativamente o preço ao final do período de carência, e mesmo assim o beneficiário não trocaria de operadora para não ficar sem a cobertura do serviço. Para evitar tal comportamento, a ANS estabeleceu regras de reajuste de preço e de portabilidade de carências. O problema de agente-principal pode se manifestar basicamente de duas formas. Na primeira, dado que depois de adquirir o plano de saúde o custo de usar o serviço de saúde é zero, o beneficiário sobre-utiliza os serviços oferecidos pelo plano de saúde. Ou seja, usa os serviços médicos cobertos mais do que se estivesse pagando diretamente por eles. Esse problema é conhecido como risco moral, ou moral hazard. Para tentar minimizá-lo adota-se o uso de franquias ou co-participação e controle do uso do serviço. Essas medidas reduzem a repartição do risco entre os indivíduos que compõem a população assistida pelo plano de saúde. Existe, portanto, um dilema envolvendo a divisão de risco entre os beneficiários e a ineficiência gerada pelo moral hazard: quanto maior a divisão de risco, maior o moral hazard. Com o envelhecimento populacional e o aumento da seleção adversa, em especial nas operadoras de planos de saúde de Autogestão, os custos dos tratamentos de saúde tendem a aumentar, haja vista que a frequência de utilização dos serviços e sua complexidade elevam-se com a idade.

26 26 Além disso, como o sistema de financiamento na saúde suplementar baseia-se na solidariedade inter-geracional (com os mais jovens financiando parcialmente os mais idosos), a elevação da proporção de idosos diante de indivíduos em idade ativa (ou razão de dependência de idosos) implicará dificuldades para a manutenção desse sistema. Segundo projeções do IBGE, em 2050 haverá 4,3 indivíduos idosos para cada 10 indivíduos com idade entre 20 e 59 anos. A dramaticidade deste quadro aumenta ao considerar que, atualmente, esta razão é de 1,4 para 10. Cada pessoa em idade ativa deverá suportar o triplo de pessoas em idade acima de 60 anos do que atualmente. Nos gráficos a seguir, é demonstrada a evolução dos beneficiários de uma operadora de planos de saúde de Autogestão, de abrangência nacional, com cerca de 150 mil vidas, nos últimos cinco anos, considerando a distribuição dos beneficiários por faixas etárias. Titulares e Dependentes Naturais (cônjuge e filhos até 21 anos) a 18 anos 19 a 23 anos 24 a 28 anos 29 a 33 anos 34 a 38 anos 39 a 43 anos 44 a 48 anos 49 a 53 anos 54 a 58 anos 59 anos ou mais Dependentes Agregados

27 27 Dependentes Agregados (pais, irmãos, sobrinhos e netos) a 18 anos 19 a 23 anos 24 a 28 anos 29 a 33 anos 34 a 38 anos 39 a 43 anos 44 a 48 anos 49 a 53 anos 54 a 58 anos 59 anos ou mais

28 28 Total Titulares, Dependentes Naturais e Dependentes Agregados a 18 anos 19 a 23 anos 24 a 28 anos 29 a 33 anos 34 a 38 anos 39 a 43 anos 44 a 48 anos 49 a 53 anos 54 a 58 anos 59 anos ou mais Por meio dos três gráficos, pode ser nitidamente observado que as curvas das faixas etárias mais idosas são claramente ascendentes, enquanto que as das mais jovens são estáveis ou descendentes. Vale ressaltar que a tendência no mercado de saúde suplementar, no curto e médio prazo, é que se mantenha o mutualismo inter-geracional. Os principais problemas que essa forma de financiamento enfrenta hoje, no Brasil, são a imposição de um limite máximo para o valor a ser cobrado dos idosos: o preço para o idoso não pode superar seis vezes o preço para indivíduos de 0 a 18 anos; e a

