AMENA ALCÂNTARA FERRAZ. Análise Espaço Temporal da ocorrência de Dengue em São José do Rio Preto, SP, 2001 à 2006

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1 AMENA ALCÂNTARA FERRAZ Análise Espaço Temporal da ocorrência de Dengue em São José do Rio Preto, SP, 2001 à 2006 São Paulo

2 AMENA ALCÂNTARA FERRAZ Análise Espaço Temporal da ocorrência de Dengue em São José do Rio Preto, SP, 2001 à 2006 Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para obtenção do Título de Mestre em Ciências. Área de Concentração: Pesquisas Laboratoriais em Saúde Pública Orientador: Prof. Dr. Francisco Chiaravalloti Neto São Paulo

3 Dedicatória Aos meus amores, Marcelo e a nossa luz, Clara, meus pais e irmãs, e ao meu orientador Francisco. Pela compreensão e apoio. 3 3

4 Agradecimentos A Deus, pela oportunidade de melhoramento e progresso. Ao Prof. Dr. Francisco Chiaravalloti Neto, orientador deste trabalho. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP, pelo financiamento deste trabalho. A Secretaria Municipal de Saúde e Higiene de São José do Rio Preto SP, em especial a funcionária Isabela Pires de Almeida pela colaboração na elaboração dos mapas. A Eduardo Lázzaro, amigo e diretor da Vigilância em Saúde, pela confiança e incentivo. Aos amigos e colegas: Camila Pacifico Sparvoli, Maria Elenice Vicentini, Antônio Caldeira, Maria Inês Spinelli Arantes, José Carlos Cacau Lopes, Arnaldo Almendros Mello e Marilene dos Santos, pelo apoio, de diferentes formas e em diversos momentos desta conquista. 4 4

5 Este trabalho teve o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP, processo 2006/

6 RESUMO Objetivo: Analisar, no espaço e no tempo, a transmissão do dengue no período de setembro de 2001 a agosto de Métodos: O estudo foi realizado na cidade de São José do Rio Preto, SP. Todos os casos confirmados de dengue e os negativos foram utilizados na análise. Os casos foram georreferenciados e agrupados segundo setores censitários. Os coeficientes de incidência de casos de dengue autóctones e importados foram calculados anualmente, por quadrimestres e meses. Resultados e Conclusões: Os coeficientes de incidência apresentaram decréscimo entre 2001 e 2004 e aumento entre 2004 e 2006, ano que a doença atingiu seu pico. Ocorreu, provavelmente, interrupção da transmissão de dengue entre 2003 e 2004 e descontinuidade de sua ocorrência endêmica. A doença retomou seu padrão endêmico entre os anos 2004 e Apenas em 2004 identificou-se relação entre ocorrência de casos importados e autóctones. Os números de setores censitários com ocorrência de casos autóctones de dengue entre maio a agosto e, principalmente, entre setembro a dezembro foram bons preditores da ocorrência da doença nos meses de janeiro a abril. O período de setembro a dezembro é o momento ideal para uma atuação mais efetiva do Sistema de Vigilância Epidemiológica, o qual deve ser capaz de identificar a ocorrência de casos importados e autóctones e direcionar a adoção de medidas de controle, antes que a o caráter explosivo da doença tenha se manifestado e seu controle se torne inviável. Palavras-chave: dengue, vigilância epidemiológica, endemia, epidemia. 6 6

7 ABSTRACT Objective: To analyze, through space and time, dengue transmission between September 2001 and August Methods: The study has been carried out in the city of São José do Rio Preto, SP. Both confirmed and negative dengue cases have been used in the analysis. The cases have been georeferred and grouped according to census tracts. The incidence quotients of autochthonous and imported dengue cases were calculated annually, by quadmesters and months. Results and Conclusions: The incidence quotients have showed a decrease between 2001 e 2004 and an increase between 2004 e 2006, year in which the disease reached its peak. There probably was, a dengue transmission interruption between 2003 e 2004 and discontinuity of endemic outbreaks. The disease gained its endemic pattern between 2004 and Only in 2004 was the relationship between outbreaks of imported and autochthonous cases identified. The numbers of census tracts with autochthonous dengue cases between May and August and, mainly, between September and December were good predictors of disease outbreaks in the months of January and April. The September-December period is the ideal moment for an effective action of the Center for Disease Control, which must be able to identify imported and autochthonous cases and guide the adoption of control measures, before the disease explosive feature manifests and its control turn out to be unviable. Keywords: dengue, disease control, endemics, epidemics. 7 7

8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUS _ Sistema Único de Saúde SVS _ Secretaria de Vigilância à Saúde MS _ Ministério da Saúde FNS _ Fundação Nacional de Saúde DATASUS _ Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde PMSJRP _ Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto IBGE _ Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico SINAN _ Sistema de Informação Nacional de Agravos e Notificações SIG _ Sistema de Informação Geográfica UTM _ Universal Transversa de Mercator FAMERP _ Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto 8 8

9 LISTA DE TABELAS E FIGURAS Figura 1. Localização do município de São José do Rio Preto...21 Figura 2. Participação de São José do Rio Preto em relação ao total de casos no estado de São Paulo, no período de 1996 a Figura 3. Casos notificados e positivos, em São José do Rio Preto, no período de 1996 a Figura 4. Incidências de casos autóctones e importados, por ano sazonal, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto...28 Figura 5. Incidências de casos autóctones e importados, por quadrimestre, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto...28 Figura 6. Incidências de casos autóctones mensais, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto...30 Figura 7. Incidências de casos importados mensais, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto...30 Figura 8. Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2001_ Figura 9. Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2002_ Figura 10. Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2003_ Figura 11. Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2004_ Figura 12. Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2005_

10 Figura 13. Incidência de casos importados, no ano sazonal 2001_ Figura 14. Incidência de casos importados, no ano sazonal 2002_ Figura 15. Incidência de casos importados, no ano sazonal 2003_ Figura 16. Incidência de casos importados, no ano sazonal 2004_ Figura 17.Incidência de casos importados, no ano sazonal 2005_ Figura 18. Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 01_ Figura 19. Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 01_ Figura 20. Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 01_ Figura 21. Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 02_ Figura 22. Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 02_ Figura 23. Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 02_ Figura 24. Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 03_ Figura 25. Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 03_ Figura 26. Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 04_ Figura 27. Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 04_ Figura 28. Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 04_

11 Figura 29. Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 05_ Figura 30. Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 05_ Figura 31. Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 05_ Tab 1 - Número de setores censitários com transmissão autóctone de dengue, identificado segundo quadrimestres e ano sazonal, São José do Rio Preto, 2001_ Figura 32. Distribuição de casos no mês de abril de Figura 33. Distribuição de casos no mês de maio de Figura 34. Distribuição de casos no mês de junho de Figura 35. Distribuição de casos no mês de julho de Figura 36. Distribuição de casos no mês de agosto de Figura 37. Distribuição de casos no mês de setembro de Figura 38. Distribuição de casos no mês de outubro de Figura 39. Distribuição de casos no mês de novembro de Figura 40. Distribuição de casos no mês de dezembro de Figura 41. Distribuição de casos no mês de janeiro de Figura 42. Distribuição de casos no mês de fevereiro de

12 Figura 43. Distribuição de casos no mês de março de Figura 44. Distribuição de casos no mês de abril de Figura 45. Distribuição de casos no mês de maio de Figura 46. Distribuição de casos no mês de junho de Figura 47. Distribuição de casos no mês de julho de Figura 48. Distribuição de casos no mês de agosto de Figura 49. Distribuição de casos no mês de setembro de Figura 50. Distribuição de casos no mês de outubro de Figura 51. Distribuição de casos no mês de novembro de Figura 52. Distribuição de casos no mês de dezembro de Figura 53. Distribuição de casos no mês de janeiro de Figura 54. Distribuição de casos no mês de fevereiro de Figura 55. Distribuição de casos no mês de março de Figura 56. Distribuição de casos no mês de abril de Figura 57. Distribuição de casos no mês de maio de Figura 58. Distribuição de casos no mês de junho de

13 Figura 59. Distribuição de casos no mês de julho de Figura 60. Distribuição de casos no mês de agosto de Figura 61. Distribuição de casos no mês de setembro de Figura 62. Distribuição de casos no mês de outubro de Figura 63. Distribuição de casos no mês de novembro de Figura 64. Distribuição de casos no mês de dezembro de Figura 65. Distribuição de casos no mês de janeiro de Figura 66. Distribuição de casos no mês de fevereiro de Figura 67. Distribuição de casos no mês de março de Figura 68. Distribuição de casos no mês de abril de Figura 69. Distribuição de casos no mês de maio de Figura 70. Distribuição de casos no mês de junho de Figura 71. Distribuição de casos no mês de julho de Figura 72. Distribuição de casos no mês de agosto de Figura semana de janeiro de Figura semana de janeiro de

14 Figura semana de janeiro de Figura semana de janeiro de Figura semana de janeiro de Figura semana de fevereiro de Figura semana de fevereiro de Figura semana de fevereiro de Figura semana de fevereiro de Figura semana de fevereiro de

15 ÍNDICE 1. Introdução Objetivos 2.1. Objetivo Geral Objetivos Específicos Materiais e Métodos 3.1. Caracterização do município Área de Estudo Delineamento Casos de dengue Georeferenciamento Indicadores utilizados Comitê de Ética Resultados Discussão Conclusões Referências Bibliográficas