29 29 impossibilidade de reajuste de preço em razão de mudança de faixa etária a partir dos 60 anos, imposta pelo Estatuto do Idoso. Como destaca José Cechin 8, tais limites foram definidos arbitrariamente. Não há nenhuma evidência empírica que sustente a relação 6x1 estabelecida pela regulamentação, e que justifique a idade de 60 anos como limite máximo para reajuste. Essas opções afetam significativamente a estrutura de financiamento do setor e ajudam a gerar seleção adversa, pois os jovens são compelidos a pagar mais pela assistência à saúde do que deveriam. Isso gera um círculo vicioso, pois como o jovem opta por não se vincular ao plano de saúde, aumenta a idade média do grupo e mais custo é transferido aos jovens que dele participam. O drama das Autogestões se agrava pelo fato de que seus planos são, por excelência, coletivos por adesão ou mais recentemente denominados pela ANS de coletivos empresariais. A Lei nº 9.656/98 dá ao aposentado o direito de permanecer vinculado ao plano coletivo caso tenha contribuído durante o vínculo empregatício. Isso faz com que a massa de beneficiários do plano coletivo envelheça com o passar do tempo, aumentando os custos dos patrocinadores e da operadora do plano de saúde. A velocidade do processo de envelhecimento nas operadoras de planos de saúde de Autogestão demanda atenção especial para essas questões nos próximos anos Doenças Crônicas e Degenerativas e os Cânceres O Brasil envelhece rapidamente. A expectativa média de vida se amplia de tal forma que grande parte da população atual irá alcançar a velhice. Os grandes centros urbanos, embora já apresentem um perfil demográfico semelhante ao dos países mais desenvolvidos, ainda não dispõem de uma infra-estrutura de serviços que dê conta das demandas decorrentes das transformações demográficas vigentes. Além das modificações populacionais, o Brasil tem experimentado uma transição epidemiológica, com alterações relevantes no quadro de morbi-mortalidade. As doenças infectocontagiosas, que representavam 40% das mortes registradas no País em 1950, hoje são responsáveis por menos de 10%. O oposto ocorreu em relação às doenças cardiovasculares: em 1950, eram causa de

30 30 12% das mortes e, atualmente, representam mais de 40%. Como bem afirmou Adriano Gordilho 9, em menos de 40 anos o Brasil passou de um perfil de mortalidade típico de uma população jovem para um desenho caracterizado por enfermidades complexas e mais onerosas, próprias das faixas etárias mais avançadas. Em 2003, segundo as informações do suplemento de saúde da PNAD 10, divulgado de cinco em cinco anos, desde 1998, pelo IBGE, 29,9% da população brasileira reportaram ser portadora de, pelo menos, uma doença crônica. O fato marcante em relação às doenças crônicas é que elas crescem de forma muito importante com o passar dos anos. De acordo com Renato Veras e Maria Isabel Parahyba 11, entre as pessoas de 0 a 14 anos, foram reportados apenas 9,3% de doenças crônicas, mas entre os idosos este valor atinge 75,5% do grupo, sendo 69,3% entre os homens e 80,2% entre as mulheres. Na conceituação adotada pelo IBGE, doença crônica é aquela que acompanha a pessoa por um longo período de tempo, podendo ter fases agudas, momentos de piora ou melhora sensível. Foram investigadas pela PNAD, as seguintes: doença de coluna ou costas, artrite ou reumatismo; câncer; diabetes (ou hiperglicemia); bronquite ou asma; hipertensão (pressão alta); doença do coração; doença renal crônica; depressão; tuberculose; tendinite ou tenossinovite; e cirrose. Estudos epidemiológicos da OMS, em 1984, estimavam que dos 75% dos indivíduos que sobrevivessem aos 70 anos, cerca de um terço deles seriam portadores de doenças crônicas e pelo menos 20% e teriam algum grau de incapacidade associada. Pesquisa da SBOT, publicada na edição de 08/12/2009 do jornal O Globo 5, apontou que 52,3% das fraturas dos idosos ocorrem em casa. A rua responde por 41,4% delas. Muitas fraturas levam a cirurgias ou deixam o idoso na cama, o que aumenta o risco de embolias. Além disso, 20% dos idosos que fraturam o fêmur morrem no primeiro ano após a fratura. Dados publicados pelo INCA 12, ligado ao Ministério da Saúde, contendo as estimativas de incidência do câncer no Brasil para os anos de 2010 e 2011 são preocupantes. Segundo recente relatório da AIPC da OMS (World Cancer Report 2008), o impacto global do câncer mais que dobrou em 30 anos. Estimou-se que, no