16 1. INTRODUÇÃO As doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas ainda são relevante problema de saúde pública no Brasil. Novas doenças ou velhas conhecidas (re) aparecem em diferentes contextos ecológicos e sociais. A intervenção dos serviços de saúde nas complexas redes de propagação de infecções encontra suas limitações nos determinantes macro-estruturais do processo saúde-doença, na exclusão social, nas migrações e nas desigualdades urbanas. Porém a identificação de pontos vulneráveis nos caminhos de várias endemias e epidemias nacionais tem sido um dos principais desafios para profissionais de saúde, gestores e pesquisadores na área 10. Uma questão a ser discutida é que ainda predominam no Brasil os modelos médico-assistencialista e assistencial-sanitarista em Saúde Púbica 18 e a promoção da saúde que, segundo a Carta de Ottawa, é "o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo" 3, só ocorrerá efetivamente a partir de alterações no sistema de saúde vigente. A reforma sanitária brasileira em um primeiro momento priorizou a ampliação da cobertura dos serviços básicos de saúde, de modo a atender o princípio da universalidade de acesso à saúde, e não ações de controle de doenças específicas, principalmente aquelas que não tivessem efeito sinérgico para a atenção básica. A discussão sobre o controle vetorial foi sempre completamente periférica porque essa atividade não se realiza na rede de atenção à saúde, arcabouço principal do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação do dengue reflete, portanto, a decisão política de não priorizar o controle vetorial no país no primeiro momento da construção do SUS. O custo deste controle realizado por meio da estratégia tradicional é muito alto, com um custo benefício baixo comparado à expansão da cobertura das ações básicas de saúde 22. A primeira transmissão de dengue, documentada clínica e laboratorialmente no Brasil, após a re-introdução do Aedes aegypti, foi em 1 16

17 em Boa Vista -Roraima. A partir de 1986, ocorreram epidemias, atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da região nordeste. Desde então, o dengue ocorre no Brasil de forma continuada, intercalando-se períodos endêmicos com epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes 27. Com isso, as ações de vigilância e controle do vetor do dengue tornaram-se prementes no Brasil e foram organizadas pelo Ministério da Saúde (Ministério da Saúde, MS), Secretarias Estaduais de Saúde e municípios em regiões acometidas, de forma heterogênea e intermitente 9. Apesar do modelo adotado para o equacionamento desta problemática pelo Ministério da Saúde, a descentralização das ações para os municípios, através do Plano Diretor de Erradicação do Aedes aegypti no Brasil 12 e atualmente através Programa Nacional de Controle do Dengue 27 ; a transmissão do dengue continua a ocorrer em muitos municípios do país. O norte de todos os programas de controle, citados anteriormente, tem como ferramentas básicas a eliminação e/ou tratamento com larvicidas de criadouros dos vetores, nebulização de inseticidas, tratamento perifocal nos locais com grande presença de criadouros e atividades de incentivo à participação da comunidade e à vigilância epidemiológica e entomológica mais efetiva. Observam-se alguns movimentos de transição nestes modelos, que vão desde a valorização dos profissionais de saúde que atuam nesta área, até discussão sobre questões de prioridades políticos-sociais, como investimento em saneamento básico, ocupação ordenada dos espaços urbanos e questões de ordem cultural. Desta maneira, torna-se relevante o incremento da investigação da epidemiologia do dengue e de seus vetores por parte de grupos de pesquisa já constituídos, dando ênfase à pesquisa operacional para responder, de forma ágil, questões especificas dos programas de controle e avaliar o impacto destas ações 09 Muitos fatores de risco estão associados à presença da doença e do vetor. Tirado et al (ano 1999) 31, relacionam entre eles o crescimento 1 17

18 populacional, urbanização inadequada, migrações, viagens aéreas e deterioração dos sistemas de saúde. Para Gómez-Dantés et al (1995) 14, a densidade da população é fator fundamental para definir o padrão de transmissão, pois em cidades médias e grandes é maior a probabilidade de que ocorram a infestação e a transmissão. Além disso, o controle da doença nesses locais é difícil devido à limitação de recursos, à grande extensão e a heterogenidade do espaço urbano. Estudo realizado nas regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto, estado de São Paulo, confirmou o comportamento descrito acima, mostrou a importância das cidades médias como locais com maior probabilidade de ocorrência da doença, além de exercerem papel de irradiadores da transmissão. Esse mesmo estudo identificou, em paralelo, o aumento da incidência, o aumento do numero de meses com transmissão 5. Esses dois últimos fatores garantem transmissão continua de dengue em locais submetidos ao controle vetorial. Um dos principais pontos a serem estudados é a manutenção de altos níveis de infestação que garantem a transmissão do dengue em locais submetidos ao controle vetorial, fazendo com que a doença tenha um comportamento endêmico-epidêmico 26;20 O processo endêmico de ocorrência de dengue, denominado comumente pelos órgãos de controle de endemização, segundo Mondini et al(2005) 20, refere-se não apenas a constatação de que a doença é um fato esperado no município, e não se trata mais de epidemia, mas também a generalização da transmissão por todos os meses do ano. Não há mais a necessidade de introdutores para a continuidade da transmissão no município. É evidente que casos importados necessitam de vigilância e são importantes fontes de infecção, mas a transmissão ocorre independente deles. Este processo está relacionado com a continuidade da transmissão de casos do verão anterior para manter a disseminação da doença para o verão seguinte, independente de novos casos importados. O uso, nestas investigações, dos chamados sistemas de informações geográficas que, segundo Medronho e Perez, 2002, 19 são conjuntos de 1 18

19 técnicas de coleta, tratamento e exibição de informações referenciadas geograficamente, permite que os fenômenos sejam analisados espacialmente. Para Souza-Santos e Carvalho, 2000, 28 a utilização de técnicas de análise espacial para avaliação da distribuição de vetores e das doenças por eles transmitidas ampliou-se bastante nos últimos anos, proporcionando instrumento importante na gestão em saúde. A sua maior vantagem está em tratar o município como composto de várias realidades, merecendo abordagens distintas, ao contrário do que se tem visto, onde as propostas de ação podem diferenciar-se segundo os municípios, mas sempre uniformes dentro deles 27 O presente estudo justifica-se por pretender compreender melhor o processo endêmico-epidêmico de ocorrência de dengue e verificar em que medida a transmissão da doença depende da introdução de novos sorotipos, de casos importados e da continuidade da transmissão de um período anual para o seguinte. Esta análise pode produzir subsídios para melhor estruturar as atividades de vigilância da doença e melhorar a efetividade das medidas de controle. 1 19

20 2.OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Analisar, no espaço e no tempo, a distribuição dos casos de dengue ocorridos no período de setembro de 2001 a agosto de 2006, em São José do Rio Preto, São Paulo. 2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS A. Descrever e analisar a série histórica de incidências de dengue, no período de setembro de 2001 a agosto de 2006 em São José do Rio Preto; B. Avaliar a continuidade de processo endêmico e verificar se houve interrupção da transmissão em determinados momentos no período analisado C. Verificar a relação entre casos importados e autóctones de dengue, no período de setembro de 2001 a agosto de 2006 em São José do Rio Preto. 2 20

21 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Caracterização do município A cidade de São José do Rio Preto situa-se a noroeste do estado de São Paulo (Figura 1), com uma população, estimada para 2005, de habitantes 8 e imóveis 24. Figura 1 Localização do município de São José do Rio Preto, estado de São Paulo. Localizada entre 20º e 20º de latitude Sul e entre 49º e 49º de longitude Oeste, na região noroeste do Estado de São Paulo, está a uma altitude de 475 m e situa-se numa região de clima quente com transição para sub-quente. Compreende uma área de 575 Km 2 e é sede de região que reúne 101 cidades. A sua condição de cidade fronteira com vários entroncamentos de 2 21

22 rodovias, como Washginton Luis e BR 153, e a atratividade exercida pelas atividades ligadas ao comercio, saúde e educação, faz com que a cidade seja pólo de atração para a circulação de grande numero de pessoas procedentes de cidades e estados diversos. Em termos de infestação pelos vetores da dengue e febre amarela, a primeira detecção de Aedes aegypti, após a erradicação, ocorreu em 1985, e a de Aedes albopictus em Os primeiros casos autóctones da doença no município ocorreram em 1990, a partir da introdução de um caso importado. Nos anos seguintes, a transmissão da doença caracterizou-se como endêmica 21. Em 1990 foi detectada a presença do vírus Den-1. O vírus Den-2 foi detectado em 1998 e o Den-3 em fevererio de Área de Estudo A área de estudo é composta pelos 428 setores censitário da área urbana do município 17, e 13 bairros pertencentes ao perímetro urbano do município, porém não incluídos entre os setores censitários, além de 06 loteamentos irregulares localizados em áreas rurais, contíguos ao perímetro urbano e com características de áreas urbanizadas; totalizando como área de estudo, 447 setores. 3.3 Delineamento A análise espacial a ser realizada neste trabalho trata-se, segundo Rothman e Greenland, 1998, 25 de um estudo descritivo. As variáveis referem-se à transmissão autóctone de dengue e à ocorrência de casos importados de dengue Casos de dengue Foram utilizados todos os casos notificados no sistema municipal de saúde, ou seja, todos os casos suspeitos da doença, sendo posteriormente classificados em casos positivos ou casos negativos. Os casos positivos (autóctones e importados), foram classificados pelos exames laboratoriais efetuados pelo Instituto Adolfo Lutz no período 2 22