31 31 ano de 2008, ocorreriam cerca de doze milhões de casos novos de câncer e sete milhões de óbitos. O contínuo crescimento populacional, bem como seu envelhecimento, afetará de forma significativa o impacto do câncer no mundo. Esse impacto recairá principalmente sobre os países de médio e baixo desenvolvimento. A AIPC/OMS estimou que, em 2008, metade dos casos novos e cerca de dois terços dos óbitos por câncer ocorreriam nessas localidades. Nesse cenário, torna-se fundamental que os recursos e esforços sejam direcionados no sentido de orientar as estratégias de prevenção e controle de câncer. O estabelecimento de medidas efetivas para o controle do câncer pressupõe informações de qualidade sobre a distribuição de incidência e mortalidade, possibilitando assim melhor compreensão sobre a doença e seus determinantes; formulação de hipóteses causais; avaliação dos avanços tecnológicos aplicados à prevenção e tratamento, bem como a efetividade da atenção à saúde. Um sistema de vigilância estruturado fornece informações sobre a magnitude e o impacto do câncer, como também sobre a efetividade de programas de controle de câncer, bem como a avaliação de seu desempenho. Os registros de câncer (de bases: populacional e hospitalar) são parte desse sistema de vigilância. A utilização das informações sobre mortalidade, em função de sua abrangência e disponibilidade, tem sido utilizada para descrever a magnitude e o impacto do câncer. Essa estratégia, entretanto, não expressa a real compreensão da magnitude do problema, uma vez que existem diferenças importantes, entre os vários tipos de câncer, em função da letalidade e da sobrevida. Para os tumores de maior letalidade, a mortalidade permite uma aproximação do que seria a incidência, o que não acontece com aqueles de melhor prognóstico, como é o caso dos tumores de pele não melanoma, mama feminina, colo do útero, cólon e reto, e próstata. Em 2008, a AIPC/OMS estimou a ocorrência de 12,4 milhões de casos novos e 7,6 milhões de óbitos por câncer no mundo. Destes, os mais incidentes foram o câncer de pulmão (1,52 milhões de casos novos), mama (1,29 milhões) e cólon e reto (1,15 milhões). Devido ao mau prognóstico, o câncer de pulmão foi a principal causa de morte (1,31 milhões), seguido pelo câncer de estômago (780 mil óbitos) e pelo câncer de fígado (699 mil óbitos). Para América do Sul, Central e Caribe, estimou-se, em 2008, cerca de um milhão de casos novos de câncer e 589 mil óbitos. Em homens, o mais comum foi o câncer de próstata, seguido por pulmão,

32 32 estômago e cólon e reto. Nas mulheres, o mais frequente foi o câncer de mama, seguido do colo do útero, cólon e reto, estômago e pulmão (World Cancer Report 2008). No Brasil, as estimativas, para o ano de 2010, serão válidas também para o ano de 2011, e apontam para a ocorrência de casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo do útero no sexo feminino, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada para a América Latina. Em 2010, são esperados casos novos para o sexo masculino e para sexo feminino. Estima-se que o câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos

33 33 tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28 mil), pulmão (28 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (18 mil). Os tumores mais incidentes para o sexo masculino serão devidos ao câncer de pele não melanoma (53 mil casos novos), próstata (52 mil), pulmão (18 mil), estômago (14 mil) e cólon e reto (13 mil). Para o sexo feminino, destacam-se os tumores de pele não melanoma (60 mil casos novos), mama (49 mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (15 mil) e pulmão (10 mil). As regiões Sul e Sudeste, de maneira geral, apresentam as maiores taxas, enquanto que as regiões Norte e Nordeste mostram as menores taxas. As taxas da região Centro-Oeste apresentam um padrão intermediário. Diante desse cenário, fica clara a necessidade de continuidade em investimentos no desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação, como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social, na pesquisa e na gestão. Para melhor ilustrar a discussão e considerando exclusivamente os beneficiários titulares de uma operadora de planos de saúde de Autogestão de abrangência nacional, com cerca de 150 mil beneficiários, o gráfico abaixo mostra a alta taxa de óbitos causados por neoplasias, no período de 1999 a 2008.

34 34 No outro gráfico abaixo, tendo por base os dados da mesma operadora de Autogestão, fica nítida a tendência ascendente do número de óbitos causados por neoplasias, comparados com aqueles causados por doenças dos aparelhos: circulatório e respiratório, bem como de doenças endócrinas. Na mesma operadora de Autogestão, foram registrados 414 óbitos durante o ano de Dos óbitos ocorridos em 2008, as principais causas, por sexo e grupo da CID, estão abaixo listadas em ordem decrescente de frequência. Ambos os Sexos CID QUANT DESCRIÇÃO I21 36 INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO G45 32 ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUEMICO J96 27 INSUFICIENCIA RESPIRATORIA NAO CLASSIFIC I50 23 INSUFICIENCIA CARDIACA