23 setembro de 2001 a março de 2006 e no período de abril a agosto de 2006, pelo critério clinico epidemiológico, pois utiliza-se tal critério quando o município atinge a incidência de 300 casos positivos por habitantes, não mais realizando os exames laboratoriais, caracterizando situação de epidemia na cidade. Todas as informações foram obtidas da base de dados do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Dentre as informações disponíveis na base de dados, foram utilizadas as seguintes: código do município, código da notificação, data da notificação, data do primeiro sintoma, semana epidemiológica, origem (autóctone ou importado) e endereço residencial Georeferenciamento O processo de georreferenciamento consiste na atribuição de uma referência geográfica às ocorrências do mundo real, a fim de definir sua posição no espaço. A incorporação das ocorrências consideradas neste estudo ao Sistema de Informação Geográfica (SIG), foi feita de maneiras distintas, conforme descrito a seguir. Os casos notificados de dengue, foram georreferenciados através do processo de interpolação métrica, a partir da informação do endereço residencial constante na base de dados do SINAN e usando como referência a base cartográfica digital de logradouros fornecida pela Prefeitura de São José do Rio Preto. A incorporação dos casos de dengue ao SIG foi feita usando o software Mapinfo 7.0. O procedimento de geocodificação foi realizado com ferramentas do programa Mapinfo, com a utilização da Base Cartográfica de São José do Rio Preto (em projeção UTM - Universal Transversa de Mercator) com eixos de ruas, disponibilizada pela Prefeitura Municipal. Depois de geocodificados, os casos foram agrupados segundo os 447 setores da área de estudo do município. Fez-se a opção pela utilização dos setores censitários como nível de agregação, estratégia já utilizada por Costa & Natal 7, para avaliação de transmissão do dengue. Assim, foi possível identificar a ocorrência ou não 2 23

24 de transmissão de dengue em áreas homogêneas do município para diferentes períodos anuais (mês, quadrimestres e ano sazonal) Indicadores utilizados Após o georrefereciamento dos casos de dengue, estes foram agrupados segundo as unidades de análise. Foram calculados no período de 1995 a 2006, a porcentagem de participação de casos de dengue de São José do Rio Preto com relação ao estado de São Paulo. Foram também tabulados e distribuídos em gráfico, os casos notificados e positivos, no período de 1996 a 2006 de São José do Rio Preto, com o objetivo de fazer um breve histórico da doença na cidade. Os coeficientes de incidência foram calculados segundo classificação dos casos (autóctones e importados) e anualmente para o período de setembro de 2001 e agosto de 2006, com a consideração do período anual entre setembro de um ano e agosto do ano seguinte (ano sazonal). Estes meses foram escolhidos por apresentarem, em geral, os menores valores de incidência em relação aos demais meses do ano e possibilitarem uma boa representação da sazonalidade da doença. Os coeficientes foram obtidos pela divisão do número de casos pela população da unidade do setor e multiplicação do resultado por habitantes. Calculando-se os coeficientes de incidências mensais pela divisão do total de casos de cada mês pela respectiva estimativa anual de população e multiplicação dos resultados por 100 mil habitantes, obteve-se série anual de coeficientes mensais. Calculando-se os coeficientes de incidências quadrimestrais pela divisão do total de casos de cada quadrimestre pela respectiva estimativa anual de população e multiplicando-se os resultados por 100 mil habitantes obteve-se série anual de coeficientes quadrimestrais. Consideraram-se 03 quadrimestres, sendo o primeiro de setembro a dezembro; o segundo de janeiro a abril e o terceiro de maio a agosto. Para fins de descrição, os anos sazonais e os quadrimestres foram representados durante o texto, nas tabelas e gráficos da seguinte forma:. Ano sazonal: 2 24

25 - 01_02 (de setembro de 2001 a agosto de 2002) - 02_03 (de setembro de 2002 a agosto de 2003) - 03_04 (de setembro de 2003 a agosto de 2004) - 04_05 (de setembro de 2004 a agosto de 2005) - 05_06 (de setembro de 2005 a agosto de 2006).Quadrimestres: - I_01_02 (de setembro a dezembro de 2001) - II_01_02 (de janeiro a abril de 2002) - III_01_02(de maio a agosto de 2002) - I_02_03 (de setembro a dezembro de 2002) - II_02_03 (de janeiro a abril de 2003) - III_02_03 (de maio a agosto de 2003) - I_03_04 (de setembro a dezembro de 2003) - II_03_04 (de janeiro a abril de 2004) - III_03_04 (de maio a agosto de 2004) - I_04_05 (de setembro a dezembro de 2004) - II_04_05 (de janeiro a abril de 2005) - III_04-05 (de maio a agosto de 2005) - I_05_06 (de setembro a dezembro de 2005) - II_05_06 (de janeiro a abril de 2006) - III_05_06 (de maio a agosto de 2006) As estimativas anuais de população foram obtidas do Censo do IBGE e também do Censo de Imóveis para as áreas fora dos setores censitários Comitê de Ética O projeto foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), (anexo 1). 2 25

26 4. RESULTADOS Na figura 2, observa-se a participação do município de São José do Rio Preto, no total de casos autóctones de dengue do Estado de São Paulo., desde Nota-se que São José do Rio Preto foi responsável até por 24% dos casos do Estado de São Paulo (1995), tendo variações ao longo dos anos, chegando em 2005 com menos de 1% de representação. Em 2006, novamente tem há uma elevação dos casos, porém é necessário salientar que o critério utilizado na maioria dos casos neste ano, foi o critério clinico epidemiológico. 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Figura 2 Participação de São José do Rio Preto em relação ao total de casos de dengue no Estado de São Paulo, no período de 1995 a Na figura 3, tem-se a distribuição dos casos notificados e positivos para o período de 1996 a 2006, onde verifica-se que no período de 1996 a 2001 a proporção de casos positivos entre os casos notificados é menor do que no período de 2002 a Em 2006 a comparação não pode ser 2 26