35 35 Sexo Feminino CID QUANT DESCRIÇÃO I50 3 INSUFICIENCIA CARDIACA C16 3 NEOPLASIA MALIGNA DO ESTOMAGO I21 3 INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO J96 3 INSUFICIENCIA RESPIRATORIA NAO CLASSIFIC Sexo Masculino CID QUANT DESCRICAO I21 33 INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO G45 29 ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS ISQUEMICO J96 24 INSUFICIENCIA RESPIRATORIA NAO CLASSIFIC R69 20 CAUSAS DESCONHECIDAS E NAO ESPECIFICADAS Em 2006, a mesma operadora de planos de saúde de Autogestão realizou uma pesquisa por meio da aplicação de questionário individual enviado por meio postal (correios), para todos os beneficiários com idade igual ou superior a 18 anos, totalizando pessoas na ocasião, entre titulares e dependentes. Por meio desta pesquisa, respondida por associados (38%), foi conhecida a prevalência das patologias na população assistida. Distribuição dos beneficiários que responderam à pesquisa de acordo com a região de moradia REGIÃO Associados Total Pesquisados % Norte ,12 Nordeste ,58 Centro-Oeste ,42 Sudeste ,01 Sul ,50 Total ,87

36 36 História patológica pregressa auto-referida dos beneficiários que responderam à pesquisa Patologia Prevalência Hipertensão Arterial 27,10% Diabetes Mellitus 7,96% Enfisema pulmonar / Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica / Asma 5,94% Insuficiência Cardíaca Congestiva 5,18% Insuficiência Coronariana 3,06% Acidente Vascular Cerebral 2,18% A incidência de muitas destas doenças, além da predisposição genética individual, está associada a hábitos de vida inadequados e muitas tendem a tornar-se mais frequentes e crônicas com o envelhecimento populacional progressivo. Como destacado por José Antônio Diniz de Oliveira e Isabella Vasconcelos Oliveira 13, esses dados mencionados anteriormente demonstram que essa população idosa acometida de doenças crônicas, degenerativas e cânceres, a demandar tratamento e tecnologias cada vez mais onerosos, é uma combinação explosiva para o segmento da saúde, em especial para as operadoras de planos de saúde de Autogestão que possuem a maior proporção de idosos dentre seus beneficiários, uma vez que essa junção de idade avançada e doença pressionarão de forma muitíssima significativa os custos assistenciais. Tais dados evidenciam que o rápido envelhecimento da população e a cronificação de doenças, obrigam as operadoras de planos de saúde, em especial as de Autogestão, a desenvolver um novo olhar para o idoso. Mas, como bem ressaltou o Dr. Fernando Fernandes, Médico Cirurgião Geral, especialista Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde, Existem muitas soluções inovadoras para problemas conhecidos. A primeira delas é sair da inércia e motivarse a resolver os entraves diários, que vivemos em nossas instituições.

37 37 Portanto, é extremamente importante que uma operadora de planos de saúde, em especial de Autogestão, invista em programas de prevenção e promoção de saúde. Entretanto, não somente para obtenção de um bom IDSS, uma vez que a ANS pontua ações dessa natureza para fins de qualificação de desempenho das operadoras de planos de saúde, mas sim por uma questão de sobrevivência e de sustentabilidade Indicadores da Pesquisa 2008 Publicada pela UNIDAS O segmento de Autogestão, com mais de 140 instituições que administram (de forma direta) planos de saúde para seus empregados e familiares, representa mais de cinco milhões de beneficiários, o que corresponde a 14% do mercado de saúde suplementar. A sua entidade representativa é a UNIDAS que realiza pesquisas entre as suas filiadas sobre cobertura, utilização e custo dos benefícios oferecidos aos beneficiários, com a chancela técnica do CPES, da UNIFESP. A última pesquisa 7, relativa ao ano de 2008, foi publicada pela UNIDAS em novembro de 2009 e contou com a participação de 61 filiadas que ofertam planos de saúde para mais de 3,7 milhões de beneficiários, o que representa 71,5% da população do segmento de Autogestão no Brasil. Alguns dados da pesquisa de 2008 merecem destaque e serão aqui citados, demonstrando a dramaticidade dos progressivos custos dos planos de saúde administrados pelas entidades de Autogestão. São números que não devem ser ignorados e tampouco considerados como um tiro de misericórdia no segmento. Mas, que refletem a inexorável necessidade da ação imediata por parte das operadoras de planos de saúde de Autogestão que quiserem sobreviver e garantir sua sustentabilidade, mantendo níveis satisfatórios de sinistralidade, constituindo garantias financeiras e possibilitando que seus beneficiários, em especial os idosos, vivam mais e com mais qualidade, sem onerar demasiadamente o sistema.

38 38 Os gráficos abaixo demonstram o custo médio assistencial, por beneficiário e por ano, considerando as diferentes faixas etárias. Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS

39 39 Os quadros abaixo demonstram as quantidades e custos médios de procedimentos das operadoras de planos de saúde de Autogestão nos anos de 2006, 2007 e Quantidades médias de procedimentos Custos médios de procedimentos Fonte: Pesquisa 2008 da UNIDAS

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