27 realizada porque o principal critério de confirmação de casos foi o critério clinico epidemiológico. casos ano notificados positivos Figura 3 Casos de dengue notificados e positivos, em São José do Rio Preto, no período de 1996 a Na serie de coeficientes de casos autóctones e importados por ano sazonal (figura 4), identifica-se dois períodos distintos: 1. entre 01_02 até 03_04, diminuição progressiva das incidências dos casos autóctones, caindo de quase 300 casos por habitantes para 9,9 casos por habitantes; 2. à partir de 2004, as incidências dos casos autóctones crescem, atingindo o seu pico em 05_06 com mais de 500 casos por habitantes. Os coeficientes de casos importados não apresentaram grandes alterações, porém acompanham a tendência dos casos autóctones. Na figura 5, observou-se que em todos os quadrimestre II nos anos estudados apresentam aumento de casos em relação aos quadrimestres III e I. Nota-se também que entre os quadrimestre III de 02_03 e II de 03_04, 2 27

28 não foi identificado registro da transmissão de casos autóctones nem importados. 1000,0 casos/ hab. 100,0 10,0 1,0 01_02 02_03 03_04 04_05 05_06 ano zazonal incidências autoctones incidências importados Figura 4 Incidências de casos autóctones e importados, por ano sazonal, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto. 1000,0 100,0 casos/ hab. 10,0 1,0 I_02_03 III_01_02 II_01_02 I_01_02 II_02_03 III_02_03 I_03_04 III_03_04 II_03_04 II_05_06 I_05_06 III_04_05 II_04_05 I_04_05 0,1 quadrimestres incidência autóctones incidência importados Figura 5 Incidências de casos autóctones e importados, por quadrimestre, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto. 2 28

29 Na figura 6, são apresentados os coeficientes de incidências mensais dos casos autóctones para os períodos de anos sazonais entre 2001 e Em relação às incidências, notam-se uma diminuição progressiva dos valores das incidências para o ano 03_04 e aumento nos anos seguintes. Para o período de 01_02 observa-se que transmissão aumenta a partir de janeiro, tendo seu pico em abril e em todos os meses houve a transmissão da doença. No período seguinte, 02_03, o pico ocorre em março e há uma interrupção no registro da transmissão da doença em julho. Nos períodos de 02_03 e 03_04, observam-se 07 meses sem o registro de casos da doença (de julho_03 a janeiro_04). Este é o maior período sem registro de transmissão de casos no município. Em 2004, a transmissão é identificada entre fevereiro e junho, sendo novamente interrompida nos meses de julho, agosto e setembro de A partir de outubro de 2004 a transmissão passa a ser identificada em todos os meses analisados. Na figura 7, nota-se que os casos de dengue importados acompanham o comportamento dos autóctones. Não foram identificados casos importados entre os meses de julho a dezembro de A única diferença é que os casos autóctones foram identificados em fevereiro de 2004 e os importados em janeiro do mesmo ano. 2 29

30 10000,0 casos/ hab. 1000,0 100,0 10,0 1,0 0,1 set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago mês 01_02 02_03 03_04 04_05 05_06 Figura 6 Incidências de casos autóctones mensais, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto. 24,0 21,0 casos/ hab. 18,0 15,0 12,0 9,0 6,0 3,0 0,0 set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago mês 01_02 02_03 03_04 04_05 05_06 Figura 7 Incidências de casos importados mensais, no período de 2001 a 2006, em São José do Rio Preto. Na figuras de 8 a 17 são apresentados os mapas temáticos das incidências anuais de casos autóctones e importados de dengue. A figura 8 refere-se ao período de 2001_2002 onde se observa transmissão em 277 setores, com distribuição uniforme dos setores com casos por todo o 3 30

31 município, sendo 123 setores com incidência superior a 300 casos por habitantes. A figura 9 observa-se a situação do período entre setembro de 2002 a agosto de 2003, com transmissão em 172 setores, mas com uma diminuição no número de setores com incidência maior de 300 casos por habitantes. Na figura 10, do período entre setembro de 2003 a agosto de 2004, observa-se uma situação diferente das anteriores. Não há identificação de transmissão em 433 setores, e apenas 4 setores têm incidência maior que 300 casos por habitantes. Observa-se também que a transmissão da doença ocorreu de forma concentrada em alguns pontos da cidade, não se espalhando. Na figura 11, do período entre setembro de 2004 a agosto de 2005, não há identificação de transmissão em 337 setores, porém 25 setores já apresentam transmissão com incidência maior que 300 casos por habitantes. Aparece também transmissão de casos em áreas periféricas do município, os chamados loteamentos irregulares, que, apesar de estarem localizados em área rural têm feições urbanas e características estruturais deficitárias. Na figura 12, do período entre setembro de 2005 a agosto de 2006, nota-se novamente o aumento de setores com transmissão, sendo 285 setores com incidência maior que 300 casos por habitantes, chegando a ter setores com a maior incidência registrada, casos por habitantes. Esta transmissão apresenta-se de forma uniforme em todo município. Nas figuras 13 a 17 são apresentados os coeficientes de incidência dos casos importados, segundo setores. Em todos os anos, os casos importados apresentaram-se espalhados por todo o município. Comparativamente com a ocorrência dos autóctones, somente no anos de 2003_2004 o padrão da distribuição é diferente, ano no qual os casos ocorreram de forma agregada e em poucos setores. 3 31

32 Figura 8 Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2001_ 2002 Figura 9 - Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2002_ 2003 Figura 10 - Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2003_ 2004 Figura 11 - Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2004_

33 Figura 12 - Incidência de casos autóctones, no ano sazonal 2005_ 2006 Figura 13 - Incidência de casos importados, no ano sazonal 2001_ 2002 Figura 14 - Incidência de casos importados, no ano sazonal 2002_ 2003 Figura 15 - Incidência de casos importados, no ano sazonal 2003_

34 Figura 16 - Incidência de casos importados, no ano sazonal 2004_ 2005 Figura 17 - Incidência de casos importados, no ano sazonal 2005_ 2006 (432 setores?) Nas figuras 18 a 31, observam-se a ocorrência dos casos por quadrimestres, sendo o quadrimestre I referente aos meses de setembro a dezembro; quadrimestre II, de janeiro a abril e quadrimestre III de maio a agosto dos anos estudados. A figura 18 representa a transmissão do quadrimestre I de 01_02 (setembro de 2001 a dezembro de 2001), mostrando 400 setores sem identificação de transmissão, e 40 casos importados ocorrendo neste momento. Observa-se um aumento de casos importados em novembro e dezembro e ocorrência de casos importados e autóctones na maioria das regiões da cidade. A figura 19 mostra o quadrimestre II de 01_02 (janeiro a abril), momento com condições mais favoráveis ao vetor, os diversos focos iniciais dão origem a novos focos e a transmissão estende-se para outros 245 setores, com a ocorrência de 47 casos importados espalhados no município todo. 3 34

35 Na figura 20, observa-se a situação do quadrimestre III de 01_02 (maio a agosto), já com diminuição de setores com transmissão, e apenas 11 com incidência maior que 300. Casos importados, somente três ocorreram neste período, fora de áreas de transmissão autóctone. Na figura 21, representa o quadrimestre I de 02_03 (setembro a dezembro), onde em apenas 10 setores censitários é identificada transmissão da doença, porém ainda distribuída por todo município, possibilitando que, no quadrimestre seguinte, a transmissão seja identificada em 157 setores (figura 22). A figura 23, a situação do município apresenta algumas mudanças. Apenas 24 setores têm transmissão identificada e apenas 2 com incidência maior que 300 casos por habitantes. Neste período registra-se 6 casos importados, sendo o ultimo no mês de julho. No quadrimestre I de 03_04 (setembro a dezembro) não foram registrados casos autóctones e importados de dengue. No quadrimestre II de 03_04 (figura 24), identifica-se a ocorrência de casos importados (em janeiro) e a transmissão autóctone passa a ser registrada e ocorre em 09 setores, a partir de fevereiro de Destes, 08 estão agrupados na área sul da cidade e tem como centro um caso importado e proximidade com outro caso ambos ocorridos em janeiro. Na figura 25, representando o quadrimestre III de 03_04 (maio a agosto) em apenas 9 setores foi registrada transmissão, sendo apenas 01 com incidência maior que 300. Observa-se que casos autóctones concentraram-se na mesma área de transmissão autóctone do quadrimestre anterior. Nota-se, tanto no quadrimestre I de 03_04 como no II de 03_04, a ocorrência de casos importados em áreas sem casos autóctones. No quadrimestre I de 04_05 é identificada transmissão em apenas 03 setores censitários, sendo 01 deles na mesma área de concentração de casos nos quadrimestres II e III de 03_04 (área sul da cidade). Neste período foi registrado apenas 01 caso importado (dezembro) (figura 26). No quadrimestre seguinte (figura 27) a transmissão no município é registrada novamente de forma homogênea nos setores, com transmissão 3 35

36 identificada em 63 setores e a ocorrência de 25 casos importados no período. Na figura 28 (quadrimestre III de 04_05), nota-se a transmissão contínua a ocorrer no município com a identificação de casos autóctones em 67 setores censitários e a presença de 16 casos importados, sendo o último em julho. No quadrimestre I de 05_06 (figura 29) a transmissão tem continuidade e é identificada em 37 setores censitários. Casos importados são registrados, principalmente em dezembro. No quadrimestre II de 05_06 a transmissão ocorre em grande intensidade, totalizando 384 setores com casos autóctones e 40 casos importados (figura 30). No quadrimestre III de 05_06, 275 setores apresentam transmissão com mais de 500 casos por habitantes e apenas 26 setores não apresentaram transmissão (figura 31). Figura 18 Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 01_02 Figura 19 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 01_

37 Figura 20 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 01_02 Figura 21 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 02_03 Figura 22 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 02_03 Figura 23 Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 02_

38 Figura 24 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 03_04 Figura 25 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 03_04 Figura 26 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 04_05 Figura 27 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 04_

39 Figura 28 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 04_05 Figura 29 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre I de 05_06 Figura 30 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre II de 05_06 Figura 31 - Casos autóctones e importados, no quadrimestre III de 05_

40 A tabela 1 apresenta o número de setores censitários em que foi identificada transmissão autóctone e de casos importados segundo quadrimestres. Nota-se, em um determinado ano sazonal, que quanto maior o numero de setores com transmissão no quadrimestre I maior o número de setores com transmissão no quadrimestre II. O quadrimestre II de 03_04, com o menor número de setores com transmissão, é precedido pela não identificação de transmissão no quadrimestre anterior. Tab 1 - Número de setores censitários com ocorrência de casos autóctones e importados de dengue, identificado segundo quadrimestres e ano sazonal, São José do Rio Preto, 2001_2006. Ano Quadr I (set _dez) Quadr II (jan_abr) Quadr III (mai_ago) Autóctones Importados Autóctones Importados Autóctones importados 01_ _ _ _ _ TOTAL Para melhor explorar o período de abril de 2003 a agosto de 2006 que engloba os dois períodos sem identificação de casos autóctones (julho de 2003 a janeiro de 2004 e julho de 2004 a setembro de 2004), serão apresentados os mapas mensais da distribuição de casos no período de abril de 2003 a agosto de 2006 (figura 32 a figura 72). Nestes mapas, identifica-se a ocorrência de casos autóctones e importados e pontua-se os casos notificados e classificados como negativos. Deve-se ressaltar que em todos os meses observa-se a notificação de casos 4 40

41 no município. Nas figuras 32 a 34, que representa os meses de abril a junho de 2003, observa-se que os casos autóctones encontram se espalhados por todo o município, com diminuição decrescente, porém sem relações com os casos importados. As figuras 35 a 41, representa os meses de julho de 2003 a janeiro de 2004, onde por 07 meses não há registro de casos autóctones no município. Na figura 35 e na figura 41 a vigilância registra a ocorrência de casos importados. As figuras 42,43 e 44 (fevereiro, março e abril de 2004), evidenciam o registro da transmissão de casos autóctones; casos concentrados na área sul do município. Na figura 45 observa-se que a transmissão continua ocorrer no município de forma concentrada na área sul. Na figura 46, registra-se a ocorrência de 01 só caso autóctone. Nas figuras 47, 48 e 49 que representam os meses de julho, agosto e setembro de 2004, novamente a vigilância não registra a ocorrência de casos autóctones, porém chama a atenção neste período, diferenciando do anterior, pois a transmissão quando é novamente registrada é por casos autóctones, outubro e novembro de 2004 (Figura 50 e 51). O período de dezembro de 2004 a agosto de 2005 (Figura 52 a 60), observou-se que em todos os meses ocorreram casos autóctones espalhados de forma homogênea no município. Nas figuras 59, 60, 61 e 62 (julho, agosto, setembro e outubro de 2005) observa-se a transmissão de casos autóctones estão concentrados em uma área periférica do município, 4 41

42 principalmente em uma área de loteamento irregular. Nos meses de novembro e dezembro de 2005 e janeiro de 2006 representados pelas figuras 63, 64 e 65 observa-se o espalhamento dos casos autóctones por todo município com o pico sendo atingindo em abril de 2006 (figura 68). Nas figuras 69 a 72, constata-se o espalhamento da doença no município de forma homogênea e o seu decréscimo contínuo ao longo dos meses. 4 42

43 Figura 32 Distribuição de casos no mês de abril de 2003 Figura 33 Distribuição de casos no mês de maio de

44 Figura 34 Distribuição de casos no mês de junho de 2003 Figura 35 Distribuição de casos no mês de julho de

45 Figura 36 Distribuição de casos no mês de agosto de 2003 Figura 37 Distribuição de casos no mês de setembro de

46 Figura 38 Distribuição de casos no mês de outubro de 2003 Figura 39 Distribuição de casos no mês de novembro de

47 Figura 40 Distribuição de casos no mês de dezembro de 2003 Figura 41 Distribuição de casos no mês de janeiro de

48 Figura 42 Distribuição de casos no mês de fevereiro de 2004 Figura 43 Distribuição de casos no mês de março de

49 Figura 44 Distribuição de casos no mês de abril de 2004 Figura 45 Distribuição de casos no mês de maio de

50 Figura 46 Distribuição de casos no mês de junho de 2004 Figura 47 Distribuição de casos no mês de julho de

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